Projeto Sala Verde 2015-2016
Projeto Sala Verde 2015-2016
Projeto Sala Verde 2015-2016
2016/2017
Projeto Pedagógico Sala Verde 2016/2017 Cavalinho Pimpão
ÍNDICE
Poema 3
Introdução 3
Princípios Orientadores da Ação Educativa 5
Trabalho em Equipa 6
Trabalho com os Famílias 6
Avaliação 7
Avaliação com a Equipa 7
Introdução ao tema 8
Aprendizagens Gerais 8
Aprendizagens especificas a promover 9
Caracterização do grupo 10
Competências gerais da educação pré- escolar 11
Competências gerais – 3 anos 11
Competências gerais – 4 anos 14
Organização do Espaço e dos Materiais 19
Organização do Tempo 20
Plano Semanal de Actividades da Sala 21
Áreas de Conteúdo: componentes e aprendizagens a promover 22
Plano Anual de Atividades 27
Bibliografia 29
Poema do Brincar
Poema do Brincar
(Autor Desconhecido)
Introdução
O objetivo do nosso Jardim de Infância é que a sua ação pedagógica ajude a criança a encontrar-se e
descobrir a sua forma de expressão e realização no meio que a rodeia. É fundamental consciencializar a
criança para o ambiente, e para as pessoas que a rodeiam.
A criança está a iniciar um processo de aprendizagem que se irá prolongar pela vida fora.
No Jardim de Infância a criança “ aprende brincando”.
A brincar a criança cresce, exprime sentimentos, resolve conflitos… o jogo acompanha a criança desde o
seu nascimento.
As crianças necessitam de brincar quase tanto como de comer, o brinquedo é o seu alimento espiritual!
Através da brincadeira a criança aprende a conhecer se a si própria e a compreender os outros.
A brincadeira infantil é uma espécie de miniatura da vida em comunidade com todas as esperanças,
alegrias e frustrações.
Através do jogo a criança conhece as suas possibilidades reais e as suas limitações.
A Lei-Quadro da Educação Pré-escolar, estabelece como princípio geral que “a educação Pré-escolar é a
primeira etapa da educação básica no processo da educação ao longo da vida, sendo complementar da
ação educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita relação, favorecendo a formação e o
desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como o ser
autónomo, livre e solidário”.
“Este princípio fundamenta todo o articulado da lei e dele decorrem os objetivos gerais pedagógicos
definidos para o Pré-escolar:
Sendo estes os objetivos pedagógicos, que fundamentam a atividade pedagógica é também neles que
assentam as orientações curriculares que deverão nortear a nossa prática pedagógica, em função do
grupo de crianças do meio e da comunidade em que o Jardim-de-infância está inserido.
2) O Jardim de Infância deve ser entendido como complemento e apoio à família e como
substituição dela, promovendo para isso todas as atividades necessárias, bem como as
motivações e estímulos ao desenvolvimento global da criança;
4) A atitude da Educadora será sempre a de ajudar e estimular, tendo como referência os seus
conhecimentos nas grandes áreas de desenvolvimento, promovendo e criando situações
enquadradas nas necessidades específicas de cada criança;
5) O equilíbrio permanente entre o que a criança necessita, o que a educadora sabe que é
necessário, bem como as motivações de ambos, deverá ser prioridade;
11) Em última análise o grande objetivo do Cavalinho Pimpão é permitir às crianças desenvolverem
se segundo as suas aptidões e recursos pessoais, realizarem se como pessoas autónomas e
criadoras e prepararem-se para o seu papel de cidadãos;
Trabalho de Equipa
Trabalhar em equipa é, talvez, uma das tarefas mais complicadas devido aos diferentes
métodos de trabalho e diferentes personalidades de cada pessoa.
Um aspecto importante a considerar ressalva-se na conversa entre os adultos responsáveis da
sala sobre os objectivos a cumprir no ano lectivo e as estratégias previstas para o concretizar. Assim, ao
envolver todos os adultos nos objectivos de trabalho, estes irão trabalhar para a mesma finalidade.
Outro aspecto fulcral para um bom trabalho em equipa consiste na interactividade entre
adultos. É essencial que os adultos da sala conversem entre si, troquem experiências, comuniquem
situações observadas entre criança - criança ou criança - adulto.
Criando estas oportunidades de interacção e de comunicação entre adultos, está-se a “ Cria [r]
um clima de apoio entre os adultos para que a aceitação e confiança que sentem entre eles alastre às
interacções com as crianças; Vai de encontro às necessidades dos adultos em termos de pertença,
partilha, desempenho, reconhecimento e compreensão do currículo, para que se possam concentrar nos
interesses e intenções das crianças quando estão com elas (…)”. (Hohmann e Weikart, 2007, p.130).
É importante salientar que o trabalho de equipa não se restringe só à sala mas, a toda a
Instituição. É constante a troca de experiências entre os vários intervenientes no processo educativo da
criança.
fazer com que as famílias participem activamente nas actividades escolares, como também possam
passar um pouco de tempo com os seus educandos.
A educadora e a auxiliar de acção educativa podem e devem conversar com as famílias no
acolhimento e na entrega de forma a perceberem como a criança esteve em casa (comunicação da
família à escola) e como a criança esteve na escola (comunicação da escola à família).
Fazendo referencia às Orientações Curriculares “A importância da participação dos pais e suas
potencialidades para a educação das crianças e para a formação dos adultos pressupõe que o educador,
em colaboração com a direcção e/ou director pedagógico do estabelecimento de educação pré-escolar,
encontre as melhores formas de motivar a participação dos pais, tendo em conta que as crianças são as
mediadoras dessa relação. É por causa delas, e tendo em vista a sua educação, que estas relações têm
sentido, embora contribuam também para o desenvolvimento dos adultos.” (Ministério da Educação,
1997, p.46)
Avaliação
A avaliação é um dos instrumentos mais fulcrais para uma boa prática pedagógica. Este
instrumento permite reflectir sobre a prática pedagógica, o que há a melhorar e a modificar, o que
correu bem e o que podia correr melhor, “(…) a avaliação serve para valorizar o que acontece quando
colocamos em prática o programa que planejamos previamente e para verificarmos se é preciso
modificar ou não determinadas actuações. Nesse caso, a avaliação está sendo utilizada para recolher
informações que ajudam a melhorar as propostas que fizemos em aula.” (Bassedas et. al, 1999,p.173).
Esta permite não só que a educadora reflicta sobre o seu trabalho e dos seus companheiros de
trabalho, como também possa reflectir e anotar o desenvolvimento realizado pelo grupo de crianças.
Neste sentido, “A Avaliação dos efeitos possibilita ao educador saber se e como o processo educativo
contribuiu para o desenvolvimento e aprendizagem, ou seja, saber se a frequência da educação pré-
escolar teve, de facto, influência nas crianças. Permite-lhe também ir corrigindo e adequando o processo
educativo à evolução das crianças e ir aferindo com os pais os seus progressos.” (Ministério da Educação,
1997, p.94).
Introdução ao tema
O TEMA DO CAVALINHO PIMPÃO este ano são os contos de Fadas. O conto de fada é uma variação do
conto popular ou fábula, são histórias folclóricas com personagens de fantasia. Os contos de fadas
geralmente são uma narrativa curta, cuja história se reproduz a partir de um motivo principal para
transmitir conhecimento e valores culturais de geração para geração; é transmitida oralmente, onde o
herói ou heroína tem de enfrentar grandes obstáculos antes de vencer o mal. O leitor encontra
personagens e situações que fazem parte do seu cotidiano e do seu universo individual, os conflitos,
medos e sonhos. A rivalidade de gerações, a convivência de crianças e adultos, as etapas da vida
(nascimento, amadurecimento, velhice e morte), bem como sentimentos que fazem parte de cada um
(amor, ódio, inveja e amizade) são apresentados para oferecer uma explicação do mundo que os rodeia
e como lidar com isso.
As aprendizagens das crianças são feitas consoante a sua motivação e interesse, os temas vão surgindo
de forma espontânea, sem a intervenção do adulto. A educadora apenas tenta despertar curiosidade na
criança sobre o mundo que a rodeia.
Caraterização do Grupo
O Grupo é constituído por dezoito crianças, 11 rapazes e 7 raparigas. É um grupo onde a maior parte das
crianças são pequeninas no entanto apresentam um bom desenvolvimento tendo em conta a sua idade
denotam-se, algumas dificuldades na sua própria organização, na ordenação nos diferentes espaços da
sala e em determinadas situações em que lhes é pedida autonomia (apertar os sapatos, vestir os casacos
ou comerem sozinhos).
É um grupo bastante sociável, ansioso por aprender cada vez mais têm grande capacidade de atenção e
concentração.
A maior parte do grupo já vem da sala dos dois anos por isso têm um grande companheirismo entre
eles.
Área de Formação Pessoal e Social (Conhecimento de si, autonomia e relação com os outros)
Sabe o seu primeiro nome.
Indica a sua idade com os dedos.
Rua José Rodrigues Cadete 167 - Conceição da Abóboda 10
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Área da Matemática
Identifica objetos iguais.
Aponta para grande/pequeno.
Tem a noção de dentro/fora.
Consegue encontrar um objeto familiar, entre vários.
Completa um puzzle de quatro peças.
Tem a noção de gordo/magro.
Nomeia objetos iguais e diferentes.
Agrupa dois elementos de acordo com a mesma caraterística.
Área de Formação Pessoal e Social (Conhecimento de si, autonomia e relação com os outros)
Sabe o seu nome e a idade.
Identifica membros da família.
Reconhece e utiliza o seu símbolo no cabide.
Reconhece as diferenças na utilização do wc entre meninos e meninas.
Vai sozinho à casa de banho.
Começa a limpar o que suja espontaneamente.
É capaz de executar ordens simples.
Escolhe jogos e atividades.
Pede ajuda quando sente dificuldades.
Participa na conversa de grupo.
Aceita o adulto e colabora com ele.
Escolhe amigos para trabalhar e brincar.
Sabe o nome próprio dos pais.
Identifica e nomeia os colegas.
Sabe a localidade onde mora.
Rua José Rodrigues Cadete 167 - Conceição da Abóboda 14
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Área da Matemática
Distingue em cima/em baixo.
Rua José Rodrigues Cadete 167 - Conceição da Abóboda 17
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A sala verde está organizada por áreas de trabalho para que assim seja mais fácil para todas as
crianças, passarem pelas mesmas experiências e para que tenham, todas elas, as mesmas
oportunidades de acesso.
Existem também rotinas definidas e regras de sala estabelecidas para assim criarem hábitos e
estabilidade no seu dia-a-dia.
Nesta sala existe a área da casinha, onde reina a imaginação e o uso do jogo simbólico e onde
se pretende que tal ocorra de uma forma espontânea e saudável.
A área dos jogos onde se pretende que desenvolvam noções e conteúdos de uma forma lúdica
e ainda a área do desenho e da Pintura.
Existe também a área onde está o tapete, o qual representa algumas das alturas do dia mais
importantes, tais como o acolhimento pela Educadora, logo de manhã e as conversas e decisões a serem
tomadas na sala. Um lugar onde reina a conversa ordenada e saudável, onde se marcam as presenças e
se fala do tempo identificando o quadro do tempo, onde se fala mais a sério ou a brincar, ouvem se
histórias e canções…aprendem se coisas novas…
A área da garagem também é muito apreciada… são feitas grandes corridas!
O trabalho a desenvolver será sempre proposto ao grande grupo para posteriormente ser
realizado por todos em conjunto ou em pequenos grupos (dependendo da atividade escolhida), para
assim ser mais fácil o acompanhamento personalizado pela educadora.
Organização do Tempo
A rotina diária é levada a cabo todos os dias e torna-se bastante importante para a segurança e
desenvolvimento da criança numa perspectiva de compreender a sucessão temporal. Por vezes,
existirão propostas de actividades que exigirão mais tempo e atenção por parte das crianças, podendo
alterar um pouco o quotidiano da sala, mas, de uma forma geral, existirá uma rotina educativa
consistente. As referências temporais ajudam a criança a compreender o tempo: passado, presente,
futuro, tempo diário, semanal, mensal e anual. O tempo da sala é organizado por rotinas sendo que o
plano diário de trabalho poderá ser alterado sempre e quando a Educadora assim o entender. Assim a
organização do tempo na Sala Verde processa-se do seguinte modo:
Áreas de Conteúdo:
A área de Formação Pessoal e Social é considerada uma área transversal, porque, embora tenha uma
intencionalidade e conteúdos próprios, se insere em todo o trabalho educativo realizado no jardim-de-
infância, uma vez que tem a ver com a forma como as crianças se relacionam consigo próprias, com os
outros e com o mundo, num processo de desenvolvimento de atitudes, valores e disposições que
constituem as bases de uma aprendizagem bem-sucedida ao longo da vida e de uma cidadania
autónoma, consciente e solidária.
Consciência de si como aprendente • Ser capaz de ensaiar diferentes estratégias para resolver as
dificuldades e problemas que se lhe colocam.
• Ser capaz de participar nas decisões sobre o seu
processo de aprendizagem.
• Cooperar com outros no processo de
aprendizagem.
Domínio da Educação Motora, que privilegia uma abordagem global não especificando componentes.
Domínio da Educação Artística, que, tendo perspetivas e estratégias comuns, engloba diferentes
linguagens, cuja especificidade determina a introdução de quatro subdomínios: artes visuais,
dramatização, música e dança.
Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita, que considera não só a íntima relação e a
complementaridade entre estes dois tipos de aprendizagem da língua, mas também a sua
especificidade, levando a apresentá-los separadamente, com a indicação das respetivas componentes.
Domínio da Matemática, onde são consideradas quatro componentes que integram as aprendizagens a
realizar neste domínio.
Aprendizagens a Promover
rrepresentar temáticas, ilustrar históriasm que contacta, indicando algumas razões dessa apre
Consciência linguística • Tomar consciência gradual sobre diferentes segmentos orais que constituem as
palavras (Consciência Fonológica).
• Identificar diferentes palavras numa frase (Consciência da Palavra).
• Identificar se uma frase está correta ou incorreta e eventualmente corrigi-la, explicitando
as razões dessa correção (Consciência Sintática).
Domínio da Matemática
DOMÍNIO DA MATEMÁTICA
Números e Operações • Identificar quantidades através de diferentes formas de representação (contagens, desenhos,
símbolos, escrita de números, estimativa, etc.).
• Resolver problemas do quotidiano, que envolvam pequenas quantidades, com recurso à
adição e subtração.
Organização e Tratamento • Recolher informação pertinente para dar resposta a Dados questões colocadas,
recorrendo a metodologias adequadas
(listagens, desenhos, etc.).
• Utilizar gráficos e tabelas simples para organizar a informação recolhida e interpretá-los
de modo a dar resposta às questões colocadas.
Geometria e Medida Geometria
Interesse e Curiosidade pela matemática . Mostrar interesse e curiosidade pela matemática, compreendendo a sua
importância e utilidade.
•Sentir-se competente para lidar com noções matemáticas e resolver problemas.
Mundo tecnológico e Utilização • Reconhecer os recursos tecnológicos do seu ambiente e das Tecnologias
explicar as suas funções e vantagens.
• Utilizar diferentes suportes tecnológicos nas atividades do seu quotidiano,
com cuidado e segurança.
• Desenvolver uma atitude crítica perante as tecnologias que conhece e utiliza.
Calendarização Atividade Objetivos a atingir Concretização Competências Conhecimentos Lúdico Comunidade Cultur
al
Recursos Destinatários Intervenientes
Sensibilizar a criança
4 De Outubro Dia Mundial para a necessidade de Escola Creche e Pré- Crianças, ED/AAE X X X X X
do animal proteger os animais e a escolar
preservação de todas as
espécies; Mostrar a
importância dos animais
na vida das pessoas
Fotografo na Tirar fotos para Escola Creche e Pré- Crianças, ED/AAE
14 De Outubro escola posteriormente os pais Fotografo escolar X
escolherem no natal
24 de Fevereiro Festa de Vivenciar uma festa Escola Creche e Pré- Crianças, ED/AAE X X
Carnaval tradicional relacionada escolar
com a nossa cultura.
Proporcionar
oportunidade de brincar
ao carnaval em forma de
brincadeira livre.
Fevereiro Passeio a Autocarro Pré-escolar Crianças, ED/AAE X
definir
8 de Março Dia da Valorizar a importância Escola Creche e Pré- Crianças, ED/AAE X X X X
Mulher da mulher escolar
20 de Março Dia do Pai Fomentar a relação Escola Creche e Pré- Crianças, X X X X X
entre Famílias e Escola escolar ED/AAE, famílias
21 de Março Dia Mundial Sensibilizar para a Escola Creche e Pré- Crianças, ED/AAE X X X
da árvore e importância das escolar
da floresta florestas
22 de Março Primavera Dar a conhecer as Escola Creche e Pré- Crianças, X X X
mudanças das estações escolar EDI/AAE
do ano
Abril Páscoa Vivenciar uma época Escola Creche e Pré- Crianças, ED/AAE X X X X
relacionada com a nossa escolar
cultura
2 de Abril ( Dia Promover o contacto Escola Creche e Pré- Crianças, ED/AAE X X X
Internaciona com o livro; Sensibilizar escolar
l do Livro o gosto pela leitura.
Infantil
8 de Maio Dia da Mãe Fomentar a relação Escola Creche e Pré- Crianças, X X X X X
entre Famílias e Escola escolar ED/AAE, famílias
15 de Maio Dia Mundial Sensibilizar para a Escola Creche e Pré- X X X
da Família importância dos laços escolar
familiares
3 de Junho Festa de fim Dar a conhecer o Local a Creche e Pré- Crianças, ED/AAE X X X X
de ano trabalho desenvolvido definir, escolar
Bibliografia
Bassedas, E.; Huguet, T.; Solé, I. (1999) – Aprender e ensinar na Educação Infantil, Porto Alegre:
Artmed. ISBN 85-7307-517-1
Hohmann, M; Weikart, D. (2007) – Educar a Criança, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian 4ªed.
ISBN 978-972-31-0797-5