Introdução A Sistemas Operacionais
Introdução A Sistemas Operacionais
Introdução A Sistemas Operacionais
Introdução a
sistemas operacionais
• Tipos
• Estrutura
informática 1 capítulo 2
2.1. Tipos
Para entender a estrutura de um sistema operacional, precisamos estudar
cada item que o compõe. Ou seja, temos de saber como o sistema funciona Monotarefa: são sistemas operacionais que conseguem processar apenas uma Figura 10
internamente, qualquer que seja ele. Para gerenciar todo o hardware do PC, instrução de cada vez. Não conseguem processar várias informações ao mesmo O rendimento
um sistema operacional precisa compreender cada peça do computador e a tempo nem executar mais de um programa simultaneamente. Um exemplo de de um trabalho
função de cada um dos componentes para poder fazer a conexão entre eles. sistema operacional monotarefa é o MS-DOS. Com ele o usuário consegue exe- em grupo.
Assim oferecerá o melhor desempenho, com aproveitamento de todos os re- cutar somente um comando de cada vez e precisa esperar que esse comando seja
cursos disponíveis. finalizado para digitar outro (figura 8).
Basicamente, existem três tipos de sistema operacional: monotarefa, multitarefa Multitarefa: são sistemas operacionais que conseguem processar várias instru-
e múltiplos processadores. ções ao mesmo tempo e executar diversos programas simultaneamente. Nesse
caso, podemos ter também sistemas operacionais multiusuários, que permitem
Figura 8 que o usuário se conecte à máquina e execute comandos de forma concorrente.
Dona de casa Exemplos de sistemas operacionais multitarefas: Windows 95, 98, NT, XP e Vis-
dedicada a um ta, MacOS-X e Linux (figura 9).
só trabalho.
Múltiplos processadores: são sistemas operacionais que conseguem gerenciar
mais de um processador ao mesmo tempo. Nesse caso, o sistema, necessariamen-
Figura 9 te, também é multitarefa, pois deve ter capacidade de processar várias instruções
Dona de casa ao mesmo tempo e, assim, poder enviá-las alternadamente para cada processador.
dividida entre Esse terceiro tipo de sistema operacional é o que possui melhor desempenho.
duas tarefas Seus dois processadores permitem trabalhar com mais instruções simultâneas
simultâneas. do que conseguem os sistemas com um único processador. Exemplos de siste-
mas operacionais com suporte a múltiplos processadores: Windows XP e Vista,
MacOS-X e Linux (figura 10).
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informática 1 capítulo 2
Figura 11
vantagens. O Software Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) é o principal
Diferentes
responsável pelo gerenciamento de todas as Bases de Dados do servidor de
sistemas e banco de dados (figura 14).
seus diversos
aplicativos. Servidor Proxy: é como um gateway na rede, com alguns recursos a mais,
como cache (armazenamento das últimas páginas acessadas para melhorar o
desempenho da rede) e registro (memoriza uma lista dos sites acessados pelos
usuários, horário, datas etc.) (figura 15). Ele faz a intermediaçao entre o usuário
e os sites que ele acessa.
Servidor de arquivos: guarda todos os arquivos dos usuários (figura 16) e permi-
te que essas informações sejam acessadas quando necessário, sem que seja preciso
guardar tudo em CD ou pen drives.
Servidor de domínio: controla usuários e senhas de uma rede. Permite que al-
guém utilize uma máquina qualquer na rede e tenha à disposição suas configu-
rações e arquivos salvos anteriormente (figura 18). Também possibilita bloqueio
Então, sistemas operacionais para desktop são aqueles desenvolvidos para faci- de recursos a usuários com menor privilégio, como estagiários ou atendentes, e
litar a vida de usuários domésticos ou funcionários de empresas, em suas esta- libera os recursos aos administradores. Todo servidor precisa de um sistema ope-
ções de trabalho. Entre suas características mais importantes está a de ter uma racional adequado, pois tem características diferentes dos computadores de mesa
interface amigável para o usuário, tentando deixar ferramentas e aplicativos a ou dos laptops. Normalmente os servidores têm processadores com mais núcleos
sua disposição. Exemplos de sistemas operacionais para desktop: Windows 95,
Significa “código 98, XP e Vista, MacOS-X e Linux (figura 11). Figura 12
aberto” e se refere Servidores de
a sistemas como A vida das empresas desenvolvedoras de sistemas operacionais e das comunidades rede de última
os softwares OpenSource, porém, não se limita a orbitar em torno dos usuários domésticos, geração.
livres, Linux. pessoas que utilizam o computador para digitar textos, navegar na internet, ela-
borar planilhas e jogar. Esse é apenas um dos focos desses empreendimentos. O
outro é o ramo de sistemas para servidores de rede (figura 12).
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INFORMáTICA 1 CAPíTuLO 2
Figura 16
Dados
armazenados
e acessíveis.
Figura 17
Servidor de backup
Figura 13
Laboratório
com servidor Figura 14
de conexão. Interligação de
computadores com
um mainframe.
Figura 18
Figura 15 Servidor de
Recursos de um domínio que exige
servidor Proxy. o logon de acesso.
e mais memória RAM. Então, têm de ter um kernel (gerenciador) que atue da colunas de concreto. Mentalize, agora, o corpo de um ser humano que tem
maneira mais adequada. Além disso, servidores não são utilizados por pessoas como estrutura o esqueleto. O sistema operacional também possui partes que
diariamente, do modo como fazem os usuários domésticos. Eles são acessados formam sua estrutura, e vamos conhecê-las agora.
remotamente pelos administradores da rede. Por isso, em geral não precisam de
interface gráfica, diminuindo, assim, a necessidade de recursos que seriam pouco 2.2.1. Núcleo (kernel)
Exemplos desse usados. Como têm mais placas de rede instaladas, devem proporcionar um ge-
tipo de sistema renciamento eficiente de conexões e oferecer ferramentas para que o administra- A parte mais importante do sistema operacional é o seu núcleo. Aí estão todas
operacional: dor execute esse trabalho com eficiência. as instruções necessárias para o gerenciamento do hardware do computador e
Windows NT, 2000, das tarefas que o usuário quer que o sistema realize. A maioria dos sistemas
2003, 2008, Linux, Sistemas operacionais para servidores de rede: têm características peculiares operacionais também vem acompanhada de outros aplicativos, como editores
FreeBSD, OpenBSD, porque precisam gerenciar maiores quantidades de memória RAM e de periféri- de texto e calculadora; de diferentes tipos de utilitários, como compiladores ou
NetBSD, MacOS-X cos, como placas de rede. Também devem oferecer suporte a auditorias (registrar configuração de som e de vídeo; e de outros comandos que podem ser utilizados
Server, Solaris, o que cada usuário fez, em que dia e a que hora) e ao gerenciamento de usuários para gerenciar o próprio sistema operacional.
SunOS etc. e grupos de usuários.
O núcleo também tem função de gerenciar o uso da memória, do processador,
2.2. Estrutura da rede e dos dispositivos de entrada e saída (drives de disquete, CD, DVD e HD
– sigla em inglês para hard disk, ou disco rígido) pelos programas. Nós não po-
Todo sistema operacional tem características comuns, independentemente demos interagir diretamente com o núcleo do sistema operacional. Para solicitar
do fabricante ou da versão. É preciso conhecê-las para entender o funciona- qualquer atividade ao sistema operacional, temos de contar com algum programa
mento do recurso. Imagine um prédio cuja estrutura é formada por pilares e (aplicativo ou utilitário) ou com uma linguagem de comandos.
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INFORMáTICA 1 CAPíTuLO 2
Figura 19
realizar tudo: as pesquisas, os cálculos, a digitação etc. Mas, se o professor pedir
O trabalho em
que o trabalho seja em grupo, o panorama fica bem melhor (figura 19). Significa
grupo é um que cada um dos componentes da equipe vai se responsabilizar por uma tarefa
processo e cada para que, no final, o resultado seja o trabalho pronto. Fazendo uma analogia, o
pessoa do grupo é trabalho seria o processo e cada pessoa do grupo, uma thread.
um thread.
Alguns sistemas operacionais utilizam, em vez de threads, subprocessos, o que
seria quase a mesma coisa. A diferença é que, nas threads, a mesma memória alo-
cada para o processo é compartilhada por todas as threads, independentemente
do número delas. Isso não acontece com os subprocessos, que precisam pegar um
pouquinho de memória RAM para cada um. Para entender bem esse diferencial,
basta voltar à mesma analogia do trabalho escolar. Se cada aluno do grupo pre-
cisa de um computador para fazer seu trabalho, há subprocessos. Mas, se todos
utilizam o mesmo computador para fazer o trabalho todo, cada um na sua vez,
temos threads.
Um bom exemplo disso é imaginar que o seu professor lhe pediu que fizesse um
trabalho escolar muito grande. Se for fazer sozinho, você é o processo. Terá de
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