Resumos Problemas Criticos Lit. Brasileira
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9. Modernismo (1922 a 1960)
Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais
características da literatura modernista são: nacionalismo, temas do cotidiano
(urbanos), linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos
diretos. Principais escritores modernistas: Mário de Andrade, Oswald de
Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado, Jorge de Lima e Manuel
Bandeira.
É discutida qual a relação de Guimarães Rosa com seu conto, qual sua
responsabilidade pelo sentido e significação de seu texto. Supostamente,
existem duas correntes, uma antiga e uma moderna, que discutem qual é o
lugar que cabe ao autor.
A antiga corrente identificava o sentido da obra à intenção do autor, era o
tempo da filologia, do positivismo e do historicismo.
A corrente moderna denúncia a pertinência da intenção do autor para
determinar ou descrever a significação da obra, o tempo dos formalistas
russos, New Critics americanos (que falavam de uma “ilusão intencional”, para
eles a noção de intenção era inútil e prejudicial aos estudos literários) e
estruturalismo francês.
Temos, portanto, partidários da explicação literária (deve-se procurar no texto o
que o autor quis dizer) e os partidários da interpretação literária (deve-se
procurar no texto o que ele diz, independentemente das intenções do autor).
Há também outra opção, que aponta o leitor como critério de significação
literária.
A relação entre língua e literatura
Era Colonial
A Era colonial da literatura brasileira começou em 1500 e vai até 1808. É
dividida em Quinhentismo, Seiscentismo ou Barroco e o Setecentismo ou
Arcadismo. Recebe esse nome pois nesse período o Brasil era colônia de
Portugal.
Quinhentismo
O Quinhentismo é registado no decorrer do século XVI. Essa é a denominação
genérica de um conjunto de textos que destacavam o Brasil como terra nova a
ser conquistada. As duas manifestações literárias do período são a literatura de
informação e a literatura dos jesuítas.
A primeira possui um caráter mais informativo e histórico sobre o país; e a
segunda, escrito por jesuítas, reúne aspetos pedagógicos.
A obra que mais merece destaque é a Carta de Pero Vaz de Caminha. Escrita
na Bahia em 1500, o escrivão-mor da tropa de Pedro Álvares Cabral descreve
suas impressões sobre a nova terra para o rei de Portugal.
Barroco
O Barroco é o período que se estende entre 1601 e 1768.
O Barroco literário brasileiro desenvolve-se na Bahia, tendo como pano de
fundo a economia açucareira. Dois estilos literários que marcaram essa escola
foram: o cultismo e o conceptismo.
O primeiro utiliza uma linguagem muito rebuscada e, por isso, é também
caracterizado pelo 'jogo de palavras'. Já o segundo, trabalha com a
apresentação de conceitos, portanto, é apontado como 'jogo de ideias'.
Arcadismo
O Arcadismo é o período que se estende e 1768 a 1808 e cujos autores estão
intimamente ligados ao movimento da Inconfidência, em Minas Gerais.
Agora, o pano de fundo é a economia ligada à exploração do ouro e das pedras
preciosas.
A simplicidade, a exaltação da natureza e os temas bucólicos são as principais
características dessa escola literária.
Período de Transição
O chamado período de transição ocorre entre 1808 e 1836. É considerado um
momento inerte da literatura brasileira, marcado pela chegada da Missão
Artística Francesa, em 1816, contratada por Dom João IV.
Era Nacional
A Era Nacional da literatura brasileira começa em 1836 e dura até os dias
atuais. Começa com o Romantismo e perpassa pelo Realismo, Naturalismo,
Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo, Modernismo e o Pós-
modernismo.
Recebe esse nome pois ela aconteceu após a Independência do Brasil, em
1822. Nesse período o nacionalismo é uma forte característica, notória na
literatura romântica e moderna.
Romantismo
Essa é a primeira escola literária a registar um movimento genuinamente
brasileiro. O Romantismo no Brasil se inicia em 1836, com a publicação da
obra Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves Magalhães.
Perdura até 1881, quando Machado de Assis e Aluísio de Azevedo publicam
obras de orientação Realista e Naturalista.
O período romântico no Brasil está dividido em três fases. Na primeira temos
uma forte carga nacionalista, onde o índio é eleito herói nacional (indianismo).
No segundo momento, os principais temas explorados estão ligados com o
pessimismo e o egocentrismo. Já na terceira fase, a mudança é notória tendo a
'liberdade' como mote principal.
Realismo
O Realismo no Brasil começa em 1881 quando Machado de Assis
publica Memórias Póstumas de Brás Cubas.
As principais características são o objetivismo e a veracidade dos fatos, os
quais são explorados por meio de uma linguagem descritiva e detalhada.
Temas sociais, urbanos e cotidianos são apresentados pelos escritores do
período.
Oposto aos ideais românticos, a ideia era mostrar um retrato fidedigno da
sociedade.
Naturalismo
O Naturalismo no Brasil tem início em 1881 com a publicação da obra O
Mulato de Aluísio de Azevedo.
Paralelo ao realismo, esse movimento literário também pretendia apresentar
um retrato fidedigno da sociedade, no entanto, com uma linguagem mais
coloquial.
Da mesma forma que o movimento anterior, o naturalismo era oposto aos
ideais românticos e apresentava muitos detalhes nas descrições. Entretanto,
trata-se de um realismo mais exagerado onde suas personagens são
patológicas. Além disso, o sensualismo e o erotismo são marcas dessa
produção literária.
A obra O cortiço (1890) de Aluísio de Azevedo é um bom exemplo da prosa
naturalista desenvolvida no período.
Parnasianismo
O Parnasianismo tem como marco inicial a publicação da obra Fanfarras, de
Teófilo Dias, em 1882. Essa também é outra escola literária que surge paralela
ao realismo e o naturalismo. Todavia, sua proposta era bem diferente e,
portanto, foi classificada de maneira independente.
Ainda que os autores do período escolhessem temas relacionados com a
realidade, a preocupação residia na perfeição das formas.
A "arte pela arte" é o mote principal do movimento. Nesse período os valores
estiveram essencialmente voltados para a estética poética, como a métrica, as
rimas e a versificação.
Dessa maneira, houve uma forte preferência pelas formas fixas, por exemplo, o
soneto. Os escritores que se destacaram nesse período formavam a "Tríade
Parnasiana": Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.
Simbolismo
O Simbolismo começa em 1893 com a publicação de Missal e Broquéis, de
Cruz e Souza. Ele vai até o início do século XX, quando ocorre a Semana de
Arte Moderna.
As principais características dessa escola literária são o subjetivismo, o
misticismo e a imaginação.
Assim, os escritores do período, apoiados em aspetos do subconsciente,
buscavam compreender a alma humana exaltando a realidade subjetiva.
Pré-Modernismo
O Pré-Modernismo no Brasil foi uma fase de transição entre o Simbolismo e o
Modernismo que ocorreu no início do século XX.
Aqui, já se via despontar algumas características modernas como a rutura com
o academicismo e ainda, o uso de uma linguagem coloquial e regional.
As temáticas mais exploradas pelos escritores do período estiveram voltadas
para a realidade brasileira com temas sociais, políticos e históricos.
Com uma grande produção literária, destacam-se os escritores: Monteiro
Lobato, Lima Barreto, Graça Aranha e Euclides da Cunha.
Modernismo
O Modernismo no Brasil é marcado pela Semana da Arte Moderna, ocorrida
em São Paulo em 1922. É o limite entre o fim e o início de uma nova era na
literatura nacional e nas artes como um todo.
Inspirado nas vanguardas artísticas europeias, o movimento modernista propõe
o rompimento com o academicismo e o tradicionalismo. É assim que a
liberdade estética e diversas experimentações artísticas são apresentadas
nesse momento.
Esse período foi dividido em três fases: a fase heroica, a fase de consolidação
e a fase pós-moderna.
Pós-Modernismo
A produção artística brasileira passa por intensa transformação após o fim da
1945. Assim, o Pós-Modernismo é uma fase de novas formas de expressão
que acontecem na literatura, no teatro, no cinema e nas artes plásticas.
Essa nova postura moldará o imaginário por meio da ausência de valores, a
liberdade de expressão e o forte individualismo. Além disso, a multiplicidade de
estilos é uma marca do período.