1a AL31F Protocolo 10 FSE 21.22

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FÍSICA E QUÍMICA A – 10.

º ANO
2021/2022
SALESIANOS DO ESTORIL
- A.L.F. 3.1
Radiação e potência elétrica de um painel
ESCOLA
fotovoltaico
maio 2022

NOME: N.º Turma

APRENDIZAGENS ESPECÍFICAS

AVALIAÇÃO
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS
NC C

A.L.3.1. Radiação e potência elétrica de um painel fotovoltaico


Investigar, experimentalmente, a influência da irradiância e da diferença de potencial elétrico na potência
elétrica fornecida por um painel fotovoltaico, avaliando os procedimentos, interpretando os resultados e
comunicando as conclusões.
Construir o gráfico da corrente elétrica em função da diferença de potencial elétrico nos
terminais de um painel fotovoltaico.
Construir e interpretar o gráfico da potência elétrica em função da diferença de potencial
elétrico nos terminais de um painel fotovoltaico, determinando a diferença de potencial elétrico
que otimiza o seu rendimento.
Investigar o efeito da variação da irradiância na potência do painel, concluindo qual é a melhor
orientação de um painel fotovoltaico de modo a maximizar a sua potência.
Legenda: NC – Aprendizagem ainda não consolidada; C – Aprendizagem consolidada.

FUNDAMENTO TEÓRICO
A energia proveniente da radiação que chega à superfície da Terra pode ser utilizada para
produzir energia elétrica. Os painéis fotovoltaicos, constituídos por células fotovoltaicas ligadas
em série ou em paralelo, são um exemplo de conversão de energia solar em energia elétrica. A
conversão fotovoltaica solar consiste na transformação de energia radiante numa diferença de
potencial entre os pólos do painel fotovoltaico.

Essa conversão é feita utilizando materiais semicondutores, principalmente o silício (90% dos
painéis fotovoltaicos existentes no mundo usam o silício), e têm por base o denominado efeito
fotovoltaico, que ocorre nas células fotovoltaicas.

Na célula fotovoltaica esquematizada na figura 1, quando a


radiação incide no material semicondutor, a energia é
transferida para os eletrões que o constituem, os quais se
deslocam através deste e dão origem a uma diferença de
potencial nas suas extremidades. A d.d.p. depende da
potência da radiação incidente, da área da célula e da
orientação da célula em relação à direção da radiação
incidente.

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Se a célula for ligada, através de um circuito elétrico, a um recetor (lâmpada, motor, resistência,
etc.), gera-se uma corrente elétrica contínua. Para que a energia produzida possa ser aproveitada
nas nossas casas é necessária a existência de um acumulador que garanta o fornecimento de
energia durante a ausência de luminosidade e de um transformador que transforme a corrente
continua em corrente alternada, uma vez que a maior parte dos aparelhos que temos em casa
funcionam com este tipo de corrente.

Influência da diferença de potencial elétrico, nos terminais de uma célula fotovoltaica, sobre
a sua potência

A potência elétrica esta relacionada com a rapidez com que a energia é transferida da célula para
o circuito exterior.
Para um dado valor de irradiância, Er, ao alterar-se o valor da resistência, R, do recetor, altera-se
a corrente elétrica, I, que atravessa o circuito, assim como a diferença de potencial elétrico, U,
medida nos terminais da célula. Medindo U e I, pode investigar-se como varia a potência elétrica
da célula fotovoltaica, uma vez que P = UI, e prever em que condições o rendimento do
dispositivo é máximo.

No gráfico da figura 2, mostram-se as curvas características da corrente elétrica e da potência


elétrica em função da diferença de potencial elétrico de uma célula fotovoltaica de silício.

Da análise do gráfico, verifica-se que:

- para valores de d.d.p. próximos de zero, a


corrente elétrica tem um valor máximo, IA. Isto
acontece quando a resistência elétrica se encontra
no seu valor mínimo. Este valor de IA é um valor
característico da célula fotovoltaica. Para este valor
de corrente elétrica, a potência elétrica da célula
tem o seu valor mínimo;

- à medida que se aumenta a resistência do circuito, a diferença de potencial elétrico aumenta e


a corrente elétrica mantém-se aproximadamente constante, até atingir um valor em que diminui
abruptamente. A potência varia quase linearmente com a d.d.p. até atingir um valor máximo e,
depois, também diminui abruptamente;

- a potência elétrica máxima, Pmáx., que a célula fotovoltaica pode fornecer ao circuito, ocorre
quando o produto U x I é máximo. Isso acontece na situação em que U = UM e I = IM. Na prática, a
potência é máxima quando a resistência interna do painel fotovoltaico iguala a resistência
externa.

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Estas curvas características podem obter-se utilizando o circuito esquematizado na figura 3.

A função do reóstato é simular a resistência dos aparelhos existentes nas nossas habitações.

Influência da irradiância sobre a potência de uma célula fotovoltaica

Variando a irradiância, ou seja, variando a potência da radiação incidente por unidade de área da
superfície da célula fotovoltaica, faz-se variar também a d.d.p. nos terminais da célula e corrente
elétrica que percorre o circuito. Esta irradiância pode ser alterada, por exemplo, alterando a
orientação da célula relativamente à direção da radiação incidente.

O gráfico da figura 4 mostra a influência da irradiância na corrente elétrica no circuito e na


potência elétrica de uma célula fotovoltaica.

Da análise do gráfico verifica-se que a corrente elétrica, no circuito, e a potência elétrica,


fornecida pela célula fotovoltaica, aumentam com o aumento da irradiância na célula.

Dados experimentais revelam que o rendimento de um painel é otimizado quando os raios


luminosos incidem perpendicularmente às células.

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Associações de células (ou módulos) fotovoltaicos

As células, ou os módulos fotovoltaicos, devem ser interligados a fim de se conseguir aumentar a


potência máxima, Pmáx, de um painel fotovoltaico.
Existem duas possibilidades de se realizar a associação de módulos fotovoltaicos: em série ou em
Paralelo.
De notar que, na associação de módulos fotovoltaicos devem ser utilizados módulos do mesmo
tipo, de forma a minimizar as perdas de potência do sistema.

Ligação em série de módulos fotovoltaicos

A associação em série de módulos fotovoltaicos permite obter tensões mais elevadas, mantendo
a corrente estipulada do módulo.

Apresenta-se ao lado a
representação gráfica da curva
característica da corrente em função
da tensão, referente à associação em
série de, por exemplo, três módulos
fotovoltaicos.

Nesta condição, a corrente de curto-


circuito da associação em série dos
três módulos mantém-se inalterada.
No entanto, a tensão de circuito
aberto é três vezes superior.

Ligação em paralelo de módulos fotovoltaicos

A associação em paralelo de módulos fotovoltaicos permite obter correntes mais elevadas,


mantendo a tensão estipulada do módulo.

Apresenta-se ao lado a
representação gráfica da curva
característica da corrente em função
da tensão, referente à associação
em paralelo de, por exemplo, três
módulos fotovoltaicos.

Nesta condição, a tensão de circuito


aberto da associação em paralelo
dos três módulos mantém-se
inalterada. Contudo, a corrente de
curto-circuito é três vezes superior.

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

1. Por que razão a incidência da radiação numa célula fotovoltaica pode estar na origem da
produção da energia elétrica?

A radiação é luz e esta contém energia. Essa energia transfere-se para o painel originando
uma diferença de potencial elétrico nos seus terminais, o que origina corrente elétrica a
que está associada energia elétrica.

2. Qual a constituição de um painel fotovoltaico?

Um painel fotovoltaico é um conjunto de módulos fotovoltaicos ligados em série ou em


paralelo. Cada módulo é um conjunto de células fotovoltaicas ligadas entre si.

3. Uma lâmpada LED funciona com corrente contínua, mas um ventilador funciona com corrente
alternada. Qual destes dispositivos poderá ser ligado directamente aos terminais de um painel
fotovoltaico? Justifique.

Um painel fotovoltaico origina uma corrente elétrica contínua num circuito (recetor). Os
dispositivos que funcionam ligados ao painel são os de corrente contínua. O LED pode
funcionar ligado à célula fotovoltaica, mas o ventilador não.

4. Suponha que tem dois painéis fotovoltaicos iguais e pode usá-los como geradores num circuito.
Numa situação I usa apenas um painel. Numa situação II usa os dois painéis ligados em série.
Compare a diferença de potencial elétrico disponibilizada para o circuito, assim como a
corrente, na situação II relativamente à situação I. Suponha constante a irradiância.

A diferença de potencial elétrico na situação II é maior do que na situação I, mantendo-se a


corrente elétrica inalterada. Na situação II, o valor da diferença de potencial pode
aproximar-se do dobro do da situação I.

5. Observe o gráfico da figura 50 (p.146 do manual)


referente ao comportamento de uma célula
fotovoltaica. Determine o valor aproximado para a
potência máxima que ela pode disponibilizar,
correspondente à situação de rendimento máximo.

De acordo com o assinalado na figura, quando a


potência é máxima, a diferença de potencial
elétrico, U, é 0,48 V e a corrente elétrica, I, é 3,12 A.

Valor aproximado para a potência máxima: P = U x I = 0,48 × 3,12 = 1,5 W.

6. Pretende-se investigar a influência da irradiância na potência disponibilizada por um painel.


Que orientação prevê para a radiação incidente, em relação ao painel, que maximize a
potência do painel?

A radiação deve incidir perpendicularmente ao painel.

(em Portugal continental, os painéis fixos devem ser instalados


com um ângulo α entre, aproximadamente, 47o e 57o)

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7. Para investigar a influência da diferença de potencial na potência do painel deve montar um
circuito cujo gerador seja o painel fotovoltaico. Que medições deve fazer para medir estas
grandezas? Que instrumentos de medida deve usar?

A diferença de potencial elétrico pode medir-se diretamente com um voltímetro. A


potência calcula-se pelo produto da diferença de potencial elétrico pela corrente elétrica,
a qual se deve medir com um amperímetro.

MATERIAL
Painel fotovoltaico, fios de ligação, interruptor de alavanca, reóstato de 1000 Ω, multímetro
digital (2), candeeiro com lâmpada de incandescência, régua, folhas de diferentes espessuras e
transparências.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Procedimento 1 - Estudo da variação da potência elétrica


do painel fotovoltaico em função resistência instalada no
circuito.

1. Montar o circuito elétrico apresentado no esquema


2. Posicionar o painel fotovoltaico frontalmente para a
lâmpada a uma distância de aproximadamente
30 a 40 cm. Note que a distância do painel à lâmpada
deve ser mantida constante.
3. Com o reóstato na resistência máxima, ligar a lâmpada
de incandescência.
4. Ligar os multímetros e escolher escalas adequadas à
medição da corrente, I, e da diferença de potencial, U.
5. Modificar sucessivamente a posição do cursor e medir a diferença de potencial e a corrente
para pelo menos 12 pares de medidas e registar os valores medidos – tabela 1.

Procedimento 2 - Estudo da variação da potência elétrica do painel fotovoltaico em função da


irradiância.

1. Utilizando o circuito já montado, deslocar o cursor do reóstato até uma determinada posição
intermédia (à sua escolha), registando, na tabela 2, os valores de I e de U.

Notar que a distância do painel à lâmpada deve ser mantida constante.

2. Colocar uma folha de papel branco entre o painel e a lâmpada. Registar os valores de I e de U.
3. Colocar uma folha de papel vegetal entre o painel e a lâmpada. Registar os valores de I e de U.

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Procedimento 3 - Estudo da variação da potência elétrica do painel fotovoltaico em função do
ângulo entre a direção dos raios luminosos e a superfície do painel.

1. Utilizando o circuito já montado, deslocar o cursor do reóstato até uma determinada posição
intermédia (à sua escolha).

Notar que a distância do painel à lâmpada deve ser mantida constante.

2. Registar, na tabela 3, os valores de I e de U quando a superfície do painel é perpendicular à


direção da radiação incidente (90o),
3. Variar a inclinação do painel até a superfície do painel ser paralela à direção da radiação
(0º). Registar os valores de I e de U na tabela 3.
4. Recolher valores para mais 2 inclinações diferentes (intermédias).

REGISTO DE OBSERVAÇÕES e TRATAMENTO DE RESULTADOS (cálculo da potência)

1. Distância entre a lâmpada e o painel: d = (17,00 ± 0,05) cm

2. Registo dos resultados obtidos para a diferença de potencial, U, e para a corrente elétrica, I,
variando a resistência – tabela 1.

Grandezas Grandezas

I / mA U/V I / mA U/V
P=UxI P=UxI
I/A I/A
/W /W
(± 0,1 mA) (± 0,001 V) (± 0,1 mA) (± 0,001 V)

2,5 0,0025 1,526 0,0038 18,3 0,0183 1,071 0,0196

4,1 0,0041 1,502 0,0062 18,9 0,0189 1,020 0,0193

5,9 0,0059 1,473 0,0087 19,4 0,0194 0,965 0,0187

7,8 0,0078 1,439 0,0112 20,2 0,0202 0,848 0,0171

10,1 0,0101 1,392 0,0141 20,5 0,0205 0,733 0,0150

11,2 0,0112 1,364 0,0153 21,0 0,0210 0,581 0,0122

12,6 0,0126 1,326 0,0167 21,2 0,0212 0,423 0,0090

13,3 0,0133 1,307 0,0174 21,3 0,0213 0,261 0,0056

14,2 0,0142 1,276 0,0181

14,8 0,0148 1,257 0,0186

15,6 0,0156 1,223 0,0191

16,2 0,0162 1,197 0,0194

17,3 0,0173 1,135 0,0196

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3. Registo dos resultados obtidos para a diferença de potencial, U, e para a corrente elétrica, I,
variando a irradiância – tabela 2

Condições de irradiância U/V I/A P=UxI/W

folha branca 0,47 0,0045 0,0018

papel vegetal 0,99 0,0064 0,0064

sem filtro 1,52 0,0085 0,013

4. Registo dos resultados obtidos para a diferença de potencial, U, e para a corrente elétrica, I,
variando o ângulo entre a direção da radiação incidente e a superfície do painel – tabela 3

Inclinação U/V I/A P=UxI/W

90º 1,029 0,020 0,021

60º 0,963 0,018 0,017

30º 0,900 0,018 0,016

0º 0,209 0,000 0,000

TRATAMENTO DE RESULTADOS (cont.)

1. A partir da tabela I, construa o gráfico I = f (U).

I = f (U)
0,025
I/A

0,02

0,015

0,01

0,005

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 U1,8
/V

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2. A partir da tabela I, construa o gráfico P = f (U).

P = f (U)
P0,0250
/W

0,0200

0,0150

0,0100

0,0050

0,0000
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600 1,800
U/V

ANÁLISE DOS RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. Com base no gráfico 2, conclua qual a diferença de potencial que maximiza a potência
fornecida pelo painel fotovoltaico, isto é, que optimiza o rendimento do painel. Associe a
respetiva incerteza de leitura.

A diferença de potencial que maximiza a potência é (𝟏, 𝟎𝟕𝟏 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏)𝐕.

2. Partindo da relação R= U/I, determine o valor da resistência elétrica do recetor para o qual a
potência elétrica do painel estudado é máxima.

Para U = 1,071 V, pelo gráfico I = f(U), I ≈ 18,3 mA.


𝟏,𝟎𝟕𝟏
R = 𝟏𝟖,𝟑×𝟏𝟎−𝟑 R =58,5 Ω

3. Como é que a interposição dos filtros influencia a potência do painel e, consequentemente, o


seu rendimento?

Os filtros diminuem a irradiância (diminuição da radiação incidente por absorção de parte


das radiações pelos filtros) e, desta forma, a potência disponibilizada pelo painel.

4. Qual é a inclinação do painel, em relação à luz incidente, que maximiza o rendimento do


painel?

O painel deve ser orientado de modo que a luz incida perpendicularmente sobre ele
(diminuição da área em que aquela incide) de forma a receber o máximo de radiação
incidente.

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5. Que característica do circuito de uma casa, com gerador fotovoltaico, simula a resistência do
reóstato?

Simula a resistência do conjunto de eletrodomésticos ligados em simultâneo.

6. Construa os gráficos de pontos I = f (U) e P = f (U) recorrendo a uma folha de cálculo, tipo
Excel e cole a seguir.

QUESTÕES COMPLEMENTARES

1. Para simular um circuito elétrico de uma casa com um gerador fotovoltaico, montou-se um
circuito com um painel fotovoltaico, um reóstato, um amperímetro e um voltímetro. Com as
medidas do voltímetro e do amperímetro, calculou-se a potência elétrica do painel para
diversas resistências.

Com base nos dados, representou-se a potência elétrica em função da resistência do reóstato,
conforme se reproduz na figura seguinte.

Verificou-se que a potência máxima fornecida pelo painel, 57,2 mW, ocorreu para uma
resistência de 0,37 k .

a) Selecione o esquema do circuito construído.

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b) Como se observa no gráfico, no estudo variou-se a resistência elétrica para determinar a
potência fornecida pelo painel. Os valores medidos da corrente elétrica e da tensão serão
diretamente proporcionais?

c) Que característica do circuito da casa, com gerador fotovoltaico, simula a resistência do


reóstato?
d) Determine as leituras do amperímetro e do voltímetro na unidade SI de cada grandeza,
para a situação em que o rendimento do painel é máximo.

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2. Montou-se um circuito com um painel fotovoltaico, um amperímetro e uma resistência variável
à qual se associa um voltímetro. Iluminou-se o painel com uma lâmpada de 60 W, fixa a uma
certa distância e com incidência perpendicular. Variou-se a resistência e, com base nas medidas
do amperímetro e do voltímetro, elaborou-se o gráfico da potência fornecida à resistência em
função da diferença de potencial elétrico fornecida pelo painel (tensão de saída do painel), o
qual se reproduz na figura seguinte.

a) Apresente a leitura que teria sido realizada no amperímetro para uma diferença de
potencial elétrico de 0,34 V.

b) Para que valores de diferença de potencial elétrico o painel fornece a potência de 14 mW?

c) Determine a resistência elétrica na situação em que rendimento do painel é máximo.

d) Justifique a seguinte afirmação: «Quando se compara a energia elétrica consumida pela


lâmpada com a produzida pelo painel, verifica-se que, nas condições desta experiência, o
rendimento máximo do sistema constituído pela lâmpada e pelo painel é 0,03%.»

e) Indique dois fatores que contribuam para um valor de rendimento tão baixo.

f) Se, para uma determinada resistência, se alterar a orientação do painel de modo que a luz
deixe de incidir perpendicularmente, prevê-se que ocorra ... da diferença de potencial
elétrico e ... da potência fornecida em relação à situação de incidência perpendicular.

(A) um aumento …. um aumento (C) uma diminuição …. uma


(B) um aumento …. uma diminuição diminuição
(D) uma diminuição …. um aumento

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RESPOSTAS ÀS QUESTÕES COMPLEMENTARES
1. a) (C) [O voltímetro é ligado em paralelo com o painel fotovoltaico e o amperímetro em série].
b) A resistência, R, igual ao quociente da tensão, U, pela corrente elétrica, I, varia. Dado que
R não é constante, U e I não são diretamente proporcionais.
c) Resistência do conjunto de eletrodomésticos ligados em simultâneo.
d) Cálculo da tensão em função da corrente e da resistência:
𝑈 3
𝑅= 𝐼
⇔ 𝑈 = 𝑅𝐼 ⇒ 𝑈 = 0,37 × 10 𝐼 = 370𝐼.

Cálculo da tensão em função da corrente e da potência:


𝑃 57,2×10−3 0,0572
𝑃 = 𝑈𝐼 ⇔ 𝑈 = 𝐼
⇒𝑈= 𝐼
= 𝐼
.

Cálculo da tensão e da corrente elétrica:


0,0572 0,0572
𝑈 = 𝑈 ⇒ 370𝐼 = 𝐼
⇔ 𝐼2 = 370
⇒ 𝐼 = 1,2 × 10−2 A (leitura do amperímetro); 𝑈 = 370𝐼 =
0,0572
370 × √ 370
= 4,6 V (leitura do voltímetro).

𝑃 8,0×10−3
2. a) 24 mA. Quando U = 0,34 V, P = 8,0 mV = 8,0 × 10−3 V, logo 𝐼 = 𝑈 = 0,34
=
= 2,4 × 10−2 A = 24 mA.
b) 0,62 V e 1,08 V.
[A diferença de potencial elétrico, U, está representada no eixo das abcissas. A menor divisão
da escala deste eixo é 0,2:5 = 0,04 V. Pela linha de ajuste aos pontos experimentais, obtém-se
as abcissas dos pontos em que a ordenada é
P = 14 mW: U1 = 0,60 + 0,5 × 0,04 = 0,62 V e U2 = 1,00 + 2 × 0,04 = 1,08 V.]
c) A potência máxima é Pmax = 17 mW para uma tensão elétrica U = 0,88 V, logo
𝑃 17×10−3 𝑈 0,88
𝐼= = = 1,93 × 10−2 A e 𝑅 = = = 46 Ω.
𝑈 0,88 𝐼 1,93×10−2

𝐸 𝑃 ×Δ𝑡 𝑃painel(máx) 17×10−3 W


d) η = 𝐸 útil = 𝑃 útil ×Δ𝑡 = 𝑃lâmpada
= 60W
= 2,8 × 10−4 ⇒ η(%) = 0,03%.
total total

e) Dois dos seguintes fatores: a maior parte da energia consumida pela lâmpada é transferida
para o ambiente; apenas uma pequena parte da energia da radiação visível incidente no painel
é aproveitada de forma útil (baixo rendimento do painel); apenas uma parte da radiação visível
emitida pela lâmpada, em todas as direções, incide sobre o painel.
f) (C) [Diminui a potência da radiação incidente em comparação à situação de incidência na
perpendicular e, em consequência, nas mesmas condições a diferença de potencial elétrico, U,
𝑈
diminui, logo, também 𝐼 = 𝑅 , sendo R constante].

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