Drogas Psicotrópicas I
Drogas Psicotrópicas I
Drogas Psicotrópicas I
1 SUMÁRIO
2 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 2
4 PSICOTRÓPICOS ...................................................................................... 5
Barbitúricos ................................................................................................. 18
7 BEBIDAS ALCOÓLICAS........................................................................... 26
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2 INTRODUÇÃO
Bons estudos!
2
3 DROGAS PSICOTRÓPICAS
Fonte: nutrativa.com.
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC) constatou por
meio do Relatório Mundial sobre Drogas (2018) que o uso não medicinal de
medicamentos prescritos aumentou em todo o mundo, além de uma expansão do
3
mercado de drogas ilícitas com a cannabis (maconha) sendo a maioria droga comum
consumida em 2016. O relatório também constatou que o uso de drogas e os danos
relacionados são mais elevados entre os jovens e que, entre 2000 e 2015, as mortes
causadas diretamente pelo uso de drogas aumentaram 60% (UNDOC, 2018).
O uso dessas substâncias é definido de acordo com seu status sócio legal,
em lícitas (legais) e ilícitas (ilegais). As lícitas são aquelas de uso medicinal,
porém o mesmo é restrito e o consumo só pode ser através de orientação
médica, por meio de um sistema de prescrição. Enquanto as ilícitas são
aquelas proibidas por lei, que não podem ser comercializadas, sendo a venda
passível de criminalização e repressão (MARANGONI & OLIVEIRA, 2013
apud MARIANO, 2017).
4 PSICOTRÓPICOS
Fonte: cemedmg.wordpress.com
5
É comum usar os termos "psicotrópico" e "psicoativo" como sinônimos para
definir substâncias que alteram o estado mental e afetam a função psicológica, mas
alguns autores descrevem uma substância psicoativa como aquela que estimula a
atividade do sistema nervoso central modificado. (CNS) aumenta (estimulantes),
reduz (depressores) ou altera a percepção da realidade (disruptiva) e substâncias
psicotrópicas, que entre as substâncias psicoativas têm efeitos agradáveis e podem
levar ao abuso ou dependência. O termo "droga psicoativa" também é frequentemente
usado quando se refere a drogas que têm esse efeito (BONELA – AMORIM, 2020).
A medicina define "droga" como qualquer substância que pode alterar a
função dos organismos vivos. O termo medicamento é derivado da palavra grega
droog (holandês antigo), que significa “folha seca”, uma vez que no passado quase
todos os medicamentos eram feitos de plantas. Está associada ao uso ilegal de
substâncias psicoativas, d. H. com o consumo ilegal e proibido, muitas vezes referido
como "droga de abuso". Carlini e colaboradores (2001) ressaltam que a definição de
droga de abuso na literatura é “qualquer substância (tomada através de qualquer
forma de administração) que altera o humor, o nível de percepção ou funcionamento
doSistema Nervoso Central (desde medicamentos até álcool e solventes) ” (BONELA
– AMORIM, 2020).
6
Fonte: BONELA – AMORIM, 2020
7
As substâncias psicoativas “imitam” os efeitos de neurotransmissores,
alterando a comunicação entre os neurônios e interferindo com o
funcionamento cerebral bloqueando uma função ou alterando os processos
normais de liberação, acumulação ou eliminação de neurotransmissores,
produzindo diversos efeitos a depender do tipo de neurotransmissor
envolvido e a forma como a substância atua (CARLINI et al, 2001 apud
BONELA – AMORIM, 2020).
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Teoria do reforço
Embora cada substância tenha seu respectivo mecanismo de ação, tudo direta
ou indiretamente agir, o sistema de recompensa cerebral formado por circuitos
neuronais formados por ações positivas e negativamente aumentadas. A dopamina é
um neurotransmissor produzido e liberado no cérebro que desempenha um papel
importante no controle do movimento, humor, sono, atenção e aprendizagem,
cognição e memória, emoções e sensação de alegria e bem-estar. Um aumento na
9
dopamina quando exposta a um estímulo prazeroso, como atividade sexual e comida
(BONELA – AMORIM, 2020).
Muitas substâncias, especialmente drogas de abuso, agem no neurônio
dopaminérgico e causam um aumento repentino de dopamina no nucleus accumbens
(um componente do estriado cerebral e uma estrutura chave na mediação dos
processos motivacionais e emocionais). O sistema mesolímbico é composto por
projeções dopaminérgicas que partem da área tegmentar ventral - onde se localizam
os corpos neuronais dopaminérgicos - e chegam principalmente ao núcleo
accumbens. Esse sistema se relaciona ao condicionamento ao uso da substância, à
fissura, à memóriae as emoções ligadas ao uso.
10
Fonte: BONELA – AMORIM, 2020.
Fonte: dhojeinterior.com
Álcool
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Ansiolíticos (acalmam; inibem a ansiedade). As principais drogas
pertencentes a essa classificação são os benzodiazepínicos. Ex.: diazepam,
lorazepam etc.
Opiáceos ou narcóticos (aliviam a dor e dão sonolência). Ex.: morfina,
heroína, codeína, meperidina etc.
Inalantes ou solventes (colas, tintas, removedores etc.).
De origem sintética
LSD-25
Êxtase
Anticolinérgicos
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6 DROGAS DEPRESSORAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Fonte: cisa.org.br/index.php
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Nas concentrações subanestésicas, essas substâncias (por exemplo, etanol)
podem exercer efeitos relativamente específicos em alguns grupos de neurônios,
especialmente a tendência para causar dependência. De forma geral, os fármacos
depressores do SNC atuam como agonistas, ligando-se aos receptores
metabotrópicos ou ionotrópicos do neurotransmissor GABA, modulando sua ação. A
modulação da sinalização GABA também é um mecanismo importante para o
tratamento da hiperatividade neuronal focal ou disseminada na epilepsia. Neste
capítulo, discutiremos os principais medicamentos que atuam como depressores do
SNC, sua relação estrutura-atividade farmacológica e seus principais efeitos colaterais
e interações medicamentos (BRUM, 2018).
O principal efeito das drogas depressoras é diminuir a atividade do sistema
nervoso central (SNC), o que pode levar a delírios. Hipnóticos que induzem o sono;
Ansiolíticos que reduzem a ansiedade; Narcóticos que bloqueiam a dor, como morfina;
Inalação ou solventes, como adesivos e tintas (BRUM, 2018).
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Anestésicos gerais inalatórios
Barbitúricos
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Depressores do sistema nervoso central
Opioides
O ópio é derivado do látex obtido das cápsulas imaturas da flor da papoula, que
há milhares de anos é conhecida por seus efeitos analgésicos, hipnóticos e narcóticos.
A morfina foi o primeiro opioide isolado dessa planta, e sua estrutura só foi
determinada em 1925. Os opioides são substâncias naturais ou sintéticas (exógenas)
que podem interagir com os receptores opioides e produzir efeitos semelhantes aos
da morfina. Este grupo inclui peptídeos endógenos. Os opioides são compostos
estruturalmente relacionados à morfina e à codeína (BRUM, 2018).
De acordo com Brum (2018) o mecanismo de ação dos opioides ocorre com a
ligação a receptores opioides específicos. Os receptores opioides são acoplados à
proteína G, e, por isso, inibem a adenilato ciclase e ativam a via da MAP kinase. Além
disso, induzem a hiperpolarização dos neurônios com a abertura de canais de K+ e
reduzem a liberação de neurotransmissores através da inibição dos canais de Ca2+.
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Os receptores opioides estão amplamente distribuídos no SNC e quatro deles são os
mais importantes: os µ, κ, δ e ORL-1. De maneira geral, a ação dos opioides sobre
seus receptores levam a efeitos como analgesia, euforia, sedação, miose, depressão
respiratória, constipação, náusea e supressão do reflexo da tosse. Os opioides com
potentes efeitos analgésicos têm sua ação desencadeada pela ativação dos
receptores µ, κ e δ.
Existem semelhanças estruturais entre os opioides, em que o farmacóforo N-
metil-γ-fenilpiperidina é o principal responsável pela ação farmacológica dessa classe.
Alguns hipoanalgésicos, como as encefalinas, apresentam resíduo tiramínico e,
portanto, não possuem o anel piperidínico (BRUM, 2018).
Álcool
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6.4 Tranquilizantes ou ansiolíticos
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Porém, a situação muda muito se o indivíduo, além de ter tomado
benzodiazepínicos, também ingerir álcool: nesses casos a intoxicação torna-se grave,
pois ocorre uma queda acentuada da atividade cerebral, que pode levar ao estado de
coma. Outro aspecto importante quanto aos efeitos tóxicos diz respeito ao uso dessas
substâncias por mulheres grávidas. Suspeita-se que essas drogas tenham razoável
potência teratogênica, ou seja, podem produzir lesões ou defeitos físicos no feto.
Benzodiazepínicos, quando usados por alguns meses de cada vez, podem levar à
dependência. Portanto, sem a droga, o viciado começa a sentir muita irritabilidade,
insônia excessiva, sudorese, dores por todo o corpo, que em casos extremos pode ter
convulsões. Se a dose administrada já for grande desde o início, o vício ocorre ainda
mais rapidamente. Há também o desenvolvimento de tolerância, embora isso não seja
muito pronunciado, ou seja, a pessoa se acostuma com a droga e precisa aumentar a
dose para conseguir o efeito inicial (CEBRID, 2011).
7 BEBIDAS ALCOÓLICAS
Fonte: veja.abril.com
O consumo de bebidas alcoólicas pode ser citado como uma das principais
causas do elevado número de acidentes de trânsito com vítimas.
Em geral, em vários países, costuma-se considerar que entre metade e um quarto dos
acidentes fatais estão relacionados ao consumo de álcool (CEBRID, 2011).
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O Sistema Nervoso Central (SNC) é o órgão mais rapidamente afetado pelo
álcool, sua intoxicação produz sedação, diminuição da ansiedade, fala arrastada,
ataxia, julgamento prejudicado e comportamento desinibido.
Fonte: redaccionmedica.com
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codeína também é conhecida. Ainda é possível obter outra substância, a heroína, por
meio de uma pequena modificação química da fórmula da morfina, tornando a heroína
uma substância semissintética (ou seminatural). Todas essas substâncias são
conhecidas como opioides, ou simplesmente opiáceos, d (como no caso da heroína).
Mas os humanos conseguiram imitar a natureza fazendo várias substâncias em
laboratório com efeitos semelhantes aos opiáceos: meperidina, oxicodona,
propoxifeno e metadona são alguns exemplos. Eles são chamados de opióides
(semelhantes aos opiáceos). Eles são todos embalados em comprimidos ou ampolas
e, em seguida, processados em medicamentos. A ciência também conseguiu
desenvolver um adesivo contendo essas substâncias que, ao aderir à pele do
paciente, liberta gradativamente a quantidade necessária ao efeito terapêutico
indicado pelo médico. Eles são chamados de adesivos transdérmicos ou adesivos
(pronuncia-se: peti). A tabela a seguir mostra exemplos de alguns desses
medicamentos.
Todas as drogas do tipo opiáceo ou opioide têm basicamente os mesmos
efeitos no sistema nervoso central: diminuem sua atividade, as diferenças são mais
quantitativas, ou seja, são mais ou menos eficientes em produzir os mesmos efeitos;
então tudo é principalmente uma questão de dosagem. Conseqüentemente, temos
que todas essas drogas produzem analgésicos e hipnose (aumentam o sono), por
isso também são chamadas de narcóticos, que são as próprias drogas que podem
produzir esses dois efeitos: sono e dor. É por isso que também são conhecidos como
hipnoanalgésicos. No entanto, com alguns medicamentos, a dose necessária para
atingir esse efeito é pequena; H. bastante fortes, como morfina e heroína; outros
requerem doses 5 a 10 vezes maiores para atingir os mesmos efeitos, como: B.
Codeína e Meperidina (CEBRID, 2011).
Alguns medicamentos também podem ter efeitos mais específicos, como
reduzir acessos de tosse. Por esse motivo, a codeína tem sido amplamente utilizada
como antitussígeno, ou seja, para reduzir a tosse, outros têm a propriedade de serem
mais facilmente viciantes; portanto, como a heroína, são muito perigosos. Todas
essas drogas não só amortecem os centros de dor, tosse e vigília (que provoca o
sono) em doses um pouco maiores que as terapêuticas, mas também acabam em
outras partes do corpo. Cérebro, como os que controlam a respiração, a frequência
cardíaca e a pressão arterial. Como você verá, isso é muito importante ao analisar os
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efeitos tóxicos. Em geral, as pessoas que consomem essas substâncias sem
indicação médica, ou seja, abusam delas, buscam efeitos característicos da
depressão generalizada do cérebro: um estado de letargia, como isolamento da
realidade do mundo, tranquilidade em que a realidade se mistura e imaginação,
devaneio, Estado sem sofrimento, afeição semenergética e desapaixonada (CEBRID,
2011).
Resumindo, de acordo com a CEBRID (2011) fugir das sensações que
constituem a essência da vida: sofrimento e prazer que se alternam e constituem a
plenitude da nossa vida da alma. Efeitos em outras partes do corpo. As pessoas
expostas aos efeitos dos narcóticos apresentam uma contração acentuada das
pupilas dos olhos. ("Maçã dos Olhos"), que às vezes atinge o tamanho da cabeça de
um alfinete. Além disso, ocorre paralisia do estômago e o paciente sente-se
constipado com o estômago cheio, como se não conseguisse digerir. Os intestinos
também ficam paralisados e a pessoa que abusa dessas substâncias geralmente está
gravemente constipada. Por conta desse efeito, os opiáceos são usados no combate
à diarreia, ou seja, são usados terapeuticamente como remédio para diarreia.
Os narcóticos administrados por injeção ou por via oral em doses mais
elevadas podem causar depressão respiratória e cardíaca grave. A pessoa fica
inconsciente e com uma cor azulada porque uma respiração muito fraca mal oxigena
o sangue e a pressão. A pressão arterial cai a um ponto em que o sangue não
consegue mais circular normalmente: é um coma que, se não for tratado, pode levar
à morte. Literalmente centenas ou mesmo milhares de pessoas morrem a cada ano
na Europa e nos Estados Unidos de intoxicação, heroína ou morfina. Além disso, por
ser normalmente injetável, os viciados em geral desenvolvem infecções como hepatite
e até AIDS. Aqui no Brasil, um desses medicamentos era administrado por via
intravenosa com certa frequência: o propoxifeno (principalmente Algafan®). Acontece
que essa substância é muito irritante para as veias, que ficam inflamadas e até
entupidas. Têm ocorrido muitos casos de pessoas com problemas circulatórios graves
nos braços. Uma amputação desta extremidade já foi descrita devido ao uso crônico
de Algafan®. Felizmente, não temos mais esse uso irracional do propoxifeno, outro
problema com essas drogas é a facilidade com que levam ao vício e ao centro da vida
das vítimas (CEBRID, 2011).
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Além disso, o organismo humano torna-se tolerante a todas essas drogas, ou seja,
o viciado não consegue mais manter o equilíbrio sem sentir os efeitos, deve tomar
cada vez mais doses, ficando cada vez mais em dificuldade, pois a adquiri-los requer
cada vez mais dinheiro. Para se ter uma ideia de como os médicos temem os efeitos
tóxicos dessas drogas, basta dizer que eles relutam muito em prescrever morfina (e
outras drogas) para pacientes com câncer, que costumam ter dores extremamente
fortes. E assim milhares de pacientes com câncer sofrem um sofrimento muito cruel,
porque a única substância capaz de aliviar a dor, a morfina ou outro narcótico, também
tem esses efeitos indesejáveis. Atualmente, a própria Organização Mundial da Saúde
tem informado médicos em todo o mundo que, nesses casos, o uso continuado de
morfina é totalmente justificado. Felizmente, são pouquíssimos os casos de
dependência dessas drogas no Brasil, principalmente quando comparado com o
problema em outros países. Entretanto, nada garante que essa situação não poderá
modificarse no futuro (CEBRID, 2011).
Fonte: petquimica.ufc.br/
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lisérgico (LSD). Para que um fármaco exerça sua atividade estimulante no SNC,
algumas propriedades estruturais são requeridas, como lipofilicidade e peso molecular
adequado, uma vez que, para chegar ao SNC, os fármacos precisam romper barreiras
e membranas específicas, como a barreira hematoencefálica. Os mecanismos de
ação desses agentes são diversos, e muitos agem como substâncias miméticas de
neurotransmissor, uma vez que “imitam” sua atividade biológica por ter estruturas
semelhantes a esses. Além de atuarem como substâncias miméticas, esses
compostos também podem exercer sua ação aumentando a concentração de
neurotransmissores excitatórios na fenda sináptica, seja por inibição de enzimas que
degradam neurotransmissores ou por inibição da recaptação dos mesmos. (BRUM,
2018).
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Estimulantes psicomiméticos: também chamados de alucinógenos, provocam
efeitos profundos sobre o pensamento e a percepção da realidade, como, por
exemplo, a dietilamida do ácido lisérgico (LSD), a fenciclidina e o
tetraidrocanabinol (THC).
Antidepressivos: os principais antidepressivos estimulantes do SNC incluem os
inibidores da monoaminoxidase (IMAO; iproniazida, isocarboxazida
tranilcipromina fenelzina) e inibidores seletivos da recaptação de serotonina
(ISRS; imipramina, desipramina, clomipramina amitriptilina, nortriptilina).
Cocaína
Anfetaminas
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As anfetaminas são fármacos sintéticos análogos da adrenalina (fenilalaninas).
Nesse cenário, seus efeitos biológicos se assemelham aos da epinefrina. A primeira
anfetamina sintética foi a benzedrina, sintetizada pelo químico Lazar Edeleanu em
1887 na Alemanha; no entanto, seu uso terapêutico se deu em meados de 1932, na
França (BRUM, 2018).
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Substituição e Cα (R3) e Cβ (R4): as substituições nas cadeias laterais em
ambos os carbonos Cα e Cβ diminuem a potência estimulante das anfetaminas,
podendo levar até à perda da atividade (BRUM, 2018).
Cafeína e análogos
Tetraidrocanabinol (THC)
Agentes antidepressivos
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De maneira geral, os fármacos antidepressivos apresentam certa atividade
estimulante sobre o SNC, uma vez que atuam promovendo o aumento de
neurotransmissores estimulantes na fenda sináptica. Os mecanismos pelos quais
esses fármacos agem está diretamente relacionado à sua estrutura química. Assim,
alguns antidepressivos atuam inibindo seletivamente a recaptação de serotonina
(ISRS), outros de dopamina e outros, de norepinefrina. Além disso, temos fármacos
que atuam sobre a inibição da enzima que degrada neurotransmissores, a monoamina
oxidase (MAO) (BRUM, 2018).
De acordo com Brum (2018) a serotonina é um dos principais
neurotransmissores relacionado à depressão, portanto, fármacos que atuam sobre a
serotonina estão entre os mais utilizados para tratamentos de depressão. A
diminuição da serotonina pode se dar por fatores externos ou por predisposição
genética, e acarreta uma série de alterações fisiológicas que induzem à depressão.
Fármacos que inibem a recaptação de serotonina tendem a aumentar sua
concentração na fenda sináptica e, assim, potencializar seus efeitos no organismo. O
planejamento e desenvolvimento dos ISRS surgiram como uma alternativa para
redução dos efeitos colaterais e da baixa atividade terapêutica dos fármacos IMAO.
Inicialmente, surgiram fármacos IRS não seletivos, como a amitriptilina, um
antidepressivo tricíclico que inibe a recaptação de serotonina e norepinefrina. Na
tentativa de diminuir efeitos colaterais e aumentar a seletividade frente à serotonina,
surgiu o primeiro fármaco inibidor seletivo da serotonina, a zimelidina. Essa substância
foi sintetizada a partir da amitriptilina, cujo anel central foi aberto para formar um
análogo de difenilpropilamina.
A zimelidina apresentou seletiva atividade inibitória da recaptação de
serotonina, e mínimos efeitos colaterais foram observados. Assim, a zimelidina tornou-
se o modelo para os ISRS de segunda geração (BRUM, 2018).
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