Desenvolvimento Eletroeletrônico de Uma Máquina de Eletroerosão Por Penetração
Desenvolvimento Eletroeletrônico de Uma Máquina de Eletroerosão Por Penetração
Desenvolvimento Eletroeletrônico de Uma Máquina de Eletroerosão Por Penetração
RESUMO
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Graduando de Engenharia Mecânica pela Universidade de Rio Verde, Faculdade de Engenharia
Mecânica.
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Orientador, Professor Mestre da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade de Rio Verde –
UniRV.
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1 INTRODUÇÃO
forma, calor de menos intensidade é gerado no eletrodo reduzindo assim, o material removido
do mesmo, como mostra na Figura 1 (LIMA, 2006).
Com bons ajustes na máquina, é possível controlar a erosão de modo que se obtenha
até 99,5 % de erosão na peça e 0,5 % no eletrodo. Uma forma de controle é o espaçamento
entre o eletrodo e a peça, que é denominado de gap (gap = folga). Esse espaçamento é
preenchido com fluido dielétrico (CRUZ JUNIOR, 2015). Na figura 2, nota-se a distinção
entre o chamado gap lateral e o gap frontal.
1.2 HISTÓRICO
Segundo Ho (2003), citado por Cruz Junior (2015), os primeiros estudos sobre
eletroerosão datam antes de 1770, quando o químico inglês Joseph Priestly verificou o efeito
erosivo em um material condutor originado, por descargas elétricas. Na década de 1930,
foram feitas tentativas de usinar metais e diamantes, com descargas elétricas, o método
consistia em um sistema alimentado, por uma fonte de corrente contínua, porém não era muito
preciso devido ao superaquecimento da peça.
1.3 DIELÉTRICO
O fluído dielétrico circula através da região das descargas elétricas alimentadas por
furos ou rasgos na peça ou no eletrodo, muitas vezes, ambos ficam submersos. No circuito de
circulação o fluído é constantemente purificado através de filtros apropriados, não se faz
necessário apenas quando é uma operação de desbaste, com distâncias relativamente grandes
entre o eletrodo e a peça, as partículas do dielétrico facilitam a passagem de maior corrente
elétrica, sem aumentar a tensão (SILVA, 2004).
1.4 CAPACITORES
C = ε. (1)
Onde (ε) representa a permissividade absoluta do material dielétrico; (S) é a área das
placas e (d) distância entre as placas.
No vácuo, ε0 = 8,9. 10-12 F/m. Para os demais materiais, essa característica pode ser
dada em relação à permissividade do vácuo, conforme Tabela 1.
τ=R.C (2)
O τ é o tempo gasto para que o circuito atinja 63% da tensão de entrada como mostra a
Figura 6. O tempo gasto para que o capacitor atinja 99% de carga pode ser calculado pela
Equação (3).
t = 5. τ (3)
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FIGURA 8: Circuito RC
A tensão no resistor (vr) acompanha a corrente, pode ser calculada pela equação (6):
1.8 TRANSFORMADORES
FIGURA 10 - Transformador
1.9 MICROCONTROLADOR
O bloco memória tem a função de armazenar dados, ele é constituído, por um conjunto
de locais de memória, para escolher onde armazenará esses dados é necessário fazer o
endereçamento.
2 MATERIAL E MÉTODO
Conforme apresentado na Figura 15, o circuito é composto por três etapas, sendo que a
primeira contempla uma fonte de alimentação contínua contendo uma ponte retificadora
(BR1), um capacitor de filtro (C1) e um regulador de tensão de 12V (U1). A segunda etapa
traz uma grande relevância, pois esta é responsável pela leitura da tensão do arco elétrico e a
comparação com um valor de referência ajustado através de um resistor variável (RV1)
configurado como divisor de tensão. Já a última parte inicia-se pela saída de sinal do
amplificador operacional configurado como comparador de tensão, de modo que a sua entrada
não inversora monitora a tensão do arco elétrico e enquanto esta for maior que a tensão de
referência presente na entrada inversora, a saída do comparador estará em nível baixo (0V)
fazendo com que o transistor (Q1) fique em estado de corte, sendo assim, o sinal presente no
terminal (FB) será alto (5V) autorizando a descida do eletrodo para a abertura do arco
elétrico. A medida que o eletrodo se aproxima da peça (corpo de prova) a tensão no capacitor
diminui até um valor menor que a tensão de referência, invertendo assim a saída do
comparador para nível alto (12V) e consequentemente saturando o transistor (Q1) e
invertendo o sinal de (FB) para nível baixo (0V) autorizando a subida do eletrodo. O objetivo
da comparação de tensão, é permitir o controle de altura entre o eletrodo e a peça, ou seja, o
GAP. Um fotoacoplador (U3) foi adicionado ao circuito para promover a isolação galvânica
entre o sinal do circuito EDM e o controlador, evitando assim, possíveis ruídos oriundos das
descargas elétricas geradas.
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O driver foi utilizado para energizar e controlar o motor de passo. Neste trabalho
utilizou-se o modelo TB6560AHQ como mostra a Figura 16, cuja especificações são: tensão
de operação de 10-35VDC e corrente nominal de 3A (pelo fato do motor de passo requerer
apenas 1,2A de corrente nominal), opto-acoplador de alta velocidade 6N137 sem perda de
passos e proteção contra sub-tensão e sobrecorrente. Para enviar comandos para o driver foi
utilizado um microcontrolador arduino modelo UNO, por apresentar as características
necessárias de projeto como baixo custo e a quantidade de portas de entradas/saídas
suficientes, para a conexão de todos os componentes pertencentes a máquina.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como resultados obtidos, teve-se uma corrente de arco de 1A equivalente a 12,5% da
corrente máxima do transformador, o que possibilita novos ajustes e testes afim de estudar
quais os efeitos, tais mudanças acarretariam. O motivo pelo qual o valor da corrente da
descarga elétrica permanecer no valor mencionado foi ocasionado devido a inserção de
lâmpadas halógenas. Para um melhor funcionamento poderia ser utilizado lâmpadas
incandescentes devido ao comportamento mais próximo, de uma resistência ôhmica, porém
estas não são mais comercializadas atualmente.
(eletrodo afastado do corpo de prova). O limite inferior dessa faixa corresponde aos
capacitores totalmente descarregados, enquanto o limite superior corresponde a carga total
dos capacitores que é equivalente a tensão de pico do transformador do circuito EDM.
FIGURA 17 – Teste
4 CONCLUSÕES
Conclui-se que o objetivo geral do trabalho foi alcançado de maneira satisfatória, pois
pode-se observar pelos testes que houve retirada de material. Durante o desenvolvimento do
projeto aplicou-se diversos conhecimentos de áreas e subáreas de conhecimento como:
eletrônica, eletricidade, programação e processos de fabricação.
REFERÊNCIAS
ASSIS, Pietro Diovane Keoma Bergamaschi de. Microcontrolador. 2004. Dissertação para
obtenção do Título de Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Presidente
Antônio Carlos.
CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Circuitos em corrente contínua. 5ª Edição, Ed. Érica
Ltda. São Paulo 2004.
CRUZ JUNIOR, Eli Jorge da. A influência do tamanho de grão ferrítico da peça na
integridade superficial de peças erodidas. 2015.
MALVINO, Albert Paul. Eletrônica. 4ª Edição, Editora Afiliada. São Paulo 1995.