Curso de Ética e Bioética - APOSTILA
Curso de Ética e Bioética - APOSTILA
Curso de Ética e Bioética - APOSTILA
ÉTICA E
LEGISLAÇÃO EM
ENFERMAGEM
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OBJETIVOS DA DISCIPLINA:
▪ Proporcionar uma visão crítica e reflexiva sobre os conceitos e princípios de filosofia, ética e
bioética, discutindo suas implicações para a prática clínica, de ensino e pesquisa na área de
saúde, especialmente em Enfermagem.
▪ Reconhecer e analisar instrumentos éticos que orientam a prática profissional da enfermagem.
▪ Identificar e analisar temas da bioética relativos à profissão.
▪ Analisar a conduta profissional da equipe de enfermagem com base nos princípios éticos e
legais.
▪ Desenvolver a crítica e a reflexão como condições para assunção de condutas éticas e
humanização na enfermagem.
▪ Conhecer a legislação sobre a profissão e as entidades de classe.
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UNIDADE 1
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
FILOSOFIA (do grego , philosophia, literalmente «amor pela sabedoria» ) é o estudo das
questões gerais e fundamentais relacionadas com a natureza da existência humana; do
conhecimento; da verdade; dos valores morais e estéticos; da mente; da linguagem, bem como
do universo em sua totalidade.
FILOSOFIA
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Ética e Bioética
São conceitos que têm vindo a ser desenvolvidos ao longo dos últimos tempos,
principalmente no que concerne à sua íntima ligação com o cuidado de enfermagem,
que identificamos com a nossa prática profissional.
ENFERMAGEM
Todos os dias de nossas vidas, nossas relações pessoais e profissionais, nossas atitudes, são
moldadas por idéias e conceitos que “moram” dentro de nós.
A ÉTICA
Aparece por meio de nossas ações e atitudes, as quais são classificadas como “boas” ou
“ruins” pela sociedade.
Vivemos em uma sociedade que admite como certo um código de valores que é
reconhecido e legitimado por outras sociedades que, como a nossa, sofreram influências
dos nossos colonizadores e filósofos gregos.
A Ética tem por objetivo facilitar a realização das pessoas. Que o ser humano chegue a realizar-
se a si mesmo como tal, isto é, como pessoa. (...) A Ética se ocupa e pretende a perfeição do ser
humano.
MORAL
Conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para
qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada.
"A Moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas."
Augusto Comte (1798-1857),
ÉTICA E MORAL
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Confundem-se muitas vezes, todavia, são duas coisas distintas.
A ética é o aspecto científico da moral, pois tanto a ética como a moral, envolve a
filosofia, a história, a psicologia, a religião, a política, o direito, e toda uma estrutura
que cerca o ser humano.
Isto faz com que o termo ética necessita ter, em verdade, uma maneira correta para ser
empregado, quer dizer, ser imparcial, a tal ponto a ser um conjunto de princípios que
norteia uma maneira de viver bem, consigo próprio, e com os outros.
VALORES
São as normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por indivíduo, classe,
sociedade, etc.
Os valores e as regras do bem agir variam de lugar para lugar e se modificam ao longo
do tempo.
Ex.: relações conjugais.
Podemos observar que as leis são pensadas, escritas e entram em vigor sempre depois
que uma determinada situação já se estabeleceu socialmente.
AMBIÇÃO E ÉTICA
Podemos definir ambição como sendo tudo o que você pretende fazer na vida.
São seus objetivos, seus sonhos, suas resoluções.
Já a ética aponta os limites que você se impõe na busca de sua ambição.
Na maioria das vezes decidimos nossa ambição antes de nossa ética, quando o certo
seria o contrário.
Quando a ambição passa por cima da ética como um rolo compressor, o resultado é o
que podemos acompanhar nos noticiários que ocupam as manchetes em nosso país.
É preciso estabelecer um limite para nossa ambição, não nos permitindo, em hipótese
alguma, violar a ética para satisfação pessoal,em detrimento do coletivo.
A CONDUTA ÉTICA
Mas... Tudo aquilo que fazemos exige responsabilidade ética, que ultrapassa a
capacidade e a competência técnica do fazer em saúde.
POR ISSO...
É importante que a prática profissional, parta de uma visão de mundo que valorize a
vida, as palavras e as relações humanas.
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PRECONCEITO
Conceito antecipado, isto é, uma opinião formada sobre algo ou alguém, sem um
fundamento aceitável.
ÉTICA
UM DESAFIO DE TODOS NÓS.
Bioética
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Bioética: Ética para as ciências da vida.
DEONTOLOGIA
Surge das palavras gregas “déon, déontos” que significa dever e
“lógos” que se traduz por discurso ou tratado.
Tratado dos deveres.
É o estudo dos princípios, fundamentos e sistemas de moral.
Ética Profissional
Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um juramento que significa
sua adesão e comprometimento com a categoria profissional em que formalmente
ingressa.
PONTOS DE ÉTICA
Respeite todas as confidencias que seus pacientes lhe fizerem durante o serviço.
Jamais comente em público durante as horas de folga, qualquer incidente ocorrido no
hospital nem de informações sobre seu doente. Qualquer pergunta que lhe for feita
sobre os cuidados que ele recebe, bem como de suas condições atuais e prognosticas,
por seus familiares, deverá ser relatada ao supervisor.
Evite maledicências-jamais critique seu supervisor ou seus colegas de trabalho na
presença de outros funcionários ou dos enfermos.
Respeite sempre a intimidade de seus pacientes. Bata de leve á porta antes de entrar no
quarto. Cubra-o antes de executar qualquer posição. Cuide para que haja sempre lençóis
disponíveis para exames e posições terapêuticas.
A ficha do paciente contém informação privada e deve ser guardada. Apenas as pessoas
diretamente envolvidas no seu atendimento podem ter acesso a ela.
Demonstre respeito por seus colegas de trabalho em qualquer ocasião. Sejam leais a
seus chefes. Trate-os assim como a seus pacientes, pelo sobrenome, em sinal de
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respeito. Nunca recorra a apelidos, doenças ou número de quarto para se referir aos
doentes.
Aceite suas responsabilidades de bom grado. Antecipe-se ao chamado do paciente;
procurando adivinhar-lhe as necessidades. É importante que você não exceda
suas responsabilidades nem sua habilidade. Conheça bem seu trabalho.
As profissões
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Elaboram códigos com a intenção de fornecer elementos para o pensar e agir diante de
si e do outro.
O CÓDIGO
Foi definido pelos enfermeiros com base no compromisso que eles têm com a
sociedade, a qual os reconhece como pessoas técnicas, científicas e humanamente
capazes de desempenhar um determinado conjunto de funções.
Além do código de ética, o exercício profissional é limitado pelo Código Penal
Brasileiro, que, se relaciona ao profissional como cidadão.
IMPERÍCIA
Refere-se à falta de conhecimento técnico científico para a realização de determinada
ação.
NEGLIGÊNCIA
Descuido e/ou desatenção na realização de uma atividade.
Ex.: Administrar medicação ao paciente errado.
IMPRUDÊNCIA
Está relacionada à precipitação, ou seja, à realização de ações de enfermagem sem
cautela, não respeitando as normas de segurança.
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Unidade 2
O TRABALHO
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É bom lembrar que nos tempos antigos, o trabalho não era visto com bons olhos.
Entre eles, trabalho era atividade apenas de escravos e pobres. Somente a partir do
século XIV é que passou a ter o sentido que empregamos hoje em nossos dias, ou seja, o
exercício material ou intelectual para fazer ou conseguir alguma coisa, o esforço, a
labutação, a lida, a luta.
Na revolução industrial a jornada era de 14 h ao dia. Havia muitas punições
físicas e acidentes.
É uma lei natural.
Necessidades e prazeres = trabalho
A civilização obriga o homem a trabalhar cada vez mais.
È um meio de aperfeiçoar sua inteligência. Na natureza tudo trabalha.
O homem com bens suficientes também deve trabalhar ser útil aos seus
semelhantes e ao planeta.
Portanto o trabalho possibilita:
- a conservação do corpo e
- o desenvolvimento do pensamento.
O repouso
Depois do trabalho, também é uma lei natural.
Duas finalidades:
- reparar as forças do corpo
- dar liberdade à inteligência.
O trabalhador é a peça fundamental na promoção de sua própria saúde.
Aquele cuja existência dependa do seu labor deve encontrar em que se ocupar –
o que nem sempre ocorre.
Quando a suspensão do trabalho se generaliza = flagelo, miséria.
A ciência econômica busca a solução no equilíbrio entre a produção e o
consumo. Além desse equilíbrio, a educação como um conjunto de hábitos adquiridos
também deve ser vista como um dos elementos de solução.
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Durante esses intervalos o trabalhador não deve viver menos.
AUTO-REALIZAÇÃO
Realização do
seu próprio potencial
Autodesenvolvimento
ESTIMA
Autoconfiança, reputação
SOCIAIS
Aceitação, amizade, pertencer ao grupo.
SEGURANÇA
Proteção sua e da família, estabilidade no emprego.
FISIOLÓGICAS
Sobrevivência, alimentação, roupa e moradia.
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AÇÃO CORRETA NO TRABALHO
Para alcançarmos a ação correta no trabalho (o topo da pirâmide), devemos
superar:
O egoísmo
A impaciência
A ambição
O desejo de recompensa.
Praticar a auto-observação.
Estudar as relações de causa e efeito.
Identificar as ações que nos aproximam ou afastam de nossas metas.
Praticar o perdão.
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Nós temos necessidades de estarmos com os outros.
• O histórico e a vivência de experiências fazem as diferenças entre as pessoas.
• Relacionarmos bem é requisito fundamental no mundo de hoje.
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• Cuidar da higiene, apresentação pessoal e postura.
• Atender prontamente.
• Ouvir atentamente.
• Perguntar quando não entender.
• Controlar as reações emocionais: raiva, tristeza, medo.
• Manter-se bem informado.
• Compreender o próximo e colocar-se no lugar dele = empatia.
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1) Agir! O dinheiro vai entrar quando você fizer a coisa certa. Vá em frente e
faça aquilo que você realmente quer fazer.
2) O dinheiro tem suas regras próprias: fluxo de caixa; orçamentos; poupança;
empréstimos. Nunca esbanje o dinheiro; não seja perdulário.
3) O dinheiro é um sonho. É em si mesmo pura fantasia. As pessoas que
consideram o dinheiro como algo real ou tangível vivem na ilusão de que sua realidade
vai mudar quando tiverem muito dinheiro.
4) O dinheiro é um pesadelo que se traduz muitas vezes em prisão, roubo, medo
da pobreza. Mais de 80% das pessoas condenadas à prisão não sabem como lidar com o
dinheiro. Também é um pesadelo para as pessoas que herdaram muito dinheiro.
5) Nunca se deve jogar dinheiro fora. O dinheiro flui através de certos canais,
como a eletricidade flui através dos fios.
6) Nunca se deve receber dinheiro como um simples presente. Quem dá ou
empresta dinheiro deve exigir que ele seja utilizado de forma satisfatória por quem o
recebe.
7) Existem universos valiosos que não podem ser adquiridos com dinheiro. Por
exemplo: a arte, a poesia, a música, o amor.
TRABALHO DE EQUIPE
Definição:
• Grupo de dois ou mais indivíduos interagindo de forma adaptativa,
interdependente e dinamicamente voltados para um objetivo comum e
apreciados por todos.
Autonomia relativa
interdisciplinaridade
horizontalidade
flexibilidade
criatividade
Interação comunicativa
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. Não existe efetivo trabalho em equipe sem um plano comum ou “projeto
assistencial” previamente definido pelos membros da equipe em livre discussão
sobre quais são os problemas e quais devem ser os objetivos da ação coletiva.
BENEFÍCIOS
Dificuldades e Problemas
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• A troca de informações na equipe de saúde é necessária, mas deve ser limitada
àquelas informações que cada profissional precisa para realizar suas atividades
em benefício do cuidado do paciente.
O trabalho de equipe
• Precisa ser entendido como um trabalho de parcerias.
• Numa equipe, todos têm uma função importante que será realizada da melhor
forma possível, na medida em que os profissionais estejam integrados.
A integração
• É um ideal que visa não só a criar laços de solidariedade entre os diversos
trabalhadores, mas também entre as diversas formas de trabalho, com seus graus
variáveis de autonomia e de interdependência.
• Uma equipe de saúde trabalha bem, quando integra os papéis de seus membros.
• A integração é sempre muito proveitosa e não pode ser confundida com a
sujeição de um membro da equipe por outro.
O TRABALHO EM EQUIPE
Não dispensa uma hierarquia
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• Lembro aqui, a necessidade de diálogo e de respeito entre as pessoas que
trabalham juntas.
• É dever de todos nós trabalhadores, contribuir para que nosso ambiente de
trabalho seja agradável e acolhedor.
PARA ISSO...
• É preciso que nos olhemos mais e nos escutemos mais.
• A parceria é importante para entender melhor o trabalho que vamos realizar e
para reafirmar uma cumplicidade solidária, diante de situações de tensão, de
tristezas e de alegrias, experimentadas no dia a dia de nosso trabalho.
• Principalmente porque o que nos une é estar lidando tão de perto com o
sofrimento humano.
Estresse
Conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica,
infecciosa e outras, capazes de perturbar-lhe o equilíbrio (homeostase).
Quando uma agressão passa a exercer uma pressão constante sobre o sistema
nervoso central, é o inicio do estresse, um mecanismo de defesa do corpo. O sistema
nervoso autônomo (SNA) libera a descarga de hormônios no sangue-sobretudo de
noradrenalina, um excitante-que aciona o estado de alerta no organismo e altera o seu
equilíbrio interno. O resultado é alguém mais vigilante, mas com menor concentração
para o trabalho intelectual.
Persistindo a situação, o organismo se sobrecarrega tentando adequar-se a esse
agente agressor. É a fase de resistência ao estresse, resultado do prolongamento desse
estado de alerta, nunca desativado. Aumentam ainda as descargas de adrenalina (um dos
hormônios ligado ao medo, à raiva e à ansiedade) pelo sistema nervoso simpático e de
cortisol (produzido pelas supra-renais, sob comando da hipófise) na corrente sanguínea.
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Entre o Estresse e a Tensão Criadora
Pessoas pequenas passam a vida inteira preocupadas com problemas pequenos.
Pessoas grandes ocupam-se de grandes problemas.
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Em síntese:
A contradição fundamental que leva ou não ao estresse se dá na luta entre 2
atitudes:
Controlar a vida, ou
Aprender com ela.
As empresas modernas estão descobrindo que não há uma linha divisória que
separe a vida pessoal da vida profissional dos seus funcionários.
Avaliando a Tranquilidade
O estresse ocorre quando os circuitos energéticos da nossa vida ficam
desarmônicos, no plano físico, emocional ou mental. A tensão criadora, em
compensação, ocorre quando estamos bem motivados, nossa consciência está tranqüila e
o saldo energético é positivo. A seguir, algumas perguntas que nos ajudam a identificar
se nossa vida atual está suficientemente serena. Se você der respostas positivas a uma
ampla maioria das perguntas, há uma boa cota de paz interior em sua vida. Caso
contrário examine como poderá eliminar ou neutralizar alguns focos de tensão inútil.
1. Na relação com as outras pessoas, você tem facilidade para dizer o que
deseja?
2. Tem tranquilidade para dizer não quando isto é necessário?
3. Está razoavelmente satisfeito com sua situação financeira?
4. Consegue olhar com bom humor as dificuldades da vida?
5. Sua vida é interessante? É estimulante?
6. Você tem uma dose razoável de otimismo?
7. Você gosta do seu corpo?
8. Gosta das pessoas mais próximas a você, no trabalho e em casa? Tem prazer
em cultivar essas relações?
9. Você faz uma quantidade razoável de exercícios? Pratica esporte?
10. Tem uma dieta equilibrada?
11. Você brinca com crianças? Convive com os animais e a natureza?
12. Tem prazer em ajudar os outros em pequenas coisas? Dá a si mesmo tempo
necessário para ser gentil com as pessoas?
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13. Avaliando sua vida, você pode dizer honestamente que está em paz com sua
consciência?
14. Sente que as experiências no trabalho e no convívio com as pessoas são
fontes de aprendizado constante? Sua relação com a vida é a de um pesquisador ou
aprendiz?
15. Tem como uma das suas metas pessoais, aumentar gradualmente a qualidade
da sua vida, tanto física como emocional e mentalmente?
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pessoas e sentir-se vinculado a um esforço fraternidade e aprendizagem recíproca
em equipe. nas relações familiares, no amor, no
trabalho e na busca da verdade eterna.
A diferença básica entre a tensão criadora (+) e o estresse que destrói (-) é a
intenção do sujeito.
Quando o indivíduo formulou o desafio ou pelo menos aceitou a enfrentá-lo = a
tensão é criativa.
Quando a pessoa não formulou o desafio, não aceitou a luta, nem sabe como
enfrentar os obstáculos = estresse.
A regra de ouro continua sendo fazer aos outro o que se espera que façam
conosco.
Como superá-los?
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1. Querer ardentemente vencer os obstáculos e ser o responsável pelo seu
próprio destino.
2. Materializar esta vontade em um propósito definido.
3. Ação constante e adequada para atingir o objetivo.
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UNIDADE 3
ÉTICA E HUMANIZAÇÃO
HUMANIZAR
A razão e o sentido de uma intervenção humanizada trarão em seu cerne uma nova
visão de instituição de cuidados.
ENTÃO...
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O acolhimento
• Consiste na humanização das relações entre trabalhadores e serviço de saúde
com seus usuários, entendida como essencial ao processo de co-produção da
Saúde, sob os princípios orientadores do SUS (universalidade, integralidade e
equidade).
Nosso trabalho está a todo o tempo submetido às tensões causadas entre o que o usuário
espera, e o que os serviços de saúde são capazes de oferecer
• E nós?
• Estamos satisfeitos com o que oferecemos?
São comuns nas instituições normas e regras rígidas, que de tão impositivas
bloqueiam qualquer iniciativa mais criativa do profissional.
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• Portanto, todas as ações de saúde devem, obrigatoriamente, ser ações
inquestionáveis do ponto de vista ético.
• Do ouvir
• Do olhar
• Do tocar.
• Uma boa relação dos profissionais de saúde com a clientela requer a existência
de uma troca de saberes.
• Uma relação de reciprocidade permite que renunciemos à onipotência,
sentimento tão freqüente e tão comum entre os profissionais de saúde.
PRECONCEITOS
• Nós, profissionais de saúde, convivemos com pessoas que têm valores morais
diferentes dos nossos; no entanto, isso não pode nem deve definir nossa forma
de atendimento às pessoas.
• Estamos nos serviços de saúde com o propósito de realizar ações de saúde em
benefício de quem nos procura e, portanto não nos cabe julgar seus atos.
• Exemplos:
• 1- Reprovar mulher que esteja procurando assistência com conseqüências de
aborto provocado.
• 2- Reprovar adolescente grávida.
• 3- Retardar o atendimento a um assassino que acabou de ser baleado; rejeitar
doente de AIDS, etc.
E ACONTECE MAIS...
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• Em virtude do acelerado processo técnico e científico no contexto da saúde, a
dignidade da pessoa humana, com freqüência, parece ser relegada a um segundo
plano.
• A doença, muitas vezes, passou a ser desarticulada do ser que a abriga e no qual
ela se desenvolve.
• Também, os profissionais da área da saúde parecem gradativamente
desumanizar-se, favorecendo a desumanização de sua prática.
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A implementação de um cuidado humanizado necessita fundamentar-se na ética.
É importante assinalar que a ética não se preocupa apenas com as coisas como são,
mas como as coisas podem ser e, especialmente, como devem ser.
Sendo assim, torna-se premente que a filosofia institucional assim como as políticas
públicas de humanização estejam, igualmente, voltadas para a vida e a dignidade
dos trabalhadores de saúde, quando o que se pretende realmente seja a humanização
do cuidado nas instituições de saúde.
Nesse processo,
• O profissional, possivelmente, terá condições de compreender sua condição
humana e sua condição de cuidador de outros seres humanos, respeitando sua
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condição de sujeito, sua individualidade, privacidade, história, sentimentos,
direito de decidir quanto ao que deseja para si, para sua saúde e seu corpo.
A ética
PORTANTO, É FUNDAMENTAL.
Objetivos do PNHAH
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• visando à melhoria da qualidade e à eficácia dos serviços prestados por estas
instituições (MS, 2000).
Atualmente,
• O Ministério da Saúde está fazendo modificações no Programa de
Humanização.
O Programa passa a ser Política de Humanização que perpassa por todos os
serviços ofertados pelo SUS: HUMANIZASUS.
Diante disto,
• Questões como:
SENDO ASSIM
• É preciso reafirmar que a humanização dos serviços de saúde se faz através de
pessoas.
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UNIDADE 4
ÉTICA NA ENFERMAGEM
. Antes do século XVIII, o hospital era uma instituição de assistência aos pobres e
aos feridos em guerras.
. A partir do Renascimento – hospital como um espaço para cuidar, tratar e curar os
doentes.
. As mudanças resultantes da organização do trabalho de enfermagem têm um
importante papel na maneira como se estabeleceu e organizou o hospital como
conhecemos hoje.
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Ordens religiosas mantinham hospitais-São Vicente de Paula
Reforma Protestante século XVII
Instituto de Diaconisas de Kaiserwerth na Alemanha
Profissionalização da Enfermagem
Profissionalização da Enfermagem
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FLORENCE
Perspectivas Atuais
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Lei de diretrizes e bases da educação lei nº. 9394/96, redefine a
profissionalização.
Grande número de atendentes de enfermagem ou de profissionais com outras
denominações no Brasil.
Anna Nery
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Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Anna Justina Ferreira, na Cidade de
Cachoeira, na Província da Bahia.
Casou-se com Isidoro Antonio Nery, e ficou viúva aos 30 anos.
Seus dois filhos, um médico militar e um oficial do exército, são convocados a
servir a Pátria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a presidência de
Solano Lopes.
O mais jovem, aluno do 6º ano de Medicina, oferece seus serviços médicos em
prol dos brasileiros.
Anna Nery não resiste à separação da família e escreve ao Presidente da
Província, colocando-se à disposição de sua Pátria.
Em 15 de agosto parte para os campos de batalha, onde dois de seus irmãos
também lutavam. Improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos
feridos.
Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida com carinho e louvor, recebe uma
coroa de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que é colocada no edifício
do Paço Municipal.
O governo imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e
de campanha.
Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880.
SIMBOLOGIA DA ENFERMAGEM
Aprova o Regulamento que disciplina sobre Juramento, Símbolo, Cores e Pedra utilizados na Enfermagem
Resolve:
Art. 1º - Aprovar o regulamento anexo que dispõe sobre o Juramento a ser proferido nas Solenidades de Formatura
dos Cursos de Enfermagem, bem como a pedra, a cor e o Brasão ou marca que representará a Enfermagem, em anéis e
outros acessórios que venham a ser utilizados em nome da Profissão.
Art 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando disposições em contrário.
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Os significados dados aos símbolos utilizados na Enfermagem, são os seguintes:
II – Juramento
"Solenemente, na pesença de Deus e desta Assenbléia, juro:
Dedicar minha vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana,
exercendo a Enfermagem com consciência e fidelidade; guardar os segredos que me forem confiados; respeitar o ser
humano desde a concepção até depois da morte; não praticar atos que coloquem em risco a integridade física ou
psíquica do ser humano; atuar junto à equipe de saúde para o alacance da melhoria do nível de vida da população;
manter elevados os ideais de minha profissão, obedecendo os preceitos da ética, da legalidade e da moral, honrando
seu prestígio e suas tradições".
ESMERALDA
Seu nome deriva do grego "smaragdos", que significa pedra verde, mas
provavelmente a origem do nome seja persa ou hindu.
Com todas as nuances da folhagem tropical brasileira, as esmeraldas fascinavam
antigos aventureiros caçadores de tesouro...
Acreditava-se que as esmeraldas serviam para adivinhar eventos futuros, mas
não sabemos se as visões eram realmente observadas na pedra, como são em
esferas de cristal ou berilo, ou se uma esmeralda dotava o usuário de
conhecimentos sobre o futuro.
Como uma inimiga, de todos os encantamentos e conjurações, as esmeraldas
eram temidas pelos mágicos, que não se consideravam aptos a atuar se uma
pedra estivesse nas proximidades.
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As esmeraldas eram empregadas como antídoto para venenos e feridas, assim
como contra possessões demoníacas. Usadas ao redor do pescoço eram vistas
como um fator de cura para a epilepsia.
No século III, a pedra preciosa era sugerida para a vista cansada. Esta teoria era
tão prevalecente naquele tempo, que os gravadores de pedra conservavam
esmeraldas em suas mesas de trabalho de modo a poder, de tempos em tempos,
olhar para elas para aliviar a fadiga dos olhos.
A tradição medieval dizia que o Santo Graal fora esculpido a partir de uma única
esmeralda grande, que caíra da coroa de Satanás durante a sua descida do céu
para o mundo inferior...
Dizia-se que a Esmeralda fazia mal aos olhos das cobras, chegando até a cegá-
las.
Analogias
O Presidente da República,
Decreta:
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Art. único - Fica instituído o "Dia do Enfermeiro", que será celebrado a 12 de maio, devendo nesta data serem
prestadas homenagens especiais à memória de Ana Neri, em todos os hospitais e escolas de Enfermagem do País.
Getúlio Vargas
Art. 1º - Fica instituída a Semana da Enfermagem, a ser celebrada anualmente, de 12 a 20 de maio, datas nas quais
ocorreram, respectivamente, em 1820 e 1880, o nascimento de Florence Nightingale e o falecimento de Ana Neri.
Art. 2º - No transcurso da Semana deverá ser dada ampla divulgação às atividades da Enfermagem e posta em relevo a
necessidade de congraçamento da classe e suas diferentes categorias profissionais, bem como estudados os problemas de
cuja solução possa resultar melhor prestação de serviço ao público.
Art. 3º - Durante a Semana, deverão ser prestadas homenagens a memória de Ana Neri e a outros vultos consagrados da
enfermagem.
Juscelino Kubitschek
Clovis Salgado
O Presidente da República.
Art. 1º - É livre o exercício da Enfermagem em todo o território nacional, observadas as disposições desta Lei.
Art. 2º - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas
e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício.
Parágrafo único - A Enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de Enfermagem, pelo
Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus de habilitação.
Art. 3º - O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde incluem planejamento e programação
de Enfermagem.
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Art. 5º - (vetado)
§ 1º - (vetado)
§ 2º - (vetado)
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, conferidos nos termos da lei;
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica
ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira segundo as leis do país, registrado em virtude de
acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de
Obstetriz;
IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiverem título de Enfermeiro conforme o disposto na
alínea "d" do Art. 3º. do Decreto nº. 50.387, de 28 de março de 1961.
I - o titular do certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensino, nos termos da Lei e
registrado no órgão competente;
II - o titular do diploma a que se refere a Lei nº. 2.822, de 14 de junho de 1956;
III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso III do Art. 2º. da Lei nº. 2.604, de 17 de setembro de
1955, expedido até a publicação da Lei nº. 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
IV - o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço
Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de
Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do Decreto-lei nº. 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº.
8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº. 3.640, de 10 de outubro de 1959;
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº. 299, de 28 de fevereiro de
1967;
VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado
em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
I - a titular de certificado previsto no Art. 1º do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1964, observado o disposto
na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
II - a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo
as leis do país, registrado em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil, até 2 (dois) anos após a
publicação desta Lei, como certificado de Parteira.
I - privativamente:
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia
de serviço e de unidade de Enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas
prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de Enfermagem;
d) - (vetado)
e) - (vetado)
f) - (vetado)
g) - (vetado)
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem;
i) consulta de Enfermagem;
39
j) prescrição da assistência de Enfermagem;
l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e
capacidade de tomar decisões imediatas;
Parágrafo único - às profissionais referidas no inciso II do Art. 6º desta Lei incumbe, ainda:
Art. 12º - O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento do
trabalho de Enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da assistência de Enfermagem, cabendo-lhe
especialmente:
Art. 13º - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços
auxiliares de Enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em processos de
tratamento, cabendo-lhe especialmente:
Art. 15º - As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta Lei, quando exercidas em instituições de saúde, públicas e
privadas, e em programas de saúde, somente podem ser desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro.
Art. 20º - Os órgãos de pessoal da administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito
Federal e dos Territórios observarão, no provimento de cargos e funções e na contratação de pessoal de Enfermagem,
de todos os graus, os preceitos desta Lei.
Parágrafo único - Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as medidas necessárias à harmonização das
40
situações já existentes com as diposições desta Lei, respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
Art. 23º - O pessoal que se encontra executando tarefas de Enfermagem, em virtude de carência de recursos humanos
de nível médio nesta área, sem possuir formação específica regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho Federal de
Enfermagem, a exercer atividades elementares de Enfermagem, observado o disposto no Art. 15 desta Lei.
Parágrafo único - A autorização referida neste artigo, que obedecerá aos critérios baixados pelo Conselho Federal de
Enfermagem, somente poderá ser concedida durante o prazo de 10 (dez) anos, a contar da promulgação desta Lei.
Art. 25º - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua
publicação.
José Sarney
Almir Pazzianotto Pinto
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o Art. 81, item III, da Constituição, e tendo em
vista o disposto no Art. 25 da Lei nº. 7.498, de 25 de junho de 1986,
Decreta:
Art. 1º - O exercício da atividade de Enfermagem, observadas as disposições da Lei nº. 7.498, de 25 de junho de
1986, e respeitados os graus de habilitação, é privativo de Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de
Enfermagem e Parteiro e só será permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da
respectiva região.
Art. 2º - As instituições e serviços de saúde incluirão a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programação.
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, conferidos nos termos da lei;
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica
41
ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis, registrado em virtude de
acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de
Obstetriz;
IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiveram título de Enfermeira conforme o disposto na letra
"d" do Art. 3º. do Decreto-lei Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.
I - o titular do certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensino, nos termos da Lei e
registrado no órgão competente;
II - o titular do diploma a que se refere a Lei nº. 2.822, de 14 de junho de 1956;
III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o item III do Art. 2º. da Lei nº. 2.604, de 17 de setembro
de1955, expedido até a publicação da Lei nº. 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
IV - o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço
Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de
Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do Decreto-lei nº. 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº.
8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº. 3.640, de 10 de outubro de 1959;
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº. 299, de 28 de fevereiro de
1967;
VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado
em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
I - o titular de certificado previsto no Art. 1º do nº. 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº.
3.640, de 10 de outubro de 1959;
II - o titular do diploma ou certificado de Parteiro, ou equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo
as respectivas leis, registrado em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil, até 26 de junho de1988,
como certificado de Parteiro.
I - privativamente:
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia
de serviço e de unidade de Enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas
prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de Enfermagem;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem;
e) consulta de Enfermagem;
f) prescrição da assistência de Enfermagem;
g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e
capacidade de tomar decisões imediatas;
42
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao recém-nascido;
i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos específicos,
particularmente daqueles prioritários e de alto risco;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distócia;
m) participação em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria de saúde do indivíduo, da
família e da população em geral;
n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde, particularmente nos programas
de educação continuada;
o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças
profissionais e do trabalho;
p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contra-referência do paciente nos
diferentes níveis de atenção à saúde;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde;
r) participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de Enfermagem, nos concursos para provimento de
cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar de Enfermagem.
Art. 9º - Às profissionais titulares de diploma ou certificados de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, além das
atividades de que trata o artigo precedente, incumbe:
Art. 10º - O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe de
Enfermagem, cabendo-lhe:
I - assistir ao Enfermeiro:
Art. 11º - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio atribuídas à equipe de
Enfermagem, cabendo-lhe:
IV - prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
43
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependência de unidades de saúde;
Parágrafo único - As atividades de que trata este artigo são exercidas sob supervisão de Enfermeiro Obstetra, quando
realizadas em instituições de saúde, e, sempre que possível, sob controle e supervisão de unidade de saúde, quando
realizadas em domicílio ou onde se fizerem necessárias.
Art. 13º - As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11 somente poderão ser exercidas sob supervisão, orientação e
direção de Enfermeiro.
Art. 15º - Na administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito Federal e dos Territórios
será exigida como condição essencial para provimento de cargos e funções e contratação de pessoal de Enfermagem,
de todos os graus, a prova de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região.
Parágrafo único - Os órgãos e entidades compreendidos neste artigo promoverão, em articulação com o Conselho
Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à adaptação das situações já existentes com as disposições deste
Decreto, respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
José Sarney
Eros Antonio de Almeida
44
• Considerando a Resolução COFEN nº 160/93, que institui o Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem na jurisdição de todos os Conselhos Regionais de
Enfermagem;
• Considerando o que consta no PAD-170/87, que reúne documentos de sugestões
e solicitações acerca da criação de Comissão de Ética nas instituições de saúde;
• Considerando a deliberação do Plenário do COFEN em sua 230ª Reunião
Ordinária,
RESOLVE:
Parágrafo único
45
* DELIBERAÇÃO COREN-MG-35/00
DECIDE:
Art. 3° - A Comissão de Ética de Enfermagem deverá ser composta por enfermeiro, técnico
e/ou auxiliar de enfermagem em igual número, com vinculo empregatício na instituição e
registro no COREN-MG.
Parágrafo único: A Comissão de Ética de Enfermagem deverá ser formada por membros
efetivos e igual número de suplentes, cabendo a coordenação ao enfermeiro.
Art. 4° - A Comissão de Ética de Enfermagem deverá ser constituída através de eleição direta,
convocada pela Direção do órgão de Enfermagem da instituição.
§ 1° - Nas instituições onde não existirem órgãos de enfermagem, a convocação ficará sob a
responsabilidade da Comissão de Ética do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais
§ 2° - Os membros da Comissão de Ética exercerão um mandato de 02 (dois) anos, podendo ser
reconduzidos por igual período.
46
Art. 6° - Os casos omissos na presente decisão serão resolvidos pelo Conselho Regional de
Enfermagem de Minas Gerais.
Art. 7° - Esta decisão entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se a decisão
COREN-MG 15/95.
RESOLVE:
Art. 2º- Os Profissionais de Enfermagem deverão conhecer o inteiro teor do presente Código,
bastando, para tudo, requerê-lo no Conselho Regional de Enfermagem onde exercem suas
atividades.
Art. 3º- O presente Código de Processo Ético que contém as normas processuais de julgamento
ético, inseridas em todo o anexo, entra em vigor na data em que esta Resolução for publicada na
Imprensa Oficial, revogando as disposições em contrário, em especial a Resolução COFEN Nº
181/95.
47
• Essas infrações compreendem qualquer deslize ético, ou seja, qualquer falha
cometida pelos profissionais de enfermagem que infrinja o Código de Ética da
profissão.
Punições
48
• Demissão
• Estudo sobre o assunto
A Comissão de Ética:
ATENÇÃO!
UNIDADE 5
BIOÉTICA E EXERCÍCIO PROFISSIONAL
Bioética
A Bioética
49
História
O TERMO BIOÉTICA
Nós temos uma grande necessidade de uma ética da terra, uma ética para a vida
selvagem, uma ética de populações, uma ética do consumo, uma ética urbana, uma
ética internacional, uma ética geriátrica e assim por diante... Todas elas envolvem a
bioética, (...)
50
Hoje a bioética, também, está voltada para o biodireito e para a legislação com a
finalidade de garantir mais humanismo nas ações e relações médico-científicas.
O Brasil:
(...) a ética não deve se referir somente ao homem, mas deve estender o olhar para a
biosfera em seu conjunto, ou melhor, para cada intervenção científica do Homem
sobre a vida em geral. A bioética, portanto, deve se ocupar de uma ‘ética’ e a
‘biologia’, os valores éticos e os fatos biológicos para a sobrevivência do
ecossistema como um todo. Lino Rampazzo (2003, p. 72)
ENFOQUES DA BIOÉTICA
51
2. VIRTUDES
HONESTIDADE
FIDELIDADE
CORAGEM
JUSTIÇA
TEMPERANÇA
MAGNIMIDADE
PRUDÊNCIA
SABEDORIA, etc.
5. O DO CUIDADO
6. PRINCIPIALISTA:
Bioética:
Não Maleficência
Beneficência
Justiça
Autonomia
NÃO MALEFICÊNCIA:
Obrigação de não causar danos aos outros.
52
BENEFICÊNCIA:
Por beneficência entende-se “fazer o bem”, “cuidar da saúde”, “favorecer a
qualidade de vida”.
Uma ação beneficente é toda aquela que pretende beneficiar as pessoas.
JUSTIÇA:
Obriga a garantir a distribuição justa, eqüitativa e universal dos benefícios dos
serviços de saúde.
Passa por questões como o exercício da cidadania e direito à saúde.
AUTONOMIA:
Deriva da união dos termos gregos autós (¨próprio¨) e nómos (¨regra, autoridade,
lei, norma¨).
Refere-se à capacidade do ser humano de se decidir pelo que é ¨bom¨, ou por
algo que é para seu ¨bem estar¨, de acordo com seus valores, expectativas,
necessidades, prioridades e crenças.
A Bioética:
“Não pode perder de vista sua finalidade precípua,que é a promoção da saúde
humana, da sobrevivência da humanidade, da justiça social e da sabedoria que
instruirá a humanidade quanto a sua responsabilidade moral para com todos os
seres viventes, sendo, assim, uma ponte para o futuro.”
ÉTICA DA RESPONSABILIDADE
O TERMO RESPONSABILIDADE:
Tem origem nas palavras latinas respondere e responsus, de responder ou ser
responsável.
Aurélio define o termo como: qualidade ou condição de responsável, ou seja, de
responder pelos próprios atos ou de outrem.
53
O princípio da responsabilidade em relação à vida, como um dilema que instiga e
intriga o “ethos” humano nos tempos atuais.
Confidencialidade
Privacidade, Discrição, Respeito
Não discriminação
Solidariedade
Avaliação de situações excepcionais - Dependência, Vulnerabilidade,
Emergências.
Relação com familiares
Acesso às tecnologias, aos medicamentos e aos técnicos essenciais
Abordagens preventivas, educação para a saúde
Organização do Sistema Único de Saúde
A RESPONSABILIDADE, PORTANTO,
AS PESQUISAS BIOMÉDICAS
Histórico:
54
Código de Nuremberg 1947
Declaração de Helsinque 1964, 1983, 1989, 1996, 2000.
Relatório Belmont 1979
CIOMS: Council for Internacional Organization of Medical Sciences 1982,
1993
Declaração de Helsinque
No Brasil
Os aspectos éticos envolvidos em atividades de pesquisa que envolvam seres
humanos estão regulados pelas Diretrizes e Normas de Pesquisa em Seres
Humanos, através da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde,
estabelecida em outubro de 1996.
CONEP
CEP
55
No consentimento informado e
Na avaliação prévia por um Comitê de Ética.
Devem ser esgotadas todas as possibilidades de obter dados por outros meios,
utilizando simulações, animais, culturas de células, antes de utilizar seres humanos.
NO CONSENTIMENTO INFORMADO
56
. E pelo menos um membro da sociedade.
Composição média: 11 membros.
ATRIBUIÇÕES DO COMITÊ
Histórico
57
3. O consentimento informado será obrigatório e extensivo aos pacientes
inférteis e doadores.
Os aspectos médicos envolvendo todas as circunstâncias da aplicação de uma
técnica de RA serão detalhadamente expostos, assim como os resultados já
obtidos naquela unidade de tratamento com a técnica proposta.
Celular: Fecundação
Cardíaco: Início dos batimentos cardíacos (3 a 4 semanas)
Encefálico: Atividade do tronco cerebral (8 semanas)
Neocortical: Inicio da atividade neocortical (12 semanas)
Respiratório: Movimentos respiratórios (20 semanas)
Neocortical: Ritmo sono-vigília (28 semanas)
"Moral" Comunicação (18 a 24 meses pós-parto)
Questões Éticas
• Status do embrião
58
• Congelamento
• Danos potenciais
• Multiplicidade de participantes
• Perda da privacidade/intimidade
• Disputas de linhagens
• Doador não identificado/ anônimo/não identificável
• Identificação dos participantes
• Maternidade substitutiva
• Vínculo comercial / Vínculo familiar
• Reprodução além da idade
reprodutiva
• Potencial eugênico
• Seleção de embriões por sexo
• Seleção por características imunológicas
59
6- Devem ser respeitados, acima de tudo, na reprodução assistida, os propósitos
criativos da mãe, e somente eles.
Vale dizer: não se pode atribuir à gestação propósitos "de fora", isto é, de
pessoas ou entidades que não a própria mãe.
Fica, assim, excluída a possibilidade de se patrocinarem gestações com
finalidades de aprimoramento genético; de geração de indivíduos com aptidões
específicas ao desenvolvimento de tarefas determinadas; de geração de órgãos
para transplantes e de pesquisas científicas, por mais nobres que sejam.
A reprodução assistida
Confirmou:
Reproduzir ou Procriar
• é gerar novas pessoas a partir de nós mesmos,
• é deixar uma descendência,
• Quando criança, aprendemos que o homem foi criado por Deus à sua imagem e
semelhança.
• Hoje, é possível afirmar que quanto maior for a consciência que tiver de si
próprio e de suas funções, exercitando um domínio sobre elas, tanto mais
próximo estará do Divino Criador.
NÚMEROS DA INFERTILIDADE
60
BIOTECNOLOGIA
CLONAGEM
No caso dos humanos os clones naturais são os gêmeos univitelinos, ou seja, são
seres que compartilham do mesmo material genético (DNA), sendo originado da
divisão do óvulo fecundado.
61
Desenvolvimento de animais imunes a algumas doenças que são contagiosas;
Clonagem de células humanas para tratamento de doenças, como: pâncreas para
diabéticos e de células do sangue para os leucêmicos; etc.
CÉLULAS - TRONCO
1- Totipotentes ou embrionárias:
São as que conseguem diferenciar-se em todos os tecidos do corpo humano; são
capazes de efetuar todo e qualquer tipo de função.
Encontrada até 3 ou 4 dias de vida do embrião.
2- Pluripotentes ou multipotentes:
São as que conseguem diferenciar-se, presentes em quase todos os tecidos humanos,
menos placenta e anexos embrionários; elas destinam-se a várias funções
simultâneas.
Encontrada a partir do 5° dia de vida embrionária.
62
3- OLIGOPOTENTES
4- UNIPOTENTES
Em termos gerais podemos dizer que as células- tronco possuem duas características
primordiais que as diferenciam das demais células.
Esta capacidade faz com que estas células tenham uma grande aplicabilidade na área
de engenharia de tecidos. Imagine uma fratura óssea.
A segunda característica:
A Lei de Biossegurança:
63
Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005
Libera no país a pesquisa com células-tronco de embriões obtidos por
fertilização in vitro e congelados há mais de três anos.
Em todos os casos, é necessário o consentimento dos pais.
A comercialização do material biológico é crime.
Por embrião inviável entendam-se aqueles que, na fertilização in vitro, não são
introduzidos no útero da mulher por não terem qualidade ou por conterem
mutações responsáveis por doenças genéticas.
Na Itália
Onde está o Vaticano e a Igreja Católica tem forte influência nas decisões do
governo, está proibida qualquer tipo de pesquisa com células-tronco embrionárias
humanas, bem como a sua importação.
No Reino Unido
64
Mas é nos países asiáticos como Coréia do Sul, Japão, China e Cingapura, e em
países como Rússia e África do Sul, que a pesquisa com embriões é totalmente
liberada.
CÉLULAS DA VIDA
Cardiopatias
Anemia falciforme
Necrose óssea
MATERIAL USADO
65
LEI Nº. 9.434, DE 4 DE FEVEREIRO DE 1997.
Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de
transplante e tratamento e dá outras providências.
Doador cadáver
Um doador cadáver, pode doar órgãos e tecidos para até 12 pessoas (receptores
na Lista Única), todavia, após a retirada, o cadáver é condignamente
recomposto e entregue à família ou aos responsáveis legais para o sepultamento.
66
As famílias que perdem um ente querido necessitam de apoio emocional e tempo para
aceitar a perda, todavia, os mesmos devem lembrar que a doação de órgãos é um ato de
amor, e que pode aliviar a dor.
Cada órgão tem um tempo médio de sobrevida entre sua retirada do doador e o
transplante no receptor. Esse intervalo varia de acordo com as condições de
quem doa e de quem recebe.
67
Neste caso o coração continua batendo, mas não existe vida. Trauma craniano e
derrame cerebral podem causar parada irreversível do encéfalo (morte), mas a
respiração é mantida por aparelhos e o coração continua batendo por algumas horas,
fazendo o sangue circular por outros órgãos (rins, fígado, pulmões, etc.). Estes
podem ser doados para outras pessoas através de uma cirurgia de transplante.
68
EXISTEM 3 TIPOS DE REJEIÇÃO QUE PODEM OCORRER APÓS
TRANSPLANTE:
REJEIÇÃO HIPERAGUDA
Ocorre assim que o órgão doado está no corpo. Isso só ocorre se já existirem
anticorpos na corrente sanguínea do receptor para reagir ao novo órgão.
É o que acontece quando os tipos sangüíneos do doador e receptor são
incompatíveis. Isso quase nunca ocorre, uma vez que as equipes de transplante
sempre testam as compatibilidades antecipadamente. Se isso acontecesse, o
receptor morreria na mesa de cirurgia;
REJEIÇÃO AGUDA
Acontece pelo menos alguns dias após o transplante, depois de o corpo ter tido
tempo para reconhecer o corpo estranho, reação normal a um corpo estranho;
O obstáculo principal de viver com um transplante é a rejeição aguda.
Esse tipo de rejeição ocorreria em quase todos os receptores se não existissem os
remédios imunossupressores.
REJEIÇÃO CRÔNICA
NO BRASIL
O Tráfico de Órgãos
Indicação de filme:
69
FILME: DÍVIDA DE SANGUE
Gênero: Suspense
Tempo: 108 min.
Lançamento: 2002
Classificação: 14 ANOS
Dirigido por: Clint Eastwood
Produzido por: Clint Eastwood
BIOÉTICA E EUTANÁSIA
EUTANÁSIA
Do grego ευthαnαsία - ευ "bom", tάnαtos "morte“.
É a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira
controlada e assistida por um especialista.
A eutanásia designa uma morte suave, sem sofrimento.
A Eutanásia
A tradição deontológica
PROIBIÇÕES:
ARTIGO 29 - Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a
antecipar a morte do cliente.
TIPOS DE EUTANÁSIA
a) Eutanásia ativa
70
Ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente, por fins
humanitários (por exemplo, utilizando uma injeção letal).
Holanda,
Em fevereiro de 1993, instituiu a nova legislação, que permite que o médico
realize eutanásia ativa.
b) Eutanásia passiva
Quando a morte ocorre por omissão proposital em se iniciar uma ação médica
que garantiria a perpetuação da sobrevida.
Nos casos em que a morte é acelerada como consequência de ações médicas não
visando ao êxito letal, mas sim, ao alívio do sofrimento de um paciente.
Por exemplo: emprego de morfina para controle da dor, gerando,
secundariamente, depressão respiratória e óbito.
Argumentos pró
DISTANÁSIA
ORTOTANÁSIA
71
É a atuação correta frente a morte.
É a abordagem adequada diante de um paciente que está morrendo.
É A MORTE A SEU TEMPO, ONDE É PRIVILEGIADO O ALÍVIO DE
SINTOMAS, PRINCIPALMENTE A DOR. PROCEDIMENTOS
OBSTINADOS, QUE NÃO PODEM MELHORAR O QUADRO DO
PACIENTE, SÃO DESACONSELHADOS.
NOVO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA PUBLICADO NO DIA 13/04/2010
CONTEMPLA A PRÁTICA DOS CUIDADOS PALIATIVOS E DA
ORTOTANÁSIA.
MISTANÁSIA
BIOÉTICA E ABORTO
Terminologia
72
uso de objetos cortantes, a aplicação de pressão abdominal entre outras
técnicas.
Na Grécia a reprovação do aborto era frequente, Aristóteles e Platão
aconselharam o aborto(desde que o feto ainda não tivesse adquirido alma) para
controlar os índices de crescimento demográfico ou populacional em função dos
meios de subsistência.
Platão, por exemplo, preconizava o aborto em toda mulher que concebesse
depois dos quarenta anos.
Na Grécia
Sócrates defendia que o aborto fosse um direito materno.
A primeira referência ao aborto, na Grécia Antiga, encontra-se nos livros
atribuídos a Hipócrates, que negava o direito ao aborto e exigia aos médicos jurar
não dar às mulheres bebidas fatais para a criança no ventre.
Curiosidades
Os gregos permitiam o aborto, mas os romanos o puniam com pena de morte.
O primeiro país a permitir aborto no prazo de 28 semanas foi a Inglaterra,
tornando-se atração turística para feministas.
O primeiro país do mundo a legalizar o aborto foi a União Soviética, em 8 de
novembro de 1920.
A segunda nação moderna a legalizar o aborto foi a Alemanha, em junho de
1935.
Em seguida, o aborto foi legalizado na Islândia (1935), na Dinamarca (1937) e
na Suécia em (1938).
Santo Agostinho
Com fulcro nas idéias aristotélicas pregava que o aborto só seria crime quando o
feto já tivesse recebido alma, que, presumia-se após 40 ou 80 dias de sua
concepção, dependendo ainda de seu sexo( se varão ou mulher, respectivamente).
73
Tardio: > 28ª.
Tipos
f) Criminoso:
I. Provocado pela gestante ou com seu consentimento, art. 124, Código Penal(CP);
II. Por terceiro, sem o consentimento da gestante, art. 125, CP;
III. Por terceiro com o consentimento da gestante, art. 126, CP;
Lesão corporal grave ou morte da gestante, art. 127, CP.
g) Eugênico
Feito quando o feto for nascer com graves defeito físicos ou mentais; não permitido por
lei. Existem sentenças judiciais que autorizam a interrupção da gravidez.
74
Em abril de 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) votou a liberação da interrupção
de gravidez de feto anencéfalo, sendo que 8 votos foram a favor e 2 contra, desde então
as grávidas de fetos anencéfalo podem optar por interromper a gestação com assistência
médica.
A anencefalia caracteriza-se pela ausência do cérebro, calota craniana e couro cabeludo,
sendo incompatível com a vida.
No Brasil a incidência é de 1 caso para cada 1.000 nascidos vivos.
Até o final de 2012, o Brasil terá 95 hospitais da rede SUS qualificados para executar o
aborto em grávidas de fetos anencéfalos.
OBSERVAÇÃO
SEÇÃO 1 - PROIBIÇÕES:
ARTIGO 28 – Provocar o aborto, ou cooperar em prática destinada a
interromper a gestação.
Parágrafo único – Nos casos previstos em Lei o profissional deverá decidir, de
acordo com a sua consciência, sobre sua participação ou não no ato abortivo.
75
UNIDADE 6
ENTIDADES DE CLASSE DA ENFERMAGEM
O COFEN
76
• Fiscalizar e decidir os assuntos referentes à Ética Profissional, impondo as
penalidades cabíveis;
• Elaborar a proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento interno,
submetendo-os à aprovação do COFEN;
COREN-MG
COREN-MG
• SEDE E FORO:
• Em Belo Horizonte (MG)
• JURISDIÇÃO:
• Todo o território do Estado de Minas Gerais
• ATUAÇÃO:
• Como órgão colegiado, no qual as decisões são tomadas por maioria de votos de
seus Conselheiros.
• CONSELHEIROS:
• Os Conselheiros integrantes do Plenário são eleitos trienalmente por Assembléia
Geral, constituída pela totalidade dos profissionais inscritos no COREN-MG e
convocada com esta finalidade.
• SUBSEÇÕES:
JUIZ DE FORA
MONTES CLAROS
77
PASSOS
POUSO ALEGRE
TEÓFILO OTONI
UBERABA
UBERLÂNDIA
VARGINHA
A Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn
BIBLIOGRAFIA
OGUISSO, Taka. ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios para a
enfermagem e a saúde. Barueri, SP: Manole, 2006.
ANGERAMI-CAMON, Valdemar Augusto ET AL. Ética na saúde. São Paulo: Pioneira, 1997,
182p.
SEGRE, Marco; COHEN, Claudio (Org.). Bioética. 2.ed. ampl. São Paulo: EDUSP, 1999.
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78
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