Estudo de Base Retfop Relatorio Final 1
Estudo de Base Retfop Relatorio Final 1
Estudo de Base Retfop Relatorio Final 1
FED/2017/387-453
ESTUDO DE BASE
Relatório final
Esta publicação contem o Relatório Final do Estudo de
Base, realizado pelo Consórcio CESO – CEsA, no âmbito
do RETFOP, que agora se disponibiliza para consulta de
todos os interessados.
CAMÕES-INSTITUTO DA Projeto Revitalização do Ensino Técnico e
COOPERAÇÃO E
DA LÍNGUA, I.P. da Formação Profissional de Angola
Outubro 2019 (RETFOP)/Estudo de Base
Relatório Final
Siglas e Acrónimos
BELFA Bureau para o ensino da língua francesa em Angola
CAETFP Comissão que Estabelece as Linhas de Coordenação dos subsistemas de
Formação Profissional e do Ensino Técnico-Profissional
CENFFOR Centro de Nacional Formação de Formadores
C-ICL Camões – Instituto da Cooperação e da Língua
CFP Centros de Formação Profissional
CFPAO Centros de Formação e Pavilhão de Artes e Ofícios
CIEFP Centros Integrados de Emprego e Formação Profissional
CINFOTEC Centro Integrado de Formação Tecnológica
CLESE Centro Local de Empreendedorismo e Serviços de Emprego
CMESE Centros Municipais de Empreendedorismo e Serviços de Emprego
CNQ Catálogo Nacional de Qualificações
DACUM Develop A CurriculUM
DNAA Direção Nacional de Avaliação e Acreditação
DNEG Direção Nacional de Ensino Geral
DNESTP Direção Nacional do Ensino Secundário Técnico Profissional
DNTFP Direção Nacional do Trabalho e Formação Profissional
EF Expertise France
EMT Ensino Médio Técnico
ENAD Escola Nacional de Administração
ENAPP Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas
ESTP Ensino Secundário Técnico Profissional
ETFP Ensino Técnico e Formação Profissional
ETP Ensino Técnico Profissional
FP Formação Profissional
FMEA Federação e a Associação das Mulheres Empresárias de Angola
GEPE Gabinete de Estudos Planeamento e Estatística
GIEME Gabinete de Infraestruturas, Equipamentos e Meios de Ensino
GIVA Gabinete de Inserção na Vida Ativa
GTME Grupo Técnico Multissectorial para o Tratamento dos Dados Numéricos
sobre o Mercado do Emprego
IMAG Instituto Médio de Administração e Gestão
INE Instituto Nacional de Estatística
INEFOP Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional
INFQE Instituto Nacional de Formação de Quadros da Educação
INIDE Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação
MAPTSS Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social
MED Ministério da Educação
MESCTI Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação
PAT Projeto de Aprendizagem para Todos
PDN Plano de Desenvolvimento Nacional
PNFGPD Programa Nacional de Formação e Gestão do Pessoal Docente
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Sumário Executivo
O Estudo de Base
Desde o momento de identificação e formulação do Projeto Revitalização do Ensino Técnico e
da Formação Profissional de Angola (RETFOP), em 2014 e 2015, decorreram mais de 3 anos.
Admitindo que desde essa data o contexto possa ter sofrido alterações com eventual impacto
na estratégia definida, o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. contratou os serviços
do Consórcio CESO – CEsA para conduzir um Estudo de Base do projeto.
Objetivo e resultados
O referido Estudo teve como objetivo e resultados esperados:
Metodologia
O ajustamento da lógica de intervenção do RETFOP foi suportado por um diagnóstico das
dimensões nas quais o projeto irá atuar confirmando:
As necessidades, que basearam o desenho do projeto;
Os pressupostos políticos, ou seja, as circunstâncias fora do controlo do projeto que
influenciarão a sustentabilidade da intervenção;
Os pressupostos comportamentais, ou seja, as circunstâncias fora do controlo do projeto
que influenciarão a produção dos benefícios gerados pelo uso dos seus resultados;
Os pressupostos operacionais, ou seja, as circunstâncias fora do controlo do projeto que
influenciarão a produção dos resultados.
O orçamento do projeto não foi alvo de análise do presente Estudo Base. A análise não inclui,
por isso, a aferição da capacidade ou adequabilidade financeira do projeto
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Objeto de Análise
O projeto Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola (RETFOP)
implementado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e pela Expertise France
e financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento irá atuar em três dimensões: (i) no
subsistema do Ensino Secundário Técnico Profissional (ESTP), (ii) no sistema de Formação
Profissional (FP) e (iii) na inserção profissional2 e emprego3.
Tem como objetivo geral contribuir para a redução do desemprego em Angola, especialmente
entre os jovens, através da disponibilização de capital humano mais empregável e produtivo/
capacitado.
Para tal sugere estruturar a intervenção com vista ao alcance de 3 objetivos específicos:
Um primeiro (objetivo específico 1) situado ao nível da melhoria da gestão estratégica do
sistema do Ensino Técnico e Formação Profissional (incluindo acompanhamento, avaliação
e garantia da qualidade; coordenação entre os dois subsistemas; e diálogo entre os sectores
público e privado);
Um segundo (objetivo específico 2) focado na melhoria da qualidade (incluindo relevância)
dos currículos de formação, dos recursos humanos e das qualificações fornecidas pelo
sistema Ensino Técnico e Formação Profissional;
Um terceiro (objetivo específico 3) orientado para a melhoria da transição dos diplomados
do ETFP para o mercado de trabalho.
ao nível das Províncias e Domínios alvo, como forma de confirmar a eventual seleção de domínios de formação para cada uma das
Províncias. Esta análise está condicionada à informação existente e passível de ser recolhida.
4 Designação que respeita, neste contexto, o Subsistema do Ensino Secundário Técnico-Profissional e o Sistema de Formação
Profissional.
5 A designação Ensino Médio Técnico (EMT) utilizada nos vários documentos do Projeto (nomeadamente no documento ‘Descrição
da Ação - Projeto de Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola (RETFOP), FED/2017/387-453)’ foi revista
para Ensino Secundário Técnico-Profissional com a entrada em vigor da Lei Bases do Sistema de Educação e Ensino, Lei N.º 17/16, de
7 de outubro.
6 Ano letivo com os dados mais recentes disponíveis no SIGOF – UGT-PNFQ.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
se propõe a atuar7; (ii) o indicador de ‘nº de cursos disponíveis’ refere-se ao total de cursos
lecionados (regime diurno e pós-laboral) em 2017, nas diferentes instituições de ensino/formação
profissional de cada província, procurando assegurar, desta forma, um retrato mais fidedigno da
capacidade de formação de diplomados/formados nos domínios e áreas de formação de
intervenção do RETFOP (exemplo: o curso de Metalomecânica existe na província de Benguela,
em 3 institutos e em regime diurno e pós-laboral).
Benguela
3 Centros de Emprego
Mecanismos de
1 Centro Municipal de Empreendedorismo e Serviços de Emprego (CMESE)
apoio à inserção no
1 Centro Local de Empreendedorismo e Serviços de Emprego (CLESE)
mercado de trabalho
1 Unidade de Intermediação de Mão de obra (UIMO)
Huambo
Formação Não se regista em 2017 a lecionação de cursos nos domínios prioritários e áreas
Profissional transversais de formação do RETFOP
7Importa notar que os dados disponíveis a nível nacional variam consoante a fonte consultada. Para o presente efeito, registam-se
os dados recolhidos junto da UTG-PNFQ e do INE.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
1 Centro de Emprego
Mecanismos de
1 Centro Municipal de Empreendedorismo e Serviços de Emprego (CMESE)
apoio à inserção no
1 Centro Local de Empreendedorismo e Serviços de Emprego (CLESE)
mercado de trabalho
1 Unidade de Intermediação de Mão de obra (UIMO)
Huíla
Luanda
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Estudo de Base
Relatório Final
4 Centros de Emprego
Mecanismos de 4 Centros Integrados de Emprego e Formação Profissional (CIEFP)
apoio à inserção no 5 Centros Municipais de Empreendedorismo e Serviços de Emprego
mercado de trabalho (CMESE)
4 Unidades de Intermediação de Mão de obra (UIMO)
Moxico
Uíge
8 Não obstante, as atividades ‘não declaradas’ registam 41,1% da população empregada da província
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
1 Centro de Emprego
Mecanismos de
1 Centro Municipal de Empreendedorismo e Serviços de Emprego (CMESE)
apoio à inserção no
1 Centro Local de Empreendedorismo e Serviços de Emprego (CLESE)
mercado de trabalho
1 Unidade de Intermediação de mão de obra (UIMO)
Mapa de atores
Com base na análise do contexto de atuação do projeto foi atualizado o conjunto de atores que
deverão ser tidos em linha de conta no decorrer da sua implementação.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Outros Interlocutores
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Resultado 1.1 Serviços relevantes do MED, MAPTSS e INEFOP a nível nacional e local dispõem de
uma base de conhecimentos sólida e sistemas de informação adequados, e de gestores e pessoal
qualificados para apoiar a implementação, acompanhamento e avaliação das políticas de ETFP
Constatações
Confirmada a necessidade de reforço dos sistemas de informação que deverão apoiar os
serviços centrais num melhor acompanhamento e avaliação das políticas do Ensino
Técnico e Formação Profissional.
Identificados diferentes sistemas de informação, alguns ainda em desenvolvimento,
desconexos, utilizados por atores distintos. Dos sistemas de informação já a uso destacam-se:
─ o Sistema de Informação e Gestão da Oferta Formativa (SIGOF), gerido pela UTG-
PNFQ, para o qual os dados referentes ao Ensino Secundário Técnico-Profissional são
partilhados pela Direção Nacional do Ensino Secundário Técnico-Profissional (DNESTP)
e os da Formação Profissional pelo Instituto Nacional de Emprego e Formação
Profissional (INEFOP) e
─ o Sistema de Informação para a Gestão da Educação (SIGE), ainda em desenvolvimento
mas em funcionamento desde 2014 no seio do MED, da responsabilidade do Gabinete
de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE) que reúne informação dos diferentes
subsistemas desde o pré-escolar ao ensino secundário geral e técnico-profissional.
No que respeita à formação de quadros superiores e técnicos dos vários serviços com a
tutela de gestão do ETFP confirmam-se as fragilidades na capacidade de planeamento,
monitorização e avaliação das políticas públicas, bem como na interpretação de dados
estatísticos. Confirma-se, por isso, a necessidade de reciclagem e/ou reforço de formação
sobretudo, contando que se mantém a elevada rotatividade dos quadros dos serviços do
MED e MAPTSS. Para assegurar a formação prevista, reconhece-se a ENAPP como
parceiro de referência.
Recomendações
Garantir a definição de soluções de fácil utilização e consulta e assegurar a formação
adequada aos quadros superiores e técnicos que ficarão responsáveis pela introdução e
validação dos dados. A formação não deve focar apenas a funcionalidade do sistema a
criar, mas também a capacidade de interpretação dos dados recolhidos e inseridos no
sistema, por forma a minimizar as inconsistências nos registos e nas posteriores análises
estatísticas.
Assegurar a funcionalidade do sistema tendo em linha de conta os constrangimentos de
acesso à internet identificados sobretudo nas províncias fora de Luanda9. Cada instituição
de ensino deverá conseguir introduzir os seus dados diretamente evitando que o acesso
aos dados dependa de um processo que envolve vários interlocutores e meios de
partilha/report até chegar aos serviços centrais.
Assegurar que as soluções de acesso à internet que venham a ser desenvolvidas sejam
financeiramente sustentáveis, o que remete para a necessidade de os serviços
assegurarem dotações orçamentais adequadas - podendo implicar a adoção de soluções
ajustadas às reais capacidades orçamentais futuras.
9 Esta limitação tem condicionado e poderá continuar a condicionar a partilha de informação entre as instituições de ensino e as
direções nacionais que as tutelam, obrigando a sistemas alternativos de partilha de informação menos fidedignos - registou-se a
prática frequente de partilha de informação em papel, por usb ou via e-mail.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Constatações
A fraca articulação entre o subsistema do ESTP e o sistema da FP é identificada como um
problema persistente que importa atender em prol da melhoria da oferta de formação
profissional em Angola.
A complementaridade do subsistema do ESTP e do sistema de FP é evidente para os
serviços centrais (INEFOP, Direção Nacional do Trabalho e Formação Profissional e
DNESTP) sendo reconhecida a importância da pretendida dupla certificação de alguns
dos cursos de formação profissional para uma maior mobilidade nos sistemas de Ensino e
Formação Profissional. Mantém-se, contudo, ausente tal regulamentação.
No decorrer da implementação do projeto, a adoção do Quadro Nacional de Qualificações
(também prevista no PDN) mantém-se como um objetivo importante para uma maior
articulação entre o ESTP e a FP, permanecendo a UTG-PNFQ um ator central na
finalização da sua conceção e operacionalização.
Recomendações
Atender aos processos de dupla certificação dos cursos de formação profissional em
curso.
Considerar o que vier a ser definido em sede do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ)
aquando da operacionalização das iniciativas de dupla certificação de cursos de Formação
Profissional.
Resultado 1.3 Sistemas e procedimentos adequados para o diálogo regular entre os setores
público e privado e processos de consulta em matéria de políticas do EFTP e decisão
estratégica concebidos e implementados, e a funcionar de forma satisfatória a nível central e
local
Constatações
Sector público e sector privado reconhecem as mais-valias no reforço de uma relação de
colaboração. Iniciativas anteriores de promoção do diálogo público e privado não
resultaram ainda na sua efetiva institucionalização.
No domínio da formação profissional há que evidenciar, a nível central, o papel do
Conselho Nacional de Emprego, coordenado pelo MAPTSS, que conta com a participação
dos sindicatos e associações empresariais e, a nível provincial, as Comissões
Multissectoriais de Formação Profissional que envolvem entidades formadoras,
empregadores e trabalhadores.
Recomendações
Incluir ativamente os parceiros a nível provincial na operacionalização do diálogo entre o
sector público e privado, uma vez que estes tendem a trazer à reflexão informação
privilegiada e uma maior sensibilidade para as necessidades dos diferentes territórios que
importa atender e fazer refletir nas opções políticas setoriais.
Atender às estruturas de concertação já existentes a nível central e provincial,
coordenadas pelo MAPTSS.
Capitalizar o espaço de diálogo entre os setores púbico e privado/parceiros sociais que
será criado no âmbito da conceptualização do QNQ.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Constatações
Este resultado procura, fundamentalmente, a revisão dos programas do ESTP e da FP de
acordo com uma abordagem modular centrada em competências10.
O processo de auscultação recolheu testemunhos de que as competências dos
diplomados pelo ESTP e formados pelo FP não respondem cabalmente às necessidades
do mercado de trabalho, sugerindo que os desajustamentos inicialmente assinalados se
mantêm.
Durante o mesmo processo, alguns institutos técnicos e politécnicos reportaram ter tido
dúvidas (que mantêm) quanto à versão dos currículos que deveriam ter implementado,
sugerindo a existência de problemas no processo de implementação das políticas de
revisão curricular. Em causa está a possibilidade dos programas novos - entre outros, os
inúmeros criados com o Plano Nacional de Formação de Quadros - poderem ser
adequados (nomeadamente pelo facto de terem passado a incluir estágio) mas o
problema situar-se na sua implementação que não é feita conforme as orientações do
Ministério.
Foram também partilhadas reservas relativamente à eventual introdução de cursos de
formação segundo a abordagem modular nos cursos técnico-profissionais, justificadas
pelo facto da sua operacionalização exigir uma preparação das estruturas e do corpo
docente adequada. A mesma dificuldade não se registou no caso da Formação
Profissional onde, aliás, foram identificados cursos que já seguem esta abordagem11.
Constatou-se ainda que, os processos de revisão de programas curriculares conduzidos
anteriormente não incluíram a auscultação do sector privado e que estes nem sempre se
traduziram na revisão dos programas das disciplinas. Passaram sim, pela introdução ou
eliminação de disciplinas e alterações de carga horária.
Regista-se igualmente que, os cursos de FP há muito que não sofrem
revisões/atualizações.
Recomendações
Excluir dos domínios de formação que o projeto abrange aqueles para os quais não existe
presentemente oferta formativa (incluindoeventualmente os que apresentam oferta
10 Na sua origem esteve a identificada “(…) inadequação dos métodos e conteúdos de formação face às necessidades reais
do mercado de trabalho”.
11 Este novo modelo de estruturação do conteúdo da formação requer professores de ETP/formadores de FP que para
além de dominarem o conteúdo dos módulos estejam preparados para alterar todo o envolvimento formativo baseado
numa diversidade de ritmos de aquisição de competências por parte dos alunos.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
formativa diminuta) uma vez que para aqueles não existe contexto para as mudanças
previstas.
Analisar a qualidade dos currículos e programas recentemente implementados
relativamente aos quais não existe ainda avaliação efetuada antes de se avançar com o
processo de revisão curricular.
Atender ao que vier a ser definido no âmbito do Quadro Nacional de Qualificações e incluir
o envolvimento ativo do setor privado, no âmbito da pretendida revisão curricular, no
sentido de assegurar um efetivo ajustamento das competências adquiridas às reclamadas
pelo mercado de trabalho.
Resultado 2.2 Professores e formadores para o sistema de ETFP adequadamente formados e
apoiados nas suas atividades
Constatações
O Projeto propõe o alcance deste resultado através da formação inicial e sequencial de
professores e formação contínua para formadores.
Foram definidas, em 2018, novas orientações para a formação do pessoal docente através
da aprovação do Programa Nacional de Formação e Gestão do Pessoal Docente por
Decreto Presidencial (nº 205/18) e da revisão do Estatuto da Carreira dos Agentes de
Ensino que vieram introduzir como medida de política que toda a formação inicial de
professores transite para o Ensino Superior Pedagógico e seja de nível de licenciatura.
O enquadramento legal dos cursos de agregação pedagógica (para professores do ensino
geral e do ESTP) situados ao nível de formação pós-graduada profissional conducente a
uma especialização ainda não foi efetuado. Prevê-se que tal possa acontecer ao longo de
2019.
Angola não dispõe de formadores especializados para formação de professores nas
didáticas da componente técnica, tecnológica e prática do ESTP, condição que implicará
um grande esforço de mobilização de recursos externos e de construção de parcerias
sólidas com instituições de ensino superior de Angola para efeitos de criação de cursos.
Recomendações
Alinhar as atividades previstas de formação inicial de professores com as novas
orientações do Programa Nacional de Formação e Gestão do Pessoal Docente aprovado
por Decreto Presidencial (nº 205/18), em articulação com as alterações apresentadas em
2018 (relativamente a 2008) no Estatuto da Carreira dos Agentes de Ensino, i.e., que toda
a formação inicial de professores transite para o Ensino Superior Pedagógico e seja de
nível de licenciatura.
Assegurar que os cursos a criar no âmbito do RETFOP cumprem as orientações a
estabilizar no quadro do processo de harmonização curricular dos cursos de graduação
(nos quais se incluem os cursos de formação de professores organizados segundo o
modelo integrado) que decorre ao nível do Ensino Superior e que se estima que termine
em 201912 - o que poderá colocar desafios adicionais à programação das atividades de
formação inicial integrada.
Identificar e mobilizar no exterior – para efeitos da criação dos cursos de formação -
profissionais especializados para a formação de professores nas didáticas da componente
técnica, tecnológica e pratica do ESTP.
Ponderar soluções que permitam resolver as dificuldades da participação dos professores
em exercício nas atividades de formação sequencial, durante os períodos letivos.
Adequar a duração do estágio ao que vier a ser definido no âmbito do enquadramento
legal dos cursos de agregação pedagógica - seguramente mais longo que as 3 semanas
previstas.
Discutir e (re)avaliar aprofundadamente com os diferentes parceiros do RETFOP,
nomeadamente, a UTG-PNFQ, MED e MESCTI, a estratégia relativa à formação de
professores a adotar pelo projeto.
12
Informação fornecida pelo MESCTI in Programa de atividades do Plano Nacional de Formação e Gestão do Pessoal
Docente de 2019
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Resultado 2.3 Escolas ETP e centros de formação profissional de nível II/III dotados de
sistemas de gestão adequados e gestores qualificados
Constatações
Confirmou-se a necessidade de reforçar as competências na componente de gestão
institucional e de laboratórios, oficinas e equipamentos dos institutos técnicos e
politécnicos e dos centros de formação profissional.
Registou-se o deficitário nível de apetrechamento dos laboratórios e oficinas de muitas
instituições de ensino e centros de formação profissional.
Recomendações
Ajustar as metas previstas de formação de gestores de laboratórios e oficinas (240 de 80
estabelecimentos de ETFP). A atual situação do parque laboratorial e oficinal poderá
tornar necessário este ajustamento uma vez que, não fará sentido assegurar formação a
gestores de instituições de ensino e de centros de formação profissional que não se
encontrem ainda dotados dos referidos equipamentos.
Objetivo Específico 3 Facilitar e apoiar a transição dos diplomados do ETFP para o mercado
de trabalho
Confirma-se o alinhamento da intervenção do RETFOP com as políticas públicas do
Governo de Angola no que respeita à promoção de estágios e do espírito empreendedor,
designadamente no âmbito da Política de emprego e condições de trabalho e da Política
de Educação e Ensino Superior como estímulo a uma maior inserção dos jovens no
mercado de trabalho e criação do autoemprego.
Deduz-se, contudo que, a desconfiança da qualidade da atual formação assegurada pelas
instituições de ensino e formação profissional é unânime junto dos diferentes parceiros
sociais auscultados. Estes afirmam ser dada especial atenção à formação teórica e pouco
investimento na formação prática.
A fragilidade dos recursos técnicos e materiais dos GIVA tem condicionado o
cumprimento da missão para a qual foram criados.
As Empresas apontam como deficitário o trabalho realizado pelos Centros de
Emprego/CLESE optando por processos de recrutamento direto.
De igual forma se confirma uma relação frágil e pontual entre as instituições de ensino
(GIVA)/centros de formação profissional e as empresas, o que tem obstado à realização
regular de estágios. A ausência de mecanismos de financiamento e de regulamentação de
estágios, associada à dimensão e fragilidade do tecido empresarial nas províncias de
intervenção, tem representado um desafio ao estabelecimento destas parcerias.
A sustentabilidade deste objetivo depende/pressupõe:
─ que o MAPTSS concretize as linhas prioritárias de atuação do seu Programa de
promoção da empregabilidade, fomentando assim a promoção de mais e melhores
oportunidades de estágio e de apoios à criação de emprego13.
─ que a revisão da Lei de Bases de Formação Profissional venha reforçar a
regulamentação dos estágios profissionais.
─ que o MED aprofunde a regulamentação da operacionalização de estágios na 13ª
classe.
─ que o OGE passe a contemplar verbas específicas ajustadas aos esquemas de
promoção de inserção dos jovens no mercado de trabalho, a desenvolver no âmbito
do projeto.
Acresce a todas estas externalidades, o pressuposto de um empenho do setor privado em
contribuir ativamente para uma melhor a maior transição dos jovens para o mercado de
trabalho.
13
A par do estímulo e do reforço do tecido empresarial, o referido programa e política preveem também a valorização dos
Centros de Emprego e CLESE
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Resultado 3.1: Desenhada, aprovada e testada uma estratégia de estímulo à integração dos
jovens diplomados no mercado de trabalho, assim como ferramentas práticas e legais de
implementação
Constatações
Confirmada a dificuldade na concretização de estágios do ESTP e FP.
Os representantes do tecido empresarial auscultados apontam a necessidade de maior
apoio, por parte do Estado, para a concretização destes estágios (i.e. benefícios às
empresas/financiamento dos estágios).
As instituições de ensino/centros de formação profissional apontam a dificuldade em
encontrar empresas recetivas à realização dos estágios, sobretudo pela dimensão média
do tecido empresarial nas províncias de intervenção do projeto (à exceção da província
de Luanda).
O compromisso explanado em vários programas políticos faz antever o empenho do
MAPTSS na conceção e adoção do enquadramento jurídico e operacional que se pretende
ver criado.
A realização de estágios e a promoção de esquemas de formação em alternância são
reconhecidas pelas instituições de ensino, centros de formação profissional e tecido
empresarial como estratégias pertinentes para a melhoria da qualidade do ensino e
formação e apoio à transição dos jovens para o mercado de trabalho.
Recomendações
Envolver ativamente os Parceiros Sociais na conceptualização dos mecanismos de
estímulo à integração dos jovens no mercado de trabalho (i.e. no que respeita à
regulamentação da operacionalização dos estágios), por forma a potenciar uma maior
apropriação e recetividade das empresas na sua aplicação.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Recomendações
Assegurar a articulação entre os sistemas de informação relativos ao ESTP e à FP (objetivo
1) e o sistema de informação de emprego que se pretende igualmente criar (objetivo 3)
tendo por base o Sistema de Intermediação de Mão de Obra (SIMO) que se mantém em
processo de aperfeiçoamento, gerido pela Unidade de Intermediação de Mão de Obra
(UIMO) e cujo acesso se pretende generalizar a toda a rede de Centros de Emprego.
Acompanhar de perto a evolução do Programa de Revitalização e Modernização dos
Centros de Emprego (citado em sede de entrevista) sob a alçada do INEFOP. O mesmo
estará em fase de validação e define o perfil e modelo de funcionamento dos Centros de
Emprego. O mesmo instituto afirmou estar em curso a revisão do perfil do técnico de
Emprego e um levantamento de necessidades de equipamentos destes mesmos centros.
Capitalizar os resultados da aplicação do Estudo Piloto sobre Formação e
Empregabilidade desenvolvido pela UTG-PNFQ. O referido estudo, conduzido entre 2016
e 2017, incluiu a formação de quadros dos serviços centrais do MED e MAPTSS na recolha
e interpretação de dados sobre empregabilidade. Para maior eficácia e sustentabilidade
do RETFOP neste domínio, importará atender ao trabalho já desenvolvido neste âmbito.
Constatações
Pelo compromisso político assumido tendo em vista a promoção do espírito
empreendedor e o fomento da geração do autoemprego é expectável o empenho MED e
do MAPTSS no envolvimento direto dos seus técnicos nas ações a desenvolver pelo
RETFOP.
Constata-se, contudo, que a dificuldade no acesso a crédito através de instituições
bancárias, acentuada pela atual crise financeira, tem condicionado o surgimento de novas
iniciativas de empreendedorismo.
Recomendações
Apostar no apoio à promoção de um maior diálogo entre o MAPTSS e as instituições
bancárias, no sentido de desenvolver e ver potenciados os estímulos que se pretendem
introduzir para a promoção do espírito empreendedor e a criação de pequenos negócios.
Identificar as instituições de ensino secundário técnico-profissional que já lecionam
cadeiras de empreendedorismo potenciando assim a conceção dos módulos de formação
e o envolvimento mais ativo dos respetivos GIVA nas atividades de promoção do
empreendedorismo.
Apostar na promoção do empreendedorismo de uma forma mais direcionada,
privilegiando formações mais específicas associadas a áreas de atividade com maior
potencial de criação de negócio.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Destacam-se como considerações finais, no que respeita aos elementos estruturais do projeto:
Dois domínios de formação nos quais o RETFOP se propõe a intervir não têm atualmente
cursos disponíveis em nenhuma das províncias de intervenção (nem no ESTP nem na FP) faz
recomendar a reavaliação dos mesmos tendo em vista a sua adequação ao contexto atual.
Desta forma ser favorecida a adequada operacionalização das atividades previstas,
nomeadamente, as associadas à formação de professores e à revisão curricular;
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Importa, por último, dar nota que a adoção das novas orientações para a formação de
professores podem requerer a extensão do horizonte temporal do projeto que para a sua
exigência era, a priori, ambicioso.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Índice
20
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
21
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
14 Quanto à inserção profissional o diagnóstico incide sobre os nível das Províncias e Domínios alvo, como forma de confirmar a
mecanismos existentes. seleção de domínios de formação. Esta análise ficou condicionada à
15 Relativamente ao diagnóstico do emprego apenas se considerou informação existente e passível de ser recolhida.
relevante percecionar os desajustamentos entre oferta e procura ao 16 A lista de documentação consultada é apresentada no anexo 1.
22
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
23
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
24
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
1. As Prioridades Políticas
Para um maior impacto e sustentabilidade do projeto RETFOP importa ter em linha de conta as
prioridades de governação definidas para o país. Destaca-se, neste contexto, o Plano de
Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022 – documento prospetivo, plurianual que ‘(…)
implementa as opções estratégicas de desenvolvimento a longo prazo do País, assumidas na
Estratégia de Longo Prazo Angola 2025.’17 A aprovação do referido documento é posterior ao
Diagnostico inicial (de 2015) e traz consigo novas iniciativas governamentais que importa ter em
linha de conta.
Nesse sentido, a par do alinhamento com o Programa Indicativo Nacional 2014-2020 e com o
acordo ‘Caminho Conjunto Angola-União Europeia’, reconhece-se, numa perspetiva de longo
prazo, o alinhamento do RETFOP com a Estratégia Angola 2025 que preconiza uma aposta forte
no capital humano, no conhecimento e na tecnologia. Paralelamente e numa perspetiva de médio
prazo, reconhece-se igualmente a concordância das prioridades do projeto com os
compromissos e objetivos do Governo recentemente aprovados no âmbito do PDN.
Destaca-se, neste contexto, uma política de estímulo ao emprego e melhoria das condições de
trabalho que, entre outros, define como objetivos: ‘Criar mecanismos de aproximação do sistema
de formação profissional ao mercado de trabalho, não só pelo ajustamento dos currículos às
necessidades, mas também pela inserção de estagiários nas empresas’ e ‘Promover o emprego
dos jovens e a sua transição do ensino para a vida ativa’18.
17 Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, Ministério da Economia e Planeamento, Abril de 2018
18 Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, Ministério da Economia e Planeamento, Abril de 2018, p.161
25
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
A forte aposta na diversificação da produção nacional, preconizada pela presente política será
um fator determinante na promoção de novas oportunidades de emprego. Nesse sentido, a
almejada dinamização do setor privado até 2022 apoiará, tendencialmente, o alcance dos
objetivos e resultados do RETFOP.
26
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
19
Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, Ministério da Economia e Planeamento, Abril de 2018, p.199
27
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Figura 1
Retrato das Seis Províncias de intervenção
Benguela
2 231 385 habitantes 1 Visão
4 272 diplomados do Ensino Província que se afirma como a segunda aglomeração urbana do
Secundário Técnico- País, com uma plataforma de internacionalização intercontinental
Profissional em 2016 (porto e Aeroporto) e africana ( caminho de ferro), um polo de
550 formandos da Formação concentração da indústria pesada (construção naval, metalurgia,
Profissional em 2017
cimento, refinaria) para os mercados do Sul do país e países
vizinhos e de atividades de transportes e logística, um sector
agropecuário recuperado e dinâmico, capaz de induzir o
crescimento da agroindústria, um sector pesqueiro em
desenvolvimento e uma forte aposta no sector turístico.
Desenvolvimento urbano qualificado, concentrando uma oferta de
serviços avançados dirigidas à região Sul, com áreas de expansão
urbana ordenadas e integradas através de um Sistema de
transportes públicos, e garantindo o acesso generalizado da
população aos serviços essenciais.
2 Apostas Estratégicas
(associadas à intervenção do RETFOP)
Aceleração do processo de industrialização em curso com ênfase:
na Indústria pesada; no desenvolvimento das atividades logísticas e
de transportes, incluindo atividades de formação, com base no
porto, aeroporto e caminho de ferro; recuperação do setor
agropecuário e valorização das atividades piscatórias.
3 Prioridades de investimento
(associadas à intervenção do RETFOP)
Promoção da formação de professores e aumento da rede de
ensino em todos os níveis e, em particular, do Ensino Técnico-
Profissional e Formação Profissional.
Reforço da cadeia de valor do setor agroindustrial.
Huambo
2 019 555 habitantes 1 Visão
1 202 diplomados do Ensino Província dinâmica e moderna, tirando partido da sua centralidade
Secundário Técnico-
geográfica no contexto nacional e dos principais eixos longitudinais
Profissional em 2016
710 formandos da Formação
e transversais de Angola, para se afirmar como espaço económico
Profissional em 2017 estratégico capaz de potenciar o desenvolvimento da região Centro
e Sul do país, com base no desenvolvimento urbano-industrial do
eixo Huambo-Caála e numa estrutura produtiva que articula um
setor agropecuário orientado para o mercado nacional e para a
exportação com a capacidade de atração de investimento em
setores diversificados. Um Sistema urbano estruturado, com uma
boa articulação funcional entre os centros dos diversos níveis
hierárquicos, assegura a integração económica e social dos
territórios rurais, nos quais se desenvolve uma economia agrícola de
base familiar em modernização.
2 Apostas Estratégicas
(associadas à intervenção do RETFOP)
Modernização das atividades agropecuárias familiares e da pesca
continental. Integração dos jovens na atividade económica, quer
pela promoção do emprego, quer pelo fomento do autoemprego e
do empreendedorismo associados à modernização dos setores
como a piscicultura, a agropecuária e a agroindústria, entre outros.
3 Prioridades de investimento
(associadas à intervenção do RETFOP)
Nenhuma prioridade a assinalar.
28
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Huíla
2 497 422 habitantes 1 Visão
2 198 diplomados do Ensino Província em franco desenvolvimento, com uma economia
Secundário Técnico- diversificada e extrovertida, produtora de excedentes agrícolas, com
Profissional em 2016 uma base industrial de transformação de produtos agropecuários e
391 formandos da Formação
de abastecimento dos mercados das províncias do Sul, com um
Profissional em 2017
importante complexo mineiro (ferro e rochas ornamentais) com
dinâmicas de inovação e competitividade suportadas por um Polo
Científico e Tecnológico associado a três Polos Industriais em
desenvolvimento nos municípios de Lubango, Matala e Jamba.
2 Apostas Estratégicas
(associadas à intervenção do RETFOP)
Desenvolvimento da agricultura empresarial e valorização da
agricultura tradicional.
Desenvolvimento sustentado na transformação e conservação dos
produtos agropecuários.
Melhoria dos níveis de educação da população e desenvolvimento
de uma mão-de-obra técnica orientada para as necessidades dos
setores chave de desenvolvimento da província.
3 Prioridades de investimento
(associadas à intervenção do RETFOP)
Sistema de educação ao nível do Ensino Superior, Técnico-
Profissional (em particular, escolas de campo) e formação
profissional.
Luanda
6 945 386 habitantes 1 Visão
12 784 diplomados do Ensino Primeira área de inserção internacional da economia angolana, sede
Secundário Técnico Profissional da governação nacional, polo de conhecimento, da investigação e
em 2016
dos serviços avançados, principal centro de negócios nacional, com
12 264 formandos da Formação
Profissional em 2017
forte presença de instituições internacionais e dispondo de
infraestruturas de internacionalização de excelência (aeroporto,
porto e telecomunicações), para se afirmar como plataforma
estratégica nesta região de África. Apostando na distribuição
espacial das funções urbanas e na adoção de soluções de
mobilidade eficazes para conectar as diferentes centralidades,
equipamentos e áreas de emprego, Luanda procura reduzir a sua
dualidade e reforçar a solidariedade, promovendo ofertas
qualificadas de serviços essenciais. A sua posição no contexto
nacional qualifica-a para ser um grande polo de serviços e de
desenvolvimento industrial e logístico envolvendo, nomeadamente,
indústrias de bens de equipamento, de consumo e intermédios para
exportação.
2 Apostas Estratégicas
(associadas à intervenção do RETFOP)
Densa e dinâmica rede de pequenos negócios, base da resiliência da
economia, promovendo a iniciativa e o empreendedorismo.
Agricultura e pecuária desenvolvidas, nomeadamente na perspetiva
de abastecimento do mercado metropolitano.
3 Prioridades de investimento
(associadas à intervenção do RETFOP)
Reforço da produção agrícola e pecuária.
29
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Moxico
758 568 habitantes 1 Visão
332 diplomados do Ensino Tirando partido da sua vasta extensão territorial, da posição
Secundário Técnico- fronteiriça com a República Democrática do Congo e Zâmbia e do
Profissional em 2016 posicionamento geoestratégico na região da SADC, das
256 formandos da Formação
caraterísticas naturais e do caminho de ferro (lobito-Luau), a
Profissional em 2017
província do Moxico procura diversificar a sua base económica,
assente na agropecuária, na silvicultura e indústrias da madeira e na
exploração da pesca continental, da piscicultura e apicultura, com
Luena a assumir-se como centro económico, cultural e comercial do
leste do país e centro de indústrias de consumo para estas regiões.
Uma rede de pequenos aglomerados rurais assegura os circuitos de
comercialização e os serviços às populações. O turismo emerge
como atividade relevante no desenvolvimento rural, no quadro das
potencialidades do Parque Natural da Cameia em articulação com o
Parque Internacional do Okavango-Zambeze.
2 Apostas Estratégicas
(associadas à intervenção do RETFOP)
Agricultura, setor básico da economia da província com potencial
para produção em grande escala e estratégico para a criação de
emprego e na luta contra a fome e a pobreza.
Pesca artesanal e piscicultura, valorizando o potencial dos rios,
lagoas e lagos da província, extremamente ricos na sua
biodiversidade e promovendo o desenvolvimento empresarial
orientado para a exportação.
3 Prioridades de investimento
(associadas à intervenção do RETFOP)
Agricultura, silvicultura e pecuária.
Uíge
1 483 1118 habitantes
1 Visão
731 diplomados do Ensino Província económica e socialmente dinâmica, bem articulada
Secundário Técnico- com as províncias vizinhas (em particular com Luanda), em
Profissional em 2016 transição de uma agricultura camponesa de subsistência
187 formandos da Formação para uma agricultura produzindo para o mercado, com forte
Profissional em 2017 especialização na produção de café, mas viabilizando
também outras culturas como os citrinos e a banana, com
uma estrutura produtiva equilibrada pelos sectores mineiro,
industrial e turístico.
2 Apostas Estratégicas
(associadas à intervenção do RETFOP)
Agricultura, Pescas e Florestas: relançamento da produção
de café em grande escala, produção comercial de citrinos,
exploração racional e sustentável da madeira, expansão em
todos os municípios de projetos de aquicultura orientado
para a exportação;
Indústria: conclusão da infraestruturação do Polo Industrial
do Negage e implantação de indústrias de transformação de
produtos agrícolas associadas aos locais de produção.
3 Prioridades de investimento
(associadas à intervenção do RETFOP)
Forte incremento da rede escolar e da formação profissional
orientada para as oportunidades locais (agricultura,
comércio, transportes e atividades mineiras).
Fontes: Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, Ministério da Economia e Planeamento, Abril de 2018 e SIGOF,
UTG-PNFQ, consultado em Novembro de 2018.
30
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Quadro 1
Distribuição de Recursos Financeiros pelas Funções do Estado PND 2018-2022 (%)
20 Nesta fase não se perspetiva que a reprogramação do PNFQ implique alterações à planificação do RETFOP.
31
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
No âmbito do PDN, o sistema de Formação Profissional acolhe ainda especial atenção no âmbito
de um outro programa, o Reforço do Sistema Nacional de Formação Profissional que se dedica
à promoção da ‘(…) elevação das qualificações do capital humano alinhada com o processo de
municipalização’.
De realçar, como ação prioritária do programa, a atualização da Lei de Bases do Sistema Nacional
de Formação Profissional que trará um novo enquadramento jurídico ao sistema o que,
seguramente, deverá impactar nas opções de intervenção do projeto, neste domínio.
Ainda no seio da Política de Desenvolvimento de Recursos Humanos e recordando-se que, no
quadro da melhoria da coordenação e intercâmbio entre os subsistemas do EMT e da FP é
intenção do RETFOP apoiar o desenho técnico e conceptual, bem como a adoção legal do
Quadro Nacional de Qualificações, refere-se ainda o Programa de Estabelecimento do Sistema
Nacional de Qualificações. Processo que teve já desenvolvimentos sob a égide da UTG-PNFQ
mas que deverá, até 2019, assegurar a elaboração e aprovação do Quadro Nacional de
Qualificações. Importará, por isso, acompanhar e o quanto antes dar início a este apoio para que
a meta estabelecida no PND possa ser cumprida.
Tal como almejado pelo RETFOP a política visa ‘Adequar a rede de oferta de formação inicial de
professores às atuais e futuras necessidades de docentes devidamente qualificados na educação
(…) do Ensino Secundário (…) técnico-profissional (…)’ e ‘Promover a melhoria do Ensino e da
Formação Técnica e Profissional, garantindo uma maior participação dos alunos em estágios
curriculares nas empresas, com aumento dos cursos técnico-profissionais de acordo com as
necessidades do mercado de trabalho.’
Importará, por isso, neste contexto, atender à evolução da implementação do referido PNFGPD
sobretudo no que respeita às novas orientações associadas à formação de professores para o
ESTP. Neste contexto o REFTOP deverá contribuir para o alcance das metas estabelecidas para
o Programa, para 2022, nomeadamente no que respeita às metas 1.1 e 4.2: ‘Até 2022, 17 novos
cursos de formação inicial de professores de Educação Pré-escolar, Ensino Primário e Ensino
32
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
À semelhança dos restantes níveis de ensino, a política dedica um programa particular ao Ensino
Técnico Profissional que, de igual forma, valida a pertinência da intervenção do projeto RETFOP.
O Programa de Melhoria e Desenvolvimento do Ensino Técnico Profissional atende aos vários
desafios do subsistema visando contrariar a insuficiência de especialistas com componente
específica para o funcionamento dos cursos técnico-profissional; a fraca manutenção e
insuficiência de recursos materiais nos laboratórios dos Institutos Técnicos e Politécnicos e a
fraca ligação entre as instituições de ensino com o mercado de trabalho. Tal como previsto no
RETFOP, dedica especial atenção à promoção de estágios e de um maior intercâmbio com as
empresas para uma melhor e maior inserção dos jovens o mercado de trabalho.
Uma vez confirmado o alinhamento do projeto com as grandes prioridades políticas nacionais,
particular atenção é agora dedicada às três dimensões de atuação do RETFOP, dando-se uma
vez mais nota das atualizações de contexto (jurídico e de atores) que poderão condicionar o
ajustamento da sua estratégia de intervenção.
33
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Em 2017, o Ensino Técnico-Profissional era lecionado em 246 escolas a nível nacional, das quais,
104 públicas e comparticipadas e 142 escolas privadas. A sua concentração era maior em Luanda,
ainda que o maior aumento do número de estabelecimentos de ensino, entre 2013 e 2017, se
tenha registado nas províncias de Benguela, Huambo e Huíla. No referido período, a expansão
da rede de oferta foi especialmente significativa ao nível da oferta privada ultrapassando, como
referido, o número de escolas públicas21.
No âmbito do Plano Nacional de Formação Quadros, o MED tem procurado regular a oferta de
formação apostando: (i) na criação de cursos em domínios estratégicos de formação deficitários
ou sem oferta; (ii) no reforço de cursos em domínios estratégicos de formação deficitários com
oferta; (iii) na maior regulação de cursos em domínios estratégicos de formação potencialmente
excedentários e (iv) na manutenção dos cursos domínios estratégicos de formação
tendencialmente em equilíbrio.
21
Dados fornecidos pela UTG-PNFQ, in O Capital Humano em Angola, Realidades, Perspectivas e Desafios, dezembro 2018,
República de Angola, Comissão Interministerial para a implementação do Plano Nacional de Formação de Quadros
34
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Entre 2013 e 2017, com o alargamento do número de cursos, verificou-se um aumento do número
de matriculados em todos os domínios de formação, evidenciando o interesse dos estudantes e
suas famílias no prosseguimento de estudos dentro deste subsistema.
Em igual período, o total de cursos disponível passou de 429 para 956. Mais uma vez, Luanda e
Benguela destacam-se na evolução positiva desta oferta, ocorrendo sobretudo ao nível dos
institutos públicos e comparticipados que ofereciam, em 2017, quase três vezes mais cursos que
os institutos privados22.
O retrato da oferta formativa nas seis Províncias de intervenção do RETFOP que se apresenta
de seguida incide apenas sobre os Institutos Técnicos e Politécnicos públicos sob a tutela do
MED, uma vez que será sobre estes que o RETFOP focará a sua intervenção.
De igual forma é importante notar que este retrato contempla a totalidade da oferta de
formação. Isto é, todos os cursos registados no SIGOF da UTG-PNFQ como estando a ser
lecionados em 2017 (de acordo com os dados mais recentes disponíveis) e não apenas os cursos
associados aos domínios RETFOP.
22 Dados fornecidos pela UTG-PNFQ, in O Capital Humano em Angola, Realidades, Perspectivas e Desafios, dezembro 2018,
República de Angola, Comissão Interministerial para a implementação do Plano Nacional de Formação de Quadros.
23 Dados fornecidos pela UTG-PNFQ, in O Capital Humano em Angola, Realidades, Perspectivas e Desafios, dezembro 2018,
República de Angola, Comissão Interministerial para a implementação do Plano Nacional de Formação de Quadros.
35
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Quadro 2
Rede de Institutos Técnicos e Politécnicos públicos e atual oferta formativa do Ensino
Secundário Técnico-Profissional nas 6 Províncias de intervenção do RETFOP (ano letivo 2017)
Institutos
Cursos cobertos pela atual oferta de formação
Técnicos e Domínios RETFOP
(destacados os cursos correspondentes aos domínios
Politécn. cobertos
de formação do RETFOP destacados)
(2017)
12 Análises Químicas e Formação Técnica em Ambiente
Microbiológicas Metalomecânica Construção Civil
Economia Formação Técnica em Eletricidade
Eletromecânica Produção Agrícola Eletrónica
Eletrónica Formação Técnica em Mecânica
Energia e Instalações Produção Alimentar Pesca Industrial
Elétricas Formação Técnica em Produção
Enfermagem e Técnicas Produção Industrial e Agroalimentar
Auxiliares de Saúde Qualidade Técnicas de Laboratório
Estatística Formação Técnica em
Farmácia Telecomunicações
Formação Técnica em Formação Técnica
Benguela
36
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Auxiliares de Saúde
Estatística Humanos
Farmácia Informática
Formação Técnica em Instalação e Gestão de
Audiovisuais Redes e Sistemas
Formação Técnica em Informáticos
Construção Civil Mecânica
Formação Técnica em Planeamento e Gestão
Contabilidade e Gestão de Transportes
Financeira Técnicas de
Formação Técnica em Laboratório
Desenho Tecnologias de
Formação Técnica em Diagnóstico e
Gestão Comercial e Terapêutica
Marketing Outros domínios não
PNFQ
2 Análises Químicas e Formação Técnica em Técnicas de Laboratório
Microbiológicas Gestão Comercial e
Economia Marketing
Enfermagem e Técnicas Gestão de Recursos
Auxiliares de Saúde Humanos
Moxico
Estatística Informática
Farmácia Tecnologias de
Formação Técnica em Diagnóstico e
Contabilidade e Gestão Terapêutica
Financeira Outros domínios não
PNFQ
37
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Quadro 3
Número de Matriculados e Diplomados do ESTP por Institutos Técnicos e Politécnicos públicos,
nas 6 Províncias de intervenção do RETFOP
Como retrato comparativo, o quadro seguinte sistematiza a atual oferta, por província, dos
domínios e áreas transversais de formação nas quais o RETFOP se propõe intervir.
Quadro 4
Oferta dos domínios e áreas transversais de formação RETFOP nas 6 Províncias de intervenção
(ano letivo 2017)
38
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Com vista à necessária regulação da oferta de formação foram revistos e atualizados, no âmbito
do PNFQ, 26 Dossiers de Cursos em domínios de formação com oferta já existente em 2010,
contemplando agora a 13ª classe dedicada à realização de estágio profissional supervisionado. A
par destes, encontram-se na fase final de elaboração 24 dossiers de curso tendo, para o efeito,
sido auscultadas as instituições de ensino, parceiros do setor empresarial e associações
empresariais.
Com vista à criação de uma Base de Dados da Oferta Formativa do ensino técnico-profissional
a Direção Nacional do Ensino Técnico Profissional iniciou, junto das instituições de ensino que
ministram o ensino técnico profissional (públicas e privadas), um processo de recolha, verificação
e validação de dados da oferta formativa. O referido sistema, ainda em fase de conclusão,
procura sistematizar informação relativa aos cursos oferecidos, data de início de funcionamento
e número de matriculados, diplomados e aprovados por cada classe. No que respeita às
instituições de ensino privado a informação disponível não é exaustiva uma vez que a sua partilha
depende ainda da iniciativa de cada entidade.
39
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
3. O Sistema da Formação-Profissional
3.1 Contexto Institucional
Sob a tutela do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS),
cabe à Direção Nacional do Trabalho e da Formação Profissional (DNTFP) a coordenação do
sistema da Formação Profissional e ao Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional
(INEFOP) a aplicação dos programas nos domínios da formação de qualificação e reciclagem
profissional definidas e aprovadas pelo Governo.
Regulado pela Lei de Bases nº 21-A/92, o atual sistema compreende a formação inicial, de
preparação para acesso ao emprego e exercício de uma profissão e a formação contínua nas
modalidades de aperfeiçoamento e reciclagem ou reconversão para uma nova atividade
profissional.
A formação inicial, destinada a jovens entre os 15 e 25 anos e a adultos a partir dos 18 (e durante
a vida ativa), divide-se em quatro níveis, com perfis de escolaridade mínima de entrada distintos.
A distribuição em 4 níveis da formação profissional ministrada pelas unidades sob a tutela do
INEFOP procura responder a necessidades distintas da população angolana.
Os níveis I e II tendem a responder a um público com baixas qualificações académicas, enquanto
os níveis III e IV - ainda que não confiram, na generalidade, equivalências académicas no ensino
formal - constituem um importante contributo para a especialização de técnicos profissionais.
Quadro 5
Níveis consagrados pela Formação Profissional, respetivos perfis de entrada e unidades de
formação do INEFOP
A par das unidades de formação sob a alçada do INEFOP, são igualmente agentes de oferta de
formação profissional os centros de natureza pública (sob a alçada de outros ministérios) e
privada e alguns parceiros sociais (empresas) que oferecem também eles oportunidades de
formação, na sua maioria formação contínua de curta e média duração - sem correspondência
direta com os níveis de qualificação do INEFOP.
De igual forma, a conceção do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ) deverá promover uma
maior articulação entre o Sistema de Educação e Ensino e o Sistema Nacional de Formação
Profissional promovendo uma maior mobilidade entre os dois sistemas - ou caso tal não seja
possível a curto e médio prazo - abrir portas à possibilidade de dupla certificação no Sistema
Nacional de Formação Profissional. A Lei de Bases da Formação Profissional em vigor prevê já
40
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
essa possibilidade através do subsistema de aprendizagem, todavia, este subsistema não foi
regulamentado para permitir a dupla certificação.
Data de 1992 a lei que ainda hoje enquadra o Sistema de Formação Profissional. É, por isso,
reconhecida pelo Governo a necessidade de revisão da Lei de Bases do Sistema de Formação
Profissional (Lei nº 21-A/92 de 28 de Agosto) que se encontra ‘(…) desatualizada face à evolução
do País e às recomendações internacionais em matéria de desenvolvimento de recursos humanos
numa perspetiva de aprendizagem com base em competências e melhor articulada com o
sistema de educação, em particular com o Ensino Técnico-Profissional’.24 Como referido, a
revisão desta Lei de Bases é tida como ação prioritária no âmbito do Programa de Reforço do
Sistema Nacional de Formação Profissional (inscrito no PDN 2018-2022) para a qual o RETFOP
prevê contribuir.
O Decreto Presidencial nº 226 de 2018 merece igual referência regulando a Carreira dos Agentes
do Sistema Nacional de Formação Profissional, revogando o Decreto nº 78/07 de 2013 que
aprovava o estatuto da carreira do Formador. O mesmo veio regular as exigências de certificação
pedagógica inicial para o acesso à carreira de formador, cuja progressão depende da avaliação
periódica do desempenho. Neste contexto, de referir como ator de referência, o Centro Nacional
de Formação de Formadores (CENFFOR), organismo responsável pela formação pedagógica
inicial e contínua de formadores do SNFP.
Dos 4 níveis de formação aplicados pelo INEFOP, destacam-se como cursos com maior oferta
os das áreas de Informática, de Construção Civil, de Energia e Instalações Elétricas e de Mecânica.
Não obstante, os cursos com maior procura de matriculados variam entre os 4 níveis.
Nos níveis I e II são os cursos na área da Informática, Construção Civil (nomeadamente, de
Caixilharia, Alvenaria, Carpintaria/Marcenaria, Medição e Orçamento e Pedreiro) e Energia e
Instalações Elétricas que têm uma maior proporção de matriculados e formados. É também
significativo o número de matriculados e formados em Corte e Costura e em Hotelaria e
24
Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, Ministério da Economia e Planeamento, Abril de 2018, p.93
25O Capital Humano em Angola, Realidades, Perspectivas e Desafios, dezembro 2018, República de Angola, Comissão
Interministerial para a implementação do Plano Nacional de Formação de Quadros
41
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Da oferta formativa assegurada por unidades de formação sob a tutela de outros organismos
públicos destaca-se a área da Educação e Cultura com 30% do total de formados por estas
instituições nos cursos de Educador Pré-Escolar e Vigilante.
O retrato da oferta formativa nas seis Províncias de intervenção do RETFOP que se apresenta
de seguida incide apenas sobre os Centros de Formação Profissional públicos sob a alçada do
INEFOP e sobre os cursos de nível II e III, uma vez que será sobre estes que o RETFOP focará a
sua intervenção.
De igual forma é importante notar que este retrato contempla a totalidade da oferta de
formação, isto é, todos os cursos registados no SIGOF da UTG-PNFQ como estando a ser
lecionados em 2017 (de acordo com os dados mais recentes disponíveis) e não apenas os cursos
associados aos domínios RETFOP.
42
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Rede de oferta da FP
De acordo com o Sistema de Informação e Gestão da Oferta Formativa (SIGOF) da UTG-
PNFQ registavam-se, em 2017, nas seis províncias de intervenção um total de 23 Centros
de Formação Profissional sob a alçada do INEFOP. A província de Luanda destaca-se
como a Província com o maior número de Centros de Formação (14), em sentido inverso
registam-se as províncias do Huambo, Huíla e Uíge com apenas 1 Centro, cada uma.
Oferta de Formação da FP
No que respeita à Formação Profissional, não se regista em nenhuma das províncias de
intervenção oferta formativa nos seguintes domínios RETFOP:
─ Gestão de água e dos resíduos
─ Saúde e segurança no local de trabalho
─ Pesca Industrial
─ Saúde Animal
─ Transportes e Logística
─ Ambiente e
─ Técnicas de Laboratório
Acresce que, na província do Huambo não se registava em 2017 qualquer oferta formativa
equivalente aos domínios RETFOP.
Apenas a província de Luanda registava cursos de nível III.
O total de inscritos em cursos de FP nas seis províncias representa 45,63% dos inscritos
neste Sistema a nível nacional. A percentagem de formados assume um valor semelhante
na ordem dos 48%. Conclui-se, por isso, que a área geográfica de intervenção do RETFOP
incide sobre cerca de 50% dos alunos inscritos e formados pelo sistema público de
Formação Profissional (sob a alçada do INEFOP).
43
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Quadro 6
Centros de Formação Profissional sob a tutela do INEFOP, respetivos cursos e equivalência
com os domínios RETFOP nas 6 Províncias de intervenção do projeto (ano letivo 2017)
Sem
1 Empreendedorismo
correspondência
44
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Agricultura
Empreendedorismo Construção Civil
Alfaiataria
Moxico
Informática Eletricidade
Canalização
3 Mecânica-Auto Mecânica
Cozinha e Pastelaria
Pedreiro Produção
Decoração
Pintura Agroalimentar
Eletricidade de Baixa Tensão
Informática
Canalização Construção Civil
Uíge
1 Serralharia de Construção
Eletricidade de Baixa Tensão Eletricidade
Civil
Fonte: SIGOF-UTG, consultado em novembro de 2018
Quadro 7
Matriculados e Formados pelo Sistema Nacional de Formação Profissional
em cursos de nível II e III nas 6 Províncias de intervenção do RETFOP em 2017
Huambo 9 7 2 11 8 3
Como retrato comparativo, o quadro seguinte sistematiza a atual oferta, por província, dos
domínios e áreas transversais de formação nas quais o RETFOP se propõe intervir.
45
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Quadro 8
Oferta dos domínios e áreas transversais de formação RETFOP nas 6 Províncias de intervenção
em 2017
De referir, a nível Municipal, a criação por Decreto Executivo (nº90/14) das Comissões de
Coordenação e Concertação da Formação Profissional que assumem o papel de fóruns de
concertação. Para além de representantes da administração local reúnem representantes de
associações profissionais, empregadores e autoridades tradicionais. Têm como objetivo
diagnosticar as necessidades de formação a nível municipal em articulação com os Centros
Locais de Formação Profissional e apoiar a organização e implementação da formação.
De notar, igualmente, a introdução de um novo serviço executivo no seio do INEFOP (com a
revisão do seu estatuto orgânico em 2015) - o Departamento de Supervisão e Qualidade que tem
por missão promover, controlar e avaliar a qualidade das ações de formação, dos materiais e a
compatibilidade entre o perfil de qualificação dos formadores e o perfil de desempenho exigido
para o exercício da função.
Especial atenção tem sido igualmente dada à formação de formadores fazendo cumprir as
exigências de certificação pedagógica inscritas no Estatuto da Carreira do Formador (regulada
pelo referido Decreto Presidencial nº226/18). Dados da Comissão Interministerial para a
implementação do PNFQ revelam que, entre 2013 e 2015, 562 formadores completaram o curso
de Formação Pedagógica Inicial do CENFFOR. Igual aposta tem sido feita na aquisição e/ou no
reforço das competências psicossociais e metodológicas, bem como na partilha de boas práticas
46
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
entre formadores, tendo para o efeito sido promovidos (no âmbito da implementação do PNFQ)
vários Seminários/Encontros temáticos envolvendo cerca de 450 formadores, gestores,
responsáveis e técnicos de instituições de tutela pública e privada. Tem sido igualmente
assegurada formação em Gestão da Qualidade e Inspeção e Instalação de Laboratórios e
Oficinas.
47
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Para contrariar as taxas de desemprego nacionais o Governo angolano tem procurado apostar
no fomento do tecido empresarial e no reforço de setores económicos prioritários para a
economia nacional. Dados do Grupo Técnico Multissectorial para o Tratamento dos Dados
Numéricos sobre o Mercado do Emprego (GTME) revelam que no período entre 2013 e 2016,
foram criados 886 440 novos empregos, essencialmente nos sectores da Energia e Águas,
Comércio e Transportes e Geologia, Minas e Indústria.
Numa análise da sua evolução anual, constata-se que 2014 foi o ano com maior número de
empregos gerados (35%), registando-se uma quebra com a crise financeira nos anos de 2015
(29%) e 2016 (18,1%). De referir que, as restrições orçamentais tiveram também impacto na
criação de emprego na administração e empresas públicas.
Para efeito de implementação das Políticas Ativas de Emprego o MAPTSS conta, a nível nacional,
com 56 Unidades, entre Serviços de Emprego e Serviços de Empreendedorismo26. Entre eles:
23 Centros de Emprego;
10 Centros Integrados de Emprego e Formação Profissional (CIEFP);
18 Centros Municipais de Empreendedorismo e Emprego (CMESE);
10 Centros Locais de Empreendedorismo e Serviços de Emprego (CLESE)
12 Unidades de Intermediação de Mão-de-obra (UIMO) e
5 Unidades Móveis de Emprego
26 Relatório Políticas Activas de Emprego - Objectivos e Resultados 2013 – 2017, MAPTSS
48
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Quadro 9
Unidades de apoio à inserção no mercado de trabalho sob a alçada do MAPTSS, por província
Cabinda 1 0 0 1 1 3
Zaire 1 1 - - - 2
Uíge * 1 0 1 1 1 4
Luanda * 4 4 5 0 4 17
Cuanza Norte 1 1 1 1 0 4
Cuanza Sul 1 0 1 1 0 3
Malange 0 1 0 1 1 3
Lunda norte 3 0 1 1 0 5
Benguela * 3 0 1 1 1 6
Huambo * 1 0 1 1 1 4
Bié 2 0 1 0 0 3
Moxico * 1 0 1 1 0 3
K. Kubango 0 1 1 0 0 2
Namibe 1 0 1 0 0 2
Huila * 1 0 1 1 0 3
Cunene 1 0 1 0 1 3
Lunda sul 0 1 1 0 1 3
Bengo 1 1 0 0 1 3
Total 23 10 18 10 12 74
Fonte: Relatório Políticas Activas de Emprego - Objectivos e Resultados 2013 – 2017, MAPTSS, julho 2018
*Províncias RETFOP
É relevante, neste contexto, destacar o contributo que estas unidades têm vindo a prestar aos
cidadãos desempregados e aos cidadãos à procura do primeiro emprego. Entre 2013 e 2017, os
Centros de Emprego registaram 230 618 pedidos de emprego, dos quais 28% apresentados por
mulheres e 71,2% por homens, face a 91 246 ofertas de emprego registadas por empresas. Dá-se
nota, neste período, de 87 654 colocações no mercado de trabalho consumadas através das
unidades de apoio ao emprego do MAPTSS27.
Quadro 10
Evolução dos pedidos e ofertas de emprego junto das unidades de apoio ao emprego do
MAPTSS e colocações no mercado de trabalho entre 2013 e 2017
27 Relatório Políticas Activas de Emprego - Objectivos e Resultados 2013 – 2017, MAPTSS
49
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Dá-se ainda nota que, o número de agências privadas de colocação tem aumentado no país. De
acordo com dados do MAPTSS, estão atualmente em funcionamento 270 Agências Privadas.
No seio dos Institutos Técnicos e Politécnicos foram criados, por Decreto Executivo (nº87/06)
gabinetes de apoio ao aluno para uma melhor transição para o mercado de trabalho – os
Gabinetes de Inserção na Vida Ativa (GIVA). Estes devem servir de mediador entre os alunos que
estão a frequentar ou que frequentaram o Ensino Secundário Técnico-Profissional e as empresas
ou outras entidades públicas ou privadas potencialmente promotoras de saídas profissionais.
Por regulamento, cada Instituto Técnico e Politécnico deverá ter um GIVA operacional,
coordenado por um professor com formação superior, nomeado pelo Diretor do Instituto.
São objetivos do GIVA28:
“Informar, escolar e profissionalmente, os alunos visando a sua integração na vida ativa;
Apoiar a frequência de estágios e a promoção de outras formas de contacto com o mercado
de trabalho;
Recolher e divulgar ofertas de emprego e de informação escolar e profissional;
Colaborar com as entidades empregadoras nos processos de seleção e recrutamento dos
alunos;
Formar para a aquisição de competências na área da procura ativa de emprego;
Acompanhar os alunos em todo o processo de inserção escolar e profissional.”
Do processo de auscultação conduzido pelo presente estudo, depreende-se que o trabalho dos
GIVA se tem prendido, sobretudo, com a divulgação de informação sobre prosseguimento de
estudos e orientação escolar e profissional dos alunos. De igual forma, têm procurado promover
a apresentação e solicitação de estágios, bem como a realização de visitas de estudo às
empresas. Não obstante, a Direção Nacional do Ensino Técnico e Profissional dá nota da fraca
relação entre os GIVA e os Centros de Emprego (nota esta reforçada pelos próprios
coordenadores de GIVA entrevistados) relação que deverá ser reforçada com o apoio do
RETFOP.
Regista-se que, a operacionalização dos GIVA tem revelado dificuldades na promoção e apoio à
empregabilidade dos diplomados, bem como no acompanhamento dos mesmos na inserção no
mercado de trabalho. A pretendida revisão do perfil e das competências destes gabinetes
(enquadrada pelo projeto) deve, por isso, atender a todas estas fragilidades e garantir um maior
reconhecimento do papel dos GIVA e uma maior relação com os restantes mecanismos de
inserção no mercado de trabalho e as empresas.
28O papel do Gabinete de Inserção na Vida Ativa (GIVA) nas Escolas do Subsistema do Ensino Técnico-Profissional,
Direção Nacional do Ensino Técnico Profissional, Ministério da Educação, República de Angola
50
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Ao nível dos Centros de Formação Profissional o apoio à inserção dos formados no mercado de
trabalho é assegurado através das diferentes unidades competentes sob a alçada do MAPTSS
(apresentadas no ponto 4.2.1). O apoio a uma melhor inserção na vida ativa dos formados tem-
se prendido, sobretudo, com contactos com empresas para a realização de estágios e com a
identificação de oferta de postos de trabalho. Nos casos em que conseguem estágios estas
estruturas fazem o acompanhamento dos estagiários e recolhem a avaliação do empregador.
Este trabalho é desenvolvido sobretudo pelos gestores dos Centros de Formação e por
professores, na sua maioria por iniciativa própria. À semelhança do MED, os Centros de Formação
não dispõem de uma estrutura própria para o efeito.
Não obstante a regulação de sistemas de informação para o efeito, a sua operacionalização tem-
se revelado muito limitada. As Instituições de Ensino e de Formação Profissional e as unidades
de apoio à inserção no mercado de trabalho sob a alçada do MAPTSS não conseguem assegurar
a devida sistematização de informação de referência e, consequentemente, não asseguram de
forma regular e sistemática o desenvolvimento de atividades de informação, orientação e apoio
à inserção dos jovens no mercado de trabalho.
Esta situação condiciona, por um lado, uma maior e melhor regulação da oferta formativa por
parte dos serviços centrais e, por outro, uma maior capacidade das instituições de ensino e
formação de informar os seus estudantes e suas famílias dos percursos académicos com maior
grau de empregabilidade.
Importa por isso, como identificado pelo RETFOP, atuar no reforço das metodologias de recolha
e disseminação de informação sobre a oferta e procura de emprego e apostar na capacitação
dos técnicos das diferentes unidades competentes. Uma vez mais, a revisão do perfil e das
competências dos GIVA e dos Centros de Emprego contribuirá, seguramente, para uma maior
capacidade de atuação neste domínio.
Neste contexto, valida-se igualmente como pertinente o apoio à recolha de dados estatísticos
para o acompanhamento da integração dos diplomados e formados do ETFP no mercado de
trabalho. A introdução de rotinas e procedimentos de recolha deverá alimentar um sistema de
dados fiável a nível nacional que, permita aferir o grau de empregabilidade dos quadros nacionais
e daí concluir sobre a qualidade da oferta formativa e sobre os eventuais ajustamentos
necessários para responder de forma mais efetiva às exigências do mercado de trabalho.
Como iniciativa piloto neste domínio, destaca-se a (já referida) elaboração do Estudo Piloto sobre
Formação e Empregabilidade, coordenado pela UTG-PNFQ, realizado entre janeiro de 2016 e
março de 2017. Ainda que de dimensão restrita (cobrindo apenas a oferta de ensino médio
técnico, formação profissional e ensino superior de 3 domínios de formação da província de
Luanda), esta é considerada como uma iniciativa pioneira de avaliação do ajustamento da oferta
formativa às necessidades quantitativas e qualitativas do mercado de trabalho.
Ainda que os seus resultados não possam ser assumidos como representativos da realidade
nacional, é seguro afirmar a transversalidade das constatações alcançadas:
“i) O atual nível da empregabilidade dos jovens recém-formados e diplomados inquiridos,
evidencia a necessidade da definição de políticas públicas consequentes que, por um lado,
51
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
fomentem uma maior relação entre a oferta educativa e o mercado de trabalho e, por outro,
fomentem a criação de micro, pequenas e médias empresas, ou mesmo o autoemprego;
ii) A escassez de quadros médios com sólida formação técnica e tecnológica capaz de
responder às necessidades do mercado de trabalho é apontada pelas empresas e os parceiros
sociais como um factor crítico, evidenciando a necessidade da adequação dos atuais perfis de
formação como medida essencial para a efetiva diversificação da economia e modernização
tecnológica.” 29
Importa dar nota que a conjuntura económica e financeira da República de Angola, no período
em que decorreu este estudo condicionou os resultados por ele alcançados e a sua alteração
poderá ditar uma diferente evolução das perspetivas de entrada no mercado de trabalho.
No entanto, estas duas constatações não diferem do que foi apurado no decorrer do trabalho de
campo desenvolvido no presente Estudo Base (em 2019) evidenciando-se uma perceção
negativa em relação à qualidade dos diplomados/formandos do sistema de ETFP. Os
empregadores consideram que a qualidade da educação e formação oferecida está ainda longe
dos padrões desejáveis, com reflexos negativos na empregabilidade dos mesmos.
Ainda de acordo com o referido Estudo Piloto o grau de inserção no mercado de trabalho parece
ser igualmente influenciado pela idade dos formados/diplomados e pelo seu nível de
escolaridade.
O fator idade (por serem demasiado jovens) penaliza a taxa de inserção profissional, em especial
dos que terminam o Ensino Secundário Técnico-profissional. Também por este motivo - ainda
que estes tenham seguido um curso técnico-profissional - muitos optam por dar continuidade
aos seus estudos, seguindo para o Ensino Superior.
Já quanto aos formados pela Formação Profissional, a maior dificuldade prende-se com o seu
nível de escolaridade. A maioria das empresas tende a valorizar jovens com níveis de
escolaridades mais elevados. Recorda-se que a maioria dos cursos de Formação Profissional
permite a entrada de alunos com a 9ª ou mesmo com a 6ª classe.
Reconhece-se ainda como um dos entraves à inserção dos jovens no mercado de trabalho a
incapacidade das Instituições de Ensino Técnico e Formação Profissional em garantir estágios
profissionais ou curriculares.
A promoção de um maior grau de inserção dos diplomados e formados deve passar ainda pela
concretização de iniciativas de divulgação dos próprios Institutos Técnicos e
Politécnicos/Centros de Formação junto do tecido empresarial provincial e nacional. De acordo
com os dados recolhidos no trabalho de campo, foi possível constatar um significativo
desconhecimento dos empresários relativamente às instituições de ensino e formação
profissional e respetivos cursos. É necessário que as instituições de ensino/formação profissional
assumam também elas um papel mais proativo, dando-se a conhecer junto das empresas e
parceiro sociais sedados nos seus territórios de influência.
4.2.5 Apoio ao Empreendedorismo
29 Estudo Piloto sobre Formação e Empregabilidade, UTG-PNFQ, 2017
52
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Esta situação reforça a importância das atividades previstas no âmbito do RETFOP, no que se
refere à melhoria dos recursos humanos e técnicos destas unidades, bem como à disponibilização
de instrumentos eficazes na promoção do empreendedorismo e apoio à criação do próprio
emprego, incluindo o desenho de instrumentos de financiamento de pequenos negócios.
Importa, neste contexto, dar nota da recente aprovação por Decreto Presidencial (nº113/19 de 16
de abril) do Plano de Ação para a Promoção da Empregabilidade. Entre outros, este plano tem
como objetivos: “Fomentar e apoiar o espírito de iniciativa na juventude, desde os
empreendedores já estabelecidos aos emergentes (…) Formar jovens empreendedores nos
domínios técnico-profissional e de gestão de pequenos negócios (…) Proceder à entrega de kits
de trabalho para suporte ao auto-emprego e empreendedorismo.”30
Como referido, pela coincidência das áreas de atuação entre o referido Plano e o RETFOP
importará atender às ações que já se encontrem inscritas para o horizonte temporal do projeto.
Quadro 11
Situação do Emprego nas seis províncias de intervenção do RETFOP
População
Taxa de Emprego (%) Taxa de Desemprego (%)
com mais de
15 anos Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Angola 13 592 528 40,0 46,6 34,1 24,2 23,6 24,9
Benguela 1 159 543 49,4 55,4 44,4 13,6 13,6 13,5
Huambo 975 918 44,6 48,6 41,3 21,8 22,4 21,3
Huíla 1 254 963 43,3 48,9 38,7 17,9 18,6 17,2
Luanda 3 945 102 35,3 45,8 25,3 32,6 27,5 39,8
Moxico 374 580 31,3 37,6 25,7 29,3 29,2 29,4
Uíge 741 186 41,7 44,8 39 21 23,5 18,3
Fonte: Censo da 2014; INE
30 Decreto Presidencial n. 113/19 de 16 de abril de 2019, Diário da República de Angola
53
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Quadro 12
Percentagem da população empregada, segundo atividade económica, por província de
intervenção do RETFOP
a retalho; reparação de
Comércio por grosso e
animal, caça, floresta e
Administração pública
veículos automóveis e
Agricultura, produção
administrativas e dos
e defesa; segurança
Outras atividades e
serviços de apoio
social obrigatória
armazenagem e
Não declarado
comunicação
Transportes,
Construção
motociclos
Atividades
Educação
Província
Indústria
serviços
pesca
Segundo o Anuário de Estatísticas das Empresas 2014 - 2017, regista-se um aumento progressivo
do número de empresas nestas Províncias. Não obstante, do processo de auscultação revelou-
se evidente a fragilidade do tecido empresarial local. São na sua maioria empresas de pequena
dimensão que enfrentam ainda significativas dificuldades a nível financeiro.
Quadro 13
Evolução do número de empresas em atividade nas províncias de intervenção do RETFOP,
entre 2014 e 2017
54
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Uíge 1 0 1 1 1 12 16
Luanda 4 4 5 0 4 4 21
Benguela 3 0 1 1 1 7 13
Huambo 1 0 1 1 1 27 31
Moxico 1 0 1 1 0 2 5
Huila 1 0 1 1 0 5 8
Total 11 4 10 5 7 57 94
Fonte: Relatório Políticas Activas de Emprego - Objectivos e Resultados 2013 – 2017, MAPTSS, julho 2018 e SIGOF-
UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
55
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
todos os atores cuja opinião/informações por ele produzidas são tidos em conta
na definição de estratégias e na operacionalização do subsistema de Ensino
Consultiva Secundário Técnico-Profissional e do Sistema de Formação Profissional, incluindo
o apoio à inserção no mercado de trabalho e a promoção de iniciativas de
empreendedorismo
todos os atores que, ainda que detenham alguma influência, não obstam ao efetivo
Moderado
cumprimento das atividades do projeto e alcance dos respetivos objetivos
todos os atores que, ainda que sejam parte interessada no processo, o seu grau de
Fraco
envolvimento não lhes permite interferir no alcance dos resultados do projeto
56
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Responsabilidade;
Detentores de interesse Missão e Ligação com o RETFOP
Nível envolvimento
Casa Civil do Presidente da República
- Unidade responsável pela Gestão do Plano Nacional de Formação de Quadros, documento orientador da formação de
recursos humanos qualificados e altamente qualificados.
Ator central na planificação e implementação do REFTOP pelo necessário alinhamento da intervenção com o
Unidade Técnica de Estratégica/de
desenvolvimento das atividades programadas e concretizadas no âmbito dos Programas de Ação do PNFQ,
Gestão do PNFQ (UTG- Coordenação;
designadamente: do PA1. Formação de Quadros Superiores; PA2. Formação de Quadros Médios; PA3. Formação e
PNFQ) Elevado
Capacitação de Professores e de Investigadores para o Ensino Superior e Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação; PA4. Formação de Quadros Docentes e de Especialistas e Investigadores em Educação e PA8. Formação
Profissional.
Ministério da Educação
Instituições da Administração Pública (nível Central)
- Serviço executivo central, sob a tutela do MED, com a competência de formular, definir a estratégia de aplicação e
Direção Nacional do controlar a implementação da Política Nacional de Educação no domínio do subsistema de Ensino Secundário Técnico- Coordenação e
Ensino Secundário Técnico Profissional. Operacional;
Profissional (DNESTP) Parceiro direto na definição da estratégia de intervenção e na implementação das atividades do projeto relativas ao Elevado
Ensino Secundário Técnico-Profissional.
Instituto Nacional de - Departamento, sob a tutela do MED, responsável pela conceção, elaboração e avaliação de currículos, programas, manuais
Investigação e escolares e outros materiais pedagógicos para o I e II Ciclos do Ensino Secundário entre eles, o Ensino Secundário
Coordenação
Desenvolvimento da Técnico-Profissional.
Elevado
Educação (Departamento Ator a auscultar e envolver no planeamento e implementação das atividades associadas à revisão curricular dos cursos do
do Ensino Secundário) ESTP.
- Serviço executivo, sob a tutela do MED, encarregue pela avaliação da eficácia e eficiência do sistema de Educação e
Direção Nacional de Ensino, do controlo do Sistema Nacional de Avaliação e validação das competências académicas e profissionais
Coordenação
Avaliação e Acreditação adquiridas no contexto das aprendizagens formal e informal.
Elevado
(DNAA) Ator a auscultar e envolver no planeamento e implementação das atividades associadas à revisão curricular dos cursos e à
formação de professores do ESTP.
- Órgão de assessoria do MED que apoia a planificação e a preparação de medidas de política e de estratégia global do
Gabinete de Estudos,
sector. Consultivo
Planeamento e Estatística
Actor a auscultar aquando do planeamento das atividades de melhoria dos sistemas de informação, acompanhamento e Moderado
(GEPE)
garantia da qualidade do subsistema do ESTP a nível central e local.
57
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
- Serviço executivo central, sob a tutela do MAPTSS, responsável pela formulação e garantia da aplicação das políticas e
Direção Nacional do medidas nos domínios do trabalho, emprego e formação profissional. Tutela o Observatório Nacional do Emprego e da Coordenação e
Trabalho e Formação Formação Profissional. Operacional;
Profissional (DNTFP) Parceiro direto na definição da estratégia de intervenção e implementação do REFTOP no que respeita às atividades de Elevado
Formação Profissional e de promoção da inserção dos formandos e formados no mercado de trabalho.
- Instituto Público dotado de autonomia administrativa e financeira com a responsabilidade de assegurar a execução das
políticas relativas à organização do mercado de emprego, a direção e coordenação do sistema de formação profissional e
Instituto Nacional de assegurar a coordenação dos sistemas nacionais de emprego e formação profissional e a sua articulação com o sistema Coordenação e
Emprego e Formação de educação relativamente aos perfis de emprego de competências profissionais. Operacional
Profissional (INEFOP) Ator a envolver no apoio à adoção legal do QNQ, bem como nas atividades de revisão dos planos curriculares dos cursos Elevado
de FP e de redefinição de competências dos Centros de Emprego e Centros Locais de Empreendedorismo e Serviços de
Emprego.
Centro Nacional de - Integrado na estrutura orgânica do INEFOP é um estabelecimento público destinado a dar formação técnico-pedagógica
Operacional
Formação de Formadores aos formadores e a todos os agentes que intervêm no processo formativo.
Elevado
(CENFFOR) Ator a envolver ativamente na planificação e implementação das atividades associadas à formação de formadores.
- Órgão de assessoria do MAPTSS. Apoia a planificação e a preparação de medidas de política e de estratégia global do
Gabinete de Estudos, setor.
Consultivo
Planeamento e Estatística Ator a auscultar aquando do planeamento das atividades de melhoria dos sistemas de informação, acompanhamento e
Moderado
(GEPE) garantia da qualidade do sistema da FP a nível central e local (junto dos Centros de Formação Profissional e Centros
Integrados de Formação Profissional sob a dependência do MAPTSS).
- Comissão nomeada pelo MAPTSS (regulada pela Lei do Emprego 18-B/92) com vista à harmonização entre as políticas de
Comissão Consultiva para emprego, económica e da educação. Das suas atribuições destaca-se o acompanhamento da evolução dos problemas do Consultivo
o Emprego emprego e a apresentação de propostas de adoção de medidas mais adequadas. Moderado
Actor a auscultar para uma melhor perceção das dificuldades na inserção no mercado de trabalho.
- Grupo técnico inicialmente criado pelo Despacho nº1/09 de 13 de janeiro e recentemente atualizado pelo Despacho
Grupo Técnico Presidencial nº41/18 de 16 de abril. Coordenado pelo Secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social este grupo
Multissetorial para o deve reunir representantes de 18 Ministérios, entre eles do MED e do MESCTI.
Consultivo
Tratamento de Dados Pela sua vocação de proceder à recolha e consolidação dos dados numéricos sobre o emprego, nos domínios da criação
Fraco
Numéricos sobre o de postos de trabalho e da mobilidade de mão-de-obra nacional no setor empresarial e cooperativo – tendo as atribuições
Emprego (GTME) deste grupo sido atualizadas em abril, importará acompanhar os trabalhos desenvolvidos pelo mesmo que poderão ser
relevantes para o projeto, sobretudo, aquando da planificação das atividades inscritas no âmbito resultado 3.
58
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
- Serviço executivo direto encarregue de executar as políticas de promoção e de acompanhamento do ensino, da iniciação Coordenação e
Direção Nacional de
à investigação científica e da extensão a nível do bacharelato e da licenciatura. Operacional;
Formação Graduada
Ator a auscultar e envolver na planificação e implementação das atividades de formação de Professores para o ESTP. Elevado
- Direções de gestão descentralizada do setor da educação tendo, entre outras funções, a competência de recrutamento
do Pessoal Docente para os Institutos Técnicos e Politécnicos.
Atores locais privilegiados a envolver na planificação e implementação das atividades a desenvolver a nível provincial na
Direções Provinciais da Operacional
esfera do Ensino Secundário Técnico-Profissional e da promoção de maior inserção no mercado de trabalho. Fonte de
Educação Elevado
informação privilegiada para um retrato da qualidade da oferta formativa a nível local - necessidades de reforço das
competências de gestão institucional das escolas, necessidades de formação dos professores e de equipamento de
laboratórios.
Instituições da Administração Pública
- Unidades administrativas locais do INEFOP tendo, entre outras funções, a de promover regularmente a recolha,
tratamento e análise dos dados sobre o mercado de emprego na província e perspetivar a sua evolução de forma a
contribuir para a resolução de problemas de emprego. É igualmente da sua responsabilidade assegurar a execução de
medidas de política de emprego, formação e reabilitação profissional adequadas à realidade da província e propor aos
(nível Provincial)
Serviços Provinciais do serviços centrais a assistência técnica e pedagógica às entidades empregadoras que desejam preparar ou desenvolver Operacional
INEFOP ações de formação e reabilitação profissional. Elevado
Atores locais a envolver na planificação e implementação das atividades a desenvolver a nível provincial na esfera da
Formação Profissional e da promoção de maior inserção no mercado de trabalho. Fonte de informação privilegiada para
um retrato da qualidade da oferta formativa a nível local - necessidades de reforço das competências de gestão
institucional dos centros de formação, necessidades de formação dos formadores e equipamento de oficinas.
- Órgãos sob a tutela do Ministério da Administração Pública e Segurança Social que prestam serviço público no domínio
Operacional
Centros de Emprego da formação profissional e do emprego.
Elevado
Um dos atores a reforçar no âmbito do REFTOP.
Centros Locais de - Serviço executivo indireto de âmbito provincial/municipal, do Instituto Nacional do Emprego e Formação no domínio do
Empreendedorismo e empreendedorismo, do apoio à criação e desenvolvimento de pequenas e médias empresas e à intermediação da procura Operacional
Serviços de Emprego e oferta de mão-de-obra. Elevado
(CLESE) Um dos atores a reforçar no âmbito do REFTOP.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
- Comissões criadas a nível municipal por Decreto Presidencial (nº 90/14) compostas por representantes da administração
municipal, serviços de emprego locais e representantes do tecido empresarial local e autoridades tradicionais. Entre
Comissões Municipais de outras, têm como função diagnosticar as necessidades de formação em articulação com os Centros de Formação
Coordenação e Profissional e os serviços de emprego; apoiar a formação em contexto de trabalho, possibilitando às entidades Consultivo
Concertação da Formação empregadoras recrutar e selecionar recursos humanos em função das necessidades locais e assegurar a aplicação dos Fraco
Profissional programas de formação profissional de acordo com as condições de trabalho local.
Atores locais que poderão apoiar uma melhor definição da estratégia de intervenção do RETOFP no domínio da
Formação Profissional.
- Instituições de ensino, tuteladas pelo MED responsáveis pela lecionação dos cursos do Ensino Secundário Técnico-
Institutos Técnicos e Profissional, distinguindo-se os Institutos Técnicos dos Politécnicos pelo número de áreas de formação que abrangem Operacional
Politécnicos (uma ou mais, respetivamente) Elevado
Um dos atores a reforçar no âmbito do REFTOP.
Instituições da Rede de Oferta Formativa
- Gabinete criado no seio dos Institutos Técnicos e Politécnicos para apoiar a empregabilidade dos diplomados e o seu
Gabinetes de Inserção na Operacional
acompanhamento na inserção no mercado de trabalho.
Vida Ativa (GIVA) Elevado
Um dos atores a reforçar no âmbito do REFTOP.
(ESTP, FP e ES)
Centros de Formação
Profissional públicos e
Centros Integrados de Operacional
Formação Profissional de Elevado
níveis II e III, sob a tutela
- Proporcionam uma educação profissionalizante complementar, orientada para a integração dos formandos na vida ativa e
do MAPTSS
que não confere, em geral, equivalências académicas no ensino formal.
Um dos atores a reforçar no âmbito do REFTOP.
Centros de Formação
Profissional públicos sob a Operacional
tutela de outros Elevado
Ministérios
Instituições do Ensino - Asseguram a oferta de formação graduada e pós-graduada a nível provincial. Operacional
Superior Atores a mobilizar para a concretização das atividades de formação de professores do ESTP. Elevado
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
- Empresa pública instituída pelo Decreto Presidencial nº18/19 de 10 de janeiro. Detém, entre outras atribuições, a função de
Escola Nacional de ministrar ações de formação e de especialização para os titulares de órgãos públicos, quadros de direção, chefia e técnicos
Operacional
Administração e Políticas da administração pública em sentido amplo, bem como do setor empresarial com vista a alcançar os objetivos do Estado.
Moderado
Públicas (ENAPP) Ator a mobilizar no âmbito das atividades de formação de gestores e quadros especializados dos serviços centrais e dos
Institutos Técnicos e Politécnicos e Centros de Formação Profissional.
- Potenciais parceiros na concertação de políticas públicas com o MED e MAPTSS. Atores centrais no contexto do mercado
de trabalho enquanto agentes promotores da empregabilidade. Atores de referência na negociação de reformas do sector
do emprego e da formação. Entre estes destacam-se:
Associação Industrial de Angola;
Unidade Sindical dos Trabalhadores de Angola;
Confederação Empresarial de Angola;
Parceiros Sociais e Tecido Consultivo
Fórum de Auscultação e Concertação Social;
Empresarial Moderado
Federação e a Associação das Mulheres Empresárias de Angola (FMEA);
Associação dos Empreiteiros de Construção Civil e Obras Públicas de Angola (AECCOPA); e
Sindicato Nacional dos Formadores e o Sindicato Nacional de Professores.
Atores a envolver nas atividades de concertação de políticas públicas referentes ao Ensino Técnico-Profissional.
Igualmente importante mobilizar para uma crescente recetividade do sector privado na promoção de estágios e
esquemas de formação em alternância/formação dual.
Grandes Empresas e - Representantes do mercado de trabalho e agentes promotores de emprego e de oportunidades de formação ao longo da Consultivo e
Grupos Empresariais vida. Operacional
Públicos e Privados Atores a envolver nas atividades de promoção de estágios e esquemas de formação em alternância/formação dual. Moderado
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Ainda que fora da esfera de intervenção do RETFOP, de referir alguns projetos em curso que,
tendo intervenção no domínio da formação de professores, poderão da sua experiência ter
concluído sobre melhores práticas úteis para a intervenção do RETFOP.
Quadro 15
Projetos, programas e iniciativas em curso/previstas, relacionadas com as esferas de
intervenção do RETFOP
Programa de Apoio ao
Reforço do Ensino Formação de professores e de quadros técnicos do Cooperação
Secundário em Angola - MED Portuguesa
Saber Mais
Banco Africano
Iniciativa do Banco Africano Formação de professores de Escola de Magistério em de
de Desenvolvimento metodologias específicas de ensino Desenvolviment
o
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
OBJECTIVOS GLOBAIS
Impactos
Se Pressupostos Políticos
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
com impacto na articulação
Outcome
outcome - impacto
Pressupostos Comportamentais
RESULTADOS ESPERADOS Se com impacto na articulação
Outputs
output-outcome
Pressupostos Operacionais
ACTIVIDADES com impacto na articulação
Se actividades-outputs
Quadro 16
População Desempregada na República de Angola
Angola 7 182 631 3 936 746 3 245 885 1 739 946 930 990 808 956
Urbana 4 330 895 2 519 219 1 811 676 1 333 347 695 711 637 636
Rural 2 851 736 1 417 527 1 434 210 406 599 235 279 171 320
Fonte: INE, Censo 2014
Dados da mesma fonte evidenciam que a população jovem (15-24 anos) é aquela que regista
maior índice de desemprego, sem diferença significativa entre mulheres e homens (44,6% e 47%
para mulheres e homens respetivamente, entre 15 e 19 anos e 34,2% e 36,7% para mulheres e
homens respetivamente entre 20 e 24 anos).
64
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
A elevada incidência da taxa de desemprego nesta faixa etária (15–24 anos) evidencia a
pertinência do objetivo geral do projeto em linha com o foco de intervenção da ação - a aposta
na melhoria do Ensino Técnico e Formação Profissional, cujos beneficiários finais se enquadram
maioritariamente no mesmo intervalo etário.
Recorda-se que o ensino secundário técnico-profissional se destina a jovens com mais de 15 anos
e que os cursos de formação profissional de níveis II e III (cobertos pelo RETFOP) exigem a
escolaridade mínima da 6ª ou 9ª classes, respetivamente, incidindo sobre jovens,
maioritariamente, da mesma faixa etária.
Por outro lado, que o Governo promova a estabilidade dos seus quadros dirigentes e do pessoal
técnico a nível central e provincial (potenciando o impacto da capacitação desenvolvida) -
intenção que parece salvaguardada atendendo à aposta política na capacitação e valorização
dos recursos humanos da Administração Pública. De igual forma se pressupõe o compromisso e
o empenho dos dirigentes dos Serviços na mobilização e participação ativa dos gestores e
técnicos nas ações de formação aos diferentes níveis e na promoção e adoção de processos de
trabalho adequados na sequência da formação realizada.
Finalmente, a efetiva colaboração com o sector privado, tendo em vista o ajustamento da oferta
formativa às necessidades do mercado de trabalho, dependerá de um tecido empresarial
reforçado, para o qual as políticas inscritas no PDN contribuirão.
65
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Resultado 1.1 Serviços relevantes do MED, MAPTSS e INEFOP a nível nacional e local dispõem
de uma base de conhecimentos sólida e sistemas de informação adequados, e de gestores e
pessoal qualificados para apoiar a implementação, acompanhamento e avaliação das políticas
de ETFP
Como condição à implementação das atividades 1.1.2 e 1.1.4 considera-se, por isso, essencial
começar por fazer um levantamento exaustivo dos sistemas atualmente em uso, identificar as
competências existentes, necessidades de informação e principais fragilidades. Esta análise
deverá abranger para além das necessidades de nível central, as de nível provincial, para que
possam ser asseguradas soluções seguras e fidedignas de recolha e gestão de informação
confiável.
A este propósito antecipa-se como maior desafio que os sistemas de informação assegurem a
recolha da informação primária junto dos principais implementadores (instituições de ensino e
formação profissional) e que, em simultâneo, consigam apoiar as instituições e os serviços
centrais na gestão, acompanhamento e avaliação do sistema e tomada de decisão.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
rotatividade de pessoal, tanto a nível dos serviços centrais e provinciais, como a nível das
instituições de ensino e centros de formação exige uma formação alargada para que o
conhecimento não se perca.
Importa, igualmente, assegurar que as soluções de acesso à internet que venham a ser
desenvolvidas sejam financeiramente sustentáveis, o que remete para a necessidade de os
Serviços assegurarem dotações orçamentais adequadas - podendo implicar a adoção de
soluções ajustadas às reais capacidades orçamentais futuras.
No que respeita à formação de quadros superiores e técnicos dos vários serviços com a tutela
de gestão do EFTP (atividade 1.1.3) confirmam-se as fragilidades na capacidade de planeamento,
monitorização e avaliação das políticas públicas, bem como na interpretação de dados
estatísticos. Valida-se, por isso, a necessidade de reciclagem e/ou reforço de formação,
sobretudo contando que se mantém a elevada rotatividade dos quadros dos serviços do MED e
MAPTSS. Para assegurar a formação prevista, reconhece-se a ENAPP como parceiro de
referência.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
De referir por último que, ainda que regulada por despacho (Despacho nº 9/08 de 20 de
novembro de 2008), a Comissão que Estabelece as Linhas de Coordenação dos Subsistemas de
Formação Profissional e do Ensino Técnico-Profissional (CASETFP) encontra-se inoperacional.
Das várias entrevistas mantidas registou-se que este órgão pouca ou nenhuma expressão teve e
que não deve, por isso, ser considerada como potencial beneficiário do RETFOP (conforme
previsto na atividade 1.2.1, devendo esta ser ajustada em conformidade).
Resultado 1.3 Sistemas e procedimentos adequados para o diálogo regular entre os setores
público e privado e processos de consulta em matéria de políticas do EFTP e decisão
estratégica concebidos e implementados, e a funcionar de forma satisfatória a nível central e
local
Ainda que as iniciativas promovidas até então tenham tido pouca expressão, durante o processo
de auscultação foi reconhecido pelos setores público e privado as mais-valias decorrentes do
reforço da sua colaboração.
No domínio da formação profissional haverá que evidenciar, a nível central, o papel do Conselho
Nacional de Emprego, coordenado pelo MAPTSS, que conta com a participação dos sindicatos
e associações empresariais e, a nível provincial, as Comissões Multissectoriais de Formação
Profissional que envolvem entidades formadoras, empregadores e trabalhadores. As referidas
estruturas poderão, neste contexto, ganhar nova dinâmica e protagonismo com o apoio do
projeto.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Contudo, constata-se que nas seis províncias de intervenção do projeto a oferta formativa é
inexistente (tanto ao nível do ESTP como da FP) em dois desses domínios, designadamente:
‘Gestão de água e de resíduos’ e ‘Saúde animal’. Ao nível da Formação Profissional a ausência de
oferta formativa regista-se ainda nos domínios de ‘Pesca industrial’, ‘Transportes e logística’ e
‘Técnicas de laboratório’.
Uma vez que o projeto não pretende criar novos cursos, mas sim capitalizar os cursos que são
atualmente lecionados nas diferentes províncias recomenda-se a reavaliação dos domínios de
atuação considerando a oferta formativa existente.
Assim, recomenda-se que o processo de revisão dos programas e currículos que se propõe seja
precedido de uma análise prévia à qualidade dos recentemente implementados e relativamente
aos quais não existe ainda avaliação efetuada.
31
Secção 2.1.3 Áreas prioritárias para apoio/Análise de problemas, Relatório Final e Documento de Ação do Projeto (Dezembro 2015), Missão
de Identificação e Formulação do Programa de Apoio à Revitalização do Ensino Médio Técnico e Formação Profissional em Angola (11º FED).
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
A pretendida revisão curricular deverá assim ter em linha de conta o que vier a ser definido no
âmbito do Quadro Nacional de Qualificações e incluir o envolvimento ativo do setor privado no
sentido de assegurar um efetivo ajustamento das competências adquiridas às reclamadas pelo
mercado de trabalho.
A propósito desta sublinha-se que o Plano Nacional de Formação e Gestão do Pessoal Docente
aprovado por Decreto Presidencial (nº205/18), em articulação com as alterações introduzidas
em 2018 (relativamente a 2008) no Estatuto da Carreira dos Agentes de Ensino, introduz como
medida de política que toda a formação inicial de professores transite para o Ensino Superior
Pedagógico33 e seja de nível de licenciatura,34 prioritariamente organizada segundo modelo
sequencial - a oferta de nível de bacharelato no ensino superior pedagógico
(predominantemente nas Escolas Superiores Pedagógicas públicas e no ensino privado) tem,
aliás, vindo a ser descontinuada. As atividades previstas de formação inicial de professores
deverão, por isso, alinhar com esta orientação política.
Adicionalmente deverá ser tomado em consideração que ao nível do Ensino Superior decorre
um processo de harmonização curricular dos cursos de graduação (nos quais se incluem os
cursos de formação de professores organizados segundo o modelo integrado) que se estima
que termine em 2019. Os cursos a criar no âmbito do RETFOP devem cumprir com as orientações
a estabilizar, o que poderá colocar desafios adicionais à programação das atividades de
formação inicial integrada.
Apesar da formação sequencial não fazer parte desta harmonização curricular, o enquadramento
legal dos cursos de agregação pedagógica (para professores do ensino geral e do ESTP) situados
ao nível de formação pós-graduada profissional conducente a uma especialização, ainda não foi
efetuado; espera-se que tal possa acontecer ao longo de 2019.
Ainda a propósito destas atividades, convirá notar que Angola não dispõe de formadores
especializados na didática da componente técnica, tecnológica e prática do ETP, condição que
implicará um grande esforço de mobilização de recursos externos e de construção de parcerias
sólidas com instituições de ensino superior de Angola para efeitos de criação dos cursos.
No que respeita à formação sequencial dos professores em exercício será importante ponderar
soluções que permitam resolver as dificuldades de participação em atividades de formação
durante os períodos letivos (sobretudo para os que lecionam em localidades distantes daquelas
em que as atividades de formação presenciais venham a decorrer).
32 Este novo modelo de estruturação do conteúdo da formação requer professores de ESTP/formadores de FP que para além de dominarem o
conteúdo dos módulos estejam preparados para alterar todo o envolvimento formativo baseado numa diversidade de ritmos de aquisição de
competências por parte dos alunos
33 Medida 5 Efetuar a transição progressiva, até 2027, de todos os cursos de formação inicial de professores para o Ensino Superior
Pedagógico, organizando segundo o modelo integrado os de formação de Educadores de Infância e de Professores do Ensino Primário, e
dando prioridade à organização segundo o modelo sequencial, no caso dos cursos de formação de professores de disciplina para o ensino
secundário (geral, técnico-profissional e pedagógico).
34 Elevar o nível de escolaridade requerido para a candidatura a cursos de formação inicial de professores que venham a ser criados, organizando-
os segundo o modelo sequencial: II ciclo do ensino secundário, para os cursos do Ensino Secundário Pedagógico, Licenciatura, para os do Ensino
Superior Pedagógico que preparam para o ensino secundário.
70
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Quanto ao estágio convirá adequar a sua duração ao que, no enquadramento geral referido
acima, vier a ser definido - seguramente mais longa que as 3 semanas previstas.
De referir ainda que, o Estatuto da Carreira dos Agentes de Educação aprovada por Decreto
Presidencial (nº 160/18), prevê no artigo 33º a figura de “professor colaborador” precisamente no
subsistema do ESTP, o que poderá facilitar a participação de profissionais de empresas enquanto
professores. O processo de auscultação a nível provincial evidenciou resistências na contratação
destes profissionais por desconhecimento da legislação e ou receio de que estes possam
substituir agentes de educação do MED. De qualquer modo, a colaboração de profissionais na
formação pode contribuir para uma melhoria da relevância desta.
Resultado 2.3 Escolas ETP e centros de formação profissional de nível II/III dotados de
sistemas de gestão adequados e gestores qualificados
Esta preocupação é transversal aos dois ministérios que tutelam a oferta formativa e ao tecido
empresarial.
Face à fragilidade dos seus recursos técnicos e materiais, é reconhecida a dificuldade dos
Gabinetes de Inserção na Vida Ativa em cumprirem a missão para o qual foram criados
(conforme Decreto Executivo nº87/06 de 28 de junho). A revisão e reforço das suas
competências confirma-se por isso pertinente ainda que a mesma deva ser acompanhada por
um efetivo reforço de verbas, por parte do Ministério, para o seu funcionamento.
De igual forma, o atual funcionamento dos Centros de Emprego e CLESE é reconhecido, pelos
parceiros sociais entrevistados, como deficitário. Pela ausência de meios humanos e técnicos
nestes centros, as empresas consideram que os mesmo não tendem a responder às necessidades
e optam por recorrer a processos de recrutamento direto. A par das atividades previstas pelo
RETFOP, a valorização dos Centros de Emprego e CLESE - aposta expressa pelo Governo - deve
potenciar o seu papel.
Também a relação frágil e pontual entre as instituições de ensino/formação profissional e as
empresas tem obstado a realização de estágios e é tida como um entrave a uma transição mais
célere e bem-sucedida dos jovens formados e diplomados para o mercado de trabalho. A
ausência de mecanismos de financiamento e de regulamentação de estágios, associada à
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Confirma-se, por isso, que o presente objetivo tende a responder a um conjunto de necessidades
reconhecido por todos. Para que o mesmo seja sustentável importa que os seguintes
pressupostos se mantenham ao longo e após o projeto.
Por outro lado, que seja concretizada a expectável revisão da Lei de Bases da Formação
Profissional e que a mesma venha reforçar a regulamentação dos estágios profissionais. De igual
forma se perspetiva que, o MED aprofunde a regulamentação da operacionalização de estágios
na 13ª classe.
Por último, será essencial que o Orçamento Geral de Estado passe a contemplar verbas
específicas, ajustadas aos esquemas de promoção de inserção dos jovens no mercado de
trabalho, a desenvolver no âmbito do RETFOP.
As dificuldades financeiras que atravessa atualmente a grande parte das empresas nacionais
restringem esta disponibilidade. Tal condição poderá ser atenuada com a criação de novos
incentivos fiscais/esquemas de financiamento para o acolhimento de estágios - como previsto
no RETFOP. Não obstante, a fraca recetividade do tecido empresarial não se prende apenas com
recursos financeiros.
Recomenda-se, por isso, uma intervenção concertada com o setor privado, envolvendo-o e
mobilizando-o no âmbito das diferentes iniciativas de reforço da qualidade do ETFP e estímulo
do emprego, fazendo refletir as suas necessidades nos programas curriculares e na reflexão de
orientações políticas, em particular, as diretamente associadas à promoção da inserção dos
jovens no mercado de trabalho e da promoção do autoemprego.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Resultado 3.1 Desenhada, aprovada e testada uma estratégia de estímulo à integração dos
jovens diplomados no mercado de trabalho, assim como ferramentas práticas e legais de
implementação
Entende-se, por isso, pertinente e eficaz a estratégia de intervenção prevista neste eixo,
assumindo-se que o conjunto de atividades previstas tenderá a responder ao resultado esperado.
No decorrer da implementação das suas atividades importará, contudo, assegurar a mobilização
ativa dos parceiros sociais. A sua implicação direta no processo de reflexão e discussão das
estratégias e instrumentos que se pretende ver desenhados favorecerá a sua sustentabilidade,
bem como uma maior recetividade do tecido empresarial na sua posterior concretização.
De igual forma, aquando da definição das estratégias e instrumentos jurídicos que favoreçam a
criação de estágios e de formação em alternância, especial atenção deverá ser dada à evolução
das atividades desenvolvidas no âmbito do resultado 2.1, designadamente no que se refere à
revisão de programas curriculares e formação adequada de professores e formadores de
formadores.
Como referido, a fragilidade dos gabinetes de inserção na vida ativa e dos serviços atualmente
prestados pelos Centros de Emprego e CLESE é reconhecida por todos (serviços centrais,
instituições de ensino e formação profissional e setor privado) como um dos entraves a uma
melhor transição dos jovens para o mercado de trabalho.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Pelo papel que devem desempenhar no apoio à inserção na vida ativa estes serviços deverão
assumir-se como fonte de informação privilegiada sobre a situação do emprego e dos níveis de
empregabilidade das diferentes áreas de formação, em cada um dos territórios, dotando os
serviços centrais, o tecido empresarial local, os estudantes e suas famílias de informação de
referência.
De igual forma será pertinente: (i) identificar as instituições de ensino secundário técnico-
profissional que lecionem já a cadeira de empreendedorismo, potenciando a conceção dos
módulos de formação e o envolvimento mais ativo dos respetivos GIVA nestas atividades e (ii)
promover o empreendedorismo de uma forma mais direcionada, apostando em formações mais
específicas associadas a áreas de atividades com maior potencial de criação de negócio.
Pela experiência na implementação de ações semelhantes e na operacionalização dos CLESE, o
MAPTSS revela-se, neste contexto, um informante e parceiro de implementação de referência.
De notar que o MAPTSS será igualmente responsável pela implementação do referido Plano de
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
No que respeita ao encadeamento das atividades previstas no presente eixo, ainda que se
confirme que a concretização das atividades 3.3.1, 3.3.3 e 3.3.4 tenderá a responder ao resultado
esperado, questiona-se a mesma tendência, de forma tão direta, no que respeita à atividade 3.3.2
- ainda que esta se revele uma medida central na consecução do objetivo específico. Não
obstante, não se propõe o reafectação desta atividade a nenhum dos outros resultados do
presente objetivo, mas sublinha-se que o reforço da interligação e complementaridade entre os
GIVA, Centros de Emprego e CLESE deve ser assegurado em estreita articulação com a atividade
3.2.1.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
7. Recomendações
Com base na análise crítica apresentada, sistematizam-se no presente ponto as principais
recomendações que deverão ser tidas em linha de conta na planificação e no decorrer da
implementação do projeto. As linhas de orientação de seguida apresentadas estruturam-se por
Objetivo Específico e respetivos resultados.
Resultado 1.1 Serviços relevantes do MED, MAPTSS e INEFOP a nível nacional e local dispõem
de uma base de conhecimentos sólida e sistemas de informação adequados, e de gestores e
pessoal qualificados para apoiar a implementação, acompanhamento e avaliação das políticas
de ETFP
Resultado 1.3 Sistemas e procedimentos adequados para o diálogo regular entre os setores
público e privado e processos de consulta em matéria de políticas do EFTP e decisão
estratégica concebidos e implementados, e a funcionar de forma satisfatória a nível central e
local
Incluir ativamente os parceiros a nível provincial na operacionalização do diálogo entre o
sector público e privado, uma vez que estes tendem a trazer à reflexão informação
privilegiada e uma maior sensibilidade para as necessidades dos diferentes territórios que
importa atender e fazer refletir nas opções políticas setoriais.
Atender às estruturas de concertação já existentes a nível central e provincial,
coordenadas pelo MAPTSS.
35 Esta limitação tem condicionado e poderá continuar a condicionar a partilha de informação entre as instituições de ensino e as
direções nacionais que as tutelam, obrigando a sistemas alternativos de partilha de informação menos fidedignos - registou-se a
prática frequente de partilha de informação em papel, por usb ou via e-mail.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Excluir dos domínios de formação que o projeto abrange aqueles para os quais não existe
presentemente oferta formativa (incluindo eventualmente os que apresentam oferta
formativa diminuta) uma vez que para aqueles não existe contexto para as mudanças
previstas.
Analisar a qualidade dos currículos e programas recentemente implementados
relativamente aos quais não existe ainda avaliação efetuada antes de se avançar com o
processo de revisão curricular.
Atender ao que vier a ser definido no âmbito do Quadro Nacional de Qualificações e incluir
o envolvimento ativo do setor privado, no âmbito da pretendida revisão curricular, no
sentido de assegurar um efetivo ajustamento das competências adquiridas às reclamadas
pelo mercado de trabalho.
Resultado 2.3 Escolas ETP e centros de formação profissional de nível II/III dotados de
sistemas de gestão adequados e gestores qualificados
36Informação fornecida pelo MESCTI in Programa de atividades do Plano Nacional de Formação e Gestão do Pessoal
Docente de 2019
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Estudo de Base
Relatório Final
Objetivo Específico 3 Facilitar e apoiar a transição dos diplomados do ETFP para o mercado
de trabalho
Resultado 3.1: Desenhada, aprovada e testada uma estratégia de estímulo à integração dos
jovens diplomados no mercado de trabalho, assim como ferramentas práticas e legais de
implementação
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Estudo de Base
Relatório Final
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
8. Nota Metodológica
O Diagnóstico conduzido na secção anterior confirmou a cadeia de resultados proposta pelo
Projeto de Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional em Angola ao mesmo
tempo que permitiu atualizar os seus pressupostos (circunstâncias externas, que não podendo
ser controladas ou influenciados pelo implementador do projeto poderão, de alguma forma,
comprometer a produção dos resultados e a obtenção dos objetivos).
─ Indicadores de output (com respeito aos resultados) que permitirão medir a eficiência do
projeto37. A este nível, de forma a conseguir medir parte da mudança esperada (aquela que
ocorre com a disponibilização dos produtos, bens de capital e serviços), os indicadores de
output deverão traduzir a utilização efetiva dos resultados e não apenas a disponibilização
destes.
Para clarificar o conceito de indicador de output e a sua correta formulação toma-se como
exemplo alguns dos incluídos no Quadro Lógico revisto (secção 9):
37A medição da eficiência inclui, adicionalmente, a análise de indicadores de input (a nível das actividades) – que não
pertencem à Matriz de Enquadramento Lógico- uma vez que o seu conceito pressupõe avaliar o processo de
transformação dos inputs (medido em tempo e custos) em outputs.
80
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
─ Indicadores de resultado (a nível dos objetivos específicos) que permitirão medir a eficácia
do projeto, os efeitos de médio prazo observáveis junto do grupo-alvo decorrentes da
utilização dos outputs/resultados. Estes indicadores deverão permitir medir o benefício que
decorre da utilização efetiva dos resultados.
A cadeia de resultados (também designada por Teoria da Acão) expressa os níveis de controlo
(atividades e resultados) e influência (direta a nível dos objetivos específicos e indireta a nível
dos objetivos globais) do implementador e partes interessadas. A teoria da mudança subjacente
ao programa moldará a ação de acordo:
Indicadores RACER
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
82
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Inquérito de
Indicadores Múltiplos
Objetivo Geral (Impacto)
OG
de Saúde;
Contribuir para a a) 35,6% total
Inquérito de Despesas
redução do nacional (31,9%
a) Proporção dos jovens dos 15 a) Até 2030, reduzir e Receitas e Emprego
desemprego em homens e 37,7%
aos 24 anos não substancialmente a em Angola;
Angola, especialmente mulheres) [2016,
empregados, que não proporção de jovens sem Inquérito ao Emprego
entre os jovens, através Inquérito de
frequentam a escola e não emprego, educação ou em Angola;
da disponibilização de Indicadores
estão em formação formação Relatórios de
capital humano mais Múltiplos e de
monitorização do
empregável e Saúde 2015-2016]
alcance das metas
produtivo/capacitado
estabelecidas pelos
ODS para Angola.
a) Existência de informação
Objetivos Específicos (Realizações)
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
a) % dos diplomados (no a) 50% dos diplomados (no Sistema de Linhas prioritárias de atuação do
ESTP) que concluíram os ESTP) que concluíram os acompanhamento do Programa de promoção da
estágios profissionais, que estágios profissionais, percurso no mercado empregabilidade são concretizadas
a) 0%
se encontram empregados, encontram-se empregados de trabalho dos fomentando assim mais e melhores
OE3 após 1 ano, no domínio e após 1 ano no domínio e nível diplomados e dos oportunidades de estágio e de
Facilitar e apoiar a nível do estágio do estágio formados pelo ETFP apoio à criação de emprego. A par
transição dos do estímulo e do reforço do tecido
diplomados do ETFP empresarial, o referido programa
para o mercado de b) % dos formados (na FP) que b) 50% dos formados (na FP) Sistema de prevê a valorização dos Centros de
trabalho concluíram os estágios que concluíram os estágios acompanhamento do Emprego e CLESE.
profissionais que se profissionais que se percurso no mercado Verbas do Governo para o
b) 0%
encontram empregados, encontram empregados após de trabalho dos funcionamento dos Gabinetes de
após 1 ano, no domínio e 1 ano no domínio e nível do diplomados e dos Inserção na Vida Ativa são
nível do estágio estágio formados pelo ETFP reforçadas.
84
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
85
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
a) Número de órgãos de
R 1.2 a) Em 2022, pelo menos um Diploma de criação e
coordenação entre os
Mecanismos e órgão de coordenação central regulação do(s)
serviços centrais e a) 0
instrumentos e 6 órgãos de coordenação organismo(s) de
provinciais do ESTP e da FP
adequados para provinciais em funcionamento concertação criado(s) Os vários parceiros (MED e
em funcionamento
melhorar a coordenação e atas dos encontros MAPTSS e as Instituições da
e intercâmbios entre os desse(s) mesmo(s) administração central e provincial)
b) Existência de modelo de
Resultados
86
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
privado e processos de b) Até 2021, pelo menos 10 Atas dos encontros Tecido empresarial apresenta
consulta em matéria de b) Número de empresas/parceiros sociais a desse(s) mesmo(s) capacidade para contribuir para
políticas do EFTP e empresas/parceiros sociais participar ativamente a nível organismo diálogo.
b) 0
decisão estratégica a participar nos órgãos central e 6 empresas/
concebidos e consultivos criados parceiros sociais a participar
implementados, e a ativamente a nível provincial
funcionar de forma c) A partir de 2020 1 fórum por
satisfatória a nível c) Número de fóruns e/ou ano em cada uma das 6
central e local seminários sobre a temática províncias, de iniciativa
Relatórios de
do ETFP organizados em c) 0 público-privada, sobre
atividades do Projeto
cada uma das 6 províncias, temáticas sobre a relevância
de iniciativa público-privada do ETFP com conclusões
adotadas pelos parceiros
a) Em 2022, pelo menos 10
R 2.1 a) Número de cursos de ETFP
cursos do ESTP e 10 da FP
Programas de formação nos domínios prioritários do
nos domínios prioritários do
desenvolvidos, RETFOP revistos em Sistemas de
RETFOP revistos, em Tecido empresarial apresenta
implementados e articulação com o setor informação em uso
a) 0 articulação com o setor capacidade para contribuir para
testados com a empresarial e sindical, (MED, MAPTSS e UTG-
empresarial e sindical, diálogo.
participação formal dos integrados no sistema e em PNFQ)
integrados no sistema e em
parceiros do setor funcionamento a nível
funcionamento a nível
Resultados
privado nacional
nacional
a) Número de professores para
a) 450 professores para o ESTP Instituições de ensino e formação
R 2.2 o ESTP dos cursos
dos cursos abrangidos pelo criam ambiente pedagógico e
Professores e abrangidos pelo RETFOP
RETFOP completaram organizacional favorável à
formadores para o que completaram formação
formação inicial organizada Relatórios de aplicação dos conhecimentos
sistema de EFTP inicial organizada segundo o a) 0
segundo o modelo integrado atividades do Projeto adquiridos pelos professores e
adequadamente modelo integrado para
para disciplinas da formadores;
formados e apoiados disciplinas da componente
componente técnica, MED abre concurso para novos
nas suas atividades técnica, tecnológica e
tecnológica e prática quadros docentes para o ESTP.
prática
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
a) % dos formadores de
a) 90% dos formadores de
formadores dos cursos de
formadores dos cursos de FP
FP que completaram ações
que completaram ações de
de formação e Registo das ações dos
formação, desempenharam,
desempenharam, até um a) 0% Centros de Formação
até um ano após a sua
ano após a sua conclusão, de Formadores
conclusão, funções em pelo
funções em pelo menos 2
menos 2 cursos de formação
cursos de formação de
de formadores
formadores
88
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
a) Número de dirigentes de
a) Até 2021, 180 dirigentes de 80
escolas do ESTP e dos
escolas do ESTP e Centros de
Centros de Formação
Formação Profissional de
Profissional de nível II e III que
nível II e III concluem
concluem formação em Relatórios de
a) 0 formação em gestão
gestão organizacional e atividades do Projeto
organizacional e avaliam
avaliam positivamente a
positivamente a sua
formação e a sua
aplicabilidade ao contexto de
aplicabilidade ao contexto de
trabalho
trabalho
Instituições de ensino e formação
b) Até 2022, 100% de criam ambiente pedagógico e
R 2.3 b) % de estabelecimentos de organizacional favorável à
estabelecimentos de ETFP
Escolas ETP e centros ETFP com instrumentos de aplicação dos conhecimentos
com instrumentos de gestão
Resultados
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
90
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Emprego do MAPTSS
perfil).
dotados de c) Número de feiras e jornadas Relatórios de
Tecido empresarial existente opera
instrumentos, de informação sobre a c) Até 2022, 2 feiras e jornadas atividades do Projeto
em sectores de atividade
competências e formas oferta e procura de trabalho de informação sobre a oferta coincidentes com os domínios de
de organização e o emprego organizadas a e procura de trabalho e o intervenção do RETFOP, têm
adequados para nível nacional e provincial c) 0 emprego organizadas a nível interesse, dimensão e capacidade
informar, orientar e pelas comissões nacional e 2 por cada para acolher jovens diplomados.
apoiar a inserção dos permanentes envolvendo província de intervenção do
diplomados do ETFP no organizações públicas e RETFOP
mercado de trabalho privadas
91
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
diplomados do ETFP,
CLESE dispõem de capacidade
bem como as respetivas
(recursos humanos) para apoiar os
famílias e comunidades
negócios criados.
recebem orientações e b) % dos participantes das b) Até 2022, 25% dos
apoio a ações de ações de formação em participantes das ações de
empreendedorismo matéria de formação em matéria de
empreendedorismo, empreendedorismo,
realizadas em cada realizadas em cada província Relatórios de
b) 0%
província de intervenção do de intervenção do RETFOP, atividades do Projeto
RETFOP, cujas candidaturas obtiveram aprovação às suas
para financiamento para a candidaturas para
criação do seu próprio financiamento para a criação
emprego foram aprovadas do seu próprio emprego
92
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Destacam-se como considerações finais, no que respeita aos elementos estruturais do projeto:
Dois domínios de formação nos quais o RETFOP se propõe a intervir não têm atualmente
cursos disponíveis em nenhuma das províncias de intervenção (nem no ESTP nem na FP) faz
recomendar a reavaliação dos mesmos tendo em vista a sua adequação ao contexto atual.
Desta forma ser favorecida a adequada operacionalização das atividades previstas,
nomeadamente, as associadas à formação de professores e à revisão curricular;
93
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Importa, por último, dar nota que a adoção das novas orientações para a formação de
professores podem requerer a extensão do horizonte temporal do projeto que para a sua
exigência era, a priori, ambicioso.
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RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Relatório Final
Anexos
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Estudo de Base
Relatório Final
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Estudo de Base
Relatório Final
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Estudo de Base
Relatório Final
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Estudo de Base
Relatório Final
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CAMÕES-INSTITUTO DA Projeto Revitalização do Ensino Técnico e
COOPERAÇÃO E
DA LÍNGUA, I.P. da Formação Profissional de Angola
Junho 2019 (RETFOP) / Estudo de Base
Documento de apoio à
operacionalização do RETFOP
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Siglas e Acrónimos
ES Ensino Superior
FP Formação Profissional
SIGOF- Sistema de Informação e Gestão da Oferta Formativa – Unidade Técnica de
UTG/PNFQ Gestão do Plano Nacional de Formação de Quadros
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Índice
Siglas e Acrónimos .................................................................................................................................... 3
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Nota Introdutória
O presente documento pretende apoiar a planificação e a posterior implementação das
diferentes atividades do projeto RETFOP, compilando um conjunto de Fichas Informativas sobre
cada uma das seis províncias de intervenção do projeto.
Para um conhecimento mais aprofundado de cada um dos territórios de intervenção, foi
assegurado um retrato da oferta formativa ao nível do Ensino Secundário Técnico Profissional,
da Formação Profissional e do Ensino Superior nos domínios de formação associados aos
domínios e áreas transversais de formação nos quais o RETFOP se propõe a atuar.
De igual forma, se retrata a situação do emprego em cada uma das Províncias permitindo aferir
os setores económicos com maior dinâmica que poderão exigir, num futuro próximo, maior
número de quadros técnicos e para os quais convirá ajustar a oferta de formação.
1. Províncias de Intervenção
Uíge
Luanda
Huambo Moxico
Benguela
Huíla
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Cruzamento entre a categorização de domínios de formação estabelecida pelo PNFQ
e os domínios e áreas de formação nos quais o REFTOP se propõe a atuar
Domínios e áreas de
Domínios PNFQ 1
formação RETFOP
domínios estratégicos de formação deficitários ou sem oferta
Eletrónica Eletrónica
Mecânica Mecânica
Fonte: Plano Nacional de Formação de Quadros 2013-2020, República de Angola, setembro 2012
Do universo de domínios estratégicos identificados pelo PNFQ regista-se que o RETFOP irá
atuar em:
- 8 dos 22 domínios estratégicos de formação deficitários ou sem oferta
- 1 dos 14 domínios estratégicos de formação deficitários com oferta e, em
- 4 dos 6 domínios estratégicos de formação tendencialmente em equilíbrio
De notar que não se regista relação direta (entre o PNFQ e o RETFOP) no que respeita aos
domínios de formação de ‘Gestão de água e dos resíduos’ e de ‘Saúde e segurança no local de
trabalho’.
A identificação de domínios pelo PNFQ, em 2012, ainda que bastante abrangente, dificilmente
poderia ser exaustiva e incluir todos os domínios de formação existentes ou de possível criação.
A sua identificação foi feita à luz das necessidades prioritárias do contexto nacional no qual o
Plano foi redigido. A evolução das necessidades do mercado de trabalho, bem como da
sociedade angolana ditam, naturalmente, a atualização das necessidades de formação sendo
disso exemplo, os referidos domínios identificados como pertinentes em 2015 (no âmbito do
diagnóstico do RETFOP). O processo de reprogramação do PNFQ (em curso) deverá, entre
outras questões, atender à atualização dos domínios de formação.
De notar ainda que, ao contrário do Ensino Secundário Técnico-Profissional (ESTP) (inscrito no
Programa de Ação 2: Formação de Quadros Médios, do PNFQ), a Formação Profissional foi
integrada no PNFQ numa fase posterior. Por esse motivo, a programação da sua oferta formativa
não responde à referida categorização de domínios de formação. O cruzamento direto entre as
1 O PNFQ classificou, em 2012, a oferta formativa em quatro grandes categorias: (i) domínios estratégicos de formação
deficitários ou sem oferta; (ii) domínios estratégicos de formação deficitários com oferta; (iii) domínios estratégicos de
formação potencialmente excedentários e (iv) domínios estratégicos de formação tendencialmente em equilíbrio.
7
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
prioridades do PNFQ para a Formação Profissional e os domínios identificados pelo RETFOP não
é por isso possível.
Tendo em consideração esta limitação, de forma a poder aferir a pertinência dos domínios
RETFOP à luz da atual oferta formativa em cada uma das províncias de intervenção, o Estudo de
Base do projeto RETFOP procurou cruzar os cursos disponíveis 2 com os domínios e áreas de
formação identificados pelo projeto, conforme apresentado no quadro seguinte.
Cruzamento entre os cursos do ESTP e da FP lecionados no ano letivo de 2017 nas seis
províncias de intervenção e os domínios prioritários e áreas transversais de formação do
REFTOP
Domínios prioritários
Cursos ESTP Cursos da FP
RETFOP
Ambiente
Formação Técnica em
Ambiente e Conservação
Canalização
Carpintaria
Carpintaria e Marcenaria
Encarregado de Obras
Fiscalização de Obras
Formação Técnica em Medições Topográficas
Construção civil
Construção Civil Pedreiro
Pedreiro e Ladrilhador
Pintor Estucador
Pintura
Serralharia de construção civil
Soldadura / Soldadura Industrial
Gestão da água e dos resíduos
Pesca industrial
Formação Técnica em
Indústrias das Pescas
Formação Técnica em
Produção agroalimentar Agricultura
Produção Agroalimentar
Saúde animal
Transportes e logística
É com base neste entendimento que são sistematizados, em cada uma das fichas informativas,
o número de cursos, de matriculados/inscritos e de diplomados/formados.
2 Em cada uma das províncias de intervenção, de acordo com os dados disponíveis no SIGOF-UTG/PNFQ.
8
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Número de Institutos Técnicos e Politécnicos públicos e atual oferta formativa do ESTP
nas 6 Províncias de intervenção do RETFOP (ano letivo 2017)
Institutos
Domínios de Formação cobertos pela atual oferta de formação Domínios
Técnicos e
(domínios coincidentes com os domínios de formação do RETFOP RETFOP
Politécnicos
destacados) cobertos
(2017)
Análises Químicas e
Microbiológicas
Formação Técnica em
Economia
Metalomecânica
Eletromecânica
Formação Técnica em
Eletrónica
Produção Agrícola
Energia e Instalações
Formação Técnica em
Elétricas Ambiente
Produção Alimentar
Enfermagem e Técnicas Construção
Formação Técnica em
Auxiliares de Saúde Civil
Produção Industrial e
Estatística Eletricidade
Qualidade
Farmácia Eletrónica
Benguela
Formação Técnica em
Formação Técnica em Telecomunicações Mecânica
12
Ambiente e Conservação Formação Técnica Naval Pesca
Formação Técnica em Gestão de Recursos Humanos
Industrial
Construção Civil Produção
Informática
Formação Técnica em Agroalimentar
Instalação e Gestão de Redes e
Contabilidade e Gestão Técnicas de
Sistemas Informáticos
Financeira Laboratório
Mecânica
Formação Técnica em
Técnicas de Laboratório
Desenho
Tecnologias de Diagnóstico e
Formação Técnica em Gestão
Terapêutica
Comercial e Marketing
Outros domínios não PNFQ
Formação Técnica em
Indústrias das Pescas
Análises Químicas e
Microbiológicas
Economia Formação Técnica em
Enfermagem e Técnicas Produção Agroalimentar
Auxiliares de Saúde Formação Técnica em Gestão Construção
Energia e Instalações Comercial e Marketing Civil
Elétricas Formação Técnica em Eletricidade
Huambo
10
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Institutos
Domínios de Formação cobertos pela atual oferta de formação Domínios
Técnicos e
(domínios coincidentes com os domínios de formação do RETFOP RETFOP
Politécnicos
destacados) cobertos
(2017)
Análises Químicas e
Microbiológicas
Formação em Hotelaria e
Bioquímica
Restauração
Ciências de Educação
Formação Técnica em
Design e Moda
Informação e Animação
Distribuição e Operações
Turística
Logísticas
Formação Técnica em
Economia
Metalomecânica
Eletromecânica
Formação Técnica em
Eletrónica Construção
Produção Industrial e
Energia e Instalações Qualidade
Civil
Elétricas Eletricidade
Formação Técnica em
Enfermagem e Técnicas Eletrónica
Luanda
Telecomunicações
27 Auxiliares de Saúde Mecânica
Geodesia e Topografia
Estatística Transportes e
Gestão de Recursos Humanos
Farmácia Informática
logística
Formação Técnica em Técnicas de
Instalação e Gestão de Redes e
Audiovisuais Laboratório
Sistemas Informáticos
Formação Técnica em Mecânica
Construção Civil
Planeamento e Gestão de
Formação Técnica em Transportes
Contabilidade e Gestão
Técnicas de Laboratório
Financeira
Tecnologias de Diagnóstico e
Formação Técnica em
Terapêutica
Desenho
Outros domínios não PNFQ
Formação Técnica em Gestão
Comercial e Marketing
Análises Químicas e
Microbiológicas
Formação Técnica em Gestão
Economia
Comercial e Marketing
Enfermagem e Técnicas
Gestão de Recursos Humanos
Moxico
Análises Químicas e
Microbiológicas
Economia Formação Técnica em
Energia e Instalações Geologia e Minas
Construção
Elétricas Formação Técnica em Gestão
Civil
Enfermagem e Técnicas Comercial e Marketing
Eletricidade
Auxiliares de Saúde Formação Técnica em
Mecânica
Uíge
11
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
12
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Rede de oferta da FP
De acordo com o Sistema de Informação e Gestão da Oferta Formativa (SIGOF) da UTG-
PNFQ registavam-se, em 2017, nas seis províncias de intervenção um total de 23 Centros
de Formação Profissional sob a alçada do INEFOP. A província de Luanda destaca-se
como a Província com o maior número de Centros de Formação (14), em sentido inverso
registam-se as províncias do Huambo, Huíla e Uíge com apenas 1 Centro, cada uma.
Para além dos referidos centros (sob a alçada do INEFOP) estão ainda sedeados em
quatro das seis províncias de intervenção centros de formação sob a alçada de outros
organismos públicos: 5 centros em Benguela; 2 centros no Huambo; 3 centros na Huíla e 2
centros em Luanda (conforme registado no SIGOF da UTG/PNFQ).
Oferta de Formação da FP
No que respeita à Formação Profissional, não se regista em nenhuma das províncias de
intervenção oferta formativa nos seguintes domínios RETFOP:
- Gestão de água e dos resíduos
- Saúde e segurança no local de trabalho
- Pesca Industrial
- Saúde Animal
- Transportes e Logística
- Ambiente e
- Técnicas de Laboratório
Acresce que, na província do Huambo não se registava em 2017 qualquer oferta
formativa equivalente aos domínios RETFOP.
Apenas a província de Luanda registava cursos de nível III.
Na preparação das atividades do projeto deverá ser ainda atendida a possibilidade de
alguns dos cursos registados no SIGOF como sendo de nível II poderem ser, efetivamente
de nível I. Esta fragilidade foi já identificada em contextos de trabalho anteriores e deverá
ser acautelada pela equipa do projeto a quem aconselhamos que confirme as exigências
de entrada e horas de formação de cada um dos cursos sobre os quais decida intervir.
13
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Número de Centros de Formação Profissional sob a tutela do INEFOP, respetivos cursos e
equivalência com os domínios RETFOP nas 6 Províncias de intervenção do projeto
(ano letivo 2017)
Informática
Canalização Construção Civil
Mecânica-Auto
4 Carpintaria Eletricidade
Pedreiro
Cozinha e Pastelaria Mecânica
Serralharia de Construção Civil
Eletricidade de Baixa Tensão
Huambo
Canalização
Eletricidade de Baixa Tensão
Carpintaria Construção Civil
Huíla
Informática
1 Contabilidade Geral Eletricidade
Mecânica Auto
Corte e Costura Mecânica
Serralharia de Construção Civil
Cozinha e Pastelaria
Encarregado de Obras
Adorno do Lar Doméstico Excel Básico / Excel Avançado
Alfaiataria Corte e Costura (nível III)
Atendimento ao Público Fiscalização de Obras (nível III)
Autocad Frio Comercial
Autocad 2D (nível III) Frio e Refrigeração (nível III)
Cabeleireiro e Barbeiro Frio Industrial (nível III)
Canalização Gestão de Recursos Humanos
Condução-Auto (nível II e III)
Contabilidade e Finanças Hardware (nível II e III)
Contabilidade e Gestão Informática (nível II e III)
Contabilidade Geral Inglês (nível II e III)
Contabilidade Informatizada Massagem e Estética
(nível II e III) Mecânica Auto (nível II e III)
Corte e Costura Mesa e Bar Construção Civil
Luanda
Agricultura
Empreendedorismo Construção Civil
Alfaiataria
Moxico
Informática Eletricidade
Canalização
3 Mecânica-Auto Mecânica
Cozinha e Pastelaria
Pedreiro Produção
Decoração
Pintura Agroalimentar
Eletricidade de Baixa Tensão
1
Eletricidade de Baixa Tensão Serralharia de Construção Civil Eletricidade
Fonte: SIGOF-UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
14
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Oferta dos domínios e áreas transversais de formação RETFOP nas 6 Províncias de
intervenção em 2017
Huambo 9 7 2 11 8 3
15
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Percentagem da população empregada, segundo atividade económica, por província de
intervenção do RETFOP
animal, caça, floresta e
Administração pública
Agricultura, produção
e a retalho; reparação
administrativas e dos
Comércio por grosso
e defesa; segurança
Outras atividades e
serviços de apoio
social obrigatória
armazenagem e
Não declarado
automóveis e
comunicação
Transportes,
Construção
de veículos
motociclos
Atividades
Educação
Província
Indústria
serviços
pesca
Benguela 47,8 1,3 3,8 8,6 3,4 2,9 4,6 2,9 4,6 20,1
Huambo 60,3 0,8 3,2 5,3 2,2 1,8 4,6 1,8 3 16,9
Huila 64 0,7 2,6 4,5 1,5 1,7 4,2 1,7 2,7 16,5
Luanda 2,9 3,4 6,6 9,7 5,9 8,1 8,7 2,4 11,2 41,1
16
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Evolução do número de empresas em atividade nas províncias de intervenção
do RETFOP, entre 2014 e 2017
Benguela 3 0 1 1 1 12 18
Huambo 1 0 1 1 1 4 8
Huila 1 0 1 1 0 7 10
Luanda 4 4 5 0 4 27 44
Moxico 1 0 1 1 0 2 5
Uíge 1 0 1 1 1 5 9
Total 11 4 10 5 7 57 94
Fonte: Relatório Políticas Activas de Emprego - Objectivos e Resultados 2013 – 2017, MAPTSS, julho
2018 e SIGOF-UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
17
RETFOP - Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola
Estudo de Base
Documento de apoio à operacionalização do REFTOP
Fichas Informativas
por Província
Na interpretação dos seguintes dados importa
notar que os dados disponíveis a nível nacional
variam consoante a fonte consultada e que é
notória a ausência de informação exaustiva em
relação a cada uma das instituições de ensino e
formação profissional.
18
Província de Benguela
População: 2 231 385 habitantes (INE:2014)
Geografia: 31 788 Km2 l 10 Municípios
Capital da Província: Benguela
Número de Matriculados
31.560
35000
28.311
30000
25000 21.168
18.258 16.813
20000
15000 12.242 14.747
10.053
8.926
10000
5000
0
2015 2016 2017
Número de Diplomados
5000
4.272
4000 3.419
3000 2.326
1.752 1.946
1.667
2000
1000
0
2015 2016
Província de Benguela
2. Caracterização da oferta formativa no ESTP público | Institutos Técnicos e Politécnicos e Número de Diplomados do ano letivo de 2016 (detalhando
informação para os cursos lecionados por domínio RETFOP)
49 Cursos associados a 8 domínios RETFOP (regime diurno e noturno) lecionados em 9 institutos técnicos e politécnicos públicos, representando um total de
1103 diplomados do ano letivo de 2016
Nos domínios RETFOP lecionados no ESTP público nesta província, o género masculino destaca-se com maior número de diplomados.
Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Província de Benguela
Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Metalomecânica - Pós-Laboral X 53 50 3
Petroquímica - Diurno X 92 42 5-
Aquicultura - Diurno X - - -
Província de Benguela
Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Metalomecânica - Diurno X - - -
Legenda da tabela:
AMB: Ambiente CC: Construção Civil
EL: Eletricidade ELT: Eletrónica
GAR: Gestão de Água e dos resíduos MC: Mecânica
PA: Produção Agroalimentar PI: Pesca Industrial
SA: Saúde e Segurança no local de trabalho Tr.L: Transportes e Logística
Tc.L: Técnicas de Laboratório - Informação indisponível no SIGOF-UTG/PNFQ
Província de Benguela
Formação Profissional
Número de Inscritos
2000 1740
1500 1250
1000
589 634
466 490 419
500
123 215
0
2015 2016 2017
Número de Formados
1600 1467
1400
1200 1008
1000
800
550
600 472 459
365 363
400 187
200 107
0
2015 2016 2017
Província de Benguela
4. Caracterização da oferta formativa do sistema de Formação Profissional público | Centros de Formação Profissional e Número de
formados do ano letivo de 2017 (detalhando informação para os cursos lecionados por domínio RETFOP)
8 Cursos associados a 3 domínios RETFOP lecionados em 3 centros de formação profissional sob a alçada do MAPTSS, representando um total de 214 formados
no ano letivo de 2017
O género masculino destaca-se com maior número de formados.
Legenda da tabela:
AMB: Ambiente CC: Construção Civil
EL: Eletricidade ELT: Eletrónica
GAR: Gestão de Água e dos resíduos MC: Mecânica
PA: Produção Agroalimentar PI: Pesca Industrial
SA: Saúde e Segurança no local de trabalho Tr.L: Transportes e Logística
Tc.L: Técnicas de Laboratório - Informação indisponível no SIGOF-UTG/PNFQ
Província de Benguela
Ensino Superior
Instituições de Ensino
Universidade Cursos Grau académico
Superior
7
Província de Benguela
Atividades administrativas
Comércio por grosso e a
veículos automóveis e
Agricultura, produção
retalho; reparação de
Outras atividades e
armazenagem e
Não declarado
comunicação
Transportes,
Construção
obrigatória
motociclos
Educação
Indústria
serviços
pesca
Benguela 47,8 1,3 3,8 8,6 3,4 2,9 4,6 2,9 4,6 20,1
Fonte: Censo 2014, INE
Benguela 3 0 1 1 1 12 18
Fonte: Relatório Políticas Activas de Emprego - Objectivos e Resultados 2013 – 2017, MAPTSS, julho 2018 e
SIGOF-UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
Nota: assume-se a presença de um Gabinete de Inserção na Vida Activa (GIVA) por cada um dos Institutos
Técnicos e Politécnicos públicos (sob a alçada do MED) registados no SIGOF como estando a lecionar cursos
do ESTP em 2017.
8
Província de Huíla
População: 2 497 422 habitantes (INE:2014)
Geografia: 75 002 Km2 l 14 Municípios
Capital da Província: Lubango
20
16
15
15
11
9
10 8
7 7 7
4
5
0
2015 2016 2017
Número de Matriculados
13327 13016
14000
12000
10000
7762
8000 6485 6842 6720 6296
6000 4481
3281
4000
2000
0
2015 2016 2017
Número de Diplomados
2500 2198
2000
0
2015 2016
Província de Huíla
2. Caracterização da oferta formativa no ESTP público | Institutos Técnicos e Politécnicos e Número de Diplomados do ano letivo de 2016 (detalhando
informação para os cursos lecionados por domínio RETFOP)
11 Cursos associados a 6 domínios RETFOP (regime diurno e noturno) lecionados em 5 institutos técnicos e politécnicos públicos, representando um total de 363
diplomados do ano letivo de 2016
Nos domínios RETFOP lecionados no ESTP público nesta província, o género masculino destaca-se com maior número de diplomados.
Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Legenda da tabela:
AMB: Ambiente CC: Construção Civil
EL: Eletricidade ELT: Eletrónica
GAR: Gestão de Água e dos resíduos MC: Mecânica
PA: Produção Agroalimentar PI: Pesca Industrial
SA: Saúde e Segurança no local de trabalho Tr.L: Transportes e Logística
Tc.L: Técnicas de Laboratório - Informação indisponível no SIGOF-UTG/PNFQ
Província de Huíla
Formação Profissional
Número de Inscritos
1200 1037
1000
785
800 681
568
600 491
356 369
400
217
200 122
0
2015 2016 2017
Número de Formandos
800 700
700 605
600
500 441 448
391
400 288
259
300
157
200 103
100
0
2015 2016 2017
Província de Huíla
4. Caracterização da oferta formativa do sistema de Formação Profissional público | Centros de Formação Profissional e Número de
formados do ano letivo de 2017 (detalhando informação para os cursos lecionados por domínio RETFOP)
4 Cursos associados a 3 domínios RETFOP lecionados em apenas um centro de formação profissional sob a alçada do MAPTSS, representando um total de 170
formados no ano letivo de 2017
O género masculino destaca-se com maior número de formados.
Centro de Formação Profissional Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Canalização X 25 25 -
Centro de Formação Profissional do Electricidade de Baixa Tensão X 78 77 1
1 Lubango
Mecânica Auto X 53 52 1
Serralharia de Construção Civil X 14 14 -
No total Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos 170 168 2
Fonte: SIGOF-UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
Legenda da tabela:
AMB: Ambiente CC: Construção Civil
EL: Eletricidade ELT: Eletrónica
GAR: Gestão de Água e dos resíduos MC: Mecânica
PA: Produção Agroalimentar PI: Pesca Industrial
SA: Saúde e Segurança no local de trabalho Tr.L: Transportes e Logística
Tc.L: Técnicas de Laboratório - Informação indisponível no SIGOF-UTG/PNFQ
Província de Huíla
Ensino Superior
Instituições de Ensino
Universidade Cursos Grau académico
Superior
Engenharia Agronómica Licenciatura
Engenharia em Geologia Licenciatura
Engenharia de Minas Licenciatura
Universidade
Instituto Superior
Mandume Ya Engenharia Mecânica Licenciatura
Politécnico da Huíla
Ndemofayo
Engenharia Eletromecânica Licenciatura
Engenharia Zootecnia Licenciatura
Engenharia Civil Licenciatura
Fonte: SIGOF-UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
Província de Huíla
veículos automóveis e
Agricultura, produção
retalho; reparação de
administrativas e dos
Outras atividades e
serviços de apoio
armazenagem e
Não declarado
comunicação
Transportes,
Construção
obrigatória
motociclos
Atividades
Educação
Indústria
serviços
pesca
Huila 64 0,7 2,6 4,5 1,5 1,7 4,2 1,7 2,7 16,5
Fonte: Censo 2014, INE
Huila 1 0 1 1 0 7 10
Fonte: Relatório Políticas Activas de Emprego - Objectivos e Resultados 2013 – 2017, MAPTSS, julho 2018 e SIGOF-
UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
Nota: assume-se a presença de um Gabinete de Inserção na Vida Activa (GIVA) por cada um dos Institutos
Técnicos e Politécnicos públicos (sob a alçada do MED) registados no SIGOF como estando a lecionar cursos do
ESTP em 2017.
Província de Huambo
População: 2 019 555 habitantes (INE:2014)
Geografia: 34 270 Km2 l 11 Municípios
Capital da Província: Huambo
12
10
8 8 8
8
6
4 4 4
4
2
1 1 1
0
2015 2016 2017
Escolas Comparticipadas Escolas Públicas Escolas Privadas Total
Número de Matriculados
12000
9884
10000 9037
7913
8000
6000 5189
4589 4448 4695 4307
3606
4000
2000
0
2015 2016 2017
Total Matriculados (M) Total Matriculados (F) Total Matriculados (M+F)
Número de Diplomados
1400
1202
1200 1020
1000
800 620
534 582
600 486
400
200
0
2015 2016
Província de Huambo
2. Caracterização da oferta formativa no ESTP público | Institutos Técnicos e Politécnicos e Número de Diplomados do ano letivo de 2016 (detalhando
informação para os cursos lecionados por domínio RETFOP)
7 Cursos associados a 5 domínios RETFOP (regime diurno e noturno) lecionados em 3 institutos técnicos e politécnicos públicos, representando um total de 264
diplomados do ano letivo de 2016
Nos domínios RETFOP lecionados no ESTP público nesta província, o género masculino destaca-se com maior número de diplomados
Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Legenda da tabela:
AMB: Ambiente CC: Construção Civil
EL: Eletricidade ELT: Eletrónica
GAR: Gestão de Água e dos resíduos MC: Mecânica
PA: Produção Agroalimentar PI: Pesca Industrial
SA: Saúde e Segurança no local de trabalho Tr.L: Transportes e Logística
Tc.L: Técnicas de Laboratório - Informação indisponível no SIGOF-UTG/PNFQ
Província de Huambo
Formação Profissional
Número de Inscritos
2500
2133
2000
1598
1500 1227 1235
898
1000 710
371 404 306
500
0
2015 2016 2017
Número de Formados
2500
1909
2000
1359
1500
1041 1107
1000 802
621
500 318 341 280
0
2015 2016 2017
A Província do Huambo não registou em 2016 oferta formativa nos domínios de formação
RETFOP.
Província de Huambo
Ensino Superior
Instituições de Ensino
Universidade Cursos Grau académico
Superior
Faculdade de Ciências Engenharia Agronómica Licenciatura
Agrárias Engenharia Florestal Licenciatura
Província de Huambo
veículos automóveis e
Agricultura, produção
retalho; reparação de
administrativas e dos
Outras atividades e
serviços de apoio
armazenagem e
Não declarado
comunicação
Transportes,
Construção
obrigatória
motociclos
Atividades
Educação
Indústria
serviços
pesca
Huambo 60,3 0,8 3,2 5,3 2,2 1,8 4,6 1,8 3 16,9
Fonte: Censo 2014, INE
Huambo 1 0 1 1 1 4 8
Fonte: Relatório Políticas Activas de Emprego - Objectivos e Resultados 2013 – 2017, MAPTSS, julho 2018 e SIGOF-
UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
Nota: assume-se a presença de um Gabinete de Inserção na Vida Activa (GIVA) por cada um dos Institutos Técnicos e
Politécnicos públicos (sob a alçada do MED) registados no SIGOF como estando a lecionar cursos do ESTP em 2017.
Província de Luanda
População: 6 945 386 habitantes (INE:2014)
Geografia: 18 834 Km2 l 7 Municípios
Capital da Província: Luanda
120 112
106 102
100 87
81 77
80
60
40 25 25 25
20
1 2 2
0
2015 2016 2017
Número de Matriculados
20000
0
2015 2016 2017
Número de Diplomados
Província de Luanda
2. Caracterização da oferta formativa no ESTP público | Institutos Técnicos e Politécnicos e Número de Diplomados do ano letivo de 2016 (detalhando
informação para os cursos lecionados por domínio RETFOP)
75 Cursos associados a 6 domínios RETFOP (regime diurno e noturno) lecionados em 15 institutos técnicos e politécnicos públicos, representando um total de
3362 diplomados do ano letivo de 2016
Nos domínios RETFOP lecionados no ESTP público nesta província, o género masculino destaca-se com maior número de diplomados.
Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Província de Luanda
Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Electromecânica - Diurno X - - -
9 Instituto Médio Politécnico de Cacuaco
Energia e Instalações Eléctricas - Diurno X 292 254 38
Electromecânica - Diurno X - - -
Província de Luanda
Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Província de Luanda
Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Legenda da tabela:
AMB: Ambiente CC: Construção Civil
EL: Eletricidade ELT: Eletrónica
GAR: Gestão de Água e dos resíduos MC: Mecânica
PA: Produção Agroalimentar PI: Pesca Industrial
SA: Saúde e Segurança no local de trabalho Tr.L: Transportes e Logística
Tc.L: Técnicas de Laboratório - Informação indisponível no SIGOF-UTG/PNFQ
Província de Luanda
Formação Profissional
Número de Inscritos
Número de Formados
14000
12.226 12.264
12000
9.931
10000
8000
5.694
6.532 5.948 6.316
6000 5.275
4.656
4000
2000
0
2015 2016 2017
Província de Luanda
4. Caracterização da oferta formativa do sistema de Formação Profissional público | Centros de Formação Profissional e Número de
formados do ano letivo de 2017 (detalhando informação para os cursos lecionados por domínio RETFOP)
48 Cursos associados a 4 domínios RETFOP lecionados em 15 centros de formação profissional sob a alçada do MAPTSS, representando um total de 1327 formados
no ano letivo de 2017
O género masculino destaca-se com maior número de formados.
Centro de Formação Profissional Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Autocad X 26 20 6
Canalização X 24 24 -
Electricidade de Baixa Tensão X 26 26 -
Centro Integrado de Emprego e Formação
1 Electricidade de Manutenção X 35 35 -
Profissional da Cidade do Kilamba
Electrónica X 27 27 -
Encarregado de Obras X 18 17 1
Frio Comercial X 33 31 2
2 Centro Polivalente de Formação Profissional Autocad X 40 36 4
Autocad 2D X 5 4 1
Canalização X 31 30 1
Província de Luanda
Centro de Formação Profissional Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Canalização X 21 21 -
Canalização X 26 25 1
Electrónica X 18 18 -
Centro Integrado de Emprego e Formação
8 Canalização X 21 21 -
Profissional da Samba
9 Centro Polivalente de Formação Profissional Canalização X - - -
Electrónica X 20 20 -
Pedreiro X 33 33 -
Centro Integrado de Emprego e Formação
12 Electricidade-Auto X 51 51 -
Profissional do kilamba kiaxi
Frio Industrial X 28 28 -
13 Centro Polivalente de Formação Profissional
Soldadura Industrial X 46 46 -
Mecânica Auto X 25 25 -
Centro de Formação Profissional São Domingos
14
Sávio
Serralharia de Construção Civil X 19 19 -
Província de Luanda
Centro de Formação Profissional Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Pedreiro X 14 14 -
Refrigeração X 32 32 -
15 Centro Formação Profissional do Cazenga
Soldadura X 35 35 -
Mecânica Auto X 33 33 -
No total Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos 1327 1302 25
Fonte: SIGOF-UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
Legenda da tabela:
AMB: Ambiente CC: Construção Civil
EL: Eletricidade ELT: Eletrónica
GAR: Gestão de Água e dos resíduos MC: Mecânica
PA: Produção Agroalimentar PI: Pesca Industrial
SA: Saúde e Segurança no local de trabalho Tr.L: Transportes e Logística
Tc.L: Técnicas de Laboratório - Informação indisponível no SIGOF-UTG/PNFQ
Província de Luanda
Ensino Superior
Instituições de Ensino
Universidade Cursos Grau académico
Superior
Licenciatura e
Engenharia Civil
Bacharelato
Licenciatura e
Engenharia de Mina
Bacharelato
Engenharia eletrónica e Licenciatura e
Universidade Telecomunicações Bacharelato
Faculdade de Engenharia
Agostinho Neto Licenciatura e
Engenharia Química
Bacharelato
Licenciatura e
Engenharia Mecânica
Bacharelato
Engenharia Eletrotécnica e Licenciatura e
Eletrónica Bacharelato
Fonte: SIGOF-UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
10
Província de Luanda
veículos automóveis e
Agricultura, produção
retalho; reparação de
administrativas e dos
Outras atividades e
serviços de apoio
armazenagem e
Não declarado
comunicação
Transportes,
Construção
obrigatória
motociclos
Atividades
Educação
Indústria
serviços
pesca
Luanda 2,9 3,4 6,6 9,7 5,9 8,1 8,7 2,4 11,2 41,1
Fonte: Censo 2014, INE
Luanda 4 4 5 0 4 27 44
Fonte: Relatório Políticas Activas de Emprego - Objectivos e Resultados 2013 – 2017, MAPTSS, julho 2018 e SIGOF-
UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
Nota: assume-se a presença de um Gabinete de Inserção na Vida Activa (GIVA) por cada um dos Institutos
Técnicos e Politécnicos públicos (sob a alçada do MED) registados no SIGOF como estando a lecionar cursos do
ESTP em 2017.
11
Província de Moxico
População: 758 568 habitantes (INE:2014)
Geografia: 223 023 Km2 l 9 Municípios
Capital da Província: Luena
Número de Matriculados
2500
2000 1655 1534
1354 1405 1493 1471
1500
1000
500
0
2015 2016 2017
Número de Diplomados
600
517
500 438
400 332
314
300 230 208 203 201
200 131
100
0
2015 2016 2017
Província de Moxico
2. Caracterização da oferta formativa no ESTP público | Institutos Técnicos e Politécnicos e Número de Diplomados do ano letivo de 2016 (detalhando
informação para os cursos lecionados por domínio RETFOP)
1 Curso associado a 1 domínio RETFOP lecionado em apenas um instituto técnico e politécnico público, representando um total de 69 diplomados do ano letivo
de 2016, na sua maioria do género masculino.
Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Legenda da tabela:
AMB: Ambiente CC: Construção Civil
EL: Eletricidade ELT: Eletrónica
GAR: Gestão de Água e dos resíduos MC: Mecânica
PA: Produção Agroalimentar PI: Pesca Industrial
SA: Saúde e Segurança no local de trabalho Tr.L: Transportes e Logística
Tc.L: Técnicas de Laboratório - Informação indisponível no SIGOF-UTG/PNFQ
Província de Moxico
Formação Profissional
Número de Inscritos
700 634
577
600
500
384 393
400
316
300 241
193 151 165
200
100
0
2015 2016 2017
Número de Formandos
600 533
500
388
400 323
300 254 256
210
200 134 120 136
100
0
2015 2016 2017
Província de Moxico
4. Caracterização da oferta formativa do sistema de Formação Profissional público | Centros de Formação Profissional e Número de
formados do ano letivo de 2017 (detalhando informação para os cursos lecionados por domínio RETFOP)
5 Cursos associados a 4 domínios RETFOP lecionados em apenas um centro de formação profissional sob a alçada do MAPTSS, representando um total de 45
formados no ano letivo de 2017, todos eles do género masculino.
Centro de Formação Profissional Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Agricultura X - - -
Canalização X - - -
Centro de Formação Profissional Dr.
1 Electricidade de Baixa Tensão X 20 20 -
António Agostinho Neto
Mecanica-Auto X 13 13 -
Pedreiro X 12 12 -
No total Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos 45 45 -
Fonte: SIGOF-UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
Legenda da tabela:
AMB: Ambiente CC: Construção Civil
EL: Eletricidade ELT: Eletrónica
GAR: Gestão de Água e dos resíduos MC: Mecânica
PA: Produção Agroalimentar PI: Pesca Industrial
SA: Saúde e Segurança no local de trabalho Tr.L: Transportes e Logística
Tc.L: Técnicas de Laboratório - Informação indisponível no SIGOF-UTG/PNFQ
Província de Moxico
Ensino Superior
Instituições de Ensino
Universidade Cursos Grau académico
Superior
Província de Moxico
Atividades administrativas
Comércio por grosso e a
veículos automóveis e
Agricultura, produção
retalho; reparação de
Outras atividades e
armazenagem e
Não declarado
comunicação
Transportes,
Construção
obrigatória
motociclos
Educação
Indústria
serviços
pesca
Moxico 1 0 1 1 0 2 5
Fonte: Relatório Políticas Activas de Emprego - Objectivos e Resultados 2013 – 2017, MAPTSS, julho 2018 e SIGOF-
UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
Nota: assume-se a presença de um Gabinete de Inserção na Vida Activa (GIVA) por cada um dos Institutos
Técnicos e Politécnicos públicos (sob a alçada do MED) registados no SIGOF como estando a lecionar cursos do
ESTP em 2017.
Província de Uíge
População: 1 483 118 habitantes (INE:2014)
Geografia: 58 698 Km2 l 16 Municípios
Capital da Província: Uíge
7
6 6
6
5 5 5
5
4
4
3
2
1 1 1
1
0
2015 2016 2017
Número de Matriculados
6000 5554
4794
5000
4000 3329 3116
2789
3000 2438
2004 2005
2000 1325
1000
0
2015 2016 2017
Número de Diplomados
800 731
700
556
600
433 442
500
400 289
300
200 123
100
0
2015 2016
Província de
Uíge
2. Caracterização da oferta formativa no ESTP público | Institutos Técnicos e Politécnicos e Número de Diplomados do ano letivo de 2016 (detalhando
informação para os cursos lecionados por domínio RETFOP)
1 Curso associado a 1 domínio RETFOP lecionado em apenas 1 instituto técnico e politécnico público (não estão inseridos no SIGOF-UTG-PNFQ dados relativos ao
número de diplomados de 2016).
Legenda da tabela:
AMB: Ambiente CC: Construção Civil
EL: Eletricidade ELT: Eletrónica
GAR: Gestão de Água e dos resíduos MC: Mecânica
PA: Produção Agroalimentar PI: Pesca Industrial
SA: Saúde e Segurança no local de trabalho Tr.L: Transportes e Logística
Tc.L: Técnicas de Laboratório - Informação indisponível no SIGOF-UTG/PNFQ
Província de Uíge
Formação Profissional
Número de Inscritos
100
43
50 31 28
0
2015 2016 2017
Número de Formados
250 215
187
200 173
155 163
150 132
100
42
50 23 24
0
2015 2016 2017
Província de Uíge
4. Caracterização da oferta formativa do sistema de Formação Profissional público | Centros de Formação Profissional e Número de
formados do ano letivo de 2017 (detalhando informação para os cursos lecionados por domínio RETFOP)
3 Cursos associados a 3 domínios RETFOP lecionados em apenas um centro de formação profissional sob a alçada do MAPTSS, representando um total de 116
formados no ano letivo de 2017, na sua grande maioria do género masculino.
Centro de Formação Profissional Públicos Cursos relevantes AMB CC EL ELT GAR MC PA PI SA SS Tr.L Tc.L Total H M
Canalização X 20 20 -
1 Centro Formação Profissional 1º de Maio Electricidade de Baixa Tensão X 85 84 1
Serralharia de Construção Civil X 11 11 -
No total Institutos Técnicos e Politécnicos Públicos 116 115 1
Fonte: SIGOF-UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
Legenda da tabela:
AMB: Ambiente CC: Construção Civil
EL: Eletricidade ELT: Eletrónica
GAR: Gestão de Água e dos resíduos MC: Mecânica
PA: Produção Agroalimentar PI: Pesca Industrial
SA: Saúde e Segurança no local de trabalho Tr.L: Transportes e Logística
Tc.L: Técnicas de Laboratório - Informação indisponível no SIGOF-UTG/PNFQ
Província de Uíge
Ensino Superior
Instituições de Ensino
Universidade Cursos Grau académico
Superior
Engenharia Hidráulica Licenciatura
Província de Uíge
veículos automóveis e
Agricultura, produção
retalho; reparação de
administrativas e dos
Outras atividades e
serviços de apoio
armazenagem e
Não declarado
comunicação
Transportes,
Construção
obrigatória
motociclos
Atividades
Educação
Indústria
serviços
pesca
Uíge 1 0 1 1 1 5 9
Fonte: Relatório Políticas Activas de Emprego - Objectivos e Resultados 2013 – 2017, MAPTSS, julho 2018 e SIGOF-
UTG/PNFQ, consultado em novembro de 2018
Nota: assume-se a presença de um Gabinete de Inserção na Vida Activa (GIVA) por cada um dos Institutos
Técnicos e Politécnicos públicos (sob a alçada do MED) registados no SIGOF como estando a lecionar cursos do
ESTP em 2017.