Punho e Mão

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Punho e mão

Músculos extrínsecos da mão: músculos que se originam à distância da região da mão e se inserem nos ossos da mão
Músculos intrínsecos da mão: músculos que tanto sua origem como sua inserção estão nos ossos da mão.

Padrões manuais da mão: pinça, oponência do polegar e preensão. A reabilitação deve ser voltada para o restabelecimento desses padrões.

Luxação

Luxação do semilunar
● Em grandes traumas sobre a região tenar pode haver ruptura desse pequeno elemento ligamentar e o posicionamento do semilunar
que era horizontal, passa a ser vertical, gerando um aumento de volume na região ventral do punho.
● Observar se o paciente tem a história do trauma sobre a região tenar e apresenta uma deformidade com dor, se for confirmado deve
ser reparada na fase aguda cirurgicamente.
● TTO = cirurgia

Luxação metacarpianas
● Mecanismo: traumas sobre as pontas dos dedos, traumas em hiperextensão ou em hiperflexão.
● Devem ser reduzidas em sua fase aguda onde se realiza uma tração manual contínua da extremidade distal do dedo para que se
retome a posição anatômica normal.
● TTO = redução + imobilização + fisioterapia

Entorses

● Temos lesões exclusivamente ligamentares. Temos um ligamento lateral e medial em cada uma das articulações. Esses ligamentos
são afetados promovendo essa imagem que é típica, o dedo em fuso, esse alargamento articular, que nada mais é do que um derrame
articular.
● Dor e limitação na flexão e extensão
● TTO= imobilização + fisioterapia
Tipos de fratura Características Sintomas Tratamento

Mecanismo: apoio sobre a mão estendida Deformidade dorsal no 1º deve-se reduzir a deformidade
punho. ● forma fechada: tração + imobilização de 6 a 8
Fratura na extremidade distal do rádio com semanas + raio x frequente para ver se o
Fratura de colles desvio dorsal de fragmento Garfo invertido. fragmento não escorregou
● forma aberta: cirurgia
Dor, deformidade e
incapacidade funcional.

Mecanismo: apoio sobre a mão fletida Deformidade ventral no 1º deve-se reduzir a deformidade
punho. ● forma fechada: tração + imobilização de 6 a 8
semanas + raio x frequente para ver se o
Fratura de Smith Deformidade em dorso fragmento não escorregou
de garfo ● forma aberta: cirurgia

Mecanismo: queda sobre a mão estendida Dor à palpação na O escafóide é menos vascularizado, por isso sua
onde a região que sofre o trauma é a região ventral do punho consolidação é difícil. Deve imobilizar o punho e deixar
Fratura de escafóide área da região tenar, dedos livres, menos polegar, por até 12 semanas.

Realizar exames radiológicos rotineiramente para ver se


está se consolidando. Se não tiver calo ósseo em 4/6
semanas deve ser cirurgia

Fraturas pequenas e simples. Dor local Tratamento é conservador com utilização


de uma órtese. Utiliza-se por um período de 3 semanas.
Arrancamento osseo

Fratura de falanges
Órtese específica uso por 8 semanas
Arrancamento de inserção tendínea ou dedo de
mallet (dedo em posição fletida e incapacidade
de estender)
Fratura de metacarpos Mecanismo: trauma direto na mão (queda de Dor Fratura de 2, 3 e 4º metacarpos - tto conservador, tala
objeto) ou trauma indireto (hiperextensão de por 3 semanas
dedos)
Fratura 5º
Fratura de Bennet - fratura proximal do primeiro ● se houver desvio - cirurgia
metacarpiano, queda dobre o polegar abduzido ● se não houver - imobilizar dedo em flexão para
que o fragmento seja fixado na posição
Fratura de soco - fratura do 5º metacarpo anatômica

Fratura de Bennet - sempre cirurgica

Complicações: necrose avascular


● Ocorre perda óssea em torno do foco de fratura e pode aparecer um furo. Ela ocorre geralmente em alguns meses após o trauma e
gera dor incapacitante no paciente, com muita dificuldade de realizar as atividades manuais. Quando ocorre uma destruição geral
(quase total) do osso, a indicação é a retirada cirúrgica do escafóide. Vai haver uma limitação, mas o que se consegue de melhora no
processo com a retirada do escafóide, é justamente a melhora do quadro doloroso. Passa-se ter então o paciente com limitação
funcional, mas sem dor.

Patologias inflamatórias

a) Tenossinovite
● Acomete os tendões e suas bainhas sinoviais, são muito comuns na região do punho.
● Acomete pacientes que tenham atividades que demandem muita extensão ou flexão.
● Sintomas: calor, rubor, aumento de volume, dor local + incapacidade funcional
● TTO = imobilização provisória + intervenção na atividade de repetição

b) Tenossinovite de Dequervain
● Acomete os tendões da chamada tabaqueira anatômica.
● É muito comum nos pacientes que utilizam muito o movimento de pinça:
● Para confirmar faz o teste: “Sinal de Finkelstein” onde se faz uma flexão e adução do polegar e logo em seguida se faz um desvio ulnar
do punho.
● TTO = repouso + fisioterapia + intervenção na atividade de repetição

c) Dedo em gatilho
● Tenossinovite do flexor profundo e superficial dos dedos onde ocorre a inflamação da bainha sinovial e o tendão do flexor profundo fica
preso na bainha sinovial do flexor superficial dos dedos.
● O paciente faz a flexão do dedo e não consegue retornar por conta do processo inflamatório
● Isso não é permanente, ocorre de forma intermitente
● TTO = fisioterapia + medicação local

d) Contratura de Dupuytren
● É uma fibrose da aponeurose palmar.
● Vai havendo um processo inflamatório que acaba se transformando num tecido fibroso que vai fazendo uma retração dos tendões
flexores.
● Espessamento visível e palpável
● TTO = fisioterapia, mas se a fibrose evoluir tem que ser cirúrgico

e) Síndromes neurológicas compressivas


● Podem afetar o nervo mediano atravessando o túnel do carpo e nervo ulnar que passa pelo canal de guion
● Os processos inflamatórios tendíneos podem fazer com que aumente o conteúdo desse túnel, gerando maior pressão no nervo
mediano. Além disso, uma hipertrofia tecidual pode comprimir (pessoas que carregam muito peso)
● Sintomas de nervo mediano: dor, parestesia (no polegar, 1 e 2º dedos e região palmar)
● Sintomas de nervo ulnar: dor, parestesia (no 4 e 5º dedos e região palmar)
● TTO = fisioterapia

f) Cisto sinovial
● Acúmulo de líquido sinovial
● É potencializada por uma atividade manual intensa.
● Não tem dor, apenas deformidade
● É intermitente
● TTO = fisioterapia e caso o paciente queira a cirurgia, mas é reincidente

Princípio da reabilitação

● Combater o edema
● Imobilizar o menor tempo possível (3 semanas), com os dedos fletidos
● Não forçar as articulações

Não tendemos a imobilizar a mão totalmente em extensão. A posição funcional é descrita como:
● Punho de 20 a 30 graus em extensão,
● Metacarpofalangeanas e interfalangeanas em torno de 20 graus de flexão
● O polegar deve ser imobilizado em abdução e oponência, ele nunca ficará junto aos dedos, aduzido ou estendido.

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