Monografia
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I
DEDICATÓRIAS……………………….…………………………………………………….…II
RESUMO………………………………….…………………..…………………………...…..III
INDÍCE
0.1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 7
0.2 JUSTIFICAÇÃO DO TRABALHO E ESCOLHA DO TEMA................................................... 9
0.3 DEFINIÇÃO DE CONCEITOS ............................................................................................. 11
0.4 DELIMITAÇÃO DO CAMPO DE INVESTIGAÇÃO ............................................................. 11
0.5 ANTECEDENTES DO TEMA .............................................................................................. 13
0.5.1 PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO .................................................................................... 15
0.5.2 OBJECTO DE INVESTIGAÇÃO ....................................................................................... 15
0.5.3 OBJECTIVO DA INVESTIGAÇÃO .................................................................................... 15
0.5.4 IDEIA À DEFENDER ......................................................................................................... 16
0.5.5 CAMPO DE ACÇÃO ......................................................................................................... 16
0.5.6 VARIÁVEIS ....................................................................................................................... 16
0.6 TAREFAS ............................................................................................................................ 16
0.7 DESENHO METODOLÓGICO ............................................................................................ 17
0.7.1 POPULAÇÃO .................................................................................................................... 17
0.7.2 AMOSTRA......................................................................................................................... 17
0.7.3 PROCEDIMENTOS .......................................................................................................... 17
0.7.4 MÉTODOS ........................................................................................................................ 17
0.7.4.1 MÉTODOS TEÓRICOS .................................................................................................. 17
0.7.4.2 MÉTODOS EMPÍRICOS ................................................................................................ 17
0.8 IMPACTOS E RESULTADOS ESPERADOS ..................................................................... 18
0.9 ESTIMATIVA DO CUSTO E CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES ..................................... 18
0.9.1 ESTIMATIVA DO CUSTO ................................................................................................. 18
0.9.2 CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES ................................................................................ 19
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 21
1.0 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 21
CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS ..................................................................... 21
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS, PSICOLÓGICOS E PEDAGÓGICOS NA
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS ..................................................................... 26
O PAPEL DO PROFESSOR SOBRE ABORDAGEM DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
29
O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EQUAÇÕES ................................ 31
1.4.1 TENDÊNCIAS ACTUAIS SOBRE O ENSINO DE EQUAÇÕES NO ENSINO MÉDIO .. 32
1.4.2 EQUAÇÃO EXPONENCIAL ........................................................................................... 33
4
A EQUAÇÃO E A PRÁTICA PEDAGÓGICA .................................................................... 33
ENFOQUE CONSTRUTIVISTA NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM ......... 35
CAPÍTULO II: ESTRATÉGIA PARA FAVORECER A COMPREENSÃO E RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS MATEMÁTICOS................................................................................................... 40
2.0 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 40
2.1 PROBLEMA E EXERCÍCIOS – DIFERENÇAS ................................................................ 40
2.2 O QUE É UM PROBLEMA?.............................................................................................. 41
2.2.1 CARACTERÍSTICAS DE UM PROBLEMA PROPOSTO A UM RESOLVEDOR .......... 42
2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS ............................................................................. 43
2.4 NÍVEIS NO DESENVOLVIMENTO DO RESOLVEDOR DE PROBLEMAS ..................... 45
2.5 AS HEURÍSTICAS DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ................................................. 46
2.6 ETAPAS DE RESOLUÇÃO DE UM PROBLEMA SEGUNDO POLYA ............................ 49
2.6.1 COMO RESOLVER PROBLEMAS (SEGUNDO POLYA) CITADO POR Silva (2008, p.
14 à 16) ....................................................................................................................................... 50
2.7 IMPORTÂNCIA DA REVISÃO NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ............................... 52
2.8 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ...................................................................................... 53
2.8.1 SUGESTÕES METODOLÓGICAS PARA A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ............. 53
CAPÍTULO III- ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS ......................................................... 60
3.0 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 60
3.1 CARACTERIZAÇÃO DOS PROFESSORES INQUERIDOS ............................................ 60
3.1.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO DO INQUÉRITO DISTRIBUÍDO AOS PROFESSORES
(Anexo 1) ..................................................................................................................................... 60
3.2 ANÁLISE DO INQUÉRITO APLICADO AOS ALUNOS .................................................... 66
3.2.1 CARACTERIZAÇÃO DOS ALUNOS INQUERIDOS.......................................................... 66
3.2.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DO INQUERITO APLICADO AOS ALUNOS (Anexo 2) ....... 67
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ..................................................................................... 81
CONCLUSÕES GERAIS ............................................................................................................. 81
RECOMENDAÇÕES ................................................................................................................... 82
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................ 84
ANEXOS…………………………………………………………………………………………………86
5
INTRODUÇÃO
6
0.1 INTRODUÇÃO
7
constatar aspectos da evolução cultural, histórica e científica da Matemática, de
modo a que, compreendam o papel e o contributo desempenhado por esta
disciplina na evolução da sociedade.
Se reconhece por muitos autores que a resolução de problemas estabelece uma
apresentação igualmente reconhecido ao longo da vida da humanidade a par do
estudo dos teoremas e suas demonstrações, relevando um dos principais
objectivos do Ensino da Matemática que é fazer o aluno pensar produtivamente,
dotando-lhe de métodos específicos para a actividade mental. ”Também se deve
ter em conta a sua contribuição no desenvolvimento do pensamento lógico;
Inclusive, através dos dados se podem criar convicções políticas e
revolucionárias” (W. Jungk & Ballester, 1992) citado por (DOMINGOS, 2009).
Para além do assunto ser um pouco complexo, uma das fontes dos obstáculos
a sua compreensão ser atribuída ao facto de muitos professores não pautarem
por uma vinculação entre a teoria e a prática e a pouca adesão para resolver
problemas.
8
Entretanto torna-se fundamental fazer-se uma abordagem concisa do estudo da
Equação exponencial, em particular da resolução de Problemas no âmbito de
Economia.
Julgamos ser importante desenvolver esta temática, uma vez constitui um dos
factores importantes para se compreender o sentido prático do conceito Equação
exponencial. O nosso país encontra-se em constante desenvolvimento e surge
a necessidade de elevar o nível científico, tecnológicos contribuindo para o
desenvolvimento sócio-económico do país, pois verificamos que em nossas
escolas ao nível do ensino médio o conteúdo de Equação exponencial não é
explorado de maneira compreensível e tão pouco numa vertente de resolução
de Problemas. Maior parte das circunstâncias os professores não mencionam a
respeito de problemas referentes as exponenciais, em particular das equações
9
e por não recorrerem a novas pesquisas, acabando por ficarem presos em
simples exercícios práticos.
Mas não se trata de uma mera construção teórica de natureza pedagógica, não
tem a intenção de dissipar toda a problemática que os alunos enfrentam na sala
de aulas na aprendizagem deste assunto, todavia pretende-se apresentar uma
variante que possa minimizar os maus resultados nos anos subsequentes.
10
Exponenciais. Por outro lado, levando o professor a reflectir sobre a sua
metodologia de ensino da matemática.
11
Tema: “Proposta metodologica para a resolução de problemas que conduzem à
Equações Exponenciais na 10ª classe da escola do II Ciclo do ensino
secundário”, no instituto médio de económia “IMELub” no Lubango.
Importância do Tema
𝑺 = 𝒄 × (𝟏 + 𝒊)𝒏
12
0.5 ANTECEDENTES DO TEMA
13
matemática como eixo do desenho Curricular em suas funções de meios
e fundamento da aprendizagem e de fixação do saber e poder
matemáticos.
Os exercícios com texto matemático (Problemas) não têm sido abordados
devidamente. A dificuldade da Interpretação de Exercícios com texto deve-se ao
fraco domínio da Língua Portuguesa (Anatoly e Jerson; 2010; P. 58)
5. Luís Manuel Mussili (2015) fez um estudo nos alunos da 11ª classe da
Escola de Formação de professores “Patrice Lumumba” com o objectivo
de elaborar uma Proposta Metodológica para Resolução de Problemas
Matemáticos utilizando o modelo de Resolução Função exponencial. O
autor concluiu o seguinte: “ Ensinar a resolver problemas Matemáticos
não é tarefa fácil, pois engloba vários conhecimentos que devem ser
estimulados para um melhor raciocínio do aluno, na resolução de
problemas Matemáticos”.(Mussili, 2015 p.47)
DESENHO TEÓRICO
15
0.5.4 IDEIA À DEFENDER
0.5.6 VARIÁVEIS
Variável Independente: ensino baseado na Resolução de problemas
matemáticos.
0.6 TAREFAS
16
4. Determinar fundamentos psicológicos e didácticos que influenciam no
processo de ensino e aprendizagem do estudo na resolução de Equações
Exponenciais.
0.7.1 POPULAÇÃO
A população será constituída por professores de Matemática e alunos da 11ª e
12ª classe do Instituto Médio de Economia “IMELub” no Lubango.
0.7.2 AMOSTRA
A mesma será constituída por turmas seleccionadas aleatoriamente, no Instituto
Médio de Economia “IMELub” no Lubango da seguinte forma:
- 100 Alunos, dos quais: 60 da 11ª classe e 40 da 12ª classe do Instituto Médio de
Economia “IMELub” no Lubango.
0.7.3 PROCEDIMENTOS
Recolha de Dados: A recolha de dados será feita através de inquéritos
num estudo preliminar com uma amostra reduzida.
Tratamento dos dados: a análise e interpretação de dados será feita a
partir dos inquéritos aos professores e testes aos alunos.
0.7.4 MÉTODOS
17
Inquéritos: Para saber as dificuldades dos professores e alunos acerca do
processo de ensino e aprendizagem do Tratamento Metodológico de estudo na
resolução de problemasque coduzem as equações exponenciais no II ciclo do
ensino secundário, em particular no instituto Médio de Economia “IMELub” no
Lubango.
18
Nº Designação Custo em kwanzas
1 Impressoras e Tinteiros 55.000.00
2 Dispositivos de Armazenamento 9.000.00
3 Pesquisa na Internet 25.000.00
4 Um Computador portátil 80.000.00
5 Esferográficas, lápis, borrachas e canetas 1000.00
6 Duas caixas de papel A4 13.000.00
7 Comunicações 8000.00
8 Transporte 10.000.00
9 Encadernação 5.000.00
10 Compra das becas 29.500.00
Total 250.000.00
19
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
20
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.0 INTRODUÇÃO
As novas conquistas científicas no campo da educação mostram que o mais
importante não é dar ao aluno um grande volume de informações. Muito mais
importante que isto é a escola promover o desenvolvimento integral e
harmonioso do aluno, envolvendo as áreas cognitivas, afectiva e psicomotoras.
Outro aspecto que deve ser considerado é o tipo de conteúdo, ou seja o que
mais o aluno conheça (Piletti, 2004).
21
Quando mencionamos que a finalidade do processo de Ensino é proporcionar
aos alunos os meios para que assimilem activamente os conhecimentos, é
porque a natureza do trabalho docente é a mediação da relação cognoscitiva
entre o aluno e as matérias de Ensino. Isto quer dizer que o Ensino não é só a
transmissão de informações mas também o meio de organizar a actividade de
estudo dos alunos. O Ensino é bem-sucedido quando os objectivos do professor
coincidem com os objectivos de estudo do aluno e é praticado tendo em vista o
desenvolvimento das suas forças intelectuais.
22
Um dos conceitos mais importantes de seu constructo é o de Zona de
desenvolvimento proximal, que se relaciona com a diferença entre o que o aluno
consegue aprender só, e aquilo que consegue aprender com o auxílio do
professor. A Zona de desenvolvimento proximal é tudo o que o aluno pode
alcançar em termos racionais quando lhe é dado o suporte educacional devido.
“…a zona de desenvolvimento proximal é talvez um dos mais usados e menos
compreendidos constructos que aparecem na literatura educacional
contemporânea” (Palincsar, 1998, pág. 370) citado por (Cassule, 2015).
Lev Vygotsky diz que os estudantes em geral não são capazes de transpor um
grande expediente de aprendizagem sem algum conhecimento anterior
cognitivamente relacionado, a fim de conectar e suportar a nova informação.
Hoje se deve analisar estas realidades como uma nova perspectiva, onde não
se diminui o papel do professor na direcção do processo de ensino-
aprendizagem, já que tem em conta a influência que nela exercem outros
agentes, fundamentalmente o grupo docente, assim como as potencialidades
que oferecem os próprios exercícios que se propõem aos alunos, de forma que
se privilegie interacções aluno-exercícios, aluno-professor, aluno-aluno e aluno-
grupo, citado por (Cassule, 2015).
23
“Resolver problemas é uma actividade humana fundamental. De facto nosso
pensamento consciente trabalha a maior parte sobre problemas. Quando não
deixamos a mente em seu livre arbítrio, quando não deixamos sonhar, nosso
pensamento tem um fim, buscando meios, buscando resolver problemas” (Pólya,
1945), citado por (Domingos, 2009).
(Onuchic & Allevato, 2004), citado por (Cassule, 2015) enfatizam, ainda, que a
maioria dos importantes conceitos e procedimentos matemáticos podem ser
melhor ensinados por meio da resolução de problemas, quando as tarefas e os
problemas são dados no sentido de engajar os alunos no “pensar sobre”,
relatando as boas razões para que o professor se empenhe nesse esforço, das
quais citaremos algumas:
24
que estimule, simultaneamente, a capacidade de resolver problemas, de
raciocinar e de comunicar matematicamente.
- Função Instrutiva;
- Função Educativa;
- Função Desenvolvedora;
- Função de Controlo.
25
desenvolvimento do pensamento lógico; ou seja: comprovar em que medida se
cumprem os objectivos da disciplina no tratamento de problemas (Jungk, 1979),
citado por (Cassule, 2015)
26
As primeiras ideias um pouco mais positivas e razoáveis no sentido da heurística
de resolução de problemas vem com o filósofo e matemático francês Descartes
(1596 - 1650). Descartes chegou a escrever dois volumes (o segundo
incompleto) – dentre três planejados - do Rules for the Direction of the Mind,
onde procurava expor em detalhes como, segundo seu método, seria possível
resolver qualquer problema, citado por (Manuel, 2015).
Em resumo, Descartes vê o processo de resolução de problemas em três fases:
27
Segundo Mayer (1992), citado por (Cassule, 2015) descreveu o que é a
“capacidade matemática” e apresentou quais os conhecimentos foram
considerados relevantes nas duas fases da solução de problemas segundo
Polya:
• O conhecimento linguístico.
• O conhecimento factual.
• O conhecimento do esquema.
• O conhecimento de estratégias.
• O conhecimento algorítmico.
Segundo Duval (2003), citado por (Cassule, 2015) nos estudos sobre
aprendizagem matemática é importante levar em consideração as
especificidades do conhecimento matemático e também o funcionamento
cognitivo do pensamento humano.
Segundo Joana, (2012), citado por (Cassule, 2015), uma das principais
preocupações de um professor é estimular a compreensão da Matemática,
visando contribuir para o sucesso escolar dos alunos e para o seu gosto pela
disciplina. Deste modo, a necessidade de promover situações que desenvolvam
nos alunos a capacidade de raciocinar matematicamente surge como central e
fundamental no trabalho em sala de aula.
28
gosto pela disciplina. Deste modo, a necessidade de promover situações que
desenvolvam nos alunos a capacidade de raciocinar matematicamente surge
como foco central e fundamental no trabalho em sala de aula.
29
Não responda directamente as perguntas feitas durante o trabalho e sim
incentive-os com novos questionamentos, ideias e sugestões; após a
determinação da solução pelos alunos, discuta os diferentes caminhos de
resolução, incentivando para soluções variadas. Também discuta
soluções erróneas; Estimule a verificação.
DANTE (1988), citado por (Santos & Silva, 2010) sugere que sejam
apresentadas distintas estratégias para a resolução de problemas de modo que
o aluno possa diversificar a sua acção. São elas:
1. Tentativa e erro organizado;
2. Procura de padrões ou generalizações;
3. Resolver antes um problema mais simples;
4. Reduzir à unidade;
5. Fazer o caminho inverso.
O professor ao escolher ou elaborar os problemas deverá ter alguns cuidados
tais como: longas listas de problemas são desmotivadoras, assim como
constantes fracassos e repetições são frustrantes (Dante, 1988).
Para evitar essas atitudes convém:
Apresentar poucos problemas com graduação de dificuldades e aplicação
de diferentes estratégias;
A linguagem deve ser simples evitando a não compreensão do problema.
Permitir o uso de materiais concretos;
Evitar valorizar somente as respostas, mas sim todo o processo para
determiná-la;
Incentivar as descobertas do aluno, a diversidade de estratégias
utilizadas, a exposição de dificuldades, a análise e verificação da solução,
a criação de novos problemas e a identificação do erro, para que através
dele possa compreender melhor o que deveria ter feito.
30
deve participar activamente compartilhando resultados, analisando reflexões e
respostas, enfim aprendendo a aprender (Cassule, 2015).
Como afirmam Ponte, Branco e Matos (2009), citado por (Santos & Silva, 2010)
“As equações são ferramentas fundamental para resolver problemas”. É
importante ter em atenção que o trabalho com equações, facilmente pode
conduzir a uma mecanização de procedimentos por parte dos alunos, sem
qualquer compreensão do que estão a fazer. – Com que objectos estão a
trabalhar, que questões se colocam relativamente a esses objectos e qual o
fundamento das estratégias de resolução adoptadas.
Compreendemos que o ensino das equações necessitará de articular de forma
estável as distintas formas de representação. Uma concepção das equações é
que se trata de calcular com letras. A letra, porém, representa uma incógnita,
que pode ter uma interpretação prática. Os cálculos algébricos dependem da
correcta manipulação dos símbolos e das operações.
31
1.4.1 TENDÊNCIAS ACTUAIS SOBRE O ENSINO DE EQUAÇÕES NO
ENSINO MÉDIO
32
1.4.2 EQUAÇÃO EXPONENCIAL
É importante realçar a definição e as propriedades relacionadas à equação
exponencial
Definição
São as equações em que a incógnita figura em expoente.
33
conceito de equação exponencial praticamente não são ensinados, ou seja, a
apresentação do conceito é feita através da sua forma analítica ou de forma
objectiva. É necessário reafirmar que não estamos sugerindo o abandono ao
estudo analítico das equações. Não se trata disso. Estamos negando a forma
tradicional em que as equações são apresentadas, quase que, exclusivamente,
na sua forma analítica, sem que os alunos compreendam o seu significado em
relação a situações reais. É evidente que o estudo analítico de equações
continua a ser importante, mas ele deve surgir com base em actividades
motivantes, que despertam uma atenção ou interesse de modo que leva o aluno
tomar parte da construção do conceito, isto sistematicamente, feitas por meio de
problemas instigantes e significativos para a sua aprendizagem significativa,
citado por (Santos & Silva, 2010).
35
Uma característica importante para um ensino construtivista é a empatia. Por
empatia nos referimos à capacidade de ser sensível às necessidades dos alunos
ou, em outras palavras, ser disponível. É também a capacidade de escutar e
entender as mensagens dos alunos, citado por (Mussili, 2015).
Tendo abertura para aprender com os alunos, sendo reflexivo e pronto para
mudar, o professor pode vir a conhecer o suficiente sobre o aluno de forma a
favorecer uma aprendizagem significativa. Logo associa-se ao ensino
construtivista com uma posição de respeito pelos alunos. Tal postura implica, o
seguinte:
Essas atitudes não implicam a apatia do professor. Este tem o dever de mostrar
as contradições; os vazios e fragilidades no pensamento dos alunos e estimular
a superá-los. Para realizar essa tarefa os professores devem ser, competentes
no conteúdo que têm a obrigação de ensinar. Ensinar, nessa abordagem,
significa planear todo o processo para facilitar a compreensão do novo conteúdo
36
pelos alunos. Existem momentos em que os professores devem
necessariamente, dizer aos alunos o que fazer para alcançar determinados
objectivos. As exigências são claras: o professor deve saber o que fazer. Para
professores construtivistas, entretanto, é uma questão de equilíbrio: as
estratégias e técnicas de ensino devem variar dentro de um amplo espectro, que
vai de uma completa liberdade para permitir a livre expressão das concepções
espontâneas trazidas pelos alunos até uma rigorosa disciplina que caracteriza o
trabalho intelectual (Watts, Jófili e Bezarra, 1997) citado por (Mussili, 2015).
37
CONCLUSÃO DO CAPÍTULO I
1. A resolução de problemas no processo de ensino e aprendizagem
estabelece, uma conjuntura essencial na formação Matemática dos
alunos;
2. A Equação exponencial é utilizada em diversas aréas, particularmente,
em cálculo de juros compostos, e outras mais. É de imensa apropriação
pedagógica inserir o estudo desta equação num contexto de situações
problemas;
3. O professor deve orientar e dirigir e orientar o aluno para o descobrimento
de solução do problema, e por isso deve preparar as perguntas
adequadas, ou seja questões precisas que não dêem margem a desviar
a atenção dos alunos;
4. O conhecimento prévio do aluno é importante para o processo de ensino
e o dever do professor é auxiliar o aluno a construir o seu próprio
conhecimento tal como enfatiza o enfoque construtivista;
5. O professor deve analisar e reflectir sobre vários documentos, de forma a
gerir a dinâmica das suas aulas para proporcionar aos alunos
aprendizagens efectivas, recorrendo a diferentes materiais de apoio,
diferentes tarefas e nunca limitá-las no espaço de um determinado tópico
e/ou ano lectivo.
38
CAPÍTULO II: ESTRATÉGIA PARA FAVORECER A
COMPREENSÃO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
MATEMÁTICOS
39
CAPÍTULO II: ESTRATÉGIA PARA FAVORECER A COMPREENSÃO E
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS
2.0 INTRODUÇÃO
Neste capítulo, será exposta algumas noções relativos a estruturação de
problemas matemáticos, conceito de problemas, as heurísticas de resolução de
problemas, resolução de problemas, por fim com a conclusão do capítulo
supracitado.
Não é pelo facto de uma questão ser ou não colocada num contexto extra-
matemático que ela é um exercício ou um problema. A questão fundamental é
saber se o aluno dispõe, ou não, de um processo imediato para a resolver. Caso
conheça esse processo e seja capaz de o usar, a questão será um exercício.
Caso contrário, a questão será antes um problema.
Os exercícios servem para o aluno pôr em prática os conhecimentos já
anteriormente adquiridos, consolidando os conhecimentos. Problema é o novo,
é o que presume a criatividade e astúcia. Portanto, os problemas estão
englobados nos exercícios.
40
2.2 O QUE É UM PROBLEMA?
Em algumas vezes o que evidencia ser um problema para um indivíduo, parece
não ser para outro, mas o que leva os indivíduos a raciocinarem o que é ou não
um problema?
Segundo Dante (1989) citado por (Cassule, 2015) "problema é toda situação
que careça o pensar do indivíduo para solucioná-la”.
É uma situação onde ocorre um desequilíbrio, ou seja, que exige uma solução
não imediata, mas para qual dispomos de meios intelectuais de resolução (Dione
Luchese de Carvalho 1990) citado por (Mussili, 2015).
Díaz e Poblete (1995) citado por (Cassule, 2015) definem problema como uma
tarefa que requer solução sob condições específicas, em que o sujeito
compreende a tarefa mas não dispõe de estratégia imediata para a solução e é
então, motivado a procurar a solução. Segundo esses autores, uma
41
característica dessa tarefa é que ela requer, do sujeito, a capacidade de
transformar os elementos do enunciado verbal em expressões matemáticas.
Pode-se pensar em problema como uma situação que exige do aluno uma
reflexão, uma análise, um resgate de situações similares que o próprio aluno já
tenha solucionado.
Com a definição dada pelos autores podemos concluir que o termo “problema”
tem compreensões diferentes de indivíduo para indivíduo e por isso, torna
necessário caracterizar o sentido que lhe damos.
Segundo Resnick, citado por Silva (2008, p.11) um problema tem várias
características:
Segundo Dante (1989) citado por (Mussili, 2015), a classificação dos problemas
matemáticos pode ser representada por: exercícios de reconhecimento;
exercícios de algoritmos; problemas-padrão; problemas-processo ou
heurísticos; problemas de aplicação e problemas de quebra-cabeça. Já para a
equipe do CENPEC (1998), essa classificação é representada por: problemas-
convencionais; problemas não-convencionais e problemas de lógica.
43
Exercício de reconhecimento: Seu objetivo é fazer com que o aluno reconheça,
identifique ou lembre um conceito, um fato específico, uma definição, uma
propriedade, etc.
Exercícios de algoritmos: São aqueles que podem ser resolvidos passo a passo.
Genericamente, no nível elementar, são exercícios que pedem a execução dos
algoritmos da soma, multiplicação e divisão de números naturais.
Problemas-padrão: Sua resolução envolve a utilização direta de um ou mais
algoritmos previamente aprendidos, e não precisa de qualquer estratégia. São
os habituais problemas de final de capítulo nos manuais didácticos. A solução
do problema já está contido no próprio enunciado, e a tarefa primária é
transformar a linguagem usual em linguagem matemática, identificando as
operações ou algoritmos necessários para resolvê-lo.
Problemas-processo ou heurísticos: São problemas cuja solução envolve
operações que não estão incluídas no enunciado. Geralmente, não podem ser
traduzidos directamente para a linguagem matemática, nem resolvidos pela
utilização automática de algoritmos, pois obrigam do aluno um tempo para
pensar e traçar um plano de acção, uma estratégia que poderá levar à solução.
Por isso, tornam-se mais interessantes do que os problemas-padrão.
44
Problemas não-convencionais: São os que têm estrutura diferente daqueles que
geralmente aparecem em manuais didácticos, envolvendo a busca de uma
solução que não se resume à aplicação directa de uma ou mais técnicas
operatórias, nem à utilização directa de uma equação.
Problemas de lógica: São problemas sem, necessariamente, dados numéricos,
onde se exige, principalmente, o raciocínio dedutivo.
45
2.5 AS HEURÍSTICAS DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
46
b) Delineação do exercício
c) Compreensão do problema
2- Fase da elaboração:
a) Análise e precisão
b) Busca da ideia de solução
3- Fase de trabalho no exercício:
a) Reflexão sobre os métodos
b) Elaboração de um plano de solução
4- Fase de realização:
a) Realização da solução
b) Representação da solução
5- Fase da avaliação:
a) Comprovação da solução
b) Determinação do número das soluções
c) Subordinação da solução no sistema existente
d) Memorização da informação metodológica
e) Considerações perspectivas
O programa para a solução do problema proposto por (Jungk, 1999) consta das
seguintes fases:
47
estabelecimento de relações entre os dados, as incógnitas e a elaboração de um
plano de solução, que comprove a determinação dos meios matemáticos e a
aplicação da estratégia de trabalho, para frente ou para trás.
3- Solução do problema
Esta fase inclui a realização do plano de solução e a representação da solução.
4- Avaliação da solução
Nesta fase se realiza a comprovação da solução de acordo com a relação que
se estabelece no enunciado do problema, assim como se pensa sobre os
métodos aplicados e a via utilizada.
Os procedimentos heurísticos apoiam a busca dos novos conhecimentos, a
realização de actividades mentais exigentes e de complexidade. O emprego
destes na aula, propicia a assimilação e incrementa de forma constante as
habilidades para resolver problemas. Estes se podem dividir em:
1- Princípios heurísticos (PH)
2- Regras heurísticas (RH)
3- Estratégias heurísticas (EH)
Percebe-se, portanto, que falar em heurística de resolução de problemas é falar
sobre “métodos e regras que conduzem à descoberta, inovação, investigação e
resolução de problemas.
Podemos também observar que heurística pode referir-se tanto ao contexto
científico quanto ao contexto educacional; para nós, ambos os contextos são
pertinentes, pois ao mesmo tempo em que queremos avaliar a importância da
resolução dos problemas na evolução da Matemática – descoberta de novos
resultados, criação de novos problemas,etc. – também queremos ressaltar a
importância dos problemas no processo ensino-aprendizagem, citado por
(Mussili, 2015)
48
2.6 ETAPAS DE RESOLUÇÃO DE UM PROBLEMA SEGUNDO POLYA
Neto em 1998, citado por (Mussili, 2015) afirma que as Heurísticas de Polya são
consideradas das mais bem conseguidas e das que mais inspiram outros
autores.
Palhares (2004), citado por (Mussili, 2015) acrescenta que além de valiosas,
como na organização do ensino, permitem a identificação das dificuldades
demonstradas pelos alunos e ajudam na clarificação do processo intelectual
envolvido na resolução de problemas. Os alunos podem ser ensinados a ter
sucesso na Resolução de Problemas se forem incentivados a seguir consciente
e sequencialmente as fases do Modelo de Polya.
49
Não existe um Modelo único para a Resolução de problemas nem para ensinar
a resolver problemas. No entanto o Modelo de Polya continua a ser um
referencial para a investigação nesta área.
Este Modelo apesar de não prezar pela sua novidade é um modelo com um
cunho fortemente didáctico que antecipa comportamentos metacognitivos e que
facilmente se transpõe para outros domínios (Neto, 1998), citado por (Mussili,
2015).
1. Entenda o Problema:
Primeiro, tem que entender o problema:
Qual é a incógnita? Quais são os dados? Quais são as condições?
É possível satisfazer as condições? Elas são suficientes para determinar
a incógnita? Ou são insuficientes? Ou redundantes? Ou contraditórias?
Faça uma figura. Outra se necessário. Introduza notação adequada.
Separe as condições em partes.
50
2. Construa uma Estratégias de Resolução
Ache conexões entre os dados e a incógnita. Talvez seja conveniente considerar
problemas auxiliares ou particulares, se uma conexão não for achada em tempo
razoável. Use isso para um plano ou estratégia de resolução do problema.
Vale a pena expandir um pouco esses conselhos:
Já encontrou este problema ou algum parecido?
Conhece um problema semelhante? Conhece teoremas ou fórmulas que
possam ajudar?
Olhe para a incógnita! E tente achar um problema familiar e que tenha
uma incógnita semelhante.
Aqui está um problema relacionado com o seu e que você já sabe
resolver. Consegue aproveitá-lo? Pode usar seu resultado? Ou seu
método? Deve-se introduzir algum elemento auxiliar de modo a viabilizar
esses objectivos?
Consegues enunciar o problema de uma outra maneira?
Se não conseguiu resolver o problema dado, tente resolver um problema
parecido. Consegue imaginar um caso particular mais acessível? Um
caso mais geral e mais acessível? Consegues resolver alguma parte do
problema? Mantenha apenas parte das condições do problema e observe
o que ocorre com a incógnita, como ela varia agora? Consegues obter
alguma coisa desde os dados? Consegues imaginar outros dados
capazes de produzir a incógnita? Consegues alterar a incógnita ou os
dados, ou ambos, de modo que a nova incógnita e os novos dados fiquem
mais próximos?
Estás a levar em conta todos os dados? E todas as condições?
3. Executa a Estratégia
Esta é a etapa mais fácil do processo de resolução de um problema. Mas, a
maioria dos principiantes tendem a saltar para essa etapa prematuramente, e
acabam dando-se mal. Outros elaboram estratégias inadequadas e acabam se
enredando terrivelmente na execução.
Execute a estratégia;
51
Ao executar a estratégia, verifique cada passo que consegues mostrar
claramente que cada um deles está correcto?
4. Reveja
Examine a solução obtida.
Verifique o resultado e o argumento.
Você pode obter a solução de um outro modo?
Qual a essência do problema e do método de resolução empregado? Em
particular, você consegue usar o resultado, ou o método, em algum outro
problema?
Poderíamos dizer que Polya pretendia duas coisas nessa última etapa:
Uma depuração da resolução
Uma abstracção da resolução
2- Reveja para depurar a resolução
O objectivo é verificar o argumento usado, procurando simplificá-lo. Pode-se
chegar ao extremo de buscar outras maneiras de resolver o problema,
provavelmente mais simples, mas menos intuitivas e só agora acessíveis ao
resolvedor. Silva (2008, p. 16)
3- Reveja para abstrair a resolução
Agora, o objectivo é reflectir no processo de resolução procurando encontrar a
essência do problema e do método de resolução aplicado. Tendo-se sucesso
nessa tarefa, poder-se-á resolver outros problemas mais gerais ou de aparência
bastante diferente. Ela representa a possibilidade de aumento do "poder de fogo"
do resolvedor. Feito por matemático talentoso, esse trabalho de depuração
representa a possibilidade de fertilização da matemática. Silva (2008, p. 16)
52
2.8 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
2.8.1 SUGESTÕES METODOLÓGICAS PARA A RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS
53
Problema 1
Quantos anos são precisos para que 200.000.00kz, colocados a juro composto,
à taxa de 20%, produzam o capital acumulado de 859.963.00kz?
Reflexão Acção
⇒ Ler atentamente - Ler
o problema?
⇒ De que problema se trata? -Problemas de Juros
Composto.
⇒O que foi dado? - O capital inicial, a
Taxa de juros e o
Capital acumulado.
54
⇒ Analisa, formula a resposta. - Ver (2)
Reflexão/Acção
Resolução
Dados
c = 200 000 kz
i = 20%
S = 859 963 kz
n=?
A fómula a usar é a seguinte: (1)
𝑆 = 𝑐(1 + 𝑖)𝑛
Substituindo as letras pelos seus valores numéricos conhecidos, temos:
859 963 = 200 000 × (1 + 0,20)𝑛
859 963 = 200 000 × (1,2)𝑛
859 963
(1,2)𝑛 =
200 00
(1,2)𝑛 = 4,299815
Aplicando logaritmo em ambos os membros, temos:
log(1,2)𝑛 = log(4,299815)
Aplicando ao membro esquerdo a propriedade do logaritmo da potência, que é
igual ao produto do expoente pelo logaritmo da base da potência.
𝑛 × log(1,2) = log(4,299815)
log(4,299815)
𝑛=
log(1,2)
Determinando os logaritmos destes números com a ajuda da calculadora, temos:
𝑛 = 7,999 …
Logo 𝑛 = 8 𝑎𝑛𝑜𝑠
R: O Prazo necessário para que 200.000.00kz, colocados a juro composto, à
taxa de 20%, produzam o capital acumulado de 859.963.00kz é de 8 anos. (2)
55
Problema 2
Foi efectuado um depósito de 5 000 000 (cinco milhões de kwanzas) a taxa anual
de 1%. Após algum tempo, o capital acumulado era de 5 522 040 kz por cada
ano. Qual a duração deste depósito?
Reflexão Acção
⇒ Ler atentamente - Ler
o problema?
⇒ De que problema se trata? -Problemas de Juros .
⇒O que foi dado? - O capital aplicado, a
Taxa de juros e o
Capital acumulado.
56
Reflexão/Acção
Resolução
Dados
c = 5 000 000 kz
i = 1% = 0,01
S = 5 522 040 kz
n=?
A fómula a usar é a seguinte: (1)
𝑆 = 𝑐(1 + 𝑖)𝑛
Substituindo as letras pelos seus valores numéricos conhecidos, temos:
5 522 040 = 5 000 000 × (1 + 0,01)𝑛
5 522 040 = 5 000 000 × (1,01)𝑛
5 522 040
(1,01)𝑛 =
5 000 000
(1,01)𝑛 = 1,104408
Aplicando logaritmo em ambos os membros, temos:
log(1,01)𝑛 = log(1,104408)
Aplicando ao membro esquerdo a propriedade do logaritmo da potência, que é
igual ao produto do expoente pelo logaritmo da base da potência.
𝑛 × log(1,01) = log(1,104408)
log(1,104408)
𝑛=
log(1,01)
Determinando os logaritmos destes números com a ajuda da calculadora, temos:
𝑛 = 9,9805 …
Logo 𝑛 = 10 𝑎𝑛𝑜𝑠
R: A duração do depósito foi a prazo de 10 anos. (2)
Observação: No trabalho que apresento, para estes problemas, sugero que seja
um exemplo inicial para a solução de problemas que tenham estas
caracteristicas. Onde o professor pode recomendar que para um exercício deste
tipo, os mesmos se resolvem através das Exponenciais com a fórmula antes
exposta; como é lógico, em dependência dos dados existentes, sendo que o
nosso objectivo é destacar a aplicabilidade desta na resolução de problemas é
o motivo da minha sugerência
57
CONCLUSÃO DO CAPITULO II
1. O problema é toda situação que exige a descoberta de informações
matemáticas desconhecidas para o indivíduo que tenta resolve-lo, ainda que
simples “ajuda a saber pensar”, facilitando assim a compreensão dos conteúdos
estudados, é sobretudo motivadora, uma vez que entusiasma a trabalhar e a
analisar situações que podem surgir no dia-a-dia.
58
CAPÍTULO III: ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS
59
CAPÍTULO III- ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS
3.0 INTRODUÇÃO
O capítulo tem como propósito descrever resumidamente os procedimentos
utilizados para se alcançar os objectivos preconizados neste trabalho. E
apresentar os resultados dos referidos procedimentos com maior destaque do
inquérito bem como fazer uma análise dos resultados.
60
Na primeira questão procurou-se saber se os professores têm resolvido
Problemas relacionados a equação exponencial quando tratam do tema equação
exponencial, pois é com isso que podemos saber até que ponto o referido Tema
está a ser abordado. Observou-se que 10% dos professores que constitui um
número de 1 afirma que têm resolvido, já 90% dizem que não têm resolvido o
que já é muito preocupante.
10%
Sim
Não
90%
61
na aprendizagem dos alunos. Observou-se Igualmente nesta questão que 100%
dos professores acham importante conciliar o ensino da matemática com
problemas do quotidiano do aluno o que indica claramente a preocupação dos
professores. Contudo, há em parte contraste com as respostas da primeira
questão, pois somente 1 (um) professor tem aplicado no seu ensino problemas.
Na quarta questão visou saber dos professores se consideram que seus alunos
conseguem resolver problemas utilizando equação exponencial. É claro que todo
o conhecimento aprendido, devemos saber a sua utilidade prática nas nossas
vidas. Observou-se que 3 professores o que corresponde a 30% afirmaram que
conseguem resolver, já 4 o que corresponde a 40% afirmam que os alunos não
conseguem resolver e 3 correspondente a 30% dizem que os seus alunos
resolvem mais ou menos.
30% 30%
Sim
Não
Mais ou Menos
40%
62
10% 20%
Sim
Não
Sem Opinião
70%
63
I); Eduardo Monica (Logaritmos e Exponenciais) e Maria Augusta Ferreira Neves
( Matemática, 12ª classe da Porto Editora).
Dos livros supra citados, apenas o último fala sobre problemas relacionado as
funções exponenciais, isto é, no tema 4 “Funções Exponenciais e Logarítmicas”,
no Subtema 4.5 “As funções Exponenciais na Modelação Matemática”. Neste
mesmo tema não são tratado os probelmas que conduzem as equações
exponencias como desejado.
40%
Sim
60%
Não
Na nona questão procurou-se saber dos professores até que ponto as equações
exponenciais são importantes para a resolução de problemas no dia-dia.
64
Procurou-se saber dos professores os aspectos ou seja, da importancia da
apicablidade das equações exponenciais no processo de ensino aprendizagem
e em que área do saber são aplicadas. Observou-se que 100% dos professores,
inqueridos acham úteis as equações exponenciais para a resolução de
problemas no dia-a-dia e contribui para uma melhor compreensão da utilidade
do conceito equação exponencial e em diversas áreas do saber.
20%
Certa
Sem Opinião
80%
65
Figura 5- Gráfico da décima pergunta do inquerito aplicado aos Professores.
2ª 10 100 0 0
3ª 10 100 0 0
4ª 3 30 4 40 3 30
5ª 2 20 7 70 1 10
6ª 10 100 0 0
7ª
6 60 4 40
8ª 10 100 0 0
9ª 10 100 0 0
10ª 2 20 8 80
IDADES M F TOTAL
15-18 Anos 44 36 80
18-24 Anos 11 9 20
66
3.2.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DO INQUERITO APLICADO AOS ALUNOS
(Anexo 2)
O inquérito aplicado aos alunos está constituído por 13 questões, sendo 7
abertas e 6 fechadas.
Nº de % Nº de % Nº de %
Aluno Aluno Aluno
1ª Opcional
2ª 73 73 27 27 0 0
3ª 83 83 15 15 3 3
4ª 68 68 29 29 3 3
5ª 64 64 30 30 6 6
6ª
Nº de vezes Nº de Alunos %
0-4 29 29
4-8 12 12
Superior á 8 55 55
S.O 4 4
7ª Opcional
8ª Opcional
9ª 79 79 12 12 9 9
10ª 69 69 24 24 7 7
11ª Opcional
12ª 39 39 40 40 21 21
13ª
Problema Problema Resolvido Problema não
respondido respondido
67
Nº de % Nº de % Nº de %
Aluno Aluno Aluno
23 23 10 10 77 77
Legenda: S.O => Sem Opinião
Figua 6- C.09
Figura 7- C.14
68
Figura 8- C.05
Figura 9- C.19
- 14% que dizem que, para resolver um problema matemático, temos que prestar
muita atenção.
- 14% comenta que é difícil de resolver.
69
Na segunda questão procura-se saber se os alunos gostam de resolver
problemas matemáticos, onde constatou-se que: 45 alunos da 11ª classe
responderam Sim e 15 alunos responderam Não. 28 alunos da 12ª classe
responderam Sim e 12 alunos responderam Não. De uma maneira genérica
perfaz-se 73 alunos responderam sim e 27 responderam Não.
45 45
40
35
30 28
25
20
15
15 12
10
5 0 0
0
SIM NÃO SEM OPINIÃO
11ª 12ª
70
50
48
45
40
35 34
30
25
20
15 10
10 5
2 1,8
5
0
SIM NÃO SEM OPINIÃO
11ª 12ª
40 40
35
30 28
25
20 17
15 12
10
3
5 0
0
SIM NÃO SEM OPINIÃO
11ª 12ª
71
Na quinta questão procura-se saber se os alunos usam algumas estratégias para
resolver problemas em matemática e no caso afirmativo pudessem citar essas
estratégias, onde de uma maneira genérica constatou-se que 64% dos alunos
responderam Sim a essa pergunta, é possível a divisão em respostas, como:
- 16% dizem iniciar pelo que sabem ou pelos mais fáceis: “Iniciar sempre pelo
mais simples, e o qual você sabe”.
- 10% das respostas são variadas, mas não fogem a certa lógica, como é o caso
da seguinte: “A única estratégia que uso é tentar de tudo para conseguir resolver
os problemas”.
- 30% dos alunos foram bem categóricos e apenas responderam “Não”.
De acordo com as respostas dadas, vê-se que pelo facto dos alunos estarem
trabalhando com a disciplina de Matemática a alguns anos, algumas estratégias
de resolução de problemas já dominam, porem falta aprimorar outras estratégias
para resolver problemas que conduzem as equações exponenciais.
60
55
50
40
29
30
20
12
10 4
0
DE 0 À 4 VEZES DE 4 À 8 VEZES SUPERIOR À 8 VEZES SEM OPINIÃO
Nº de Alunos
Essa questão tem por objectivo obter informações a respeito dos conteúdos
matemáticos mais lembrados pelos alunos, com a intenção de situar o
conhecimento dos mesmos sobre a equação exponencial. Nota-se que a
equação exponencial, especificamente, não foi lembrada pelos alunos.
73
Na oitava questão procurou-se saber o que os alunos entendiam por equação
exponencial, a essa questão temos um total de:
- 38% de respostas dizendo que não sabem ou que deixaram em branco, sem
responder.
- 33% relacionaram com expoente, mas não definiram, de forma clara, o que é
uma equação Exponencial, por exemplo:
Nas respostas a essa pergunta, que tinha como objectivo saber se os alunos
tinham conhecimento do conceito de equação exponencial, observa-se que
praticamente todos desconhecem o mesmo. Isso se deve ao facto de que os
74
educandos não fixam tudo o que vêem, ou que talvez não tenham visto esse
conteúdo.
50
46
45
40
35 33
30
25
20
15
7 7
10 5
2
5
0
SIM NÃO SEM OPINIÃO
11ª 12ª
75
40
38
35
31
30
25
19
20
15
10
5 4
3
5
0
SIM NÃO SEM OPINIÃO
11ª 12ª
76
sua curiosidade, atingindo-o em seus impulsos fundamentais, determinando seu
pensamento reflexivo e conduzindo-o à acção em busca de uma solução racional
para um problema (Domingos, 2009).
77
(10) forneceram alguns passos da resolução certa. Salienta-se que estes
mesmos alunos não tiveram um procedimento metodológico na resolução deste
problema e pensa-se que o domínio de um conteúdo por parte do aluno deve ser
acompanhado de procedimentos metodológicos. Portanto, 77% dos alunos o
que corresponde um número de 77 dos 100 alunos testados não souberam
identificar o problema o que mostrou falta de domínio dos problemas utilizando
equação exponencial.
78
CONCLUSÃO DO CAPÍTULO III
Com base nos inquéritos levados a cabo tanto para os professores como para
os alunos, chegamos as seguintes conclusões:
79
CONCLUSÕES GERAIS E RECOMENDAÇÕES
80
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
CONCLUSÕES GERAIS
1. As exponenciais são utilizadas em diversas actividades, nomeadamente, em
cálculo de juros compostos, na descrição da evolução de populações e outras
mais.
81
RECOMENDAÇÕES
1. Na utilização desta estratégia é importante saber seleccionar o problema a
propor. Os problemas devem ser interessantes e compatíveis com o grau de
conhecimento dos alunos, de interpretação clara, de linguagem simples e
familiar
82
BIBLIOGRAFIA
83
BIBLIOGRAFIA
1- Fascículo de Metodologia de Investigação Científica do 1º ano do
ISCED- HUÍLA elaborado pelo Docente Mestre Makanatoko Wanzolani
2- Baptista, F. K., & Selez, P. M. (2011). 4. Fernando F. K. Baptista e
Simão P. Mateus Selez (2011) fazem um estudo a semelhança do autor
anterior com o objectivo de Elaborar uma estratégia Metodológica
Construtivista para a resolução de problemas que conduzem a Sistemas
de duas Equações Lineares.
10- Libâneo, J. C. (1990). Didática. Rua Bartira, São Paulo: Cortez Editora.
84
14- Mussili, L. M. (2015). Proposta Metodológica para Resolução de
Problemas Matemáticos Utilizando o Modelo de Resolução Função
Exponencial na 11ªclasse da escola de formação de professores
“Patrice Lumumba” na província do Namibe, .
15- Onuchic, L., & Allevato. ( 2004). Novas reflexões sobre o ensino-
aprendizagem de matemática através da Resolução de Problemas.
Cortez:Sao Paulo.
16- Piletti, C. (2004). Didática Geral. Rua Barão de Iguape, São Paulo: Editora
Ática.
85
ANEXOS
86
REPÚBLICA DE ANGOLA
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO DA HUÍLA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXACTAS
REPARTIÇÃO DE MATEMÁTICA
ANEXO I
INQUÉRITO DIRIGIDO AOS PROFESSORES
IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR
Para as questões de escolha múltiplas, preencha com X.
a) Sexo: Masculino _____ ; Feminino ____
87
I. Questionário:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
88
8- Consideras importante e conveniente uma abordagem profunda de
problemas matemáticos utilizando equações exponenciais? Sim____;
Não_____
Justifica_________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
89
REPÚBLICA DE ANGOLA
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO DA HUÍLA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXACTAS
REPARTIÇÃO DE MATEMÁTICA
ANEXO II
INQUÉRITO DIRIGIDO AOS ALUNOS
IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
90
5- Você usa alguma estratégia para resolver problemas em Matemática?
Sim ___ ; Não___; (se sim Qual?)
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
91
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
13- Quais dos problemas seguintes, resolve-se utilizando Equações
Exponenciais:
92