Sumários Desenvolvidos João Loureiro
Sumários Desenvolvidos João Loureiro
Sumários Desenvolvidos João Loureiro
DIREITO CONSTITUCIONAL – I
Coimbra
2019
2
NOTA PRÉVIA
Inspiration.
I've got to love and live this way
It's my chance
To change the world in me and all
around.
V. CIPRÌ1
José MARINHO2
Saudando de uma forma particular os estudantes que começam agora a sua jornada
universitária por terras do Direito, mas estimulando todos – também aqueles que, pelas
mais variadas circunstâncias, tropeçaram academicamente em anos anteriores –, apresento
os sumários desenvolvidos que pretendem ser uma espécie de mapa, ainda que com outra
densidade que não a da mera apresentação geral do programa (que também publicamos).
Michel de Certeau3 comparou a pobreza do mapa (visto como mera ligação entre pontos)
com a riqueza do itinerário, marcado pelas anotações e comentários do peregrino. O
itinerário é-nos dado nas aulas e nos textos propostos, às vezes em comentários que
serpenteiam floresta adentro até encontrarmos clareiras que nos permitem ver e perceber
melhor conceitos. Mas o itinerário intelectual deve ser reescrito por cada um, pois única e
irrepetível é a vida. Há uma outra forma de proceder: é memorizar as páginas sem as
perceber, esperando que o disparar sob a forma de despejo vazado nas folhas da prova
permita obter a almejada nota, cuspindo da memória o que lá se atulhou. Ou então,
entendendo mais ou menos a matéria, considerá-la, no entanto, de uma forma meramente
instrumental, como espécie de vara para transpor a fasquia do exame, se possível ao
primeiro ensaio.
É possível, mas não é desejável. Procedendo assim, para além da maior incerteza de
sucesso, continuarão ou engrossarão a multidão dos “vagabundos”, ou seja, de “nómada(s)
discovering the liturgy as a political act in an age of global consumerism, New York, 2002 (trad.: Imaginación teo-política: la
liturgia como acto político en la época del consumismo global, Granada, 2006, p. 106).
3
sem itinerário”4. Quando falamos, por exemplo, de direitos fundamentais, importa não
esquecer o porquê da sua emergência, a que problemas visa(ra)m responder, inclusivamente
que foram sendo tecidos com sangue, suor e lágrimas, numa articulação de luta(s) e
compromisso(s), de conflito(s) e consenso(s).
Convido-vos a decorar, no sentido etimológico e mais positivo da noção. Decorar
não é aquilo que os estudantes assimilam, em inadequado registo animal, ao “marrar”;
decorar também não é a superficialidade da pseudo-sabedoria enfeite, uma espécie de
brincos ou pulseiras discursivas. Decorar, descascando a palavra, remete-nos para cor, cordis,
coração. Mas, ao contrário do que se pensa, este não é sinónimo da irracionalidade de
desvairadas paixões, mas antes se pode dizer em termos de razão cordial5.
Num belo texto sobre A metáfora do coração, María Zambrano6 coloca-se sob o signo
de Empédocles: “Dividindo bem o Logos – distribuindo-o bem pelas tuas entranhas”. É
preciso um saber que se entranhe para se transfigurar em sabedoria, ainda que, num
primeiro momento, como disse Fernando Pessoa em vestes publicitárias, primeiro se
estranhe. Permitindo-me aproveitar texto que escrevi noutra circunstância7, trata-se de
uma leitura não sentimentalista do coração8, que toma a sério os sentidos no processo
9
racional, um “coração pensante” (denkende hart) nas palavras de Etty Hillesum.
Mergulhando também nas nossa raízes hebraicas, recorda-se que o coração não se
confunde com a mera afetividade, antes surge como o centro ou o núcleo da pessoa10.
Num certo sentido, a proposta desta unidade curricular – socorrendo-me do
rebatizador bolonhês para designar o que antes da reforma se chamava curso –, traduz-se
num estudo colorido de textos e contextos constitucionais. Isto não significa que o
caminho não tenha de passar, às vezes, pela dureza, nalguns casos árida, dos conceitos.
Numa cidade marcada por isabelinas e caridosas rosas, importa não esquecer que se we all
want the roses without the thorns11, sabemos que, salvo por via de intervenção genética no reino
sombra: antología crítica, Madrid, 2004, p. 156): “[lo] que la expresión simbólica «corazón» designa, no es (…) la
sede de confusos estados, de oscuros e indeterminados arrebatos o intensas fuerzas que empujan al hombre
de un lado para otro”.
9 Etty HILLESUM, Diário (1941-1943), Lisboa, 2008, p. 323: “(…) «que eu possa ser o coração pensante da
barraca”»(…) Quero ser o coração pensante de todo um campo de concentração” (p. 323).
10 Rosanna VIRGILI, Le stanze dell’ amore: amore, coppia, matrimonio nella Bibbia, Assis, 2008 (trad.: Os aposentos do
4
vegetal, os espinhos, em maior ou menor grau, fazem parte das rosas, mas também das
nossas vidas (incluindo as académicas).
Quanto às aulas, continuo a reconhecer-me plenamente nas palavras de um dos
meus Mestres, que morreu antes de eu nascer. Refiro-me a Ortega y Gasset, que, na sua
Meditación de la técnica12, escreveu:
“(…) una lección es esto: encontrarse de pronto unos hombres con otro y trabarse con él, chocar
con el, chocar con efectos positivos o negativos, pero siempre graves. Una lección es una peripecia de
fuerte dramatismo para el que la da y para los que la reciben. Cuando no es esto no es una lección
sino otra cosa – tal vez un crimen – porque es una hora perdida y la vida es tiempo limitado y perder
un trozo de él es matar vida, practicar asesinato blanco”.
Mas o dar a aula neste registo transformador, numa linguagem acessível a quem
está a ser introduzido no direito constitucional, não deve degenerar na infantilização que se
traduz numa “menoridade da inteligência”13, ainda que as luzes da razão se tenham
mostrado, na história, tragicamente bruxuleantes (a entrada seria aqui precisamente as
“patologias da razão”14). Numa distopia (utopia negativa), Fahrenheit 451, transposta para o
cinema com a assinatura de François Truffaut, onde os bombeiros tinham como vocação
queimar livros, e havia quem os soubesse de cor(ação) para os preservar – a memória pode
ser uma arma de civilização –, deixa-nos este alerta, que se mostra fundamental, perante já
não o totalitarismo ígneo, mas face ao fogo do olvido dos clássicos na formação pessoal,
por um método soft, que substitui o texto pela (des)consola. Vejamos:
“E esse elemento massas veio simplificar os problemas (…). Primeiro, os livros apenas interessavam
minorias, aqui e ali. Podiam permitir-se ser diferentes. O mundo era vasto. Depois o mundo encheu-se
de olhos, de cotovelos, de bocas. A população dobrou, triplicou, quadruplicou. Os filmes e os rádios,
os magazines, os livros, foram nivelados, normalizados sob a forma de uma espécie de pasta de bolo.
(…)
Estás a ver o quadro, o homem do século XIX, com os seus cavalos, os seus cães, os seus comboios;
lentidão do movimento. Depois a aceleração, a câmara. Os livros resumidos.
(…)
Os clássicos resumidos para compor emissões de um quarto de hora na rádio, cortados de novo para
darem extratos de dois minutos de leitura, enfim, arranjados para um resumo de dicionário de dez a
doze linhas. Estou a exagerar um pouco, claro. A minha alusão aos dicionários é apenas uma
referência. Mas para muita gente, Hamlet (...) era apenas um resumo de uma página que declarava:
«Finalmente, todos os clássicos ao seu alcance, o seu nível de conhecimentos igual ao seu vizinho».
Estás a ver o que eu quero dizer? Da sala das crianças ao colégio e do colégio à sala de crianças. Eis o
traçado da curva intelectual (…)”15.
12 Citamos a partir da 7.ª ed, Madrid, 1977, p. 15. A primeira foi publicada em 1939, resultando de um Curso
de 1933, na Universidade de Verão de Santander.
13 Recorremos a um título de uma obra de Fidelino de Figueiredo. Recorde-se que Immanuel Kant escreveu:
“[o] iluminismo é a saída do homem da sua menoridade de que ele próprio é culpado. A menoridade é a
incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem. Tal menoridade é por culpa própria
se a causa não reside na falta de entendimento, mas na falta de decisão e de coragem em se servir de si mesmo
sem a orientação de outrem. Sapere aude!” (“Resposta à pergunta: o que é o iluminismo?, in: Immanuel KANT,
A paz perpétua e outros opúsculos, Lisboa, 1988, p. 11; tradução de Artur Morão).
14 Joseph RATZINGER: cf., por exemplo, “Posição”, Estudos N.S. 3 (2004), p. 57-66, p. 65; Axel
HONNETH, Pathologien der Vernunft: Geschichte und Gegenwart der kritischen Theorie, Frankfurt am Main, 2007.
15 Ray BRADBURY, Fahrenheit 451, Porto, 2003, p. 58 (tradução de Mário Henrique Leiria).
5
Por último, mas não menos importante, uma referência às pessoas que, com
feminino cuidado, concorrem neste ano letivo para a concretização do direito
constitucional em sede de aulas práticas. Deixamos aqui público agradecimento à Mestre
Marta Costa Santos e à Mestre Carla Machado. Com os seus dons e os seus tons, num
ensino agápico, o ideal vai colorindo o real. Noutro contexto, uma espantosa mulher
chamada Teresa de Jesus escreveu: “[o] proveito da alma não está em pensar muito, mas
sim em amar muito”16. Num curso inclusivo, aberto e plural como a vida, em que a
dignidade pessoal de cada um exige respeito, procurando estabelecer pontes entre cidadãos
com diferentes mundividências, de esquerda(s), centro(s) ou direita(s), no campo político
(para usar rótulos tradicionais, incapazes, por si sós, de dar conta da diversidade), ou ateus,
agnósticos ou crentes (neste caso, com gigantesca paleta de possibilidades), em termos
(ar)religiosos, preferimos imbricar pensar e amar, e propor um pensAMAR com
implicações também no ensino17. É esta a verdadeira chave do coração (no sentido exposto
acima) que cruza pensar e agir, numa quotidiana (re)construção da unidade pessoal.
Bom trabalho e uma vida boa (que não é sinónimo de boa vida!)
16Longinos SOLANA (Comp.), Pensamentos de Santa Teresa de Jesus, Alfragide, 2015, p. 105.
17Sobre a relação pedagógica como relação amorosa, permito-me remeter para João Carlos LOUREIRO,
“Universidade e método(s): a pedagogia entre a realidade e a imaginação. Alguns subsídios a partir do ensino
do direito da segurança social”, Boletim da Faculdade de Direito 88-I (2012), p. 343-377, esp. p. 358-360.
6
PLANO DO CURSO
4. Estado constitucional
2. Princípios
Bibliografia mínima
Bibliografia complementar
Para além da indicada na obra acabada de referir, vd. MIRANDA, Jorge, Curso de Direito
Constitucional, 1. Estado e constitucionalismo. Constituição. Direitos Fundamentais, Lisboa:
Universidade Católica Editora, 2016.
7
8
PARTE I
CAMPO(S):
CONSTITUIÇÃO, CONSTITUCIONALISMO(S) E
DIREITO CONSTITUCIONAL
9
10
CAPÍTULO I
1. Fragilidade e finitude
3. Da relação ao sistema
11
B. Constitucional?
2.1.1. Texto(s)
2.1.2. Realidade constitucional: facticidade
2.1.3. Duas ilusões
2.1.3.1. Ferdinand Lassalle (1825-1864) ou a constituição como
mera “folha de papel”: os “fatores reais de poder”
2.1.3.2. Positivismo normativista: uma constituição pura ou a
aversão ao “contágio” da realitas
2.1.4. Texto(s) e contexto(s): interações e interpretações ou a importância
dos fatores (pressupostos) materiais e espirituais (culturais). Breve alusão à
questão das crises e sua refração em sede hermenêutico-normativa.
12
2.2.2.1.2. Fundamentalidade ou essencialidade
2.2.2.1.3. Constituição do Estado e da sociedade
2.2.2.1.4. Irrelevância da fonte formal
2.2.2. Constituição material e ordem jurídica portuguesa (v.g.: direitos só
materialmente fundamentais: art. 16.º/1 CRP)
2.2.3. Constituição formal
2.2.3.1. Documento escrito
2.2.3.2. Superioridade hierárquica
2.2.3.3. Em regra, procedimento agravado de revisão constitucional
13
2.4.2.1. Constituição da União Europeia: breve referência
2.4.2.2. Constituição mundial?
2.4.3. Relações: interconstitucionalidade
3.2. O caso português: do texto originário à constituição revista (sobre as sete revisões
constitucionais, vd. Parte III, Cap. II).
14
4.2.3.2. Constituição de 1976: alguns exemplos
4.3.2.2. Educação: de separate but equal a separate and not equal. O caso Brown
v. Board of Education of Topeka (1954) Memórias da discriminação racial:
ouvindo Bob Dylan [(…) how many years can some people exist/ Before they're
allowed to be free? (Blowin’ in the wind)]
15
II. Ciências constitucionais e outros saberes
1. Ciências constitucionais
1.1. Doutrina do Direito Constitucional
1.2. Teoria da Constituição
1.3. História Constitucional
1.4. Política Constitucional
1.5. Direito Constitucional Comparado
2. Direito Constitucional e outros saberes pertinentes
2.1. Teoria Geral do Estado
2.2. Direito do Estado (“direito político”, na tradição latina)
2.3. Ciência Política
2.4. Teoria política
2.5. Ética política
BIBLIOGRAFIA MÍNIMA
A. Para uma reflexão sobre o sentido do Direito, reenviamos para os textos da cadeira de Introdução
ao Direito, sendo que este ponto não será objecto de avaliação específica.
B. e C. Vide Gomes CANOTILHO, Direito constitucional e teoria da constituição, cit., esp. pp. 1127-1140.
Os pontos 2.4.2. (Constituições para lá do Estados?) e 2.4.3. (Relações: interconstitucionalidade)
correspondem a matéria dispensada.
D. Matéria dispensada. Em relação ao ponto II. 2., sublinhou-se o carácter não exaustivo do rol
de disciplinas, jurídicas ou não jurídicas, apresentado, ilustrando-se com a sistematização da obra de Philippe
MASTRONARDI, Verfassungslehre: Allgemeines Staatsrecht als Lehre vom guten und gerechten Staat,
Bern/Stuttgart/Wien, 2007.
16
CAPÍTULO II
17
1.2. (Algumas) etapas da história constitucional inglesa
1.2.1. Fundamental Laws, direitos dos ingleses e common law: as raízes medievais
1.2.2.1. Jaime (Tiago) I ou a teoria do “direito divino dos reis” (Divine Right
of Kings).
1.2.2.1.1. 1603: a morte da rainha Isabel e a subida ao trono do
sobrinho, Jaime I (Tiago), Jaime VI da Escócia
1.2.2.1.2. Defesa do “direito divino dos reis”: linhas de força
1.2.2.2. Carlos I e a Petition of Rights (1628)
1.2.2.2.1. O papel de Sir Edward Coke em defesa do common law
1.2.2.2.2. Petition of Rights: alguns conteúdos
a) Limitações no plano tributário
b) Defesa da propriedade dos súbditos
c) Garantias processuais
1.2.3. Do Long Parliament à República
18
2. Constitucionalismo norte-americano: religião, impostos e revolução
19
3. Constitucionalismo francês: o “conceito ideal de constituição” (Carl Schmitt)
Bibliografia mínima:
NOTA
Não foi possível desenvolver o constitucionalismo antigo e medieval, pelo que, para além
das referências mínimas constantes das páginas das lições, este tópico (A. 3) não será exigido para
efeitos de avaliação. Os interessados em aprofundar este ponto podem ler, por exemplo, a síntese de
Maurizio FIOVARANTI, Costituzione, Bologna, 1999, p. 11-70 (há tradução castelhana).
20
CAPÍTULO III
1. A novidade da categoria
1.1. Conceção tradicional de constituição: a visão declarativa das leis fundamentais no quadro
do chamado constitucionalismo histórico
1.2. Poder constituinte: uma invenção moderna
2. Os contributos teorético-constitucionais
21
2.1.1. Assembleia constituinte soberana
2.1.2. Assembleia constituinte não soberana (procedimento constituinte misto)
2.1.3. Assembleia constituinte e Convenções do Povo (memória da Constituição norte-
americana de 1787)
2.2. Procedimento constituinte direto
2.2.1. Procedimento constituinte referendário: a justeza do procedimento referendário
2.2.2. Procedimento constituinte plebiscitário: a maldade do procedimento plebiscitário
(Portugal: Constituição de 1933)
2.3. Procedimentos constituintes monárquicos
2.3.1. Cartas constitucionais ou constituições outorgadas (Portugal: Carta Constitucional,
1826)
2.3.2. Constituições dualistas ou pactuadas
Bibliografia mínima:
22
CAPÍTULO IV
O ESTADO CONSTITUCIONAL
1. O referente da Constituição
1.1. A sociedade e a Constituição
1.2. A Constituição como norma ou lei do Estado
2. Que coisa é o Estado?
2.1. Nascimento do Estado
2.2. Os elementos do Estado
2.2.1. Poder: a invenção da soberania
2.2.2. Povo
2.2.3. Território
23
4. Ingovernabilidade e crise do Estado Providência
5. O elemento nacional: entre a sua hipervalorização e o desenvolvimento da “constelação pós-
nacional” (Jürgen Habermas)
Bibliografia mínima:
24
PARTE II
25
CAPÍTULO I
Bibliografia mínima:
27
3. Traços essenciais do constitucionalismo cartista
3.1. Princípios estruturantes
3.1.1. Princípio monárquico
3.1.2. Princípio representativo
3.1.3. Princípio da divisão dos poderes
3.2. Um recém-chegado na arquitetura dos poderes constitucionais: o poder
moderador
3.3. Bicameralismo: Câmara dos Pares e Câmara dos Deputados
4. Vigências da Carta Constitucional
4.1. Primeira vigência (1826-1828)
4.2. Segunda vigência (1834-1836)
4.3. Terceira vigência (1842-1910) e os Atos Adicionais
4.3.1. Ato Adicional de 1852
4.3.2. Ato Adicional de 1885
4.3.3. Ato Adicional de 1895-96
4.3.4. Ato Adicional de 1907
Bibliografia mínima:
Gomes CANOTILHO, Direito constitucional e teoria da Constituição, cit., 125-161.
(Atenção: para efeitos de avaliação, será apenas exigido o conhecimento das datas
das Constituições, procedimentos constituintes e um breve quadro histórico)
CAPÍTULO III
O CONSTITUCIONALISMO REPUBLICANO
29
4.2.2.2. Senado
4.2.3. Presidente da República: a eleição indirecta
4.2.4. Judicial review: controlo judicial da constitucionalidade
4.2.5. Descentralização administrativa
Bibliografia mínima:
Gomes CANOTILHO, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, cit., 162-177.
O CONSTITUCIONALISMO CORPORATIVO
A. Contexto histórico
31
Bibliografia mínima:
Gomes CANOTILHO, Direito constitucional e teoria da Constituição, cit., 178-188.
CONCRETIZAÇÕES:
DIREITO CONSTITUCIONAL PORTUGUÊS
33
CAPÍTULO I
34
3.1.2. Constituição italiana (1947): influência no campo dos direitos
fundamentais e do estatuto jurídico das Regiões Autónomas
3.1.3. Constituição francesa (1958): importância em sede de desenho da
organização política (semipresidencialismo)
B. Sistematização da Constituição
35
1. Preâmbulo
2. Princípios fundamentais
3. Direitos e deveres fundamentais (Parte I)
4. Organização económica (Parte II)
5. Organização do poder político (Parte III)
6. Garantia e revisão da Constituição (Parte IV)
7. Disposições finais e transitórias
C. Caracterização da CRP
1. As características formais
1.1. Constituição unitextual: um texto (com poucas exceções: v.g., art. 292.º)
1.2. Constituição rígida (vd. infra, D.1.1.)
1.3. Constituição longa: sobre a extensão da Constituição (na versão inicial, 312 artigos;
atualmente, 296 artigos)
1.4. Constituição programática
1.5. Constituição compromissória
2. Constitucionalismo aberto
2.1. A abertura internacional originária da CRP
2.2. Portugal e a União Europeia
2.3. Portugal e o espaço lusófono: a Comunidade de Países de Língua Portuguesa
36
1.2.1.1. Limites relativos ao titular do poder de revisão (competência: só a
Assembleia da República): reserva parlamentar de revisão (art. 161.º/a);
284.º CRP)
1.2.1.2. Limites relativos às maiorias deliberativas: maioria especialmente
qualificada (aprovação por 2/3 dos deputados em efetividade de funções
– art. 286.º/1 CRP)
1.2.1.3. Limites temporais
a) Revisões ordinárias (art. 284.º/1 CRP): revisão constitucional possível
volvidos cinco anos sobre a data da publicação da última lei de revisão
b) Revisões extraordinárias (art. 284.º/2 CRP): a qualquer momento, mas
a assunção de poderes constituintes só é possível por deliberação de
maioria de quatro quintos dos deputados em efetividade de funções
1.2.1.4. Limites circunstanciais (art. 289.º CRP): proibição de revisão
constitucional em estado de exceção (estado de sítio ou estado de
emergência)
1.2.2. Limites materiais (art. 288.º CRP)
1.2.2.1. A garantia da identidade de uma constituição
1.2.2.2. Limites expressos e limites tácitos
a) Limites expressos ou textuais: noção e sentido
b) Limites tácitos: os limites textuais implícitos
1.2.2.3. Limites absolutos e limites relativos
a) Limites absolutos? A questão da dupla revisão
b) Limites relativos
2. As revisões constitucionais
2.1. A “normalização constitucional”
2.1.1. A primeira revisão (ordinária) (1982): a normalização política (libertação da
entorse militar e criação do Tribunal Constitucional)
2.1.2. A segunda revisão (ordinária) (1989): a normalização económica
2.2. A revisão que veio de cima: Maastricht (terceira revisão — 1992) (extraordinária)
2.3. Quarta revisão (ordinária) (1997)
2.3.1. A questão procedimental: pecar de novo?
2.3.2. Alterações formais ou a vontade de precariedade
2.3.3. As mutações substantivas
2.3.3.1. Reforma do sistema político
37
2.3.3.2. Consolidação e avanço das autonomias regionais
2.3.3.3. Fim do modelo republicano clássico de serviço militar: da
obrigatoriedade ao voluntariado
2.3.3.4. Liberdades: entre a expansão (“novos” direitos, por exemplo,
desenvolvimento da personalidade e direito à identidade genética do ser
humano) e a contração (a admissibilidade – limitada – da extradição de
cidadãos nacionais)
2.3.4. Quinta revisão (extraordinária) (2001)
2.3.4.1. O impulso para a revisão: o tratado constitutivo do Tribunal Penal
Internacional
2.3.4.2. Domínios da reforma
2.3.4.2.1. A possibilidade de aceitação da jurisdição do Tribunal Penal
Internacional
2.3.4.2.2. Outras alterações: do português como língua oficial às restrições
à inviolabilidade do domicílio
2.3.5. Sexta Revisão (ordinária) (2004)
2.3.5.1. União Europeia
2.3.5.2. As mudanças relativas às Regiões Autónomas
2.3.5.3. Outras alterações
2.3.6. Sétima Revisão (extraordinária) (2005): o referendo sobre o Tratado
constitucional europeu
Bibliografia mínima:
Gomes CANOTILHO, Direito constitucional e teoria da constituição, cit., 193-220, 231-238,
1059-1069.
38
CAPÍTULO II
PRINCÍPIOS
39
4. Possibilidades e limites do princípio da dignidade da pessoa humana
(remissão)
Bibliografia mínima:
40
II. PRINCÍPIOS ESTRUTURANTES
41
3.2. Direitos fundamentais (remissão)
4. Democraticidade: Estado democrático ou a legitimação do domínio
(remissão)
5. Divisão de poderes
5.1. A génese do princípio da divisão de poderes
5.2. Divisão de poderes
5.2.1. Dimensão negativa: limite do poder
5.2.2. Dimensão positiva: responsabilidade pelo poder
5.3. Relevância jurídico-constitucional
5.3.1. Princípio jurídico-organizacional [artigos 2.º, 111.º, n.º 1, 288.º,
alínea j) CRP]
5.3.2. Princípio normativo-autónomo: a salvaguarda do núcleo
essencial das competências
5.3.3. Princípio fundamentador de incompatibilidades: separação
pessoal de poderes ou funções (juízes: art. 216.º/3 CRP;
deputados: art. 154.º/1/2 CRP)
5.4. Divisão horizontal e divisão vertical de poderes
5.4.1. Garantia da autonomia político-regional dos Açores e da
Madeira [artigos 6.º, 225.º, 288.º, alínea o) CRP]
5.4.2. Garantia da administração autónoma local [artigos 6.º, n.º 1,
235.º e 288.º, alínea n) CRP]
6. Sustentabilidade ambiental: Estado de Direito Ambiental
6.1. O Estado (também) é verde: justiça ambiental sem
(eco)fundamentalismos
6.2. Os princípios da responsabilidade (Hans Jonas) e o princípio de Noé
(Michel Lacroix)
6.2.1. Cuidado e salvaguarda do ambiente
6.2.2. Responsabilidade para com as futuras gerações e o novo
imperativo categórico: “Age de tal maneira que os efeitos da tua
42
ação sejam compatíveis com a preservação da vida humana
genuína” (H. Jonas)
6.3. Concretização jurídico-constitucional [art. 9.º, alíneas d) e e) e artigo
66.º CRP]
43
Bibliografia mínima:
Gomes CANOTILHO, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, cit., 241-
256.
44
C. O princípio do Estado de Direito e os subprincípios concretizadores
45
2.2.3.1.2.2. Retroatividade exigida: leis penais de conteúdo
mais favorável ao arguido (artigo 29.º, n.º 4, in fine
CRP)
2.2.3.1.2.3. Retroatividade permitida
2.3. O princípio da segurança jurídica e os atos da administração
2.3.1. Força de “caso decidido” (Bestandkraft): a tendencial imutabilidade
2.3.2. A “sociedade de risco” (Ulrich Beck) e os ventos da precarização
2.4. O princípio da segurança jurídica e os atos jurisdicionais: o instituto do
caso julgado
46
4. O princípio da proibição do défice de proteção (“proibição por
defeito”)
Bibliografia mínima:
47
Gomes CANOTILHO, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, cit., p. 257-
281.
Jurisprudência
48
β) Princípio Democrático: Povo e Legitimação
49
4.3. Crise de transparência
50
b) Participação de cidadãos portugueses recenseados no estrangeiro,
quando o referendo verse “sobre matéria que lhes diga também
especificamente respeito” (art. 115.º/12 CRP)
51
1.2.1. Cidadãos dos Estados de língua portuguesa com residência permanente
em Portugal (art. 15.º/3 CRP)
1.2.2. Estrangeiros residentes no território nacional, em condições de
reciprocidade, em relação às eleições autárquicas (art. 15.º/4 CRP)
1.2.3. Cidadãos dos Estados-membros da União Europeia residentes em
Portugal, no que toca às eleições para o Parlamento Europeu (art. 15.º/5
CRP)
1.3. Capacidade eleitoral ativa e capacidade eleitoral passiva
1.4. A questão das incapacidades eleitorais
2. O princípio da imediaticidade do voto (art.10.º/1; 113.º/1 CRP)
2.1. Voto direto ou imediato: noção
2.2. Sufrágio indireto ou mediato (v.g., Grandes Eleitores, EUA)
3. O princípio da liberdade de voto: o voto como dever cívico (art. 49.º/ 2 CRP)
3.1. Liberdade de votar ou não votar. A questão do voto obrigatório.
3.2. Liberdade no votar
4. O princípio do sufrágio secreto (art.10.º/1; 113.º/1 CRP)
4.1. Pessoalidade do voto, mas não a presencialidade (art. 49.º, n.º 2 CRP)
4.1.1. Pessoalidade de voto e proibição do voto por via de representante
(intransmissibilidade do direito de voto)
4.1.2. Deficiência e direito a ser assistido por alguém de confiança
4.2. O voto por correspondência: a questão do segredo
5. O princípio da igualdade de sufrágio (art.10.º/1 CRP)
5.1. Igual peso numérico (igual eficácia jurídica)
5.2. Igual quanto ao valor de resultado. A proibição de cláusulas-barreira
(expressamente, 152.º/1 CRP; vd. também art. 113.º/5 CRP). A discussão do
atual mapa eleitoral português: entre Portalegre e Lisboa
6. O princípio da periodicidade do sufrágio (art.10.º/1; 113.º/1; 118.º CRP)
7. O princípio da unicidade
52
1.2.1.1.Sistema maioritário uninominal a uma volta: a experiência inglesa
1.2.1.2. Sistema maioritário uninominal a duas voltas
a) Exigência de maioria absoluta
b) Candidato mais votado
1.2.2. Sistema maioritário plurinominal
1.2.2.1. Lista completa ou sistema maioritário de lista: o exemplo português
(1895; Estado Novo)
1.2.2.2. Lista incompleta plurinominal: uma abertura às minorias (Portugal,
1884; na I República, em 1915)
1.3. Formas do sistema eleitoral proporcional
1.3.1. Métodos (v.g., Hondt)
1.3.2. Concretizações: comparando os casos português e alemão
2. Sistema de representação proporcional e sistema maioritário
2.1. Sistema de representação proporcional: argumentos
2.1.1. A “função de espelho” do Parlamento
2.1.2. Adequação à democracia partidária
2.1.3. Igualdade material: a ideia de igual valor quanto ao resultado
2.2. Sistema maioritário: argumentos
2.2.1. Relevância em termos de governabilidade
2.2.2. Alternância do poder e bipartidarismo
2.2.3. Fortalecimento da oposição
3. Sistema eleitoral na Constituição
3.1. O sistema eleitoral proporcional na CRP (arts. 113.º/5, 149.º, 231.º/2, 239.º/2,
260.º, 288.º/h CRP)
3.2. À procura da personalização do sistema: as possibilidades abertas pela mudança
de redação do artigo149.º
3.2.1. Escrutínio uninominal e escrutínio por lista
3.2.2. Pessoalização do voto e garantia da proximidade entre eleitores e eleitos
3.2.2.1. Sistema de panachage
3.2.2.2. Sistema de voto preferencial
3.2.2.3. Sistema de duplo voto ou de representação proporcional
personalizado
53
E. Princípio democrático e sistema partidário: a opção pelo pluripartidarismo
[arts. 2.º; 10.º/ 2; 51.º; 288.º, i) CRP]
54
4.2. Igualdade de oportunidades e financiamento dos partidos (art. 51.º/ 6 CRP)
4.2.1. Financiamento estatal imediato (custos das campanhas)
4.2.2. Financiamento estatal mediato (representação parlamentar)
4.2.3. Quadro legislativo nacional: entre a disciplina e o controlo
4.2.3.1. Quadro normativo do financiamento: a Lei n.º 19/2003, de 20 de
junho (com diferentes alterações: última modificação – Lei Orgânica
n.º 1/2018, de 19 de abril)
4.2.3.1.1. Linhas de força: financiamentos admitidos
4.2.3.1.2. Financiamentos proibidos (donativos anónimos e donativos
ou empréstimos de natureza pecuniária ou em espécie de pessoas
coletivas nacionais ou estrangeiras)
4.2.3.1.3. Subvenções públicas
a) Subvenção para financiamento dos partidos políticos
b) Subvenção pública para as campanhas eleitorais
4.2.3.2. Entidade das Contas e Financiamentos Políticos
4.3. O destinatário constitucional da igualdade de oportunidades
5. Direito de oposição democrática (art. 114.º/ 2 CRP) e direitos de oposição
5.1. Função constitucional da oposição
5.2. Oposição parlamentar e oposição extraparlamentar
5.3. Alguns direitos de oposição
5.31. Direito à informação regular e direta pelo Governo sobre o andamento dos
principais assuntos de interesse público (art. 114.º/ 3 CRP)
5.3.2. Direito de antena e o direito de resposta ou de réplica política (art. 114.º/2
CRP)
5.3.3. A importância dos direitos dos grupos parlamentares (art. 180.º CRP):
breve referência à situação resultante das eleições de outubro de 2019, com a
estreia parlamentar de três novos partidos (Chega, Iniciativa Liberal e Livre)
6. Desobediência civil e oposição política
55
1.2.2. Limites externos: a relevância do quadro constitucional
1.2.2.1. Decidir no quadro constitucional; especial relevância de uma função
imunitária dos direitos fundamentais
1.2.2.2. Importância das maiorias qualificadas
1.2.3. Limites intrínsecos: maioria, verdade e justiça
2. O princípio maioritário na CRP (art. 116.º/3, 136.º/2/3, 163.º/h, 168.º/5/6, 284.º/2,
286.º/1 CRP)
Bibliografia mínima
56
γ) Princípio da Socialidade: também de pão vive o homem
1. Estado social
57
Bibliografia mínima:
NOTA: O princípio da socialidade apenas será objeto de avaliação em provas orais (para
melhoria da classificação).
58
3. POSIÇÕES JURÍDICAS: DIREITOS E DEVERES FUNDAMENTAIS
A) Semântica
1. Pré-história
2. A lenta emergência dos direitos
3. Fundamentalização e constitucionalização
3.1. Fundamentalidade formal e material
3.2. Constitucionalização
4. Momento liberal: os direitos fundamentais como direitos de defesa
5. Momento democrático: os direitos fundamentais e a participação política
6. Momento social: direitos fundamentais como direitos a prestações
7. Momento da tecnociência: os novos direitos na “sociedade de risco”
59
C) Perspetivas e questões jusfundamentais
1. Noção
2. Memória constitucional portuguesa
3. Deveres fundamentais no quadro da CRP
3.1. Deveres fundamentais autónomos (v.g., dever de pagar impostos – art. 103.º
CRP) e não autónomos (v.g., dever de votar – art. 49.º/2 CRP)
3.2. Regime jurídico
Bibliografia mínima:
60
3.2. TIPOLOGIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
61
4.3. Âmbito de abertura: só direitos do tipo direitos, liberdades e garantias
ou também económicos, sociais e culturais? Defesa da inclusividade
4.3.1. O argumento literal, filológico ou gramatical (“direitos
fundamentais” e não direitos, liberdades e garantias)
4.3.2. Estado social de Direito
4.4. Elenco dos direitos
4.4.1. Lista ampla
4.4.2. Lista restritiva
4.4.3. Lista vazia?
4.5. Regime jurídico
4.5.1. Igual ao dos direitos material e formalmente fundamentais
4.5.2. Proteção menor dos direitos só materialmente fundamentais
4.5.3. Avaliação das posições anteriores
5. Direitos só formalmente fundamentais?
1. Funções de defesa
2. Funções de prestação
3. Funções de proteção
4. Funções de não discriminação
Bibliografia mínima:
62
2. Regime específico dos direitos, liberdades e garantias (arts. 18.º, 19.º/1/3,
21.º, 22.º, 165.º/b), 272.º/3, 288.º/d) CRP)
2. Cidadão e “cidadanias”
63
2.3. Direitos dos cidadãos da União Europeia
2.3.1. O conceito de cidadania europeia
2.3.2. Expressão constitucional (art. 15.º /5 CRP)
2.4. Direitos dos outros estrangeiros e dos apátridas
64
4.2.2.2. Existência de pessoas coletivas de direito público em
relações típicas de sujeição
4.2.2.3. Um ponto consensual: o reconhecimento de direitos
fundamentais processuais às pessoas coletivas de direito
público
II – O princípio da igualdade
1. Igualdade(s)
1.1. Da igualdade formal à igualdade material
65
1.1.1. Igualdade perante a lei como igualdade formal: sua
importância face à diferenciação estamental do Antigo Regime.
Generalização e abstração da lei como formas de realização da
igualdade
1.1.2. A crise do Estado liberal oitocentista e a exigência de uma
igualdade material
1.2. Igualdade na aplicação da lei e igualdade na criação da lei
1.2.1. Igualdade na criação da lei e o princípio da proibição do
arbítrio
1.2.2. Igualdade na aplicação da lei
2. Concretizações constitucionais do princípio da igualdade
2.1. Princípio geral de igualdade (art. 13.º CRP)
2.1.1. Proibição do arbítrio: em torno de uma noção
2.1.2. Proibição de discriminação
2.1.2.1. Noção
2.1.2.2. Discriminação direta e discriminação indireta
(consequências)
2.12.3. Princípio da não tipicidade dos critérios de
discriminação constitucionalmente vedados (art. 13.º/2
CRP)
2.1.3. Obrigação de diferenciação (discriminação positiva)
2.2. Princípio geral de igualdade e direitos especiais de igualdade
2.2.1. O art. 13.º da CRP como direito geral de igualdade
2.2.2. Direitos especiais de igualdade (arts. 29.º/4, 36.º/4, 37.º, 40.º,
41.º, 47.º, 50.º, 113.º/3, al. b), 230.º, al. c), 269.º/2 CRP)
66
Bibliografia mínima:
67
3.4. REGIME ESPECÍFICO DOS DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS
1.1. Doutrina francesa da “regulamentação das liberdades” (“O exercício (...) dos direitos
individuais supõe uma regulamentação pelo Estado, sem a qual não passam de uma
simples promessa”: cf. Marnoco e Sousa, Constituição Politica da Republica Portuguêsa,
Coimbra: F. França Amado, 1913, 44)
1.2. Aplicabilidade direta: art. 1/3 da Lei Fundamental alemã (GG – Grundgesetz)
68
2. Vinculação do legislador
3. Vinculação da Administração
69
d) O plano do direito regulamentar
4.1. Vinculação por via dos direitos processuais fundamentais (organização e processo)
4.2. Vinculação do conteúdo dos atos jurisdicionais pelos direitos fundamentais
4.3. O acesso direto à Constituição (art. 204.º CRP)
III – Vinculação das entidades privadas (art. 18.º/1 CRP, in fine): breve referência
70
3.2. Localização constitucional (onde estão?: nuclearmente, no art. 18.º/2/3 CRP)
3.3. Identificação dos requisitos (quais são?) das leis restritivas de direitos, liberdades e
garantias
3.3.2.1. Noção
3.3.2.2. Alguns problemas em torno da fórmula
71
3.3.6. Salvaguarda do conteúdo essencial dos direitos, liberdades e garantias (art. 18.º/3
CRP)
3.3.6.1. Teorias quanto ao objecto da proteção
3.3.6.1.1. Teorias objetivas
3.3.6.1.2. Teorias subjetivas
3.3.6.1.3. Teorias mistas
3.3.6.2. Teorias quanto ao valor da proteção
3.3.6.2.1. Teorias absolutas
3.3.6.2.2. Teorias relativas
3.3.6.2.3. Teorias mistas
3.3.6.3. A questão no quadro da CRP
3.3.6.3.1. Quanto ao objeto da proteção (art. 18.º/3, in fine: “conteúdo
essencial dos preceitos constitucionais”)
3.3.6.3.2. Quanto ao valor da proteção (distinção constitucional entre o
princípio da proibição do excesso – art. 18.º/2 – e a salvaguarda do
conteúdo essencial – art. 18.º/3, in fine)
Bibliografia mínima:
72