1) O positivismo e o marxismo compartilham influências do iluminismo, mas diferem em suas visões de progresso histórico. Comte via progresso como ordenamento social conservador enquanto Marx via luta de classes revolucionária.
2) Comte buscava manter o status quo burguês através da neutralidade positivista, enquanto Marx e Engels visavam emancipar os trabalhadores através do materialismo histórico como método revolucionário.
1) O positivismo e o marxismo compartilham influências do iluminismo, mas diferem em suas visões de progresso histórico. Comte via progresso como ordenamento social conservador enquanto Marx via luta de classes revolucionária.
2) Comte buscava manter o status quo burguês através da neutralidade positivista, enquanto Marx e Engels visavam emancipar os trabalhadores através do materialismo histórico como método revolucionário.
1) O positivismo e o marxismo compartilham influências do iluminismo, mas diferem em suas visões de progresso histórico. Comte via progresso como ordenamento social conservador enquanto Marx via luta de classes revolucionária.
2) Comte buscava manter o status quo burguês através da neutralidade positivista, enquanto Marx e Engels visavam emancipar os trabalhadores através do materialismo histórico como método revolucionário.
1) O positivismo e o marxismo compartilham influências do iluminismo, mas diferem em suas visões de progresso histórico. Comte via progresso como ordenamento social conservador enquanto Marx via luta de classes revolucionária.
2) Comte buscava manter o status quo burguês através da neutralidade positivista, enquanto Marx e Engels visavam emancipar os trabalhadores através do materialismo histórico como método revolucionário.
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de História
Discente: Gabriela F L Docente: Prof.ª Dr.ª Géssica Guimarães
Avaliação 3 - Teoria da História
Questão obrigatória: Tanto o positivismo como o marxismo foram fortemente
influenciados pela filosofia do iluminismo em sua concepção de história. Contudo, de um lado Comte e do outro lado Marx e Engels, apresentaram diferentes possibilidades para o desenvolvimento da história e da humanidade. Tendo em vista essas duas tendências do pensamento histórico do século XIX, comente os seguintes pontos: 1- Quais as características que ambas as filosofias possuem em comum; 2- Quais as implicações políticas e historiográficas a partir do reconhecimento do positivismo como uma ideologia conservadora e do marxismo como uma teoria revolucionária:
Grandes teóricos da sociologia, Karl Marx (1818-1883), Friedrich Engels (1820-1895) e
Auguste Comte (1798-1857) contribuíram até hoje com suas correntes teóricas. Apesar de terem métodos e princípios de evolução social completamente diferentes, ambos produziram reflexões acerca de questões ontológicas que buscam por reformas na sociedade, fazendo de suas produções, conceitos catalisadores de estudos sobre a evolução sobre a humanidade. No marxismo, Marx e Engels buscam por uma reforma na sociedade baseada na luta de classes, que visa a revolução, onde a práxis, é uma ação que busca a transformação. No positivismo, Comte busca pela reforma social descrita na filosofia positiva, onde procura estabelecer a reforma baseada no método de observação, comparação e experimentação, utilizados - geralmente - nas ciências da natureza. Ambas correntes foram influenciadas pelo movimento iluminista (ou atualmente, ilustração). Porém, produziram de formas diferentes suas concepções de progresso. Partidária do conservadorismo, a razão da história para Comte é baseada no “desenvolvimento da indústria e das ciências” (LÖWY, 1985: pp.23). Comte chama sua filosofia positiva porquê ela é estruturada na abstração de ideias e pré julgamentos, consideradas como “subversivas”. Que, segundo Löwy, é um discurso de neutralidade mentiroso, e a farsa é remetida pelo emprego da palavra “positiva” pois considera, automaticamente, a idéia contrária negativa. E assim, expõe suas teorizações baseadas em prerrogativas pessoais que, de acordo com Comte, deveriam ser abstraídas, sobretudo ao realizar uma produção epistemológica. Essa produção epistemológica comtiana contribuiu para a manutenção conservadora do status quo. Comte justifica essa necessidade de ser positiva, ao declarar que um sociólogo - por exemplo - não pode, ao teorizar, colocar expectativas próprias na elaboração de suas tese. Mas à quem esta premissa está indicada? teóricos revolucionários. A visão de Comte era do progresso adquirido pela ordem. O ordenamento das coisas e pessoas em seus “devidos lugares sociais”, já era uma boa base para começar a se pensar a reformulação na sociedade. O ordenamento a que se refere, era nada mais que a vontade e a preocupação de garantir a ordem burguesa. Comte definiu em três estágios o progresso da humanidade, sendo o primeiro, o estado teológico, onde o progresso é baseado nos mitos e nos deuses (politeísta). O segundo, é o estado metafísico, em que o progresso humano é baseado nas idéias e princípios humanos. Por fim, o estado positivo, que se baseia no progresso sob a ótica de descrever os fenômenos sob observação e descrição. A reformulação da consciência moral e, consequentemente, a preservação da propriedade privada nos meios de produção. Esse pensamento se perpetuou na historiografia porque validou apenas as perspectivas históricas de evolução sob a ótica burguesa. Que há muito deixou de ser revolucionária e passou a ser dona dos meios de produção, perpetuando uma dominação sobre a vida, umas das premissas da ocorrência da revolução francesa. Löwy classifica essa transição como algo pretensioso, que se conservou na sociedade se sustentando pelo discurso positivo. Para Marx e Engels, a razão da história é a luta de classes onde sua natureza é determinada (tem um objetivo) e dialética (tomada de consciência). Marx e Engels desenvolvem a história a partir de sua perspectiva concreta do fenômeno - através do materialismo histórico - onde seu produto (luta de classes) leva ao resultado final (evolução da história). A história em movimento de Marx e Engels contribuiu para uma historiografia que reprime as classes sociais. Ambos sociólogos alemães, revelam a necessidade de desmascarar a burguesia, não é apenas sobre a revolução, mas uma perpetuação dessa consciência de forma plena e única, defendendo os interesses dos proletários. Para isso, desenvolvem o materialismo histórico, enquanto um método de estudo que explique a evolução humana sob o pilar econômico, através da luta de classes, utilizando o caso feudal como exemplo. Por fim, a contribuição marxista é deduzida por sua perspectiva histórica, baseada na emancipação proletária. Marx e Engels, à frente de seu tempo, de acordo com Löwy, foram os únicos que - de forma legítima - tornaram a evolução da história como um estado consciente. Onde uma sociedade hipócrita reacionária, precisa “esconder” a verdade para manter seus interesses, utilizando uma cortina de fumaça para sua autoafirmação. O conhecimento de Marx e Engels é objetivo pois ele exalta a tomada de consciência do proletariado do seu papel social, para assim, transformar a sua realidade de forma consciente. Abriram a via para a estruturação de papel histórico e social do proletariado. O fim e o início da humanidade - fim de uma humanidade desigual e início para uma humanidade livre de classes - para Marx e Engels, é a vitória dos trabalhadores. ___________________________________________________________________________ Referência Biliográfica: CHAUÍ, Marilena. “História no pensamento de Marx”. In: CLACSO. A teoria marxista hoje. Problemas e perspectivas (PDF) COMTE, Auguste. “Curso de Filosofia Positiva: Primeira Lição”. In: COMTE: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983, pp. 3-20 (PDF) LÖWY, Michel. “O positivismo ou o princípio do Barão de Münchhausen”. In: As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen: marxismo e positivismo na sociologia do conhecimento. São Paulo: Cortez, 2003, pp. 15-33 (PDF)