Contextualizando A Matematica
Contextualizando A Matematica
Contextualizando A Matematica
A disciplina de matemática apesar de fazer parte da vida de todas as pessoas, sempre foi
vista em diversas vezes desagradável pelos alunos e desafiadora tanto para os alunos
como para os professores por ser tão complexa, no entanto, a matemática faz parte do
cotidiano de todos para resolver inúmeras situações.
● a criatividade;
● interpretação;
● senso crítico;
● produção de estratégias;
● resolução de problemas;
● Raciocínio rápido.
O trabalho com a disciplina de matemática nas escolas deverá sempre ser realizado de
formas dinâmicas e passivas.
Neste contexto, percebe-se que cada aluno tem o seu tempo de aprender e que depende
muito de sua convivência, tanto familiar como escolar, pois o pensamento matemático
acontece por meio de uma evolução lógica, que se associa ao desenvolvimento mental.
Com esse intuito, segundo a teoria cognitiva de Piaget (1896 – 1980) de acordo com
TAILLE; OLIVEIRA e DANTAS (1992), há evolutivos estágios que se trata do
pensamento matemático e que se associam ao desenvolvimento mental, são eles:
sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
Outro aspecto relevante que deve sempre ser valorizado, é o conhecimento empírico que
o aluno apresenta, é preciso explorar ao máximo esse conhecimento e usá-lo na
construção do pensamento matemático para o desenvolvimento da aprendizagem do
aluno, pois muitas atividades praticadas em casa envolvem cálculos e raciocínio lógico.
Até ao atravessar uma rua qualquer, é necessário que se olhe para os dois lados, para
não ser atropelado. E nessa simples atividade realizada no cotidiano, o cérebro processa
inúmeros cálculos para saber se é possível ou não atravessar a rua de acordo com a
velocidade e distância que está vindo um determinado carro.
Com vários estudos realizados e esse novo olhar dos estudiosos a respeito das
dificuldades de aprendizagem, surgem também vários tipos de conceito, na qual cada
um é discriminado de uma forma. Esses conceitos e estudo podem ser no sentido, lato,
orgânico, estrito e educacional. No quadro a seguir serão apresentadas as
especificidades das Dificuldades de Aprendizagem.
Sentido estrito
São reconhecidos como desordens
neurológicas que interferem na recepção,
integração ou expressão de informações.
Caracterizam-se, em geral, por uma
discrepância acentuada entre o potencial
estimado do aluno e a sua realização escolar.
Sentido orgânico
São reconhecidas como uma incapacidade ou
um impedimento para a aprendizagem da
leitura, da escrita, do cálculo ou para a
aquisição de aptidões sociais.
Sentido educacional
Fonte: BIBLIOTECA (2013)
Nessa concepção, a dificuldade de aprendizagem apresenta-se como falhas no processo
de aprender no âmbito escolar principalmente, no que diz respeito à incapacidade da
aprendizagem da escrita, cálculo, convívio social e leitura. (COLL; MARCHESI e
PALACIOS, 2004, p.53) afirmam que:
É fundamental ter consciência de que nem todas as crianças que apresentam lentidão ou
agitação demasiada em sala de aula têm dificuldade em aprender. Para que uma criança
seja considerada incapaz de desenvolver alguma aprendizagem no âmbito escolar,
precisa apresentar os seguintes quesitos:
1. Não apresentar resultados qualitativos ao seu nível de idade e inabilidade em uma ou
mais das sete áreas específicas do conhecimento humano;
2. Apresentar discordância significativa entre a realização escolar e a capacidade
intelectual em umas das seguintes áreas abaixo expostas:
Expressão oral;
Compreensão auditiva;
Capacidade básica de leitura;
Compreensão da leitura;
Cálculo matemático;
Raciocínio matemático. BIBLIOTECA (2013)
Nesse intuito, o professor precisa estar sempre atento às atitudes que os alunos
apresentam em sala para fazer uma possível análise de qual é o grau de dificuldade
apresentado. As identificações das Dificuldades de Aprendizagens devem ser feitas o
mais rápido possível, com observações cuidadosas da criança e seus comportamentos.
Para ajudar a fazer essas observações, os educadores sempre tem que estar atentos aos
sinais contínuos que as crianças apresentam em sala. No quadro a seguir apresenta-se
um quadro de indicadores para as DAs.
Responder às perguntas.
Soletrar.
Gerir o tempo. Cortar. Aprender vocabulário novo.
Encontrar objetos pessoais. Desenhar. Encontrar palavras certas.
Executar planos Escrever. Rimar palavras.
Tomar decisões. Discriminar sons.
Estabelecer prioridades. Compreender conceitos.
Sequenciar. Escrever histórias e textos.
ATENÇÃO E MEMÓRIA C
CONCENTRAÇÃO
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OMPORTAMENTO
SOCIAL
Completar tarefa. Recordar instruções. Iniciar e manter amizades.
Agir depois de pensar. Recordar fatos. Tolerar frustrações.
Esperar. Aprender conceitos Interagir.
matemáticos.
Relaxar. Reter matérias novas. Interpretar sinais não verbais.
Manter-se atento. Identificar letras. Trabalhar em cooperação.
Recordar nomes.
Fonte: BIBLIOTECA (2013).
Nesse contexto, é sabido que crianças que não consegue desenvolver inúmeras
atividades escolares, das quais foram citadas acima, são crianças que apresentam algum
tipo de dificuldade de aprendizagem, porém é necessário saber como lidar com a
dificuldade de aprendizagem para não rotular quem a possuem.
Sabe-se que as maiorias dessas crianças não recebem tratamento médico indicado o que
lhe resultará em um adulto que sempre terá algum tipo de dificuldade.
Nessa perspectiva, vale ressaltar, que cada aluno tem o seu tempo e a sua técnica de
aprender. Alguns aprendem em um espaço de tempo muito rápido, já outros demoram
mais, pois a técnica de aprendizagem que ele possui é mais demorada. Também, para
que a maturação da criança aconteça é necessário que família e escola tenham uma
parceria e caminham sempre juntas, falando a mesma língua.
CAPÍTULO 3 – DISCALCULIA
Nesse contexto, como é sabido, boa parte das crianças que apresentam a discalculia é
descoberto na escola. Na escola, esse transtorno pode ser encontrado em seis subtipos
listados abaixo:
Problemas para tomar nota de objetos ou símbolos quanto aparecem junto a outros
objetos e símbolos.
Desta forma, vale ressaltar, que as crianças que sofrem desse tipo de dificuldade não
sentem preguiça ao realizar as atividades propostas em sala de aula como muitos pais e
professores pensam. Na verdade ela não consegue compreender realmente o que é para
fazer. Neste caso, será necessário encaminhar a criança a profissionais especializados e
em sala de aula o professor também poderá auxiliar na parte pedagógica com
intervenções necessárias. É necessário também, motivar a criança quanto a sua
autoestima, para que a mesma não sofra e encara esse desafio de forma natural do seu
aprendizado.
Outro aspecto importante, é que nem todas as dificuldades encontradas por alguns
alunos no processo de aprendizagem da matemática podem ser detectadas como
discalculia. Muitas vezes o que está acontecendo é apenas uma falta de sintonia entre a
relação do aluno com o professor na forma do fazer ensino/ aprendizagem. O professor
consciente chegará a uma conclusão de que o aluno não sofre desse transtorno da
discalculia e irá procurar uma nova metodologia de ensino junto com o aluno que
apresenta a dificuldade. Isso significa que é preciso ter atenção redobrada e muito
cuidado com as escolhas da metodologia aplicada, na qual a mesma é de fundamental
importância para o ensino aprendizagem, para não haver a confusão de discalculia com
dificuldade metodológica que pode ser superada em sala de aula. “O papel do professor
e da professora no processo de ensinar/aprender, portanto, é o de provocar situações
nas quais aprender passe a ser interessante e consequentemente
prazeroso.” (BARBOSA, 2008, p. 25).
5.3 SUGESTÕES DE JOGOS PARA REALIZAR A INTERVENÇÃO JUNTO À
CRIANÇA DISCACÚLICA
Nesse contexto, seguirá algumas sugestões de jogos que poderá ser aplica as crianças
que apresentam dificuldade de aprendizagem ou discalculia, na qual poderá ajudar a
despertar o raciocínio lógico-matemático, a criatividade, a atenção, concentração,
esforço, socialização, quantidade, ordenação, habilidades motoras, ritmo, entre outras.
Vale ressaltar que os jogos descritos abaixo foram retirados das obras de LOPES (2005)
e GOMES E FERLIN (2009).
1. LISTA DE COMPRAS
Material: Papel pardo, caneta hidrocolor, sulfite, fita adesiva, lápis de cor ou giz de
cera.
Desenvolvimento:
O educador irá elaborar, junto com a criança, um quadro de coisas que se compra no
supermercado que serão registrados em fichas.
Em seguida, as crianças em grupo irão fazer os desenhos em outras fichas que serão
anexadas no quadro grande.
O desafio será o grupo encaixar as fichas escritas no desenho correspondente.
O grupo que conseguir o maior número de acertos ganhará um prêmio.
Outras possibilidades:
2. SEMPRE 9
Desenvolvimento:
Grupo de 3.
O aluno apresentará uma peça do dominó. De um lado da peça dois elementos e, do
outro 4 elementos. O outro participante deverá completar até dar o número 9 e assim
sucessivamente.
Outras possibilidades:
Ter mais de um jogo e trabalhar o grupo com todo, obedecendo a uma sequência.
Não dando mais para agrupar o número 9, deverão somar quantos pontos sobraram.
(FERLIN E GOMES, 2009. p. 134).
Desenvolvimento:
Outras possibilidades:
4. NÚMEROS EM GRUPOS
Desenvolvimento:
Atenção: Caso algum aluno não consiga entrar em formação de acordo com o número
indicado por falta de elementos, solicitar que procurem entre os cartazes o números
correspondente à sua formação.
Outras possibilidades:
Desenvolvimento:
Outras possibilidades:
Trabalhar a escrita dos numerais. Qual o número de letra utilizado para escrever
determinado numeral?
Usar fichas com os numerais escritos (para leitura), ao jogar o dado a crianças lê a sua
cartela.
Dividir a turma em dois grupos. Ao jogar o dado, imediatamente as crianças deverão
agrupar-se de acordo com o número correspondente e o mediador poderá solicitar
algumas propostas como: digam três palavras que vocês acreditam serem importantes
para um bom relacionamento na turma. Escolham dois elementos do grupo para
cantar/representar, etc.
Usar material de sucata. Jogar o dado em duplas e pedir que montem aquele número
com o material disponível, desenvolvendo também a criatividade.
Trabalhar antecessor e sucessor.
Ordem crescente e decrescente.
Observar as características da figura espacial (sólido-geométrica).
Em grupos, elaborar situações-problemas contextualizadas (jogar os dados
alternamente, identificar os números), utilizando as quatro operações.
Sugerir que montem com o próprio corpo o número referente ao dado. (FERLIN E
GOMES, 2009. p. 140-141).
6. SETE-E-MEIO
Objetivos: Desenvolver e exercitar a habilidade do caçulo mental, desenvolver o
raciocínio lógico-matemático e trabalhar antecipação e estratégia.
Estratégia: O papel-cartão é medido e calculado para ser dividido pelo número de cartas
necessárias ao jogo. Para a realização deste jogo serão necessárias 40 cartas, que segue
abaixo a descrição de como se dividirá:
Nº Quantidade de Nº Quantidades de
cartas cartas
1 ou A 4 6 4
2 4 7 4
3 4 J 4
4 4 Q 4
5 4 K 4
A confecção do baralho poderá ser feita em grupo, sendo as tarefas bem distribuídas
para uma completa integração de trabalho cooperativo.
Como jogar: Escolhe-se uma banca, que deverá distribuir as cartas. Cada jogador
recebe 2 cartas, olha-as e faz uma aposta com fichas. O objetivo é conseguir com a
soma das cartas o número 7,5 onde cada figura vale 0,5. Também, pode-se ganhar o
jogo com uma soma menor que 7,5, desde que seja a maior soma entre os participantes.
Em caso de empate com a banca, é ela que fica com as fichas. Cada vez que o jogador
faz a maior soma, leva todas as fichas da mesa. (LOPES, 2005, p. 115-116).
7. POUPANÇA
Estratégia: O jogo pode ser confeccionado por toda a classe, num trabalho cooperativo.
Em classes numerosas é melhor confeccionar dois jogos.
Para cada jogo, divide-se a cartolina em trinta cartas iguais, nas quais serão desenhadas
as figuras de moedas; para isso são utilizados os moldes circulares e escritos os
numerais da seguinte forma:
Como jogar: Todas as cartas são distribuídas pelos participantes. Cada jogador põe
suas cartas numa pilha à sua frente, voltadas para baixo. Quando chega a sua vez, retira
uma carta: se for um real, coloca-a na poupança, caso contrário, deixa-a virada para
cima sobre a mesa. O próximo jogador faz o mesmo, caso não tire um real, soma a carta
da mesa com a sua. E se o resultado der um real, coloque as cartas na poupança, caso
contrário, deixa também a sua carta sobe a mesa, e assim sucessivamente, até que todos
terminem suas cartas. Vence quem tiver mais dinheiro na poupança. (LOPES, 2005, p.
123-124,125)
Nesta perspectiva, vale ressaltar, que cada jogo destes acima descritos, pode ser
adaptado de acordo com a série/idade de cada criança
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS