Ritual de Sassanha

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Assentamento
de Oríxá, Igbá Oríxá, assentamentos de todos Oríxás.

Rituais da sasanha

Asà Òsányìn ou Sasányìn (Cânticos das Folhas)

Sasanha, é um ritual onde se cantam Ófòs (reas de


ma!ia) "ara Òs#nyìn com a inten$%o de detonar o asé contido
nas folhas e esse ritual "ode ser cantado em &ários
momentos do culto à 'riá

*sse ritual tem se+u,ncia- e cada folha t,m seu Ófò


cantado e relacionado aos 'riás corres"ondentes

.m Ófò muito usado é o /sà o er0 a1é (+ue +uer dier2


assim se1a- o escra&o &ai funcionar)

3ode4se o5ser&ar- às &ees- +ue nem todas as es"écies


de folhas cantadas se encontram "resentes no momento do
ritual 3orém- o fato de lou&á4las fa com +ue as suas
su5stitutas eer$am o mesmo "a"el

*ste ritual !eralmente é restrito aos mem5ros da casa


de asé e constitui um dos mais tocantes e 5elos es"etáculos
da comunidade- momento tam5ém "ara transmiss%o do sa5er e
+uando se &ai intro1etando- tanto a musicalidade- como o
conhecimento a res"eito das 6folhas6

As folha tem caracter7sticas "ela sua for$a de


ess,ncia A+ui est%o al!umas folhas +ue s%o cantadas2

4 8elacionadas a Calma (9rò)2 :ro;ò- òdund0n

<9rò ìro;ò
:ro;ò =,=
<rò ìro;ò =,= 9rò

Calma é de :ro;ò
:ro;ò n%o falha
Calma é de :ro;ò- calma n%o falha
4 8elacionadas a A!ita$%o (!0n)2 39r9!0n- >9t9r9!0n

39r9!0n alára !7!0n o


39r9!0n alára !7!0n o
'5a ;ò n7 1é o ror# o;án
39r9!0n alára !7!0n o
39r9!0n !5à a!5ára tuntun

39r9!0n tem o cor"o ecitado


39r9!0n tem o cor"o ecitado
8ei n%o deia ter "ro5lemas de cora$%o
39r9!0n tem o cor"o ecitado
39r9!0n dá no&a for$a

4 8elacionada a >erra (e?é @,@ ou e?é i!5#)2 Ata

Ata ;ò @, 1 e?é o
A lBlé ;ò @, 1ì i!5# òò!n
Ata ;ò @, 1 e?é o
A lBlé ;ò @, 1ì i!5# òò!n

3imenta n%o é mais forte +ue a folha


ento n%o é mais forte +ue a floresta de remédios
3imenta n%o é mais forte +ue a folha
ento n%o é mais forte +ue a floresta de remédios

4 8elacionada a D!ua (e?é omi)2 Òs75àtà- Ó1u#r#

Òs75àtà tBò;é omi


Òs75àtà tBò;é odò
Òs75àtà tBò;é omi
Òs75àtà tBò;é odò
A?olé nìdì ò"9
Òs75àtà tBò;é omi
Òs75àtà tBò;é òdàn
Òs75àtà tBò;é omi
Ó1u#r# nii E#;e omi
Ó1u#r# nii E#;e omi
A?olé nìdì ò"9
Òs75àtà nii E#;e odò
Ó1u#r# nii E#;e omi
Ó1u#r# nii E#;e omi

Òs75àtà fica so5re as á!uas


Òs75àtà fica so5re o rio
Òs75àtà fica so5re as á!uas
Òs75àtà fica so5re o rio
Sem"re 1untas est%o
Òs75àtà fica so5re as á!uas
Òs75àtà fica so5re o 5rilho
Òs75àtà fica so5re as á!uas
Ó1u#r# so5re a á!ua
Ó1u#r# so5re a á!ua
Sem"re 1untas est%o
Òs75àtà fica so5re o rio
Ó1u#r# so5re a á!ua
Ó1u#r# so5re a á!ua

4 8elacionada ao Fo!o (e?é in#n)2 !5á /à1à (/à1à tam5ém é


denomina$%o dada a /rònì- com"anheiro de Òs#nyìn)

/à1à ?u na !50r0r0
/à1à ?u na !50r0r0
/à1à ?u na ?u in#n

/à1à a5re caminho estreito


/à1à a5re caminho estreito
/à1à de fo!o

4 8elacionada ao Ar2 *?é Gésàn ("ára4raio- folha de 'ya


normalmente usada na entrada de locais destinados ao culto
aos ante"assados)
ante"assados)

4 8elacionada as Dr&ores (!i)2

* ìro;ò H, ;orò o
' i!i eiye ti tB9mi
' i!i eiye ;ò !5ò H,
A ìro;ò a;in d9!n
* a ìro;ò H, ro;o o
A e i!i eiye ti tB9mi
' i!i eiye ìro;ò
A ìro;ò a;in d9!n
Ie a ìro;ò H, ro;o o
A ye i!i eye ti tB9mi
' i!i eiye ;o !5o H,
A ìro;ò a;in d9!n
a;in d9!n- a;in d9!n
A ìro;ò a;in d9!n

:ro;ò n%o semeado


Dr&ore de "ássaro meu
Dr&ore de "ássaro n%o rece5eu chu&a
AhJ :ro;ò "oderoso ref0!io
:ro;ò n%o semeado
Dr&ore de "ássaro meu
'hJ Dr&ore de "ássaro :ro;ò
AhJ :ro;ò "oderoso ref0!io
Sim- :ro;ò n%o semeado
AhJ Sim- ár&ore de "ássaro meu
Dr&ore de "ássaro n%o rece5eu chu&a
AhJ :ro;ò "oderoso ref0!io
"oderoso ref0!io- "oderoso ref0!io
AhJ :ro;ò "oderoso ref0!io
4 8elacionada aos Ar5ustos e es"écies rasteiras (;é;éré)2

* omodé ;é;éré 9nyin


9nyin nsé idi nB;an nlá
9nyin nsé idi nB;an nlá
KBà?a f0n n?on láse o
/?a nsé idi nB;an nlá
* omodé ;é;éré 9nyin
/?a nsé idi nB;an nlá
KBà?a f0n n?on láse o
/?a nsé idi nB;an nlá

*J crian$as "e+uenas- &oc,s


oc,s est%o faendo coisa !rande
oc,s est%o faendo coisa !rande
L#s damos asé a &oc,s
L#s faemos coisa !rande
*J crian$as "e+uenas- &oc,s
L#s faemos coisa !rande
L#s damos asé a &oc,s
L#s faemos coisa !rande

4 8elacionada a 3arasitas e 3lantas aéreas (/fòm#n)2

/?a ;òso ;áà5ò lBes7


/?a ;òso ;áà5ò lBes7
/fòm# ti 599r9- a?a ;òso ;áà5ò lBes7 A!9
/?a ;ò sBà!ò M, so- à?a ;ò sBà!ò M, so
K;té ti M, ;an- à?a M, sBà!ò M, so A!9
/?a ;ò sBà!àn ol#mo
/?a ;ò sBà!àn ol#mo
/fòm# ti 5i ;an- à?a ;ò sBà!àn ol#mo A!9

L#s n%o dissemos 5em &indo ano "assado


L#s n%o dissemos 5em &indo ano "assado
àfòm# "er!untou se n%o dissemos 5em &indo ano "assado a
A!ué
L%o "edimos licen$a é o +ue dissemos
' toco 5rotou- n#s contamos +ue "edimos licen$a-
N o +ue dissemos a A!ué
L%o seremos estéreis
L%o seremos estéreis
/fòm# nasceu um- n%o seremos estéreis A!ué

4 A rela$%o do 3ássaro com Òs#nyìn- sendo este seu


mensa!eiro e &e7culo de "oder- "ode ser "erce5ida- além de
estar "resente na re"resenta$%o deste 'riá (nos
assentamentos) na canti!a2

Ò"e9ré Òs#nyìn M, sBi50


K0r0 M,M a;à;à
Ò"e9ré Òs#nyìn O, sBi50 Pà5á
K0r0 O,O a;à;à

Ò"e9ré de Òs#nyìn &oa "rofundo


' "e+uenino n%o muda a naturea
Ò"e9ré de Òs#nyìn &oa "rofundo- 3ai
' "e+uenino n%o muda a naturea

4 *sta é uma "e+uena e"lana$%o so5re este ritual t%o rico


em detalhes Gas o +ue n%o "odemos deiar de o5ser&ar é a
O,OeOtâncias +ue as folhas desem"enham no culto aos 'riás

'r7n 'sányin

Ò"é9ré Òsányìn sQi50


K0r0 O,O a;à;á
Ò"é9ré Òsányìn sQi50 Pà5á
K0r0 O,O a;à;á

Ò"é9ré de Òsányìn &oa "rofundo (na mata)


' "e+uenino n%o muda a naturea
Ò"é9ré de Òsányìn &oa "rofundo (na mata)- o "a"ai
' "e+uenino n%o muda a naturea

L%o se es+ue$am de +ue muitos de nossos tetos sa!rados s%o


"ará5olas e est%o descritos em metáforas J

'r7;ì Òsányìn2

A!5éni!i- òròmodìe a5ìdi s#ns#


*sinsin a5edo ;7nn7;7nniR
Kòò!o e!5òrò ir7n
A;é"9 nì!5à oràn ;ò sun?òn
>7ot7o t7n- # !5à aso ò;nrn ta !ì9!ì9
*lés9 ;an 1 elés9 mé1ì lo
Aro a5i4o;# li9li9
*?é !5o!5o ;7;i oò!n
A!5éni!i- 9sisi ;osn
A!o!o nla se er"e a!5ára
Ó !5à ?òn là tán- ?òn d0"é téniténi
/ròni 1á si ;òtò di oò!n máyà
*lés9 ;an ti # lé elés9 mé1i O,Oe
4trad
/!5éni!i- +ue &i&e na ár&ore e +ue tem um ra5o "ontudo como
um "into
A+uele +ue tem o f7!ado trans"arente como o da mosca
A+uele +ue é t%o forte +uanto uma 5arra de ferro
A+uele +ue é in&ocado +uando as coisas n%o est%o 5em
' es5elto +ue +uando rece5e a rou"a da doen$a se mo&e como
se fosse cair
' +ue tem uma s# "erna e é mais "oderoso +ue os +ue t,m
duas
' fraco +ue "ossui um ",nis fraco
>odas as folhas t,m &iscosidade +ue se tornam remédio
A!5éni!i- o deus +ue usa "alha
' !rande sino de ferro +ue soa "oderosamente
A +uem as "essoas a!radecem sem reser&as de"ois +ue ele
humilha as doen$as
Aroni +ue "ula no "o$o com amuletos em seu "eito
' homem de uma "erna +ue incita os de duas "ernas "ara
correr

3ara finaliar cantemos2

*?é n1é
'ò!n n1é
'ò!n ti;ò ,
*?é r9 n7 ;ò "9

As folhas funcionam
's remédios funcionam
8emédios +ue n%o funcionam
N +ue tem folhas faltando

IGBÁS

A3*>8*CT'S 8>.AES>C'S 4 3A8>* 4 CAPAUAS

VPD W A .>EXAUY' ZA CAPAUA 8>.AE[S>CA2 A ca5a$a é


um fruto &e!etal N o fruto da ca5aceira nteira- é
denominada ca5a$aR cortada- é cuia ou coitéR e as
maiorias s%o denominadas cum5ucas
Los ritos- sua utilia$%o é am"la- tomando
nomes diferentes de acordo com o seu uso- ou "ela forma
como é cortada

's yoru5as- como todos os outros "o&os- a"ro&eita&am as


i!5á (ca5a$as) como &asilhas "ara uso doméstico e
ritual7stico

As ca5a$as- de"endendo do seu uso- rece5iam nomes


diferentes2

 A ca5a$a inteira é denominada /;9r9!59\- a


cortada em forma de cuia toma o nome de :!5á]

 A cortada em forma de "rato é o :!5á1é H- ou se1a-


o reci"iente "ara a comidaR a cortada acima do meio- forma
uma &asilha com tam"a- tomando o nome de :!5aseM ou cuia
do Aé- e é utiliada "ara colocar os s7m5olos do "oder
a"#s a o5ri!a$%o de sete anos de uma Ià?# como a tesoura-
na&alha- 50ios- contas- folhas- etc +ue "ermitir%o à
"essoa ter o seu "r#"rio terreiro Ado O 4 ca5a$as
min0sculas s%o colocadas no Sàsàrà (aará) de 'mol0-
como de"#sito de seus remédios

 Lo Ó!# de <s (*0)- uma re"resenta$%o do falo


masculino- as ca5a$as re"resentam os test7culos

 .sa4se uma das "artes da ca5a$a cortada ao meio-


e colocada na ca5e$a das "essoas a serem iniciadas e +ue
n%o "odem ser ras"adas "or serem /5ì;0- "ara nela serem
feitas as o5ri!a$^es necessárias

 Com o corte ao com"rido- torna4se uma &asilha com


  :"àdé_ e ser&e "ara colher o
um ca5o- chamada de cuia do
material de oferecimento ou "ara colher as á!uas do 5anho
de folhas maceradas
 nteira e re&estida de uma rede de malha será
o A!59 ou `e+uer, - instrumento musical usado "elos '!ans-
durante os to+ues e cânticos

 .ma ca5a$a com o "esco$o com"rido em forma de


chocalho é a!itada com as suas sementes- faendo assim o
som do Séréb- forma reduida de S9;9r9- instrumento "or
ecel,ncia de `an!

 A ca5a$a inteira em tamanho !rande su5stitui nos


ritos de /s9s9 (Ae,)- a ca5e$a de uma "essoa +ue morreu e
+ue "or al!uns fatores n%o é "oss7&el realiar as
o5ri!a$^es de tirar o Òsu ('0) (LA LCAUY' òs é um
amal!amado de su5stâncias secretas- al!umas in4natura-
outras secas- al!umas torradas mas tudo isto reduidos a
"#- este conhecido como iye *le ser&e de &e7culo "ara
transmitir o aé do 'riá a ser consa!rado no futuro
iniciado ' òs será formado "elos elementos constituti&os
e carre!a n%o somente o aé mas a indi&idualia$%o de cada
'riá- sendo assim há uma e"ressi&a diferen$a entre os
òs- cada +ual le&a suas su5stâncias distintas e
es"ec7ficas- ou se1a- um diferente do outro N a "re"ara$%o
m7stica de uma 5ase a"ta a rece5er o 'riá >utelar +uando
ele manifestar4se no iniciado 3ara +ue "ossa &eicular o
aé "retendido- de&e ser consa!rado ritualisticamente em um
odo (almofari"il%o) de&idamente "re"arado "ara este ti"o
de cerimnia ' almofari- onde os remédios e elementos
sa!rados s%o triturados é considerado um o51eto sa!rado
feito a"enas com determinados ti"os de madeira Sim5olia
as duas for$as fundamentais2 o almofari re"resenta o "#lo
feminino - en+uanto o "il%o re"resenta o "#lo masculino '
+ue se o5tém destes dois é o terceiro elemento 6' elemento
criado- o elemento "rocriado6 ' ritual "ara o "re"aro do
òs- onde s%o recitados a cerimnia do Go 5à (in&oca$%o
sa!rada) e certos ad0rà (reas) s%o de com"et,ncia 0nica e
eclusi&a dos Pa5aloriá- :yáloriá - :yálaé e Òs"in *m
determinado está!io da inicia$%o- a :yálaé trasfere esta
massa do almofari e a fia em formato cnico- so5re o
crânio ras"ado do no&i$o- mais es"ecificamente em um
"e+ueno corte ritual7stico denominado de !5 éré ou se1a
Farin- "or intermédio de um ciclo ritual +ue culmina +uando
esta "rofere al!umas "ala&ras- afim de consa!rar o ò s
*stas "ala&ras s%o conhecidas como ofò .ma &e sacraliado
corretamente e "or +uem de direito- o òs fortalece o aé
do Òrì sà consa!rado no iniciado e este "assa ser chamado
de Adòs ' denomina$%o Adòs - resulta na forma
contra7da das "ala&ras2 A g dá g òs- o +ue "oderiamos
inter"retar como2 6A+uele +ue carre!a o òs6 ou 6' 3ortador
do òs 6Ze suma im"ortante lem5rar- +ue a !ramática Ioru5a
na "rática de sua lin!ua!em é comum usar o sinal diacr7tico
o 6a"#strofo6 Consiste em +ue- se numa mesma frase a
"ala&ra termina com uma &o!al e a "ala&ra se!uinte come$a
com uma &o!al- uma destas duas &o!ais sofre su"ress%o-
ent%o duas ou mais "ala&ras tornam4se a"enas uma

 3or fim- "ode ser lem5rado +ue a ca5a$a cortada


em forma de &asilha com tam"a é conhecida como :!5ádu ==- a
ca5a$a da eist,ncia e contém os s7m5olos dos +uatro
"rinci"ais 'd2 N1ì- '!59- Òye;0 Gé1ì- :?òri Gé1ì e Òd7
Gé1ì

= 4 A;9r9!59 4 ca5a$a de 5om tamanho H a O cmj-


ser&indo como &asilha "ara l7+uidos
@ 4 !5á 4 ca5a$a cortada em forma de cuia :VP/ k
assentamento de 'riáR "anela onde se !uardam os
o51etos sa!rados dos deuses e se fa o sacrif7cio

H 4 5a1é 4 ca5a$a cortada em forma de "rato


8eci"iente "ara a comida

M 4 :VPAS* 4 Ca5a$a cortada acima do meio- formando uma


&asilha com tam"a
O 4 Ddo 4 "e+uena ca5a$a utiliada "ara armaenar "#s
ou remédios N a+uela +ue se &, nas fi!uras de *u-
'saniyn e '5aluaiye

 4 Ca5a$a cortada ao meio

_ 4 Ca5a$a do "ade
 4 A!5é ou e+uer,4 nteira e re&estida de uma rede

`e+uere instrumento musical

b 4 Séré 4 ca5a$a com um lon!o e fino "esco$o uando


cortada ao meio- ser&e como uma concha uando inteira-
ser&e como chocalho ritual7stico "ara anunciar `an!-
sendo chamada ent%o de SN8N `an!
= 4 Ca5a$a nteira

== 4 !5adu

=@ 4 Ahá 4 "e+uena ca5a$a ser&indo como co"o ou 7cara


"ara tomar remédios e 5e5idas
=H 4 At# 4 ca5a$a "e+uena e com"rida- utiliada "ara
!uardar remédios

=M 4 3ò;o 4 ou a metade su"erior ou a inferior de uma


ca5a$a de forma o&al

=O 4 !5á ;òtò 4 ca5a$a lar!a e alta- usada "ara


!uardar <;' um 5olo de milhoj +uente >em uma tam"a
+ue "ode ser usada como funil

= 4 Koto 4 ca5a$a !rande e lar!a- semelhante a um


cesto em formatoj
APETRECHOS RITUALISTICOS - ASSENTAMENTO-IGBÁ

SIGNIFICADO DE UM IGBÁ 

La reli!i%o Ior5á- !5ás (a?n i!5á) s%o assentamentos


de oriá (òrìà)

.m assentamento é uma re"resenta$%o do oriá (òrìà) no


es"a$o f7sico- no mundo- no aìyé So5 o "onto de &ista
sacro n%o eistem re"resenta$^es humanas de oriá (òrìà)

A reli!i%o Ior5á n%o tem ima!ens "ara re"resentar suas


di&indades- o +ue re"resenta uma di&indade é o seu !5á- ao
olharmos um !5á é como se esti&éssemos olhando "ara a
di&indade Secularmente eistem re"resenta$^es em forma de
desenhos e esculturas mas +ue s%o frutos a"enas de
criati&idade de artistas e n%o tem uso sacro
's oriás (a?n òrìà) s%o ade+uadamente re"resentados
"or s7m5olos e !rafismos "r#"rios de cada um e "or etens%o
"or outros elementos como folhas- ar&ores fa&as e contas
Gas o !5á é a sua re"resenta$%o mais ade+uada

ale refaer a afirma$%o- 1á e"licada em outro


material- de +ue o oriá (òrìà) n%o s%o elementos da
naturea- assim olharp o &ento n%o si!nifica olhar "ara
'ya- olhar uma "edra n%o si!nifica olhar "ara `an!o
(àn!#)- olhar "ara o mar n%o si!nifica olhar "ara Ieman1á-
etc

' mesmo sentimento +ue um cat#lico tem ao olhar "ara


uma ima!em de um santo em sua i!re1a e altar- o "o&o de
santo tem ao olhar "ara um i!5á N muito comum as "essoas-
nos seus +uartos de santo- &estiremp seus !5á com suas
rou"as de oriá (òrìà) como se fosse o "r#"rio oriá
(òrìà) Contudo- i!5á s%o de acesso muito restrito- de uso
eclusi&amente sacro e ritual7stico- n%o tem &isi5ilidade
"05lica e ficam !uardados dos olhos de todos

Zessa maneira- cada !5á re"resenta uma di&indade


atra&és de um continente (aso- in&#lucro- reci"iente) e
seu conte0do- e esse con1unto- continente e conte0do é
es"ec7fico de cada di&indade *sses continentes "odem ser
de "orcelana (su5stituindo ca5a$as)- 5arro ou madeira e
ser%o em"re!ados distintamente "ara cada di&indade +ue ele
re"resenta S%o usados elementos f7sicos comuns- como
ti!elas- so"eiras- "ratos- 5acias e al!uidares

' iniciado no seu "rocesso de feitura (+ue é distinto


de uma inicia$%o mas muitas &ees essas e"ress^es se
confundem) "oderá rece5er um ou &ários !5á- de"endendo do
seu status na reli!i%o e da "r#"ria tradi$%o da casa em
conduir este ritual
Gas o i!5á n%o é o oriá (òrìà) no aìyé *ssa reli!i%o
n%o coloca um oriá (òrìà) dentro de uma so"eira- n%o é
uma reli!i%o animista ' i!5á re"resenta a"enas a li!a$%o
entre os @ es"a$os- o es"a$o f7sico aìyé e o es"a$o
es"iritual o 'run (q
run) N uma "ontep entre os @ es"a$os
Sua fun$%o n%o é traer o oriá (òrìà) "ara o aìyé "or+ue
os oriá (òrìà) 1á est%o "resentes em nossa &ida o tem"o
todo- n%o eiste secularismo na reli!i%o Sua fun$%o é
com"letamente ritual7stica

' i!5á é- de fato- dentro de toda a reli!i%o Ior5á um


dos elementos mais im"ortantes e si!nificati&os "or
traduir a cont7nua rela$%o entre o 'run (q
run) e o aìyé

*le re"resenta o reconhecimento da eist,ncia do es"a$o


es"iritual- o 'run (q
run)- e a li!a$%o "erene +ue eiste
entre os @ es"a$os (q
run4aìyé) na forma de um cont7nuo
du"lamente alimentado e da circula$%o- transforma$%o e
re"osi$%o de aé (à)

Zessa maneira o seu &alor n%o esta somente na sua


eist,ncia como instrumento ritual7stico- como foi
ressaltado no in7cio- mas tam5ém no +ue ele re"resenta

>oda reli!i%o tem s7m5olos e sim5olismos .ma cru "ara


os cat#licos re"resenta muito tam5ém2 todo o si!nificado da
"ai%o e do sacrif7cio de esus Assim esse s7m5olo tradu
em s7 muito mais do +ue somente a lem5ran$a da crucifica$%o
de esus e sim um todo da sua doutrina- "oder7amos falar
muito a"enas olhando "ara uma cru ' mesmo &ale "ara
um !5á Lada é mais sa!rado "or s7 s# "elo seu uso e nada
"ode traduir tanto da doutrina +ue co5re a
reli!i%o Ior5á como o entendimento da sua fun$%o

' !5á é uma manifesta$%o de Fé- e "or isso um


reconhecimento de nossa Fé na reli!i%o Ze acordo com a
metaf7sica Ior5á- "ara tudo +ue eiste no aìyé eiste um
du"lo no 'run (q
run)

' !5á é um elemento de li!a$%o entre essas @ "or$^es e


um instrumento de concentra$%o de ener!ia N usado "ara nos
li!armos às di&indades- li!a o f7sico à dimens%o
es"iritual- a dimens%o aìyé à dimens%o 'run (q
run)

' o51eti&o de um !5á é "otencialiar a li!a$%o 'run4


aìyé (q
run4aìyé) sendo o instrumento +ue no aìyé re"resenta
o du"lo do 'run (q
run)

' !5á esta &inculado diretamente à uma "essoa


no aìyé mas n%o a re"resenta e sim ao du"lo do 'run (q
run)
Como 1á foi dito ele n%o armaena um oriá (òrìà)- ele n%o
é uma lâm"ada má!ica +ue esfre!amos "ara dali sair um oriá
(òrìà)

*le é a "onte de li!a$%o direta entre o aìyé e o 'run


(q
run) entre o iniciado no aìyé e suas ener!ias e
di&indades no 'run (q
run)

.m dos "rinci"ais usos +ue se dá a ele é rece5er os


*5#s (5)- +ue s%o sacrif7cios de todo o ti"o- entendendo
+ue o sentido de sacrif7cio na reli!i%o n%o en&ol&e o uso
de san!ue em s7

.m sacrif7cio "or ser +ual+uer oferenda +ue &ai se


con&erter em aé (à) .m '5i é um sacrificio- um Aca$a é
um sacrif7cio e "ode su5stituir um 5oi

*sse as"ecto de "artici"ar ati&amente de *5#s (5) é


uma finalidade muito im"ortante- mas n%o im"rescind7&el

L%o se "recisa de uma !5á "ara faer uma oferenda-


mas- todo sacerdote tem e usa os seus "ara isso sso tem
todo o sentido- sendo o !5á um elemento de li!a$%o ou de
"otencialia$%o dessa li!a$%o como esta sendo dito realiar
isso 1unto a eles é faer esse instrumento funcionar

*m outro material esta muito 5em e"licado essa +uest%o


do *5#s (5) mas é im"ortante lem5rar +ue um *5#s (5)-
uma oferenda é um "arte de um "rocesso de transmiss%o e
re"osi$%o de aé (à) e os elementos utiliados s%o
transmutados em ener!ia- em aé (à)

Zessa maneira ao se faer isso atra&és de um !5á esta


se faendo che!ar ao du"lo do 'run (q
run) referenciado "or
a+uele !5á a transmuta$%o da ener!ia dos elementos afins a
ele +ue foram usados no sacrif7cio

' "onto +ue esta sendo ressaltado é +ue o !5á em um


*5# (5) é o instrumento +ue direciona- "otencialia e
a!ilia a este ase che!ar ao 'run (q
run) ' !5á n%o é um
instrumento "ara alimentarp o iniciado no aìyé

' !5á "ode ser coleti&o ou indi&idual uando coleti&a


chama4se A1o5# (a15) e li!a uma comunidade a sua
comunidade es"iritual- ao coleti&o +ue ela re"resenta e a
di&indade +ue a "rote!e

uando indi&idual li!a a "essoa ao seu refleo no 'run


(q
run)
Zo +ue é feito um !5á

' !5á é feito usando materiais +ue est%o li!ados à


di&indade +ue ele re"resenta Assim o material e o seu
conte0do a1udam a esta5elecer a rela$%o- de&endo ser
utiliados sem"re elementos com"letamente afins com a
di&indade e +ue traduem a matéria ori!inal do 'run (qrun)

Conhecer essas rela$^es e afinidades é "arte do


a"rendiado de um iniciado durante sua &ida e somente
a+ueles +ue as conhecem ter%o &erdadeiro sucesso no seu
tra5alho ritual7stico

' "rinci"al elemento dentro de um !5á é a "edra- o


o;uta o 'tá

Acima de todos os demais com"onentes ela rece5erá todo


o tra5alho ritual de "re"ara$%o e "or essa ra%o muitos
diem +ue é a 0nica coisa im"ortante- todo o demais é
a"enas decorati&o

A "edra "ara os Ior5á si!nifica a lon!e&idade a


eist,ncia "erene

's demais elementos faem "arte do enredo do oriá


(òrìà) de maneira +ue n%o s%o a"enas decorati&os

*ntretanto muitos itens +ue s%o colocados em um i!5á


"ode ser meramente decorati&os

's demais elementos em um !5á &ariam entre metais-


fa&as- folhas e outros materiais +ue remetem ao oriá
(òrìà) ori!inal

' elemento escolhido "ara o continente do !5á tam5ém


terá rela$%o direta com ele >udo dentro de um !5á é feito
"ara traduir a matéria ori!inal do 'run (q
run) +ue foi
materialiada no aìyé atra&és do iniciado ou da comunidade
+ue o !5á re"resentará

A escolha de cada elemento de"ende de "ara +uem será


feita a li!a$%o Cada oriá (òrìà) tem os seus elementos
corres"ondentes no aìyé

Adornos e enfeites eteriores +ue a"enas a!radam ao e!o


de +uem fa n%o a1udam nisso ' im"ortante s%o as folhas-
as fa&as- os metais e outros elementos !enéricos como os
50ios
*ntendo +ue moedas- muito "resentes- de&eriam ser
re"resentadas a"enas "elos 50ios- +ue eram dinheiro- mas
muita !ente coloca mais como um dese1o de "ros"eridade do
+ue um elemento de li!a$%o de fato

' material do reci"iente eterno é escolhido entre


al!umas o"$^es

A ca5a$a é su5stitu7da "ela "orcelana 5ranca "ara os


oriá (òrìà) fun fun- o 5arro e ece"cionalmente a madeira
"ara um oriá (òrìà) es"ec7fico

As cores desses materiais e elementos decorati&os &%o


com"or esse con1unto de forma harmoniosa 3ara os caso das
cores eiste muita criati&ade

's Ior5á reconhecem a"enas H cores- o 5ranco- o


&ermelho e o "reto

>odas as demais cores s%o elementos de uma dessas @


fam7lias e as re"resentam da mesma maneira

Assim o &erde e o aul s%o elementos da cor "reta '


amarelo do &ermelho e "or assim &ai

>odo !5á indi&idualiado é com"osto de um reci"iente


com tam"a (continente) contendo a "edra- o;uta 'tá- o
n0cleo do !5á e os demais elementos com á!ua- #leos e
outros elementos l7+uidos

' i!5á sem tam"a s%o usados em assentos coleti&os- n%o


indi&idualiados- e&entualmente casas e aé (à) "odem
faer &aria$^es disso

' &7nculo run4aìyé

.ma +uest%o im"ortante +uando falamos de !5á é o +ue


ele tradu de fato e a +uest%o de a +uem "ertence e o +ue
ele tradu 

Como e"licado- 1á etensi&amente- é um elemento de


li!a$%o e "ode ser coleti&o ou indi&idualiado- mas- como
e"licado nunca é o oriá (òrìà) no aìyé

's as"ecto coleti&o4indi&7duo tam5ém é uma das


caracter7sticas marcantes da ritual7stica da reli!i%o

*stamos todo o tem"o lidando com essas @ faces do


di&ino +ue é coleti&o como todo o di&ino- mas- "ara os
iniciados- os sacerdotes totalmente indi&idualiado em sua
manifesta$%o

' eem"lo mais indi&idualiado "oss7&el do di&ino é o


do !5á ori

Lada é mais "r#"rio- "essoa e indi&idualiado do +ue


um !5á 'ri

Se!uindo o +ue re"etimos a eaust%o- o !5á é a


re"resenta$%o no aìyé do du"lo no 'run (q
run)- o ori no
'run (q
run) a di&indade "essoal- +ue esta no 'run (qrun) e
nos "rote!e- !uia nossos "assos- a5re e fecha nossos
caminhos e esta acima de +ual+uer oriá (òrìà) em nossa
&ida

L%o re"resenta o 'ri +ue está no aìyé uma &e +ue esta
resida na "r#"ria "essoa .samos o !5á ori "ara che!ar ao
'ri no 'run (q
run) o du"lo "or ecel,ncia

Lo "rocesso +ue chamamos de Pori a oferenda ao 'ri- o


"rocesso de re"osi$%o de aé (à)- duas entidades ser%o
alimentadas com aé (à) o du"lo do 'run (q
run) e o 'ri
+ue esta no aìyé

' !5á 'ri nesse "rocesso e durante o "rocesso- é


criado e é "or ecel,ncia o elemento fundamental na
eecu$%o de um Pori mas "ode n%o mais eistir a"#s a sua
eecu$%o

.ma &e realiado o Pori ele "ode ser desfeito-


des"achado 1unto com os demais elementos utiliados e
oferecidos

Contudo nada im"ede- como "ro&a&elmente na maior "arte


das &ees- ele ser "reser&ado- o tornando mais "erene e
forte o &7nculo 'run4aìyé (q
run4aìyé) 

N claro +ue esse &7nculo n%o se "erde +uando


des"achamos o !5á- da mesma forma +ue nenhum &7nculo de
desfa +uando des"achamos um !5á ou n%o o temos

' !5á é um instrumento de intensifica$%o disso a ser


criado e usado "or +ue sa5e o +ue esta faendo

La tradi$%o do Candom5lé onde o culto ao 'ri se mante&e


sem"re "resente e im"ortante n%o se fa um Pori sem +ue
se1a criada a re"resenta$%o no aìyé do 'ri
Zo coleti&o indi&idual- no caso dos oriá (òrìà)- na
feitura de um oloriá o "rocesso de ritual é todo &oltado
"ara a indi&idualia$%o

Assim- se inicia com o !enérico +ue é o oriá (òrìà) e


se fa a indi&idualia$%o deste atra&és da li!a$%o 'run4
aìyé (q
run4aìyé) "ara a "essoa- e isso é realiado no
momento em +ue se cria a li!a$%o 'run4aìyé (q
run4aìyé)
atra&és do !5á

's animais +ue ser%o usados- os elementos colocados e


dis"ostos- a ritual7stica de ela5ora$%o .ma determinada
+ualidade será feita com o o;uta'tá indo ao fo!o- etc

A indi&idualia$%o nascerá nesse momento e o !5á "or


ecel,ncia é a marca$%o desse caminho- distin!uindo assim
um assento coleti&o de um assento indi&idual atra&és da
li!a$%o 'ri4'táo;uta

' "rocesso de indi&idualia$%o "assará "ela


ritual7stica e tam5ém "or materiais- metais- fa&as e
folhas- es"ec7ficos da+uele oriá (òrìà) "ara a+uela
"essoa

á o oriá (òrìà) !enérico será li!ado atra&és do !5á


!enérico a+uele +ue n%o "assará "elo "rocesso de
indi&idualia$%o

Zito isso &oltamos ao "onto de +ue um !5á òrìà criado


dentro do "rocesso de feitura n%o é um !5á !enérico ou
coleti&o- ele foi indi&idualiado atra&és da li!a$%o 'ri4
'táo;uta e sem"re estará li!ado a+uele 'ri

Zentro da ritual7stica de&emos lem5rar +ue a "essoa é


"re"arada "ara ser ele "r#"rio o rece"táculo do oriá
(òrìà)- o seu !5á &i&o

.m :ya?# é um !5á &i&o do seu oriá (òrìà)

' !5á f7sico com"lementa isso li!ando n%o mais o oriá


(òrìà) !enérico mas sim o oriá (òrìà) indi&idualiado
no ya?# ao oriá (òrìà) ori!em no 'run (q
run) atra&és de
uma li!a$%o indi&idualiada- do !5á indi&idualiado

*sse a"arato f7sico ritualiado na inicia$%o deia de


ser matéria ordinária- 5arro- metal- ou fa&a e "assa a
constituir o caminho metaf7sico "ara o oriá (òrìà)
Gas tam5ém n%o é mais uma "onte "ara o aé (à)
!enérico do oriá (òrìà) e sim a sua fisicalia$%o
indi&idualiada na+uele ya?#

Assim temos @ caminhos- o caminho coleti&o e !enérico e


o caminho indi&idualiado

's !5á s%o os instrumentos de am"lifica$%o dessa


rela$%o entre os @ es"a$os e o acesso ao aé de cada oriá
(òrìà)

>odo o "rocesso de e+uil75rio e restitui$%o de aé


(à) "assara "or eles "ara ir ao du"lo no 'run (q
run) e
retornar no aìyé "ara +uem necessita

.ma "essoa n%o será de"endente de seus !5á Acima de


tudo a rela$%o desses es"a$os sem"re eistirá e 1amais
estamos n%o assistidos

3odemos n%o ter o instrumento de am"lifica$%o mas


sem"re teremos nosso ori e todos os oriá (òrìà)

A +uem "ertence um !5á

.m !5á ori é t%o "essoal +ue 1amais de&eria ser


mantido no le- lon!e de seu dono

*sse !5á é com"letamente indi&idualiado uma &e +ue


n%o encontraremos no 'run (q
run) um 'ri coleti&o mas sem"re
indi&idual de forma +ue ele e s# tem sentido e utilidade
"elo seu "r#"rio dono

Ze&eria assim estar 1unto da "essoa na sua casa

Los casos em +ue essa "essoa n%o tem condi$^es de


mant,4lo em casa o l, Aé (lé à) é o lu!ar natural

' "ro5lema sem"re sur!e em rela$%o aos !5á de oriá


(òrìà) +ue des"ertam !randes "ai^es

*sta é uma reli!i%o "raticada em torno dos oriá


(òrìà) e seu culto assume demais im"ortância

Ze&eria ser um culto ao 'ri- a fam7lia e a


ancestralidade mas o culto ao oriá (òrìà) assume
"ro"or$^es muito !randes

.ma "essoa durante o seu "rocesso de inicia$%o "oderá


rece5er um ou muitos !5ás- tudo de"ende da tradi$%o da
casa
' m7nimo +ue uma "essoa de&e ter a"#s sua inicia$%o
seria- o seu i!5á ori (+ue 1á de&eria eistir 5em antes-
muito antes da "essoa se iniciar)- o !5á do seu oriá
(òrìà) e o !5á ou assentamento do *u 5ara (9 5ara) do
seu oriá (òrìà) *sta con1unto !5á oriá  *u 5ara é
5ásico e im"rescind7&el

A este con1unto 5ásico outros elementos "odem ser


adicionados como o !5á do seu 1unt# +ue é o seu se!undo
oriá (òrìà)- e os !5á do seu enredo de oriá (òrìà)

 Ze&e se entender "or enredo o con1unto de oriá


(òrìà) +ue formam sua ener!ia no aìyé e isto esta
diretamente li!ado ao "rocesso de indi&idualia$%o

Assim a +uantidade e +ualidade dos !5á +ue uma "essoa


terá como "arte do seu enredop de"ende da sua +ualidade de
oriá (òrìà) e de seu "r#"rio caminho na reli!i%o- coisa
+ue s# é determinado durante o "rocesso de feitura e
consultas ao 'ráculo

Al!umas casas faem todos esses !5á durante o "rocesso


de inicia$%o- outras &%o adicionando isso ao lon!o das
o5ri!a$^es de =- H e _ anos

Se a "essoa terá 'ye de 5a5aloriá (5a5al#rìà)pOyê, um


!rande ca5a$a denominada de i!5á- tam5ém chamada de cuia de
aé é recheada com &ários o51etos sa!rados- +ue o no&o sacerdote
&ai utiliar durante muito tem"o de sua &ida sacerdotal- até
mesmo na sua ultima o5ri!a$%o chamada
de ae,-contendo o5i- oro5- aridan- e;odidé- na&alha- faca- te
4soura- efun- limo da costa e o im"ortante fio de conta mais
co5i$ado)p ou de"endendo o oye +ue essa "essoa &enha a
ter- o con1unto de !5ás (a?n i!5á) será distinto de
"essoas +ue n%o ter%o oye g car!o sacerdotal

Lem todo mundo +ue é iniciado nessa reli!i%o será um


5a5aloriá (5a5al#rìà) ou iyaloriá (ìyal#rìà)

A maior "arte será formada de e!5omi- mais &elhos

.m iniciado em uma casa terá ent%o uma +uantidade


si!nificati&a de !5ás

' Ia?o de&e manter seu res"eito e sua indi&idualidade


mas &aidade "or &aidade a sua de&e ser a menor
Zurante uma feitura n%o eiste a"enas um "rocesso de
indi&idualia$%o eiste tam5ém um "rocesso de li!a$%o com o
aé (à) da casa e do iniciador

.m ya?o está fortemente li!ado a casa e a "essoa +ue o


iniciou

' "rocesso ritual7stico le&a com"onentes +ue criam essa


li!a$%o- assim o iniciador considera +ue a+ueles i!5á n%o
s%o inde"endentes- eles adicionaram aé à casa e rece5eram
aé da casa

' !5á e a morte- com a morte do iniciado o !5á deia


de ter sentido

*istem "essoas +ue entendem +ue se de&e consultar o


'ráculo "ara sa5er se o oriá (òrìà) +uer ir em5ora ou
n%o- ou se1a- se o !5á &ai ou n%o no carre!o e em &itude
dessa consulta muitos !5á ficam no l, Aé (lé à)

Tá entendimento de +ue é um forma de &er isso- sendo


mais natural +ue tudo se &á- n%o há moti&o "ara se manter
um &7nculo 'run4aìyé (q
run4aìyé) com um ori +ue n%o mais
eiste no aìyé- isso &ai contra o fundamento do aee
(aee)- mas- cada um de&e se!uir sua consci,ncia e o +ue
a"rendeu

!5á 'r7a- i5á 'r7a ou sim"lesmente i5á é o nome dos


assentamentos sa!rados dos 'r7ás na cultura na!o &odun-
onde s%o colocados a"etrechos e fetiches inerentes a cada
um deles na feitura de santo
Ao lado de cada um dos !5ás encontramos talhas-
+uartinhas e +uarti^es- +ue de&em conter o l7+uido mais
"recioso da &ida chamado "elo "o&o do santo de omin (á!ua)

Cada !5á 'r7á é uma re"resenta$%o material e "essoal-


sim5oliando a ca"ta$%o de ener!ia 'r7undo da naturea-
li!ado aos 'r7ás corres"ondentes e sem"re emanando
ener!ias "ara seus ade"tos

Assentamentos (i!5á 'r7á) no terreiro de 'molo;o


!5á eu
!5á o!un
!5á o#ssi
!5á o5aluayeomolu
!5á an!
!5á 'um
!5á yeman1á
!5á oyá
!5á nan%
!5á oa!uian
!5á oalufan
!5á 'r7
!5á eu ou assentamento de eu como é chamado
comumente "elo "o&o de santo- s%o confeccionados de &árias
formas- muitos s%o &istos em "anela de ferro- al!uidar-
"anela de 5arro- muitas &ees modelado com ta5atin!a- em
forma humana com"leta- ou a"enas 5usto- com olhos e 5oca
feito de 50ios !5á eu tam5ém "ode ser re"resentado "or
uma "edra- "referencialmente de laterita ou um mont7culo de
terra- contendo &ários elementos do reino animal- &e!etal e
mineral .ma mistura es"ecial é feita "elo Pa5al'r7á ou
yal'r7á-contendo aeite4de4dend,- mel- &inho- di&ersos
ti"os de 5e5ida alco#lica e sal

As folhas sa!radas de eu s%o maceradas com enofre-


merc0rio- car&%o &e!etal- in0meros ti"os de "imentas- n%o
"ode faltar2
 Atarê

Leleun

-
Begereum 

 Aridan

 Aberê
3elo menos sete ti"os de metais s%o colocados2 'uro-
"rata- co5re- inco- ferro- n7+uel e estanho- de"ois de ser
5anhado em á!ua sa!rada

untando4se tudo a terra de sete encruilhadas e de


al!uns esta5elecimentos comerciais e coloca no res"ecti&o
reci"iente- ornando com os tridentes e lan$as- moedas
anti!as e atuais- e muitos 50ios

Ze&e conter no assentamento "elo menos uma +uartinha


com +uatro 50ios dentro- "ara faer a consulta em momento
o"ortuno

Lota2 >odos assentamentos (!5á 'r7á)- de&em ser


"re"arados e sacraliados em rituais "r#"rios "or
Pa5al'r7as ou yal'r7as
!5á o!un ou assentamento de o!um como é chamado
"o"ularmente "elo "o&o de santo- s%o constru7dos de &árias
formas- se!uindo o mesmo "rinc7"io

As &ees s%o &istos em "anela de ferro- al!uidar-


"anela de 5arro- ou reci"ientes de metal como
co5re-alum7nio e 5rone- toda&ia sem"re com artefatos do
metal ferro-(martelo- foice- es"ada- tor+u,s- "á- "icareta-
fac%o)- no m7nimo de sete ferramentas e no máimo de &inte
e uma

ustificado a mitolo!ia Ioru5a como o 'r7á ferreiro-


senhor dos metais- caminhos e da a!ricultura

La "re"ara$%o de +ual+uer assentamento de 'r7á os


rituais da sasanha- folha sa!rada e á!ua sa!rada s%o
im"rescind7&eis Zeterminados assentamentos de o!um s%o
"re"arados da mesma forma do !5á eu- em5ora o ato de
sacralia$%o se1a diferente
!5á oossi ou assentamento de o#ssi como é chamado
"o"ularmente "elo "o&o de santo- s%o constru7dos de duas
formas- toda&ia as duas formas s%o semelhantes no +ue se
refere a um artefato de ferro em forma de arco e flecha
denominado de ofá e um otá de cor escura

Ziferen$a2 ' ofá é fiado numa haste do mesmo metal-


com 5ase arredondada "ara +ue o con1unto "ossa ficar em "é
dentro de um al!uidar ou +ual+uer outro reci"iente de
5arro A !rande diferen$a é +ue al!uns assentamentos s%o
confeccionados com uma mistura es"ecial de ar!amassa-
contendo &ários elementos do reino animal- &e!etal e
mineral como folha sa!rada- o!u,- iruein- ra5o de tatu-
chifre de &eado e o ofá fiado nesta mistura sa!rada

Lota2 La "re"ara$%o de +ual+uer assentamento de 'r7á


os rituais da sasanha- folha sa!rada e á!ua sa!rada s%o
im"rescind7&eis
!5á ossaim- assentamento de osain ou a!ué- como é
chamado "o"ularmente "ela cultura e1e4La!o- s%o
constru7dos com reci"ientes de 5arro como al!uidar-
+uartinha- talha etc

Confec$%o2So5re"osto em um al!uidar um &aso de 5arro ou


talha de duas ou tr,s al$as- s%o dis"ostos &ários
a"etrechos- s%o encontrados &ários ti"os de 50ios- moedas
anti!as de "rata- co5re e n7+uel- &ários ti"os de sementes
como aridan olho de 5oi- lelecun- 5e1erecum- ari5é- o5i-
atar, oro5- miniatura de cachim5o em +uantidade de
+uatore (=M) confirmando sua li!a$%o com os odus i;á e uma
ar!amassa com &ariado ti"o de folha sa!rada- em es"ecial
sete "lantas chamadas !er&%o-a;o;o- ro;ò- Kun;undu;un;u-
*?, lará- "ere!un- 1i o"é

Lesta mistura "erfeita fia um '"osayin 6ferramenta de


ossaim6 (uma haste central com um "ássaro na "onta
constru7do de ferro- do meio dessa haste saem sete "ontas-
onde s%o colocados os cachim5os- em 5aio o sa!rado
a"etrecho mais im"ortante de todos os 'r7as- o otá
Veralmente uma talha ou um "ote 5em !rande contendo no
m7nimo +uatore (=M) ti"os de folha sa!rada e uma "e+uena
ca5a$a cheia de fumo de corda- ser&e de su"orte "ara este
"recioso !5á 'r7a

!5á o5aluaye ou assentamento de o5aluaye como é


chamado "o"ularmente "elo "o&o de santo- s%o constru7dos
com dois reci"ientes de 5arros de formas arredondadas- na
"arte inferior um al!uidar e na "arte su"erior um
cuscueiro- sim5oliando o "laneta terra- em alus%o ao seu
nome- '5a (rei)- 'lu (senhor)- Aye (mundo ou 3laneta
terra)- 6Peniste 'rum Aye6

Confec$%o2Zentro do al!uidar s%o dis"ostos &ários


a"etrechos- de"endendo da +ualidade deste misterioso e
com"leo 'r7á S%o encontrados &ários ti"os de 50ios-
"érola de a!ua doce e sal!ada- moedas anti!as de "rata-
&ários ti"os de sementes como aridan e olho de 5oi-
miniatura de aará e uma ar!amassa com &ariado ti"o de
folha sa!rada- em es"ecial uma "lanta chamada !er&%o- onde
é fiado uma "ena de e;odidé e o sa!rado a"etrcho mais
im"ortate de todos os 'r7as- o otá
A "arte su"erior é um cuscueiro de 5arro com sete
'r7f7cios- onde s%o de"ositadas cuidadosamente as sete
lan$as chamadas de ch%- ornado com !rande +uantidade de
50io (reli!i%o) e marfim L%o necessariamente das "resas
do elefante- sa5endo4se +ue toda a "arte com"acta e 5ranca
+ue constitui a maior "arte dos dentes dos mam7feros s%o
marfins

!5á an! ou assentamento de an! como é chamado


"o"ularmente "elo "o&o de santo- s%o constru7dos com
reci"ientes de madeira denominado de !amela- "odendo ser de
formato arredondadas ou o&aladas
S%o utiliadas tr,s ti"os de ár&ores diferentes em sua
constru$%o- conhecida no Prasil como 1eni"a"eiro- 1a+ueira
e um5a05a

Confec$%o2 Zentro da !amela "rinci"al tem dis"ostos


&ários a"etrechos- "odemos encontrar &árias moedas de
co5re- "ulseiras e "e+uenos machados do mesmo metal- tr,s
ti"os de sementes s%o indis"ensá&eis- s%o elas ari5és-
oro5s e aridans em +uantidade de  em acordo com o odu
o5ara ou =@ e1ilae5ora
.m a"etrecho es"ecial- 5em "eculiar a este !rande 'r7á
é o mete'r7to- "odendo ser aer#lito- astr#lito-
meteor#lito- uran#lito- "edra4de4raio

>oda&ia- muitas "edras (itá) consa!rada ao 'r7á an!


tem formato de machado- em "articular uma "edras do "er7odo
neol7tico- utiliadas como utens7lios "elos humanos na "ré4
hist#ria faem "arte do !5á 'r7á- tam5ém chamada de
Aráodu

!5á oumare- assentamento de oumare- dan- dan!5e- e


5ecem como é chamado "o"ularmente "ela cultura e1e4La!o-
s%o constru7dos com reci"ientes de 5arro como al!uidar-
cuscueiro- +uartinha- talha etc

Confec$%o2 Zentro de um al!uidar ou cuscueiro 6de "é6-


s%o dis"ostos &ários a"etrechos- de"endendo da +ualidade
deste misterioso e com"leo 'r7á S%o encontrados &ários
ti"os de 50ios- "érola de á!ua doce e sal!ada- moedas
anti!as de "rata- &ários ti"os de sementes como aridan olho
de 5oi- oro5- miniatura de ser"ente em +uantidade de
+uatore (=M) confirmando sua li!a$%o com os odus i;á e uma
ar!amassa com &ariado ti"o de folha sa!rada- em es"ecial
duas "lantas chamadas !er&%o e Kun;undu;un;u- onde é fiado
um caduceu e o sa!rado a"etrecho mais im"ortante de todos
os 'r7as- o otá

Veralmente uma talha ou um "ote 5em !rande é ornada com


!rande +uantidade de conchas e 50ios- contendo o l7+uido
mais "recioso do uni&erso denominado de 'mim
"referencialmente de chu&a- ser&e de su"orte "ara este
"recioso !5á 'r7a

!5á 'um ou assentamento de oum como é chamado


"o"ularmente "elo "o&o de santo- s%o constru7dos com
materiais de "orcelana ou lou$a de cores &ariada- mas
sem"re com detalhes na cor amarela e dourada- sim5oliando
sua li!a$%o e dom7nio com a !ema do o&o Veralmente no
centro da terrina sai uma haste com um a5e5é ou um "eie
dourado na "onta- constru7do de metal amarelo- chamado de
ferramenta de oum

Confec$%o2Zentro de uma terrina de "orcelana ou lou$a


s%o dis"ostos &ários a"etrechos- s%o encontrados uma média
de oito () ou deeseis (=) 50ios- cinco (O) "e+uenas
5olas de ouro e co5re- o5is- moedas de co5re e ouro-
confirmando sua li!a$%o com o odu v,- e o sa!rado
a"etrecho mais im"ortante de todos os 'r7as- o otá- tudo
isso conser&ado com mantei!a de ;arité chamado de 'r7 ou
limo da costa- aeite doce em al!us ti"os de oum aeite de
dend, e mel de a5elha
A terrina é colocada no centro de uma 5acia- tam5ém de
"orcelana- so5re dois (@) "ratos +ue ser&irá de a"oio e
mais oito de&idamente e+uili5rados sim5oliando os "ontos
cardeais e "ontos colaterais- ornados com 50ios de "raia-
colares de ouro- colheres douradas e muitas 1#ias a
de"ender da "osse do iniciado >udo colocado cuidadosamente
so5re uma talha de 5arro ou "orcelana cheia de á!ua-
!eralmente com muito "erfume- chamada "elo "o&o de santo de
á!ua de cheiro 

 
!5á yeman1á ou assentamento de yeman1á como é chamado
"o"ularmente "elo "o&o de santo- s%o constru7dos com
materiais de "orcelana- lou$a ou cristal- !eralmente na cor
5ranca- mas "odendo ser de cores &ariadas de"endendo da
+ualidade

Confec$%o2 Zentro de uma terrina de "orcelana- lou$a ou


cristal s%o dis"ostos &ários a"etrechos- s%o encontrados
uma média de no&e (b) ou deeseis (=)2 50io- "érola de
a!ua doce e sal!ada- o5is- fa&a de yeman1a aridan moedas de
"rata- confirmando sua li!a$%o com o odu ossá- e o sa!rado
a"etrecho mais im"ortante de todos os 'r7ás- o otá- tudo
isso conser&ado com aeite doce- mantei!a de ;arité chamado
de 'r7 ou limo da costa e mel de a5elha

A terrina é colocada no centro de uma 5acia- tam5ém de


"orcelana- so5re dois (@) "ratos +ue ser&irá de a"oio e
mais oito de&idamente e+uili5rados sim5oliando os "ontos
cardeais e "ontos colaterais- ornados com conchas e &ários
cristais +ue termina em "irâmides de seis lados e
conser&ados em á!ua dentro do &aso do mesmo material

!5á 'ya ou assentamento de ians% como é chamado


"o"ularmente "elo "o&o de santo- s%o constru7dos com
materiais de "orcelana ou lou$a de cores &ariada- mas
sem"re com detalhes na cor &ermelha ou marron- sim5oliando
sua li!a$%o com o fo!o Veralmente no centro da terrina sai
uma haste com uma es"ada na "onta- constru7do de metal
aco5riado- chamado de ferramenta de 'ya

Confec$%o2Zentro de uma terrina de "orcelana ou lou$a


s%o dis"ostos &ários a"etrechos- s%o encontrados uma média
de no&e (b) ou deesseis (=) 50ios- no&e (b) ou sete (_)
"e+uenas 5olas de ouro e co5re- o5is- moedas de co5re e
ouro- confirmando sua li!a$%o com o odu ossá e odi- e o
sa!rado a"etrecho mais im"ortante de todos os 'r7as- o
otá- tudo isso conser&ado com aeite de dend,- mel de
a5elha e aeite doce

A terrina é colocada no centro de uma 5acia- tam5ém de


"orcelana- so5re um (=) "rato +ue ser&irá de a"oio e mais
oito de&idamente e+uili5rados sim5oliando os "ontos
cardeais e "ontos colaterais- ornados com dois (@) o!ues-
dois (@) eru;eres e no&e (b) idés de co5re ou de ouro a
de"ender da "osse do iniciado

>udo colocado cuidadosamente so5re uma talha de 5arro


ou "orcelana cheia de á!ua- !eralmente de chu&a ou de rio
3eculiaridade no !5á de oya !5ále

Zentro de uma terrina de "orcelana ou lou$a


eclusi&amente na cor 5ranca ou 5ranca e "rateada s%o
dis"ostos &ários a"etrechos- s%o encontrados uma média de
no&e (b) a one (==) 50ios- no&e (b) ou one (==) "e+uenas
5olas de ouro 5ranco e "rata- o5is- moedas de "rata e ouro
5ranco- confirmando sua li!a$%o com o odu ossá e o?arin- e
o sa!rado a"etrecho mais im"ortante de todos os 'r7as- o
otá- tudo isso conser&ado com mel de a5elha- aeite doce e
mantei!a de ;arité chamado de 'r7 ou limo da costa
A terrina é colocada no centro de uma 5acia- tam5ém de
"orcelana- so5re um (@) "rato +ue ser&irá de a"oio e mais
oito de&idamente e+uili5rados sim5oliando os "ontos
cardeais e "ontos colaterais- ornados com dois (@) o!ues-
dois (@) eru;eres- one (==) idés de "rata ou de ouro
5ranco- no&e (b) ich%s e uma !rande ca5a$a- +ue será
utiliada nos rituais f0ne5res denominado de aee

>udo colocado cuidadosamente so5re uma talha de 5arro


ou "orcelana cheia de areia ou terra- sim5oliando sua
li!a$%o com mensan orum e os ancestrais (e!uns)

!5á nan% ou assentamento de nan% como é chamado


"o"ularmente "elo "o&o de santo na cultura La!4odun- s%o
constru7dos com dois reci"ientes diferentes- 5arros e
"orcelana
Confec$%o2Zentro de terrina de "orcelana ou de 5arro-
s%o dis"ostos &ários a"etrechos- de"endendo da +ualidade
deste misterioso e com"leo 'r7á

S%o encontrados &ários ti"os de 50ios- "érola de á!ua


doce e sal!ada- "ulseiras de marfim- (sa5endo4se +ue nenhum
o51eto de metal "ode com"or este sa!rado !5á 'r7a- "ois é
considerado e?o)- 50io- &ários ti"os de sementes como
aridan- oro5- o5i e olho de 5oi- miniatura de i5iri e uma
ar!amassa com &ariado ti"o de folha sa!rada- em es"ecial
uma "lanta chamada !er&%o- onde é fiado uma "ena de
e;odidé-

*sta "ena é utiliada nos ritos de


"assa!em- na feitura de santo e "or todos ele!uns- +ue
carre!am em sua testa ou no centro da ca5e$a- sim5oliando
a realea- honra- status ad+uirido "elo fato dele ter se
iniciado "ara ser um no&o sacerdote dedicado ao culto
da+uele 'riá- "ossi5ilitando a este indi&iduo o dom da
"ala&ra e sa5edoria no no&o a"rendiadop- 1untamente com um
mont7culo de efun (*f0n é uma es"écie de 5arro !eralmente
em cor 5ranco encontrado no fundo dos rios) e o sa!rado
a"etrecho mais im"ortante de todos os 'r7as- o otá

A terrina é colocada no centro de uma 5acia- tam5ém de


"orcelana- so5re cinco (O) "ratos +ue ser&irá de a"oio e
mais oito de&idamente e+uili5rados sim5oliando os "ontos
cardeais e "ontos colaterais- (confirmando sua li!a$%o com
o odu e1ilo5on- ornados com cascos de !5in utiliados nos
sacrif7cios- conchas e o51etos de marfim

A "arte su"erior é co5erta com um cuscueiro de 5arro


com sete 'r7f7cios- onde s%o de"ositadas cuidadosamente as
sete colheres de "au- sim5oliando o i5iri- ornado com
!rande +uantidade de 50io e marfim L%o necessáriamente
das "resas do elefante- sa5endo4se +ue toda a "arte
com"acta e 5ranca +ue constitui a maior "arte dos dentes
dos mam7feros s%o marfins

OS!", #$!" # %Á&I "A '(BA")A O(OLO*O


's0n- *f0n e wa1i s%o "#s ma!isticos

#$!"

 *f0n é uma es"écie de 5arro !eralmente em


cor 5ranca encontrado no fundo dos rios "elos nossos
ancestrais e durante muito tem"o antes da eist,ncia do sal
ele foi utiliado como condimento e es"eciaria "elo seu
!osto amar!o e ri+uea de s#dio

uando ele in!ressou como elemento do Candom5lé- "assou


a ser fre+uentemente utiliado em *5#s de 'riás Fun4fun
(ou 'riás fundamentais- "rim#rdios) ' *fun re"resenta o
dia- "or isso usamos o seu "# "ara e"andir- re&italiar-
iluminar- clarear- re&i&er- etc

á o *f0n com á!ua de cachoeira re"resenta uma es"écie


de soro5anho cu1o o51eti&o é acalmar- sua&iar- a5randar-
amansar e re"ousar

N comum na reclus%o de Ia?o em al!umas casas a ca5e$a


do filho ficar co5erta com "# de *f0n durante o dia e wa1i
durante a noite com "ontos 5rancos de *f0n

 %A&I
 Aro;in- wa1i ou san!ue ne!ro é a
tinta aul oriunda de uma ár&ore es"ec7fica +ue sim5olia a
idealia$%o- a transforma$%o e o direcionamento N
utiliado "ara atrair dinheiro- neutraliar ener!ias
ne!ati&as- defesa- afastar *;u4*!uns e es"7ritos "er&ersos
*m al!umas casas este "# "ode ser usados em rituais de 'dé
('ossi)- '!um e 'a!ui%

OS!"
 's0n tam5ém é etra7do de ár&ores
e re"resenta e sim5olia a cor do *1é N comumente
utiliado em *5#s de afastamento de &7cios- doen$as e
recu"era$%o de &ida Lo Candom5lé ele n%o "ode ser usado em
filhos de 'alá

Cruar e "rote!er o terreiro2' "# de *f0n +uando adicionado


ao "# de "em5a 5ranca ser&e "ara cruar o terreiro com
o51eti&o de iluminar- clarear- am"liar a ener!ia do tem"lo
' rito acom"anha o "onto2

Zeus Sal&e a 3em5a- tam5ém sal&e a toalha

Zeus Sal&e a 3em5a- tam5ém sal&e a toalha

Sal&e a coroa-

N de nosso Santo é o maior

Sal&e a coroa-

N de nosso Santo é o maior

3ara descarre!o e "rote$%o2 Colocar um "ouco do "# de wa1i


na á!ua do Gar ou de cachoeira "ode ser feito 5anho nas
linhas de '!um- 'ossi- 'a!ui% e Ieman1á
!5á oa!uian ou assentamento de oa!uian- s%o
constru7dos com materiais de "orcelana ou lou$a na cor
5ranca- 5em "arecido com o !5á oalufan- diferenciando4se
"or determinados a"etrechos Veralmente com um a!adá
6es"ada6- escudo- m%o de "il%o e "om5os- todos contruidos
de "rata- chum5o ou estanho "reso na tam"a +ue co5re uma
terrina onde s%o !uardados os o51etos mais &aliosos deste
'r7á

Confec$%o2Zentro de uma terrina de "orcelana ou lou$a


5ranca s%o dis"ostos &ários a"etrechos- s%o encontrados uma
média de oito () ou deeseis (=)2 50ios- "e+uenas 5olas
de chum5o- o5is- moedas de "rata- confirmando sua li!a$%o
com os odus e1ionile- e o sa!rado a"etrecho mais im"ortante
de todos os 'r7as- o otá- tudo isso conser&ado com
mantei!a de ;arité chamado de 'r7 ou limo da costa- aeite
doce e mel de a5elha

A terrina é colocada no centro de uma 5acia- tam5ém de


"orcelana- so5re dois (@) "ratos +ue ser&irá de a"oio e
mais oito de&idamente e+uili5rados sim5oliando os "ontos
cardeais e "ontos colaterais- ornados com cascos de !5in
utiliados nos sacrif7cios e o51etos de marfim- colocada
cuidadosamente so5re um 3il%o
Igbá oxalu+an - assentamento de oalufan ou oalá- s%o
constru7dos com materiais de "orcelana ou lou$a na cor
5ranca- !eralmente com um o"aoro "reso na tam"a +ue co5re
uma terrina onde s%o !uardados os o51etos mais &aliosos

Confec$%o2Zentro de uma terrina de "orcelana ou lou$a


5ranca s%o dis"ostos &ários a"etrechos- s%o encontrados uma
média de de (=) ou deeseis (=)2 50ios- "e+uenas 5olas
de chum5o- o5is- moedas de "rata- confirmando sua li!a$%o
com os odus fun e ,1i5é- e o sa!rado a"etrecho mais
im"ortante de todos os 'r7as- o otá- tudo isso conser&ado
com mantei!a de ;arité chamado de 'r7 ou limo da costa A
terrina é colocada no centro de uma 5acia- tam5ém de
"orcelana- so5re dois (@) "ratos +ue ser&irá de a"oio e
mais oito de&idamente e+uili5rados sim5oliando os "ontos
cardeais e "ontos colaterais- ornados com cascos de !5in
utiliados nos sacrif7cios e o51etos de marfim

!5á 'r7- ou i5á 'r7 o é o nome do assentamento sa!rado


da ca5e$a de um indi&idua na cultura na!o &odun-
identificado no 1o!o do merindilo!un "elos odu ossá

Cada !5á 'r7 é uma re"resenta$%o material e imaterial


de um indi&iduo- ca"tando constantemente ener!ias 'r7undo
da naturea "ara e+uili5rar a mente do seu ade"tos e
crentes

N considerado o "rimeiro 'r7á da eist,ncia (a


ess,ncia real do ser) Ze&e ser assentado e lou&ado antes
de +ual+uer outro 'r7á de"ois de eu no ritual de Pori-
"ois s# 'r7 "ermite a com"reens%o e o transe

' assentamentos de 'r7 s%o sem"re &isto em reci"ientes


de2 3orcelana (ariedade de cerâmica dura- 5ranca e
transl0cida)- usado "rinci"almente "or iniciantes na
feitura de santo aso de cristal (idro muito l7m"ido e
"uro)- usado "or Pa5alor7ás- yalor7ás e "essoas de
car!o

Zentro dos reci"ientes s%o colocados a"etrechos e


fetiches inerente a cada 'r7 (Ioru5a)- !eralmente uma "edra
de cristal de rocha com lim"ide e trans"ar,ncia- e
deesseis 50ios- tudo conser&ado em á!ua de chu&a ou
mineral

La "re"ara$%o de +ual+uer assentamento de 'riá os


rituais da sasanha- folha sa!rada e á!ua sa!rada s%o
im"rescind7&eis

' P'8 é o ritual +ue harmonia o '8[- dando assim a


"ossi5ilidade de transformar um 6 '8[ P.8.K.6 em 6'8[
8*8*6

< atra&és do o!o de P0ios +ue o Pa5alor7á rece5e as


instru$^es "ara realiar este ato (P'8) ritual7stico +ue
"ossi5ilitará n%o s# a mudan$a da sorte como tam5ém a
manuten$%o da mesma- "ara +ue n%o se a "erca
' P'8 +ue diminui a ansiedade- o medo- a dor e a
tristea traendo a es"eran$a- ale!ria e a harmonia

Zesta forma- o P'8 é uma das oferendas mais


im"ortantes +ue &isa o 5em estar indi&idual da "essoa

' 8itual de Pori é muito sério- com"leo e "rofundo

3or isso- o sacerdote de&e ter !rande conhecimento e


res"eito em rela$%o à +uest%o do 'r7 e da e&olu$%o humana

'r7 é o 'riá mais im"ortante na &ida de um homem- uma


&e +ue- sem ele- o homem sim"lesmente n%o eistiria

'r7 si!nifica- literalmente- ca5e$a e é- misticamente-


o "rimeiro 'riá a ser cultuado

N ele o "ortador do destino humano

' 8itual de Pori inde"ende de +ual+uer "rocesso


iniciático e inde"ende do culto aos outros 'riás

&ariando assim de casa "ara casa-mas-sem fu!ir da


finalidade em si- seu o51eti&o é o de alimentar o 'r7- se1a
+ual for o seo-ra$a- "rofiss%o- idade- n7&el social da
"essoa

Com este ritual 5usca4se o e+uil75rio atra&és da a$%o


do 'r7- condutor do destino "essoal

Guitas &ees se realia um 8itual de Pori com o


o51eti&o de afastar o mal do caminho da "essoa- o +ue n%o
si!nifica +ue- retirada esta amea$a nenhum outro mal "ossa
ocorrer Assim sendo- o 8itual de Pori n%o tem 6"rao de
&alidade6- n%o tem fre+u,ncia determinada (anual-
semestral- mensal- etc)- de&endo ser re"etido sem"re +ue
se mostre necessário

' 'du manifestado atra&és do6 1o!o6 é +ue determina a


necessidade de realia$%o do Pori e indica +uais materiais
de&em ser usados

Tá dois ti"os de Pori2 A+uele +ue é considerado "ré4


re+uisito "ara uma inicia$%o- ou se1a- "rimeiramente se
alimentam o 'r7- di&indade "essoal- "ara de"ois conse!uir
alimentar outros 'riás

@) A+uele realiado a fim de 5uscar a solu$%o de um


"ro5lema +ue afli!e a "essoa atra&és do alimento oferecido
ao seu 'r7- sem +ue ha1a necessidade de inicia$%o

' local mais a"ro"riado "ara realia$%o deste 8itual é


a casa do sacerdote

*ste de&e ter 5om senso +uanto a necessidade de


recolhimento

Se o Pori for acom"anhado de *1e- é recomendá&el o


recolhimento como meio de re"ouso e "rote$%o- "ois o 'r7
+ue está sendo &enerado n%o de&e rece5er ener!ia do sol nem
do sereno ' recolhimento e&ita- ainda- +ue a 6som5ra
da+uele +ue "assou "elo Pori se1a "isada6

' sacerdote de&e sa5er +ue durante este 8itual a "essoa


somente "oderá entrar em transe no momento +ue seu 'riá
for lou&ado
Ze&e conhecer a finalidade e o si!nificado de cada
material +ue usa

'mi e '5i- "or eem"lo- s%o elementos indis"ensá&eis


indis"ensá&eis no
P'8

'mi- a á!ua- re"resenta "a- a5undância e fertilidade


en+uanto o '5i é usado "ara a"lacar a f0ria das
ad&ersidades- alimentar e a!radar as di&indades

' 1o!o de P0ios determinará- atra&és de 'du- +ue


material de&e ser usado no
Pori e este material "oderá ser desde a"enas um co"o dQá!ua
e um '5i até uma oferenda 5em !rande

'8[ 8*8* k '8[ de sorte k Ca5e$a de sorte- ca5e$a


iluminada

'8[ P.8.K. k '8[ sem sorte k Ca5e$a sem sorte- confusa-


inse!ura

'8[ L. k 6Ca5e$a nterna6 N o '8[ L. +ue !erencia a


ca5e$a f7sica do homem
N o 'riá mais im"ortante do ser humano- "ois ele é
xLC'- cada "essoa tem o seu

N *le +uem conhece e está li!ado ao destino de cada


indi&7duo- conhece e sa5e das suas restri$^es- das suas
fra!ilidades - das suas "otencialidades
"otencialidades

N no '8[ +ue se encontra a ferramenta "ara a solu$%o


dos nossos "ro5lemas
uando estamos em harmonia com ele- su"eramos os
o5stáculos mais facilmente e assim- certamente conectados à
"ositi&idade interna e à dinâmica "erfeita
da naturea- encontramos a &it#ria e o sucesso na
consecu$%o dos nossos o51eti&os "essoais

O oder e a magia dos ebo.

#xistem basiamente eb- om três araterístias


di+erentes
#b- urati/o  4 *limina a dor- a an!0stia- o "ro5lema e
a de"ress%o tanto de 'r7!em mental f7sica +uanto de 'r7!em
es"iritual
#b- re/enti/o  4 m"ede +ue os "ro5lemas- sofrimentos e
doen$as che!uem até as "essoas- e&itando assim +ue ha1a uma
disfun$%o em nosso destino
#b- atrati/o  4 3ossui a ca"acidade de faer che!ar até
n#s tudo o +ue está em nosso destino- tirando os o5stáculos
e tornando assim nossa &ida mais sim"les

A 5ase da "re"ara$%o e o sucesso do e5# est%o


interli!ados a "r#"ria forma$%o e ca"acidade do sacerdote
na confec$%o do mesmo- "ois +uanto maior for o seu
conhecimento e suas "rote$^es maiores será o sucesso do
mesmo

O destino dos #b-s


' e5#s "ossui tr,s faes2
Pa5ala?o  e5#  destino- +ue "ode ser um '1u5# de um
'r7sa rece"tor
' sacerdote "recisa ser iniciado e "re"arado- "ois "assando
"or determinados rituais +ue tem "or "rinci"al finalidade
"romo&er um aumento do seu Asé e for$a &ital essencial-
além é claro de um conhecimento es"ec7fico
es"ec7fico "ara "oder
direcionar esse Asé de maneira es"ec7fica- ao "onto de
"e!ar um co"o com á!ua ati&á4lo- dar "ara al!uém tomar e
ali&iar os seus "ro5lemas e males
' e5# 'r7- o i!5a 'r7 e a inicia$%o contri5uem de forma
decisi&a "ara nossa e&olu$%o- "ois atra&és desses rituais
!anhamos recursos etras "ara o dom7nio dessa for$as
' sacerdote 5usca atra&és da ma!ia do so5renatural
direcionar o e5# "ara "romo&er o crescimento e o "ro!resso
de seus su"licantes e filhos
Além do +ue- o "oder da ma!ia nos "re&ine de todos os males
+ue as ener!ias ne!ati&as "ossam nos causar- "ois nos das
condi$^es de n#s sacerdotes nos alinharmos com os 'r7sas e
com as for$as consumidoras dos e5#s

O As0 da magia 0 1ue nos +a/oree no eb-.

' sacerdote usa anéis "re"arados +ue o "rote!em na hora do


e5#- "atuás- "re"arados má!icos e medicinas "ara +ue seus
dese1os se consa!rem e este1a "rote!ido na hora de e5#s
.sa Afosés "ara +ue sua manifesta$%o oral se consa!re no
astral e se realie na &ida da "essoa
*yonus aye- e5os in!eridos- o "re"aro da &ista "ara
trans"ortar o e5#
Sendo assim "odemos concluir +ue um ser humano "assa "or
&árias situa$^es antes de estar a"to a realiar suas
fun$^es sacerdotais

á em rela$%o aos "oderes so5renaturais do es"a$o ;olé


'run- fa "arte da 5ase de um sacerdote o '1u5# *su- yá mi
Aye e '!un- &enerar a terra de maneira correta- Pa5á
e!un!un- 'so e outros "actos com ener!ias uteis a um
sacerdote

2uanto menos O3ub- ele ossuir mais argas em ima do


saerdote.

*iste um ditado em Ioru5a +ue di2 A folha é +ue fa


fer&er a á!ua dentro do co"oJ
Sendo assim "odemos concluir +ue a for$a está dentro do
sacerdote e em suas m%os- "ois o Asé está dentro de cada
umJ
3ortanto os elementos "resentes em um e5#s nada mais s%o de
+ue a!enciadores do e5#- materiais utiliados em sua
confec$%o- "ois sem a res"onsa5ilidade e o conhecimento do
sacerdote "ara in&ocar suas for$as e ener!ias so5renaturais
e direcioná4la da formas correta de nada é &álido
3ara o e5# eistir- é necessário +ue ele tenha um nome- ato
do e5# "ra +ual finalidade e um fim- ou se1a- "ra onde
realmente ele de&e ir
Patiamos o e5#s com um in7cio- "or +ue estou faendo esse
e5# e o +ue me le&ou a fa,4lo
* um fim +ual a finalidade deste e5#
A ra%o "elo +ual o e5# esta sendo feito- a conscientia$%o
do e5# em rela$%o ao seu o51eti&o- de&emos con&ersar com o
e5#- "ois é atra&és desse diálo!o +ue damos &ida a ele e
mandamo4lo "ara frente e de encontro à solu$%o "ara esta
"essoa
Lo ato do e5# +uando falamos com cada elemento material
faemos com +ue esse elemento manifeste seu asé +ue está
dentro dele mesmo e seu se!redo- a for$a desses Asé esta no
conhecimento da ener!ia dos elementos
3or isso um e5# "ode curar uma doen$a- "o5rea- tirar
o5stáculos e a5rir caminhos "ara as "essoas 3or isso
muitas &ees os elementos dos e5#s s%o os mesmos- "ois
somos n#s é +ue direcionamos a ener!ia deles
' e5# trás &ários 5enef7cios- além de realiar o o51eti&o
es"ec7fico ele trás consi!o um situa$%o de sa0de dinheiro e
felicidade
L%o eiste um e5# +ue se1a "ara um s# o51eti&o es"ec7fico
Cada elemento trás consi!o e in1eta no e5# suas ener!ias
+ue ir%o traer "ara o cliente solu$^es A situa$%o é
muitas &ees com"lea e sofisticada- o 'r7sa é sofisticado
"or +ue ele é muito sim"les- 5asta conhec,4lo

Orixá 0 solu45o e n5o so+rimento6

A"#s a utilia$%o é necessário o "rocesso da rea- onde o


cliente ou o filho nos acom"anha atra&és da conscientia$%o
do "ro5lema- a "essoa e"ressa sua &ontade e dese1o e nesse
momento ela se a5re "ara a ener!ia da &ida- de&endo nesse
momento "edir com con&ic$%o "ara con&encer a sorte
' "oder da "ala&ra é muito im"ortante- "ois constr#i e
destr#i- "or isso falamos com o e5# e com a "essoa com o
"oder claro "ara +ue a "essoa se li&re de todo sofrimento e
"ertur5a$%o

Re7a ara onsienti7ar o eb- de sua +un45o, Re7a ara


 roiiar e enaminhar o eb-.

*ssas reas le&am o e5# e com ele o "ro5lema- atraindo


no&as "ossi5ilidades
' e5# n%o "ode ter enfo+ue ne!ati&o- "ois a ener!ia é
dinâmica e 5ilateral ca"a de enlou+uecer al!uém
3ode se tratar de ener!ias muito com"leas "or isso é
necessário termo os '1u5#s 'r7sas "ara su"ortarmos essas
ener!ias dinâmicasJ
A"#s essa in&oca$%o +ue formamos o e5#- concentramos todos
os elementos utiliados no e5# e assim consertamos os
"ro5lemas da "essoa numa ener!ia s#- ou se1a- no e5#
Ao realiarmos isso tudo damos "ersonalidade e forma ao
e5#- "orém isso é s# come$o
A "artir da7 a res"onsa5ilidade do sacerdote &ai
diminuindo- 1á +ue ele 1o!a a res"onsa5ilidade e os
"ro5lemas nos elementos e no e5# montado- "ara transformar
o destino
Sendo assim "odemos concluir +ue os sacerdotes nada mais
s%o do +ue interlocutores entre o homem e os 'r7sas
' destino de cada e5# "ode ser2

na encruilhada em >


no rio
no mar
na cachoeira
na estrada
na mata
montanha
'1u5# <s- Ò!0n- Iami
na feira
aos "és de uma ár&ore
La co"a de uma ár&ore
no lio e etc
's destinos s%o m0lti"los- e cada destino tem a &er com a
fase e o momento da &ida de cada "essoa
' tem"o do e5# é uma coisa es"ec7fica +ue de&e ser
consultado no 1o!o- "ois cada e5# tem seu tem"o certo e
destino correto A cada consulta !era um 'd0 +ue !era um
e5#- "or isso o 1o!o n%o de&e ser consultado
desnecessariamente

 Animais e Sari+íios
.m animal "ode ser utiliado e n%o sacrificado- "orém ao
ser sacrificado n#s sacerdotes 5uscamos na &ida desse
animal for$a &ital de ener!ia "ara alimentar um filho ou um
cliente 's elementos do sacrif7cio s%o de suma
im"ortância- "ois &is%o sem"re o 5enef7cio da "essoa
O abrito ou a abra 2 >ra5alham "ela resist,ncia- "ela
recon+uista da ener!ia &ital em todos os seus as"ectos e
dimens^es
3ara a ener!ia &ital "recisamos do e1é "ara manter a &ida-
refor$á4la im"edindo assim a morte La &erdade +uando
sacrificamos um animal encaminhamos seu es"7rito e faemos
a troca de ener!ia dando a "essoa à ener!ia &ital
necessária

Guitas &ees utiliamos à "arte interna dos animais


(#r!%os) corres"ondentes a o +ue esta causando mal e
doen$as a "essoa
3or e2 ' cora$%o é utiliado "ara le&ar "ro5lemas de
cora$%o da "essoa "ara o cora$%o do animal
Los e5#s de cura tiramos determinadas "artes do animal e
colocamos no e5#- com isso definimos o e5#- traemos assim
ener!ia &ital à "essoa a "arte afetada
*ste trans"orte !arante assim a so5re&i&,ncia da "essoa
' e1é na "essoa- no *su- no 5anho ou no e5#- tem o "oder de
re&italiar a "essoa em ener!ia "ara +ue isso fa$a refleo
no f7sico- ou se1a- na sa0de e &ida cotidiana da "essoa
Antes de sacrificarmos um animal n#s encostamo4nos à testa
e no "eito da "essoa- em caso de doen$a a m%e "ode ser
re"resentante da "essoa- encostamos ent%o os elementos no
"eito es+uerdo da m%e Se for o "ai encostamos à testa e no
"eito
L%o eiste distancia "ara o e5# e seus elementos- a "essoa
"ode estar do outro lado do mundo ("or+ue em +ual+uer
lu!ar do "laneta eistem os elementos fundamentais- á!ua-
terra- fo!o e ar)

'5s "ara doen$a é im"ortante sem"re colocar um "ouco de


e1é no '1u5# *su- no e5#- "ara consa!rar o e5#- no 5anho e
na "essoa- e a "arte do animal corres"ondente a doen$a da
"essoa com 5astante dend,

 A o/elha "ossui um ase destinado a5rir caminho e a


"rolon!ar a &ida das "essoas
O arneiro animal im"ortante +uanto a +uest^es de 1usti$a-
"erse!ui$^es f7sicas e es"irituais de ener!ia ne!ati&a e
trai$^es- "ois com ele faemos "re&alecer à 1usti$a no
caminho da "essoa
uando for feito um e5# diri!ido a Son!o- =@ edun ara
("edra de San!o) mais todas as comidas de San!o mais a
ca5e$a do animal
O galo Ser&e "ara alimentar *su com ener!ia "ara al!uém e
tam5ém "ara a5sor&er "ro5lemas da "essoa 3ro"icia a "essoa
à ener!ia +ue direcionamos no final do e5#- a5re caminhos à
"essoa
 A galinha a5sor&e os "ro5lemas- atrai a esta5ilidade e
"reser&a$%o da &ida da "essoa- ao ser oferecido as Iami ela
atua em um cam"o de "rote$%o am"la e ilimitada- "rote$%o de
eliminar "ro5lemas e in&erter e "re&enir situa$^es
'5s as Iami s%o muito li!adas às curas "or serem
detentoras da &ida na terra e consumidoras de e5#s
O ombo 3ara faer as coisas se tornarem fa&orá&eis as
"essoas- a5sor&er e encaminhar um "ro5lema e ati&ar o "oder
de 'du fá
 A )8angola *la "ossui ener!ia dinâmica "ara traer
resist,ncia e harmonia$%o à &ida da "essoa 8eduir o
cansa$o e es!otamento- estress e "ara a "essoa reno&ar as
suas for$as e con+uistas

O Igbin Sua ener!ia trás a "ondera$%o- seu e1é e+uili5ra e


harmonia o e5# e tudo o +ue foi feito .sado muitas
&ees como com"lemento do e5#
N usado "ara "essoas +ue n%o conse!uem a5sor&er o asé +ue
está sendo colocado em seu caminho
' i!5in "re"ara a "essoa "ara rece5er tudo a+uilo +ue esta
sendo dado a ela- usado tam5ém "ara "essoas +ue alternam
5ons e maus momentos
3ois ele tem o "oder de colocar o +ue esta ausente na &ida
da "essoa
9ee:0 A+uele +ue tem a lon!e&idade- tam5ém utiliado "ara
lim"ea na "essoa e "ara +uest^es f7sicas
#lementos

Og0d0 ;banana< 3ara sim"lificar e facilitar situa$^es


O=o er- 50ios utiliados "ara com"rar o sofrimento das
"essoas
 (oedas antigas .tiliadas "ara "a!ar os A1#!uns (ener!ias
ne!ati&as +ue s%o li!adas com as Iami
#bo ;an3ia< "ara "a e harmonia
Gr5os s7m5olo de a5undância- multi"lica$%o sem"re
torrados
 Atare .tiliado "ara consa!rar o diálo!o dar for$as as
"ala&ras- utiliados em comidas e tam5ém "ara multi"licar
os dese1os
#>- ;a>asá< 3ara alimentar as ener!ias e acalmá4las
#:in adi0 ;o/os de galinha< "ara dar a &ida- "ara faer
"re&alecer à sorte e transforma a ne!ati&idade
#:in ee:0 ;o/os de ata< lim"ar a ne!ati&idade e
re&italiar
Obi utiliado com oráculo "ara con&ersar com as ener!ias e
os e5#s- a"lacar a ira de ener!ias ne!ati&as e a fruta da
&ida onde no momento de comunh%o com os 'r7sas a "essoa se
conecta com sua ancestralidade
Orogbo utiliado "ara &ida lon!a- aumento de resist,ncia e
"erse&eran$a da "essoa- +uando utiliado com casca "ara +ue
um se!redo n%o se1a re&elado
O:in ;mel< .tiliado "ara ale!ria- 5em estar- harmonia-
"ros"eridade e "ara +ue al!o ou al!uém nunca se1a
des"reado
#o ;dendê< *lemento de efeito calmante- trás e+uil75rio e
facilidades
 A:- ;sal< 3ara sorte e "reser&a$%o- "ara +ue a "essoa
consi!a manter suas con+uistas
#3á ar- "eie defumando utiliado "ara iniciati&a e &encer
o5stáculos
#3áar- tutu "eie fresco utiliado "ara dar for$a ao 'r7 e
+ue essa "essoa nunca 5ata ca5e$a na &ida
Il0 ;terra< utiliada "ara a5en$oar a "essoa "ara +ue seu
destino se1a o melhor "oss7&el
?arne /ermelha trás !arra
Ire>e ;ana de a4@ar< 3ra "ros"eridade e felicidade
 As- +un+un ;ano brano< .sado como elemento de li!a$%o e
trans"orte entre os elementos do e5# e as ener!ias da
naturea
 Adn )udu *lemento utiliado "ara atrair e ati&ar a ira de
ener!ias ne!ati&as (*su- a1o!uns- Iami- etc)
 Adn +un+un *lemento utiliado "ara cura de es"7rito de
uma "essoa- indis"ensá&el no culto a '5atalá
Orí ;gordura /egetal< "ara acalmar a dor- neutraliar
ne!ati&idades- usado em determinadas medicinas "ara atrair
a sim"atia das "essoas
#+un "ara atrair o asé- "ara ser "resenteada e !anhar
coisas de al!uém- .tiliado tam5ém em rituais de inicia$^es
"ara "intar os filhos "ara li&rá4los da morte como '5atalá
li&rou a !alinha da an!ola "intando4a
Osun usado "ara +ue a ess,ncia &ital o asé e as con+uistas
n%o se aca5em
 Agbe 3ara atrair a sorte e atin!ir o51eti&os dif7ceis sem
ter "re1u7os- "ois o "ássaro A!5e ele mer!ulha fundo "ra
ca$ar sem se afo!ar
 Alu>- "ena roa utiliada "ara +ue a "essoas encontre a
"r#"ria sorte- sem ter "re1u7os- "ois o "ássaro Alu;o &oa
o mais alto "oss7&el sem +ueimar suas asas
Le>0le>0 a&e sa!rada tra harmonia le&ea e nitide às
"essoas

I>odid0 Sim5olia o nascimento- "ara consa!rar o +ue esta


sendo feito traer muita sorte "ara a "essoa
Cerosun *lemento sa!rado de fá tem o "oder de transmitir
o asé de 'd0 ao +ue esta sendo feito- ati&ar o 'd0 fá
#r@ ;in7a< utiliada "ara a"a!ar o sofrimento-
"erse!ui$%o e morte da &ida da "essoa- e "ara aumentar a
ca"acidade de entendimento das "essoas
I:e0 o>un ;areia do mar< utiliada "ara traer sorte-
sa5ed'r7a- !randea
I:e0 Od- ;areia de rio< "rote$%o e ri+uea de&em ser
utiliadas na entrada das casas
 A>ará e Abará tem o "oder de atrair e neutraliar
ener!ias
$a/a de Oel0 utiliada "ara e+uili5rar o destino de uma
"essoa
 Aridan "ara atrair 5rilho e sorte a &ida da "essoa
Be3ere>un e Lele>un "ara afastar for$as intrusas e
sur"resas desa!radá&eis
 Agb-n bigb0 ;oo seo< usado "ara ali&iar +ual+uer ti"o
de "ro5lema e sofrimento
#sun Isu ;inhame assado< usado "ara '!un "ara a5ertura de
caminhos
I:án ;inhame o7ido< usado "ara solu$%o de d0&idas "ara
'5atalá- sofrimentos f7sicos de"ress^es e mesmo doen$as
!ra&es

Sasanha, Sasanhe, Sasanhain, ?antar +olha, *Orín #=0,


$olhas de santo, +olhas de axe, +olhas ara banho, +olhas
de Oríxa, +olha sagrada, +olhas de lime7a. +olha de
saudimento, banho de
  +olha.
3u5licado em =M de fe&ereiro de @_"or toluaye

= otes

*m uma casa de candom5lé- um dos elementos "rinci"ais e +ue


re+uer !rande sa5ed'r7a s%o as folhas As folhas +uando
che!am na casa de&em "rimeiramente descansar "or al!um
tem"o- de"ois de&em ser 5em la&adas- s%o colocadas so5re a
en7 (esteizra) "ara +ue o Pa5al'r7á ou yal'r7á "ossa
reá4las com cânti!as das folhas ou de cada flha
es"ecificamente ' Pà5á ou :yá a5rirá um '57- confirmará as
folhas escolhidas- masti!ará o o57 es"ar!indo4os so5re as
folhas com seu hálito- sua sali&a- seu aé- suas "ala&ras
má!icas- "ara lo!o de"ois soltar as folhas "ara macerar
ale ressaltar +ue a"#s a massera$%o- o 5anho descansa um
"ouco e o +ue so5rou do 5anho- 1á cuado- irá "ara o o105o
de Òsanyìn da casa- e todos i!5á 'r7ás "ertinentes a
"essoa >odas as o5ri!a$^es- além da inicia$%o- em +ue
ti&er sacrif7cio de animais ser%o sem"re "recedidos dessa
litur!ia sa!rada sendo um or o5ri!at#rio- sem"re com
lou&a$%o a 3ai Òsányìn- no +ual chamamos comumente de
Sasányìn ou se1a Asá Òsányìn K'r7n *?ép- isto é- cantar
Folhas em lou&ar a Òsányìn- aos Pà5ás- :yás- ancestrais-
aos 9!5#ns- sua rai e Aé- '!ans e *;edis- aos 'r7ás e
o1u5#s da casa- a Òr0nmìlà e "or fim a Òsàlá ' "rimeiro
;or7n e?é entoado é o 39r9!0n ou o A;o;- consideradas as
"rimeiras folhas ou as folha ancestraliada e mais &elha2
asà o- er e1é
39r9!0n àlà# titun 
3ér9!0n àlà titun
Pà5á "9r9!0n àlà o merin
39r9!0n àlà# titun p
Airo;ò a;o;o Ará?yé a!uésemin
àlàd# i!ue i!ue a;o;o- arái5#5# odéde5an
Ara odéde5an- Ara odéde5an
Arái5#5# Ará odéde5anSem esse entendimento n%o ha&erá a
"resen$a do 'r7á- o &elho "ro&ér5io das casas di2 K# s7
e?é- ;# s7 'r7áJ (Sem folha n%o há 'r7á)
Finalia4se o culto com os cânti!os das tr,s á!uas- o
omi9rò de Aé- re&erenciando o Gàrì?ò e Òsányìn
Piri5iri 57 ti màrì?ò
1é òsányìn málé , màrì?ò
Piri5iri 57 t7 màrì?ò
Pá ?a tQ#rò ?a se màrì?òp
S# Òsányìn conhece os se!redos das folhas- s# os of#s
entuado "elo 'losányìn- Pa5alosáyìn- o "r#"rio Pa5al'r7á
ou yal'r7á cum"rirá a fun$%o de des"ertar o seu "oder e
for$a- realiando assim o !rande Aw' (se!redo e mistério)-
n%o "odendo dele!ar esta fun$%o a nehum outro filhoR o e1é
&erde é fundamental em toda litur!ia
Zo mesmo modo como no oráculo de fá- os si!nos !eomânticos
('d)s%o or!aniados dentro de um sistema classificat#rioR
no culto a 'sanyin- os &e!etais- tam5ém- est%o inseridos
nesse sistema
A rela$%o folha'r7á se e&idencia com a eist,ncia de
+uatro com"artimentos estruturados a "artir de uma
conce"$%o de cate!'r7as l#!icas e ordenadas se!undo a &is%o
de mundo dos 1,1e g na!s Sendo os 'riás re"resenta$^es
&i&as das for$as +ue re!em a naturea- as folhas a eles
atri5u7das- no conteto lit0r!ico- associam4se-
conse+{entemente- a esses elementos Parros (=bbH2)-
estudando essas classifica$^es- &erificou +ue2 's
&e!etais est%o dis"ostos em +uatro com"artimentos45ase
diretamente relacionados aos +uatro elementosR as e?é
afééfé g folhas de ar ( &ento)R as e?é in#n as e?é omi-
g folha de á!uaR e as lé ou e?é i!5# g folhas da terra ou
floresta
Lestes +uatro com"artimentos45ase- concentram4se o "ante%o
1,1e g na!  Venericamente- &amos encontrar *u e `an!
"artici"ando do com"artimento Fo!oR '!un- 'ossi- 'ssain e
'5aluaye li!ados ao elemento >erraR eman1á- 'um- '5á-
Lan% e Ie?á associadas as D!uas- e 'alá e 'yá ao Ar
>oda&ia- ao "articulariarmos &eremos +ue al!uns 'riás
como Eo!unede e 'umare- considerados Geta4Getap- estar%o
&inculados a mais de um desses com"artimentos
*u está li!ado com "redominância ao elemento Fo!o- "orém-
como cada 'riá "ossui seu *u- com o +ual ele constitui
uma unidadep ( Santos- =b_2=H=)- este com"artilhará do
mesmo elemento ao +ual o 'riá está associado Assim- os
*us das a5ás estar%o li!ados tam5ém - ao elemento D!ua-
os de '!un e 'ossi ao com"artimento >erra- e assim
ocorrendo com os demais *us
'!un atua "redominantemente com no com"artimento >erra
>oda&ia- na +ualidade warin- encontramos um '!un +ue
ha5ita nas á!uas - "ois se!undos os mitos ele &i&e no 8io
com 'umR conse+{entemente- estará- tam5ém- li!ado ao
com"artimento D!ua á '!un /!59d9 Òrun-
( Ferreiro do céu)- se li!a- tam5ém- ao elemento Ar-
1untamente com 'alá
'ossi é li!ado à >erraR mas- nas suas &ariá&eis-
encontramos nl9- modalidade deste 'riá +ue- como
Eo!unede- está associado tanto ao com"artimento D!ua +uanto
ao >erraR entretanto- "ara mai'r7a das outras +ualidades de
'ossi "redominam o elemento >erra
Sua doa$%o irá nos a1udar a manter nosso es"a$o 'rossi em
funcionamento e torná4la mais 0til "ara
&oc, htt"25r!eocitiescomtoluaye
'5aluaye- sendo um 'riá da >erra ( '5a k 8ei- Aye k
>erra )- mas +ue se relaciona com a fe5re e o sol do meio4
dia- está li!ado- i!ualmente- os com"artimentos >erra e
Fo!o *m al!umas ocasi^es ele rece5e o t7tulo de 2 Pa5a
!5onan k 3ai da +uenturap ( Santos =b_2_) >7tulo +ue é
dado tam5ém a uma +ualidade de `an! Airá- considerado
dono do fo!o e cultuado numa fo!ueira
'ssaim- "or ser "atrono dos &e!etais- automaticamente- está
li!ado a todos os elementos da natureaR toda&ia- seu
com"artimento "rinci"al é o >erra- re"resentado "elas
florestas onde nasceu todos os &e!etais
'umare é re"resentado "elo arco47ris +ue se "ro1eta nas
á!uas em dire$%o ao céu Ei!a4se- simultaneamente- aos
com"artimentos á!ua e ar 3ode ser irm%o de '5aluaye-
al!umas &ees se relaciona- tam5ém - com o elemento >erra
Lana- a ia5a +ue é re"resentada "ela chu&a fertiliando a
terra (lama)- tem como com"artimento 5ase a D!ua- mas-
tam5ém- a >erra
'iá- em um de seus di&ersos as"ectos- é cultuada no rio
L7!er- na Dfrica- o +ue real$a suas caracter7sticas de
deusa da fertilidadep li!ada ao com"artimento D!ua- 5em
como á res"onsá&el "elos c'r7scos- tem"estades e &entanias-
fato +ue a associa tanto ao elemento Ar +uanto ao elemento
Fo!o So5 a denomina$%o de 'ya !5ale- 'riá "atrono dos
mortos e dos ancestraisp(Santos =b_2O)- "artici"a- tam5ém
do elemento >erra
`an! está associado- "redominantemente- ao elemento Fo!o-
en+uanto +ue ro;o- entidade fitom#rfica cultuada em uma
ár&ore- em5ora "ossua muita afinidade com o "rimeiro- está
li!ado ao elemento >erra
'um- eman1á e '5a s%o ia5as li!adas- es"ecificamente- ao
elemento D!uaR "orém- al!uns de seus as"ectos "oder%o li!á4
las aos demais com"artimentos 5ase
'alá esta li!ado- com "redominância- ao com"artimento Ar
>oda&ia- Santos (=b_2Ob) di +ue 'alá está associado à
D!ua e ao Dr- 'dudua está associado à D!ua e a >errap
Assim como 'dudua- 'r7á ';# tam5ém é um 'r7á funfun
('r7!inal) e- se!undo os mitos- é considerado o "atrono da
a!ricultura- "ossuindo estreita li!a$%o com a >erra
Lesta &is%o do mundo e1e4na!o- direitomasculino"ositi&o
s%o o"ostos a es+uerdofemininone!ati&o- ou se1a- o
masculino é "ositi&o e se "osiciona do lado direito-
en+uanto o feminino é ne!ati&o e se "osiciona do lado
es+uerdo Leste conteto os com"artimentos +ue cont,m as
e?é in#n (folhas do fo!o) e e?é afééfé (folhas do ar) est%o
associadas ao masculino- elementos fecundantes- en+uanto
+ue as e?é omi (folhas da á!ua) e as e?é il9 (folhas da
terra) se li!am ao feminino- elementos fecundá&eis
Ao determinar +ue as folhas s%o se"aradas "or "ares
o"ostos2 !0n (de ecita$%o)  9rò (de calma)- e?é a"a otun
(folhas da direita)  e?é a"a osi (folhas da es+uerda)- os
e1e4na!o tomam como modelo um sistema da classifica$%o
5aseada em "osi$^es 5inárias >oda&ia- essa n%o é uma
condi$%o sine +ua non +uando analisamos mais detalhadamente
a utilia$%o dos &e!etais- "ois "erce5emos +ue al!umas
folhas "ositi&as se relacionam com o lado es+uerdo ou
feminino e &ice4&ersa- da7 encontrarmos folhas femininas
usadas com fins "ositi&os- e folhas masculinas consideradas
ne!ati&as er!er (=bbO2@O) cita- "or eem"lo- +ue entre
as folhas há +uatro conhecidas como (z) as +uatro folhas
masculinas ( "or seu tra5alho maléfico) zR e +uatro tidas
como ant7dotoszp*ntre estas 0ltimas ele inclui o òd0nd0n
(Kalanchoe crenata)- +ue é uma folha feminina- "orém
"ositi&a- o +ue nos fa crer +ue as di&ersas condi$^es
5inárias n%o intera!em de modo r7!ido entre si- "ois- como
&imos- uma folha masculina "ode estar situada 1unto aos
elementos da es+uerda "or ser considerada ne!ati&a
Lo sistema de classifica$%o dos &e!etais- a condi$%o "ara
+ue uma folha se1a masculina ou feminina é o seu formato-
"ois- na conce"$%o e1e4na!o- a forma fálica (alon!ada)
caracteria o elemento masculino- em contra"artida- a forma
uterina (arredondada) determina o elemento feminino *ssa
con&en$%o é adotada- tanto com rela$%o as folhas- +uanto
aos 1o!os di&inat#rios +ue ti&eram 'r7!em a "artir do
oráculo de fá- onde- dos deesseis cauris usados- oito s%o
de forma alon!ada e considerados masculinos- e os femininos
s%o os oito restantes +ue "ossuem forma arredondada 3or
conse!uinte- GachoF,mea formam um "ar de o"osi$%o 5ásico
no +ue se refere às es"écies &e!etais- e está diretamente
relacionado ao 'riáp (Parros =bbH2H) As folhas
consideradas masculinas est%o associadas aos o5or#s
( 'r7ás masculinos)- 5em como as femininas "ertencem às
a5as ('r7ás femininos)R toda&ia- e&entualmente
encontraremos al!umas folhas femininas associadas aos
o5or#s e al!umas masculinas atri5u7das às ia5as- o +ue
"arece refletir uma 5i"olaridade caracter7stica de al!uns
'r7ás
uando utiliamos nos rituais de inicia$%o ou nos tra5alhos
lit0r!icos- os &e!etais classificados como 9rò tem a fun$%o
de a5randar o transe- a"ai!uar o 'r7á ou acalmar o
iniciadoR contrariamente- os considerados !0n ser&em "ara
facilitar a "ossess%o e ecitar o 'r7á
Zentro de sua com"leidade- o sistema de classifica$%o dos
&e!etais é coerente com a &is%o de ordena$%o do mundoR
desse modo- os &e!etais &%o além de suas utilidades
"ráticas- "ois est%o diretamente relacionados a uma
cosmo&is%o es"ec7fica e s%o constituintes de um modelo +ue
ordena a classifica o uni&erso- definindo a "osi$%o do
indi&7duo na ordem cosmol#!icap Parros =bbH2bH)
Sua doa$%o irá nos a1udar a manter nosso es"a$o 'rossi em
funcionamento e torná4la mais 0til "ara
&oc, htt"25r!eocitiescomtoluaye
A+ui est%o al!uns dos &e!etais mais utiliados 2 em
atualia$%o

A5àf9 k 3ata de aca


/5ámodá k Folha da Fortuna
/5àrà Ò;é k Paunilha de Licuri
D5959 Kò k >ira >eima
D5959 Òs0n k *r&a Ca"it%o
A5éré k 3ic%o 3reto
D5it#lá k Cam5ará
/fòm#n k *r&a de 3assarinho
/!5á k 8omaneiro
/!5àd# k Gilho
/!5a# k m5a05a
A!5éye k Gel%o ZQD!ua
/!5on k Co+ueiro
/!o!o k Fi!ueira do nferno
/1#5i- /1#5i 'ilé- /1#5i 3u"á k Aroeira Comum- Aroeira
ermelha
/1#5i Funfun k Aroeira Pranca
A;an k Cará Goela
A;ò;o k Acoco
o;oni1e k arrinha
Alé;9sì k S%o Von$alinho
/l5#sà k Ce5ola
/l0;erésé k Zama da Loite
/lm#m k Poldo 3aulista
/m k Sete San!rias
A"áò;á k a+ueira
/rìdan k Aridan
/rsò k Alfaema do Prasil
/s7;tá e *fin k Gal&a Pranca
Ata k 3imenta Gala!ueta
Ataare k 3imenta da Costa
Ato"á Kun k Arruda
/tòrìnà k Sa5u!ueiro
A?ré"é"é k A!ri%o do 3ara- 3imenta ZQD!ua
Pàlá k >aio5a
Pala5á k Eirio do Pre1o
Pán1#;# k Pem me uer
Pàrà k Gelancia
Pe1ere;un k 3inda75a
Pu19 k eni"a"eiro
Zandá k un+uinho
Zan;# k Pam5u
*f7nf7n k Alfa&aca
*f7nr7n Ké;éré k Gan1eric%o da Folha Gi0da- Gan1eric%o
<!é k Gandioca
<!0si k Gel%o
<;9le!5ara k 3er"étua
*;un k Sa",
*lé!édé k A5#5ora
<"à k Amendoim
*ré >unt0n k Ee&ante Gi0da
*r# i!5in k *r&a de Picho
<sìsì k .rti!a da Folha Vrande
*tá5a ou Asá k >a5aco- Fumo
Nti"#nlá k *r&a >ost%o
*?é Pà5á k Poldo
*?é P7yem7 k ue5ra 3edra
*?é Poy7 k Pétis Cheiroso
*?é V50re k Predo
*?é dá 'riá k *s"ada de S%o or!e
*?é n#n k Folha Fo!o
*?é sinisini k Gastru
*?é yá k 3ari"aro5a
*?é K0;0ndn;0 k Patata Zocce
*?é Eárà Funfun k Gamona
*?é Eoro!0n k A5re Caminho
*?é Gimolé k Prilhantina
*?é Gonán k 3arietária
*?é '5aya k Zesata n#- 1a5orandi
*?é '5é k Salsa
*?é 'fér9 k Cride0&a- "eri+uiteira
*?é '!5# k 8oma de leite
*?é '10 'm7 k Eá!rimas de nossa senhora
*?é '10sá10 k Vuiné- *r&a !uiné
*?é Ò"á k >ransa!em
*?é Ò?0 k Al!odoeiro
*?é Solé k Garia 3reta
*?é >0ni k *r&a cidreira do cam"o
*?é >utu k 8e"olho
*?é w9m# k Cou&e
*?éré k Alecrim- rosmarinho
Falá;alá k Corredeira- er&a de santa luia
Firir7 k >a+uaril- ta+uari
Fit75a k Chu&a de ouro- fede!oso
V5á!i k 3ata de !alinha- !rama sa"o
V59!i k Ca"im de 5urro- !rama seda
V59r9f0t k Fruta 3%o
V5òrò Aya5a k Salsa da "raia
Vòdò!5#dò k >ra"oera5a- olhos de santa luia
:5é"e k Gam%o- mamoeiro
!5á k Ca5aceira- cueira
!i Ò"9 e Gàrì?ò k Zendeeiro
    *m 5re&e teremos mais e mais er&as
dis"on7&eis JJJ
 Ò!59ri L;o Go Gàrì?òp
(' n%o iniciado n%o "ode conhecer o mistério do Gàrì?ò)

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