Norma Brasileira: Abnt NBR 15575-2
Norma Brasileira: Abnt NBR 15575-2
Norma Brasileira: Abnt NBR 15575-2
Válida a partir de
19.07.2013
Número de referência
ABNT NBR 15575-2:2013
31 páginas
© ABNT 2013
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© ABNT 2013
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Sumário Página
Prefácio ...............................................................................................................................................vi
Introdução .........................................................................................................................................viii
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................3
4 Requisitos do usuário........................................................................................................4
5 Incumbências dos intervenientes.....................................................................................4
6 Avaliação de desempenho ................................................................................................4
7 Segurança estrutural .........................................................................................................4
7.1 Requisitos gerais para a edificação habitacional ...........................................................4
7.2 Requisito – Estabilidade e resistência do sistema estrutural e demais elementos
com função estrutural........................................................................................................5
7.2.1 Critério – Estado-limite último ..........................................................................................5
7.2.2 Métodos de avaliação ........................................................................................................5
7.2.3 Premissas de projeto .........................................................................................................6
7.2.4 Nível de desempenho ........................................................................................................6
7.3 Requisito – Deformações ou estados de fissura do sistema estrutural .......................6
em 28/04/2014
Anexos
Anexo A (normativo) Modelagem matemática do comportamento conjunto para a resistência
mínima de projeto ............................................................................................................17
A.1 Princípio ............................................................................................................................17
A.2 Diretrizes ...........................................................................................................................17
A.3 Aparelhagem.....................................................................................................................17
A.4 Preparação dos corpos de prova....................................................................................17
A.5 Procedimento ...................................................................................................................18
A.6 Expressão dos resultados...............................................................................................18
A.6.1 Resistência de projeto no estado-limite último (ELU) ..................................................18
A.6.2 Casos particulares ...........................................................................................................19
A.6.3 Comprovação....................................................................................................................19
A.6.4 Validade .............................................................................................................................19
A.6.5 Estatísticas .......................................................................................................................19
A.7 Relatório de ensaio ..........................................................................................................19
Anexo B (normativo) Modelagem matemática do comportamento conjunto para
em 28/04/2014
Figuras
Figura A.1 – Gráfico carga × deslocamento para determinação de Rud e RSd por meio de
ensaios ..............................................................................................................................17
Figura B.1 – Gráfico carga × deslocamento para determinação de Rud e Rsd por meio
de ensaios .........................................................................................................................21
Tabelas
Tabela 1 – Deslocamentos-limites para cargas permanentes e cargas acidentais em geral .......7
Tabela 2 – Flechas máximas para vigas e lajes (cargas gravitacionais permanentes e
acidentais)...........................................................................................................................8
Tabela 3 – Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados na
fachada da edificação, em exteriores acessíveis ao público – Impacto de corpo mole
na face externa, ou seja, de fora para dentro.................................................................10
Tabela 4 – Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados
no interior da edificação e na fachada – Impacto de corpo mole aplicado na face
em 28/04/2014
Prefácio
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 15575-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02),
pela Comissão de Estudo de Desempenho de Edificações (CE-02:136.01). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 16.07.2012 a 13.09.2012, com o número de Projeto
ABNT NBR 15575-2.
Esta Norma, sob o título geral “Edificações habitacionais – Desempenho”, tem previsão de conter
as seguintes partes:
Esta parte da ABNT 15575 entra em vigor 150 dias após sua publicação. Devido à repercussão
que esta parte da ABNT NBR 15575 terá sobre as atividades do setor da construção civil, bem como
à necessidade de adequação de todos os segmentos desta cadeia produtiva, envolvendo projetistas,
fabricantes, laboratórios, construtores e governo.
Impresso por INAJA JOANES DA SILVA
Esta quarta edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 15575-2:2012), a qual foi
tecnicamente revisada.
Scope
This part of ABNT NBR 15575 provides the requirements and performance criteria that are applied
to structural systems of residential buildings.
— projects filed in the competent organs of the date of exigibility of this Standard;
— retrofit of buildings;
— temporary buildings.
This part of ABNT NBR 15575 is used as a procedure for performance evaluation of constructive
systems.
The requirements provided in this part of ABNT NBR 15575 (Clauses 4 to 17) are supplemented
by the requirements provided in ABNT NBR 15575-1 to ABNT NBR 15575-6.
This part of ABNT NBR 15575 provides criteria for thermal, acoustic, luminous and fire safety
performance, that shall be met individually and alone by the conflicting nature itself of the measurements
criteria, e.g., acoustic performance (window closed) versus ventilation performance (open window).
Requirements applicable only for buildings up to five floors will be specified in their respective Clauses.
em 28/04/2014
Impresso por INAJA JOANES DA SILVA
Introdução
A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas
prescritivas específicas, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenabilidade da edificação
e o conforto tátil e antropodinâmico dos usuários.
Todas as disposições contidas nesta Norma aplicam–se aos sistemas que compõem edificações
habitacionais, projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção
que atendam às instruções específicas do respectivo manual de uso, operação e manutenção.
Objetivamente, esta Norma visa alavancar tecnicamente a qualidade requerida e a oferta de moradias,
ao estabelecer regras para avaliação do desempenho de imóveis habitacionais, auxiliando nas
análises que definem o financiamento de imóveis e possibilitando adequações nos procedimentos
de execução, uso e manutenção dos imóveis.
Esta parte da ABNT NBR 15575 trata dos requisitos para os sistemas estruturais aplicáveis a edificações
habitacionais com relação ao desempenho estrutural, analisado do ponto de vista dos estados-limites
em 28/04/2014
O estado-limite de serviço tem como premissa assegurar a durabilidade quando da utilização normal
da estrutura, limitando a formação de fissuras, a magnitude das deformações e a ocorrência de falhas
localizadas que possam prejudicar os níveis de desempenho previstos para a estrutura e os demais
elementos e componentes que constituem a edificação, incluindo as instalações hidrossanitárias
e demais sistemas prediais.
Outros aspectos do desempenho adequados à sua inserção no meio habitacional, tais como segurança
Impresso por INAJA JOANES DA SILVA
contra incêndio, segurança no uso e operação, estanqueidade, conforto térmico, conforto acústico,
conforto lumínico, saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto tátil
e antropodinâmico e adequação ambiental, são tratados mais propriamente na ABNT NBR 15575-1.
Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos são especificados em suas
respectivas seções.
1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que se
aplicam somente ao sistema estrutural da edificação habitacional.
NOTA Para os casos em que os sistemas de vedações verticais também tenham função estrutural,
demais exigências específicas são apresentadas na ABNT NBR 15575-4
— obras já concluídas;
— projetos protocolados nos órgãos competentes até a data da entrada em vigor desta Norma;
— obras de reformas;
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— retrofit de edifícios;
— edificações provisórias.
1.3 Esta parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempe-
nho de sistemas construtivos.
1.4 Os requisitos estabelecidos nesta parte da ABNT NBR 15575 (Seções 4 a 17) são complemen-
tados pelos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6.
1.5 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico,
lumínico e de segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria
natureza conflitante dos critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada)
versus desempenho de ventilação (janela aberta).
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1.6 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos são especificados
em suas respectivas seções.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 5674, Manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de gestão de manutenção
ABNT NBR 8800, Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios
ABNT NBR 11675, Divisórias leves internas moduladas – Verificação da resistência a impactos –
Métodos de ensaio
ABNT NBR 14037, Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das
edificações – Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos
ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
ABNT NBR 15575-3, Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 3: Requisitos para os sistemas
de pisos
Impresso por INAJA JOANES DA SILVA
ABNT NBR 15575-4, Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 4: Requisitos para os sistemas
de vedações verticais internas e externas – SVVIE
ABNT NBR 15575-5, Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 5: Requisitos para os sistemas
de coberturas
ABNT NBR 15575-6, Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 6: Requisitos para os sistemas
hidrossanitários
3 Termos e definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os termos e definições
das ABNT NBR 15575-1 e ABNT NBR 8681, e os seguintes.
3.1
integridade estrutural
capacidade da estrutura de evitar seu colapso progressivo na ocorrência de danos localizados
3.2
ruína
característica do estado-limite último, por ruptura ou por perda de estabilidade ou por deformação
excessiva
3.3
falha
ocorrência que prejudica a utilização do sistema ou do elemento, resultando em desempenho inferior
ao requerido
3.4
falha da estrutura
ocorrência que compromete o estado de utilização do sistema ou elemento. Essa ocorrência pode
resultar de fissuras ou deslocamentos acima de limites aceitáveis, avarias no sistema ou no elemento
em 28/04/2014
3.5
deformação
variação da distância entre pontos de um corpo submetido a uma determinada tensão, com modificação
de sua forma e volume primitivos
3.6
deslocamento
afastamento entre a posição deformada e o eixo original de uma barra (ou plano original de uma placa)
submetida a uma carga estática ou dinâmica
3.7
flecha
afastamento máximo entre a posição deformada e a posição primitiva de uma barra ou de uma placa
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submetida à flexão
3.8
fissura de componente estrutural
seccionamento na superfície ou em toda a seção transversal de um componente, com abertura capilar,
provocado por tensões normais ou tangenciais. As fissuras podem ser classificadas como ativas
(variação da abertura em função de movimentações higrotérmicas ou outras) ou passivas (abertura
constante)
3.9
estado inaceitável de fissura
ocorrência de fissura isolada ou de fissuras múltiplas, ativas ou passivas, que repercutam
em não atendimento a qualquer um dos critérios desta Norma
3.10
trinca
expressão coloquial qualitativa aplicável a fissuras conforme 3.7
3.11
mossa
vestígio de pancada ou pressão
3.12
estado-limite último
estado crítico em que o SVVIE não mais atende aos critérios de desempenho relativos à segurança,
ou seja, é o momento a partir do qual ocorre rebaixamento perigoso dos níveis de segurança,
com risco de colapso ou ruína do SVVIE. A ruína pode ser caracterizada pela ruptura, pela perda
de estabilidade, por deformações ou fissuras excessivas
3.13
estado-limite de serviço
estado de solicitação do SVVIE a partir do qual começam a ser prejudicadas a funcionalidade,
a utilização e/ou a durabilidade do sistema, configurando-se, em geral, pela presença de deslocamentos
acima de limites preestabelecidos, aparecimento de fissuras e outras falhas
4 Requisitos do usuário
em 28/04/2014
6 Avaliação de desempenho
Ver ABNT NBR 15575-1.
7 Segurança estrutural
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Atender, durante a vida útil de projeto, sob as diversas condições de exposição (ação do peso próprio,
sobrecargas de utilização, atuações do vento e outros), aos seguintes requisitos gerais:
b) prover segurança aos usuários sob ação de impactos, choques, vibrações e outras solicitações
decorrentes da utilização normal da edificação, previsíveis na época do projeto;
c) não provocar sensação de insegurança aos usuários pelas deformações de quaisquer elementos
da edificação, permitindo-se tal requisito atendido caso as deformações se mantenham dentro
dos limites estabelecidos nesta Norma;
e) não prejudicar a manobra normal de partes móveis, como portas e janelas, nem prejudicar o
funcionamento normal das instalações em face das deformações dos elementos estruturais;
f) atender às disposições das ABNT NBR 5629, ABNT NBR 11682 e ABNT NBR 6122 relativas às
interações com o solo e com o entorno da edificação.
De acordo com a ABNT NBR 8681, os estados-limites de uma estrutura estabelecem as condições a
partir das quais a estrutura apresenta desempenho inadequado às finalidades da construção.
O manual do proprietário deve conter as informações relativas às sobrecargas limitantes no uso das
edificações.
Elementos com função de vedação (paredes e divisórias não estruturais) devem ter capacidade
de transmitir à estrutura seu peso próprio e os esforços externos que sobre eles diretamente venham
atuar, decorrentes de sua utilização.
em 28/04/2014
Atender às disposições aplicáveis das normas que abordam a estabilidade e a segurança estrutural
para todos os componentes estruturais da edificação habitacional, incluindo-se as obras geotécnicas.
NOTA 1 Para efeitos do estado-limite último, podem ser desprezadas as solicitações devido à retração
por secagem, onde aplicável, caso os materiais apresentem índices de retração livre em corpos de prova
de laboratório inferiores a 0,06 %.
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NOTA 2 Para efeitos do estado-limite último, podem ser desprezadas as solicitações devido à va-
riação de temperatura, caso sejam empregados materiais com coeficientes de dilatação térmica linear
≤ 10–5/°C; para comprimentos em planta inferiores a 30 m, levar em consideração somente para valores acima
de 2 × 10–5/°C.
NOTA 3 Para efeitos do estado-limite último, podem ser desprezadas as solicitações devido à variação
da umidade relativa do ar, caso sejam empregados materiais que, no aumento da umidade relativa
de 50 % para 100 %, estabilizam-se com expansão não superior a 0,1 %; da mesma forma, o efeito
da variação da umidade pode ser desprezado para estruturas cujos componentes foram protegidos com sistemas
de impermeabilização que atendam aos requisitos desta Norma.
7.2.2.1 Cálculos
A análise do projeto dos componentes estruturais da edificação habitacional deve ser feita
com base nas seguintes Normas, quando aplicáveis: ABNT NBR 6118, ABNT NBR 6120,
ABNT NBR 6122, ABNT NBR 6123, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8681, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062,
ABNT NBR 15961, ABNT NBR 15812.
Para casas térreas e sobrados, cuja altura total não ultrapasse 6,0 m (desde o respaldo da fundação
de cota mais baixa até a laje ou forro do segundo pavimento), não há necessidade de atendimento
às dimensões mínimas dos componentes estruturais estabelecidas nas Normas de projeto
estrutural específicas (ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062,
ABNT NBR 15961 e ABNT NBR 14762), resguardada a demonstração da segurança e a estabilidade
pelos ensaios previstos nesta Norma (7.2.2.2 e 7.4), bem como atendidos os demais requisitos
de desempenho estabelecidos nesta Norma.
Na inexistência de Norma Brasileira de projeto estrutural específica para o tipo de estrutura analisado,
pode ser aceito o atendimento aos respectivos Eurocódigos, em sua última versão, ou a demonstração
da estabilidade e da segurança estrutural através de cálculos, modelos e ensaios, respeitado
o estabelecido em 7.2.2.2.
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7.2.2.2 Ensaios
O projeto deve apresentar a justificativa dos fundamentos técnicos com base em Normas Brasileiras ou,
em sua ausência, com base nos Eurocódigos ou em ensaios conforme 7.2.2.2.
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NOTA Com o atendimento a este requisito, a probabilidade de ocorrência de danos inaceitáveis tende
a ser mínima.
Sob a ação de cargas gravitacionais, de temperatura, de vento (ABNT NBR 6123), recalques
diferenciais das fundações (ABNT NBR 6122) ou quaisquer outras solicitações passíveis de atuarem
sobre a construção, conforme ABNT NBR 8681, os componentes estruturais não podem apresentar:
— deslocamentos maiores que os estabelecidos nas Normas de projeto estrutural (ABNT NBR 6118,
ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 15961 e ABNT NBR 14762)
ou, na falta de Norma Brasileira específica, utilizar as Tabelas 1 ou 2;
— fissuras com aberturas maiores que os limites indicados nas ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062,
ou outra norma específica para o método construtivo adotado ou abertura superior a 0,6 mm
em qualquer situação.
Pilares, paredes,
Visual/insegurança vigas, lajes Deslocamento final incluindo
L/250 ou H/300a
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Caixilhos,
instalações,
vedações e
Destacamentos, L/800
acabamentos Parcela da flecha ocorrida
fissuras em vedações rígidos (pisos, após a instalação da carga
ou acabamentos, forros etc.) correspondente ao elemento
falhas na operação de
Divisórias leves, em análise (parede, piso etc.)
caixilhos e instalações
acabamentos
L/600
flexíveis (pisos,
forros etc.)
Paredes e/ou
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Constituídos e/
ou revestidos com L/600 L/1 700 L/480 L/300
material rígido
Forros
Forros falsos e/
ou revestidos com L/560 L/1 600 L/450 L/260
material flexível
Laje de cobertura impermeabilizada,
L/850 L/1 400 L/600 L/320
com inclinação i ≥ 2 %
Vigas calha com inclinação i ≥ 2 % L/750 – – L/300
L é o vão teórico.
a Para vigas e lajes em balanço, são permitidos deslocamentos correspondentes a 1,5 vez os respectivos valores
indicados.
b No caso do emprego de dispositivos e detalhes construtivos que absorvam as tensões concentradas no contorno das
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aberturas das portas e janelas, as paredes podem ser consideradas “sem aberturas”.
c Para a verificação dos deslocamentos na flecha final, reduzir a rigidez dos elementos analisados pela metade.
Atendimento aos valores das Normas Brasileiras específicas ou das Tabelas 1 ou 2. Caso estes valores
não sejam atendidos, proceder à análise do projeto, atendendo ao estabelecido em 7.3.2.1 ou 7.3.2.2.
7.3.2.1 Cálculos
A análise do projeto dos componentes estruturais da edificação habitacional deve ser feita com base
nas ABNT NBR 6118, ABNT NBR 6120, ABNT NBR 6123, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8681,
ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 15961 e ABNT NBR 14762, em função do tipo
de estrutura. Devem ser consideradas as cargas permanentes acidentais devidas ao vento
e a deformações específicas, conforme ABNT NBR 8681.
Nos casos mais gerais, na análise das deformações podem ser consideradas somente as ações
permanentes e acidentais (sobrecargas) características, tomando-se para Ψg o valor 1,0 e para Ψq
o valor 0,7.
Sd = Sgk + 0,7 Sqk
Na avaliação dos deslocamentos, cujos limites são apresentados nas Normas Brasileiras de projeto
estrutural ou na Tabela 1, devem ser levadas em consideração as deformações imediatas e as diferidas
no tempo.
Para o caso de estruturas de concreto ou argamassa armada, de compósitos reforçados com fibras
ou materiais semelhantes, devem ser levados em consideração os efeitos de diminuição da rigidez
com a ocorrência da fissura.
7.3.2.2 Ensaios
Os elementos estruturais devem ser ensaiados nas condições de solicitação a que se pretende
submetê-los na edificação, traçando o gráfico: carga × deslocamento, conforme indicado no Anexo B,
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de forma a serem caracterizados em cada ensaio pelo deslocamento que primeiro estabelecer uma
falha.
Não sofrer ruptura ou instabilidade sob as energias de impacto indicadas nas Tabelas 3 a 5.
São dispensadas da verificação deste requisito as estruturas projetadas conforme
as ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 15961
e ABNT NBR 14762, respeitado o descrito em 7.2.2.1.
NOTA 1 A resistência aos impactos de corpo mole e duro, que podem ser produzidos durante a utilização
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NOTA 2 No que se refere ao estado-limite de serviço e à resistência superficial, os impactos são menos
rigorosos.
b) não podem causar danos a outros componentes acoplados aos componentes sob ensaio.
As limitações de deslocamentos instantâneos (dh ou dv) e residuais (dhr ou dvr), sendo que h refere-se
ao deslocamento horizontal e v refere-se ao deslocamento vertical, para o nível mínimo, são
apresentadas nas Tabelas 3 a 5. Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação,
são recomendados os valores constantes no Anexo D para os níveis de desempenho intermediário (I)
e superior (S).
Energia de
impacto de
corpo mole Critério de desempenho mínimo – M
J
dh ≤ L/200 e dhr ≤ L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga
Energia de
impacto
Elemento de corpo Critério de desempenho mínimo – M
mole
J
estruturais
situados no
interior da 180 Não ocorrência de falhas
edificação
Não ocorrência de falhas
Limitação do deslocamento horizontal:
120 dh ≤ h/250 e dhr ≤ h/1 250 para pilares, sendo h a altura do
pilar.
dh ≤ L/200 e dhr ≤ L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico
da viga.
As verificações da resistência e o deslocamento dos elementos estruturais devem ser feitos por meio
de ensaios de impacto de corpo mole, realizados em laboratório ou em protótipo ou obra, devendo
o corpo de prova representar fielmente as condições executivas da obra, inclusive tipos de apoio e
vinculações, conforme método de ensaio indicado no Anexo C, para pisos, ou conforme o método de
ensaio indicado na ABNT NBR 11675, para paredes.
Para cada situação ou localização dos elementos deve-se considerar, quando ensaiados, as seguintes
especificidades adicionais:
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b) para os componentes estruturais leves, ou seja, aqueles com massa específica menor ou igual
a 1 200 kg/m3 ou peso próprio menor ou igual a 60 kg/m2, são permitidos deslocamentos
instantâneos equivalentes ao dobro dos valores indicados nas Tabelas 4 e 5.
Sob a ação de impactos de corpo duro, os componentes estruturais da edificação não podem sofrer
ruptura ou traspassamento sob qualquer energia de impacto, sendo tolerada a ocorrência de fissuras,
lascamentos e outros danos em impactos de segurança. As Tabelas 6 a 8 apresentam os critérios de
desempenho. Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, são recomendados
os valores constantes no Anexo D para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S).
Tabela 6 – Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro na face externa
de elementos estruturais localizados na fachada da edificação e nas faces externas
acessíveis ao público
Energia de impacto a
de corpo duro Critério de desempenho mínimo – M
J
Não ocorrência de falhas no elemento estrutural (estado-limite de
3,75 serviço)
Permitidas: Mossas com qualquer profundidade
Não ocorrência de ruína e traspassamento
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Verificação da resistência e depressão provocada pelo impacto de corpo duro, por meio de ensaios
em laboratório executados em protótipos ou obra, devendo o corpo de prova representar fielmente
as condições executivas da obra, inclusive tipos de apoio/vinculações, conforme método de ensaio
indicado na ABNT NBR 15.575-3 Anexo A, para pisos ou conforme o método de ensaio indicado
na ABNT NBR 15.575-4 Anexo B, para paredes.
10 Estanqueidade
Ver ABNT NBR 15575-1.
11 Desempenho térmico
Ver ABNT NBR 15575-1.
12 Desempenho acústico
Ver ABNT NBR 15575-1.
13 Desempenho lumínico
Ver ABNT NBR 15575-1.
14 Durabilidade e manutenibilidade
14.1 Requisito – Durabilidade do sistema estrutural
A estrutura principal e os elementos que fazem parte do sistema estrutural, comprometidos com
a segurança e a estabilidade global da edificação, devem ser projetados e construídos de modo que,
sob as condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizados conforme preconizado
em projeto e submetidos a intervenções periódicas de manutenção e conservação, segundo instruções
contidas no manual de uso, operação e manutenção, devem manter sua capacidade funcional durante
toda a vida útil de projeto, conforme estabelecido na Seção 14 e ABNT NBR 15575-1.
A comprovação do atendimento aos critérios de 14.1.1 deve ser feita pela análise do projeto
em 28/04/2014
O projeto deve mencionar as normas aplicáveis às condições ambientais vigentes na época do projeto
e a utilização prevista da edificação.
A fim de que seja alcançada a vida útil de projeto (VUP) para a estrutura e seus elementos, devem ser
previstas e realizadas manutenções preventivas sistemáticas e, sempre que necessário, manutenções
com caráter corretivo. Estas últimas devem ser realizadas assim que o problema se manifestar,
impedindo que pequenas falhas progridam às vezes rapidamente para extensas patologias.
Verificação do atendimento dos processos de manutenção segundo a ABNT NBR 5674 e especificados
no respectivo manual de uso, operação e manutenção entregue ao usuário elaborado em atendimento
à ABNT NBR 14037.
16 Funcionalidade e acessibilidade
Ver ABNT NBR 15575-1.
em 28/04/2014
18 Adequação ambiental
Ver ABNT NBR 15575-1.
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Anexo A
(normativo)
A.1 Princípio
Ensaios destrutivos, com traçado de diagramas de carga × deslocamento, e registros da história
da carga conforme indicado na Figura A.1.
Ru3
Ru2
Ru1
Rs3
em 28/04/2014
Rs2
Rs1
Ruk
Rsk
A.2 Diretrizes
Impresso por INAJA JOANES DA SILVA
Estabelecer a resistência mínima de projeto para os sistemas estruturais ou componentes em que não
há Norma Brasileira de projeto de sistemas, que não possuem modelagem matemática conhecida
e consolidada por experimentação.
A.3 Aparelhagem
Devem ser empregados instrumentos que forneçam medição de centésimos de milímetro
e que registrem toda a história da carga, principalmente a situação dos pontos e regiões mais
solicitados.
A.4.2 Para elementos estruturais comprimidos, as cargas devem ser aplicadas com excentricidade:
t
≥ 1 cm
30
onde
A.5 Procedimento
A.5.1 Conduzir o ensaio com pelo menos dez etapas de carga, com repetição para três modelos
geométricos idênticos e em escala real.
A.5.2 Caracterizar os componentes pelas resistências Ru1, Ru2 e Ru3, resultados das resistências
últimas observadas nos ensaios.
⎡ R − Ru1 ⎤ 1 1
Rud = ⎢Ru1 − u3 . ξ⎥ ≤ (1 − 0, 2 ⋅ ξ ) ⋅ Ru1 ⋅ (1)
⎣ 2 ⎦ γm γm
com γm ≥ 1,5
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onde
ξ = [(1+*uA).(1+*uB).(1+*uC)...] (2)
sendo
No caso de edificações térreas e sobrados cuja altura total não supere 6,0 m, não sendo possível
realizar, por motivos técnicos ou de viabilidade econômica, o controle sistemático dos materiais A,
B, C e outros, permite-se prescindir da obtenção estatística de *sA, *sB, *sC etc., desde que se adote
ξ = 1,5 e γm = 2,0.
A.6.3 Comprovação
Sd ≤ Rud
A.6.4 Validade
Para conservar válida a expressão de Rud, as resistências médias dos materiais A, B, C etc. devem
estar caracterizadas para o ensaio, garantindo-se ainda a homogeneidade do processo de produção
dos elementos estruturais, de forma que estas médias sejam mantidas.
em 28/04/2014
A.6.5 Estatísticas
A.6.5.1 A resistência característica assumida para componentes de ligação e ancoragens, quando
não existirem normas específicas, deve ser tomada como a correspondente ao quantil inferior a 5 %,
ou seja, 95 % dos componentes devem apresentar para as propriedades escolhidas como
representativas um valor igual ou acima do característico.
A.6.5.2 Na resistência de cálculo dos componentes de ligação e ancoragens, quando não existirem
normas específicas, deve ser considerado um coeficiente de minoração com base na variabilidade
dos resultados de ensaios; este coeficiente, contudo, não pode ser inferior a 2.
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
h) deslocamentos;
i) resistências últimas;
j) nível de desempenho;
k) data do ensaio;
Anexo B
(normativo)
B.1 Princípio
Ensaios destrutivos, com traçado de diagramas de carga × deslocamento, e registros da história
da carga, conforme indicado na Figura B.1.
Ru3
Ru2
Ru1
Rs3
Rs2
em 28/04/2014
Rs1
Ruk
Rsk
Figura B.1 – Gráfico carga × deslocamento para determinação de Rud e Rsd por meio
de ensaios
B.2 Diretrizes
Estabelecer a resistência para a deformação de trabalho para os casos em que não há Norma
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B.3 Aparelhagem
Devem ser empregados instrumentos que forneçam medição de centésimos de milímetro e que
registrem toda a história da carga, principalmente a situação dos pontos e regiões mais solicitados.
B.4.2 Para elementos estruturais comprimidos, as cargas devem ser aplicadas com excentricidade:
t
≥ 1 cm
30
onde
B.5 Procedimento
B.5.1 Conduzir o ensaio com pelo menos dez etapas de carga, com repetição para três modelos
geométricos idênticos e em escala real.
B.5.2 Caracterizar os componentes pelas resistências Rs1, Rs2 e Rs3, resultados das resistências
últimas observadas nos ensaios.
ξ = [(1+*sA).(1+*sB).(1+*sC)...] (4)
onde
Para edificações térreas, onde não seja possível, por motivos técnicos ou de viabilidade econômica,
o controle sistemático dos materiais A, B, C etc., permite-se prescindir da obtenção estatística de *sA,
*sB, *sC etc., desde que se venha a fixar ξ = 1,5.
B.6.3 Comprovação
Sd ≤ Rsd
B.6.4 Validade
Para conservar válida a expressão de RSd, as resistências médias dos materiais A, B, C etc. devem
estar caracterizadas para o ensaio, garantindo-se ainda a homogeneidade do processo de produção
dos elementos estruturais, de forma que estas médias sejam mantidas.
B.6.5 Estatísticas
B.6.5.2 Na resistência de cálculo dos componentes de ligação e ancoragens, quando não existirem
em 28/04/2014
normas específicas, deve ser considerado um coeficiente de minoração com base na variabilidade dos
resultados de ensaios; este coeficiente, contudo, não pode ser inferior a 2.
Anexo C
(normativo)
C.1 Princípio
Corpo com massa e forma conhecidas, liberado de altura estabelecida para ensaios de componentes
horizontais, que, ao atingir o componente, provoca deslocamentos ou deformações ou rupturas
verificáveis.
C.2 Diretrizes
Verificar os deslocamentos ou deformações provenientes do impacto de corpo mole sobre elementos
estruturais ou componentes.
C.3 Aparelhagem
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a) corpo percussor de impacto, com forma e massa (m) definidas na ABNT NBR 11675;
C.5 Procedimento
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Conduzir o ensaio no corpo de prova de tipo, aplicando energias de impacto indicadas na Tabela C.1.
Tabela C.1 – Massa de corpo mole, altura e energia do impacto
m h E
Impacto
kg m J
40 0,30 120
40 0,45 180
40 0,60 240
Aplicar um impacto de corpo mole,
40 0,90 360
para cada energia
40 1,20 480
40 1,80 720
40 2,40 960
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
g) deslocamentos;
em 28/04/2014
h) análise visual;
i) fotos;
j) nível de desempenho;
k) data do ensaio;
Anexo D
(informativo)
Níveis de desempenho
D.1 Generalidades
D.1.1 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise
de valor da relação custo/benefício dos sistemas, neste Anexo são indicados os níveis de desempenho
intermediário (I) e superior (S) e repetido o nível M para facilitar a comparação.
D.1.2 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informe o nível de desempenho dos sistemas
que compõem a edificação habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).
Energia
de
impacto
Nível de
de Critério de desempenho
desempenho
corpo
mole
J
Não ocorrência de ruína
480 Não ocorrência de falhas localizadas (fissuras, destacamentos
e outras)
Não ocorrência de ruína; são permitidas falhas localizadas
480
(fissuras, destacamentos e outras)
Não ocorrência de falhas
Limitação do deslocamento horizontal:
do pilar
dh ≤ L/200 e dhr ≤ L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico
da viga
Tabela D.3 – Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo mole em pisos
Energia de Nível de
impacto desempenho
de corpo Critério de desempenho
mole
M I S
J
Tabela D.4 – Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro na face externa
de elementos estruturais localizados na fachada da edificação e nas faces externas
acessíveis ao público
Energia de
impactoa de Nível de
corpo duro Critério de desempenho
desempenho
J
3,75
Profundidade da mossa: p ≤ 5 mm
I
Não ocorrência de ruína e traspassamento
20 Permitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e
desagregações
Energia de
impactoa Nível de
de corpo duro Critério de desempenho
desempenho
J
Não ocorrência de falhas
2,5
Mossas com qualquer profundidade
Não ocorrência de ruína e traspassamento M
10 Permitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e
desagregações
Não ocorrência de falhas
2,5
Profundidade da mossa: p ≤ 5 mm
Não ocorrência de ruína e traspassamento I
10 Permitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e
desagregações
Não ocorrência de falhas
2,5
Profundidade da mossa: p ≤ 2 mm
Não ocorrência de ruína e traspassamento S
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Tabela D.6 – Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro em pisos
Energia de
impacto de Nível de
corpo duro Critério de desempenho
desempenho
J
Não ocorrência de falhas
5
Mossas com qualquer profundidade
Não ocorrência de ruína e traspassamento M
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