Resumo de Clínica 3
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Faculdade de Odontologia
Clínica Integrada III
PERIODONTIA
ABCESSOS PERIODONTAIS
Abcessos Gengivais
Envolve apenas os tecidos moles. Lesão de extensão rápida, localizada e dolorosa. Envolve a
gengiva marginal e a papila interdental e pode ocorrer em áreas previamente saudáveis. É
importante ressaltar que não precisa de doença periodontal anterior.
C/Clínicas: Tumefação vermelha, Dolorosa, Lisa, pode ser flutuante. Restritos ao tecido mole, na
porção mais coronário do periodonto. Não há perda de inserção.
Abcesso Periodontal
Acumulação localizada de pus no interior da parede gengival de uma bolsa periodontal resultando
na destruição de fibras colágenas e perda óssea alveolar. Requer a doença periodontal. Há colapso
dos tecidos de inserção.
Condições em que o abcesso periodontal não está relacionado com a doença periodontal inflamatória:
Impacção de corpo estranho ou fratura/perfuração dentária. Ou seja, pode haver perda de inserção
sem haver doença periodontal.
Abcesso Pericoronário
Acúmulo localizado de pus em torno da parede de tecido mole do opérculo que recobre um dente
parcialmente irrompido. O capuz pericoronário acumula biofilme.
Obs: O processo crônico pode se tornar agudo: no abcesso crônico a resposta do hospedeiro ainda
permanece constante, na medida necessária para não agudizar, porém, não sendo suficiente para
eliminar esse processo inflamatório. Quando este “equilíbrio” perde o controle por algum motivo,
o processo crônico pode agudizar.
Relevância Clínica:
É muito observado em pacientes diabéticos não controlados. Infecções na cavidade bucal podem
desencadear repercussões sistêmicas: bacteremia transitória, liberação de citocinas na corrente
sanguínea.
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Tratamento periodontal mal conduzida de abcesso agudo pode levar ao abcesso crônico.
A irrigação abundante com soro fisiológico ou clorexidina é fundamental no fundo da bolsa após
a raspagem. Aproveita-se a substantividade da clorexidina.
Introdução de corpo estranho tais como: pedaço de fio dental, elástico ortodôntico, cerdas
de escovas dentais, etc...
Alteração da superfície radicular por diferentes fatores: perfuração radicular durante o
tratamento endodôntico e fratura radicular
Epitélio oral lâmina própria normais (ou seja, a gengiva está normal em volta)
Mas contém infiltrado inflamatório agudo;
Intenso foco de inflamação com neutrófilos e linfócitos presentes, em uma área de tecido
conjuntivo necrótico destruído
Epitélio da bolsa ulcerado ou destruído
Diagnóstico Diferencial
Injúrias auto-induzidas
Carcinomas e Osteomielites
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
ABCESSO PERIODONTAL ABCESSO PULPAR
Associado a bolsa periodontal pré-existente Dente acometido pode ter restauração grande
Radiografias mostram perda óssea angular e Pode não haver bolsa periodontal, e se
radiolucidez na furca houver, é curta
Vitalidade pulpar Polpa não vital
Em geral, o edema inclui o tecido gengival Em muitos casos, o edema está localizado no
com fístula ocasional ápice em trajeto fistuloso
Dor leve e localizada Dor frequente, grave e de difícil localização
Sensibilidade a percussão pode ou não estar Sensibilidade a percussão
presente
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Obs: O principal ponto de diferença entre o abcesso periodontal e o abcesso pulpar é a vitalidade
pulpar. Necrose pulpar – abcesso de origem endodôntica / Vitalidade pulpar – abcesso periodontal.
A doença periodontal pode progredir tanto que chegou no ápice, no feixe vasculonervoso, ou o
abcesso endodôntico evoluiu para levar ao colapso dos tecidos de inserção. Tanto a lesão
periodontal quanto a lesão endodôntica podem evoluir para envolver os tecidos adjacentes.
Dois distintos processos: Controle da fase aguda e manejo da condição crônica resultante
Fase aguda: alívio da dor, porém, avisar ao paciente da necessidade de continuar o tratamento
nas próximas sessões
No caso de 3° molar, avaliar a distância da distal do terceiro molar para o ramo da mandíbula,
pois se for muito pequena, pode haver recidiva do abcesso, aplicando-se, neste caso, a remoção
do dente. Se houver espaço suficiente que não predispõe ao aparecimento de um novo abcesso, a
remoção do tecido suprajacente é o indicado.
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OPÇÕES DE ANTIBIÓTICOS
DE ESCOLHA: AMOXICILINA 500 mg ALERGIA À PENICILINA: CLINDAMICINA
1g em uma dose, seguida de 500mg três vezes 600mg em uma dose seguida de 300mg quatro
ao dia por 3 dias vezes ao dia por três dias
Reavaliação após 3 dias Azitromicina ou Claritromicina: 1g em uma
dose seguida de 500mg quatro vezes ao dia por
3 dias
O tratamento cirúrgico é indicado quando são encontrados defeitos verticais profundos ou defeitos
de furca, que estão além da capacidade terapêutica ou instrumentação não cirúrgica.
A maioria dos abcessos periodontais ocorrem em associação a uma bolsa periodontal pré-existente,
assim a terapia periodontal deve ser avaliada após a resolução da fase aguda. Em casos em que o
dente não tiver sido tratado anteriormente, deve ser fornecido o tratamento periodontal adequado.
Se o paciente já está na fase ativa da terapia, a terapia deve ser completada, uma vez que a
lesão aguda tenha sido tratada. Ou seja, é possível que o abcesso apareça durante a fase ativa,
durante a instrumentação, logo, segue o tratamento da fase aguda do abcesso e procede a fase
ativa da terapia como planejado.
DENTÍSTICA - CLAREAMENTO
Pode chegar até a polpa também pelos túbulos dentinários causando sensibilidade dentinária.
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Pigmentação:
Hábitos – Suspender o consumo de produtos com pigmentação (café, vinho, batom) não altera
o efeito clareador. Dieta branca não é necessária. No caso da coca-cola, apresenta o mesmo
efeito clareador, porém, houve relatos de maior sensibilidade, talvez por causa da acidez
do refrigerante. A mesma coisa em pessoas que fumam. Não houve também dano de indução ao
DNA (Genotoxicidade). No envelhecimento é natural que o dente fica com coloração amarelada
por conta da deposição de dentina secundária. O aquecimento em boca forma dentina
secundária, deixando aspecto amarelado.
Diagnóstico
DENTÍSTICA – ADESIVOS
Convencional de 3 passos
Auto-condicionante de 2
passos
Motivo: Adesivo (MDP) separado
do primer.
O esmalte também tem água mas é 1% mais ou menos, pode ser secado tranquilamente.
O primer precisa ser hidrofílico por conta da umidade/água na dentina (30%), mas também tem uma
parte hidrofóbica, que é a responsável por aderir o adesivo na dentina. É necessário que venha
primeiro a parte hidrofílica e por último a hidrofóbica, para que a água não passe pelo adesivo
e vaze para a camada onde a resina vai se aderir.
Condicionamento ácido: Remove a smear layer, mas também remove cristais dentro dos túbulos que
permitem a remineralização. Também desmineraliza a dentina e ativa as metaloproteinases, que
degradam colágeno, deixando a camada híbrida mais fraca. A dentina fica apenas com água, e após
a secagem, essa camada de colágeno que sobrou vai colabar. Para secar, usa-se papel absorvente,
que promove retenção.
Adesivos auto-condicionantes modifica a smear layer. Para remover as bactérias da smear layer é
feita uma profilaxia prévia com clorexidina. Ou seja, a smear layer não removida, conferindo
proteção natural e adesão. A camada híbrida é mais uniforme.
Terminar o preparo cavitário passando ou não a broca? Vai depender do adesivo que está usando.
Adesivo auto-condicionante, quanto mais liso for a cavidade, mais adesão é promovida. Ponta
multilaminada é usado. Antes de aplicar o adesivo, aplica-se clorexidina/pedra pomes para limpeza
(inativar as metaloproteinases). Mantém a força adesiva, protegendo a camada híbrida.
IDS: Selamento Imediato da Dentina – melhorar a adesão da dentina desde o primeiro dia, protegendo
contra as contaminações do processo restaurado, em até 400%. Também reduz a sensibilidade e
falhas/infiltração. Também permite a maturação da camada híbrida.
O esmalte tem adesão melhor, por ser mais fácil, sendo homogêneo, seco, mineral. É mais rápido
na polimerização que a dentina. Esmalte consegue 50% da resistência em 3min, enquanto a dentina
consegue 20%. Porém, a força adesiva em dentina hígida é maior que no esmalte, porém é mais lenta
para formar a camada híbrida, precisando de 5 minutos.
A adesão boa acontece na dentina intertubular. A dentina profunda não é boa para adesão.
A Resina composta é colocada por incrementos para minimizar a contração de polimerização. Técnica
incremental horizontal da resina em 1mm é a melhor.
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Resinas Compostas
Tem uma boa longevidade comparado ao amálgama. Adesão ao esmalte e dentina: Permite preparos
conservadores.
Agente de União: Silano. Faz o compósito se comportar como um corpo único, unindo a matriz
orgânica e a matriz inorgânica.
Qual a resina ideal? Aquela que tenha resistência, lisura, estabilidade de cor, manutenção do
polimento, integridade.
Exemplo: Resina A2D – Matiz A, Croma 2, para Dentina; A3B – Matiz, Croma 3, para Corpo. Sistema
de Resina z350XT é o usado na faculdade. Resina aura trabalha com outro sistema: DC2, DC3.
Na técnica incremental, os incrementos têm espessuras de até 2mm, podendo ser incrementos oblíquos
ou horizontais (melhor técnica, menor tensão).
Na técnica Bulk-fill, tem a técnica bul and body, com incremento de até 4mm, e na bulk-fil
propriamente dita tem um único incremento de 5mm. As resinas bulk-fil flow são utilizadas como
base, baixo módulo de elasticidade, melhor adaptação, melhor formação de bolhas.
Sorção em água: capacidade que um material tem de absorver água. Inversamente proporcional à
quantidade de carga.
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Acabamento e Polimento
A força ideal para acabamento é de 2N. Acabamento: remoção de excessos grosseiros, Polimento:
etapa para dar brilho e lisura. A superfície lisa minimiza o acúmulo de placa, minimizando a
cárie secundária, bem como a saúde periodontal.
A língua tem a capacidade de detectar alterações de rugosidade superficiais menores que 1um.
1um=0,001cm.
Ao passar instrumentos
rotatórios na resina,
aumenta-se o risco de
formação de resina.
A rugosidade superficial foi maior após o acabamento e polimento a seco em comparação com o
acabamento e polimento sob refrigeração.