Aula 3 A Construção Da Ética Na História Da Humanidade
Aula 3 A Construção Da Ética Na História Da Humanidade
Aula 3 A Construção Da Ética Na História Da Humanidade
Entre os anos 500 e 300 a.C., aproximadamente, nós encontramos o período áureo do
pensamento grego;
"Por conseguinte, estes não desejam o mal como tal, pois não o conhecem;
desejam apenas o que lhes parece um bem, bem que neste caso é mal. Donde
podemos concluir, que os que desejam o mal e o consideram como bem, estão
de fato a desejar unicamente o que é bom. Aqueles, pelo contrário, que desejam
as coisas más, sabendo que elas são más e só causam o mal, esses sabem que
serão prejudicados pelo mal?"
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A sabedoria de Sócrates residia na consciência dos limites do seu próprio saber, numa tomada de
consciência do próprio não saber. Só aquele que tem consciência da sua própria ignorância procura o
saber. Aquele que julga que tudo conhece, contenta-se com o saber que possui. Os sofistas que tudo
afirmam saber, são os mais ignorantes de todos, dado que desconhecem a sua própria ignorância.
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VALLS, Álvaro, L. M. O que é ética. São Paulo: Brasiliense, 1994.
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CABRAL João Francisco P. A concepção de felicidade na ética aristotélica. Disponível em: <
http://www.brasilescola.com/filosofia/a-concepcao-felicidade-na-Etica-aristotelica.htm>. Acesso em: 02.03.2014.
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- As coisas são úteis à medida que se prestam para produzir a felicidade. Em outros termos, o
bem é medido pelo útil, e o mau ocorre na ação que prejudica a felicidade.
-É preciso ter consciência do que é preciso fazer, para que o ato se diga ético
- Sócrates admitiu que poderia ter evitado sua condenação a morte, bebendo o veneno chamado
cicuta, se tivesse desistido da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter
evitado sua morte se tivesse escapado com a ajuda de amigos
- O propósito não era a morte de Sócrates mas sim afastá-lo de Atenas e se isso não ocorreu
deveu-se à teimosia de Sócrates. Durante estes 30 dias, ele recebeu os seus amigos e
conversou com eles. Declarando não querer absolutamente desobedecer às leis da pátria,
Sócrates recusava a ajuda dos amigos para fugi.
Como Sócrates é o fundador da ciência em geral, mediante a doutrina do conceito, assim é o fundador,
em particular da ciência moral, mediante a doutrina de que eticidade significa racionalidade, ação racional.
eticidade significa racionalidade, ação racional.
-Em todo caso, visto que a alma humana racional se acha, de fato, neste mundo, unida ao corpo e aos
sentidos, deve principiar a sua vida moral sujeitando o corpo ao espírito, para impedir que o primeiro
seja obstáculo ao segundo, à espera de que a morte solte definitivamente a alma dos laços corpóreos
- O sábio é aquele que busca assemelhar-se a Deus. Assim ele busca um estado ideal
utópico, uma pessoa que conheça a essência geral do bem sabe que só pode ser feliz se
agir demonstrando a adoção de condutas tidas como adequadas
- O conhecimento do Bem e sua interiorização constituem a resposta platônica à questão
normativa socrática: “Como eu devo viver?” Para Platão, a alma humana (assim como a
cidade) tem três partes: a parte racional (que busca o conhecimento), a parte irascível (na
qual se produzem as emoções e que provocam o desejo de mandar) e a parte apetitiva (que
busca o prazer das sensações).
- Virtudes morais: para que o indivíduo tenha uma vida boa, nomeadamente a sabedoria, a
coragem, a temperança e a justiça
- Platão parece acreditar numa vida depois da morte e por isso prefere o ascetismo
(abstenção dos prazeres materiais, renuncia ao mundo) ao prazer terreno.
- As principais qualidades morais citadas por este filósofo seriam: a sabedoria (discernir em
todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir), a coragem
(que assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem) , a temperança
("modera a atracção dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporciona o
equilíbrio no uso dos bens criados") e a justiça (firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido)
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- Assim, a questão platônica do Sumo Bem dá lugar, em Aristóteles, à pesquisa sobre os bens
em concreto para o homem.
- Mas em que consiste o bem ou a felicidade para o homem? Qual o maior dos bens? Ora,
Aristóteles não isola muito um bem supremo, pois ele sabe que o homem, como um ser
complexo, não precisa apenas do melhor dos bens, mas sim de vários bens, de tipos diferentes,
tais como amizade, saúde e até alguma riqueza.
- Para Aristóteles, o pensamento é o elemento divino no homem e o bem mais precioso. Assim, quem é
sábio não carece de muitas outras coisas. A vida humana mais feliz é a contemplativa, porque
imita melhor a atividade divina, mas como este ideal é demasiado elevado para a maioria, é
preciso analisar também as outras coisas de que o homem carece.
- O filósofo ensinava que todo o conhecimento e todo o trabalho visa a algum bem. O bem é a
finalidade de toda a ação. A busca do bem é o que difere a ação humana da de todos os outros
animais.
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- O filósofo considera que o homem é um animal capaz de pensar e de fazer política, ou seja, de
exercitar a busca do bem comum por meio da cidadania.
OBS.: Todas as ações humanas visam uma finalidade com o propósito de obter um bem. Aristóteles
considera o bem como uma finalidade própria do homem, que busca alcançar a felicidade O
eudemonismo ou eudaimonismo (do grego eudaimonia, "felicidade") é uma doutrina segundo a
qual a felicidade é o objetivo da vida humana