01 - Descreva A Anatomia Do Sistema Auditivo e Do Equilíbrio (Anatomia Externa e Interna)
01 - Descreva A Anatomia Do Sistema Auditivo e Do Equilíbrio (Anatomia Externa e Interna)
01 - Descreva A Anatomia Do Sistema Auditivo e Do Equilíbrio (Anatomia Externa e Interna)
➢
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
➢
03 - Entenda a via auditiva (com fisiologia) e a via do equilíbrio.
SISTEMA AUDITIVO E VESTIBULAR: BEAR
❖ Natureza dos sons:
➢ Fixa auditiva: 20 a 20.000 Hz;
➢ Essa faixa diminui significativamente com a idade e com a exposição a ruídos,
principalmente, no limite das frequências mais altas);
❖ Estrutura do sistema auditivo:
➢ Pavilhão: cartilagem coberta por pele;
➢ Formato pavilhão: mais sensível aos sons que chegam de frente do que de trás;
➢ Meato acústico: aproximadamente 2,5 cm para o interior do crânio; termina na
membrana timpânica;
➢ Membrana timpânica (ou tímpano): conectada à sua membrana estão os ossículos;
➢ Ossículos: localizados em uma pequena câmara preenchida de ar. Eles transferem
os movimentos da membrana timpânica para uma segunda membrana que cobre um
orifício do osso do crânio, chamado de janela oval;
➢ Atrás da janela oval está a cóclea preenchida por fluido, a qual contém mecanismo
que transforma o movimento físico da membrana da janela oval em uma resposta
neural;
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
➢
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
➢
❖ Ouvido médio:
➢ As variações na pressão do ar são convertidas em movimentos dos ossículos;
➢ Componentes: membrana timpânica, ossículos e dois músculos pequenos que se
ligam aos ossículos;
➢ Membrana timpânica: formato levemente cônico, com a ponta do cone
estendendo-se para dentro da cavidade do ouvido médio;
➢ Ossículos: martelo (malleus), está ligado à membrana timpânica; bigorna (incus),
forma uma conexão rígida com o martelo e uma flexível com o estribo (stapes). A
porção basal achatada do estribo, a platina, move-se para dentro e para fora, como
um pistão na janela oval;
➢ Movimentos da platina: transmitem as vibrações sonoras aos fluidos da cóclea no
ouvido interno;
➢ Tuba de Eustáquio;
➢ Função dos ossículos: amplificação da pressão;
➢ Mecanismos de aumento de pressão na membrana da janela oval em comparação a
pressão na membrana timpânica: ossículos atuam como alavancas (aumentando a
força) e a àrea da membrana da janela oval é muito inferior à área da membrana
timpânica;
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
➢
➢ Músculo tensor do tímpano: ancorado por uma extremidade ao osso da cavidade do
ouvido médio e, pela outra extremidade, está ligado ao martelo;
➢ Músculo estapédio também se estende desde o ponto de sua fixação no osso até
onde se liga ao estribo;
➢ Quando esses músculos se contraem, a cadeia de ossículos fica muito diminuída. O
início de um som barulhento dispara uma resposta neural que faz esses músculos
de contraírem, uma resposta chamada de reflexo de atenuação;
➢ A atenuação do som é muito maior para frequências baixas do que para altas;
➢ Funções do reflexo de atenuação: adaptar o ouvido ao som contínuo de alta
intensidade; protege o ouvido interno de sons barulhentos; atenuação da percepção
própria da fala (esse reflexo está ativo quando falamos, de modo que não ouvimos a
nossa própria voz tão alta quanto ouviríamos sem esse reflexo);
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
➢
❖ Ouvido interno:
➢ Não são todos os componentes do ouvido interno que estão relacionados com a
audição;
➢ Composição: cóclea, parte do sistema auditivo, e pelo labirinto, que não faz parte
desse sistema;
➢ Anatomia da cóclea:
■ Latim: “caracol”;
■ Tubo oco: parte constituída por osso;
■ Pilar central: estrutura óssea cônica;
■ Tamanho cóclea enrolada: aproximadamente de uma ervilha;
■ Base da cóclea: dois orifícios cobertos por membrana: a janela oval e a janela
redonda;
■ Corte transversal: dividido em três câmaras preenchidas por fluido: a escala
vestibular, a escala média e a escala timpânica;
■ As três escalas se dispõem ao redor da porção interna da cóclea como uma
escada em espiral;
■ Membrana de Reissner: separa a escala vestibular da média;
■ Membrana basilar: separa a escala timpânica da média;
■ Apoiado da membrana basilar está o órgão de Corti, o qual contém as células
receptoras auditivas; suspensa sobre esse órgão está a membrana tectorial;
■ Ápice da cóclea: a escala média está fechada, e a escala timpânica tem
continuidade com a escala vestibular através de um orifício nas membranas,
chamado de helicotrema;
■ Base da cóclea: janela oval, na escala vestibular, e a janela redonda, na escala
timpânica;
■ Fluido na escala vestibular e na timpânica: perilinfa, tem constituição iônica similar
à do líquido cerebroespinhal (concentrações baixas de K+ e altas de Na+);
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
■
■
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
■
➢ Fisiologia da cóclea:
■
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
■
■ Formação de mapas tonotópicos;
■ Mapas tonotópicos existem na membrana basilar, em cada um dos núcleos de
retransmissão auditivos, no NGM e no córtex auditivo;
➢ Órgãos de corti e estruturas associadas:
■ Células receptoras auditivas: convertem energia mecânica em uma alteração na
polarização da membrana; estão localizadas nos órgãos de Corti;
■ Órgãos de Corti: células ciliadas, pilares de Corti e por várias células de
sustentação;
■ Receptores auditivos: células ciliadas (cada uma possui 10 - 300 estereocílios em
sua porção apical, microvilosidades rígidas que lembram os cílios);
■ Células ciliadas: não são neurônios;
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
■
■ Evento de transdução do som: inclinação dos estereocílios;
■ Células ciliadas: estão fixas entre a membrana basilar e uma fina lâmina de
tecido, chamada de lâmina reticular;
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
■
➢ Propriedades das respostas dos neurônios na via auditiva:
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
■
■ À medida que a via auditiva ascende no tronco encefálico, as propriedades de
resposta das células tornam-se mais diversificadas e complexas. Por exemplo,
algumas células dos n. cocleares são especialmente sensíveis a sons que variam
de frequência ao longo do tempo.
SISTEMA VESTIBULAR
❖ Características gerais:
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
■
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
➢ Órgãos otolíticos:
■ Sáculo e utrículo: detectam mudanças no ângulo da cabeça, como também a
aceleração linear dela;
■ Cada órgão otolítico contém um epitélio sensorial, chamado de mácula, que está
orientado verticalmente dentro do sáculo e horizontalmente dentro do utrículo
quando a cabeça está aprumada;
■ Otocônias: pequenos cristais de carbonato de cálcio, incrustadas nas coberturas
gelatinosa da mácula, próximas às pontas dos feixes de estereocílios, e são o
elemento-chave para sensibilidade da mácula a inclinações. Elas possuem uma
densidade superior à da endolinfa circundante;
■ Quando o ângulo da cabeça muda ou quando a cabeça sofre aceleração, uma
força (inércia ao movimento) é exercida sobre as otocônias que, por sua vez,
exercem uma força no mesmo sentido sobre a cobertura gelatinosa, movendo-a
levemente e inclinando, assim, os estereocílios das células ciliadas;
■ Contudo, não é qualquer inclinação do estereocílio que produzirá resultado. Cada
célula ciliada tem um cílio especialmente longo, chamado de cinocílio;
■ A inclinação dos estereocílios na direção oposta ao cinocílio resulta em
hiperpolarização, inibindo a célula;
■ Se os estereocílios forem inclinados perpendiculares à direção preferencial, eles
respondem fracamente;
■ Conjunto sáculo e utrículo de um lado da cabeça é uma imagem especular do
conjunto do outro lado, de modo que, quando um determinado movimento da
cabeça excita as células ciliadas de um lado, ele inibe as células na localização
correspondente do outro lado;
■
■ Assim, qualquer inclinação ou aceleração da cabeça excita algumas células
ciliadas, inibe outras e não exerce efeito algum sobre as demais;
➢ Ductos semicirculares:
■ Detectam movimentos de rotação da cabeça, como sacudi-la de um lado para o
outro ou no movimento de assentir, inclinando sua cabeça para cima ou para
baixo;
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
❖ Considerações finais:
➢ As vias auditivas e vestibulares estão totalmente separadas, exceto, talvez, nos
níveis mais superiores do córtex;
➢ A informação auditiva está frequentemente à frente da nossa consciência, ao passo
que a sensação vestibular normalmente opera sem ser notada;
VIA AUDITIVA: MACHADO
❖ Vias auditivas:
➢ NI: localizado no gânglio espiral situado na cóclea. São neurônios bipolares, cujos
prolongamentos periféricos são pequenos e terminam em contato com as células do
órgão de Corti. Os prolongamentos centrais constituem a porção coclear do nervo
vestibulococlear e termina na ponte, fazendo sinapse com NII;
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
➢ NII: situados nos n. cocleares dorsal e ventral. Seus axônios cruzam para o lado
oposto, constituindo o corpo trapezoide, contornam o complexo olivar superior e
inflectem-se cranialmente para formar o lemnisco lateral terminam fazendo sinapse
com NIII no colículo inferior. Existe certo número de fibras provenientes dos n.
cocleares que penetram no lemnisco lateral do mesmo lado, sendo, por conseguinte,
homolaterais;
➢ NIII: a maioria dos NIII da via auditiva está localizada no colículo inferior. Seus
axônios dirigem-se ao corpo geniculado medial, passando pelo braço do colículo
inferior;
➢ NIV: estão localizados no corpo geniculado medial. Seu n. principal é organizado
tonotopicamente e seus axônios formam a radiação auditiva do córtex, situada no
giro temporal transverso anterior;
➢ Admite-se que a maioria dos impulsos auditivos chegam ao córtex através de uma
via como a acima descrita. Entretanto, muitos impulsos auditivos seguem trajeto
mais complicado, envolvendo um número variável de sinapses. Apesar de bastante
complicada, a via auditiva mantém organização tonotópica, ou seja, impulsos
nervosos relacionados com tons de determinadas frequências seguem caminhos
específicos ao longo de toda a via, projetando-se em áreas específicas da área
auditiva;
➢ Peculiaridades da via auditiva:
■ possui grande número de fibras homolaterais. Assim, cada área auditiva do córtex
recebe impulsos originados na cóclea de seu próprio lado e na do lado oposto,
sendo impossível a perda de audição por lesão de uma só área auditiva;
■ possui grande número de relés. Assim, enquanto nas demais vias o número de
neurônios ao longo da via é geralmente três, na via auditiva este número é de
quatro ou mais;
SP4 - Tutoria - Hugo Payão
➢
VIA VESTIBULAR: MACHADO
❖ Vias vestibulares:
➢ NI: células bipolares localizadas no gânglio vestibular. Seus prolongamentos
periféricos, pequenos, ligam-se aos receptores, e os centrais, muito maiores,
constituem a porção vestibular do nervo vestibulococlear, cujas fibras fazem sinapse
com NII;
SP4 - Tutoria - Hugo Payão