Profetas Menores
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Conteúdo programático:
Oséias
Autor: Oséias
Data: Cerca de 750 a.C
Autor:
Oséias cujo nome significa “salvação” ou “libertação”, foi escolhido por Deus para levar sua
mensagem a seu povo através do seu casamento com uma mulher que seria infiel a ele. Sua
sensibilidade em relação à condição do pecado de seus compatriotas e sua sensibilidade em relação
ao coração amoroso de Deus o fez apto para realizar esse difícil ministério.
Oséias mostra a situação histórica de seu ministério através da nomeação dos reis do Reino do Sul, de
Judá (Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias), e o rei do Reino do Norte, de Israel (Jeroboão II), que reinou
durante o período de sua profecia (1.1). Isso estabelece as datas de 755 a.C a 715 a.C. Embora todas
as indicações quanto ao sucesso exterior parecessem positivas a Israel, um desastre vindo por baixo
estava se aproximando. O povo desse período regozijava-se na paz, abundância e prosperidade; mas a
anarquia estava preparando-se e ela traria o colapso político da nação em alguns curtos anos. Oséias
descreve as condições sociais características de seu tempo: líderes corruptos, vida familiar instável,
imoralidade generalizada, ódio entre classes e pobreza. Embora as pessoas continuassem uma forma
de adoração, a idolatria era mais e mais aceita, e os sacerdotes estavam falhando na tarefa de guiar o
povo nos caminhos da justiça. Apesar das trevas desse tempo, Oséias oferece esperança para inspirar
seu povo a voltar-se novamente para Deus.
Conteúdo
O Livro de Oséias é a respeito de um povo que tinha necessidade de ouvir sobre o amor de Deus, de
um Deus que queria falar com eles e da maneira singular que Deus escolheu para demonstrar seu
amor a seu povo. O povo pensava que o amor poderia ser comprado (“... mercou Efraim amores”,
8.9), que o amor era uma busca de uma autogratificação (“Irei atrás de meus namorados, que me
dão...” 2.5) e que amando objetos sem calor, pudesse conseguir benefícios positivos (“... Se tornaram
abomináveis como aquilo que amaram”, 9.10). Deus quis que Israel conhecesse seu amor, um povo
que buscou objetos sem valor (“Quando Israel era menino, eu o amei...” 11.1), foi guiado com uma
meiga disciplina (“cordas de amor”, 11.4) e que persistiu, apesar de o povo correr e da resistência dele
(“Como te deixaria?”, 11.8).
O problema era como levar a mensagem de um Deus de amor a um povo que não estava inclinado a
dar ouvido e, provavelmente, não entender, se eles ouvissem. A solução de Deus era deixar o profeta
ser seu próprio sermão.
Oséias se casaria com uma mulher impura (“mulher de prostituições”, 1.2), a amaria inteiramente, e
dela teria filhos (1.3), e iria atrás dela, e traria de volta quando ela se desviasse (“Vai outra vez, ama
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uma mulher”, 3.1). Em resumo, Oséias tinha de mostrar seu próprio amor a Gomer, o tipo de amor
que Deus tinha por Israel.
Cristo Revelado
Os escritores do Novo Testamento descrevem Oséias como o responsável por ensinar a vida e o
ministério de Cristo. Mateus vê em 11.1, uma profecia cumprida quando Jesus, quando bebê, foi
literalmente levado e trazido do Egito, um paralelo com a longa estada de Israel no Egito e o êxodo
(Mt 2.15). O Escritor de Hebreus acha em Jesus Aquele que capacita os crentes a oferecerem
sacrifícios aceitáveis de louvor pelos quais nós nos tornamos recipientes do perdão misericordioso de
Deus (14.2; Hb 13.15). A Pedro, Jesus provê a base pela qual aqueles que estavam fora da família de
Deus agora são admitidos a um relacionamento com ele (1.6,9; 1Pe 2.10). A Paulo Jesus cumpre a
promessa de Oséias de que Alguém quebraria o poder da morte e da sepultura e traria a vitória da
ressurreição (13.14; 1Co 15.55). Os ensinamentos de Paulo acerca de Cristo como o Noivo e a igreja
como a noiva corresponde à cerimônia de casamento e os votos pelos quais Deus entra num
permanente relacionamento com Israel (2.19,20; Ef 5.25-32).
Jesus também, em pelo menos dois de seus sermões aos fariseus, tira seu texto de Oséias. Quando
questionado acerca da sua permanência no lar dos pecadores e cobradores de impostos, Jesus cita
Oséias para mostrar que Deus não deseja apenas palavras vazias ou rituais desumanos, mas um
cuidado genuíno e preocupação com, mas pessoas (6.6; Mt 9.13). E, quando os fariseus acusam os
discípulos de Jesus de violar o sábado, Jesus os defende com o mesmo lembrete de que o coração de
Deus coloca o interesse pelas necessidades humanas acima das formalidades religiosas (Mt 12.7).
O Livro de Oséias ensina duas notáveis lições a respeito do Espírito Santo: 1) É importante depender
da presença do Espírito Santo 2) coisas negativas acontecem quando o Espírito Santo está longe de
uma vida. Uma vez Oséias usa a frase “o espírito de luxuria”, e uma vez, “o espírito da prostituição”
(4.12; 5.4), e conta às conseqüências de ser preenchido com um espírito impuro. Como Paulo em
Efésios, Oséias relaciona tal espírito com o vinho, que escraviza o coração. Esse espírito de luxuria
também faz as pessoas se desvirem para falsos caminhos e falas adorações, em contraste com o
Espírito Santo, que nos guia para caminhos verdadeiros e para a verdadeira adoração (4.11-13; Ef
5.17-21).
Esboço de Oséias
Joel
Autor: Joel
Data: Entre 835—805 a.C
Autor:
O nome Joel significa, literalmente, “Jeová é Deus”. Este é um nome muito comum em Israel, e Joel, o
profeta, é especificado como o filho de Petuel. Nada é conhecido a respeito dele ou das circunstâncias
de sua vida. Provavelmente que ele tenha vivido em Judá e profetizado em Jerusalém.
Data:
Não há como datar o livro com absoluta certeza, e os estudiosos variam em suas opiniões. Há
referências tanto em Amós como em Isaías, que também estão em Joel (comparar Am 1.2 com Jl 3.16
e Is 13.6 com Jl 1.15) É opinião de muitos conservadores que Amós e Isaías tenham tomado
emprestado de Joel, fazendo-o um dos mais antigos dos profetas menores.
Além do mais, a adoração a Deus, a qual o sumo sacerdote Joiada restaurou durante o reinado de Joás
(2Rs 11; 2Cr 23.16), é suposta por Joel. Portanto muitos sustentam que Joel profetizou durante os
primeiros trinta anos do reinado de Joás (835-796 a.C), quando Joiada era o conselheiro do rei. Isso
colocaria o ministério de Joel por volta de 835-805 a.C.
Contexto Histórico
Joel profetizou numa época de grande devastação de toda a terra de Judá. Uma enorme praga de
locustas havia despido a zona rural de toda a vegetação, destruiu até as pastagens tanto das ovelhas
como do gado, até mesmo tirou a casca das árvores de figo. Em apenas algumas horas, o que tinha
sido uma terra bonita, verdejante, havia se tornado um lugar de desolação e destruição. Descrições
contemporâneas do poder destrutivo dos enxames de locustas confirmam a descrição de Joel acerca
da praga. A praga das locustas acerca do que Joel escreveu era maior que qualquer um jamais havia
visto. Toda a safra foi perdida, e as sementes da safra para o plantio seguinte também foram
destruídas. A fome e a seca se apoderaram de toda a terra. Tanto o povo como os animais estavam
morrendo. Ela foi tão profunda e desastrosa, que Joel viu uma explicação: era o julgamento de Deus.
Conteúdo
O Livro de Joel está naturalmente dividido em duas seções. A primeira (1.1-2.27) trata do presente
julgamento de Deus, um chamado ao arrependimento e a promessa de restauração.
A segunda seção (2.28-3.21) explica que essa praga, horrível como ela pode ser não é nada comparada
ao julgamento de Deus que está a caminho. Este era um tempo em que não somente Judá, mas
também todas as nações do mundo serão chamadas diante de Deus.
Todavia, nós não podemos deixar de notar a mais notável seção desta curta profecia. Através do
Espírito Santo, Joel olha centenas de anos à frente, para um tempo em que Deus irá derramar o seu
Espírito “sobre toda a carne” (2.28). Isso será um prelúdio da devastação e julgamento do Dia do
Senhor. Será um tempo em que todos os crentes sentirão a habitação do Espírito Santo e irão formar
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uma comunidade profética na terra. Será um tempo em que a profecia virá de jovens e velhos, de
igual modo; quando tanto homens como mulheres irão profetizar. A salvação não será apenas a
inigualável bênção sobre Judá. Será um tempo em que “todo aquele que invocar o nome do Senhor
será salvo” (2.32)
Joel é notável em suas referências ao Espírito Santo. Foi obviamente o Espírito Santo que inspirou o
profeta a ver a mão do Senhor em tudo o que está acontecendo e ser capaz de saltar em direção ao
terrível Dia do Senhor.
Mas a passagem mais espantosa em Jl é 2.28-32. Ali, o profeta vê um tempo futuro, “depois”, quando
o Espírito de Deus for derramado “sobre toda a carne”. Jovens e velhos, de igual modo, tanto homens
como mulheres, irão experimentar esse derramamento.
Esboço de Joel
Amós
Autor: Amós
Data: Entre 760 –750 a.C
Autor:
Amós, cujo nome significa “Aquele que suporta o jugo”, era um nativo da pequena cidade de Tecoa,
situada nas colinas de Judá, a cerca de 16 km ao sul de Jerusalém. Ele é o primeiro dos assim
chamados profetas escritores do séc. VIII a.C. Os outros incluem Oséias a Israel e Miquéias e Isaías a
Judá. Amós rejeitou treinamento como um profeta profissional, admitindo que ele era um pastor de
ovelhas e cultivador de sicômoros. Apesar do seu histórico não-profissional, Amós foi chamado para
entregar a mensagem de Deus ao Reino do Norte, Israel.
Data
Amós profetizou durante os reinados de Uzias, de Judá (792-740 a.C), e Jeroboão II de Israel (793-753
aC). Seu ministério foi realizado entre 760 e 750 a.C e parece ter ocorrido em menos de dois anos.
Contexto Histórico
A metade do séc. VIII a.C foi uma época de grande prosperidade tanto para Israel como para Judá. Sob
o domínio de Jeroboão, Israel havia conquistado novamente o controle das rotas internacionais do
comércio - a Rodovia do Rei, através da transjordânia, e o Caminho do Mar, através do vale de Jezreel
e ao longo da planície da costa. De acordo com 2Rs 14.25, ele restaurou as fronteiras de Israel desde
Lebo Hamate (ao norte) até o mar da Arabá (o mar Morto, ao sul). Judá, sob o domínio de Uzias,
reconquistou Elatae (o porto marítimo de Ácaba) e expandiu-se para o sudeste às custas dos filisteus.
Israel e Judá haviam atingido novos auges políticos e militares, mas a situação religiosa estava fraca o
tempo todo. A idolatria estava exuberante; os ricos estavam vivendo na luxuria, enquanto os pobres
estavam oprimidos; a imoralidade havia generalizado; e o sistema judicial estava corrompido. O povo
interpretava sua prosperidade como um sinal da bênção de Deus sobre eles. A tarefa de Amós era
entregar a mensagem de que Deus estava descontente com a nação.
Sua paciência já havia se esgotado. O castigo era inevitável. A nação seria destruída a menos que
houvesse uma mudança no coração deles - uma mudança na qual a “Corra, porém, o juízo como as
águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso” (5.24).
Conteúdo
O livro de Amós é basicamente uma mensagem de julgamento sobre as nações, oráculos e visões de
julgamento divino sobre Israel. O tema central do livro é que o povo de Israel havia quebrado seu
concerto com Deus. Como resultado, o castigo de Deus sobre eles por causa do pecado será severo.
Amós começa com uma série de acusações contra os sete vizinhos de Israel, incluindo Judá, e, depois,
ele acusa Israel (1.3-1.16). Cada nação estrangeira tem de ser castigada por ofensas específicas, seja
contra Israel ou qualquer outra nação. Esse julgamento sobre as nações nos ensina que Deus é um
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Monarca universal. Todas as nações estão sob seu controle. Elas têm de prestar contas a Deus pelos
maus tratos às outras nações e povos. Israel e Judá, todavia serão punidos porque eles quebraram seu
concerto com Deus. A seção seguinte (3.1-6.14) é uma série de três oráculos ou sermões direcionados
contra Israel. Eles incluem a ameaça de exílio. Uma terceira seção (7.1-9.10) é uma série de cinco
visões e julgamento, em duas das quais Deus se retira. Finalmente, Amós promete restauração para
Israel (9.11-15).
Esboço de Amós
I. Introdução 1.1-2
Damasco 1.3-5
Gaza 1.6-8
Tiro 1.9-10
Edom 1.11-12
Amom 1.13-15
Moabe 2.1-3
Judá 2.4-5
Israel 2.6-16
Obadias
Autor: Obadias
Data: Após 586 a.C
Autor:
Data:
O fundo histórico da destruição de Jerusalém coloca a data da profecia de Obadias logo após 586 a.C,
o ano no qual a cidade sagrada foi derrotada pelos babilônios. A mensagem foi, provavelmente, dada
durante o período do exílio de Judá, quando Obadias alerta Edom sobre a vingança de Deus, que
estava se aproximando, e assegura a Judá quanto ao contínuo cuidado do Senhor.
Contexto Histórico
As relações entre Israel e Edom foram marcadas pela hostilidade através do período do Antigo
Testamento. O rancor começou quando os dois irmãos gêmeos Esaú e Jacó se dividiram em disputa
(ver Gn 27; 32– 33). Os descendentes de Esaú, conseqüentemente, se estabeleceram numa área
chamada Edom, situada ao sul do mar Morto, enquanto os descendentes de Jacó continuaram em
direção à Terra Prometida, habitaram em Canaã e se tornaram o povo de Israel. Com o passar dos
anos numerosos conflitos se desenvolveram entre os edomitas e os israelitas.
Essa amarga rivalidade forma o fundo histórico da profecia de Obadias. Ao longo do período de cerca
de 20 anos (605-586 a.C), os babilônios invadiram a terra de Israel e fizeram repetidos ataques à
Jerusalém, a qual foi finalmente devastada em 586 a.C. Os edomitas viram essas incursões como uma
oportunidade para extinguir sua amarga sede contra Israel. Então, os edomitas juntaram-se aos
babilônios contra seus parentes e ajudaram a profanar a terra de Israel.
Conteúdo
Obadias é o menor livro do Antigo testamento. Ele começa com um título que identifica a profecia
como “visão de Obadias” e que atribui o pronunciamento do Senhor Jeová (v.1).
O livro é dividido em duas seções principais. A primeira (vs 1-14) é endereça a Edom e anuncia sua
inevitável queda. Da sua posição de soberba e falsa segurança, Deus irá derribá-lo (vs 2-4). A terra e o
povo serão saqueados e espoliados, a destruição final e completa (vs 5-9). Por quê? Por causa da
violência que Edom praticou contra seu irmão Jacó (v.10), porque Edom se regozijou com o
sofrimento de Israel e juntou-se com seus atacantes para roubar e violar Jerusalém no dia da sua
calamidade (vs 11-13) e porque os edomitas impediram a fuga do povo de Judá e os entregou aos
invasores (v.14).
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A segunda seção principal da profecia reflete sobre o Dia do Senhor (vs 15-21). Esse dia será um
tempo de retribuição, de colher o que se havia plantado. Para Edom, este é um pronunciamento de
perdição (vs 15-16), mas, para Judá de proclamação de liberdade (vs 17-20) Edom será julgado
severamente, mas o povo de Deus experimentará a abençoada e gloriosa restauração de sua terra. O
monte Sião governará as montanhas de Esaú, e o reino pertencerá ao Senhor (v.21).
Em nenhum lugar Obadias faz referência específica ao Espírito Santo ou ao Espírito de Deus. A sua
obra, todavia, deve ser admitida. Ele serve como a fonte de inspiração para Obadias, como Aquele que
comunica a “visão” (v.1) que constitui a mensagem de Obadias. Além disso, embora não
especificamente identificado como tal, ele funciona como Aquele que instiga o julgamento de Edom,
chamando as nações para se levantarem contra o inimigo do povo de Deus. Embora Deus use agentes
humanos para executar sua justiça, atrás disso tudo, está à obra do seu Espírito, empurrando,
instigando e punindo de acordo com o plano de Deus.
Esboço de Obadias
I. Título 1
Jonas
Autor: Jonas
Data: Por volta de 760 a.C ou após 612 a.C
Autor e Data:
As questões da data e autoria de Jonas estão profundamente relacionas. Se Jonas escreveu o Livro
seria, obviamente, datado durante o reinado de Jeroboão II. No início do séc. VIII, cerca de 793 a 753
a.C. Se um narrador escreveu o livro, ele poderia ter sido em qualquer tempo depois do
acontecimento descrito nele.
Dentre aqueles que sustentam outro autor, que não seja Jonas, alguns datam o livro na segunda
metade do séc. VIII ou no início do século VII, baseado nas datas pós-exílica, após a destruição de
Nínive em 612 a.C Essa disputa é baseada em 3.3, que diz que Nínive era uma grande cidade. Aqueles
que apóiam a data pré-exílica explicam que isso pode ser meramente uma forma literária usada para
contar a história ou que Nínive existia, mas não era uma grande cidade.
Como indicado em 2Rs 14.25, Jonas era filho de Amitai e um nativo de Gate-Hefer, um vilarejo situado
a 5 Km em direção ao nordeste de Nazaré, dentro das fronteiras tribais de Zebulom. Profetizando
durante o reinado de Jeroboão II e precedendo imediatamente Amós, ele foi um forte nacionalista
que estava completamente consciente da destruição que os assírios haviam feito em Israel através dos
anos. Jonas achou difícil aceitar o fato de que Deus pudesse oferecer misericórdia a Nínive da Assíria,
uma vez que seus habitantes mereciam um julgamento severo.
Ele foi o único profeta mandado para pregar aos gentios. Elias foi mandado para Sarepta para morar lá
durante uma temporada (1Rs 17.8-10), e Eliseu viajou a Damasco (2Rs 8.7), mas somente a Jonas é
que foi dada uma mensagem de arrependimento e misericórdia, para pregar diretamente a uma
cidade gentia. Sua relutância em ir pregar estava baseada num desejo de ver seu declínio culminar
numa completa perda de poder. Também ele temeu que Deus pudesse mostrar misericórdia, deste
modo oferecendo aos assírios a oportunidade de molestar Israel.
O nome de Jonas significa “pomba” ou “pombo”. Quanto ao caráter, ele é representado como
obstinado, irritado, mal-humorado, impaciente e por seu hábito de viver somente com seu clã.
Politicamente, é obvio que ele era um amante leal de Israel e um patriota comprometido.
Religiosamente, ele professava um temor ao Senhor como Deus do céu, o Criador do mar e da terra.
Mas sua primeira desobediência intencional, sua posterior re relutante obediência e a sua ira sobre a
extensão de misericórdia aos ninivitas revelam óbvias incoerências na aplicação da sua fé. A história
termina sem indicar como Jonas respondeu à exortação e à lição objetiva de Deus.
Contexto Histórico
Os assírios pagãos, inimigos de Israel de longa data, eram uma força dominante entre os antigos de
aproximadamente 885 a 665 a.C. Relatos do Antigo Testamento descrevem seus saques contra Israel e
Judá, onde eles destruíram a zona rural e levaram cativos. O poder assírio era mais fraco durante o
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tempo de Jonas, e Jeroboão II foi capaz de reivindicar áreas da Palestina desde Hamate localizada em
direção ao sul, até o mar Morto, como havia sido profetizado por Jonas (2Rs 14.25).
Conteúdo:
O livro de Jonas, embora tenha sido colocado entre os profetas no cânon, é diferente do outros livros
proféticos, pois ele não tem uma profecia que não contenha uma mensagem; a história é a
mensagem. A história recorda um dos mais profundos conceitos teológicos encontrados no Antigo
Testamento. Deus ama todas as pessoas e deseja compartilhar seu perdão e misericórdia com elas.
Israel havia sido encarregado de entregar aquela mensagem, mas, de algum modo, eles não
compreenderam a importância dela. Essa falha conseqüentemente levou-os a um orgulho religioso
extremo. No Livro de Jonas, pode ser encontrada a semente do farisaísmo no Novo Testamento.
Deus pediu a Jonas, o profeta, para levantar-se e ir 1300 km para o oriente, a Nínive, uma cidade dos
temidos e odiados assírios. Sua mensagem é para ser um chamado ao arrependimento e uma
promessa de misericórdia, caso eles responda positivamente. Jonas sabe que, se Deus poupar Nínive,
então aquela cidade estará livre para saquear e roubar Israel novamente. Esse patriotismo
nacionalista e seu desdém a que a misericórdia seja oferecida para pessoas que não fazem parte do
concerto induzem Jonas a decidir deixar Israel e “fugir de diante da face do Senhor”. Sem dúvida, ele
esperava que o Espírito da profecia não o seguisse. Jonas está descontente e de algum modo se
convence do que uma viagem a Társis irá livrá-lo da responsabilidade que Deus colocou sobre ele.
A viagem a Társis logo fornece a evidência de que a presença e a influência do Senhor não está restrita
à Palestina. Deus manda uma tempestade para golpear o navio e causar circunstâncias que conduzem
Jonas face a face ao seu chamado missionário. Após determinarem que Jonas e seu Deus são
responsáveis pela tempestade, e após esgotarem todas as alternativas, os marinheiros atiraram Jonas
ao mar. Sem dúvida, Jonas e os marinheiros acharam que esse seria o fim de Jonas; mas Deus havia
preparado um grande peixe para engolir Jonas e, após três dias e três noites, o peixe o jogou em terra
firme.
Novamente, Deus manda Jonas levantar e ir a Nínive para entregar a mensagem de libertação. Desta
vez, o profeta concorda relutantemente em fazer a viagem e entregar a mensagem de Deus. Para seu
espanto, os ninivitas, desde a pessoa mais humilde até o rei, se arrependeram e mostraram isso
através do jejum cerimonial, vestindo-se de panos de saco e assentando-se sobre a cinza. Até mesmo
os animais são obrigados a participar dessa conduta humilde.
O coração de Jonas ainda não está mudado, e ele reage com ira e confusão. Por que Deus teria
misericórdia de pessoas que abusaram da nação de Israel? Talvez esperando que o arrependimento
não tivesse sido genuíno, ou que Deus fosse escolher outra estratégia, Jonas constrói um abrigo numa
colina, com vista para a cidade do lado oriente. Lá. Ele aguarda do dia indicado para o julgamento.
Deus usa esse tempo de esperar para ensinar uma valiosa lição a Jonas. Ele prepara uma aboboreira
para crescer durante a noite, num lugar que fizesse sombra sobre a cabeça de Jonas. O profeta se
regozija na sua boa sorte. Então, Deus prepara um bicho para comer o caule da aboboreira e a faz
secar.
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Ele, mais adiante, intensifica a situação desconfortável de Jonas, ao trazer um vento calmoso, vindo do
oriente, para secar o corpo morto de sede de Jonas. Ele lamenta a morte da aboboreira e expressa seu
descontentamento a Deus. Deus lhe responde mostrando a incoerência de estar preocupado com
uma aboboreira, mas estar totalmente despreocupado acerca do destino dos habitantes de Nínive, a
quem Deus amava.
O Espírito de Deus inspirou Jonas a profetizar naquela terra e a sua posição seria recuperada por
Israel. Isso aconteceu sob a liderança de Jeroboão II (2 Rs 14.25). Quando o Espírito conduziu Jonas
para ir a Nínive profetizar contra o povo lá, o profeta se recusou a seguir a orientação do Senhor. O
Espírito de Deus não cessou sua obra, mas continuou a intervir na vida de Jonas e a induzi-lo a faze a
vontade de Deus. Quando Jonas se arrependeu, o Espírito operou um arrependimento piedoso no
coração do povo e eles responderam à mensagem de julgamento. Quando Jonas se recusou a aceitar
esta obra divina, o Espírito Santo mostrou a ele o contraste entre sua preocupação com uma
aboboreira e a preocupação de Deus com os habitantes da cidade.
Esboço de Jonas
Miquéias
Autor: Miquéias
Data: Entre 704 e 696 Ac
Autor
Miquéias foi contemporâneo de Isaías, no séc. VIII a.C. Ambos concentraram seu ministério no Reino
do Sul, Judá, incluindo Samaria (Israel) e “as nações” no objetivo das suas profecias. Durante alguns
anos, no começo da sua carreira, Miquéias foi, também, contemporâneo de Oséias, um profeta que
morava no Reino do Norte. Miquéias viveu numa cidade localizada a cerca de 32 km a sudoeste de
Jerusalém e profetizou principalmente naquela região.
O Nome de Miquéias, pressupõe uma semelhança com o Senhor: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti”.
Miquéias era tão sincero e completamente comprometido, que ele até quis ir despojado e nu para
fazer com que sua mensagem fosse compreendida (1.8). A profecia de Miquéias produziu um impacto
que se estendeu muito além do seu ministério local. Um século depois, sua profecia foi lembrada e
citada (Jr 26.17-19), e acontecimentos ocorridos sete séculos mais tarde atestam a autenticidade da
profecia de Miquéias (Mt 2.1-6; Jo 7.41-43).
Data
Miquéias profetizou, de acordo com sua própria declaração (1.1), durante os reinados dos reis do Sul,
Jotão (740-731 aC), Acaz (731-716 aC), e Ezequias (716-686 aC). Visto que ele morreu durante a
administração de Ezequias e antes da era que coincide em parte com Manassés (696-642 aC), uma
data entre 704 e 696 a.C parece ser provável.
Contexto Histórico
No período entre o início do reino dividido de Salomão (Israel ao Norte e Judá ao Sul) e a destruição
do templo, muitos “altos” haviam sido introduzidos em Judá através da influência de Samaria. Isso
colocou a idolatria dos cananeus em disputa com a verdadeira adoração no templo do Senhor (1.5).
Miquéias mostra como essa degeneração espiritual levará inevitavelmente o julgamento sobre toda a
terra. E, embora o rei Ezequias tenha tido uma notável vitória sobre Senaqueribe e o exercito assírio,
Judá estava preste a cair, a não se que a nação se voltasse para Deus, arrependendo-se de todo
coração.
Conteúdo
O Livro de Miquéias é uma profecia acerca do Senhor, que não tem concorrentes no perdão dos
pecados e na compaixão pelos pecadores. Sua fidelidade compassiva mantém um concerto com
Abraão e seus descendentes. A “excelência do nome do Senhor” (5.4) está caracterizada, bem como a
face do Senhor (3.4), seu louvor (2.9), seus caminhos (4.2), seus pensamentos (4.12), sua força (5.4),
suas justiças (6.5; 7.9) e sua conseqüente ira (7.9) e furor (5.15; 7.18) contra todas as formas de
rebelião moral.
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Na visão de abertura, o Senhor vem desde o templo da sua santidade, para ser testemunha contra o
povo (1.2). O fator mais notável no manejo do Senhor da sua causa é quão fundo ele foi para
apresentar sua contenda (6.2), até mesmo desejando sentar-se à mesa do réu e deixando seu povo
levar qualquer queixa quanto ao modo que o Senhor Deus o tenha tratado (6.3). Além disso, aquele
que verdadeiramente se arrepende terá o Senhor como seu advogado de defesa (7.9).
Enquanto a Babilônia ainda não era um poder mundial que podia permanecer independente da
Assíria, o cativeiro babilônico (mais de um século depois) foi claramente predito como o julgamento
de Deus contra a rebelião feita contra ele (1.16; 2.3,10; 4.10; 7.13). Mas, assim como Isaías, colega de
Miquéias, a esperança foi estendida para um restante a ser restaurado, que seja desse cativeiro ou de
um povo espiritualmente restaurado ( a igreja) nos dias do Messias (2.12-13; 4.6-7; 5.3,7-8; 7.18). O
Senhor libertaria o restante (2.12-13; 4.3-8,10; 5.9; 7.7)
Miquéias tinha de censurar a liderança da nação por destruir o rebanho que lhes foi confiado.
Entretanto, a grande compaixão de Deus colore cada uma das suas atitudes e ações em relação ao seu
povo, representando-o como uma filha extraviada (1.13; 4.8,10,13), pois sua compaixão, que, uma
vez, redimiu a Israel do Egito 96.4), irá também redimir Judá da babilônia (4.10). Sua fidelidade
compassiva a Abraão e aos pais (7.20) é atualizada a cada nova geração. Essa mensagem está
focalizada numa única pergunta central para toda a profecia: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que
perdoas a iniqüidade e que re esqueces da rebelião do restante da tua herança?” (7.18). A compaixão
de Deus (7.18-19) é um atributo precioso a que nenhuma deidade pode se igualar. A compaixão e a
fidelidade do concerto são exclusivas a Deus. A esperança do povo de viver sob a completa bênção de
Deus estava ligada à vinda de Messias. Deus, em seu amor, prevendo as glórias da sua graça a ser
manifesta em Jesus, manteve-se proclamando aquele Dia e reino futuros como o acontecimento no
qual o fiel devia por sua esperança.
Cristo Revelado
As profecias sobre Cristo fazem o Livro de Miquéias luzir com esperança e encorajamento. O livro se
inicia com uma grandiosa exposição da vinda do Senhor (1.3-5). As profecias posteriores afirmarão o
aspecto pessoal da sua chegada em tempo histórico. Mas a disposição de Deus para descer e interagir
é estabelecida no princípio.
A primeira profecia messiânica ocorre numa cena de pastor de ovelhas. Depois que a terra deles havia
sido corrompida e destruída, um restante dos cativos seria reunidos como ovelhas num curral. Então,
alguém quebraria o cercado e os levaria para fora da porta, em direção à liberdade. (2.12-13). E esse
alguém é seu “rei” e “Senhor”. O episódio completo harmoniza-se belamente com a proclamação de
Jesus acerca da liberdade aos cativos (Lc 4.18), enquanto, na verdade, liberta os cativos espirituais e
físicos.
Mq 5.2 é uma das mais famosas profecias de todo o AT. Ela autentica a profecia bíblica como “a
Palavra do Senhor” (1.1; 2.7; 4.2). A expressão “a Palavra” do Senhor (4.2) é um título aplicável a
Cristo (Jo 1.1; Ap 19.13). A profecia de Mq 5.2 é, explicitamente, messiânica (“Senhor em Israel”) e
especifica seu lugar de nascimento em Belém, num tempo quando Belém era pouco conhecida. Suas
palavras foram pronunciadas muitos séculos antes do acontecimento; ele não tinha nenhuma
sugestão do lugar a que recorrer. Outra característica dessa profecia é que ela não pode se referir a
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apenas qualquer líder que possa ter sua origem em Belém. Cristo é o único a quem ela pode se referir,
porque ela iguala o Senhor com o Eterno: “Cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias
da eternidade.” Esta profecia confirma tanto a humanidade quanto a divindade do Messias de um
modo sublime.
A profecia de Mq 5.4-5 afirma a condição de pastor de Messias (“apascentará o povo”), sua unção
(“na força do Senhor”), sua divindade (“na excelência do nome do Senhor”) e sua humanidade (“seu
Deus”), seu domínio universal (“porque agora será ele engrandecido até aos fins da terra”) e a sua
posição como líder de um reino de paz (“E este será a nossa paz”).
O clímax da profecia (7.18-19), mais o versículo final (7.20), apesar de não incluir o nome do Messias,
definitivamente refere-se a ele. Na expressão da misericórdia e compaixão divinas, ele é Aquele que
“subjugará as nossas iniqüidades”, lançando-as nas profundezas do mar para que Deus possa perdoar
os pecados e trocar o pecado pela verdade.
Um referência singular ao ES ocorre no contraste feito por Mq da autoridade que está por trás de seu
ministério com aquela dos profetas falsos de seus dias. Enquanto outros homens eram feitos
corajosos pelos tóxicos para fabricar contos na forma de profecias, o verdadeiro poder, a força e
justiça que estão por trás da mensagem de Mq vieram da sua unção pela “força do Espírito do Senhor”
(3.8).
Esboço de Miquéias
Naum
Autor: Naum
Data: Pouco antes de 612 a.C
Autor:
Naum, cujo nome significa “confortador” ou “cheio de conforto”, é desconhecido, a não ser pelo
breve título que inicia sua profecia. Sua identificação como um “elcosita” não ajuda muito, visto que a
localização de Elcose é incerta. Carfanaum, uma cidade da Galiléia, tão proeminente no ministério de
Jesus, significa “Aldeia de Naum”, e alguns têm especulado, mas, sem prova concreta, que seu nome
deriva do profeta. Ele profetizou a Judá durante os reinados de Manassés, Amom e Josias. Seus
contemporâneos foram Sofonias, Habacuque e Jeremias.
Data:
Em Na 3.8-10, o profeta narra o destino da cidade egípcia de Tebes, que foi destruída em 663 a.C. A
queda de Nínive, ao redor da qual todo o livro gira, aconteceu em 612 a.C. A profecia de Naum deve
ser datada entre esses dois acontecimentos, visto que ele olha para trás para um e à frente para
outro. É mais provável que sua mensagem tenha sido entregue pouco antes da destruição de Nínive,
talvez quando os inimigos da Assíria estavam colocando suas forças em ordem de batalha para o
ataque final.
Contexto Histórico
O reino dos assírios, havia sido uma nação próspera durante séculos, quando o profeta Naum entrou
em cena. Seu território, se mudou com o passar dos anos por causa das conquistas e derrotas dos seus
governantes, localiza-se ao norte da Babilônia, entre e além dos rios Tigre e Eufrates. Documentos
antigos atestam a crueldade dos assírios contra outras nações. Os reis assírios vangloriam-se de sua
brutalidade, celebrando o abuso e a tortura que eles impuseram sobre os povos conquistados.
A queda do império Assírio, cujo clímax foi à destruição da cidade de Nínive, em 612 a.C, é o assunto
da profecia de Naum. O juízo que cai sobre o grande opressor do mundo é o único motivo para o
pronunciamento de Naum. Conseqüentemente, o profeta é judicial em seu estilo, incorporando
antigos “oráculos de julgamento”. A linguagem é poética, vigorosa e figurada, sublinhando a
intensidade do tema com o qual Naum luta.
Conteúdo
O livro de Naum focaliza-se num único interesse: a queda da cidade de Nínive. Três seções principais,
correspondentes aos três capítulos, abrangem a profecia. A primeira descreve o grande poder de Deus
e como aquele poder opera na forma de proteção pra o justo, mas de julgamento para o ímpio.
Embora Deus nunca seja rápido em julgar, sua paciência não pode ser admitida sempre. Toda a Terra
está sob o seu controle; e, quando ele aparece em poder, até mesmo a natureza treme diante dele
(1.1-8). Na sua condição de miséria e aflição (1.12), Judá podia facilmente duvidar da bondade de
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Deus e até mesmo questionar os inimigos de seu povo (1.13-15) e remover a ameaça de uma nova
angústia (1.9). A predição do juízo sobre Nínive forma uma mensagem de consolação para Judá (1.15)
A segunda seção principal, descreve a ida da destruição para Nínive (2.1-3). Tentativas de defender a
cidade contra seus atacantes serão em vão, porque o Senhor já decretou a queda de Nínive e a
ascensão de Judá (2.1-7). As portas do rio se abrirão, inundando a cidade e varrendo todos os
poderosos, e o palácio se derreterá (2.6). O povo de Nínive será levado cativo (2.7); outros fugirão
com terror (2.8). Os tesouros preciosos serão saqueados (2.9); toda a força e autoconfiança se
consumirão (2.10). O covil do leão poderoso será desolado, porque “Eis que eu estou contra ti, diz o
Senhor dos exércitos” (2.11-13).
O terceiro capítulo forma a seção final do livro. O julgamento de Deus parece excessivamente cruel,
mas ele é justificado em sua condenação. Nínive era uma “cidade ensangüentada” (3.1), uma cidade
culpada por espalhar o sangue inocente de outras pessoas. Ele era uma cidade conhecida pela
mentira, falsidade rapina e devassidão (3.1,4). Tal vício era uma ofensa a Deus; portanto, seu
veredicto de julgamento era inevitável (3.2-3, 5-7). Semelhante a Nô-Amom, uma cidade egípcia que
sofreu queda, apesar de numerosos aliados e fortes defesas. Nínive não pode escapar do julgamento
divino (3.14-15). Tropas se espalharão, os líderes sucumbirão e o povo se derramará pelos montes
(3.16-18). O julgamento de Deus sobreveio, e os povos que a Assíria fez outrora vítimas tão
impiedosamente batem palmas e celebram em resposta às boas-novas (3.19).
Nenhuma referência especifica acerca do Espírito Santo ocorre no Livro de Naum. Todavia, a obra do
Espírito na produção da profecia e na direção dos acontecimentos descritos no livro deve ser
admitida.
O cabeçalho do livro descreve-o como “visão de Naum” (1.1). O Espírito Santofunciona aqui como o
Revelador, Aquele que abre pra Naum o drama que revela diante e comunica a mensagem do Senhor
que ele está encarregado de entregar.
O Espírito Santo também deve funcionar como o Grande Instigador na queda de Nínive. Os inimigos,
dentre eles os filhos da Babilônia, os medos e os citas, juntam suas forças contra os assírios e
saqueiam a cidade. Deus usa agentes humanos para executar seu julgamento, mas atrás disso tudo
está a obra do seu Espírito, instigando, impelindo e punido de acordo com a vontade de Deus. Pela
obra do Espírito, o Senhor convocou suas tropas e as levou para a batalha vitoriosa.
Esboço de Naum
I. Título
II. O veredicto de Deus 1.1-15
Habacuque
Autor: Habacuque
Data: Cerca de 600 a.C.
Autor:
O nome “Habacuque” significa “abraço” ou significando que ele foi “abraço por Deus” e, desse modo,
fortalecido por ele para sua difícil tarefa, ou “abraçando outros”, dessa maneira encorajando-os nos
tempos de crise nacional. A notação musical encontrada em 3.19 pode indicar que Habacuque era
qualificado para liderar a adoração no templo como um membro da família levítica. O profeta está
imbuído de um senso de justiça, o qual não o deixará ignorar a violenta injustiça existente em volta
dele. Ele também aprendeu a necessidade de levar as questões mais importantes sobre a vida para
Aquele que criou e redime a vida.
Contexto Histórico
Habacuque viveu durante um dos períodos mais críticos de Judá. Seu país havia caído do auge das
reformas de Josias para as profundezas do tratamento violento de seus cidadãos, medidas opressoras
contra o necessitado e a ruína do sistema legal. O mundo localizado ao redor de Judá estava em
guerra, com a Babilônia levantando-se em ascensão sobre a Assíria e Egito. A ameaça de invasão do
Norte foi adicionado à desordem interna de Judá. Habacuque, provavelmente, tenha escrito durante o
intercalo entre a queda de Nínive, em 612 aC e a queda de Jerusalém, em 586 a.C.
Conteúdo
O Livro de Habacuque dá um relato de uma jornada espiritual, contando sobre a trajetória de um
homem da duvida à adoração. A diferença entre o início do Livro (1.1-4) e o final do livro (3.17-19) é
impressionante.
Nos primeiros quatro versículos, Habacuque é oprimido por circunstância existente ao redor dele. Ele
não consegue pensar em nada além da iniqüidade e da violência que ele vê entre o seu povo. Embora
Habacuque se dirija o Deus (1.2), ele crê que Deus se retirou do cenário da terra: as palavras de Deus
foram esquecidas; suas
mãos não se manifestam; Deus não pode ser encontra em lugar algum. Os homens estão na direção, e
os homens vis, por isso mesmo, também. E eles agem como seria esperado que agissem os homens
sem o controle de Deus. Estas palavras e frases descrevem a cena: “iniqüidade... Vexação...
Destruição... Violência... Contenda... Litígio... A lei se afrouxa... A sentença nunca sai... O ímpio cerca o
justo... Sai o juízo pervertido”.
Quão diferente é a cena nos três últimos versículos do livro (3.17-19)! Tudo mudou. O profeta não é
mais controlado, nem ansioso por causa das circunstâncias, pois sua visão foi elevada. Questões
temporais não mais ocupam seus pensamentos, mas seus pensamentos estão nas coisas do alto. Ao
23
invés de estar sendo regido por considerações mundanas, Habacuque fixou sua esperança em Deus,
pois ele percebe que Deus tem interesse em suas criaturas. Ele é a fonte da alegria e força do profeta.
Habacuque descobriu que ele foi feito para algo acima: “E me fará andar sobre as minhas alturas”
(3.19). As palavras do último parágrafo contrastam vividamente com aquelas no primeiro: “... Me
alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. Jeová, o Senhor, é a minha força... Pés
como os das cervas... Andar sobre as minhas alturas” (3.18,19). Assim, Habacuque foi da queixa à
confiança, da dúvida à confiança, do homem a Deus , dos vales aos montes altos.
Se o centro do evangelho é a mudança e a transformação, o Livro de Habacuque demonstra essa
renovação evangélica. No centro da mudança e no centro do livro, está este nítido credo da fé: “O
justo, pela sua fé, viverá (2.4). Para o profeta, a promessa é para proteção física em tempo de grande
sublevação. Quando a invasão, que foi predita, pelas forças estrangeiras se tornar uma realidade,
aquele remanescente justo cujo Deus é o Senhor, cuja confiança e dependência estão nele, será
liberto, e eles viverão. Para os escritores do Novo Testamento, tais como Paulo e o autor de Hebreus,
essa afirmação de fé confiante se torna uma demonstração do poder do evangelho para dar a
segurança da salvação eterna.
Cristo Revelado
Os termos usados em Habacuque 3.13 ligam a idéia de salvação com mo ungido do Senhor. As raízes
hebraicas dessas palavras refletem os dois nomes do nosso Senhor: Jesus, que significa “salvação”, e
Cristo “o ungido”. O contexto aqui é o grande poder de Deus manifestado em favor do seu povo,
através de um Rei davídico, que lhes traria libertação dos seus inimigos. O Messias veio no tempo
determinado (2.3; Gl 4.4), foi dado a ele o nome de “Jesus” como a profecia pré-natal de seu
ministério (Mt 1.21), e nasceu “na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor (Lc 2.11).
Enquanto Habacuque espera pela resposta às suas perguntas, Deus lhe concede o presente de uma
verdade que satisfaz suas ansiedades não-expressas, bem como apresenta a solução para sua situação
presente:” O justo, pela sua fé, viverá “(2.4). O Apóstolo Paulo vê essa afirmação de Habacuque como
a pedra fundamental do evangelho de Cristo (Rm 1.16-17). Cristo é a resposta para as necessidades
humanas, incluindo a purificação do pecado, o relacionamento com Deus e a esperança para o futuro.
Nenhuma referência especifica acerca do Espírito Santo ocorre no Livro de Habacuque, existem
sugestões da sua vida operando no profeta. À medida que o profeta examina a destruição causada
pelos exércitos invasores, ele, contudo, expressa uma alegria inabalável que nem mesmo um desastre
de tão ampla escala pode roubar dele, nos lembrando que “o futuro do Espírito é... Gozo” (Gl 5.22).
Esboço de Habacuque
I. As perguntas de Hc 1.1-17
1) A pergunta declarada: “Por que Deus não faz alguma coisa?”.”. 1.1-5
Uma pergunta acerca dos métodos de Deus: “Por que Deus usa ímpios?” 1.12-17
A fé do profeta 3.17-19
Sofonias
Autor: Sofonias
Data: Cerca de 630 a.C
Autor:
O nome “Sofonias” significa “O Senhor escondeu”, foi um profeta de Judá. Ele se indentificou melhor
do que qualquer outro dos profetas menores, remontando sua linhagem quatro gerações até
Ezequias, um bom rei que levou o povo de volta a Deus durante o tempo do profeta Isaías. Sofonias
foi contemporâneo ao rei Josias e seu parente distante, há uma possibilidade que eram amigos.
A intimidade de emoção bom como a familiaridade de lugar, quando Sofonias escreve a respeito de
Jerusalém (1.10-11), indicam que ele havia crescido lá. De acordo com o arranjo das Escrituras
hebraicas, Sofonias foi o último profeta a escrever antes do cativeiro.
Data:
Sofonias dá o período de tempo geral do seu escrito como sendo “nos dias de Josias, filho de Amom,
rei de Judá” (1.1), cerca de 640 a 609 a.C. O auge da reforma de Josias foi nos anos 620. Visto que a
queda de Nínive em 612 a.C ainda não havia acontecido (2.13,15), a maioria dos estudiosos estabelece
a data dos ecritos entre 630 3 627 a.C. Seus contemporâneos incluem Jeremias e Naum.
Contexto Histórico
Aproximadamente 100 anos antes dessa profecia, o Reino do Norte (Israel) havia sido derrotado pela
Assíria. O povo havia sido levado cativo, e a terra havia sido recolonizada por estrangeiros. Sob o
reinado de Manassés e do rei Amom, pai do rei Josias, tributos haviam sido pagos para se evitar que a
Assíria invadisse o Reino do Sul.
A aliança com a Assíria não somente afetou a Judá politicamente, mas também as práticas religiosas,
sociais e de comportamento da Assíria impuseram sua tendências em Judá. Proteção oficial foi dada
em Judá para as artes mágicas e adivinhados e encantadores. A religião astral se torno tão popular,
que o rei Manassés , construiu altares para adoração do sol, lua , estrelas, signos do zodíaco e todos os
astros dos céu, à entrada da Casa do Senhor (2Rs 23.11). A adoração da deusa-mãe da Assíria se
tornou uma prática que envolvia todos os membros das famílias de Judá (Jr 7.18). Todavia à medida
que o jovem Josias foi tomando conta das rédeas do governo, a ameaça assíria foi diminuindo. O golpe
final ao seu poder veio com uma revolta de uma Babilônia em ascensão, que resultou, finalmente, na
destruição de Nínive.
Conteúdo:
julgamento sobre se rebelde povo escolhido. Sofonias está apavorado com o fato de que, após a
catástrofe das tribos do Norte, o povo de Judá ainda mantinha a absurda noção de que Deus fosse
incapaz de fazer bem ou mal (1.12).
Cristo Revelado
Jesus disse que uma das obras do Espírito Santo seria convencer o mundo do julgamento, porque já o
príncipe deste mundo está julgado (Jo 16.8-11). Desde a sua vinda, o Espiríto Santo tem estado
proclamando ao mundo, como Sofonias fez: “Congrega-te... Antes que saia o decreto, e o dia passe
como a palha; antes que venha sobre vós a ira do Senhor”. (2.1-2). Uma obra mais prazerosa do Es é
encontrada na promessa de que Deus irá restaurar nos lábio puros, para que todos invoquem o nome
do Senhor, para que o sirvam com um mesmo espírito (3.9).
Esboço de Sofonias
Introdução 1.1
Ageu
Autor: Ageu
Data: Cerca de 520 a.C
Autor:
Ageu, cujo nome significa “Festivo”, foi um dos profetas pós-exílicos, um contemporâneo de Zacarias.
Ageu tinha as qualidades de um bom pastor. Em encorajador cuja palavra estava em sintonia com o
coração do povo e a mente de Deus, ele foi o mensageiro do Senhor, com a mensagem do Senhor,
levando ao seu grupo desanimado a segurança da presença de Deus.
Data:
O ministério de Ageu cobriu um período de um pouco menos de quatro meses, durante o segundo
reinado do rei Dario, que governou a Pérsia de 522 a 486 a.C, Isso localiza Ageu na história em 520 aC.
Contexto Histórico
Ageu em 520 a.C, ajuntou aos exilados que haviam retornada à sua terra natal em 536 a.C, para
reconstruir o templo do Senhor. Eles haviam começado bem, construindo um altar e oferecendo
sacrifícios, estabelecendo, então, o fundamento para a Casa do Senhor no ano seguinte. A construção
havia cessado, todavia quando os inimigos zombaram dos esforços dos construtores . Mas, o
ministério de Ageu e o de Zacarias fizeram com que o povo se reanimasse e completasse a tarefa em
cinco anos. O templo reconstruído foi dedicado em 515 a.C
Conteúdo:
O livro de Ageu trata de três problemas comuns a todos os povos em todos os tempos oferecendo
soluções inspiradoras. O primeiro problema: o desinteresse (1.1-15) Para despertá-los da sua atitude
de indiferença, Deus fala duas vezes ao povo. Primeiro, eles precisam perceber que são infrutíferos
(1.5-6), porque eles tinham abandonado a Casa de Deus e ido para sua própria casa (1.7-9). Todo
esforço deles para construir seu próprio reino nunca produzirá resultados permanentes. Após ver seu
problema, o povo, então, precisa entender que Deus irá aceitar o que eles fazem a fim de que Deus
seja glorificado, se eles entregarem a ele o que eles têm (1.8).
O Segundo problema: Desencorajamento (2.1-9) Ageu leva uma mensagem destinada a tratar
decisivamente do desencorajamento.
A solução tem duas partes: uma trata do problema urgente; a outra trata de uma solução a longo
alcance. Por hora, basta ao povo esforçar-se e trabalhar (2.4). A outra chave para combater o mal é
para os construtores saberem que eles estão construindo para o dia em que Deus encher essa Casa
com a glória que será maior do que a Glória do templo de Salomão (2.9).
O terceiro problemas: Insatisfação (2.10-23) Agora que o povo está trabalhando, eles esperam uma
inversão imediata de todos os seus anos de inatividade. Então o profeta vai com uma pergunta aos
29
sacerdotes (2.12-13) acerca das coisas limpas e imundas e da influência deles sobre a outra. A
resposta dos sacerdotes é que a imundície é infecciosa, enquanto a santidade não é. A aplicação é
obvia: Não espere que o trabalho de três meses desfaça a negligência de dezesseis anos. A próxima
palavra do Senhor ao povo é uma surpresa: “Mas desde este dia vos abençoarei” (2.19). O povo
precisava entender que as bênçãos de Deus não podem ser ganhas como pagamento, mas vão como
dádivas graciosas de um Deus doador. Deus escolheu Zorababel para ser um anel de sela (2.23), isto é,
para representar a natureza do servo a ser cumprida, finalmente, no mais importante Filho de
Zorababel, Jesus. Notar o nome de Zorobabel em ambas as listas genealógicas dos Evangelhos (Mt 1;
Lc 3), indicando que a benção final, a maior delas, é uma Pessoa, seu Filho Jesus Cristo.
Cristo Revelado
Duas referências a Cristo no Livro de Ageu são destacadas. A primeira é 2.6-9, que começa explicando
que o Deus irá fazer no novo templo um dia ganhará uma atenção internacional. Após um transtorno
entre os povos da terra, as nações serão levadas ao templo para descobrir o que elas estavam
procurando: Aquele que todas as nações desejaram será mostrado em esplendor no templo. A
presença dele irá fazer com que a memória do glorioso templo de Salomão decaia, para que somente
a glória de Cristo permaneça. Junto com a glória da presença de Cristo virá grande paz, uma vez que o
próprio resplendente Príncipe da Paz estará lá.
A segunda referência á vinda do Messias é 2.23. O livro finaliza com uma menção de Zorobabel, que
liga esse livro, perto do final do Antigo Testamento, ao primeiro do NT: Zorobabel é uma pessoa
listada nas genealogias de Jesus.
Uma breve mas bonita referência ao Espiríto Santo é encontrada em 2.5. Os versículos anteriores
mostram o povo de Deus desencorajado, enquanto comparam o templo que eles estão, agora,
construindo com o glorioso templo de Salomão, que o novo templo vai substituir. A palavra do Senhor
a eles é: “Esforça-te... E esforçaí-vos.” A motivação para fazer isso também está mencionada: “Porque
eu sou convosco.”
Ageu 2.5, então explica como o Espírito Santo vai interagir com o espírito do povo, a fim de ter o
trabalho concluído.
O Espírito Santo é uma parte vital no concerto de Deus com o seu povo, “segundo a palavra que
concertei convosco.”
O Espírito Santo é um dom constante para o povo de Deus: “E o meu Espírito habitava no meio de
vós.”
A presença do Espírito Santo remove o medo do coração do povo de Deus. Portanto: “não temais.”
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No centro do concerto de Deus com seu povo, está a constante operação do ES, operando para os
libertar do medo, a fim de que eles possam se mover corajosamente no cumprimento da comissão
divina.
Esboço de Ageu
I. A primeira mensagem do Senhor: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos 1.1-15
Zacarias
Autor: Zacarias
Data: 520—475 a.C
Autor:
Zacarias, cujo nome significa “O Senhor se Lembra”, foi um dos profetas pós – exílicos, um
contemporâneo de Ageu. Com Ageu, ele foi chamado para despertar os judeus que retornaram, para
completar a tarefa de reconstruir o templo (ver Ed 6.14). Como filho de Baraquias, filhos de Ido, ele
era de umas das famílias sacerdotais da tribo de Levi. Ele é um dos mais messiânicos de todos os
profetas do AT, dado referências distintas e comprovadas sobre a vinda do Messias.
Data:
O ministério de Zacarias começou em 520 a.C dois meses após Ageu haver completado sua profecia. A
visão dos primeiros capítulos foi dada, aparentemente, enquanto o profeta ainda era um jovem (2.4).
Os caps 7-8 ocorrem dois anos mais tarde, em 518 a.C. A referência à Grécia em 9.13 pode indicar que
os caps. 9-14 foram escritos depois de 480, quando a Grécia substituiu a Pérsia como o grande poder
mundial. As profecias que abrangem o Livro de Zacarias foram reduzidas à escrita entre 520 e 475 a.C.
Contexto Histórico:
Os exilados que retornaram à sua terra natal em 536 a.C sob o decreto de Ciro, estavam entre os mais
pobres dos judeus cativos. Cerca de cinqüenta mil pessoas retornaram para Jerusalém sob a liderança
de Zorobabel e Josué. Rapidamente, reconstruíram o altar e iniciaram a construção do templo. Logo,
todavia, a apatia se estabeleceu, à medida que eles foram cercados com a oposição dos vizinhos
samaritanos, que, finalmente foram capazes de conseguir uma ordem do governo da Pérsia para
interromper a construção. Durante cerca de doze anos a construção foi obstruída pelo desânimo e
pela preocupação com outras atividades. Zacarias e Ageu persuadiram o povo a voltar ao Senhor e aos
seus propósitos para restaurar o templo. Zacarias encorajou o povo de Deus indicando-lhe um dia,
quando o Messias reinaria de um templo restaurado, numa cidade restaurada.
Conteúdo:
O livro de Zacarias começa com a veemente palavra do Senhor para o povo se arrepender e se voltar
novamente para seu Deus. O livro está repleto de referências de Zacarias à palavra do Senhor. O
profeta não entrega sua própria mensagem, mas ele, fielmente, transmite a mensagem dada ele por
Deus. O povo é chamado para se arrepender de sua apatia e completar a tarefa que não foi
terminada.
Deus, então, assegura ao seu povo o seu amor e cuidado por eles, através de oito visões. A visão do
homem e dos cavalos lembra ao povo o cuidado de Deus. A Visão dos quatros chifres e dos quatro
ferreiros trazem à memória o julgamento de Deus. A Visão do homem com um cordel de medir, existe
uma olhada apocalíptica na vele e pacífica cidade de Deus. A visão grandiosa do castiçal todo
revestido de ouro entre os vasos de azeite assegura a Zorobabel que os propósitos de Deus serão
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cumpridos somente pelo seu Espírito. A visão do rolo voante emite o pronunciamento de Deus contra
o furto e contra o juramento falso. A visão da mulher num efa significa a santidade de Deus e a
remoção do pecado. A visão dos quatro carros retrata o soberano controle de Deus sobre a Terra.
As visões são seguidas por uma cena de coroação na qual Josué é coroado tanto como rei como
sacerdote. Isso é poderosamente um simbolismo da vinda do Messias. Nos caps 7-9, Deus usa a
ocasião de uma questão sobre o jejum para reforçar sua ordem para justiça e juízo, para substituir as
formalidades religiosas.
Cristo Revelado
Zacarias é, às vezes, referido como o mais messiânico de toso os livros do Antigo Testamento. Os caps
9-14 sãos as seções mais citadas dos profetas nas narrativas dos Evangelhos. No apocalipse, Zacarias é
citado mais do que qualquer profeta, exceto Ezequiel.
Ele profetizou que o Messias virá como o Servo do Senhor, o Renovo (3.8), como o homem cujo nome
é Renovo (6.12); tanto como Rei como sacerdote 6. 13), e como o verdadeiro Pastor (11.4-11). Ele dá
um expressivo testemunho sobre a traição de Cristo por trinta moedas de prata (11.12-13), sua
crucifixão (12.10), seus sofrimentos (13.7) e sua segunda vinda (14.4).
Duas referências a Cristo são de profundo significado. A entrada triunfante de Jesus em Jerusalém é
descrita com detalhes em 9.9, quatrocentos anos antes do acontecimento (ver Mt 21.4; Mc 11.7-10).
Um dos versículos mais dramáticos das Escrituras proféticas é encontrado em 12.10, quando, na
maioria dos manuscritos a primeira pessoa é usada: “E olharão para mim, a quem traspassaram.”
Jesus Cristo, pessoalmente, profetizou sua definitiva recepção pela cada de Davi.
O versículo mais frequentemente citado do Antigo Testamento em referência à obra do Espírito Santo
é 4.6. Zorobabel é confortado na segurança de:
1) que a reconstrução do templo não será por força militar ou por proeza humana, mas pelo
ministério do Espírito Santo; 2) que o Espírito santo removerá cada obstáculo que está no caminho,
que impede a conclusão do templo de Deus.
Um triste comentário em 7.12 recorda ao povo sua rebelião contra as palavras do Senhor pelos
profetas. Essas palavras foram transmitidas pelo Espírito Santo.
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Esboço de Zacarias
Malaquias
Autor: Malaquias
Data: Cerca de 450 a.C
Autor:
Embora alguns atribuam Malaquias a um escritor anônimo, considerado por alguns ter sido Esdras,
usando o pseudônimo Mal’aki (“Meu mensageiro”), é melhor considerar o livro como escrito pelo
próprio profeta. Malaquias não é mencionado em mais nenhum lugar na Bíblia, mas, de seus escritos,
podemos aprender que ele teve um grande amor pelo povo de Judá e pelas cerimônias do templo. Ele
foi, provavelmente, um contemporâneo de Neemias.
Data:
A falta de menção de qualquer rei ou de incidentes históricos identificáveis torna a datação um tanto
difícil. O uso de várias palavras persas no texto e a referência a um templo reconstruído (1.10) tornam
a data pós-exílica simultânea com Neemias mais provável (cerca de 450 a.C).
Contexto Histórico
Como já foi mencionado, Malaquias é o último de muitos homens divinamente inspirados que, num
período de uns mil anos, predisseram a vinda do Justo. Não somente eles profetizaram acerca da
vinda do Messias, mas também explicaram detalhadamente ao povo seus pecados e os advertiram a
respeito do justo julgamento de Deus.
Conteúdo
Na sua declaração de abertura, Malaquias salienta o amor imutável de Deus por seu povo, devido à
sua misericórdia, que dura para sempre. Este é o fundo paras as reprovações e exortações que se
seguem. Primeiro, os profetas salientam o desdém aberto e arrogante dos sacerdotes pela Lei e sua
influência negativa sobre o povo. O profeta mostra que eles provocam muita queda no pecado.
Portanto, ele os adverte de que o Senhor não será um espectador inativo, mas, a não ser que eles se
arrependam, serão castigados severamente.
Depois, ele salienta, em termos não-ambíguos, a traição dos sacerdotes leigos no divórcio de esposas
fiéis e casamento de mulheres pagãs que praticam adoração de ídolos. Isso é seguido por uma súplica
fervorosa para vigiarem suas paixões e serem fieis às esposas da sua mocidade, dadas a eles pelo
Senhor.
O profeta, além disso, censura as práticas não-religiosas do povo, sua recusa da justiça de Deus e sua
defraudação ao Senhor, por reterem os dízimos e as ofertas exigidas.
Numa linguagem fervorosa e brilhante, Malaquias continua a descrever o tipo original do sacerdócio.
Ele profetiza sobre o Sol da Justiça, sobre o Mensageiro do concerto e o grande e terrível dia do
julgamento divino, no qual o justo será galardoado, e o ímpio, castigado.
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Finalmente, ele exorta o povo a observar as Leis dadas a Israel através de Moisés e promete a vinda
do Messias e do seu precursor, Elias (João Batista). Essa declaração conclui o Antigo Testamento e o
liga à boas-novas da provisão de Deus no Sol da Justiça descrita no Novo testamento.
Cristo Revelado
No último livro do Antigo Testamento, nós encontramos claras elocuções proféticas com respeito ao
repentino aparecimento de Cristo—o anjo do (novo) concerto (3.1). Aquele dia será um tempo de
julgamento. “Quem subsistirá, quando ele aparecer? ” (3.2) Ninguém, por suas próprias forças pode,
mas, para aqueles que temem ao Senhor, “o Sol da Justiça, Jesus (3.1) nascerá e salvação trará
debaixo das suas asas”, isto é, um triunfo vitorioso (4.2).
A Obra do Espírito santo em Malaquias é evidente na sua pessoa e no ministério profético. Seus
escritos demonstram que ele foi um profeta dedicado. Uma pessoa nitidamente em sintonia com o
Espírito santo. Como tal, ele podia ser efetivamente usado para advertir o povo sobre seu
comportamento pecaminoso e persuadi-lo a conformar sua vida com a lei do Senhor. O Espírito Santo,
além disso, outorgou a ele o privilégio de levar a linhagem de profetas escritores fiéis e dedicados a
um término, permitindo a ele proclamar com clareza e fervor a sua visão da vinda de Cristo.
Esboço de Malaquias:
O Título 1.1