Livreto Final - Euclidyanas 2019
Livreto Final - Euclidyanas 2019
Livreto Final - Euclidyanas 2019
Jovens autores
2019
Este trabalho é dedicado a todos os leitores
da comunidade escolar Euclydes Figueiredo.
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Sumário
O Projeto Páginas Euclydianas...................................................................... 5
PARTE 1 - A primeira proposta de produção textual .................................... 7
Euclydianos retratam Euclydianos .............................................................. 9
PARTE 2 – As produções individuais .......................................................... 11
Quantas .................................................................................................... 13
Mancha, manchinha ................................................................................. 14
Espelho quebrado .................................................................................... 15
Depressão ................................................................................................ 16
Inspiração ................................................................................................. 17
O dia quebrado ......................................................................................... 18
A explicação ............................................................................................. 19
A nota ....................................................................................................... 20
Melhor amigo ............................................................................................ 22
Mal endereçado para o amor.................................................................... 24
PARTE 3 – A terceira proposta de produção textual ................................... 27
Akira ......................................................................................................... 28
PARTE 4 – A quarta proposta de produção textual ..................................... 33
O menino sonhador .................................................................................. 34
Jogador sonhador ..................................................................................... 36
O garoto.................................................................................................... 37
Uma delirada total .................................................................................... 38
O chocolate .............................................................................................. 39
Dia de chuva............................................................................................. 40
Uma jornada molhada .............................................................................. 41
A dúvida.................................................................................................... 42
Péssimo dia .............................................................................................. 43
Palavras arrependidas .............................................................................. 44
Flor de sangue .......................................................................................... 46
PARTE 5 – A última proposta de 2019 ...................................... 50
As semelhanças ..................................................................... 51
Amigos ................................................................................... 52
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O Projeto Páginas Euclydianas
Os euclydianos
Ao longo do ano, alguns alunos entraram no grupo e outros
se desligaram do projeto. Nesta publicação reunimos apenas
alguns dos textos compartilhados nas oficinas, saraus e outros
eventos escolares. Há também textos de colegas que visitaram o
projeto ou colaboraram em uma atividade específica.
Ao final do ano, estavam ativos no projeto os seguintes
estudantes:
Flávio Haruo Taguchi – 7º ano B
Graziele Andressa – 6º ano A
Gustavo Soares Machado – 9º ano A
Izabel Pinheiro Moura – 7º ano B
Manoel Augusto Oliveira Ferreira – 7º ano B
Paula Emi Swerts Masuda – 9º ano C
Sandro Marcello Ferreira – 9º ano A
Vinícius Dilon Cardoso da Silva – 7º ano B
5
Agradecimentos
6
PARTE 1 - A primeira proposta de produção textual
7
8
Euclydianos retratam Euclydianos
9
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PARTE 2 – As produções individuais
11
Natureza
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Quantas
Ganância
É pura ganância
Se fosse mesmo para sobreviver
Tantas iriam morrer?
13
Mancha, manchinha
Mancha, manchinha
Fazendo um estragão...
De Estado em Estado
14
Espelho quebrado
Se chora
Repete
O grito sai sem som
O choro sai sem lágrima
A chuva
não sai molhada
O calor
não te esquenta
O frio
Tu aguentas
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Depressão
Eu já estou cansado
De viver na escuridão
Será que alguém me ajuda
A sair da depressão?
Eu te respondo: não!
Você tem capacidade
Mostre pra todo mundo
Quem você é de verdade
Sempre na humildade
Procurando a paz
Depressão é algo sério
Não é frescura, rapaz!
Eu acredito em você
Sempre mantendo a fé
Você nunca estará sozinho
Então, levanta! Fica de pé!
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Inspiração
E então
surge a inspiração
e é como se tudo fizesse sentido
e a luz trilhasse o caminho
E lá,
Me senti livre
para voltar ao meu lar
seguindo o meu nariz
sempre alegre e feliz
sentindo o cheiro do pão
e paz no meu coração
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O dia quebrado
18
A explicação
19
A nota
21
Melhor amigo
Diário
Dia 1 - “Hoje fiz uma nova amizade, ela se chama
Sanny, o único problema é que ninguém conseguia vê-la”.
Dia 2 - “Estava conversando com a Sanny na sacada,
minha mãe chegou e perguntou com quem eu estava
falando, e eu expliquei. Então ela disse: ‘que tal chamar a
Sanny para jantar conosco?’ E nos duas ficamos felizes.”
Dia 3 - “Já faz três semanas que sou amiga da Sanny”.
Dia 4 - “Hoje não consegui dormir, então fui pegar um
copo d’água com a Sanny. No caminho de volva, meu pai
e minha mãe estavam brigando. Meu pai dizia que eu
estava ficando louca e minha mãe dizia que era apenas
uma criança com imaginação fértil. Eu e a Sanny ficamos
tristes.”
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Dia 5 - “Hoje eu estava conversando com a Sanny, e
meu pai brigou comigo. Ele disse: ‘garota, pare de falar
sozinha, você está ficando louca?! Essa idiota dessa Sanny
não existe.’ Eu fiquei com medo. Meu pai nunca ficou bravo
comigo. Então, ele foi para o trabalhho e eu fui para a
escola.”
Dia 6 - “Hoje na aula minha professora brigou comigo.
Ela disse o mesmo que meu pai.”
Dia 7 - “Hoje recebi a notícia de que meu pai e minha
professora desapareceram. Quando eu perguntei para a
Sanny, ela disse que os dois estavam juntos
descansando.”
(fim do diário)
O ruim nem era o texto, mas sim os desenhos. Era tudo tão
bizarro. Era o desenho da Sanny. Era como se fosse um monstro
ensanguentado.
Então, peguei meu celular e tirei fotos daquele diário. Depois de
tirar as fotos, eu não sei explicar o que eu senti naquela hora, mas é
como se a brisa formasse uma mão e me abraçasse por trás. Comecei
a ouvir uns barulhos estranhos na janela.
Quando eu olho para a janela vejo uma imagem aterrorizante.
Uma garota meio transparente com olhos negros e cheios de sangue,
com as mãos sobre a janela, com um segundo, o copo de suco que
coloquei quebrou. Por reflexo, olhei para o como e quando virei o rosto
de volta, a assombração não estava mais lá.
Quando olhei para o celular, as fotos que eu tinha tirado sumiram.
No dia seguinte, fui devolver a bolsa, pálido e tremendo. Passei esses
seis meses traumatizado. Não conseguia nem falar direito. E só resolvi
contar essa história depois de seis meses, porque ontem era domingo,
fui fazer compras. Eu já estava bem melhor, quase tinha me esquecido
desses acontecimentos. Mas no caminho, algo puxou minha camiseta
e quando olhei para trás, era uma garota de grandes cabelos brancos
e olhos azulados. Ela disse bem baixo: “Obrigada, Marcos”. Na mão
dela havia o mesmo diário.
Puxei minha camiseta e comecei a correr me perguntando como
ela sabia meu nome. Não sei se foi coincidência, não sei se estou louco,
mas sei que não estou bem.
Ryan Patrick Silva 7º ano B – 2019.
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Mal endereçado para o amor
Olá, meu nome é Carlos Abelard Lacerda, e conto hoje para você
uma história de amor: a minha história de amor!
O que vou narrar agora é quando tudo mudou na minha vida, o
ponto em que eu encontro esperança.
Cinco anos após a morte da minha esposa, fiquei totalmente
carente por mulheres, bastava um assovio de qualquer uma e eu já
estava aos seus pés. Não conseguia me controlar.
Então, em uma certa tarde lá estava eu (dia 1º de março de
1974), na praça de alimentação de um shopping, no meio do meu
horário de almoço, quando uma voz encantadora chamou minha
atenção. Procurei (e como procurei!) a dona daquela bela voz na
imensa praça de alimentação. Sinto como se a tivesse procurado
"durante horas", mas encontrei-a no final do meu horário de almoço,
quando a única e última coisa que eu ouvi, dita por aquela bela voz, foi
um endereço.
A partir daí, passei a escrever carta após carta, enviando todas
para aquele endereço, mesmo sem certeza de que ele comunicava o
verdadeiro lar da bela voz. E foi só mais de seis meses após o nosso
"encontro", no dia 27 de outubro de 1974, eu finalmente fui respondido.
Tudo aconteceu exatamente assim:
Eram sete horas da manhã quando acordei. Eu tinha o
pressentimento de que algo aconteceria, porém não sabia distinguir o
que era. Esperei uns minutos, até sete e quinze. Levantei-me e corri
para tomar meu café da manhã, aguardando ansioso sem saber o que
estava por vir. Oito horas da manhã, a campainha tocou e lembrei-me
que era a hora que o carteiro acostumava passar. Desesperadamente
fui até a caixa de correio.
Chegando lá, encontrei um envelope rosa enrolado com uma fita
amarela. Fui, então, diretamente para o meu quarto onde estaria só
para tratar daquele assunto tão particular. Quando cheguei no
meu quarto, comecei a desembrulhar a envelope que havia sido envolto
com três nós. Ao começar a desembaraçar o primeiro nó, meu coração
ficou acelerado de tal forma em meu peito, que parecia que iria sair pela
boca. No segundo nó, minhas mãos tremiam junto com o meu corpo.
No terceiro e último nó, eu entrei em desespero, minha cabeça estava
cheia de dúvidas, dentre elas, a maior era: "será que eu abro?". Em um
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movimento desesperado, estraçalhei o envelope, restando, assim,
apenas a carta. Comecei a lê-la atenciosamente, falava assim:
"Olá! Caro senhor Carlos Abelard, sinto em lhe informar que esse
endereço com certeza não é o que o senhor está procurando, pois na
data em que o senhor marcou ter me visto pela primeira vez no
shopping, eu não havia ido a tal local. Porém, adorei a sua escrita e
acho que devíamos continuar com a trocar cartas.
Meu nome é Laura Francisca da Silva, eu realmente lamento
muito não ser a pessoa que o senhor está procurando, e por não ter lhe
respondido antes, eu estava com medo.
Obs.: Esse endereço não é meu, é o do meu serviço. Eu trabalho
em uma concessionária de carros. Meu endereço verdadeiro é 17B, na
rua Pedro Lond.
Peço desculpas.
Laura"
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PARTE 3 – A terceira proposta de produção textual
27
Akira
29
– A sua pergunta, aonde mais poderíamos ir no intervalo? –
disse o garoto enquanto ria de novo.
– É meio diferente de onde eu vim... – disse o Akira bem sério.
– Então, é estranho o lugar de onde você veio – disse o garoto
enquanto sorria.
– Não é estranho! – falou Akira mais bravo ainda.
Percebendo a situação, o garoto se arrependeu do que falou e
disse:
– Foi mal... Desculpa, eu fui insensível. Não era minha intenção
falar mal de onde você veio, é que não é muito comum ver pessoas
de outros países por aqui...
Akira ficou encarando o garoto por um tempo e disse:
– Está bem, só tome mais cuidado antes de falar sobre algo
que não conhece.
– Ok! Vamos recomeçar. Eu me chamo José. José Silva
Santos de Oliveira Machado, muito prazer! – disse o garoto.
– Prazer! E que nome grande! – falou o Akira.
– Pois é, né? Eita, olha a hora! É melhor a gente ir... – disse o
José.
Os dois desceram para o pátio e se sentaram à mesa. Os dois
estavam comendo, até que José, quando o José olhou para o Akira
e disse:
– Nossa, isso é “tipo” uma lancheira japonesa?
– Isso é um bentô! – respondeu Akira.
– Bentô? Nossa! Que nome engraçado!
– José, você não acha meio estranho? Tipo...Você traz seu
lanche assim, na mão... E nem troca seus sapatos ao entrar na
escola... vai sujar!
– Sujar? Mas já está sujo!
Eles ficaram debatendo sobre isso o resto do intervalo.
Na saída, o Akira percebeu que o José já estava arrumando
suas coisas para ir embora. Ele estranhou e, então, perguntou:
– Você não vai ficar para ajudar a limpar?
– Não precisa, aqui tem funcionários da limpeza. Vamos que já
está na hora de ir. – respondeu o José.
Levou um tempo até que o Akira se acostumasse com esse
novo estilo. Mas ele até virou um garoto meio atrevido... Nem parecia
mais que ele tinha outra vida.
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Acontece que agora ele teria que revivê-la, sim, pois um amigo
arranjou um bom emprego para o pai do Akira no Japão e disse que
eles podiam ficar na casa dele.
Nessa época, a Sayuri já estava muito melhor e já tinha sido
liberada do hospital. Então, estava decidido: era a hora de voltar para
o Japão.
O Akira ficou muito triste de ter que se despedir do José e de
outros amigos que ele fez no Brasil, mas ele não podia ir contra a
decisão dos pais, por isso, partiu.
Chegando lá, ele reencontrou Shin e Yudi, seus velhos amigos,
e já foi logo dando um abraço e dizendo:
– Há quanto tempo!? Eu estava com saudades!
Os dois se surpreenderam com essa atitude do Akira e com o
quanto ele havia mudado.
Depois de sua família se ajeitar novamente no Japão, o Akira
voltou a frequentar sua velha escola. Chegando lá, os amigos dele
se surpreenderam novamente, pois, pelo jeito, o Akira estava tão
acostumado com a vida no Brasil que até esqueceu de trocar seus
sapatos por outros limpos que estavam no seu armário. Nesse
momento, o Akira percebeu que levaria um tempo até que ele se
reacostumasse com sua vida no Japão.
31
32
PARTE 4 – A quarta proposta de produção textual
Como incentivo extra, foi feita uma rifa de uma caixa de bombons
e pagamento para concorrer ao sorteio era apenas escrever um
miniconto. Nessa atividade houve a participação de outros colegas (que
não participavam dos projetos, mas vieram nos visitar ou apenas
contribuíram com um texto).
33
O menino sonhador
34
Tive meu melhor amigo
Mas ele entrou no vício
Tentei ajudar
Mas corria risco
35
Jogador sonhador
36
O garoto
Eu nunca desisti
Sempre segui em frente
Descobri que sou cantor
Foi tudo de repente
Sempre na humildade
Jamais na ostentação
Hoje pra muita gente
Eu sou motivação
37
Uma delirada total
38
O chocolate
39
Dia de chuva
40
Uma jornada molhada
41
A dúvida
Certo dia, ao anoitecer, fui dormir com uma dúvida: “por que
eles não cuidaram de mim antes?”
42
Péssimo dia
43
Palavras arrependidas
Todo dia de manhã ele acorda, prepara seu café, faz um pão
com goiabada, senta-se à mesa e fica olhando para outra cadeira
como se faltasse alguém ali. E faltava: seu filho. Os gritos que ele
deu com seu filho Astolfo, aquele dia, já não importavam mais. O
seu filho era tudo o que ele queria.
44
– Alô. Quem é?
– Alô...
– Ademir se encontra?
– Ah tá. Fala para ele que o irmão dele ligou e que estou com
o Astolfo, filho dele. Diga também que o filho dele está muito triste
e que se arrepende das coisas que disse... E que ele não guarda
rancor pelo que ouviu. Ele não tinha a intenção de ser ignorante.
45
Flor de sangue
Um ano antes...
No final da festa, depois de cantar o “parabéns”, o melhor
amigo de Lorena – talvez o único – deu a ela um buquê simples
de lindas flores vermelhas. Mas nem deu tempo de ela agradecer,
pois começou uma gritaria. Seu irmão estava passando muito
mal, seus pais o levaram às pressas para o hospital.
Descobriram que ele tinha uma doença muito rara e seu
tratamento custaria muito caro. Seus pais começaram a trabalhar
sem parar, o dia todo, todos os dias. Os meses se passavam e
eles continuavam trabalhando para conseguir dinheiro suficiente
para pagar o tratamento.
O clima na casa de Lorena não estava bom, e na escola
também muito legal. Lorena sofria bullying. Seu melhor amigo
Richard não estudava na mesma escola que ela e, fora ele, ela
não tinha amizade com mais ninguém.
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Mesmo não tendo amigos na escola, ela era apaixonada por
um garoto da sua sala. Ela achava que ele era um garoto legal e
sentia que estava rolando algo entre eles. Mas, um dia, quando
Lorena chegou na escola, ela viu esse garoto se declarando para
uma das meninas... exatamente para alguém que – ele sabia –
fazia bullying com ela. Naquela hora, Lorena sentiu seu coração
se despedaçar. Ela percebeu que ele só a estava usando. Nesse
momento, duas meninas chegaram perto dela e disseram:
– Sinto muito...
– Esquece esse garoto! Ele não presta. Vem com a gente.
Depois de conversarem, ela foram ficando mais próximas e
se tornaram amigas. A Lorena estava feliz. Ela finalmente tinha
feito “novos amigos”, pelo menos era o que ela pensava.
Suas novas amigas normalmente chegavam mais tarde na
escola, mas um dia a Lorena teve que voltar, pois tinha esquecido
uma coisa. Foi quando ela viu suas amigas conversando e rindo
com as meninas que faziam bullying com ela. Lorena descobriu
que estava sendo iludida novamente por pessoas em quem ela
confiava. Tudo isso de “amigas de verdade” era uma zoeira, uma
brincadeira de mal gosto dessas meninas malvadas.
A Lorena sentiu seu coração se despedaçar novamente. Ela
ligou para Richard pedindo ajuda, dizendo que não aguentava
mais. Ele estava tentando acalmá-la e disse que no dia seguinte
iria à casa dela.
Quando Lorena foi à cozinha tomar água, seu irmão veio
falar com ela. Como ainda estava meio tensa por causa de tudo
que havia acontecido, ela foi muito grossa com o irmão mais novo,
que saiu correndo para o quarto.
47
Quando seus pais voltaram do trabalho, o irmão dela foi falar
o que tinha acontecido. Eles ficaram furiosos e disseram:
– O que você tem na cabeça!? Tratar seu irmão “doente”
desse jeito!? Você é uma decepção!
– Isso é inaceitável, Lorena? Vá já para o seu quarto! Você
está de castigo!
Ela saiu correndo para o quarto e se deitou na cama.
Enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto, ela olhou para a
cômoda e viu em um vaso com água o buquê de flores vermelhas
que Richard tinha dado para ela. Naquele instante, Lorena teve
uma sensação horrível, ela sentiu que algo aconteceria com seu
melhor amigo. Então, ela ligou para ele e disse:
– Por favor, Richard, tome cuidado...
– Não se preocupe... – ele disse.
No dia seguinte, Lorena estava esperando o seu amigo,
quando os pais dele ligaram para ela. Disseram que ele tinha
sofrido um acidente e não resistiu.
Ela foi ao hospital para ver o corpo dele. O lugar estava cheio
de flores brancas, que deixavam o ambiente ainda mais triste.
Voltando para casa, ela viu várias pétalas vermelhas
formando um caminho que passava pelos lugares onde eles
tiveram uma lembrança marcante. Passando pela praça, viu
algumas margaridas exatamente no ponto onde eles se
conheceram; no local de sua festa ela viu vários lírios da paz onde
Richard lhe deu um buquê de flores.
Nesse momento, Lorena sentiu uma dor no coração. Depois
de tanto sofrer, ela finalmente decidiu voltar para casa, mesmo
querendo acabar com aquela dor.
48
No caminho ela passou pela ponte central, o lugar onde seu
melhor amigo havia morrido.
Ela parou, olhou para a mureta e viu um buquê com flores
vermelhas como sangue e brancas como o sofrimento. Ela se
lembrou de toda a dor que há alguns minutos havia sentido. Então,
ela desistiu. Lorena foi até a mureta e, olhando para o rio abaixo
da ponte, se esqueceu de todos aqueles que estava à sua volta.
Lá, ela acabou com toda a sua tristeza.
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PARTE 5 – A última proposta de 2019
50
As semelhanças
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Amigos
Alto, baixo
Rechonchudo
E até magrinho
Em dias de sol
Em dias de chuva
Quem trouxe um guarda-chuva?
Vamos juntos
Mesmo com pensamentos diferentes
Vou seguindo a sua corrente
Eternos ou passageiros
Sempre fica no coração
Afinal, todos têm uma opinião
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EMEF Gal. Euclydes de Oliveira Figueiredo
Projeto e edição: Professora Rita Braga.
Dezembro de 2019
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