Ri Senado Federal
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TÍTULO I
DO FUNCIONAMENTO
CAPÍTULO I
DA SEDE
CAPÍTULO II
DAS SESSÕES LEGISLATIVAS
CAPÍTULO III
DAS REUNIÕES PREPARATÓRIAS
TÍTULO II
DOS SENADORES
CAPÍTULO I
DA POSSE
Art. 4º A posse, ato público por meio do qual o Senador se investe no mandato, realizar-se-á
perante o Senado, durante reunião preparatória, sessão deliberativa ou não deliberativa, precedida
da apresentação à Mesa do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, o qual será publicado no
Diário do Senado Federal.
§ 1º A apresentação do diploma poderá ser feita pelo diplomado, pessoalmente, por ofício ao
Primeiro-Secretário, por intermédio do seu Partido ou de qualquer Senador.
§ 2º Presente o diplomado, o Presidente designará três Senadores para recebê-lo, introduzi-
lo no plenário e conduzi-lo até a Mesa, onde, estando todos de pé, prestará o seguinte
compromisso: “Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel e
lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a
independência do Brasil”.
§ 3º Quando forem diversos os Senadores a prestar o compromisso a que se refere o § 2º,
somente um o pronunciará e os demais, ao serem chamados, dirão: “Assim o prometo”.
§ 4º Durante o recesso, a posse realizar-se-á perante o Presidente, em solenidade pública
em seu gabinete, observada a exigência da apresentação do diploma e da prestação do
compromisso, devendo o fato ser noticiado no Diário do Senado Federal.
§ 5º O Senador deverá tomar posse dentro de noventa dias, contados da instalação da
sessão legislativa, ou, se eleito durante esta, contados da diplomação, podendo o prazo ser
prorrogado, por motivo justificado, a requerimento do interessado, por mais trinta dias.
§ 6º Findo o prazo de noventa dias, se o Senador não tomar posse nem requerer sua
prorrogação, considerar-se-á como tendo renunciado ao mandato, convocando-se o primeiro
Suplente.
Art. 5º O primeiro Suplente, convocado para a substituição de Senador licenciado, terá o
prazo de trinta dias improrrogáveis para prestar o compromisso, e, nos casos de vaga ou de
afastamento nos termos do art. 39, II, de sessenta dias, que poderá ser prorrogado, por motivo
justificado, a requerimento do interessado, por mais trinta dias.
§ 1º Se, dentro dos prazos estabelecidos neste artigo, o Suplente não tomar posse e nem
requerer sua prorrogação, considerar-se-á como tendo renunciado ao mandato, convocando-se o
segundo Suplente, que terá, em qualquer hipótese, trinta dias para prestar o compromisso.
§ 2º O Suplente, por ocasião da primeira convocação, deverá prestar o compromisso na
forma do art. 4º e, nas seguintes, o Presidente comunicará à Casa a sua volta ao exercício do
mandato.
Art. 6º Nos casos dos arts. 4º, § 5º, e 5º, § 1º, havendo requerimento e findo o prazo sem ter
sido votado, considerar-se-á como concedida a prorrogação.
Art. 7º Por ocasião da posse, o Senador ou Suplente convocado comunicará à Mesa, por
escrito, o nome parlamentar com que deverá figurar nas publicações e registros da Casa e a sua
filiação partidária, observando o disposto no art. 78, parágrafo único.
§ 1º Do nome parlamentar não constarão mais de duas palavras, não computadas nesse
número as preposições.
§ 2º A alteração do nome parlamentar ou da filiação partidária deverá ser comunicada, por
escrito, à Mesa, vigorando a partir da publicação no Diário do Senado Federal.
CAPÍTULO II
DO EXERCÍCIO
Art. 8º O Senador deve apresentar-se no edifício do Senado à hora regimental, para tomar
parte nas sessões do Plenário, bem como à hora de reunião da comissão de que seja membro,
cabendo-lhe:
I - oferecer proposições, discutir, votar e ser votado;
II - solicitar, de acordo com o disposto no art. 216, informações às autoridades sobre fatos
relativos ao serviço público ou úteis à elaboração legislativa;
III - usar da palavra, observadas as disposições deste Regimento.
Art. 9º É facultado ao Senador, uma vez empossado:
I - examinar quaisquer documentos existentes no Arquivo;
II - requisitar da autoridade competente, por intermédio da Mesa ou diretamente,
providências para garantia das suas imunidades e informações para sua defesa;
III - frequentar a Biblioteca e utilizar os seus livros e publicações, podendo requisitá-los para
consulta, fora das dependências do Senado, desde que não se trate de obras raras, assim
classificadas pela Comissão Diretora;
IV - frequentar o edifício do Senado e as respectivas dependências, só ou acompanhado,
vedado ao acompanhante o ingresso no plenário, durante as sessões, e nos locais privativos dos
Senadores;
V - utilizar-se dos diversos serviços do Senado, desde que para fins relacionados com as
suas funções;
VI - receber em sua residência o Diário do Senado Federal, o do Congresso Nacional e o
Diário Oficial da União.
Parágrafo único. O Senador substituído pelo Suplente continuará com os direitos previstos
neste artigo.
CAPÍTULO III
DOS ASSENTAMENTOS
Art. 10. O Senador ou Suplente, por ocasião da posse, inscreverá, em livro específico, de
próprio punho, seu nome, o nome parlamentar, a respectiva rubrica, filiação partidária, idade,
estado civil e outras declarações que julgue conveniente fazer.
Art. 11. Com base nos dados referidos no art. 10, o Primeiro-Secretário expedirá as
respectivas carteiras de identidade.
CAPÍTULO IV
DA REMUNERAÇÃO
CAPÍTULO V
DO USO DA PALAVRA
CAPÍTULO VI
DAS MEDIDAS DISCIPLINARES
CAPÍTULO VII
DAS HOMENAGENS DEVIDAS EM CASO DE FALECIMENTO
CAPÍTULO VIII
DAS VAGAS
CAPÍTULO IX
DA SUSPENSÃO DAS IMUNIDADES
Art. 36. As imunidades dos Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser
suspensas mediante voto de dois terços dos membros da Casa, nos casos de atos praticados fora
do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida (Const.,
art. 53, § 8º).
Art. 37. Serão observadas, na decretação da suspensão das imunidades, as disposições do
capítulo VIII no que forem aplicáveis.
CAPÍTULO X
DA AUSÊNCIA E DA LICENÇA
Art. 38. Considerar-se-á como ausente, para efeito do disposto no art. 55, III, da
Constituição, o Senador cujo nome não conste das listas de comparecimento das sessões
deliberativas ordinárias.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, aplica-se o disposto no art. 13, não sendo,
ainda, considerada a ausência do Senador nos sessenta dias anteriores às eleições gerais.
Art. 39. O Senador deverá comunicar ao Presidente sempre que:
I - ausentar-se do País;
II - assumir cargo de Ministro de Estado, de Governador de Território, de Secretário de
Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou de chefe de missão
diplomática temporária (Const., art. 56, I).
II – assumir cargo de chefe de missão diplomática temporária, de Ministro de Estado, de
Governador de Território ou de Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território ou de
Prefeitura de Capital (Const., art. 56, I). (Redação dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de
2022)
Parágrafo único. Ao comunicar o seu afastamento, no caso do inciso I, o Senador deverá
mencionar o respectivo prazo.
Art. 40. A ausência do Senador, quando incumbido de representação da Casa ou, ainda, no
desempenho de missão no País ou no exterior, deverá ser autorizada mediante deliberação do
Plenário, se houver ônus para o Senado.
§ 1º A autorização poderá ser:
I - solicitada pelo interessado;
II - proposta:
a) pela Presidência, quando de sua autoria a indicação;
b) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, no caso de missão a realizar-
se no estrangeiro;
c) pela comissão que tiver maior pertinência, no caso de missão a realizar-se no País;
d) pelo líder do bloco parlamentar ou do partido a que pertença o interessado.
§ 2º Na solicitação ou na proposta deverá ser mencionado o prazo de afastamento do
Senador.
§ 3º A solicitação ou proposta será lida no Período do Expediente e votada em seguida à
Ordem do Dia da mesma sessão.
§ 4º No caso do § 1º, I e II, d, será ouvida a Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional ou a que tiver maior pertinência, sendo o parecer oferecido, imediatamente, por escrito ou
oralmente, podendo o relator solicitar prazo não excedente a duas horas.
§ 5º Os casos de licença serão decididos pela Mesa com recurso para o Plenário.
Art. 41. Nos casos do art. 40, se não for possível, por falta de número, realizar-se a votação
em duas sessões deliberativas ordinárias consecutivas, ou se o Senado estiver em recesso, o
pedido será despachado pelo Presidente, retroagindo os efeitos da licença à data do requerimento.
Art. 42. O Senador afastado do exercício do mandato não poderá ser incumbido de
representação da Casa, de comissão, ou de grupo parlamentar.
Art. 43. Para os efeitos do disposto no art. 55, III, da Constituição, o Senador poderá:
I - quando, por motivo de doença, se encontre impossibilitado de comparecer às sessões do
Senado, requerer licença, instruída com laudo de inspeção de saúde (Const., art. 56, II);
II - solicitar licença para tratar de interesses particulares, desde que o afastamento não
ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa (Const., art. 56, II).
§ 1º (Revogado).
§ 2º (Revogado).
§ 3º É permitido ao Senador desistir a qualquer tempo de licença que lhe tenha sido
concedida, salvo se, em virtude dela, haja sido convocado Suplente, quando a desistência
somente poderá ocorrer uma vez decorrido prazo superior a cento e vinte dias.
§ 4º A licença à gestante, a licença ao adotante e a licença paternidade, todas remuneradas,
equivalem à licença por motivo de saúde de que trata o art. 56, II, da Constituição Federal.
§ 5º Será concedida à Senadora gestante licença de cento e vinte dias, nos termos dos arts.
7º, XVIII, e 39, § 3º, ambos da Constituição Federal.
§ 6º A licença à adotante, concedida à Senadora que adotar ou obtiver guarda judicial de
criança, será:
I - de cento e vinte dias, se a criança tiver até um ano de idade;
II - de sessenta dias, se a criança tiver mais de um ano de idade;
III - de trinta dias, se a criança tiver mais de quatro anos e até oito anos de idade.
§ 7º Será concedida licença paternidade ou licença ao adotante de cinco dias ao Senador,
respectivamente, pelo nascimento ou adoção de filho, nos termos dos arts. 7º, XIX, e 39, § 3º, e
10, § 1º, este último constante do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, todos da
Constituição Federal.
§ 7º Será concedida licença-paternidade ou licença ao adotante de cinco dias ao Senador,
respectivamente, pelo nascimento ou adoção de filho, nos termos dos arts. 7º, XIX, e 39, § 3º, da
Constituição Federal, e do art. 10, § 1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
(Redação dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
Art. 44. Considerar-se-á como licença concedida, para os efeitos do art. 55, III, da
Constituição, o não comparecimento às sessões do Senador temporariamente privado da
liberdade, em virtude de processo criminal em curso.
Art. 44-A. Considerar-se-á como licença autorizada, para os fins do disposto no art. 55, III,
da Constituição, e no art. 38, parágrafo único, deste Regimento, a ausência às sessões de
Senador candidato à Presidência ou Vice-Presidência da República, no período compreendido
entre o registro da candidatura no Tribunal Superior Eleitoral e a apuração do respectivo pleito.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se aos candidatos que concorrerem ao segundo turno.
§ 2º Para os fins do disposto neste artigo o Senador deverá encaminhar à Mesa certidão
comprobatória do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
CAPÍTULO XI
DA CONVOCAÇÃO DE SUPLENTE
TÍTULO III
DA MESA
CAPÍTULO I
DA COMPOSIÇÃO
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES
CAPÍTULO III
DA ELEIÇÃO
Art. 59. Os membros da Mesa serão eleitos para mandato de dois anos, vedada a reeleição
para o período imediatamente subsequente (Const., art. 57, § 4º). (Vide a ADI nº 6524)
§ 1º Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos e blocos parlamentares que participam do Senado (Const., art. 58, § 1º).
§ 2º Para os fins do cálculo de proporcionalidade, as bancadas partidárias são consideradas
pelos seus quantitativos à data da diplomação.
§ 2º Para os fins do cálculo de proporcionalidade, as bancadas partidárias são consideradas
pelos seus quantitativos na primeira reunião preparatória que antecede a primeira e a terceira
sessões legislativas ordinárias de cada legislatura. (Redação dada pela Resolução nº 7, de 2022)
§ 3º No caso de vaga definitiva, o preenchimento far-se-á, dentro de cinco dias úteis, pela
forma estabelecida no art. 60, salvo se faltarem menos de cento e vinte dias para o término do
mandato da Mesa.
§ 4º Enquanto não eleito o novo Presidente, os trabalhos do Senado serão dirigidos pela
Mesa do período anterior.
Art. 60. A eleição dos membros da Mesa será feita em escrutínio secreto, exigida maioria de
votos, presente a maioria da composição do Senado e assegurada, tanto quanto possível, a
participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares com
atuação no Senado.
§ 1º A eleição far-se-á em quatro escrutínios, na seguinte ordem, para:
I - o Presidente;
II - os Vice-Presidentes;
III - os Secretários;
IV - os Suplentes de Secretários.
§ 2º A eleição, para os cargos constantes dos incisos II a IV do § 1º, far-se-á com cédulas
uninominais, contendo a indicação do cargo a preencher, e colocadas, as referentes a cada
escrutínio, na mesma sobrecarta.
§ 3º Na apuração, o Presidente fará, preliminarmente, a separação das cédulas referentes
ao mesmo cargo, lendo-as, em seguida, uma a uma, e passando-as ao Segundo-Secretário, que
anotará o resultado.
§ 4º Por proposta de um terço dos Senadores ou de líder que represente este número, a
eleição para o preenchimento dos cargos constantes do § 1º, II e III, poderá ser feita em um único
escrutínio, obedecido o disposto nos §§ 2º e 3º.
TÍTULO IV
DOS BLOCOS PARLAMENTARES, DA MAIORIA, DA MINORIA E DAS
LIDERANÇAS
TÍTULO V
DA REPRESENTAÇÃO EXTERNA
Art. 67. O Senado, atendendo a convite, poderá se fazer representar em ato ou solenidade
de cunho internacional, nacional ou regional, mediante deliberação do Plenário por proposta do
Presidente ou a requerimento de qualquer Senador ou comissão.
Art. 68. A representação externa far-se-á por comissão ou por um Senador.
Art. 69. É lícito ao Presidente avocar a representação do Senado quando se trate de ato de
excepcional relevo.
Art. 70. Na impossibilidade de o Plenário deliberar sobre a matéria, será facultado ao
Presidente autorizar representação externa para:
I - chegada ou partida de personalidade de destaque na vida pública nacional ou
internacional;
II - solenidade de relevante expressão nacional ou internacional;
III - funeral ou cerimônia fúnebre em que, regimentalmente, caiba essa representação.
Parágrafo único. O Presidente dará conhecimento ao Senado da providência adotada na
primeira sessão que se realizar.
TÍTULO VI
DAS COMISSÕES
CAPÍTULO I
DAS COMISSÕES PERMANENTES E TEMPORÁRIAS
Art. 71. O Senado terá comissões permanentes e temporárias (Const., art. 58).
Art. 72. As comissões permanentes, além da Comissão Diretora, são as seguintes:
I - Comissão de Assuntos Econômicos (CAE);
II - Comissão de Assuntos Sociais (CAS);
III - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ);
IV - Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE);
V - Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do
Consumidor (CTFC);
VI - Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH);
VII - Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE);
VIII - Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI);
IX - Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR);
X - Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA);
XI - Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT);
XII - Comissão Senado do Futuro (CSF);
XIII - Comissão de Meio Ambiente (CMA);
XIV – Comissão de Segurança Pública (CSP). (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
Art. 73. Ressalvada a Comissão Diretora, cabe às comissões permanentes, no âmbito das
respectivas competências, criar subcomissões permanentes ou temporárias, até o máximo de
quatro, mediante proposta de qualquer de seus integrantes.
§ 1º Ao funcionamento das subcomissões aplicar-se-ão, no que couber, as disposições
deste Regimento relativas ao funcionamento das comissões permanentes.
§ 2º Os relatórios aprovados nas subcomissões serão submetidos à apreciação do Plenário
da respectiva comissão, sendo a decisão final, para todos os efeitos, proferida em nome desta.
Art. 74. As comissões temporárias serão:
I - internas - as previstas no Regimento para finalidade específica;
II - externas - destinadas a representar o Senado em congressos, solenidades e outros atos
públicos;
III - parlamentares de inquérito - criadas nos termos do art. 58, § 3º, da Constituição.
Art. 75. As comissões externas serão criadas por deliberação do Plenário, a requerimento
de qualquer Senador ou comissão, ou por proposta do Presidente.
Parágrafo único. O requerimento ou a proposta deverá indicar o objetivo da comissão e o
número dos respectivos membros.
Art. 76. As comissões temporárias se extinguem:
I - pela conclusão da sua tarefa; ou
II - ao término do respectivo prazo; e
III - ao término da sessão legislativa ordinária.
§ 1º É lícito à comissão que não tenha concluído a sua tarefa requerer a prorrogação do
respectivo prazo:
I - no caso do inciso II, do caput, por tempo determinado não superior a um ano;
II - no caso do inciso III, do caput, até o término da sessão legislativa seguinte.
§ 2º Quando se tratar de comissão externa, finda a tarefa, deverá ser comunicado ao
Senado o desempenho de sua missão.
§ 3º O prazo das comissões temporárias é contado a partir da publicação dos atos que as
criarem, suspendendo-se nos períodos de recesso do Congresso Nacional.
§ 4º Em qualquer hipótese o prazo da comissão parlamentar de inquérito não poderá
ultrapassar o período da legislatura em que for criada.
CAPÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO
Art. 77. A Comissão Diretora é constituída dos titulares da Mesa, tendo as demais
comissões permanentes o seguinte número de membros:
I - Comissão de Assuntos Econômicos, 27;
II - Comissão de Assuntos Sociais, 21;
III - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, 27;
IV - Comissão de Educação, Cultura e Esporte, 27;
V - Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do
Consumidor, 17.
VI - Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, 19;
VII - Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, 19;
VIII - Comissão de Serviços de Infraestrutura, 23;
IX - Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, 17;
X - Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, 17;
XI - Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, 17;
XII - Comissão Senado do Futuro, 11;
XIII - Comissão de Meio Ambiente, 17;
XIV – Comissão de Segurança Pública, 19. (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
§ 1º Os membros da Comissão Diretora, exceto o Presidente da Casa, poderão integrar
outras comissões permanentes.
§ 2º Cada Senador poderá integrar até três comissões como titular e três como suplente.
Art. 78. Os membros das comissões serão designados pelo Presidente, por indicação
escrita dos respectivos líderes, assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das
representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação no Senado Federal (Const.,
art. 58, § 1º).
Parágrafo único. Para fins de proporcionalidade, as representações partidárias são fixadas
pelos seus quantitativos à data da diplomação, salvo nos casos de posterior criação, fusão ou
incorporação de partidos.
Parágrafo único. Para fins de proporcionalidade, as representações partidárias são fixadas
pelos seus quantitativos na primeira reunião preparatória que antecede a primeira e a terceira
sessões legislativas ordinárias de cada legislatura, salvo nos casos de posterior criação, fusão ou
incorporação de partidos. (Redação dada pela Resolução nº 7, de 2022)
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO
Art. 79. No início de cada legislatura, os líderes, uma vez indicados, reunir-se-ão para fixar a
representação numérica dos partidos e dos blocos parlamentares nas comissões permanentes.
Art. 79. No início da primeira e da terceira sessões legislativas ordinárias de cada
legislatura, os líderes, uma vez indicados, reunir-se-ão para fixar a representação numérica dos
partidos e dos blocos parlamentares nas comissões permanentes. (Redação dada pela Resolução
nº 7, de 2022)
Art. 80. Fixada a representação prevista no art. 79, os líderes entregarão à Mesa, nos dois
dias úteis subsequentes, as indicações dos titulares das comissões e, em ordem numérica, as dos
respectivos suplentes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o Presidente fará a designação das comissões.
§ 1º Recebidas as indicações, o Presidente fará a designação das comissões. (Renumerado
pela Resolução nº 7, de 2022)
§ 2º Na hipótese de, até a data da instalação de cada comissão, não haver sido designada
Senadora para compô-la, adotar-se-á sistema de revezamento entre os partidos ou blocos
parlamentares que contem com membro da bancada feminina em seus quadros, de acordo com o
seguinte procedimento: (Incluído pela Resolução nº 7, de 2022)
I – na primeira ocorrência da hipótese deste parágrafo, cumprirá ao maior partido ou bloco
parlamentar refazer a indicação, nos termos do art. 81, de modo a assegurar a presença de ao
menos 1 (uma) Senadora, como titular ou suplente da comissão; (Incluído pela Resolução nº 7, de
2022)
II – verificada a hipótese em outras comissões, o mesmo dever de refazimento da indicação
recairá, sucessivamente e segundo o tamanho da bancada, sobre os demais partidos ou blocos
nelas representados e que contem com Senadora em seus quadros; (Incluído pela Resolução nº 7,
de 2022)
III – o revezamento será reiniciado caso todos os partidos ou blocos já tenham refeito suas
indicações em alguma comissão, para assegurar a presença, no colegiado, de membro da
bancada feminina. (Incluído pela Resolução nº 7, de 2022)
§ 3º O disposto no § 2º não se aplica à Comissão Diretora. (Incluído pela Resolução nº 7, de
2022)
Art. 81. O lugar na comissão pertence ao partido ou bloco parlamentar, competindo ao líder
respectivo pedir, em documento escrito, a substituição, em qualquer circunstância ou oportunidade,
de titular ou suplente por ele indicado.
§ 1º A substituição de membro da comissão que se desligar do partido ao qual pertence o
lugar na comissão não alterará a proporcionalidade estabelecida nos termos do parágrafo único do
art. 78 e do art. 79.
§ 2º A substituição de Senador que exerça a presidência de comissão deverá ser precedida
de autorização da maioria da respectiva bancada, salvo na hipótese de seu desligamento do
partido que ali representar.
Art. 82. A designação dos membros das comissões temporárias será feita:
I - para as internas, nas oportunidades estabelecidas neste Regimento;
II - para as externas, imediatamente após a aprovação do requerimento que der motivo à
sua criação.
Parágrafo único. Aplica-se à designação dos membros das comissões temporárias o
disposto nos §§ 1º e 2º do art. 80. (Incluído pela Resolução nº 7, de 2022)
CAPÍTULO IV
DA SUPLÊNCIA, DAS VAGAS E DAS SUBSTITUIÇÕES
Art. 83. As comissões permanentes, exceto a Diretora, terão suplentes em número igual ao
de titulares.
Parágrafo único. (Revogado).
Art. 84. Compete ao suplente substituir o membro da comissão:
I - eventualmente, nos seus impedimentos, para quorum nas reuniões;
II - por determinados períodos, nas hipóteses previstas nos arts. 39, 40 e 43.
§ 1º A convocação será feita pelo Presidente da comissão, obedecida a ordem numérica e a
representação partidária.
§ 2º Ao suplente poderá ser distribuída proposição para relatar quando:
I - se tratar de substituição prevista no inciso II do caput;
II - se tratar de matéria em regime de urgência;
III - o volume das matérias despachadas à comissão assim o justifique.
§ 3º Nas hipóteses dos incisos II e III do § 2º, se a representação do bloco parlamentar ou
do partido a que pertencer o suplente estiver completa na reunião, o seu voto só será computado
em relação à matéria que relatar, deixando de participar da deliberação o suplente convocado por
último ou, na inexistência desse, o último dos titulares do bloco parlamentar ou do partido,
conforme a lista oficial da comissão, publicada no Diário do Senado Federal.
§ 4º As proposições em poder de titular ou suplente que se afastar do exercício do mandato,
nos casos dos arts. 39, 40 e 43, serão devolvidas ao Presidente da comissão para serem
redistribuídas.
Art. 85. Em caso de impedimento temporário de membro da comissão e não havendo
suplente a convocar, o Presidente desta solicitará à Presidência da Mesa a designação de
substituto, devendo a escolha recair em Senador do mesmo partido ou bloco parlamentar do
substituído, salvo se os demais representantes do partido ou bloco não puderem ou não quiserem
aceitar a designação.
§ 1º Ausentes o Presidente e o Vice-Presidente da comissão, o Presidente do Senado
poderá designar, de ofício, substitutos eventuais a fim de possibilitar o funcionamento do órgão.
§ 2º Cessará o exercício do substituto desde que o substituído compareça à reunião da
respectiva comissão.
Art. 86. A renúncia a lugar em comissão far-se-á em comunicação escrita à Mesa.
Art. 87. Impossibilitado de comparecer a qualquer reunião de comissão a que pertença, o
Senador deverá comunicar o fato ao Presidente a tempo de ser tomada a providência regimental
para a sua substituição.
CAPÍTULO V
DA DIREÇÃO
Art. 88. No início da legislatura, nos cinco dias úteis que se seguirem à designação de seus
membros, e na terceira sessão legislativa, nos cinco dias úteis que se seguirem à indicação dos
líderes, cada comissão reunir-se-á para instalar seus trabalhos e eleger, em escrutínio secreto, o
seu Presidente e o Vice-Presidente.
Art. 88. No início da primeira e da terceira sessões legislativas ordinárias de cada
legislatura, nos cinco dias úteis que se seguirem à designação de seus membros, cada comissão
reunir-se-á para instalar seus trabalhos e eleger, em escrutínio secreto, seu Presidente e Vice-
Presidente. (Redação dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
§ 1º Em caso do não cumprimento do disposto neste artigo, ficarão investidos nos cargos os
dois titulares mais idosos, até que se realize a eleição.
§ 2º Ocorrendo empate, a eleição será repetida no dia seguinte; verificando-se novo empate,
será considerado eleito o mais idoso.
§ 3º Na ausência do Presidente e do Vice-Presidente, presidirá a comissão o mais idoso dos
titulares.
§ 4º Em caso de vaga dos cargos de Presidente ou de Vice-Presidente, far-se-á o
preenchimento por meio de eleição realizada nos cinco dias úteis que se seguirem à vacância,
salvo se faltarem sessenta dias ou menos para o término dos respectivos mandatos.
§ 5º Aceitar função prevista no art. 39, II, importa em renúncia ao cargo de Presidente ou de
Vice-Presidente de comissão.
§ 6º Ao mandato de Presidente e de Vice-Presidente das comissões permanentes e de suas
subcomissões aplica-se o disposto no art. 59.
Art. 89. Ao Presidente de comissão compete:
I - ordenar e dirigir os trabalhos da comissão;
II - dar-lhe conhecimento de toda a matéria recebida;
III - designar, na comissão, relatores para as matérias;
IV - designar, dentre os componentes da comissão, os membros das subcomissões e fixar a
sua composição;
V - resolver as questões de ordem;
VI - ser o elemento de comunicação da comissão com a Mesa, com as outras comissões e
suas respectivas subcomissões e com os líderes;
VII - convocar as suas reuniões extraordinárias, de ofício ou a requerimento de qualquer de
seus membros, aprovado pela comissão;
VIII - promover a publicação das atas das reuniões no Diário do Senado Federal;
IX - solicitar, em virtude de deliberação da comissão, os serviços de funcionários técnicos
para estudo de determinado trabalho, sem prejuízo das suas atividades nas repartições a que
pertençam;
X - convidar, para o mesmo fim e na forma do inciso IX, técnicos ou especialistas
particulares e representantes de entidades ou associações científicas;
XI - desempatar as votações quando ostensivas;
XII - distribuir matérias às subcomissões;
XIII - assinar o expediente da comissão.
§ 1º Quando o Presidente funcionar como relator, passará a Presidência ao substituto
eventual, enquanto discutir ou votar o assunto que relatar.
§ 2º Ao encerrar-se a legislatura, o Presidente providenciará a fim de que os seus membros
devolvam à secretaria da comissão os processos que lhes tenham sido distribuídos.
CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 90. Às comissões compete:
I - discutir e votar projeto de lei nos termos do art. 91 (Const., art. 58, § 2º, I);
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil (Const., art. 58, § 2º, II);
III - convocar Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados
à Presidência da República para prestarem informações sobre assuntos inerentes a suas
atribuições e ouvir os Ministros quando no exercício da faculdade prevista no art. 50, § 1º, da
Constituição (Const., arts. 50 e 58, § 2º, III);
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra
atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas (Const., art. 58, § 2º, IV);
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão (Const., art. 58, § 2º, V);
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento
e sobre eles emitir parecer (Const., art. 58, § 2º, VI);
VII - propor a sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar (Const., art. 49, V);
VIII - acompanhar junto ao Governo a elaboração da proposta orçamentária, bem como sua
execução;
IX - acompanhar, fiscalizar e controlar as políticas governamentais pertinentes às áreas de
sua competência;
X - exercer a fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo, incluídos os da
administração indireta, e quanto às questões relativas à competência privativa do Senado (Const.,
arts. 49, X, e 52, V a IX);
XI - estudar qualquer assunto compreendido nas atribuições do Senado, propondo as
medidas legislativas cabíveis;
XII - opinar sobre o mérito das proposições submetidas ao seu exame, emitindo o respectivo
parecer;
XIII - realizar diligência.
Parágrafo único. Ao depoimento de testemunhas e autoridades aplicam-se, no que couber,
as disposições do Código de Processo Civil.
Art. 91. Às comissões, no âmbito de suas atribuições, cabe, dispensada a competência do
Plenário, nos termos do art. 58, § 2º, I, da Constituição, discutir e votar:
I - projetos de lei ordinária de autoria de Senador, ressalvado projeto de código;
II - projetos de resolução que versem sobre a suspensão da execução, no todo ou em parte,
de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (Const., art.
52, X).
III - projetos de decreto legislativo de que trata o § 1º do art. 223 da Constituição Federal.
§ 1º O Presidente do Senado, ouvidas as lideranças, poderá conferir às comissões
competência para apreciar, terminativamente, as seguintes matérias:
I - tratados ou acordos internacionais (Const., art. 49, I);
II - autorização para a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e
lavra de riquezas minerais em terras indígenas (Const., art. 49, XVI);
III - alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos
hectares (Const., art. 49, XVII);
IV - projetos de lei da Câmara de iniciativa parlamentar que tiverem sido aprovados, em
decisão terminativa, por comissão daquela Casa;
V - indicações e proposições diversas, exceto:
a) projeto de resolução que altere o Regimento Interno;
b) projetos de resolução a que se referem os arts. 52, V a IX, e 155, §§ 1º , IV, e 2º , IV e V,
da Constituição;
c) proposta de emenda à Constituição.
§ 2º Encerrada a apreciação terminativa a que se refere este artigo, a decisão da comissão
será comunicada ao Presidente do Senado Federal para ciência do Plenário e publicação no Diário
do Senado Federal.
§ 3º No prazo de cinco dias úteis, contado a partir da publicação da comunicação referida no
§ 2º no avulso eletrônico da Ordem do Dia da sessão seguinte, poderá ser interposto recurso para
apreciação da matéria pelo Plenário do Senado.
§ 4º O recurso, assinado por um décimo dos membros do Senado, será dirigido ao
Presidente da Casa.
§ 5º Esgotado o prazo previsto no § 3º, sem interposição de recurso, o projeto será,
conforme o caso, encaminhado à sanção, promulgado, remetido à Câmara ou arquivado.
Art. 92. Aplicam-se à tramitação dos projetos e demais proposições submetidas à
deliberação terminativa das comissões as disposições relativas a turnos, prazos, emendas e
demais formalidades e ritos exigidos para as matérias submetidas à apreciação do Plenário do
Senado.
Art. 93. A audiência pública será realizada pela comissão para:
I - instruir matéria sob sua apreciação;
II - tratar de assunto de interesse público relevante.
§ 1º A audiência pública poderá ser realizada por solicitação de entidade da sociedade civil.
§ 2º A audiência prevista para o disposto no inciso I poderá ser dispensada por deliberação
da comissão.
§ 3º No dia previamente designado, a comissão poderá realizar audiência pública com a
presença de, no mínimo, 2 (dois) de seus membros.
Art. 94. Os depoimentos serão prestados por escrito e de forma conclusiva.
§ 1º Na hipótese de haver defensores e opositores, relativamente à matéria objeto de
exame, a comissão procederá de forma que possibilite a audiência de todas as partes
interessadas.
§ 2º Os membros da comissão poderão, terminada a leitura, interpelar o orador
exclusivamente sobre a exposição lida, por prazo nunca superior a três minutos.
§ 3º O orador terá o mesmo prazo para responder a cada Senador, sendo lhe vedado
interpelar os membros da comissão.
Art. 95. Da reunião de audiência pública será lavrada ata, arquivando-se, no âmbito da
comissão, os pronunciamentos escritos e documentos que os acompanharem.
Parágrafo único. Será admitido, a qualquer tempo, a requerimento de Senador, o traslado de
peças.
Art. 96. A comissão receberá petições, reclamações, representações ou queixas de
qualquer pessoa contra ato ou omissão de autoridade ou entidade pública sobre assunto de sua
competência.
§ 1º Os expedientes referidos neste artigo deverão ser encaminhados por escrito, com
identificação do autor e serão distribuídos a um relator que os apreciará e apresentará relatório
com sugestões quanto às providências a serem tomadas pela comissão, pela Mesa ou pelo
Ministério Público.
§ 2º O relatório será discutido e votado na comissão, devendo concluir por projeto de
resolução se contiver providência a ser tomada por outra instância que não a da própria comissão.
Art. 96-A. Os dirigentes máximos das agências reguladoras comparecerão ao Senado
Federal, em periodicidade anual, para prestar contas sobre o exercício de suas atribuições e o
desempenho da agência, bem como para apresentar avaliação das políticas públicas no âmbito de
suas competências.
Parágrafo único. O comparecimento de que trata o caput ocorrerá em reunião conjunta da
comissão temática pertinente e das Comissões de Assuntos Econômicos e de Constituição, Justiça
e Cidadania.
Art. 96-B. No desempenho da competência prevista no inciso IX do art. 90, as comissões
permanentes selecionarão, na área de sua competência, políticas públicas desenvolvidas no
âmbito do Poder Executivo, para serem avaliadas.
§ 1º Cada comissão permanente selecionará as políticas públicas até o último dia útil do mês
de março de cada ano.
§ 2º Para realizar a avaliação de que trata o caput, que se estenderá aos impactos das
políticas públicas e às atividades meio de suporte para sua execução, poderão ser solicitadas
informações e documentos a órgãos do Poder Executivo e ao Tribunal de Contas da União, bem
como a entidades da sociedade civil, nos termos do art. 50 da Constituição Federal.
§ 2º Para realizar a avaliação referida no caput, que se estenderá aos impactos das políticas
públicas e às atividades-meio de suporte para sua execução, poderão ser solicitadas informações
e documentos a órgãos do Poder Executivo, nos termos do art. 50 da Constituição Federal, bem
como ao Tribunal de Contas da União e a entidades da sociedade civil. (Redação dada pelo Ato da
Comissão Diretora nº 15, de 2022)
§ 3º Ao final da sessão legislativa, a comissão apresentará relatório com as conclusões da
avaliação realizada.
§ 4º A Consultoria Legislativa e a Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do
Senado Federal elaborarão estudos e relatórios técnicos que subsidiarão os trabalhos da avaliação
de que trata o caput.
§ 5º O Instituto de Pesquisa DataSenado produzirá análises e relatórios estatísticos para
subsidiar a avaliação de que trata o caput.
SEÇÃO II
Das Atribuições Específicas
Art. 97. Às comissões permanentes compete estudar e emitir parecer sobre os assuntos
submetidos ao seu exame.
Art. 98. À Comissão Diretora compete:
I - exercer a administração interna do Senado nos termos das atribuições fixadas no seu
Regulamento Administrativo;
II - regulamentar a polícia interna;
III - propor ao Senado projeto de resolução dispondo sobre sua organização, funcionamento,
polícia, criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços e a
iniciativa de lei para a fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias (Const., art. 52, XIII);
IV - emitir, obrigatoriamente, parecer sobre as proposições que digam respeito ao serviço e
ao pessoal da Secretaria do Senado e as que alterem este Regimento, salvo o disposto no art.
401, § 2º, II;
V - elaborar a redação final das proposições de iniciativa do Senado e das emendas e
projetos da Câmara dos Deputados aprovados pelo Plenário, escoimando-os dos vícios de
linguagem, das impropriedades de expressão, defeitos de técnica legislativa, cláusulas de
justificação e palavras desnecessárias.
V – elaborar a redação final das proposições de iniciativa do Senado e das emendas e
projetos da Câmara dos Deputados aprovados pelo Plenário, escoimando-os de vícios de
linguagem, impropriedades de expressão, defeitos de técnica legislativa, cláusulas de justificação e
palavras desnecessárias. (Redação dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
VI - apreciar requerimento de tramitação em conjunto de proposição regulando a mesma
matéria e o recurso de que trata o art. 48, § 3º, exceto se a proposição constar da Ordem do Dia ou
for objeto de parecer aprovado em comissão (art. 258).
Parágrafo único. Os esclarecimentos ao Plenário sobre atos da competência da Comissão
Diretora serão prestados, oralmente, por relator ou pelo Primeiro-Secretário.
Art. 99. À Comissão de Assuntos Econômicos compete opinar sobre proposições
pertinentes aos seguintes assuntos:
I - aspecto econômico e financeiro de qualquer matéria que lhe seja submetida por despacho
do Presidente, por deliberação do Plenário, ou por consulta de comissão, e, ainda, quando, em
virtude desses aspectos, houver recurso de decisão terminativa de comissão para o Plenário;
II - (Revogado);
III - problemas econômicos do País, política de crédito, câmbio, seguro e transferência de
valores, comércio exterior e interestadual, sistema monetário, bancário e de medidas, títulos e
garantia dos metais, sistema de poupança, consórcio e sorteio e propaganda comercial;
IV - tributos, tarifas, empréstimos compulsórios, finanças públicas, normas gerais sobre
direito tributário, financeiro e econômico; orçamento, juntas comerciais, conflitos de competência
em matéria tributária entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, dívida pública e
fiscalização das instituições financeiras;
V - escolha dos Ministros do Tribunal de Contas da União (Const., arts. 49, XIII, e 52, III, b),
e do presidente e diretores do Banco Central (Const., art. 52, III, d);
V – escolha dos Ministros do Tribunal de Contas da União (Const., arts. 49, XIII, e 52, III, b)
e do presidente e diretores do Banco Central do Brasil (Const., art. 52, III, d); (Redação dada pelo
Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
VI - matérias a que se referem os arts. 389, 393 e 394;
VII - outros assuntos correlatos.
§ 1º A Comissão promoverá audiências públicas regulares com o Presidente do Banco
Central do Brasil para discutir as diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política
monetária.
§ 1º A Comissão promoverá audiências públicas regulares com o Presidente do Banco
Central do Brasil para discutir as diretrizes, a implementação e as perspectivas da política
monetária. (Redação dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
§ 2º As audiências de que trata o § 1º deste artigo ocorrerão na primeira quinzena de
fevereiro, abril, julho e outubro, podendo haver alterações de datas decorrentes de entendimento
entre a Comissão e a Presidência do Banco Central do Brasil.
§ 3º A Comissão promoverá 2 (duas) audiências públicas por ano para a prestação de
contas do andamento das ações coordenadas pelo Poder Executivo que afetam a agenda da
produtividade e da melhoria do ambiente de negócios, a ser realizada pelo Ministro de Estado
Chefe da Casa Civil da Presidência da República ou por outra autoridade com status ministerial a
quem tenha sido delegada expressamente essa competência.
Art. 99-A. À Comissão de Assuntos Econômicos compete, ainda, avaliar periodicamente a
funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o
desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
Art. 100. À Comissão de Assuntos Sociais compete opinar sobre proposições que digam
respeito a:
I - relações de trabalho, organização do sistema nacional de emprego e condição para o
exercício de profissões, seguridade social, previdência social, população indígena e assistência
social;
II - proteção e defesa da saúde, condições e requisitos para remoção de órgãos, tecidos e
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa, tratamento e coleta de sangue humano e
seus derivados, produção, controle e fiscalização de medicamentos, saneamento, inspeção e
fiscalização de alimentos e competência do Sistema Único de Saúde;
III - (Revogado);
IV - outros assuntos correlatos.
Art. 101. À Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania compete:
I - opinar sobre a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade das matérias que lhe
forem submetidas por deliberação do Plenário, por despacho da Presidência, por consulta de
qualquer comissão, ou quando em virtude desses aspectos houver recurso de decisão terminativa
de comissão para o Plenário;
II - ressalvadas as atribuições das demais comissões, emitir parecer, quanto ao mérito,
sobre as matérias de competência da União, especialmente as seguintes:
a) criação de Estado e Territórios, incorporação ou desmembramento de áreas a eles
pertencentes;
b) estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal (Const., art. 49, IV), requisições
civis e anistia;
c) segurança pública, corpos de bombeiros militares, polícia, inclusive marítima, aérea de
fronteiras, rodoviária e ferroviária; (Revogado pela Resolução nº 6, de 2021)
d) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, aeronáutico, espacial, marítimo e
penitenciário;
e) uso dos símbolos nacionais, nacionalidade, cidadania e naturalização, extradição e
expulsão de estrangeiros, emigração e imigração;
f) órgãos do serviço público civil da União e servidores da administração direta e indireta do
Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Territórios;
g) normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, da Constituição, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III, também da Constituição (Const.,
art. 22, XXVII);
h) perda de mandato de Senador (Const., art. 55), pedido de licença de incorporação de
Senador às Forças Armadas (Const., art. 53, § 7º);
i) escolha de Ministro do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e de
Governador de Território, escolha e destituição do Procurador-Geral da República (Const., art. 52,
III, a, c e e);
j) transferência temporária da sede do Governo Federal;
l) registros públicos, organização administrativa e judiciária do Ministério Público e
Defensoria Pública da União e dos Territórios, organização judiciária do Ministério Público e da
Defensoria Pública do Distrito Federal;
l) registros públicos, organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da
Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do
Distrito Federal; (Redação dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
m) limites dos Estados e bens do domínio da União;
n) desapropriação e inquilinato;
o) criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas, assistência jurídica e
defensoria pública, custas dos serviços forenses;
p) matéria a que se refere o art. 96, II, da Constituição Federal;
III - propor, por projeto de resolução, a suspensão, no todo ou em parte, de leis declaradas
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (Const., art. 52, X);
IV - opinar, em cumprimento a despacho da Presidência, sobre as emendas apresentadas
como de redação, nas condições previstas no parágrafo único do art. 234;
V - opinar sobre assunto de natureza jurídica ou constitucional que lhe seja submetido, em
consulta, pelo Presidente, de ofício, ou por deliberação do Plenário, ou por outra comissão;
VI - opinar sobre recursos interpostos às decisões da Presidência;
VII - (Revogado).
§ 1º Quando a Comissão emitir parecer pela inconstitucionalidade e injuridicidade de
qualquer proposição, será esta considerada rejeitada e arquivada definitivamente, por despacho do
Presidente do Senado, salvo, não sendo unânime o parecer, recurso interposto nos termos do art.
254.
§ 2º Tratando-se de inconstitucionalidade parcial, a Comissão poderá oferecer emenda
corrigindo o vício.
Art. 101-A. O Ministro de Estado da Justiça comparecerá anualmente à Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal para prestar informações e esclarecimentos a
respeito da atuação de sua Pasta, bem como para apresentar avaliação das políticas públicas no
âmbito de suas competências.
Art. 102. À Comissão de Educação, Cultura e Esporte compete opinar sobre proposições
que versem sobre:
I - normas gerais sobre educação, cultura, ensino e desportos, instituições educativas e
culturais, diretrizes e bases da educação nacional e salário-educação;
II - diversão e espetáculos públicos, criações artísticas, datas comemorativas e homenagens
cívicas;
III - formação e aperfeiçoamento de recursos humanos;
IV - (Revogado);
V - (Revogado);
VI - outros assuntos correlatos.
Art. 102-A. À Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do
Consumidor, além da aplicação, no que couber, do disposto no art. 90 e sem prejuízo das
atribuições das demais comissões, compete:
I - exercer a fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, incluídos os da
administração indireta, podendo, para esse fim:
a) avaliar a eficácia, eficiência e economicidade dos projetos e programas de governo no
plano nacional, no regional e no setorial de desenvolvimento, emitindo parecer conclusivo;
b) apreciar a compatibilidade da execução orçamentária com os planos e programas
governamentais e destes com os objetivos aprovados em lei;
c) solicitar, por escrito, informações à administração direta e indireta, bem como requisitar
documentos públicos necessários à elucidação do ato objeto de fiscalização;
d) avaliar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas
e mantidas pelo poder público federal, notadamente quando houver indícios de perda, extravio ou
irregularidade de qualquer natureza de que resulte prejuízo ao Erário;
e) providenciar a efetivação de perícias, bem como solicitar ao Tribunal de Contas da União
que realize inspeções ou auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial nas unidades administrativas da União e demais entidades referidas na alínea d;
f) apreciar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União
participe de forma direta ou indireta, bem assim a aplicação de quaisquer recursos repassados
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município;
g) promover a interação do Senado Federal com os órgãos do Poder Executivo que, pela
natureza de suas atividades, possam dispor ou gerar dados de que necessite para o exercício de
fiscalização e controle;
h) promover a interação do Senado Federal com os órgãos do Poder Judiciário e do
Ministério Público que, pela natureza de suas atividades, possam propiciar ou gerar dados de que
necessite para o exercício de fiscalização e controle;
i) propor ao Plenário do Senado as providências cabíveis em relação aos resultados da
avaliação, inclusive quanto ao resultado das diligências realizadas pelo Tribunal de Contas da
União;
II - opinar sobre matérias pertinentes aos seguintes temas:
a) prevenção à corrupção;
b) acompanhamento e modernização das práticas gerenciais na administração pública
federal direta e indireta;
c) prestação eficaz, efetiva e eficiente de serviços públicos;
d) transparência e prestação de contas e de informações à população, com foco na
responsabilidade da gestão fiscal e dos gastos públicos, bem como nas necessidades dos
cidadãos;
e) difusão e incentivo, na administração pública, de novos meios de prestação de
informações à sociedade, tais como redes, sítios e portais eletrônicos, e apoio a Estados e
Municípios para a implantação desses meios;
III - opinar sobre assuntos pertinentes à defesa do consumidor, especialmente:
a) estudar, elaborar e propor normas e medidas voltadas à melhoria contínua das relações
de mercado, em especial as que envolvem fornecedores e consumidores;
b) aperfeiçoar os instrumentos legislativos reguladores, contratuais e penais, referentes aos
direitos dos consumidores e dos fornecedores, com ênfase em condições, limites e uso de
informações, responsabilidade civil, respeito à privacidade, aos direitos autorais, às patentes e
similares;
c) acompanhar as políticas e as ações desenvolvidas pelo Poder Público relativas à defesa
dos direitos do consumidor, à defesa da concorrência e à repressão da formação e da atuação
ilícita de monopólios;
d) receber denúncias e denunciar práticas referentes a abuso do poder econômico,
qualidade e apresentação de produtos, técnicas de propaganda e publicidade nocivas ou
enganosas;
e) avaliar as relações entre custo e preço de produtos, bens e serviços, com vistas a
estabelecer normas de repressão à usura, aos lucros excessivos, ao aumento indiscriminado de
preços e à cartelização de segmentos do mercado;
f) analisar as condições de concorrência com ênfase na defesa dos produtores e dos
fornecedores nacionais, considerados os interesses dos consumidores e a soberania nacional;
g) gerar e disponibilizar estudos, dados estatísticos e informações, no âmbito de suas
competências.
Parágrafo único. No exercício da competência de fiscalização e controle prevista no inciso I
do caput, a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do
Consumidor:
I - remeterá cópia da documentação pertinente ao Ministério Público, a fim de que este
promova a ação cabível, de natureza cível ou penal, se for constatada a existência de
irregularidade;
II - poderá atuar, mediante solicitação, em colaboração com as comissões permanentes e
temporárias, incluídas as comissões parlamentares de inquérito, com vistas ao adequado exercício
de suas atividades.
Art. 102-B. A fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, inclusive os da
administração indireta, pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e
Defesa do Consumidor obedecerão às seguintes regras:
I - a proposta de fiscalização e controle poderá ser apresentada por qualquer membro ou
Senador à Comissão, com específica indicação do ato e fundamentação da providência objetivada;
II - a proposta será relatada previamente, quanto à oportunidade e conveniência da medida
e ao alcance jurídico, administrativo, político, econômico, social ou orçamentário do ato
impugnado, definindo-se o plano de execução e a metodologia de avaliação;
III - aprovado o relatório prévio pela Comissão, o relator poderá solicitar os recursos e o
assessoramento necessários ao bom desempenho da Comissão, incumbindo à Mesa e à
Administração da Casa o atendimento preferencial das providências requeridas. Rejeitado o
relatório, a matéria será encaminhada ao Arquivo;
IV - o relatório final da fiscalização e controle, em termos de comprovação da legalidade do
ato, avaliação política, administrativa, social e econômica de sua edição, e quanto à eficácia dos
resultados sobre a gestão orçamentária, financeira e patrimonial, obedecerá, no que concerne à
tramitação, as normas do art. 102-C.
III – aprovado o relatório prévio pela Comissão, o relator poderá solicitar os recursos e o
assessoramento necessários ao bom desempenho da Comissão, incumbindo à Mesa e à
Administração da Casa o atendimento preferencial das providências requeridas; rejeitado o
relatório, a matéria será encaminhada ao Arquivo; (Redação dada pelo Ato da Comissão Diretora
nº 15, de 2022)
IV – o relatório final de fiscalização e controle, quanto à comprovação da legalidade do ato, à
avaliação política, administrativa, social e econômica de sua edição e à eficácia de seus resultados
sobre a gestão orçamentária, financeira e patrimonial, obedecerá, no que concerne à tramitação,
às normas do art. 102-C. (Redação dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
Parágrafo único. A Comissão, para a execução das atividades de que trata este artigo,
poderá solicitar ao Tribunal de Contas da União as providências ou informações previstas no art.
71, IV e VII, da Constituição Federal.
Art. 102-C. Ao termo dos trabalhos, a Comissão apresentará relatório circunstanciado, com
suas conclusões, que será publicado no Diário do Senado Federal e encaminhado.
I - à Mesa, para as providências de alçada desta, ou ao Plenário, oferecendo, conforme o
caso, projeto de lei, de decreto legislativo, de resolução ou indicação;
II - ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, com cópia da documentação, para
que promova a responsabilidade civil ou criminal por infrações apuradas e adote outras medidas
decorrentes de suas funções institucionais;
III - ao Poder Executivo, para adotar as providências saneadoras de caráter disciplinar e
administrativo decorrentes do disposto no art. 37, §§ 2º a 6º, da Constituição Federal, e demais
disposições constitucionais e legais aplicáveis;
IV - à comissão permanente que tenha maior pertinência com a matéria, a qual incumbirá o
atendimento do prescrito no inciso III;
V - à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização e ao Tribunal de
Contas da União, para as providências previstas no art. 71 da Constituição Federal.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, III e V a remessa será feita pelo Presidente do
Senado.
Art. 102-D. Aplicam-se à Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle
e Defesa do Consumidor as normas regimentais pertinentes às demais comissões permanentes,
no que não conflitarem com os termos das disposições constantes dos arts. 102-A a 102-C.
§ 1º Ocorrendo a hipótese de exercício concorrente de competência fiscalizadora por duas
ou mais comissões sobre os mesmos fatos, os trabalhos se desdobrarão em reuniões conjuntas,
por iniciativa do Presidente de um dos órgãos ou de um ou mais de seus membros.
§ 2º A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do
Consumidor poderá, se houver motivo suficiente, comunicar fatos investigados à comissão
correspondente da Câmara dos Deputados, para que esta adote a providência que considerar
cabível.
Art. 102-E. À Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa compete opinar
sobre:
I - sugestões legislativas apresentadas por associações e órgãos de classe, sindicatos e
entidades organizadas da sociedade civil, exceto partidos políticos com representação política no
Congresso Nacional;
II - pareceres técnicos, exposições e propostas oriundas de entidades científicas e culturais
e de qualquer das entidades mencionadas no inciso I;
III - garantia e promoção dos direitos humanos;
IV - direitos da mulher;
V - proteção à família;
VI - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiências e de proteção à
infância, à juventude e aos idosos;
VI – proteção e integração social das pessoas com deficiência e proteção à infância, à
juventude e aos idosos; (Redação dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
VII - fiscalização, acompanhamento, avaliação e controle das políticas governamentais
relativas aos direitos humanos, aos direitos da mulher, aos direitos das minorias sociais ou étnicas,
aos direitos dos estrangeiros, à proteção e integração das pessoas portadoras de deficiência e à
proteção à infância, à juventude e aos idosos.
Parágrafo único. No exercício da competência prevista nos incisos I e II do caput deste
artigo, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa observará:
I - as sugestões legislativas que receberem parecer favorável da Comissão serão
transformadas em proposição legislativa de sua autoria e encaminhadas à Mesa, para tramitação,
ouvidas as comissões competentes para o exame do mérito;
II - as sugestões que receberem parecer contrário serão encaminhadas ao Arquivo;
III - aplicam-se às proposições decorrentes de sugestões legislativas, no que couber, as
disposições regimentais relativas ao trâmite dos projetos de lei nas comissões, ressalvado o
disposto no inciso I, in fine, deste parágrafo único.
Art. 102-F. À Comissão de Meio Ambiente compete opinar sobre assuntos pertinentes à
defesa do meio ambiente, especialmente:
I - proteção do meio ambiente, controle da poluição, conservação da natureza e defesa do
solo, dos recursos naturais e genéticos, das florestas, da caça, da pesca, da fauna, da flora e dos
recursos hídricos;
II - política e sistema nacional de meio ambiente;
III - preservação, conservação, exploração e manejo de florestas e da biodiversidade;
IV - conservação e gerenciamento do uso do solo e dos recursos hídricos, no tocante ao
meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável;
V - fiscalização dos alimentos e dos produtos e insumos agrícolas e pecuários, no tocante ao
meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável;
VI - direito ambiental;
VII - agências reguladoras na área de meio ambiente, inclusive a Agência Nacional de
Águas (ANA);
VIII - outros assuntos correlatos.
Art. 103. À Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional compete emitir parecer
sobre:
I - proposições referentes aos atos e relações internacionais (Const., art. 49, I) e ao
Ministério das Relações Exteriores;
II - comércio exterior;
III - indicação de nome para chefe de missão diplomática de caráter permanente junto a
governos estrangeiros e das organizações internacionais de que o Brasil faça parte (Const., art. 52,
IV);
IV - (Revogado);
V - Forças Armadas de terra, mar e ar, requisições militares, passagem de forças
estrangeiras e sua permanência no território nacional, questões de fronteiras e limites do território
nacional, espaço aéreo e marítimo, declaração de guerra e celebração de paz (Const., art. 49, II);
VI - assuntos referentes à Organização das Nações Unidas e entidades internacionais de
qualquer natureza;
VII - autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da República se ausentarem do
território nacional (Const., art. 49, III);
VIII - outros assuntos correlatos.
§ 1º A Comissão integrará, por um de seus membros, as comissões enviadas pelo Senado
ao exterior, em assuntos pertinentes à política externa do País.
§ 2º A Comissão promoverá audiências públicas, no início de cada sessão legislativa, com
os Ministros das Relações Exteriores e da Defesa para prestarem informações no âmbito de suas
competências.
Art. 104. À Comissão de Serviços de Infraestrutura compete opinar sobre matérias
pertinentes a:
I - transportes de terra, mar e ar, obras públicas em geral, minas, recursos geológicos,
serviços de telecomunicações, parcerias público-privadas e agências reguladoras pertinentes;
II - outros assuntos correlatos.
Art. 104-A. À Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo compete opinar sobre
matérias pertinentes a:
I - proposições que tratem de assuntos referentes às desigualdades regionais e às políticas
de desenvolvimento regional, dos Estados e dos Municípios;
II - planos regionais de desenvolvimento econômico e social;
III - programas, projetos, investimentos e incentivos voltados para o desenvolvimento
regional;
IV - integração regional;
V - agências e organismos de desenvolvimento regional;
VI - proposições que tratem de assuntos referentes ao turismo;
VII - políticas relativas ao turismo;
VIII - outros assuntos correlatos.
Art. 104-B. À Comissão de Agricultura e Reforma Agrária compete opinar sobre proposições
pertinentes aos seguintes temas:
I - direito agrário;
II - planejamento, acompanhamento e execução da política agrícola e fundiária;
III - agricultura, pecuária e abastecimento;
IV - agricultura familiar e segurança alimentar;
V - silvicultura, aquicultura e pesca;
VI - comercialização e fiscalização de produtos e insumos, inspeção e fiscalização de
alimentos, vigilância e defesa sanitária animal e vegetal;
VII - irrigação e drenagem;
VIII - uso e conservação do solo na agricultura;
IX - utilização e conservação, na agricultura, dos recursos hídricos e genéticos;
X - política de investimentos e financiamentos agropecuários, seguro rural e endividamento
rural;
XI - tributação da atividade rural;
XII - alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos
hectares, aquisição ou arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira,
definição da pequena e da média propriedade rural;
XIII - uso ou posse temporária da terra e regularização dominial de terras rurais e de sua
ocupação;
XIV - colonização e reforma agrária;
XV - cooperativismo e associativismo rurais;
XVI - emprego, previdência e renda rurais;
XVII - políticas de apoio às pequenas e médias propriedades rurais;
XVIII - política de desenvolvimento tecnológico da agropecuária, mediante estímulos fiscais,
financeiros e creditícios à pesquisa e experimentação agrícola, pesquisa, plantio e comercialização
de organismos geneticamente modificados;
XIX - extensão rural;
XX - organização do ensino rural;
XXI - outros assuntos correlatos.
Art. 104-C. À Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática
compete opinar sobre proposições pertinentes aos seguintes temas:
I - desenvolvimento científico, tecnológico e inovação tecnológica;
II - política nacional de ciência, tecnologia, inovação, comunicação e informática;
III - organização institucional do setor;
IV - acordos de cooperação e inovação com outros países e organismos internacionais na
área;
V - propriedade intelectual;
VI - criações científicas e tecnológicas, informática, atividades nucleares de qualquer
natureza, transporte e utilização de materiais radioativos, apoio e estímulo à pesquisa e criação de
tecnologia;
VII - comunicação, imprensa, radiodifusão, televisão, outorga e renovação de concessão,
permissão e autorização para serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
VIII - regulamentação, controle e questões éticas referentes a pesquisa e desenvolvimento
científico e tecnológico, inovação tecnológica, comunicação e informática;
IX - outros assuntos correlatos.
Art. 104-D. À Comissão Senado do Futuro compete promover discussões sobre grandes
temas e o futuro do País, bem como aprimorar a atuação do Senado nessas questões.
Art. 104-E. (Revogado).
Art. 104-F. À Comissão de Segurança Pública compete: (Incluído pela Resolução nº 6, de
2021)
I – opinar sobre proposições pertinentes aos seguintes temas: (Incluído pela Resolução nº 6,
de 2021)
a) segurança pública; (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
b) polícia civil, militar, federal, rodoviária federal e ferroviária federal; (Incluído pela
Resolução nº 6, de 2021)
c) policiamento marítimo, fluvial, lacustre, aeroportuário e de fronteiras; (Incluído pela
Resolução nº 6, de 2021)
d) corpos de bombeiros militares; (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
e) guardas municipais; (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
f) sistema penitenciário; (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
g) sistema socioeducativo; (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
h) área de fronteiras; (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
i) inteligência de segurança pública; (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
j) políticas de valorização, capacitação e proteção das forças de segurança; (Incluído pela
Resolução nº 6, de 2021)
k) políticas públicas de prevenção à violência e de promoção da paz social; (Incluído pela
Resolução nº 6, de 2021)
l) combate à corrupção, ao crime organizado e à lavagem de dinheiro; (Incluído pela
Resolução nº 6, de 2021)
m) prevenção, fiscalização e combate ao tráfico ilícito de drogas; (Incluído pela Resolução nº
6, de 2021)
n) controle e comercialização de armas, proteção a testemunhas e a vítimas de crime, e a
suas famílias; (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
o) cooperação técnica internacional em matéria de segurança pública, compartilhamento de
informações processuais e adesão a acordos internacionais sobre esses temas, ressalvada a
competência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional; (Incluído pela Resolução nº
6, de 2021)
II – receber e avaliar denúncias relativas ao crime organizado, narcotráfico, violência rural e
urbana e quaisquer situações conexas que afetem a segurança pública; (Incluído pela Resolução
nº 6, de 2021)
III – realizar pesquisas, estudos e conferências sobre as matérias de sua competência;
(Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
IV – colaborar com entidades não governamentais que atuem nas matérias de sua
competência; (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
V – fiscalizar e acompanhar o Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social e
demais programas e políticas públicas de segurança pública, bem como o controle externo das
forças de segurança e o controle da alocação dos investimentos e de seus resultados; (Incluído
pela Resolução nº 6, de 2021)
VI – acompanhar as avaliações do Sistema Nacional de Acompanhamento e Avaliação das
Políticas de Segurança Pública e Defesa Social. (Incluído pela Resolução nº 6, de 2021)
Art. 105. Às comissões temporárias compete o desempenho das atribuições que lhes forem
expressamente deferidas.
CAPÍTULO VII
DAS REUNIÕES
Art. 106. As comissões reunir-se-ão nas dependências do edifício do Senado Federal.
Art. 107. As reuniões das comissões permanentes realizar-se-ão:
I - se ordinárias, semanalmente, durante a sessão legislativa ordinária, nos seguintes dias e
horários:
a) Comissão de Assuntos Econômicos: às terças-feiras, dez horas;
b) Comissão de Serviços de Infraestrutura: às terças-feiras, quatorze horas;
c) Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania: às quartas-feiras, dez horas;
d) Comissão de Assuntos Sociais: às quintas-feiras, onze horas e trinta minutos;
e) Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional: às quintas-feiras, dez horas;
f) Comissão de Educação, Cultura e Esporte: às terças-feiras, onze horas;
g) Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do
Consumidor: às terças-feiras, onze horas e trinta minutos;
h) Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa: às terças-feiras, doze horas;
i) Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo: às quartas-feiras, quatorze horas;
j) Comissão de Agricultura e Reforma Agrária: às quintas-feiras, doze horas;
k) Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática: às quartas-
feiras, dezoito horas;
l) Comissão de Meio Ambiente: às quartas-feiras, às onze horas e trinta minutos;
m) Comissão de Segurança Pública: às quintas-feiras, às nove horas. (Incluído pela
Resolução nº 6, de 2021)
II - se extraordinárias, mediante convocação especial para dia, horário e fim indicados,
observando-se, no que for aplicável, o disposto neste Regimento sobre a convocação de sessões
extraordinárias do Senado;
II – se extraordinárias, mediante convocação especial para dia, horário e fim indicados,
observando-se, no que for aplicável, o disposto neste Regimento sobre a convocação de sessões
extraordinárias do Senado. (Redação dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
III - as comissões parlamentares de inquérito reunir-se-ão em horário diverso do
estabelecido para o funcionamento das Comissões Permanentes. (Suprimido pelo Ato da
Comissão Diretora nº 15, de 2022)
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, a reunião de comissão permanente ou temporária
não poderá coincidir com o tempo reservado à Ordem do Dia das sessões deliberativas ordinárias
do Senado. (Suprimido pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
§ 1º As comissões parlamentares de inquérito reunir-se-ão em horário diverso do
estabelecido para o funcionamento das comissões permanentes. (Incluído pelo Ato da Comissão
Diretora nº 15, de 2022)
§ 2º Em qualquer hipótese, a reunião de comissão permanente ou temporária não poderá
coincidir com o tempo reservado à Ordem do Dia das sessões deliberativas ordinárias do Senado.
(Incluído pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
Art. 108. As reuniões das comissões serão iniciadas com a presença de, no mínimo, um
quinto de sua composição, salvo o disposto no § 3º do art. 93.
§ 1º A pauta dos trabalhos das comissões, salvo em caso de urgência, será disponibilizada
em meio eletrônico no portal do Senado Federal, com antecedência mínima de 2 (dois) dias úteis.
§ 2º É facultada a utilização de sistema biométrico de identificação no registro de presença
dos membros da comissão.
§ 3º A suspensão de reunião de comissão somente será permitida quando sua continuação
ocorrer em data e hora previamente estabelecidas.
Art. 109. A comissão deliberará por maioria de votos, presente a maioria de seus membros,
sendo as deliberações terminativas tomadas pelo processo nominal.
Art. 110. As reuniões serão públicas, salvo os casos expressos neste Regimento ou quando
o deliberar a comissão.
Art. 111. Os trabalhos das comissões iniciar-se-ão, salvo deliberação em contrário, pela
leitura e discussão da ata da reunião anterior que, se aprovada, será assinada pelo Presidente.
Art. 112. É facultado a qualquer Senador assistir às reuniões das comissões, discutir o
assunto em debate, pelo prazo por elas prefixado, e enviar-lhes, por escrito, informações ou
esclarecimentos.
Parágrafo único. As informações ou esclarecimentos apresentados serão impressos com os
pareceres, se o autor o requerer e a comissão o deferir.
Art. 113. O estudo de qualquer matéria poderá ser feito em reunião conjunta de duas ou
mais comissões, por iniciativa de qualquer delas, aceita pelas demais, sob a direção do Presidente
mais idoso, ou ainda, nos termos do art. 49, II.
Parágrafo único. Nas reuniões conjuntas observar-se-ão as seguintes normas:
I - cada comissão deverá estar presente pela maioria absoluta de seus membros;
II - o estudo da matéria será em conjunto, mas a votação far-se-á separadamente, na ordem
constante do despacho da Mesa;
III - cada comissão poderá ter o seu relator se não preferir relator único;
IV - o parecer das comissões poderá ser em conjunto, desde que consigne a manifestação
de cada uma delas, ou em separado, se essa for a orientação preferida, mencionando, em
qualquer caso, os votos vencidos, os em separado, os pelas conclusões e os com restrições.
Art. 114. As comissões permanentes e temporárias serão secretariadas por servidores da
Secretaria do Senado e terão assessoramento próprio, constituído de até três assessores,
designados pelo respectivo Presidente, ouvida a Consultoria Legislativa ou a de Orçamentos,
conforme o caso.
Parágrafo único. Ao secretário da comissão compete:
I - redigir as atas;
II - organizar a pauta do dia e do protocolo dos trabalhos com o seu andamento;
III - manter atualizados os registros necessários ao controle de designação de relatores.
Art. 115. Das reuniões das comissões lavrar-se-ão atas em folhas avulsas rubricadas pelo
Presidente.
§ 1º Quando, pela importância do assunto em estudo, convier o registro taquigráfico dos
debates, o Presidente solicitará ao Primeiro Secretário as providências necessárias.
§ 1º Quando, pela importância do assunto em estudo, convier o registro taquigráfico dos
debates, o Presidente solicitará ao Primeiro-Secretário as providências necessárias. (Redação
dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
§ 2º Das atas constarão:
I - o dia, a hora e o local da reunião;
II - os nomes dos membros presentes e os dos ausentes com causa justificada ou sem ela;
III - a distribuição das matérias por assuntos e relatores;
IV - as conclusões dos pareceres lidos;
V - referências sucintas aos debates;
VI - os pedidos de vista, adiamento, diligências e outras providências, salvo quando não se
considere conveniente a divulgação da matéria.
§ 3º As atas serão publicadas no Diário do Senado Federal, dentro dos dois dias úteis que
se seguirem à reunião, podendo, em casos excepcionais, a juízo do Presidente da comissão, ser
essa publicação adiada por igual prazo.
Art. 116. Serão secretas as reuniões para deliberar sobre:
I - declaração de guerra ou celebração de paz (Const., art. 49, II);
II - trânsito ou permanência temporária de forças estrangeiras no território nacional (Const.,
art. 49, II);
III - escolha de chefe de missão diplomática de caráter permanente (Const., art. 52, IV);
§ 1º Nas reuniões secretas, quando houver parecer a proferir, lido o relatório, que não será
conclusivo, a comissão deliberará em escrutínio secreto, completando-se o parecer com o
resultado da votação, não sendo consignadas restrições, declarações de voto ou votos em
separado.
§ 2º Nas reuniões secretas, servirá como secretário um dos membros da comissão,
designado pelo Presidente.
§ 3º A ata deverá ser aprovada ao fim da reunião, assinada por todos os membros
presentes, encerrada em sobrecarta lacrada, datada e rubricada pelo Presidente e pelo Secretário
e recolhida ao Arquivo do Senado.
Art. 117. Nas reuniões secretas, além dos membros da comissão, só será admitida a
presença de Senadores e das pessoas a serem ouvidas sobre a matéria em debate.
Parágrafo único. Os Deputados Federais poderão assistir às reuniões secretas que não
tratarem de matéria da competência privativa do Senado Federal.
CAPÍTULO VIII
DOS PRAZOS
CAPÍTULO IX
DAS EMENDAS APRESENTADAS PERANTE AS COMISSÕES
CAPÍTULO X
DOS RELATORES
CAPÍTULO XI
DOS RELATÓRIOS E PARECERES
SEÇÃO I
Dos Relatórios
Art. 130. As matérias que, em cada reunião, devam ser objeto de estudo, constarão de
pauta previamente organizada, sendo relatadas na ordem em que nela figurarem, salvo preferência
concedida para qualquer delas.
Art. 131. O relatório deverá ser oferecido por escrito.
Art. 132. Lido o relatório, desde que a maioria se manifeste de acordo com o relator,
passará ele a constituir parecer.
§ 1º O pedido de vista do processo somente poderá ser aceito por uma única vez e pelo
prazo máximo e improrrogável de cinco dias, devendo ser formulado na oportunidade em que for
conhecido o voto proferido pelo relator, obedecido o disposto no § 4º.
§ 2º Estando a matéria em regime de urgência, a vista somente poderá ser concedida:
I - por meia hora, no caso do art. 336, I;
II - por vinte e quatro horas, nos casos do art. 336, II e III.
§ 3º Quando se tratar de proposição com prazo determinado, a vista, desde que não
ultrapasse os últimos dez dias de sua tramitação, poderá ser concedida por vinte e quatro horas.
§ 4º Os prazos a que se referem os §§ 1º a 3º correrão em conjunto se a vista for requerida
por mais de um Senador.
§ 5º Verificando-se a hipótese prevista no art. 128, o parecer vencedor deverá ser
apresentado na reunião ordinária imediata, salvo deliberação em contrário.
§ 6º Os membros da comissão que não concordarem com o relatório poderão:
I - dar voto em separado;
II - assiná-lo, uma vez constituído parecer, com restrições, pelas conclusões, ou declarando-
se vencidos.
§ 7º Contam-se como favoráveis os votos pelas conclusões ou com restrições.
§ 8º (Revogado).
§ 9º Em caso de empate na votação, o Presidente a desempatará.
SEÇÃO II
Dos Pareceres
Art. 133. Todo parecer deve ser conclusivo em relação à matéria a que se referir, podendo a
conclusão ser:
I - pela aprovação, total ou parcial;
II - pela rejeição;
III - pelo arquivamento;
IV - pelo destaque, para proposição em separado, de parte da proposição principal, quando
originária do Senado, ou de emenda;
V - pela apresentação de:
a) projeto;
b) requerimento;
c) emenda ou subemenda;
d) orientação a seguir em relação à matéria.
e) indicação, nos termos do art. 227-A, inciso II; (Incluído pela Resolução nº 14, de 2019)
§ 1º Considera-se pela rejeição o parecer pelo arquivamento quando se referir a proposição
legislativa.
§ 2º Nas hipóteses do inciso V, alíneas a, b e c, o parecer é considerado justificação da
proposição apresentada.
§ 2º Nas hipóteses do inciso V, alíneas "a", "b", "c" e "e", o parecer é considerado
justificação da proposição apresentada. (Redação dada pela Resolução nº 14, de 2019)
§ 3º Sendo favorável o parecer apresentado sobre indicação, ofício, memorial ou outro
documento contendo sugestão ou solicitação que dependa de proposição legislativa, esta deverá
ser formalizada em conclusão.
§ 4º Quando se tratar de parecer sobre matéria que deva ser apreciada em sessão secreta
(art. 197), proceder-se-á de acordo com o disposto no art. 116, § 1º.
§ 5º Quando o parecer se referir a emendas ou subemendas, deverá oferecer conclusão
relativamente a cada uma.
§ 6º A comissão, ao se manifestar sobre emendas, poderá reunir a matéria da proposição
principal e das emendas com parecer favorável num único texto, com os acréscimos e alterações
que visem ao seu aperfeiçoamento.
§ 7º As emendas com parecer contrário das comissões serão submetidas ao Plenário, desde
que a decisão do órgão técnico não alcance unanimidade de votos, devendo esta circunstância
constar expressamente do parecer.
§ 8º Toda vez que a comissão concluir o seu parecer com sugestão ou proposta que envolva
matéria de requerimento ou emenda, formalizará a proposição correspondente.
Art. 134. O parecer conterá ementa indicativa da matéria a que se referir.
Art. 135. As comissões poderão, em seus pareceres, propor seja o assunto apreciado pelo
Senado em sessão secreta, caso em que o respectivo processo será entregue ao Presidente da
Mesa com o devido sigilo.
Art. 136. Uma vez assinados pelo Presidente e pelo relator e instruídos com a lista de
presença dos membros da comissão, os pareceres serão enviados à Mesa, juntamente com as
emendas relatadas, declarações de votos e votos em separado.
Art. 137. Os pareceres serão lidos em plenário, publicados no Diário do Senado Federal e
em avulso eletrônico, após manifestação das comissões a que tenha sido despachada a matéria.
Parágrafo único. As comissões poderão promover, para estudos, a publicação de seus
pareceres ao pé da ata da reunião ou em avulsos eletrônicos especiais.
Art. 138. Se o parecer concluir por pedido de providências:
I - será despachado pelo Presidente da comissão quando solicitar audiência de outra
comissão, reunião conjunta com outra comissão ou diligência interna de qualquer natureza;
II - será encaminhado à Mesa para despacho da Presidência ou deliberação do Plenário,
nos demais casos.
§ 1º No caso de convocação de Ministro de Estado, será feita comunicação ao Presidente do
Senado, que dela dará conhecimento ao Plenário.
§ 2º Se a providência pedida não depender de deliberação do Plenário, será tomada
independentemente da publicação do parecer.
Art. 139. No caso do art. 133, IV, a proposta será submetida ao Plenário antes do
prosseguimento do estudo da matéria.
Art. 140. Os pareceres poderão ser proferidos oralmente, em plenário, por relator designado
pelo Presidente da Mesa:
I - nas matérias em regime de urgência;
II - nas matérias incluídas em Ordem do Dia, nos termos do art. 172;
III - nas demais matérias em que este Regimento expressamente o permita.
§ 1º Se, ao ser chamado a emitir parecer, nos casos do art. 172, I e II, alíneas b, c e d, o
relator requerer diligência, sendo esta deferida, o seu pronunciamento dar-se-á, em plenário, após
o cumprimento do requerido.
§ 2º Para emitir parecer oral em plenário, o relator terá o prazo de trinta minutos.
Art. 141. Se o parecer oral concluir pela apresentação de requerimento, projeto ou emenda,
o texto respectivo deverá ser remetido à Mesa, por escrito, assinado pelo relator.
CAPÍTULO XII
DAS DILIGÊNCIAS
CAPÍTULO XIII
DA APRECIAÇÃO DOS DOCUMENTOS ENVIADOS ÀS COMISSÕES
Art. 143. Quando a comissão julgar que a petição, memorial, representação ou outro
documento não deva ter andamento, mandá-lo-á arquivar, por proposta de qualquer de seus
membros, comunicando o fato à Mesa.
§ 1º A comunicação será lida no período do Expediente, publicada no Diário do Senado
Federal e encaminhada ao arquivo com o documento que lhe deu origem.
§ 2º O exame do documento poderá ser reaberto se o Plenário o deliberar, a requerimento
de qualquer Senador.
§ 3º A comissão não poderá encaminhar à Câmara dos Deputados ou a outro órgão do
Poder Público qualquer documento que lhe tenha sido enviado.
Art. 144. Quanto ao documento de natureza sigilosa, observar-se-ão, no trabalho das
comissões, as seguintes normas:
I - não será lícito transcrevê-lo, no todo ou em parte, nos pareceres e expediente de curso
ostensivo;
II - se houver sido encaminhado ao Senado em virtude de requerimento formulado perante a
comissão, o seu Presidente dele dará conhecimento ao requerente, em particular;
III - se a matéria interessar à comissão, ser-lhe-á dada a conhecer em reunião secreta;
IV - se destinado a instruir o estudo de matéria em curso no Senado, será encerrado em
sobrecarta, rubricada pelo Presidente da comissão, que acompanhará o processo em toda a sua
tramitação;
V - quando o parecer contiver matéria de natureza sigilosa, será objeto das cautelas
descritas no inciso IV.
Parágrafo único. A inobservância do caráter secreto, confidencial ou reservado, de
documentos de interesse de qualquer comissão sujeitará o infrator à pena de responsabilidade,
apurada na forma da lei.
CAPÍTULO XIV
DAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO (CONST., ART. 58, § 3º)
Art. 145. A criação de comissão parlamentar de inquérito será feita mediante requerimento
de um terço dos membros do Senado Federal.
§ 1º O requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito determinará o fato a
ser apurado, o número de membros, o prazo de duração da comissão e o limite das despesas a
serem realizadas.
§ 2º Recebido o requerimento, o Presidente ordenará que seja numerado e publicado.
§ 3º O Senador só poderá integrar duas comissões parlamentares de inquérito, uma como
titular, outra como suplente.
§ 4º A comissão terá suplentes, em número igual à metade do número dos titulares mais um,
escolhidos no ato da designação destes, observadas as normas constantes do art. 78.
Art. 146. Não se admitirá comissão parlamentar de inquérito sobre matérias pertinentes:
I - à Câmara dos Deputados;
II - às atribuições do Poder Judiciário;
III - aos Estados.
Art. 147. Na hipótese de ausência do relator a qualquer ato do inquérito, poderá o
Presidente da comissão designar-lhe substituto para a ocasião, mantida a escolha na mesma
representação partidária ou bloco parlamentar.
Art. 148. No exercício das suas atribuições, a comissão parlamentar de inquérito terá
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, facultada a realização de diligências
que julgar necessárias, podendo convocar Ministros de Estado, tomar o depoimento de qualquer
autoridade, inquirir testemunhas, sob compromisso, ouvir indiciados, requisitar de órgão público
informações ou documentos de qualquer natureza, bem como requerer ao Tribunal de Contas da
União a realização de inspeções e auditorias que entender necessárias.
§ 1º No dia previamente designado, se não houver número para deliberar, a comissão
parlamentar de inquérito poderá tomar depoimento das testemunhas ou autoridades convocadas,
desde que estejam presentes o Presidente e o relator.
§ 2º Os indiciados e testemunhas serão intimados de acordo com as prescrições
estabelecidas na legislação processual penal, aplicando-se, no que couber, a mesma legislação,
na inquirição de testemunhas e autoridades.
Art. 149. O Presidente da comissão parlamentar de inquérito, por deliberação desta, poderá
incumbir um dos seus membros ou funcionários da Secretaria do Senado da realização de
qualquer sindicância ou diligência necessária aos seus trabalhos.
Art. 150. Ao término de seus trabalhos, a comissão parlamentar de inquérito enviará à Mesa,
para conhecimento do Plenário, seu relatório e conclusões.
§ 1º A comissão poderá concluir seu relatório por projeto de resolução se o Senado for
competente para deliberar a respeito.
§ 2º Sendo diversos os fatos objeto de inquérito, a comissão dirá, em separado, sobre cada
um, podendo fazê-lo antes mesmo de finda a investigação dos demais.
Art. 151. A comissão parlamentar de inquérito encaminhará suas conclusões, se for o caso,
ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Art. 152. O prazo da comissão parlamentar de inquérito poderá ser prorrogado,
automaticamente, a requerimento de um terço dos membros do Senado, comunicado por escrito à
Mesa, lido em plenário e publicado no Diário do Senado Federal, observado o disposto no art. 76,
§ 4º.
Art. 153. Nos atos processuais, aplicar-se-ão, subsidiariamente, as disposições do Código
de Processo Penal.
TÍTULO VII
DAS SESSÕES
CAPÍTULO I
DA NATUREZA DAS SESSÕES
CAPÍTULO II
DA SESSÃO PÚBLICA
SEÇÃO I
Da Abertura e Duração
Art. 155. A sessão terá início de segunda a quinta-feira, às quatorze horas, e, às sextas-
feiras, às nove horas, pelo relógio do plenário, presentes no recinto pelo menos um vigésimo da
composição do Senado, e terá a duração máxima de quatro horas e trinta minutos, salvo
prorrogação, ou no caso do disposto nos arts. 178 e 179.
§ 1º Ao declarar aberta a sessão, o Presidente proferirá as seguintes palavras: “Sob a
proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos”.
§ 2º Nos casos dos incisos I e IV do § 6º do art. 154, o Presidente declarará que não pode
ser realizada a sessão, designando a Ordem do Dia para a seguinte, e despachando,
independentemente de leitura, o expediente que irá integrar a ata da reunião a ser publicada no
Diário do Senado Federal.
§ 3º Havendo na Ordem do Dia matéria relevante que o justifique, a Presidência poderá
adiar por até trinta minutos a abertura da sessão.
§ 4º Em qualquer fase da sessão, estando em plenário menos de um vigésimo da
composição da Casa, o Presidente a suspenderá, fazendo acionar as campainhas durante dez
minutos, e se, ao fim desse prazo, permanecer a inexistência de número, a sessão será encerrada.
§ 5º Do período do tempo da sessão descontar-se-ão as suspensões ocorridas.
SEÇÃO II
Do Período do Expediente
Art. 156. A primeira parte da sessão, que terá a duração de cento e vinte minutos, será
destinada à leitura do expediente e aos oradores inscritos na forma do disposto no art. 17.
§ 1º Constituem matéria do Período do Expediente:
I - a apresentação de projeto, indicação, parecer ou requerimento não relacionado com as
proposições constantes da Ordem do Dia;
II - as comunicações enviadas à Mesa pelos Senadores;
III - os pedidos de licença dos Senadores;
IV - os ofícios, moções, mensagens, telegramas, cartas, memoriais e outros documentos
recebidos.
§ 2º O expediente será lido pelo Primeiro Secretário, na íntegra ou em resumo, a juízo do
Presidente, ressalvado a qualquer Senador o direito de requerer sua leitura integral.
§ 2º O expediente será lido pelo Primeiro-Secretário, na íntegra ou em resumo, a juízo do
Presidente, ressalvado a qualquer Senador o direito de requerer sua leitura integral. (Redação
dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
Art. 157. Não será lido, nem constituirá objeto de comunicação em sessão pública,
documento de caráter sigiloso, observando-se, quanto ao expediente dessa natureza, as seguintes
normas:
I - se houver sido remetido ao Senado a requerimento de Senador, ainda que em
cumprimento à manifestação do Plenário, o Presidente da Mesa dele dará conhecimento, em
particular, ao requerente;
II - se a solicitação houver sido formulada por comissão, ao Presidente desta será
encaminhado em sobrecarta fechada e rubricada pelo Presidente da Mesa;
III - se o documento se destinar a instruir o estudo de matéria em curso no Senado, tramitará
em sobrecarta fechada, rubricada pelo Presidente da Mesa e pelos presidentes das comissões que
dele tomarem conhecimento, feita na capa do processo a devida anotação.
Art. 158. O tempo que se seguir à leitura do expediente será destinado aos oradores do
Período do Expediente, podendo cada um dos inscritos usar da palavra pelo prazo máximo de dez
minutos nas sessões deliberativas e por vinte minutos nas sessões não deliberativas, sendo
cabível a intercalação com as comunicações inadiáveis, o uso da palavra pelas lideranças ou as
delegações delas.
§ 1º O Período do Expediente poderá ser prorrogado pelo Presidente, uma só vez, para que
o orador conclua o seu discurso caso não tenha esgotado o tempo de que disponha, após o que a
Ordem do Dia terá início impreterivelmente.
§ 2º Se algum Senador, antes do término do Período do Expediente, solicitar à Mesa
inscrição para manifestação de pesar, comemoração, comunicação inadiável ou explicação
pessoal, o Presidente lhe assegurará o uso da palavra durante o Período do Expediente, sendo
cabível a intercalação com oradores inscritos, o uso da palavra pelas lideranças ou as delegações
destas.
§ 3º No caso do § 2º, somente poderão usar da palavra três Senadores, por cinco minutos
cada um, durante o Período do Expediente.
§ 4º As inscrições que não puderem ser atendidas em virtude do levantamento ou da não
realização da sessão, ou em virtude do disposto no § 5º, transferir-se-ão para a sessão do dia
seguinte e as desta para a subsequente.
§ 5º Havendo, na Ordem do Dia, matéria urgente compreendida no art. 336, I, não serão
permitidos oradores no Período do Expediente.
§ 6º Ressalvado o disposto no § 1º deste artigo, não haverá prorrogação do Período do
Expediente.
Art. 159. No Período do Expediente, só poderão ser objeto de deliberação requerimentos
que não dependam de parecer das comissões, que não digam respeito a proposições constantes
da Ordem do Dia ou os que o Regimento não determine sejam submetidos em outra fase da
sessão.
Art. 160. (Revogado).
Art. 161. Terminados os discursos do Período do Expediente, serão lidos os documentos
que ainda existirem sobre a mesa.
Parágrafo único. Quando houver, entre os documentos a serem lidos, requerimentos a votar,
e se mais de um Senador pedir a palavra para encaminhar a votação, esta ficará adiada para o fim
da Ordem do Dia.
SEÇÃO III
Da Ordem do Dia
Art. 162. A Ordem do Dia terá início, impreterivelmente, às dezesseis horas, salvo
prorrogação nos termos do art. 158, § 6º.
Art. 162. A Ordem do Dia terá início, impreterivelmente, às dezesseis horas, salvo
prorrogação do Período do Expediente, nos termos do art. 158, § 1º. (Redação dada pelo Ato da
Comissão Diretora nº 15, de 2022)
Art. 163. As matérias serão incluídas em Ordem do Dia, a juízo do Presidente, segundo sua
antiguidade e importância, observada a seguinte sequência:
I - medida provisória, a partir do 46º (quadragésimo sexto) dia de sua vigência (Const., art.
62, § 6º);
II - matéria urgente de iniciativa do Presidente da República, com prazo de tramitação
esgotado (Const., art. 64, § 2º);
III - matéria em regime de urgência do art. 336, I;
IV - matéria preferencial constante do art. 172, II, segundo os prazos ali previstos;
V - matéria em regime de urgência do art. 336, II;
VI - matéria em regime de urgência do art. 336, III;
VII - matéria em tramitação normal.
§ 1º Nos grupos constantes dos incisos I a VII do caput, terão precedência:
I - as matérias de votação em curso sobre as de votação não iniciada;
II - as de votação sobre as de discussão em curso;
III - as de discussão em curso sobre as de discussão não iniciada.
§ 2º Nos grupos das matérias em regime de urgência, obedecido o disposto no § 1º, a
precedência será definida pela maior antiguidade da urgência.
§ 3º Nos grupos dos incisos IV e VII do caput, obedecido o disposto no § 1º, observar-se-á a
seguinte sequência:
I - as redações finais:
a) de proposições da Câmara;
b) de proposições do Senado;
II - as proposições da Câmara:
a) as em turno suplementar;
b) as em turno único;
c) as em segundo turno;
d) as em primeiro turno;
III - as proposições do Senado:
a) as em turno suplementar;
b) as em turno único;
c) as em segundo turno;
d) as em primeiro turno.
§ 4º Na sequência constante do § 3º, serão observadas as seguintes normas:
I - nas proposições da Câmara, os projetos de lei precederão os de decreto legislativo;
II - nas proposições do Senado, a ordem de classificação será:
a) projetos de lei;
b) projetos de decreto legislativo;
c) projetos de resolução;
d) pareceres;
e) requerimentos.
§ 5º Obedecido o disposto nos §§ 1º, 3º e 4º, a precedência será definida pela maior
antiguidade no Senado.
§ 6º Os projetos de código serão incluídos com exclusividade em Ordem do Dia.
Art. 164. Os projetos regulando a mesma matéria (art. 258) figurarão na Ordem do Dia em
série, iniciada pela proposição preferida pela comissão competente, de maneira que a decisão do
Plenário sobre esta prejulgue as demais.
Art. 165. Os pareceres sobre escolha de autoridades (art. 383) serão incluídos, em série, no
final da Ordem do Dia.
Art. 166. Constarão da Ordem do Dia as matérias não apreciadas da pauta da sessão
deliberativa ordinária anterior, com precedência sobre outras dos grupos a que pertençam.
Art. 167. Ao ser designada a Ordem do Dia, qualquer Senador poderá sugerir ao Presidente
a inclusão de matérias em condições de nela figurar (art. 171).
Parágrafo único. Nenhuma matéria poderá ser incluída em Ordem do Dia sem que tenha
sido efetivamente publicada no Diário do Senado Federal e em avulso eletrônico, no mínimo, com
dez dias de antecedência.
Art. 168. Salvo em casos especiais, assim considerados pela Presidência, não constarão,
das Ordens do Dia das sessões das segundas e sextas-feiras, matérias em votação.
Parágrafo único. O princípio estabelecido neste artigo aplica-se ainda às matérias que
tenham sua discussão encerrada nas sessões ordinárias das segundas e sextas-feiras.
Art. 169. Somente poderão ser incluídas na Ordem do Dia, para deliberação do Plenário, em
cada sessão legislativa, as proposições protocoladas junto à Secretaria-Geral da Mesa até a data
de 30 de novembro.
Parágrafo único. Ficam ressalvadas do disposto neste artigo as matérias da competência
privativa do Senado Federal relacionadas no art. 52 da Constituição e, em casos excepcionais, até
três matérias, por decisão da Presidência e consenso das lideranças.
Art. 170. A Ordem do Dia será anunciada ao término da sessão anterior, publicada no Diário
do Senado Federal e em avulso eletrônico antes de iniciar-se a sessão respectiva.
§ 1º Não será designada Ordem do Dia para a primeira sessão de cada sessão legislativa.
§ 2º No avulso eletrônico da Ordem do Dia deverá constar:
I - os projetos em fase de recebimento de emendas perante a Mesa ou comissão;
II - os projetos em fase de apresentação do recurso a que se refere o art. 91, § 4º;
III - as proposições que deverão figurar em Ordem do Dia nas três sessões deliberativas
ordinárias seguintes.
§ 3º Nos dados referidos no § 2º, haverá indicação expressa dos prazos, número de dias
transcorridos e, no caso do inciso I, da comissão que deverá receber as emendas.
Art. 171. A matéria dependente de exame das comissões só será incluída em Ordem do Dia
depois de emitidos os pareceres, lidos no Período do Expediente, publicados no Diário do Senado
Federal e em avulso eletrônico, observado o interstício regimental (arts. 280 e 281).
Art. 172. A inclusão em Ordem do Dia de proposição em rito normal, sem que esteja
instruída com pareceres das comissões a que houver sido distribuída, só é admissível nas
seguintes hipóteses:
I - por deliberação do Plenário, se a única ou a última comissão a que estiver distribuída não
proferir o seu parecer no prazo regimental;
II - por ato do Presidente, quando se tratar:
a) (Revogado);
b) de projeto de lei ânua ou que tenha por fim prorrogar prazo de lei, se faltarem dez dias, ou
menos, para o término de sua vigência ou da sessão legislativa, quando o fato deva ocorrer em
período de recesso do Congresso, ou nos dez dias que se seguirem à instalação da sessão
legislativa subsequente;
c) de projeto de decreto legislativo referente a tratado, convênio ou acordo internacional, se
faltarem dez dias, ou menos, para o término do prazo no qual o Brasil deva manifestar-se sobre o
ato em apreço;
d) de projetos com prazo, se faltarem vinte dias para o seu término.
Parágrafo único. Nas hipóteses do inciso II, c e d, o projeto emendado voltará à Ordem do
Dia na segunda sessão deliberativa ordinária subsequente, salvo se o encerramento da discussão
se der no penúltimo dia do prazo ou da sessão legislativa, hipótese em que a matéria terá a
mesma tramitação prevista para o caso do art. 336, II.
Art. 173. Nenhum projeto poderá ficar sobre a mesa por mais de um mês sem figurar em
Ordem do Dia, salvo para diligência aprovada pelo Plenário.
Art. 174. Em casos excepcionais, assim considerados pela Mesa, e nos sessenta dias que
precederem as eleições gerais, poderão ser dispensadas, ouvidas as lideranças partidárias, as
fases da sessão correspondentes ao Período do Expediente ou à Ordem do Dia.
Art. 175. A sequência dos trabalhos da Ordem do Dia não poderá ser alterada senão:
I - para posse de Senador;
II - para leitura de mensagem, ofício ou documento sobre matéria urgente;
III - para pedido de urgência nos casos do art. 336, I;
IV - em virtude de deliberação do Senado, no sentido de adiamento ou inversão da Ordem
do Dia;
V - pela retirada de qualquer matéria, para cumprimento de despacho, correção de erro ou
omissão no avulso eletrônico e para sanar falhas de instrução;
VI - para constituição de série, em caso de votação secreta;
VII - nos casos previstos no art. 304.
Art. 176. Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão será
destinado, preferencialmente, ao uso da palavra pelas lideranças e, havendo tempo, pelos
oradores inscritos na forma do disposto no art. 17.
SEÇÃO IV
Do Término do Tempo da Sessão
Art. 177. Esgotado o tempo da sessão ou ultimados a Ordem do Dia e os discursos
posteriores a esta, o Presidente a encerrará.
Art. 178. Se o término do tempo da sessão ocorrer quando iniciada uma votação, esta será
ultimada independentemente de pedido de prorrogação.
Art. 179. Estando em apreciação matéria constante do art. 336, I e II, a sessão só poderá
ser encerrada quando ultimada a deliberação.
SEÇÃO V
Da Prorrogação da Sessão
Art. 180. A prorrogação da sessão poderá ser concedida pelo Plenário, em votação
simbólica, antes do término do tempo regimental:
I - por proposta do Presidente;
II - a requerimento de qualquer Senador.
§ 1º A prorrogação será sempre por prazo fixo, que não poderá ser restringido, salvo por
falta de matéria a tratar ou de número para o prosseguimento da sessão.
§ 2º Se houver orador na tribuna, o Presidente o interromperá para consulta ao Plenário
sobre a prorrogação.
§ 3º Não será permitido encaminhamento da votação do requerimento.
§ 4º Antes de terminada uma prorrogação, poderá ser requerida outra.
Art. 181. O tempo que restar para o término da prorrogação será destinado à votação de
matérias cuja discussão esteja encerrada.
SEÇÃO VI
Da Assistência à Sessão
Art. 182. Em sessões públicas, além dos Senadores, só serão admitidos no plenário os
Suplentes de Senadores, os Deputados Federais, os ex-Senadores, entre estes incluídos os
Suplentes de Senador que tenham exercido o mandato, os Ministros de Estado, quando
comparecerem para os fins previstos neste Regimento, e os funcionários do Senado em objeto de
serviço.
Art. 183. Durante as sessões públicas, não é permitida a presença, na bancada da
imprensa, de pessoa a ela estranha.
Art. 184. É permitido a qualquer pessoa assistir às sessões públicas, do lugar que lhe for
reservado, desde que se encontre desarmada e se conserve em silêncio, sem dar qualquer sinal
de aplauso ou de reprovação ao que nelas se passar.
Parágrafo único. A qualquer pessoa é vedado fumar no recinto do plenário.
Art. 185. Em sessão secreta, somente os Senadores terão ingresso no plenário e
dependências anexas, ressalvados o disposto no parágrafo único do art. 192 e os casos em que o
Senado conceda autorização a outras pessoas para a ela assistirem, mediante proposta da
Presidência ou de líder.
SEÇÃO VII
Da Divulgação das Sessões
Art. 186. A reportagem fotográfica no recinto, a irradiação sonora, a filmagem e a
transmissão em televisão das sessões dependem de autorização do Presidente do Senado.
SEÇÃO VIII
Da Sessão Deliberativa Extraordinária
Art. 187. A sessão deliberativa extraordinária, convocada de ofício pelo Presidente ou por
decisão do Senado, terá o mesmo rito e duração da ordinária.
Parágrafo único. O Período do Expediente de sessão deliberativa extraordinária não
excederá a trinta minutos.
Art. 188. Em sessão deliberativa extraordinária, só haverá oradores, antes da Ordem do Dia,
caso não haja número para as deliberações.
Art. 189. O Presidente prefixará dia, horário e Ordem do Dia para a sessão deliberativa
extraordinária, dando-os a conhecer, previamente, ao Senado, em sessão ou através de qualquer
meio de comunicação.
Parágrafo único. Não é obrigatória a inclusão, na Ordem do Dia de sessão deliberativa
extraordinária, de matéria não ultimada na sessão anterior, ainda que em regime de urgência ou
em curso de votação.
CAPÍTULO III
DA SESSÃO SECRETA
Art. 190. A sessão secreta será convocada pelo Presidente, de ofício ou mediante
requerimento.
Parágrafo único. A finalidade da sessão secreta deverá figurar expressamente no
requerimento, mas não será divulgada, assim como o nome do requerente.
Art. 191. Recebido o requerimento a que se refere o art. 190, o Senado passará a funcionar
secretamente para a sua votação; se aprovado, e desde que não haja data prefixada, a sessão
secreta será convocada para o mesmo dia ou para o dia seguinte.
Art. 192. Na sessão secreta, antes de se iniciarem os trabalhos, o Presidente determinará a
saída do plenário, tribunas, galerias e respectivas dependências, de todas as pessoas estranhas,
inclusive funcionários da Casa.
Parágrafo único. O Presidente poderá admitir na sessão, a seu juízo, a presença dos
servidores que julgar necessários.
Art. 193. No início dos trabalhos de sessão secreta, deliberar-se-á se o assunto que motivou
a convocação deverá ser tratado secreta ou publicamente, não podendo esse debate exceder a
quinze minutos, sendo permitido a cada orador usar da palavra por três minutos, de uma só vez.
No primeiro caso, prosseguirão os trabalhos secretamente; no segundo, serão levantados para que
o assunto seja, oportunamente, apreciado em sessão pública.
Art. 194. Antes de encerrar-se uma sessão secreta, o Plenário resolverá, por simples
votação e sem debate, se deverão ser conservados em sigilo ou publicados o resultado, o nome
dos que requereram a convocação e, nos casos do art. 135, os pareceres e demais documentos
constantes do processo.
Art. 195. Ao Senador que houver participado dos debates em sessão secreta é permitido
reduzir por escrito o seu discurso, no prazo de vinte e quatro horas, para ser arquivado com a ata.
Art. 196. A sessão secreta terá a duração de quatro horas e trinta minutos, salvo
prorrogação.
Art. 197. Transformar-se-á em secreta a sessão:
I - obrigatoriamente, quando o Senado tiver de se manifestar sobre:
a) declaração de guerra (Const., art. 49, II);
b) acordo sobre a paz (Const., art. 49, II);
c) (Revogado);
d) escolha de chefe de missão diplomática de caráter permanente (Const., art. 52, IV);
e) requerimento para realização de sessão secreta (art. 191);
II - por deliberação do Plenário, mediante proposta da Presidência ou a requerimento de
qualquer Senador.
§ 1º Esgotado o tempo da sessão ou cessado o motivo de sua transformação em secreta,
voltará a mesma a ser pública, para prosseguimento dos trabalhos ou para designação da Ordem
do Dia da sessão seguinte.
§ 1º Esgotado o tempo da sessão ou cessado o motivo de sua transformação em secreta,
esta voltará a ser pública, para prosseguimento dos trabalhos ou para designação da Ordem do
Dia da sessão seguinte. (Redação dada pelo Ato da Comissão Diretora nº 15, de 2022)
§ 2º O período em que o Senado funcionar secretamente não será descontado da duração
total da sessão.
Art. 198. Somente em sessão secreta poderá ser dado a conhecer, ao Plenário, documento
de natureza sigilosa.
CAPÍTULO IV
DA SESSÃO ESPECIAL
Art. 199. O Senado poderá interromper a sessão ou realizar sessão especial para
comemoração ou recepção de altas personalidades, a juízo do Presidente ou por deliberação do
Plenário, mediante requerimento de 6 (seis) senadores.
§ 1º Salvo o caso de recepção a Chefe de Estado ou de Governo ou autoridade equivalente,
a sessão especial somente poderá ocorrer 2 (duas) vezes por mês, às segundas ou sextas-feiras,
e quando não houver Ordem do Dia previamente agendada para esses dias.
§ 2º A homenagem à mesma efeméride ou personalidade somente poderá ocorrer 1 (uma)
vez a cada 10 (dez) anos.
§ 3º A primeira comemoração das homenagens somente poderá ocorrer após 25 (vinte e
cinco) anos do fato.
§ 4º A sessão especial terá a duração máxima de 2 (duas) horas.
§ 5º Em sessão especial, poderão ser admitidos convidados à Mesa e no Plenário.
§ 6º O parlamentar estrangeiro só será recebido em plenário se o Parlamento do seu país
der tratamento igual aos congressistas brasileiros que o visitem.
Art. 200. A sessão especial, que independe de número, será convocada em sessão, através
do Diário do Senado Federal, ou por outro meio oficial de comunicação, e nela somente usarão da
palavra os senadores previamente designados pelo Presidente ou por líder de partido ou bloco
parlamentar.
Parágrafo único. Não serão concedidos apartes nas sessões especiais.
CAPÍTULO V
DAS ATAS E DOS ANAIS DAS SESSÕES
SEÇÃO I
Das Atas
Art. 201. Será elaborada ata circunstanciada de cada sessão, contendo, entre outros, os
incidentes, debates, declarações da Presidência, listas de presença e chamada, texto das matérias
lidas ou votadas e os discursos, a qual constará, salvo se secreta, do Diário do Senado Federal,
que será publicado diariamente, durante as sessões legislativas ordinárias e extraordinárias, e,
eventualmente, nos períodos de recesso, sempre que houver matéria para publicação.
§ 1º Não havendo sessão, nos casos do art. 154, § 6º, I e IV, será publicada ata da reunião,
que conterá os nomes do Presidente, dos Secretários e dos Senadores presentes, e o expediente
despachado.
§ 2º Quando o discurso, requisitado para revisão, não for restituído à Taquigrafia até as
dezoito horas do dia seguinte, deixará de ser incluído na ata da sessão respectiva, onde figurará
nota explicativa a respeito, no lugar a ele correspondente.
§ 3º Se, ao fim de trinta dias, o discurso não houver sido restituído, a publicação se fará pela
cópia arquivada nos serviços taquigráficos, com nota de que não foi revisto pelo orador.
Art. 202. Constarão, também, da ata:
I - por extenso:
a) as mensagens ou ofícios do Governo ou da Câmara dos Deputados, salvo quando
relativos à sanção de projetos, devolução de autógrafos ou agradecimento de comunicação;
b) as proposições legislativas e declarações de voto;
II - em súmula, todos os demais documentos lidos no Período do Expediente, salvo
deliberação do Senado ou determinação da Presidência.
Parágrafo único. As informações e os documentos de caráter sigiloso não terão publicidade.
Art. 203. É permitido ao Senador enviar à Mesa, para publicação no Diário do Senado
Federal e inclusão nos Anais, o discurso que deseje proferir na sessão, dispensada a sua leitura.
Art. 204. Quando o esclarecimento da Presidência sobre questão regimental ou discurso de
algum Senador forem lidos, constará da ata a indicação de o terem sido.
Art. 205. A ata registrará, em cada momento, a substituição ocorrida em relação à
Presidência da sessão.
Parágrafo único. Quando a substituição na Presidência se der durante discurso, far-se-á o
registro no fim deste.
Art. 206. Na ata, o nome do Presidente será registrado, entre parênteses, em seguida às
palavras: “O Sr. Presidente”.
Art. 207. Os pedidos de retificação e as questões de ordem sobre a ata serão decididos pela
Presidência.
Art. 208. A ata de sessão secreta será redigida pelo Segundo-Secretário, aprovada com
qualquer número, antes de levantada a sessão, assinada pelo Presidente, Primeiro e Segundo
Secretários, encerrada em sobrecarta lacrada, datada e rubricada pelos Secretários, e recolhida ao
arquivo.
§ 1º O discurso a que se refere o art. 195 será arquivado com a ata e os documentos
referentes à sessão, em segunda sobrecarta, igualmente lacrada.
§ 2º O desarquivamento dos documentos referidos no § 1º só poderá ser feito mediante
requisição da Presidência.
SEÇÃO II
Dos Anais
Art. 209. Os trabalhos das sessões serão organizados em anais, por ordem cronológica,
para distribuição aos Senadores.
Art. 210. A transcrição de documento no Diário do Senado Federal, para que conste dos
Anais, é permitida:
I - quando constituir parte integrante de discurso de Senador;
II - quando aprovada pelo Presidente do Senado, a requerimento de qualquer Senador.
§ 1º (Revogado).
§ 2º Se o documento corresponder a mais de cinco páginas do Diário do Senado Federal, o
espaço excedente desse limite será custeado pelo orador ou requerente, cabendo à Comissão
Diretora orçar o custo da publicação.
TÍTULO VIII
DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO I
DAS ESPÉCIES
CAPÍTULO II
DA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO III
DA LEITURA DAS PROPOSIÇÕES
Art. 241. As proposições que devam ser objeto de imediata deliberação do Plenário serão
lidas integralmente, sendo as demais anunciadas em súmula.
Art. 242. O projeto ou requerimento de autoria individual de Senador, salvo requerimento de
licença e de autorização para o desempenho de missão, só será lido quando presente seu autor.
CAPÍTULO IV
DA AUTORIA
Art. 243. Considera-se autor da proposição o seu primeiro signatário quando a Constituição
ou este Regimento não exija, para a sua apresentação, número determinado de subscritores, não
se considerando, neste último caso, assinaturas de apoiamento.
Art. 244. Ao signatário de proposição só é lícito dela retirar sua assinatura antes da
publicação.
Parágrafo único. Nos casos de proposição dependente de número mínimo de subscritores,
se, com a retirada de assinatura, esse limite não for alcançado, o Presidente a devolverá ao
primeiro signatário, dando conhecimento do fato ao Plenário.
Art. 245. Considera-se de comissão a proposição que, com esse caráter, for por ela
apresentada.
Parágrafo único. A proposição de comissão deve ser assinada pelo seu Presidente e
instruída com a lista dos presentes à reunião em que ocorreu sua apresentação, totalizando pelo
menos a maioria de seus membros.
CAPÍTULO V
DA NUMERAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO VI
DO APOIAMENTO DAS PROPOSIÇÕES
Art. 247. A proposição apresentada em plenário só será submetida a apoia-mento por
solicitação de qualquer Senador.
Art. 248. A votação de apoiamento não será encaminhada, salvo se algum Senador pedir a
palavra para combatê-lo, caso em que o encaminhamento ficará adstrito a um Senador de cada
partido ou bloco parlamentar.
Parágrafo único. O quorum para aprovação do apoiamento é de um décimo da composição
do Senado.
CAPÍTULO VII
DA PUBLICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES
Art. 249. Toda proposição apresentada ao Senado será publicada no Diário do Senado
Federal, na íntegra, acompanhada, quando for o caso, da justificação e da legislação citada.
Art. 250. Será publicado em avulso eletrônico, para distribuição aos Senadores e
comissões, o texto de toda proposição apresentada ao Senado.
Parágrafo único. Ao fim da fase de instrução da matéria, serão publicados em avulsos
eletrônicos os pareceres proferidos, neles se incluindo:
I - o texto das emendas, caso não tenham sido publicadas em avulso eletrônico especial;
II - os votos em separado;
III - as informações prestadas sobre a matéria pelos órgãos consultados;
IV - os relatórios e demais documentos referidos no art. 261, § 1º.
CAPÍTULO VIII
DA TRAMITAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO IX
DA RETIRADA DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO X
DA TRAMITAÇÃO EM CONJUNTO DAS PROPOSIÇÕES
Art. 258. Havendo em curso no Senado duas ou mais proposições regulando a mesma
matéria, é lícito promover sua tramitação em conjunto a partir de requerimento de comissão ou de
Senador, mediante deliberação da Mesa, salvo as que já foram objeto de parecer aprovado em
comissão ou que constem da Ordem do Dia.
Parágrafo único. Os requerimentos de tramitação conjunta de matérias que já constem da
Ordem do Dia ou que tenham parecer aprovado em comissão serão submetidos à deliberação do
Plenário.
Art. 259. Aprovado o requerimento de tramitação conjunta, os projetos serão remetidos à
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, se sobre algum deles for necessária a apreciação
dos aspectos constitucional e jurídico, ou à comissão a que tenham sido distribuídos, para
apreciação do mérito.
Art. 260. Na tramitação em conjunto, serão obedecidas as seguintes normas:
I - ao processo do projeto que deva ter precedência serão apensos, sem incorporações, os
dos demais;
II - terá precedência:
a) o projeto da Câmara sobre o do Senado;
b) o mais antigo sobre o mais recente, quando originários da mesma Casa;
III - em qualquer caso, a proposição será incluída, em série, com as demais, na Ordem do
Dia, obedecido, no processamento dos pareceres, o disposto no art. 268.
§ 1º O regime especial de tramitação de uma proposição estende-se às demais que lhe
estejam apensadas.
§ 2º Em todos os casos as proposições objeto deste artigo serão incluídas conjuntamente na
Ordem do Dia da mesma sessão.
§ 3º As proposições apensadas terão um único relatório, nos termos do disposto no art. 268.
CAPÍTULO XI
DOS PROCESSOS REFERENTES ÀS PROPOSIÇÕES
Art. 261. O processo referente a cada proposição, salvo emenda, será organizado de acordo
com as seguintes normas:
I - será autuada a proposição principal, consignando-se na respectiva capa, no ato da
organização do processo:
a) a natureza da proposição;
b) a Casa de origem;
c) o número;
d) o ano de apresentação;
e) a ementa completa;
f) o autor, quando do Senado;
II - em seguida à capa figurarão folhas avulsas, de impresso especial, conforme modelo
aprovado pela Comissão Diretora, em duas vias, para original e cópia, constituindo estas últimas
os boletins de ação legislativa que irão fornecer informações ao Centro de Processamento de
Dados, para registro das matérias em tramitação; e ainda:
a) nos projetos da Câmara:
1 - o ofício de encaminhamento;
2 - o autógrafo recebido e os documentos que o tiverem acompanhado;
3 - o resumo da tramitação na Casa de origem;
4 - um exemplar de cada avulso eletrônico;
5 - as demais vias dos avulsos eletrônicos e de outros documentos, em sobrecarta anexada
ao processo;
b) nos projetos do Senado:
1 - o texto, a justificação e a legislação citada, quando houver;
2 - o recorte do Diário do Senado Federal, com a justificação oral, quando houver;
3 - os documentos que o acompanhem;
4 - as duplicatas do projeto e dos demais documentos, em sobrecarta anexada ao processo;
III - as peças do processo serão numeradas e rubricadas no Serviço de Protocolo Legislativo
antes de seu encaminhamento à Secretaria-Geral da Mesa, para leitura da matéria em plenário;
IV - serão ainda registradas, no impresso especial, pelo funcionário do órgão por onde
passar o processo, todas as ações legislativas e administrativas que ocorrerem durante sua
tramitação:
a) as ocorrências da tramitação em cada comissão, o encaminhamento à seguinte e,
finalmente, à Mesa;
b) a inclusão em Ordem do Dia;
c) a tramitação em plenário;
d) a manifestação do Senado sobre a matéria;
e) a remessa à sanção, à promulgação ou à Câmara;
f) a transformação em lei, decreto legislativo ou resolução, com o número e data respectivos;
g) se houver veto, todas as ocorrências a ele relacionadas;
h) o despacho do arquivamento;
i) posteriores desarquivamentos e novos incidentes;
V - o Serviço de Protocolo Legislativo, ao receber o processo, em qualquer oportunidade,
atualizará a numeração das páginas que deverão ser rubricadas pelo funcionário responsável.
§ 1º Serão mantidos, nos processos, os relatórios que não chegarem a se transformar em
pareceres nem em votos em separado, bem como os estudos e documentos sobre a matéria,
apresentados nas comissões.
§ 2º A anexação de documentos ao processo poderá ser feita:
I - pelo Serviço de Protocolo Legislativo;
II - pela Secretaria de Comissões, por ordem do Presidente da respectiva comissão ou do
relator da matéria;
III - pela Secretaria-Geral da Mesa.
§ 3º Quando forem solicitadas informações a autoridades estranhas ao Senado, sobre
proposições em curso, ao processo anexar-se-ão o texto dos requerimentos respectivos e as
informações prestadas.
Art. 262. Relativamente aos documentos de natureza sigilosa, observar-se-ão as normas
constantes dos arts. 144 e 157, II e III, e, terminado o curso da matéria, serão recolhidos ao
arquivo especial dos documentos com esse caráter, em sobrecarta fechada, rubricada pelo
Presidente da Mesa, feita na capa do processo a devida anotação.
Art. 263. As representações dirigidas à Mesa, contendo observações, sugestões ou
solicitações sobre proposições em curso no Senado, serão lidas no Período do Expediente,
publicadas, em súmula ou na íntegra, no Diário do Senado Federal, reunidas em processo especial
e encaminhadas às respectivas comissões para conhecimento dos relatores e consulta dos demais
membros, acompanhando a proposição em todas as suas fases.
Parágrafo único. É facultado aos Senadores encaminhar ao órgão competente as
representações que receberem, para anexação ao processo.
Art. 264. Ao ser arquivada a proposição, ser-lhe-á anexada uma coleção dos avulsos
eletrônicos publicados para sua instrução no Senado e na Câmara, quando for o caso.
Art. 265. A decisão do Plenário, apoiando, aprovando, rejeitando proposição ou destacando
emenda para constituir projeto em separado, será anotada, com a data respectiva, no texto votado,
e assinada pela Presidência.
Art. 266. O processo da proposição ficará sobre a mesa durante sua tramitação em plenário.
Art. 267. Ocorrendo extravio de qualquer proposição, a Presidência determinará
providências objetivando sua reconstituição, de ofício ou mediante requerimento de qualquer
Senador ou comissão, independentemente de deliberação do Plenário.
§ 1º Quando se tratar de projeto da Câmara, a Mesa solicitará, da Casa de origem, a
remessa de cópias autenticadas dos respectivos autógrafos e documentos que o tenham
acompanhado.
§ 2º Os pareceres já proferidos no Senado serão anexados ao novo processo em cópias
autenticadas pelos Presidentes das respectivas comissões.
§ 3º A reconstituição do processo deverá ser feita pelo órgão onde este se encontrava por
ocasião de seu extravio.
Art. 268. Quando a comissão, no mesmo parecer, se referir a várias proposições
autônomas, o original dele instruirá o processo da proposição preferencial, sendo aos demais
anexadas cópias autenticadas pelo respectivo Presidente.
CAPÍTULO XII
DAS SINOPSES E RESENHAS DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO XIII
DA APRECIAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES
SEÇÃO I
Dos Turnos
Art. 270. As proposições em curso no Senado são subordinadas, em sua apreciação, a um
único turno de discussão e votação, salvo proposta de emenda à Constituição.
Parágrafo único. Havendo substitutivo integral, aprovado pelo Plenário no turno único, o
projeto será submetido a turno suplementar.
Art. 271. Cada turno é constituído de discussão e votação.
SEÇÃO II
Da Discussão
SUBSEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 272. A discussão da proposição principal e das emendas será em conjunto.
Art. 273. Anunciada a matéria, será dada a palavra aos oradores para a discussão.
Art. 274. A discussão não será interrompida, salvo para:
I - formulação de questão de ordem;
II - adiamento para os fins previstos no art. 279;
III - tratar de proposição compreendida no art. 336, I;
IV - os casos previstos no art. 305;
V - comunicação importante ao Senado;
VI - recepção de visitante;
VII - votação de requerimento de prorrogação da sessão;
VIII - ser suspensa a sessão (art. 18, I, f).
SUBSEÇÃO II
Do Encerramento da Discussão
Art. 275. Encerra-se a discussão:
I - pela ausência de oradores;
II - por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador, quando já houverem
falado, pelo menos, três Senadores a favor e três contra.
SUBSEÇÃO III
Da Dispensa da Discussão
Art. 276. As proposições com pareceres favoráveis poderão ter a discussão dispensada por
deliberação do Plenário, mediante requerimento de líder.
Parágrafo único. A dispensa da discussão deverá ser requerida ao ser anunciada a matéria.
SUBSEÇÃO IV
Da Proposição Emendada
Art. 277. Lidos os pareceres das comissões sobre as proposições, em turno único, e
publicados em avulsos eletrônicos, abrir-se-á o prazo de cinco dias úteis para apresentação de
emendas, findo o qual a matéria, se emendada, voltará às comissões para exame.
Parágrafo único. Não sendo emendada, a proposição estará em condições de figurar em
Ordem do Dia, obedecido o interstício regimental.
Art. 278. Lidos os pareceres sobre as emendas, publicados no Diário do Senado Federal e
em avulso eletrônico, estará a matéria em condições de figurar em Ordem do Dia, obedecido o
interstício regimental.
SUBSEÇÃO V
Do Adiamento da Discussão
Art. 279. A discussão, salvo nos projetos em regime de urgência e o disposto no art. 349,
poderá ser adiada, mediante deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador ou
comissão, para os seguintes fins:
Art. 279. A discussão, salvo nos projetos em regime de urgência e considerando-se o
disposto no art. 349, poderá ser adiada, mediante deliberação do Plenário, a requerimento de
qualquer Senador ou comissão, para os seguintes fins: (Redação dada pelo Ato da Comissão
Diretora nº 15, de 2022)
I - audiência de comissão que sobre ela não se tenha manifestado;
II - reexame por uma ou mais comissões por motivo justificado;
III - ser realizada em dia determinado;
IV - preenchimento de formalidade essencial;
V - diligência considerada imprescindível ao seu esclarecimento.
§ 1º O adiamento previsto no inciso III do caput não poderá ser superior a trinta dias úteis,
só podendo ser renovado uma vez, por prazo não superior ao primeiro, não podendo ultrapassar o
período da sessão legislativa.
§ 2º Não se admitirá requerimento de audiência de comissão ou de outro órgão que não
tenha competência regimental ou legal para se manifestar sobre a matéria.
§ 3º O requerimento previsto no inciso II do caput somente poderá ser recebido quando:
I - a superveniência de fato novo possa justificar a alteração do parecer proferido;
II - houver omissão ou engano manifesto no parecer;
III - a própria comissão, pela maioria de seus membros, julgue necessário o reexame.
§ 4º O requerimento previsto nos incisos I, II e III do caput será apresentado e votado ao se
anunciar a matéria e o dos incisos IV e V, em qualquer fase da discussão.
§ 5º Quando, para a mesma proposição, forem apresentados dois ou mais requerimentos
previstos no inciso III do caput, será votado, em primeiro lugar, o de prazo mais longo.
§ 6º Não havendo número para votação do requerimento, ficará este prejudicado.
SEÇÃO III
Do Interstício
Art. 280. É de três dias úteis o interstício entre a publicação de avulsos eletrônicos dos
pareceres das comissões e o início da discussão ou votação correspondente.
Art. 281. A dispensa de interstício e prévia publicação de avulso eletrônico, para inclusão de
matéria em Ordem do Dia, poderá ser concedida por deliberação do Plenário, a requerimento de
qualquer Senador, desde que a proposição esteja há mais de cinco dias em tramitação no Senado.
SEÇÃO IV
Do Turno Suplementar
Art. 282. Sempre que for aprovado substitutivo integral a projeto de lei, de decreto legislativo
ou de resolução em turno único, será ele submetido a turno suplementar.
§ 1º Nos projetos sujeitos a prazo de tramitação, o turno suplementar realizar-se-á dois dias
úteis após a aprovação do substitutivo, se faltarem oito dias, ou menos, para o término do referido
prazo.
§ 2º Poderão ser oferecidas emendas no turno suplementar, por ocasião da discussão da
matéria, vedada a apresentação de novo substitutivo integral.
Art. 283. Se forem oferecidas emendas, na discussão suplementar, a matéria irá às
comissões competentes, que não poderão concluir seu parecer por novo substitutivo.
Parágrafo único. Nos projetos sujeitos a prazo de tramitação, a matéria será incluída em
Ordem do Dia na sessão deliberativa ordinária seguinte se faltarem cinco dias, ou menos, para o
término do referido prazo, podendo o parecer ser proferido em plenário.
Art. 284. Não sendo oferecidas emendas na discussão suplementar, o substitutivo será
dado como definitivamente adotado sem votação.
SEÇÃO V
Das Emendas da Câmara a Projeto do Senado
Art. 285. A emenda da Câmara a projeto do Senado não é suscetível de modificação por
meio de subemenda.
Art. 286. A discussão e a votação das emendas da Câmara a projeto do Senado far-se-ão
em globo, exceto:
I - se qualquer comissão manifestar-se favoravelmente a umas e contrariamente a outras,
caso em que a votação se fará em grupos, segundo os pareceres;
II - se for aprovado destaque para a votação de qualquer emenda.
Parágrafo único. A emenda da Câmara só poderá ser votada em parte se o seu texto for
suscetível de divisão.
Art. 287. O substitutivo da Câmara a projeto do Senado será considerado série de emendas
e votado, separadamente, por artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens, em correspondência aos
do projeto emendado, salvo aprovação de requerimento para votação em globo ou por grupos de
dispositivos, obedecido o disposto no parágrafo único do art. 286.
SEÇÃO VI
Da Votação
Subseção I
Art. 288. As deliberações do Senado serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria
absoluta dos seus membros (Const., art. 47), salvo nos seguintes casos, em que serão:
I - por voto favorável de dois terços da composição da Casa:
a) sentença condenatória nos casos previstos no art. 52, I e II, da Constituição;
b) fixação de alíquotas máximas nas operações internas, para resolver conflito específico
que envolva interesse de Estados e do Distrito Federal (Const., art. 155, § 2º, V, b);
c) suspensão de imunidade de Senadores, durante o estado de sítio (Const., art. 53, § 8º);
II - por voto favorável de três quintos da composição da Casa, proposta de emenda à
Constituição (Const., art. 60, § 2º);
III - por voto favorável da maioria absoluta da composição da Casa:
a) projeto de lei complementar (Const., art. 69);
b) exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República (Const., art. 52, XI);
c) perda de mandato de Senador, nos casos previstos no art. 55, § 2º, da Constituição;
d) aprovação de nome indicado para Ministro do Supremo Tribunal Federal (Const., art. 101,
parágrafo único) para Procurador-Geral da República (Const., art. 128, § 1º); para Ministro do
Superior Tribunal de Justiça (Const., art. 104, parágrafo único) e para Ministro do Tribunal Superior
do Trabalho (Const., art. 111-A);
e) aprovação de ato do Presidente da República que decretar o estado de defesa (Const.,
art. 136, § 4º);
f) autorização para o Presidente da República decretar o estado de sítio (Const., art. 137,
parágrafo único);
g) estabelecimento de alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de
exportação (Const., art. 155, § 2º, IV);
h) estabelecimento de alíquotas mínimas nas operações internas (Const., art. 155, § 2º, V,
a);
i) autorização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital,
mediante créditos suplementares ou especiais específicos (Const. art. 167, III);
j) aprovação de nome indicado para Defensor Público-Geral Federal;
k) (Revogado);
l) aprovação de nome indicado para o Conselho Nacional de Justiça (Const., art. 103-B,
caput e § 2º);
m) aprovação de nome indicado para o Conselho Nacional do Ministério Público (Const., art.
130-A, caput);
IV - por voto favorável de dois quintos da composição da Casa, aprovação da não renovação
da concessão ou permissão para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens (Const.,
art. 223, § 2º);
V - por maioria de votos, presentes um décimo dos Senadores, nos requerimentos
compreendidos no art. 215, III.
§ 1º A votação da redação final, em qualquer hipótese, não está sujeita a quorum
qualificado.
§ 2º Serão computados, para efeito de quorum, os votos em branco e as abstenções
verificadas nas votações.
SUBSEÇÃO II
Das Modalidades de Votação
Art. 289. A votação poderá ser ostensiva ou secreta.
Art. 290. Será ostensiva a votação das proposições em geral.
Art. 291. Será secreta a votação:
I - quando o Senado tiver que deliberar sobre:
a) exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República (Const., art. 52, XI);
b) perda de mandato de Senador, nos casos previstos no art. 55, § 2º, da Constituição;
c) prisão de Senador e autorização da formação de culpa, no caso de flagrante de crime
inafiançável (Const., art. 53, § 2º);
d) suspensão das imunidades de Senador durante o estado de sítio (Const., art. 53, § 8º);
e) escolha de autoridades (Const., art. 52, III);
II - nas eleições;
III - por determinação do Plenário.
Art. 292. Na votação, serão adotados os seguintes processos:
I - ostensiva:
a) simbólico;
b) nominal;
II - secreta:
a) eletrônico;
b) por meio de cédulas;
c) por meio de esfera.
SUBSEÇÃO III
Da Votação Ostensiva
Art. 293. No processo simbólico observar-se-ão as seguintes normas:
I - os Senadores que aprovarem a matéria deverão permanecer sentados, levantando-se os
que votarem pela rejeição;
II - o voto dos líderes representará o de seus liderados presentes, permitida a declaração de
voto em documento escrito a ser encaminhado à Mesa para publicação;
III - se for requerida verificação da votação, será ela repetida pelo processo nominal;
IV - o requerimento de verificação de votação só será admissível se apoiado por três
Senadores;
V - procedida a verificação de votação e constatada a existência de número, não será
permitida nova verificação antes do decurso de uma hora;
VI - não será admitido requerimento de verificação se a Presidência já houver anunciado a
matéria seguinte;
VII - antes de anunciado o resultado, será lícito tomar o voto do Senador que penetrar no
recinto após a votação;
VIII - verificada a falta de quorum, o Presidente suspenderá a sessão, fazendo acionar as
campainhas durante dez minutos, após o que esta será reaberta, procedendo-se a nova votação;
IX - confirmada a falta de número, ficará adiada a votação, que será reiniciada ao voltar a
matéria à deliberação do Plenário;
X - se, ao processar-se a verificação, os requerentes não estiverem presentes ou deixarem
de votar, considerar-se-á como tendo dela desistido.
Art. 294. O processo nominal, que se utilizará nos casos em que seja exigido quorum
especial de votação ou por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador, ou
ainda, quando houver pedido de verificação, far-se-á pelo registro eletrônico dos votos, obedecidas
as seguintes normas:
I - os nomes dos Senadores constarão de apregoadores instalados, lateralmente, no
plenário, onde serão registrados individualmente:
a) em sinal verde, os votos favoráveis;
b) em sinal amarelo, as abstenções;
c) em sinal vermelho, os votos contrários;
II - cada Senador terá lugar fixo, numerado, que ocupará ao ser anunciada a votação,
devendo acionar dispositivo próprio de uso individual, localizado na respectiva bancada;
III - os líderes votarão em primeiro lugar;
IV - conhecido o voto das lideranças, votarão os demais Senadores;
V - verificado, pelo registro no painel de controle localizado na mesa, que houve empate na
votação, o Presidente comunicará o fato ao Plenário e a desempatará, transferindo, em seguida, o
resultado aos apregoadores;
VI - concluída a votação, o Presidente desligará o quadro, liberando o sistema para o
processamento de nova votação;
VII - o resultado da votação será encaminhado à Mesa em listagem especial, onde estarão
registrados:
a) a matéria objeto da deliberação;
b) a data em que se procedeu a votação;
c) o voto individual de cada Senador;
d) o resultado da votação;
e) o total dos votantes;
VIII - o Primeiro-Secretário rubricará a listagem especial, determinando sua anexação ao
processo da matéria respectiva.
Parágrafo único. Quando o sistema de votação eletrônico não estiver em condições de
funcionar, a votação nominal será feita pela chamada dos Senadores, que responderão sim ou
não, conforme aprovem ou rejeitem a proposição, sendo os votos anotados pelos Secretários.
SUBSEÇÃO IV
Da Votação Secreta
Art. 295. A votação secreta realizar-se-á pelo sistema eletrônico, salvo nas eleições.
§ 1º Anunciada a votação, o Presidente convidará os Senadores a acionarem o dispositivo
próprio, dando, em seguida, início à fase de apuração.
§ 2º Verificada a falta de quorum, proceder-se-á na forma do art. 293, VIII, ficando adiada a
votação se ocorrer, novamente, falta de número.
Art. 296. A votação por meio de cédulas far-se-á nas eleições.
Art. 297. A votação por meio de esferas realizar-se-á quando o equipamento de votação
eletrônico não estiver em condições de funcionar, obedecidas as seguintes normas:
I - utilizar-se-ão esferas brancas, representando votos favoráveis, e pretas, representando
votos contrários;
II - a esfera que for utilizada para exprimir voto será lançada em uma urna e a que não for
usada, em outra que servirá para conferir o resultado da votação.
SUBSEÇÃO V
Da Proclamação do Resultado da Votação
Art. 298. Terminada a apuração, o Presidente proclamará o resultado da votação,
especificando os votos favoráveis, contrários, em branco, nulos e as abstenções.
SUBSEÇÃO VI
Do Processamento da Votação
Art. 299. A votação realizar-se-á imediatamente após a discussão, se este Regimento não
dispuser noutro sentido.
Art. 300. Na votação, serão obedecidas as seguintes normas:
I - votar-se-á em primeiro lugar o projeto, ressalvados os destaques dele requeridos e as
emendas;
II - a votação do projeto, salvo deliberação do Plenário, será em globo, podendo a
Presidência dividir a proposição, quando conveniente;
III - a votação das emendas que tenham pareceres concordantes de todas as comissões
será feita em grupos, segundo o sentido dos pareceres, ressalvados os destaques; as demais e as
destacadas serão votadas uma a uma, classificadas segundo a ordem estabelecida no art. 246, II;
IV - no grupo das emendas de parecer favorável incluem-se as de comissão, quando sobre
elas não haja manifestação em contrário de outra;
V - serão incluídas no grupo das emendas de parecer contrário aquelas sobre as quais se
tenham manifestado pela rejeição as comissões competentes para o exame do mérito, embora
consideradas constitucionais;
VI - as emendas com subemendas serão votadas uma a uma, salvo deliberação do Plenário,
mediante proposta de qualquer Senador ou comissão; aprovado o grupo, serão consideradas
aprovadas as emendas com modificações constantes das respectivas subemendas;
VII - a emenda com subemenda, quando votada separadamente, sê-lo-á antes e com
ressalva desta, exceto nos seguintes casos, em que a subemenda terá precedência:
a) se for supressiva;
b) se for substitutiva de todo o texto da emenda;
c) se for substitutiva de artigo da emenda e a votação desta se fizer por artigo;
VIII - o Plenário poderá conceder, a requerimento de qualquer Senador, que a votação das
emendas se faça destacadamente, ou uma a uma;
IX - serão votadas, destacadamente, as emendas com parecer no sentido de constituírem
projeto em separado;
X - quando, ao mesmo dispositivo, forem apresentadas várias emendas da mesma natureza,
terão preferência:
a) as de comissões sobre as de Plenário;
b) dentre as de comissões, a da que tiver maior competência para se manifestar sobre a
matéria;
XI - o dispositivo, destacado do projeto para votação em separado, precederá, na votação,
as emendas e independerá de parecer;
XII - se a votação do projeto se fizer separadamente em relação a cada artigo, o texto deste
será votado antes das emendas a ele correspondentes, salvo se forem supressivas ou
substitutivas;
XIII - terá preferência para votação o substitutivo que tiver pareceres favoráveis de todas as
comissões, salvo se o Plenário deliberar noutro sentido;
XIV - havendo mais de um substitutivo, a precedência será regulada pela ordem inversa de
sua apresentação, ressalvado o disposto no inciso X, em relação aos das comissões;
XV - o substitutivo integral, salvo deliberação em contrário, será votado em globo;
XVI - aprovado o substitutivo integral, ficam prejudicados o projeto e as emendas a ele
oferecidas;
XVII - anunciada a votação de dispositivo ou emenda destacada, se o autor do requerimento
de destaque não pedir a palavra para encaminhá-la, considerar-se-á como tendo o Plenário
concordado com o parecer da comissão, tomando a matéria destacada a sorte das demais
constantes do grupo a que pertencer;
XVIII - não será submetida a votos emenda declarada inconstitucional ou injurídica pela
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, salvo se, não sendo unânime o parecer, o
requererem líderes que representem, no mínimo, a maioria da composição do Senado.
Art. 301. A rejeição do projeto prejudica as emendas a ele oferecidas.
Art. 302. A rejeição do art. 1º do projeto, votado artigo por artigo, prejudica os demais
quando eles forem uma consequência daquele.
Art. 303. A votação não se interrompe senão por falta de quorum e, observado o disposto
nos arts. 178 e 179, pelo término da sessão.
Art. 304. Ocorrendo falta de número para as deliberações, passar-se-á à matéria em
discussão.
Parágrafo único. Esgotada a matéria em discussão e persistindo a falta de número, a
Presidência poderá, no caso de figurar na Ordem do Dia matéria que pela sua relevância o
justifique, suspender a sessão por prazo não superior a uma hora, ou conceder a palavra a
Senador que dela queira fazer uso.
Art. 305. Sobrevindo, posteriormente, a existência de número, voltar-se-á à matéria em
votação, interrompendo-se o orador que estiver na tribuna, salvo se estiver discutindo proposição
em regime de urgência e a matéria a votar estiver em tramitação normal.
Art. 306. Nenhum Senador presente à sessão poderá escusar-se de votar, salvo quando se
tratar de assunto em que tenha interesse pessoal, devendo declarar o impedimento antes da
votação e sendo a sua presença computada para efeito de quorum.
Art. 307. Em caso de votação secreta, havendo empate, proceder-se-á a nova votação;
persistindo o empate, a votação será renovada na sessão seguinte ou nas subsequentes, até que
se dê o desempate.
SUBSEÇÃO VII
Do Encaminhamento da Votação
Art. 308. Anunciada a votação de qualquer matéria, é lícito ao Senador usar da palavra por
cinco minutos para encaminhá-la.
Art. 309. O encaminhamento é medida preparatória da votação; a votação só se considera
iniciada após o término do encaminhamento.
Art. 310. Não terão encaminhamento de votação as eleições e os seguintes requerimentos:
I - de permissão para falar sentado;
II - de prorrogação do tempo da sessão;
III - de prorrogação de prazo para apresentação de parecer;
IV - de dispensa de interstício e prévia publicação de avulso eletrônico para inclusão de
determinada matéria em Ordem do Dia;
V - de dispensa de publicação de redação final para sua imediata apreciação;
VI - de Senador, solicitando de órgão estranho ao Senado a remessa de documentos;
VII - de comissão ou Senador, solicitando informações oficiais;
VIII - de comissão ou Senador, solicitando a publicação, no Diário do Senado Federal, de
informações oficiais;
IX - de licença de Senador;
X - de remessa a determinada comissão de matéria despachada a outra;
XI - de destaque de disposição ou emenda.
Parágrafo único. O encaminhamento de votação de requerimento é limitado ao signatário e a
um representante de cada partido ou bloco parlamentar, salvo nas homenagens de pesar.
SUBSEÇÃO VIII
Da Preferência
Art. 311. Conceder-se-á preferência, mediante deliberação do Plenário:
I - de proposição sobre outra ou sobre as demais da Ordem do Dia;
II - de emenda ou grupo de emendas sobre as demais oferecidas à mesma proposição ou
sobre outras referentes ao mesmo assunto;
III - de projeto sobre o substitutivo (art. 300, XIII);
IV - de substitutivo sobre o projeto (art. 300, XIII).
Parágrafo único. A preferência deverá ser requerida:
I - antes de anunciada a proposição sobre a qual deva ser concedida, na hipótese do inciso
I;
II - até ser anunciada a votação, nas hipóteses dos incisos II, III e IV.
SUBSEÇÃO IX
Do Destaque
Art. 312. O destaque de partes de qualquer proposição, bem como de emenda do grupo a
que pertencer, pode ser concedido, mediante deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer
Senador, para:
I - constituir projeto autônomo, salvo quando a disposição a destacar seja de projeto da
Câmara;
II - votação em separado;
III - aprovação ou rejeição.
Parágrafo único. Independerá de aprovação do Plenário o requerimento de destaque
apresentado por bancada de partido, observada a seguinte proporcionalidade:
I - de 3 (três) a 8 (oito) Senadores: 1 (um) destaque;
II - de 9 (nove) a 14 (quatorze) Senadores: 2 (dois) destaques;
III - mais de 14 (quatorze) Senadores: 3 (três) destaques.
Art. 313. Permite-se destacar para votação, como emenda autônoma:
I - parte de substitutivo, quando a votação se faça preferencialmente sobre o projeto;
II - parte de emenda;
III - subemenda;
IV - parte de projeto, quando a votação se fizer preferencialmente sobre o substitutivo.
Parágrafo único. O destaque só será possível quando o texto destacado possa ajustar-se à
proposição em que deva ser integrado e forme sentido completo.
Art. 314. Em relação aos destaques, obedecer-se-ão as seguintes normas:
I - o requerimento deve ser formulado:
a) até ser anunciada a proposição, se o destaque atingir algumas de suas partes;
b) até ser anunciado o grupo das emendas, quando o destaque se referir a qualquer delas;
c) até ser anunciada a emenda, se o destaque tiver por fim separar algumas de suas partes;
II - não será permitido destaque de expressão cuja retirada inverta o sentido da proposição
ou a modifique substancialmente;
III - concedido o destaque para votação em separado, submeter-se-á a votos,
primeiramente, a matéria principal e, em seguida, a destacada;
IV - a votação de requerimento de destaque só envolve decisão sobre a parte a destacar se
a finalidade do destaque for expressamente mencionada;
V - havendo retirada do requerimento de destaque, a matéria destacada voltará ao grupo a
que pertencer;
VI - não se admitirá requerimento de destaque:
a) para aprovação ou rejeição:
1 - de dispositivo a que houver sido apresentada emenda;
2 - de emendas que, regimentalmente, devam ser votadas separadamente;
b) de emendas para constituição de grupos diferentes daqueles a que, regimentalmente,
pertençam;
VII - destacada uma emenda, sê-lo-ão, automaticamente, as que com ela tenham relação;
VIII - o destaque para projeto em separado de dispositivo ou emenda pode, também, ser
proposto por comissão, em seu parecer;
IX - a votação do requerimento de destaque para projeto em separado precederá a
deliberação sobre a matéria principal;
X - o destaque para projeto em separado só pode ser submetido a votos se a matéria a
destacar for suscetível de constituir proposição de curso autônomo;
XI - concedido o destaque para projeto em separado, o autor do requerimento terá o prazo
de dois dias úteis para oferecer o texto com que deverá tramitar o novo projeto;
XII - o projeto resultante de destaque terá a tramitação de proposição inicial.
SUBSEÇÃO X
Do Adiamento da Votação
Art. 315. O adiamento da votação obedecerá aos mesmos princípios estabelecidos para o
adiamento da discussão (art. 279).
§ 1º O requerimento deverá ser apresentado e votado como preliminar ao ser anunciada a
matéria.
§ 2º Não havendo número para a votação, o requerimento ficará sobrestado.
SUBSEÇÃO XI
Da Declaração de Voto
Art. 316. Proclamado o resultado da votação, é lícito ao Senador encaminhar à Mesa, para
publicação, declaração de voto.
Parágrafo único. Não haverá declaração de voto se a deliberação for secreta, não se
completar por falta de número ou não for suscetível de encaminhamento.
CAPÍTULO XIV
DA REDAÇÃO PARA O TURNO SUPLEMENTAR E DA REDAÇÃO FINAL
Art. 317. Terminada a votação, com a aprovação de substitutivo, o projeto irá à comissão
competente a fim de elaborar a redação para o turno suplementar.
Art. 318. É privativo da comissão específica para o estudo da matéria elaborar a redação
para o turno suplementar e a redação final nos casos de:
I - reforma do Regimento Interno;
II - proposta de emenda à Constituição;
III - projeto de código ou sua reforma.
Art. 319. Nos projetos da Câmara emendados pelo Senado, a redação final limitar-se-á às
emendas destacadamente, não as incorporando ao texto da proposição.
Parágrafo único. A redação final dos projetos de lei da Câmara destinados à sanção será
dispensada, salvo se houver vício de linguagem, defeito ou erro manifesto a corrigir.
Art. 320. Lida no Período do Expediente, a redação final ficará sobre a mesa para oportuna
inclusão em Ordem do Dia, após publicação, no Diário do Senado Federal e em avulso eletrônico,
e interstício regimental.
Parágrafo único. Quando, no decorrer da sessão em que for aprovada a matéria, chegar à
mesa a redação final respectiva, poderá o Plenário, por proposta do Presidente, permitir se
proceda à sua leitura após o final da Ordem do Dia.
Art. 321. A discussão e a votação da redação final poderão ser feitas imediatamente após a
leitura, desde que assim o delibere o Senado.
Art. 322. Quando a redação final for de emendas do Senado a projeto da Câmara, não se
admitirão emendas a dispositivo não emendado, salvo as de redação e as que decorram de
emendas aprovadas.
Art. 323. As emendas de redação dependem de parecer da comissão que houver elaborado
a redação final, sem prejuízo do disposto no art. 234, parágrafo único.
Art. 324. Figurando a redação final na Ordem do Dia, se sua discussão for encerrada sem
emendas ou retificações, será considerada definitivamente aprovada, sem votação, a não ser que
algum Senador requeira seja submetida a votos.
CAPÍTULO XV
DA CORREÇÃO DE ERRO
Art. 325. Verificada a existência de erro em texto aprovado e com redação definitiva,
proceder-se-á da seguinte maneira:
I - tratando-se de contradição, incoerência, prejudicialidade ou equívoco que importe em
alteração do sentido do projeto, ainda não remetido à sanção ou à Câmara, o Presidente
encaminhará a matéria à comissão competente para que proponha o modo de corrigir o erro,
sendo a proposta examinada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania antes de
submetida ao Plenário;
II - nas hipóteses do inciso I, quando a matéria tenha sido encaminhada à sanção ou à
Câmara, o Presidente, após manifestação do Plenário, comunicará o fato ao Presidente da
República ou à Câmara, remetendo novos autógrafos, se for o caso, ou solicitando a retificação do
texto, mediante republicação da lei;
III - tratando-se de inexatidão material, devida a lapso manifesto ou erro gráfico, cuja
correção não importe em alteração do sentido da matéria, o Presidente adotará as medidas
especificadas no inciso II, mediante ofício à Presidência da República ou à Câmara, dando ciência
do fato, posteriormente, ao Plenário.
Art. 326. Quando, em autógrafo recebido da Câmara, for verificada a existência de
inexatidão material, lapso ou erro manifesto, não estando ainda a proposição aprovada pelo
Senado, será sustada a sua apreciação para consulta à Casa de origem, cujos esclarecimentos
serão dados a conhecer ao Senado, antes da votação, voltando a matéria às comissões para novo
exame se do vício houver resultado alteração de sentido do texto.
Parágrafo único. Quando a comunicação for feita pela Câmara, proceder-se-á da seguinte
maneira:
I - lida no Período do Expediente, será a comunicação encaminhada à comissão em que
estiver a matéria;
II - se a matéria já houver sido examinada por outra comissão, a Presidência providenciará a
fim de que a ela volte, para novo exame, antes do parecer do órgão em cujo poder se encontre;
III - ao ser a matéria submetida ao Plenário, o Presidente o advertirá do ocorrido;
IV - se a matéria já houver sido votada pelo Senado, a Presidência providenciará para que
seja objeto de nova discussão, promovendo, quando necessário, a substituição dos autógrafos
remetidos à Presidência da República ou à Câmara.
Art. 327. Quando, após a aprovação definitiva de projeto de lei originário do Senado, for nele
verificada a existência de matéria que deva ser objeto de projeto de decreto legislativo ou de
resolução, a Presidência providenciará, ouvida a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, o
desdobramento da proposição.
Parágrafo único. Seguir-se-á igual orientação quando se trate de projeto de decreto
legislativo ou de resolução que contenha matéria de lei.
CAPÍTULO XVI
DOS AUTÓGRAFOS
CAPÍTULO XVII
DAS PROPOSIÇÕES DE LEGISLATURAS ANTERIORES
CAPÍTULO XVIII
DA PREJUDICIALIDADE
CAPÍTULO XIX
DO SOBRESTAMENTO DO ESTUDO DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO XX
DA URGÊNCIA
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 336. A urgência poderá ser requerida:
I - quando se trate de matéria que envolva perigo para a segurança nacional ou de
providência para atender a calamidade pública;
II - quando se pretenda a apreciação da matéria na segunda sessão deliberativa ordinária
subsequente à aprovação do requerimento;
III - quando se pretenda incluir em Ordem do Dia matéria pendente de parecer.
Parágrafo único. As proposições referidas no art. 91, I e II, reservadas à competência
terminativa das comissões, não poderão ser apreciadas em regime de urgência, salvo se da
decisão proferida houver recurso interposto por um décimo dos membros do Senado para
discussão e votação da matéria pelo Plenário.
Art. 337. A urgência dispensa, durante toda a tramitação da matéria, interstícios, prazos e
formalidades regimentais, salvo pareceres, quorum para deliberação e distribuição de cópias da
proposição principal.
Art. 338. A urgência pode ser proposta:
I - no caso do art. 336, I, pela Mesa, pela maioria dos membros do Senado ou líderes que
representem esse número;
II - no caso do art. 336, II, por dois terços da composição do Senado ou líderes que
representem esse número;
III - no caso do art. 336, III, por um quarto da composição do Senado ou líderes que
representem esse número;
IV - por comissão, nos casos do art. 336, II e III;
V - pela Comissão de Assuntos Econômicos, quando se tratar de pedido de autorização para
realizar operações de crédito previstas nos arts. 28 e 33 da Resolução nº 43, de 2001.
SEÇÃO II
Do Requerimento de Urgência
Art. 339. O requerimento de urgência será lido:
I - no caso do art. 336, I, imediatamente, em qualquer fase da sessão, ainda que com
interrupção de discurso, discussão ou votação;
II - nos demais casos, no Período do Expediente.
Art. 340. O requerimento de urgência será submetido à deliberação do Plenário:
I - imediatamente, no caso do art. 336, I;
II - após a Ordem do Dia, no caso do art. 336, II;
III - na sessão deliberativa seguinte, incluído em Ordem do Dia, no caso do art. 336, III.
Art. 341. Não serão submetidos à deliberação do Plenário requerimentos de urgência:
I - nos casos do art. 336, II e III, antes da publicação do avulso eletrônico da proposição
respectiva;
II - em número superior a dois, na mesma sessão, não computados os casos do art. 336, I.
Art. 342. No caso do art. 336, II, o requerimento de urgência será considerado prejudicado
se não houver número para a votação.
Art. 343. No encaminhamento da votação de requerimento de urgência, poderão usar da
palavra, pelo prazo de cinco minutos, um dos signatários e um representante de cada partido ou de
bloco parlamentar e, quando se tratar de requerimento de autoria de comissão, o seu Presidente e
o relator da matéria para a qual foi a urgência requerida.
Art. 344. A retirada de requerimento de urgência, obedecido, no que couber, o disposto no
art. 256, é admissível mediante solicitação escrita:
I - do primeiro signatário, quando não se trate de requerimento de líderes;
II - do Presidente da comissão, quando de autoria desta;
III - das lideranças que o houverem subscrito.
SEÇÃO III
Da Apreciação de Matéria Urgente
Art. 345. A matéria para a qual o Senado conceda urgência será submetida ao Plenário:
I - imediatamente após a concessão da urgência, no caso do art. 336, I;
II - na segunda sessão deliberativa ordinária que se seguir à concessão da urgência,
incluída a matéria na Ordem do Dia, no caso do art. 336, II;
III - na quarta sessão deliberativa ordinária que se seguir à concessão da urgência, na
hipótese do art. 336, III.
Parágrafo único. Quando, nos casos do art. 336, II e III, encerrada a discussão, se tornar
impossível o imediato início das deliberações, em virtude da complexidade da matéria, à Mesa será
assegurado, para preparo da votação, prazo não superior a vinte e quatro horas.
Art. 346. Os pareceres sobre as proposições em regime de urgência devem ser
apresentados:
I - imediatamente, nas hipóteses do art. 336, I, podendo o relator solicitar prazo não
excedente a duas horas;
II - quando a matéria for anunciada na Ordem do Dia, no caso do art. 336, II;
III - no prazo compreendido entre a concessão da urgência e o dia anterior ao da sessão em
cuja Ordem do Dia deva a matéria figurar, quando se tratar de caso previsto no art. 336, III.
§ 1º O prazo a que se refere o inciso I será concedido sem prejuízo do prosseguimento da
Ordem do Dia.
§ 2º O parecer será oral nos casos do art. 336, I, e, por motivo justificado, nas hipóteses do
art. 336, II e III.
Art. 347. Na discussão e no encaminhamento de votação das proposições em regime de
urgência no caso do art. 336, I, só poderão usar da palavra, e por metade do prazo previsto para
as matérias em tramitação normal, o autor da proposição e os relatores, além de um orador de
cada partido.
Art. 348. Encerrada a discussão de matéria em regime de urgência, com a apresentação de
emendas, proceder-se-á da seguinte forma:
I - no caso do art. 336, I, os pareceres serão proferidos imediatamente, por relator designado
pelo Presidente, que poderá pedir o prazo previsto no art. 346, I;
II - no caso do art. 336, II, os pareceres poderão ser proferidos imediatamente, ou, se a
complexidade da matéria o indicar, no prazo de vinte e quatro horas, saindo, nesta hipótese, a
matéria da Ordem do Dia, para nela figurar na sessão deliberativa ordinária subsequente;
III - no caso do art. 336, III, o projeto sairá da Ordem do Dia, para nela ser novamente
incluído na quarta sessão deliberativa ordinária subsequente, devendo ser proferidos os pareceres
sobre as emendas até o dia anterior ao da sessão em que a matéria será apreciada.
Art. 349. A realização de diligência, nos projetos em regime de urgência, só é permitida no
caso do art. 336, III, e pelo prazo máximo de quatro sessões.
Parágrafo único. O requerimento pode ser apresentado até ser anunciada a votação.
Art. 350. O turno suplementar de matéria em regime de urgência será realizado
imediatamente após a aprovação, em turno único, do substitutivo, podendo ser concedido o prazo
de vinte e quatro horas para a elaboração da redação para o turno suplementar.
Art. 351. A redação final de matéria em regime de urgência não depende de publicação e
será submetida à deliberação do Senado:
I - no caso do art. 336, I, imediatamente após a apresentação, ainda que com interrupção de
discussão ou votação;
II - nos demais casos, a juízo da Presidência, em qualquer fase da sessão.
SEÇÃO IV
Da Extinção da Urgência
Art. 352. Extingue-se a urgência:
I - pelo término da sessão legislativa;
II - nos casos do art. 336, II e III, até ser iniciada a votação da matéria, mediante deliberação
do Plenário.
Parágrafo único. O requerimento de extinção de urgência pode ser formulado:
I - no caso do art. 336, II, pela maioria dos membros do Senado ou líderes que representem
esse número;
II - no caso do art. 336, III, por um quarto da composição do Senado ou líderes que
representem esse número;
III - nos casos do art. 336, II e III, pela comissão requerente.
SEÇÃO V
Da Urgência que Independe de Requerimento
Art. 353. São consideradas em regime de urgência, independentemente de requerimento:
I - com a tramitação prevista para o caso do art. 336, I, matéria que tenha por fim:
a) autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente
(Const., art. 49, II);
b) aprovar o estado de defesa e a intervenção federal; autorizar o estado de sítio ou
suspender qualquer dessas medidas (Const., art. 49, IV);
II - com a tramitação prevista para o caso do art. 336, II, a matéria que objetive autorização
para o Presidente e o Vice-Presidente da República se ausentarem do País (Const., art. 49, III).
Parágrafo único. Terão, ainda, a tramitação prevista para o caso do art. 336, II,
independentemente de requerimento, as proposições sujeitas a prazo, quando faltarem dez dias
para o término desse prazo.
TÍTULO IX
DAS PROPOSIÇÕES SUJEITAS A DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
CAPÍTULO I
DA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO
CAPÍTULO II
DOS PROJETOS DE CÓDIGO
Art. 374. Na sessão em que for lido o projeto de código, a Presidência designará uma
comissão temporária para seu estudo, composta de onze membros, e fixará o calendário de sua
tramitação, obedecidos os seguintes prazos e normas:
I - a comissão se reunirá até o dia útil seguinte à sua constituição, para eleger o Presidente e
o Vice-Presidente, sendo, em seguida, designados um relator geral e tantos relatores parciais
quantos necessários;
II - ao projeto serão anexadas as proposições em curso ou as sobrestadas, que envolvam
matéria com ele relacionada;
III - perante a comissão, poderão ser oferecidas emendas, no prazo de vinte dias úteis, a
contar da publicação do projeto no Diário do Senado Federal;
IV - encerrado o prazo para a apresentação de emendas, os relatores parciais
encaminharão, dentro de dez dias úteis, ao relator geral, as conclusões de seus trabalhos;
V - o relator geral terá o prazo de cinco dias úteis para apresentar, à comissão, o parecer
que será publicado em avulso eletrônico, juntamente com o estudo dos relatores parciais e as
emendas;
VI - a comissão terá cinco dias úteis para concluir o seu estudo e encaminhar à Mesa o
parecer final sobre o projeto e as emendas;
VII - na comissão, a discussão da matéria obedecerá à divisão adotada para a designação
dos relatores parciais, podendo cada membro usar da palavra uma vez, por dez minutos, o relator
parcial, duas vezes, por igual prazo, e o relator geral, duas vezes, pelo prazo de quinze minutos;
VIII - as emendas e subemendas serão votadas, sem encaminhamento, em grupos, segundo
o sentido dos pareceres, ressalvados os destaques requeridos pelo autor, com apoiamento de,
pelo menos, cinco membros da comissão ou por líder;
IX - publicado o parecer da comissão e publicado o avulso eletrônico, será o projeto incluído,
com exclusividade, em Ordem do Dia, obedecido o interstício regimental;
X - a discussão, em plenário, far-se-á sobre o projeto e as emendas, em um único turno,
podendo o relator geral usar da palavra sempre que for necessário, ou delegá-la ao relator parcial;
XI - a discussão poderá ser encerrada mediante autorização do Plenário, a requerimento de
líder, depois de debatida a matéria em três sessões deliberativas consecutivas;
XII - encerrada a discussão, passar-se-á à votação, sendo que os destaques só poderão ser
requeridos por líder, pelo relator geral ou por vinte Senadores;
XIII - aprovado com ou sem emendas, o projeto voltará à comissão para a redação final, que
deverá ser apresentada no prazo de cinco dias úteis;
XIV - publicada em avulso eletrônico, a redação final será incluída em Ordem do Dia,
obedecido o interstício regimental;
XV - não se fará tramitação simultânea de projetos de código;
XVI - os prazos previstos neste artigo poderão ser aumentados até o quádruplo, por
deliberação do Plenário, a requerimento da comissão.
Parágrafo único. As disposições deste artigo serão aplicáveis exclusivamente aos projetos
de código elaborados por juristas, comissão de juristas, comissão ou subcomissão especialmente
criada com essa finalidade, e que tenham sido antes amplamente divulgados.
CAPÍTULO III
DOS PROJETOS COM TRAMITAÇÃO URGENTE ESTABELECIDA PELA
CONSTITUIÇÃO
Art. 375. Nos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, quando sujeitos à
tramitação urgente (Const., art. 64, § 1º) e nos casos de apreciação de atos de outorga ou
renovação de concessão, permissão ou autorização para serviço de radiodifusão sonora e de sons
e imagens (Const., art. 223, § 1º), proceder-se-á da seguinte forma:
I - o projeto será lido no Período do Expediente e distribuído às comissões competentes,
somente podendo receber emendas na primeira comissão constante do despacho, pelo prazo de
cinco dias;
II - o projeto será apreciado, simultaneamente, pelas comissões, sendo feitas tantas
autuações quantas forem necessárias;
III - as comissões deverão apresentar os pareceres até o vigésimo quinto dia contado do
recebimento do projeto no Senado;
IV - publicado o parecer em avulso eletrônico, decorrido o interstício regimental, o projeto
será incluído em Ordem do Dia;
V - não sendo emitidos os pareceres no prazo fixado no inciso III, aplicar-se á o disposto no
art. 172, II, d;
VI - o adiamento de discussão ou de votação não poderá ser aceito por prazo superior a
vinte e quatro horas;
VII - a redação final das emendas deverá ser apresentada em plenário no prazo máximo de
quarenta e oito horas após a votação da matéria;
VIII - esgotado o prazo de quarenta e cinco dias contado do recebimento do projeto sem que
se tenha concluída a votação, deverá ele ser incluído em Ordem do Dia, sobrestando-se a
deliberação sobre as demais matérias, até que se ultime a sua votação (Const., art. 64, § 2º).
CAPÍTULO IV
DOS PROJETOS REFERENTES A ATOS INTERNACIONAIS (CONST., ART. 49, I)
Art. 376. O projeto de decreto legislativo referente a atos internacionais terá a seguinte
tramitação:
I - só terá iniciado o seu curso se estiver acompanhado de cópia autenticada do texto, em
português, do ato internacional respectivo, bem como da mensagem de encaminhamento e da
exposição de motivos;
II - lido no Período do Expediente, será o projeto publicado e distribuído em avulso
eletrônico, acompanhado dos textos referidos no inciso I e despachado à Comissão de Relações
Exteriores e Defesa Nacional;
III - perante a Comissão, nos cinco dias úteis subsequentes à publicação de avulso
eletrônico, poderão ser oferecidas emendas; a Comissão terá, para opinar sobre o projeto, e
emendas, o prazo de quinze dias úteis, prorrogável por igual período;
IV - publicados o parecer e as emendas e o avulso eletrônico, decorrido o interstício
regimental, a matéria será incluída em Ordem do Dia;
V - não sendo emitido o parecer, conforme estabelece o inciso III, aplicar-se-á o disposto no
art. 172, II, c.
TÍTULO X
DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS
CAPÍTULO I
DO FUNCIONAMENTO COMO ÓRGÃO JUDICIÁRIO
Art. 377. Compete privativamente ao Senado Federal (Const., art. 52, I e II):
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República, nos crimes de
responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e
da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho
Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da
República e o Advogado-Geral da União, nos crimes de responsabilidade.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o Senado funcionará sob a presidência
do Presidente do Supremo Tribunal Federal (Const., art. 52, parágrafo único).
Art. 378. Em qualquer hipótese, a sentença condenatória só poderá ser proferida pelo voto
de dois terços dos membros do Senado, e a condenação limitar-se-á à perda do cargo, com
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das sanções judiciais
cabíveis (Const., art. 52, parágrafo único).
Art. 379. Em todos os trâmites do processo e julgamento serão observadas as normas
prescritas na lei reguladora da espécie.
Art. 380. Para julgamento dos crimes de responsabilidade das autoridades indicadas no art.
377, obedecer-se-ão as seguintes normas:
I - recebida pela Mesa do Senado a autorização da Câmara para instauração do processo,
nos casos previstos no art. 377, I, ou a denúncia do crime, nos demais casos, será o documento
lido no Período do Expediente da sessão seguinte;
II - na mesma sessão em que se fizer a leitura, será eleita comissão, constituída por um
quarto da composição do Senado, obedecida a proporcionalidade das representações partidárias
ou dos blocos parlamentares, e que ficará responsável pelo processo;
III - a comissão encerrará seu trabalho com o fornecimento do libelo acusatório, que será
anexado ao processo e entregue ao Presidente do Senado Federal, para remessa, em original, ao
Presidente do Supremo Tribunal Federal, com a comunicação do dia designado para o julgamento;
IV - o Primeiro Secretário enviará ao acusado cópia autenticada de todas as peças do
processo, inclusive do libelo, intimando-o do dia e hora em que deverá comparecer ao Senado
para o julgamento;
V - estando o acusado ausente do Distrito Federal, a sua intimação será solicitada pelo
Presidente do Senado ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado em que ele se encontre;
VI - servirá de escrivão um funcionário da Secretaria do Senado designado pelo Presidente
do Senado.
Art. 381. Instaurado o processo, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções
(Const., art. 86, § 1º, II).
Parágrafo único. Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver
concluído, cessará o afastamento do Presidente da República, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo (Const., art. 86, § 2º).
Art. 382. No processo e julgamento a que se referem os arts. 377 a 381 aplicar-se á, no que
couber, o disposto na Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950.
CAPÍTULO II
DA ESCOLHA DE AUTORIDADES (CONST., ART. 52, III E IV)
CAPÍTULO III
DA SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DE LEI INCONSTITUCIONAL (CONST., ART. 52, X)
Art. 386. O Senado conhecerá da declaração, proferida em decisão definitiva pelo Supremo
Tribunal Federal, de inconstitucionalidade total ou parcial de lei mediante:
I - comunicação do Presidente do Tribunal;
II - representação do Procurador-Geral da República;
III - projeto de resolução de iniciativa da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Art. 387. A comunicação, a representação e o projeto a que se refere o art. 386 deverão ser
instruídos com o texto da lei cuja execução se deva suspender, do acórdão do Supremo Tribunal
Federal, do parecer do Procurador-Geral da República e da versão do registro taquigráfico do
julgamento.
Art. 388. Lida em plenário, a comunicação ou representação será encaminhada à Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania, que formulará projeto de resolução suspendendo a execução
da lei, no todo ou em parte.
CAPÍTULO IV
DAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NOS ARTS. 52 E 155 DA CONSTITUIÇÃO
SEÇÃO I
Da Autorização para Operações Externas de Natureza Financeira
Art. 389. O Senado apreciará pedido de autorização para operações externas, de natureza
financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios
(Const., art. 52, V), instruído com:
I - documentos que o habilitem a conhecer, perfeitamente, a operação, os recursos para
satisfazer os compromissos e a sua finalidade;
II - publicação oficial com o texto da autorização do Legislativo competente;
III - parecer do órgão competente do Poder Executivo.
Parágrafo único. É lícito a qualquer Senador encaminhar à Mesa documento destinado a
complementar a instrução ou o esclarecimento da matéria.
Art. 390. Na tramitação da matéria de que trata o art. 389, obedecer-se-ão as seguintes
normas:
I - lida no Período do Expediente, a matéria será encaminhada à Comissão de Assuntos
Econômicos, a fim de ser formulado o respectivo projeto de resolução, concedendo ou negando a
medida pleiteada;
II - a resolução, uma vez promulgada, será enviada, em todo o seu teor, à entidade
interessada e ao órgão a que se refere o art. 389, III, devendo constar do instrumento da operação.
Parágrafo único. No caso de mensagens propondo perdão e reescalonamento de dívidas de
que o Brasil seja credor, a matéria será encaminhada para parecer da Comissão de Relações
Exteriores e Defesa Nacional antes de seu exame pela Comissão de Assuntos Econômicos.
Art. 391. Qualquer modificação nos compromissos originariamente assumidos dependerá de
nova autorização do Senado.
Art. 392. O disposto nos arts. 389 a 391 aplicar-se-á, também, aos casos de aval da União,
Estado, Distrito Federal ou Município, para a contratação de empréstimo externo por entidade
autárquica subordinada ao Governo Federal, Estadual ou Municipal.
SEÇÃO II
Das Atribuições Estabelecidas no art. 52, VI, VII, VIII e IX, da Constituição
Art. 393. Compete ao Senado:
I - fixar limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios (Const., art. 52, VI);
II - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais
entidades controladas pelo poder público federal (Const., art. 52, VII);
III - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações
de crédito externo e interno (Const., art. 52, VIII);
IV - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (Const., art. 52, IX).
Parágrafo único. As decisões do Senado quanto ao disposto neste artigo terão forma de
resolução tomada por iniciativa:
I - da Comissão de Assuntos Econômicos, nos casos dos incisos II, III e IV do caput;
II - da Comissão de Assuntos Econômicos, por proposta do Presidente da República, no
caso do inciso I do caput.
SEÇÃO II-A
Da Atribuição Estabelecida no art. 52, XV, da Constituição Federal
Art. 393-A. A avaliação de que trata o art. 99-A será realizada anualmente por grupo de
Senadores da Comissão de Assuntos Econômicos designados pelo Presidente da Comissão.
Art. 393-B. Para atender aos objetivos da avaliação prevista no art. 52, XV, da Constituição
Federal, o Senado poderá solicitar informações e documentos à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, compreendidos os três Poderes e os órgãos e entidades da
administração direta e indireta, além do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e de
outras instituições da sociedade organizada.
Art. 393-C. Serão observados os seguintes prazos nos trabalhos de avaliação periódica do
Sistema Tributário Nacional:
I - para recebimento de documentos e informações, até 15 de março;
II - para realização de audiências públicas, até 30 de abril;
III - para apresentação do relatório final, até 30 de junho.
Parágrafo único. Os prazos estabelecidos no caput deste artigo poderão ser modificados
por deliberação da Comissão de Assuntos Econômicos.
Art. 393-D. A funcionalidade do Sistema Tributário Nacional será avaliada considerando-se,
entre outros, os seguintes aspectos:
I - complexidade e qualidade da legislação;
II - custos de conformidade à normatização tributária;
III - qualidade dos tributos, especialmente quanto:
a) à justiça fiscal;
b) ao atendimento aos princípios constitucionais tributários;
c) ao atendimento às necessidades orçamentárias;
d) ao custo das obrigações acessórias;
IV - carga tributária;
V - equilíbrio federativo, especialmente quanto:
a) à participação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios no total da
receita tributária, antes e depois das transferências constitucionais e legais;
b) à participação das transferências constitucionais e legais na receita tributária dos entes
federados;
VI - renúncias fiscais;
VII - harmonização normativa;
VIII - redução das desigualdades regionais;
IX - compatibilidade com a legislação de outros países ou blocos econômicos.
Parágrafo único. As Consultorias do Senado Federal elaborarão estudos e pareceres
técnicos que subsidiarão os trabalhos de avaliação periódica do Sistema Tributário Nacional.
Art. 393-E. O desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios será avaliado considerando-se, entre outros, os seguintes aspectos:
I - relação entre o custo da administração e o montante arrecadado;
II - exercício efetivo das competências tributárias pelos entes federados;
III - desempenho da fiscalização;
IV - relação entre pagamento espontâneo e coercitivo dos tributos;
V - desempenho da cobrança judicial e extrajudicial da dívida ativa tributária;
VI - efetividade dos programas de recuperação fiscal, especialmente quanto a parcelamento,
anistia e remissão;
VII - grau de integração das administrações tributárias;
VIII - gastos e resultados com educação fiscal;
IX - qualidade do atendimento ao contribuinte;
X - grau de informalidade da economia.
Art. 393-F. O grupo de Senadores de que trata o art. 393-A elaborará relatório conclusivo,
que será submetido à deliberação do Plenário da Comissão de Assuntos Econômicos, em caráter
terminativo.
§ 1º Cópia integral do relatório aprovado será enviada ao Presidente da República, à
Câmara dos Deputados, aos Governadores dos Estados e do Distrito Federal, às Assembleias
Legislativas Estaduais, à Câmara Legislativa do Distrito Federal e aos Tribunais de Contas.
§ 2º Resumo executivo com as principais conclusões será enviado aos Municípios.
SEÇÃO III
Das Atribuições Relativas à Competência Tributária dos Estados e do Distrito Federal
Art. 394. Ao Senado Federal, no que se refere à competência tributária dos Estados e do
Distrito Federal, compete:
I - fixar alíquotas máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação de
quaisquer bens ou direitos (Const., art. 155, § 1º, IV);
II - estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de
exportação (Const., art. 155, § 2º, IV);
III - estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas (Const., art. 155, § 2º, V, a);
IV - fixar alíquotas máximas nas operações internas para resolver conflito específico que
envolva interesse de Estados e do Distrito Federal (Const., art. 155, § 2º, V, b).
Parágrafo único. As decisões do Senado Federal, quanto ao disposto neste artigo, terão
forma de resolução tomada por iniciativa:
I - da Comissão de Assuntos Econômicos, no caso do inciso I do caput;
II - do Presidente da República ou de um terço dos membros do Senado, no caso do inciso II
do caput, e aprovação por maioria absoluta de votos;
III - de um terço dos membros do Senado Federal, no caso do inciso III do caput, e
aprovação por maioria absoluta de votos;
IV - da maioria absoluta dos membros do Senado Federal, no caso do inciso IV do caput, e
aprovação por dois terços da composição da Casa.
SEÇÃO IV
Disposições Gerais
Art. 395. As matérias a que se referem os arts. 393 e 394 terão a tramitação regimental
prevista para os demais projetos de resolução.
Art. 396. O Senado Federal remeterá o texto da resolução a que se referem os arts. 389 a
394 ao Presidente da República, aos Governadores, às Assembleias Legislativas, à Câmara
Legislativa do Distrito Federal e aos Prefeitos e Câmaras de Vereadores dos Municípios
interessados, com a indicação da sua publicação no Diário do Senado Federal e no Diário Oficial
da União.
TÍTULO XI
DA CONVOCAÇÃO E DO COMPARECIMENTO DE MINISTRO DE ESTADO
TÍTULO XII
DA ALTERAÇÃO OU REFORMA DO REGIMENTO INTERNO
Art. 401. O Regimento Interno poderá ser modificado ou reformado por projeto de resolução
de iniciativa de qualquer Senador, da Comissão Diretora ou de comissão temporária para esse fim
criada, em virtude de deliberação do Senado, e da qual deverá fazer parte um membro da
Comissão Diretora.
§ 1º Em qualquer caso, o projeto, após publicado em avulso eletrônico, ficará sobre a mesa
durante cinco dias úteis a fim de receber emendas.
§ 2º Decorrido o prazo previsto no § 1º, o projeto será enviado:
I - à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, em qualquer caso;
II - à comissão que o houver elaborado, para exame das emendas, se as houver recebido;
III - à Comissão Diretora, se de autoria individual de Senador.
§ 3º Os pareceres das comissões serão emitidos no prazo de dez dias úteis, quando o
projeto for de simples modificação, e no de vinte dias úteis, quando se tratar de reforma.
§ 4º Aplicam-se à tramitação do projeto de alteração ou reforma do Regimento as normas
estabelecidas para os demais projetos de resolução.
§ 5º A redação final do projeto de reforma do Regimento Interno compete à comissão que o
houver elaborado e o de autoria individual de Senador, à Comissão Diretora.
Art. 402. A Mesa fará, ao fim de cada legislatura, consolidação das modificações feitas no
Regimento.
Parágrafo único. Na consolidação, a Mesa poderá, sem modificação de mérito, alterar a
ordenação das matérias e fazer as correções de redação que se tornarem necessárias.
TÍTULO XIII
DA QUESTÃO DE ORDEM
Art. 403. Constituirá questão de ordem, suscitável em qualquer fase da sessão, pelo prazo
de cinco minutos, qualquer dúvida sobre interpretação ou aplicação deste Regimento.
Parágrafo único. Para contraditar questão de ordem é permitido o uso da palavra a um só
Senador, por prazo não excedente ao fixado neste artigo.
Art. 404. A questão de ordem deve ser objetiva, indicar o dispositivo regimental em que se
baseia, referir-se a caso concreto relacionado com a matéria tratada na ocasião, não podendo
versar sobre tese de natureza doutrinária ou especulativa.
Art. 405. A questão de ordem será decidida pelo Presidente, com recurso para o Plenário,
de ofício ou mediante requerimento, que só será aceito se formulado ou apoiado por líder.
Art. 406. Considera-se simples precedente a decisão sobre questão de ordem, só
adquirindo força obrigatória quando incorporada ao Regimento.
Art. 407. Nenhum Senador poderá falar, na mesma sessão, sobre questão de ordem já
resolvida pela Presidência.
Art. 408. Havendo recurso para o Plenário, sobre decisão da Presidência em questão de
ordem, é lícito a esta solicitar a audiência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania sobre
a matéria, quando se tratar de interpretação de texto constitucional.
§ 1º Solicitada a audiência, fica sobrestada a decisão.
§ 2º O parecer da Comissão deverá ser proferido no prazo de dois dias úteis, após o que,
com ou sem parecer, será o recurso incluído em Ordem do Dia para deliberação do Plenário.
§ 3º Quando se tratar de questão de ordem sobre matéria em regime de urgência nos
termos do art. 336, I, ou com prazo de tramitação, o parecer deverá ser proferido imediatamente,
podendo o Presidente da comissão ou o relator solicitar prazo não excedente a duas horas.
TÍTULO XIV
DOS DOCUMENTOS RECEBIDOS
TÍTULO XV
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO LEGISLATIVO
(*) Compilação produzida com base no texto consolidado na forma do artigo 402 do RISF pela Secretaria-Geral da
Mesa do Senado Federal, publicado no Suplemento “E” do Diário do Senado Federal de 22/12/2018.