20 - 05 - Apostila Aph Geral 2022 - Raquel
20 - 05 - Apostila Aph Geral 2022 - Raquel
20 - 05 - Apostila Aph Geral 2022 - Raquel
ESCOLA DE FORMAÇÃO
POLÍCIA DE SOLDADOS
MILITAR DE MINAS GERAIS - EFSd
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS
CENTRO DE TREINAMENTO POLICIAL (CTP)
Coordenadora da Disciplina:
Belo Horizonte
2022
1
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS 2022
Proibida a replicação total ou parcial deste material sem permissão dos autores e
instituição.
2
LISTA DE SIGLAS
ACLS – Advanced Cardiovascular Life Support (tradução do inglês Suporte
Avançado de Vida Cardiovascular - SAVC)
APH - Atendimento Pré-Hospitalar
ATLS – Advanced Trauma Life Support (tradução do inglês Suporte
Avançado de Vida no Trauma)
MS - Ministério da Saúde
OVACE – Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho
PHTLS – Prehospital Trauma Life Support (tradução do inglês: Suporte Pré-
Hospitalar de Vida no Trauma)
RAS - Redes de Atenção à Saúde
RAU – Rede de Atenção às Urgências
RCP – Reanimação Cardiopulmonar e Cerebral
SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SAV – Suporte Avançado de vida
SBV – Suporte Básico de Vida
SOBRASA – Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático
TECC - Tactical Emergency Casualty Care (Tradução do inglês: Atendimento
Tático às Vítimas de Emergência)
USA – Unidade de Suporte Avançando
USB – Unidade de Suporte Básico
3
CURRICULO DE APRESENTAÇÃO
Cb PM Cristóvão Roque Lopes – ROCCA Revisão do tema Acidentes com animais peçonhentos
Comissão de elaboração da disciplia APH Policial do Elaboração do tema Noções de APH Tático
TPB 2022-2024
4
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 6
5
APRESENTAÇÃO
Já o Atendimento Pré-hospitalar Móvel tem por objetivo chegar precocemente à vítima, após ocorrência
de agravo à saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, inclusive as psiquiátricas), que possa levar a
sofrimento, sequelas ou mesmo à morte. Foi estabelecido pela Portaria 1864/GM/2003 que implantou o
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192) nas modalidades Suporte Básico de Vida
(SBV) – que não realizam procedimentos invasivos - e o Suporte Avançado de Vida (SAV) – que aplicam
procedimentos invasivos de suporte ventilatório e circulatório, dentre outros. Também integram os Serviços
Pré-Hospitalares Móveis o Corpo de Bombeiros, os Policiais, outros Agentes de Segurança Pública,
e também empresas particulares. (Grifo nosso). [BRASIL, 2002].
6
especificadamente desenvolvida para a atuação destes agentes em ambientes de
combate ou situações táticas, que exigem conhecimentos e habilidades imprescindíveis
para desempenharem o socorro próprio e o da equipe envolvida, mitigando desta forma
a mortalidade e sequelas oriundas das lesões.
7
Certamente, a busca por conhecimentos na área de APH não se limita à
apresentação desta discplina e seu material didático, pois requer atualizações perenes
e pertinentes sobre os temas desta seara cuidados em primeiros socorros. Esse
processo contínuo de aprendizagem já é uma realidade nas instruções policiais
permanentes em diversas instâncias e grupos policiais da Corporação.
8
Capítulo 01: Aspectos gerais e legais em APH e
Biossegurança
- Atendimento Pré-hopitalar:
Assistência prestada por profissionais de saúde ou oirundo de outras áreas
(socorristas) em um primeiro nível de atenção, aos pacientes portadores de quadros
agudos, de natureza clínica, traumática ou ainda psiquiátrica, que possa levar a
sofrimento, sequelas ou mesmo à morte. O Objetivo desse tipo de assistência é prover
um atendimento e/ou transporte adequado até um serviço de saúde capacitado para o
atendimento da vítima.
- Primeiros Socorros:
Cuidados e intervenções que devem ser prestados de maneira rápida às vítimas
de acidente ou mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida. Tem a finalidade
de manter as funções vitais e evitar o agravamento de complicações do evento por meio
de procedimentos até a chegada de assistência qualificada. Os cuidados de primeiros
socorros são acionados quando a própria vítima não pode cuidar de si, e o atendimento
será realizado por uma pessoa devidamente treinada (atendente) e visa preservar o
Suporte Básico de Vida (SBV). Dessa maneira, os primeiros socorros acontecem antes
do atendimento pré-hospitalar (que será prestado por profissionais especializados).
- Urgência:
Ocorrência imprevista de agravo a saúde (comprometimento agudo das necessidades
humanas básicas) com ou sem risco potencial a vida, cujo portador necessita de
assistência médica imediata, mas que não proporciona risco iminente de morte.
- Emergência:
Agravo a saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo,
portanto, tratamento médico imediato.
9
- Suporte Básico de Vida:4
Primeiro atendimento prestado às vítimas de agravos súbitos (urgência e/ou
emergência) com a aplicação de técnicas e manobras não invasivas para a manutenção
da vida e prevenção de lesões irreparáveis.
4 Em linhas gerais a diferença entre Primeiros Socorros e APH baseia-se no tipo e complexidade do
atendimento. Enquanto que no primeiro o foco está em aplicar técnicas de SBV inclusive por pessoas leigas
ou treinadas, já no atendimento pré-hospitalar além do SBV é praticado por profissionais de saúde o SAV.
Isto é, profissionais designados pela portaria 2048/2002 para o atendimento de urgências e
emergências são considerados socorristas, já pessoas leigas treinadas ou não são consideradas
atendentes de emergência.
5BRASIL. Decreto Nº 5055 de 27 de abril de 2004. Institui o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência –
SAMU, em Municípios e regiões do território nacional, e dá outras providências. Disponível em:<
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5055.htm >. Acesso em 27 de setembro
de 2021.
10
gerais do cotidiano e que não se vinculam às ações de salvamento de natureza tática
ou em ambientes de combate e intervenções bélicas.
Dentre as ocorrências cotidianas que exigem abordagem do APH
Civil/Convencional podem-se citar os acidentes de trânisto, traumas, as Paradas
Cardiorrespiratórias (PCR), quadros de obstrução de vias aéreas por corpos estranhos
(OVACE), etc.
Nestes casos, as principais intervenções do socorrista referem-se ao
dimensionamento da cena para manter a segurança, realizar avaliação sistemática e
correta da vítima, aplicar primeiros socorros para garantir a vida e evitar agravamento
das lesões até a chegada do socorro especializado ou, se necessário, realizar o
transporte até a Unidade de Saúde adequada que concluirá o atendimento.
De modo distinto e com finalidades particulares, a atenção pré-hospitalar no
ambiente de combate ou tático (APH Tático), corresponde ao atendimento fora do
ambiente hospitalar, relacionado às operações de alto risco ou em confrontos armados
entre as forças policiais e infratores. Compreende resgate, atendimento primário e
imediato, necessário ainda em ambiente hostil, logo após o ferimento, possibilitando
estabilizar a vítima e deslocar-se do local do fato até o hospital de pronto-socorro.
(NAEMT, 2018).
No Brasil, a regulamentação do APH Tático é recente e se deu inicialmente pelo
Ministério da Defesa, através da Portaria Regulamentadora n-º 16 de 12 de abril de
20186 que designou oficialmente o termo como aquele voltado às ações de cuidados
com os feridos no campo de batalha e ambientes hostis. Definiu também as abordagens
de profissionais específicos (Médicos, Enfermeiros e Socorristas Táticos) por níveis de
complexidade e padronizou procedimentos como a aplicação de torniquete, a garantia
de vias aéreas dentre outros, a fim de preservar a vida dos feridos até a chegada das
equipes especializadas ou ambientes de cuidados apropriados (hospitais ou centros de
trauma).
Por conseguinte, o Projeto de Atendimento Pré-Hospitalar para profissionais
de Segurança Pública que está em andamento no Brasil - coordenado pelo Ministério
da Justiça e Segurança Pública (MJSP) através da Secretaria Nacional de
Segurança Pública (SENASP) – tem caráter técnico7, e visa a criação de uma diretriz
nacional de cunho orientativo para preparar o profissional que atua na linha de frente no
11
combate à criminalidade, além de capacitações, aquisições de equipamentos e
padronização de produtos visando a redução da mortalidade policial.
Por se tratar de um tema cuja normatização é relativamente recente no Brasil e
que exige reformas nas abordagens de formação dos agentes de segurança púbçlica,
e considerando as questões relativas à atuação profissional de cada membro envolvido
(socorristas táticos e profissionais de saúde), possivelmente teremos avanços e
melhorias futuras na formação dos agentes policiais.
Para fins didáticos, o esquema adiante sumariza a atuação do policial militar
tanto no APH Geral/Civil quanto no APH Tático.
AMBIENTE “CONTROLADO”
CONHECIMENTOS Primeiros
– HABILIDADES – Socorros: leigos,
ATITUDES Suporte Básico de Vida
(SBV) atendentes de
emergência e
APH GERAL socorristas
(CIVIL)
Suporte Avançado de SAV: Médicos e
Vida (SAV) Enfermeiros
APH POLICIAL
Operadores de
Suporte Básico e APH Tático:
Avancado de Vida SBV-
APH TÁTICO SAV) com técnicas Sáude (médicos e
táticas enfermeiros) e
operacionais
CONHECIMENTOS
– HABILIDADES –
ATITUDES AMBIENTE HOSTIL
12
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
- Artigo 135: Crime de Omissão de Socorro
“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo, sem risco pessoal, a criança
abandonada ou extraviada, pessoa inválida ou ferida, ao desamparado, em grave ou iminente
perigo, ou não pedir, nestes casos, o socorro da autoridade pública. Pena: Detenção de 01
(um) a 6 ( seis ) meses ou multa.”
Fonte: Adaptação da autora. Baseado em Leis Brasileiras.8
Responsabilidade
dos socorristas e
atendentes de
emergência.
8Normas jurídicas do Brasil. Maiores detalhes ver referencial na íntegra: BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 07
de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940. BRASIL. Lei n.
10.406, 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 11 jan. 2002.
13
- Imprudência: agir assumindo o risco de desfechos negativos
Fazer ou agir sem cautela, com precipitação ou afoiteza. “Imprudente é aquele que sabe do grau de risco
envolvido na atividade e mesmo assim acredita que é possível a realização sem prejuízo para ninguém.” A
pessoa em suas ações, age realizando uma atitude diversa da esperada. Isto é, age correndo o risco.
Não garantir distância segura no dimensionamento da Não usar Equipamentos de Proteção Individual
cena, e sinalização (idealmente por cones) aumentando (EPI´s) de forma adequada
o risco de acidentes.
- Vamos refletir:
Policiais mortos em combate por não Imperícia? Imprudência? Negligência?
utilizarem equipamento de proteção
14
1.4 Responsabilidades Éticas na assitência pré-hospitalar
A ética e a confiança estão implícitas à função do socorrista. Assim, é necessário
corresponder à essa confiança com atitudes profissionais, dentro de padrões
convencionalmente aceitos.
Lembre-se que suas ações podem determinar a diferença entre a vida e a morte.
A competência e comportamento ético são ingredientes valiosos para o policial, para
sua instituição e, principalmente para a vítima.
Outra questão ética que cabe ressaltar refere-se ao direito da pessoa recusar ao
socorro. Não sendo esta alienada ou sem condições físicas e de saúde de responder
por si, é assegurado o direrito de recusa, desde que não haja risco iminente de óbito.
Em todos os casos o registro é fundamenal para amparar e proteger a conduta policial
militar.
✓ Isolamento da área;
✓ Preservação do local;
15
As diretrizes da Matriz Curricular para Ações Formativas dos Profissionais da
Área de Segurança Pública (2014) também prevê que estes profissionais conheçam
as técnicas de atendimento pré-hospitalar.
16
Não obstante, o policial militar pode vivenciar situações polêmicas no contexto do
APH que requer procedimentos e registro adequado. São exemplos destas
circunstâncias:
17
CONDIÇÕES EVIDENTES DE ÓBITO NA CENA
Queimadura extensa com carbonização Rigidez cadavérica
Preservação
da imagem
e não
exposição
Preservação
da imagem e
Preservação
não exposição
da imagem e
não exposição
DOCUMENTAÇÃO DO OCORRIDO
A documentação deve seguir as instruções da instituição. Esse documento serve como registro
legal no caso de processo judicial e deve ser claro, preciso, legível, contendo as seguintes
informações:
✓ Condição da vítima quando encontrada.
✓ Descrição da vítima, da lesão ou da natureza do mal súbito.
✓ Atendimento prestado à vítima.
✓ Nome da instituição e da pessoa que assumiu a vítima.
✓ Quaisquer outros fatos notáveis.
✓ Qualquer possibilidade de exposição às doenças infecciosas.
✓ Qualquer fato incomum relacionado ao caso.
✓ Testemunhas.
Fonte: Adaptação da autora. Imagens públicas disponíveis em google imagens. Acesso em 21 de
setembro de 2021.
18
é, o vírus SARS-CoV-2, detectado pela primeira vez na província de Wuhan na China
em dezembro de 2019. Por conseguinte, tais medidas se consolidaram no controle
epidemiológico adequado e redução da cadeia de transmissão da doença (COVID-19).
Fonte: Documentos Institucionais. Pílulas de Segurança. Diretoria de Comunicação Organizacional (DCO). PMMG
Documentos na íntegra estão disponíveis no Painel Administrativo (PA) da PMMG.
19
Capítulo 02: Revisão Geral de Sistemas Orgânicos, Sinais
e Sintomas
SINAL SINTOMA
Tatuagem traumática Dor e dificuldade para
decorrente do cinto de respirar
segurança
20
2.2 Noções de Anatomia e Fisiologia, Sinais e Sintomas
- Sistema Respiratório
21
Anatomicamente o sistema respiratório é constituído por:
Porção da condução (não participa da troca gasosa): nariz, faringe, laringe, traqueia e
brônquios
Porção da respiração (processo de hematose): alvéolos e pulmões.
- Traqueias
- Pulmões
Os pulmões são revestidos por duas membranas
finas denominadas “pleuras”. A pleura visceral
está diretamente aderida ao órgão, enquanto a
pleura parietal está sobre a pleura visceral. Entre
estas membranas há uma secreção lubrificante
(líquido pleural) que favorece o movimento
pulmonar.
22
A ventilação constitui-se da movimentação do ar através do Sistema Respiratório
e é dependente da sinergia entre contração dos músculos que suportam e locomovem
a caixa torácica durante duas fases: inspiração (fase ativa – há contração muscular e
gasto energético) e expiração (fase passiva da respiração sem gasto energético).
Possibilita a entrada do ar inalado do meio ambiente e rico em oxigênio e condução aos
alvéolos pulmonares., como também a saída do ar carregado de gás carbônico, dos
alvéolos até o meio externo.
23
A difusão por sua vez, corresponde ao
movimento das moléculas de gás carbônico
e oxigênio por meio da membrana capilar
alveolar com vistas a preservar o equilíbrio
metabólico adequado para as funções
corporais. Perdas sanguíneas e doenças
ou lesões na “barreira de troca gasosa”
implicam em desequilíbrio nas
concentrações dos gases e
consequentemente repercutem em sinais e
sintomas de descompensarão respiratória.
- Frequência: aferida em respirações por minuto, podendo ser: normal, lenta ou rápida.
Cada ciclo respiratório é composto por uma inspiração e uma expiração respectiva.
- Ritmo: verificado através do intervalo entre uma respiração e outra, podendo ser
regular ou irregular.
- Profundidade: verifica a extensão do movimento (profunda ou superficial).
24
- Sistema Cardiovascular
Fonte: Adaptação da autora. Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022.
1. Veia Cava Superior / 2. Veia Cava Inferior / 3. Átrio Direito / 4. Ventrículo Direito
5. Ventrículo Esquerdo / 6. Artéria Pulmonar / 7. Aorta / 8. Artéria Coronária Direita
9. Artéria Coronária Descendente Anterior / 10. Átrio esquerdo / 11. Veias Pulmonares
.
A circulação sanguínea obtida por meio da contração cardíaca é dividida em dois tipos:
25
A onda de propulsão gerada após a passagem do sangue nas artérias é denominada
pulso. O pulso pode ser percebido em qualquer artéria, sendo chamado pulso central
aquele aferido em artérias calibrosas (carótidas e femurais em adultos e artérias
braquiais em crianças) e pulso periférico, aferido em artérias de extremidades.
60 – 90 bpm
Adolescentes (13 a 18 anos)
Adultos (acima de 18 anos) 60 – 100 bpm
26
- Atenção quanto à avaliação do pulso em bebes, crianças e lactantes:
- Pulsos Centrais:
Fonte: Adaptação da autora. Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022.
27
- Outros Pontos de aferição dos Pulsos:
- Pressão arterial
28
- Sistema Nervoso
29
Fonte: Adaptação da autora. Imagens públicas disponíveis em google imagens, 2020.
CRUZ VERMELHA Brasileira Filial do Estado de Minas Gerais. Manual do Socorro Básico de
Emergência. Belo Horizonte, 1ª edição, 2007.
NAEMT. Atendimento pré-hospitalar o traumatizado: básico e avançado. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2019.
30
Fonte: Imagens disponíveis em google imagens, 2022.
O tecido nervoso não regenera e não é reparável cirurgicamente. Desta forma, uma
vez lesada a medula, o dano é irreversível. Segundo o membro afetado, as paralisias
recebem nomes específicos:
✓ Paraplegia: paralisia completa dos membros inferiores.
✓ Tetraplegia: paralisia completa dos quatro membros.
✓ Hemiplegia: paralisia completa de um lado do corpo.
✓ - Paresia: paralisia parcial das pernas, quatro membros ou de um lado.
31
Fonte: Esquema elaborado pela autora. Imagens disponíveis em google imagens, 2022.
32
tratar de uma nobre região pela qual se preservam o mediastino com pulmões, coração
e vasos sanguíneo importantes como a artéria carótida e veia cava.
Fonte: Esquema elaborado pela autora. Imagens disponíveis em googel imagens, 2022.
33
Fonte: Esquema elaborado pela autora. Imagens disponíveis em google imagens, 2022.
34
- Medidas de segurança da cena:
• Checar a segurança do local e de si mesmo;
• Tornar o local seguro;
• Acionar o auxílio adicional;
• Sinalizar o local;
• Considere sempre os riscos visíveis e ou invisíveis.
Ao identificar qualquer risco potencial, avalie sua capacidade de lidar com o
caso, necessitando chame auxílio adicional técnico:
Corpo de Bombeiros SAMU (Unidade Básica e ou Avançada) Policia Rodoviária Federal
Militar 192 191
193
Policía Civil –197 Defesa Civil –199 CEMIG –116
35
APLICAÇÃO – MÉTODO START (IMV)
Utiliza o mnemônico sequencial “30-2-pode fazer” que não deve ultrapassar 1 minuto (60
segundos), é rápida e não requer equipamentos médicos especializado.
Fonte: Esquema elaborado pela autora. Imagens disponíveis em google imagens, 2022.
36
CLASSIFICAÇÃO DE VÍTIMAS EM INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
(START)
Trauma pode ser definido como um evento nocivo aos tecidos e vasos produzido
por ação violenta externa ao organismo e de distintas naturezas (mecânica; química;
térmica; irradiação; elétrica).
A AVALIAÇÃO PRIMÁRIA da vítima tem por objetivo verificar os sinais vitais e
tratar as condições que o colocam em risco iminente de morte. Baseia-se nas diretrizes
37
do Advanced Trauma Life Support/ATLS (Suporte Avançado de Vida no Trauma), do
Colégio Americano de Cirurgiões (a partir de 1979); e do Prehospital Trauma Life
Support (PHTLS) - Suporte Pré-Hospitalar de Vida no Trauma -, desenvolvido para o
ambiente extra-hospitalar, na década de 80.
A 9ª edição do PHTLS (2019) atualizou o mnemônico antigo "ABCDE" para uma
sequência “X-ABCDE” que discrimina intervenções objetivas para cada letra do
mnemônico.
SEQUENCIA X- ABCDE
X HEMORRAGIA EXSANGUINANTE Controle de Hemorragias Graves.
A VIAS AÉREAS (AIRWAY) Manter vias aéreas pérvias e a estabilização da
coluna cervical
B RESPIRAÇÃO (BREATHING) Garantir boa respiração e ventilação
C CIRCULAÇÃO (CIRCULATION) Verificar pulso e controle de hemorragias menores
D NEUROLÓGICO (DISABILITY) Avaliação de disfunção neurológica, pupilas, aplicar
escala de coma de Glasgow ou AVDI.
E EXPOSIÇÃO (EXPOSURE) Expor a vítima para avaliação, mas controlando o
ambiente e prevenção da hipotermia.
Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024.. Baseado na última edição
do PHTLS (9ª edição).
10Embora o uso do torniquete não seja prerrogativa exclusiva do ambiente tático, é neste cenário
que sua utilidade obteve grande avanço. As técnicas de aplicação do torniquete serão abordadas no
caput de controle de hemorragias.
11 A compressão local das feridas sangrantes tem sido a manobra mais difundida mundialmente para o
controle da hemorragia, e, na maioria das vezes apresenta desfechos satisfatórios. Entretanto, durante as
guerras do Iraque e Afeganistão o exército americano conseguiu reduzir consideravelmente o número de
mortes evitáveis com a aplicação do torniquetes nos sangramentos maciços de extremidades. Aliado a
isso, o aumento do número de ataques com arma de fogo a alvos civis e ataques com bombas, motivou o
governo dos Estados Unidos lançar uma campanha para “Parar o Sangramento” (Stop the Bleed), com o
intuito de informar sobre atitudes que poderiam ser benéficas em caso de ataques em massa. O sucesso
do uso de desfibriladores automáticos e ensinamentos de como proceder em paradas cardíacas baseou o
início desta ideia.
38
tecnicamente pelo American College of Surgeons, em parceria com Consenso
Hartford (2013) visa capacitar profissionais da saúde e pessoas leigas para atuar
imediatamente em situações de trauma (emergências cotidianas, desastres naturais ou
provocados pelo homem, etc), que cursam com sangramentos, possibilitando salvar
mais vidas
Justificativa: Por mais rápida que seja a chegada dos profissionais de emergência, os
transeuntes sempre serão os primeiros a chegar. Uma pessoa que está sangrando pode
morrer devido à perda de sangue em torno de 05 (cinco) minutos, sendo imperativo saber
como interromper rapidamente a perda de sangue.
“A única coisa mais trágica do que uma morte, é uma morte que poderia ser evitada!”
1 - Comprima a lesão do sangramento
diretamente com as mãos:
A maioria das hemorragias externas pode ser
controlada pela aplicação de pressão direta (05 a
10 minutos) na ferida, o que permite a interrupção
do fluxo de sangue e favorece a formação do
coágulo.
2 - Aplique/Preencha a Ferida Sangrante:
Recomenda-se, preferencialmente, utilizar
compressa estéril, pressionando firmemente por
10 a 20 minutos. Caso não seja disponível utilize
um pano limpo e seco. Em seguida, fixar a
compressa com bandagem/faixa.
3 - Aplique o Torniquete:
No membro afetado cerca de 5 a 7 cm em posição
proximal à lesão ou, de acordo com o IV Consenso
de Hartford (Alto e apertado). Não aplicar sobre
articulações. Caso a lesão esteja próxima a uma
articulação, posicione o torniquete acima da
articulação. Aperte o torniquete até que o
sangramento pare completamente.
Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024. Imagens disponíveis em
google imagens. Maiores informações sobre a Campanha Stop the Bleed em: <
https://www.stopthebleed.org/ >. Acesso em outubro de 2021.
39
“A” – ABERTURA DE VIAS AÉREAS COM CONTROLE/PROTEÇÃO DA COLUNA
CERVICAL:
Atenção: A manobra Head Tilt Chin Lift (inclinação da cabeça e elevação do queixo)
deve ser evitada em casos suspeitos de lesão cervical.
Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024. Imagens extraídas da
plataforma google imagens, setembro de 2021.
“B – RESPIRAÇÃO”:
40
(detecção de privação de oxigênio através da cianose – pele “arroxeada" nos dedos e
região dos lábios).
PNEUMOTÓRAX E HEMOTÓRAX
Fonte Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024. Imagens disponíveis em
google imagens em setembro de 2021.
Avaliação da Perfusão
Normal Retorna-se em até 2 segundos
Fonte Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024. Imagens disponíveis em
google imagens em setembro de 2021.
.
“D” – AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA:
41
Avaliação do reflexo pupilar - pode demonstrar lesões cerebrais
42
PONTOS PRINCIPAIS DA AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
✓ Avaliar o nível de consciência; cosciente (orientado x confuse) ou em
estado de coma
✓ Avaliar os 4 sinais vitais: Pulso; Respiração e Temperatura;
✓ Avalie os 3 Sinais para Suporte Diagnósticos: tamanho das pupilas;
enchimento capilar (perfusão sanguínea das extremidades) cor da
pele.
Avaliação da Perfusão
Normal Retorna-se em até 2
segundos
Retorno após 2
Lenta segundos
(Hemorragia Interna)
Retorno após 3
Diminuída segundos (Quadro
de Choque ou PCR)
Fonte: Adaptação da autora. Imagens públicas extraídas do google imagens. Agosto de 2022.
43
Um método sistemático para obter informações e ajudar a tranquilizar a vítima,
seus familiares e testemunhas que tenham interesse pelo seu estado pode colaborar
para esse processo de avaliação.
Os elementos que constituem a análise secundária são o exame da cabeça aos
pés, a monitoração da respiração, pulso, consciência e a entrevista. O exame completo
do paciente, da cabeça aos pés, consiste em comparar um lado com o outro, procurando
possíveis deformidades, ou outro sinal anormal.
Um histórico rápido pode ser obtido utilizando-se o mnemônico AMPLA, que
serve como lembrança para alguns componentes chave. Segue para a entrevista o
seguinte roteiro:
A – ALERGIA
M – MEDICAMENTOS de uso da vítima
P – PASSADO médico.
L – LÍQUIDOS e alimentos ingeridos.
A– AMBIENTE, local da cena, eventos que levaram ao trauma.
44
Com o objetivo de normatizar as diretrizes de atendimento da PCR, das
emergências cardiovasculares e respiratórias e de outros incidentes; diversas
organizações em todo o mundo publicam protocolos ou recomendações científicas
sobre o assunto. Dentre elas, a American Heart Association (AHA) é uma das pioneiras
e suas publicações datam desde o ano de 2002 com atualizações periódicas baseadas
nas melhores evidências científicas para orientar o atendimento adequado, aumentar
sobrevida e reduzir sequelas em vítimas viáveis. 12
Fonte: American Heart Association. Destaques das diretrizes de RCP e ACE de 2020. Disponível
em: <https://cpr.heart.org/en/resuscitation-science/cpr-and-ecc-guidelines>. Acesso em 20 de setembro
de 2021.
12A Diretriz de 2020 atualizada para 2021 ocorreu recentemente em 21 de outubro de 2020. Fonte:
American Heart Association. Destaques das diretrizes de RCP e ACE de 2020 da Disponível
em: <https://cpr.heart.org/en/resuscitation-science/cpr-and-ecc-guidelines>. Acesso em 20 de setembro de
2021.
45
Passos da cadeia de sobrevivência para atendimento da PCR no contexto pré hospitalar
por socorristas leigos.
Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024. Sequência de
Reanimação Cardiopulmonar recomendado pela American Heart Association. Destaques das diretrizes
de RCP e ACE de 2020. Atualização com os cuidados respiratórios na vigência da COVID-19. Disponível
em: <https://cpr.heart.org/en/resuscitation-science/cpr-and-ecc-guidelines>. Acesso em 20 de setembro
de 2021.
46
- Atendimento sequencial do policial militar à vítima em PCR
ATENÇÃO:
A verificação do pulso central
(artéria carótida ou femural em
adultos e crianças / artéria
braquial em lactantes) para
diagnóstico de RCP é recomendado
para profissionais da saúde ou
equipes capacitadas.
Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024. Imagens extraídas da
plataforma google imagens, setembro de 2021.
47
- NOTA DE APRENDIZAGEM:
Dispositivos de suporte ventilatório para SBV em APH
Máscara Pocket
✓ Oferece barreira inclusa para
evitar o contato boca-a-boca com
o paciente. Deve ser utilizada
apenas por pessoal treinado
adequadamente em RCP e não
está indicada no contexto da
Pandemia de coronavirus.
✓ Pode oferecer de 18 a 21% de
FiO2
Sistema Bolsa-Válvula-Máscara ✓ A ventilação com ambu (bolsa-
(AMBÚ) válvula-máscara) é o método
padrão para fornecer rapidamente
ventilação de resgate a pacientes
com apneia ou insuficiência
ventilatória grave.
✓ Pode oferecer 30% de FiO2
Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora. Imagens extraídas da plataforma google
imagens, setembro de 2021.
48
no adulto, frequentemente presentes no contexto extra-hospitalar (mais de 50% dos
casos) e podem ser totalmente revertidos pela desfibrilação precoce (choque).
13MINAS GERAIS. Lei 15778, de 26/10/2005. Torna obrigatório equipar com aparelho desfibrilador cardíaco
os locais, veículos e estabelecimentos que menciona. Disponível em:<
https://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?tipo=LEI&num=15778&comp=&ano=
2005>. Acesso em 21 de setembro de 2021.
49
Local de fixação dos Eletrodos no tórax do paciente:
A – Adultos e crianças maiores de 08 anos
B – Crianças (01 a 08 anos):
14A Campanha enfatiza apenas 2 passos: chamar ajuda e compressão torácica efetiva, chamado de
"hands only" – somente mãos (para socorristas leigos não treinados); ou 3 passos: chamar ajuda,
compressão torácica efetiva e ventilação (para socorristas leigos treinados ou profissionais de saúde). Veja
maiores informações e o video da Campanha em: <https://www.youtube.com/watch?v=M4ACYp75mjU >.
Acesso em outubro de 2021.
50
“TODOS PODEM SALVAR VIDAS!”
51
Adultos Crianças Menores de 01 ano/Lactantes
Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024. Imagens extraídas da
plataforma google imagens, setembro de 2021.
✓ Bloqueio na passagem de
ar pela VAS
Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024. Imagens extraídas da
plataforma google imagens, setembro de 2021.
52
- Abordagem Geral da OVACE no APH
Classificação da OVACE de acordo com o comprometimento da Via Aérea.
Insuficiente troca de
Mantém algum nível
ar com dificuldade
de troca de ar.
acentuada.
Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024. Imagens extraídas da
plataforma google imagens, setembro de 2021.
53
✓ Se não conseguir remover o corpo estranho após esses primeiros 05 (cinco) golpes,
deite o bebê de costas em seu braço (barriga para cima), com a cabeça igualmente a
um nível inferior do corpo;
✓ Efetue 05 compressões no esterno (com 2 dedos logo abaixo da linha intermamilar, tal
como manobra de reanimação);
✓ Verifique se houve a desobstrução e se é possível realizar a retirada do corpo estranho
com os dedos em pinça sobre visualização direta;
✓ Caso não tenha ocorrido repita a série até a desobstrução ou até a chegada ao hospital
ou da equipe especializada.
- NOTA DE APRENDIZAGEM:
PROTOCOLOS DISTINTOS – EVIDÊNCIAS EM CONDUTAS PARA
OVACE
- Protocolo da AHA x Protocolo Canadense x Protocolo Europeu
O princípio básico é: adotar preferências, baseado em
evidências/fundamentos (princípios). Na PMM adotamos o protocolo da AHA.
54
Capítulo 06: Abordagem Geral às Vítimas de Traumas,
Hemorragias e Estados de Choque em APH
Trauma é definido como um evento nocivo aos tecidos e vasos que advém da
liberação de formas específicas de energia ou de barreiras físicas ao fluxo normal de
energia (NAEMT, 2017). Essa energia existe em cinco formas físicas: Mecânica,
Química, Térmica, Irradiação e Elétrica.
55
Na avaliação ao paciente vítima de trauma algumas leis da física devem ser
consideradas:
- NOTA PRÁTICA:
56
Os danos ocorrem pela transferência de energia, quando os tecidos do corpo
humano são violentamente deslocados para longe do local de impacto, pela transmissão
de energia. As lesões traumáticas podem ser classificadas em:
57
Presença de Hematoma em Laceração tecidual em
Traumas Contusos Traumas Abertos
OBS: Em caso de uma desaceleração brusca, como em uma batida, os órgãos podem se
mover, romper ou serem arrancados do corpo. Parte da energia cinética será absorvida pelo
próprio veículo, pelo objeto com que o veículo colidiu ou será transformada em calor. Resultam
de uma separação traumática causada pela avulsão violenta e rápida.
58
- Lesões do Tipo cavitação – Traumas penetrantes
59
Esquena elaborado pela autora, por meio de diversas fonte: PHTLS 8ª edição (2017) e google imagens, 2022.
Citação da Figura 4: Leite Segundo, et al. Inclusão do estudo da balística no tratamento dos ferimentos faciais por
projétil de arma de fogo. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.13, n.4, p. 63-70, out./dez. 2013.
Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/pdf/rctbmf/v13n4/a10v13n4.pdf . Acesso em mai. 2022
Cavitação: refere-se ao deslocamento abrupto dos tecidos do corpo humano para longe do local do
impacto, devido à transmissão de energia, o que forma uma cavidade. Isso acontece quando o corpo,
se movimentando, se choca contra um objeto estático. A cavitação pode ser temporária ou permanente
Nos Traumas penetrantes a troca de energia entre o projétil em movimento e o corpo resulta em
cavitação. Das principais lesões, FAB ou FAF contabilizam mais de 90% das causas.
60
- NOTA PRÁTICA:
6.2 Hemorragias
Hemorragia pode ser definida como a ruptura dos vasos sanguíneos e
consequente extravasamento de sangue. Perdas sanguíneas não abortadas de forma
intempestiva e adequada progridem para o estado de choque - baixa perfusão
(circulação e oxigenação de órgãos) -, disfunção celular e pode levar a vítima ao óbito
em poucos minutos (NAETM, 2019).
Pode ser classificada em externa (quando a hemorragia é visível) e interna
(quando não é visualizada de forma direta, mas por hematomas na região (abdome,
tórax, membros), podendo exteriorizar-se por orifícios do organismo (boca, nariz, ouvido
etc.).
A gravidade e perda volêmica pode ser estimada com base na tabela adaptada
do American College of Surgeons Committee on Trauma, (Colégio Americano de
Cirurgiões do Trauma – EUA) variando entre os estágios I a IV. Em geral, pacientes em
estágio I e II apresentam-se ansiosos, agitados e com ligeiro aumento da respieração e
pulso; e não necessitam de reposição de hemoderivados (sangue e plasma), ao
contrário das classes mais graves (III e IV) nas quais a vítima progride para ansiedade
extrema, aumento do pulso e até estado de confusão, torpor que levará ao coma
(inconsciência).
CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE HEMORRÁGICO – estimativa pela perda de sangue
Classe Perda de Freq. Cardíaca Freq. Estado mental
sangue respiratória
I 750 ml Alteração mínima Alteração mínima Levemente
ansioso
II 750-1500 ml Aumento Aumento Moderadamente
ansioso
III 1500-2000 ml >120 batimento/min 30-40 Ansioso,
ventilações/min confuso
IV >2000ml >140 batimento/min >35 Confuso,
ventilações/min letárgico
Fonte: National Association of Emergency Medical Technicians (NAEMT). PHTLS: Atendimento pré-
hospitalar ao traumatizado. 9ª edição. Editora Artmed. 2019.
61
- Tipos de Hemorragias externas:
Hemorragia venosa: o sangue possui coloração mais intensa (escura) e não sai do
corpo em “jatos”, apresentando, portanto, uma perda mais uniforme e lenta.
Hemorragia capilar: perda de sangue lenta, em pequenas gotas, e o sangue tem cor
intermediária.
✓ Perda/amputação de um
membro;
✓ Sangue abundante acumulado
no chão;
✓ Curativos ou bandagens
embebecidos de sangue;
✓ Sangramento em uma pessoa
confusa ou desorientada.
62
Fonte: Adaptação do material didático da autora. Imagens disponíveis em google imagens em setembro
de 2021.
b) Bandagem Compressiva:
✓ Feito de forma que uma pressão mecânica seja mantida sobre o ferimento;
✓ Pode estancar grandes hemorragias;
✓ Usar gazes preenchendo a ferida;
✓ Usar um chumaço de gaze por cima para promover a pressão.
63
c) Curativos hemostáticos: os dispositivos hemostáticos foram desenvolvidos
inicialmente para os conflitos no Afeganistão e no Iraque, onde foram usados pelas
forças militares dos EUA salvando várias vidas. Atualmente as gazes impregnadas
com agentes hemostáticos são como equipamento obrigatório pelas Forças
armadas dos EUA e forças de segurança como CIA, FBI, SWAT, policias locais,
atendimento de emergências e hospitais nos EUA e em vários países.
d) Torniquetes
Os torniquetes são usados para o controle de hemorragias importantes quando a
compressão direta e compressão elástica não foram eficazes. A finalidade do
torniquete é realizar constrição externa (temporária) do leito vascular lesado através da
oclusão mecânica externa de veias e artérias.
✓ Aplicar diretamente sobre a pele;
✓ 4 a 5 “dedos” acima de ferida, para uma aplicação deliberada;
✓ Nunca sobre uma articulação;
✓ Em um ferimento por munições de alta velocidade, indica-se o uso do torniquete
emergencial – sendo mais alto e mais apertado;
✓ Apertar até desaparecer o pulso distal;
✓ Se for necessário, instalar um segundo torniquete, acima do primeiro – torniquete
duplo;
✓ Na região dos membros com ossos duplos, pode acontecer de um torniquete,
mesmo apertado, não estancar a hemorragia. Isso acontece porque os ossos
“protegem” o vaso, impedindo a obstrução do mesmo;
64
o Na perna: tíbia e fíbula;
o No antebraço: rádio e ulna;
✓ Porém, ainda assim, indica-se o uso do torniquete “mais apertado”, uma vez que
a diminuição do fluxo sanguineo é real. Não estancando o sangramento, poderá
haver a reversão ou aproximação do torniquete para uma maior efetividade da
técnica.
ATENÇÃO:
• Enquanto o socorrista observa os focos de hemorragia, pode realizar a
exposição do corpo da vítima, verificar o estado de consciência e fazer as
demais observações, não necessariamente seguindo um protocolo somente
após terminar outro.
• Mantenha atenção ao pulso distal/perfusão capilar, checando-os sempre que
possível.
Volume;
De modo geral entre 150 a 200 minutos a equipe de socorro realizará o transporte
para um Centro de Trauma/Emergências de modo a assegurar a sobrevida da vítima.
O diâmetro ideal em largura de um torniquete deve ser de 7 a 10 cm, com extensão
mínima de 70 cm a 1,0 metro. Os torniquetes de combate ou táticos são os mais
seguros, tendo em vista que já foram testados e são recomendados pelos Comitês e
Centros de Treinamento Especializado em APH Tático. O projeto de APH Tático
65
Nacional prevê Kits materiais e insumos recomendados e podem ser vislumbrados no
Anexo B da Diretriz.
66
Algoritmo adaptado para controle do sangramento maciço, conforme Consenso de HARTFORD
IV da American College of Surgeons. 2018.
NÃO SIM
NÃO SIM
Aplique acima da
MANTENHA PRESSÃO SOBRE A FERIDA, ferida e aperte
AVALIE A VÍTIMA CONTINUAMENTE E até cessar o
AGUARDE SOCORRO ESPECIALIZADO. sangramento.
O Consenso de Hartford está em sua 4ª edição. Esta Diretriz reconhece a magnitude do sangramento
descontrolado e reconhece a importância da atuação da sociedade em geral na prevenção de mortes
por sangramentos. O maior princípio adotado no consenso é de que ninguém deve morrer por
sangramento descontrolado em eventos com múltiplas vítimas.
Fonte: American College of Surgeons, Hartford Consensus IV, sot 2018. Disponível em:<
(https://www.bleedingcontrol.org/~/media/bleedingcontrol/files/hartford%20consensus%20compendium
.ashx)>. Acesso em 20 de set 2021.
67
Em um estado de saúde normal, o coração bombeia o sangue através das artérias,
veias e capilares para nutrir os órgãos e tecidos do corpo com oxigênio e nutrientes.
Mais importante, o sistema circulatório irriga o cérebro e demais órgãos vitais que nos
mantém vivos. Algumas vezes, o corpo não consegue fazer com que o sangue chegue
aos órgãos e tecidos, levando ao choque, podendo levar ao sofrimento e morte celular.
Existem seis tipos de choque: Hipovolêmico, Cardiogênico, Obstrutivo, Neurogênico,
Séptico e Anafilático.
Fonte: Imagem disponível em google imagens. Siglas: *PA (pressão arterial); **NC (nível de consciência); ***EC (enchimento
capilar)
A estimativa de perda em água e/ou sangue, pode ser estimada com base na tabela
adaptada do American College of Surgeons Committee on Trauma, (Colégio Americano
de Cirurgiões do Trauma – EUA) variando entre os estágios I a IV. Em geral, pacientes
em estágio I e II não necessitam de reposição de hemoderivados, ao contrário das
classes III e IV.
68
Fonte: National Association of Emergency Medical Technicians (NAEMT). PHTLS: Atendimento pré-
hospitalar ao traumatizado. 8ª edição. Editora Artmed. 2017.
- Hipovolêmico
O choque hipovolêmico se dá quando existe uma diminuição do volume de fluídos
corporais. De uma maneira geral, isto é causado por grande perda de sangue
(hemorragias) ou grande perda de fluídos corporais, através da transpiração excessiva,
vômitos, queimaduras ou diarreia. Os principais sinais e sintomas são:
✓ Tontura e desmaio;
69
- Cardiogênico
Este tipo de choque está relacionado a problemas com o sistema de
bombeamento do sangue através do sistema circulatório, ou seja, o coração. As
principais causas são infarto agudo do miocárdio; arritmia cardíaca e insuficiência
cardíaca.
- Obstrutivo
É decorrente da redução do débito cardíaco secundário a um inadequado
enchimento ventricular. As principais causas de choque obstrutivo são o
tamponamento pericárdico, a embolia pulmonar maciça e o pneumotórax.
- Séptico
É causado por infecções graves, sistêmicas. Microrganismos patogênicos que
invadem o sistema circulatório e provocam dilatação dos vasos, ocasionando uma
redução relativa do volume sanguíneo circulante.
- Anafilático
Trata-se de uma reação de hipersensibilidade a medicamentos, alimentos, peçonha;
etc. A histamina, liberada pelo corpo com o objetivo de combater a alergia, também
causa uma vasodilatação sistêmica.
- Neurogênico
Devido a lesão da medula espinhal, ocorre disfunção do comando do sistema
circulatório, provocando baixa pressão arterial e outros sintomas relacionados aos
danos dos nervos (ex. priaprismo (ereção involuntária), perda de controle do esfíncter
anal e urinário – urina e evacuações espontâneas).
70
É fundamental reconhecer o estado de choque, pois ele é a principal causa das mortes
no atendimento pré-hospitalar devido a hemorragia interna. Os principais sinais e
sintomas são:
✓ Pressão sistólica menor que 80 mmHg. (Lembrar que a pressão sistólica no estado
de choque vai diminuindo progressivamente, então, numa medida isolada da pressão
arterial podemos encontrar valores superiores a 80 mmHg, que vai diminuindo com o
avanço do estado de choque).
✓ Tontura e desmaio;
71
Capítulo 07: Abordagens específicas em alguns tipos de
Trauma em APH
7.1 Trauma Crânio Encefálico (TCE)
Preservação da imagem e
não exposição
72
Fonte: acervo da autora. Imagens públicas disponíveis no site google imagens.
73
- O ÚNICO CASO em que é possível retirar objetos encravados é na bochecha, se
penetrar na cavidade oral, devido á facilidade de remoção e baixo risco de
complicações com o benefício de conter o sangramento por curativo local.
• Rretirar o corpo estranho, realizer o curative e procurar recurso hospitalar.
74
- Conduta em situações de traumas com ferimento no pescoço
✓ Mantenha o paciente calmo;
✓ Peça para o paciente respirar devagar e observar a respiração;
✓ Não se esqueça da possibilidade de trauma de coluna;
✓ Curativo oclusivo com uma compressa,
✓ Não aplique pressão sobre as vias aéreas;
✓ Não aplique pressão nos dois lados do pescoço ao mesmo tempo;
✓ Procure socorro adequado.
- Pneumotórax
Trata-se de uma perfuração do tórax ou do pulmão que leva ao acúmulo anormal de ar
entre as pleuras (membranas que revestem o pulmão a parede interna do tórax).
Hemotórax é o acúmulo de sangue. O pneumotórax pode ou não ser aberto (com ferida
visível).
✓ Em caso de lesão torácica aberta, se for necessário curativo ou pressão direta para
conter a hemorragia, ter cuidado para o curativo não se tornar oclusivo e piorar o
pneumotórax.
✓ Estabilizar o local utilizando o braço de lado atingido, flexionando o membro sobre o
local, imobilizando com faixas/ataduras;
✓ Se possível transportar com a cabeça elevada a 45º para o hospital monitorando
sinais vitais.
75
PNEUMOTÓRAX
Aprisionamento aéreo
com tensão (pressão)
contra os pulmões).
ATENÇÃO:
O CURATIVO SELANTE
VALVULADO DE TRÊS PONTAS
(ESTÉRIL) É A PRIMEIRA OPÇÃO.
O CURATIVO IMPROVISADO DE
TRÊS PNTAS É UM RECURSO
UTILIZADO SOMENTE EM
SITUAÇÕES EXTREMAS.
76
7.4 Trauma Abdominal
Deve-se reconhecer ou suspeitar que houve trauma abdominal quando houver:
✓ Alteração da cor;
✓ Endurecimento de alguma região do abdome;
✓ Alteração da temperatura;
✓ Exposição de vísceras (Evisceração).
- Condutas:
Em caso de evisceração adotar os procedimentos abaixo descritos:
✓ Não tente recolocar o órgão eviscerado para dentro;
✓ Cubra o local com um pano limpo, umedecido com soro fisiológico ou água limpa;
✓ Cubra o pano úmido com um plástico estéril para evitar infecções;
✓ Enfaixar o local para estabilizar o ferimento;
Fonte: Adaptação e acervo da autora. Imagens disponíveis em google imagens. Agosto 2019.
77
8
- Condutas
• Mantenha a condição respiratória;
• Mantenha a cabeça alinhada e toda a coluna imobilizada;
• Controle os sinais vitais.
78
• Luxação: Articulação sai do local. Os sinais e sintomas são semelhantes aos de
fraturas, sendo adotada basicamente a mesma conduta para fraturas.
• Fratura: Osso quebrado. Pode ser completa ou incompleta, aberta (provoca ferida
na pele) ou fechada.
- Condutas
✓ Tente imobilizar o membro, dando conforto e segurança;
✓ Se exposta, proteger a ferida e imobilizar o membro da forma encontrada, sem
comprimir;
✓ Se fratura de bacia, imobilização do corpo inteiro em prancha longa;
✓ Se fratura de cabeça, observar saída de líquido claro ou sangramento no ouvido;
✓ Se fratura de arco costal (costela), atentar para o risco de perfuração do pulmão;
✓ Se fratura de coluna, imobilizar manualmente até colocar colar cervical e prancha
rígida;
✓ Se fratura em membros, checar pulso, perfusão capilar e sensibilidade;
✓ Usar bandagens para imobilização, talas.
✓ Levar para assistência médica.
✓ Manter sinais vitais;
✓ Nas luxações e fraturas, imobilize sempre na posição encontrada com tala rígida;
✓ Use bandagens para imobilizar fraturas ou luxações na clavícula, escápula e
cabeça do úmero;
✓ Fratura de fêmur: não tente realinhar, imobilize na posição encontrada com duas
talas rígidas até o nível da cintura pélvica, transporte em prancha longa.
79
• Não tente recolocar o osso exposto no interior da ferida;
• Não limpe ou passe qualquer produto na ponta do osso exposto;
• Proteja o ferimento com gaze, ou atadura limpa;
• Imobilizar com tala rígida, abrangendo uma articulação acima e outra abaixo;
• Em todos os casos previna o agravamento da contaminação;
7.8 Queimaduras
- Profundidade da queimadura
1º GRAU (figura A):
✓ Atinge somente a Epiderme;
✓ Dor e vermelhidão no local, sem bolhas.
80
3º GRAU (figura C):
✓ Todas as camadas da pele são atingidas (pele e gordura mais músculos e
ossos);
✓ Pouca ou ausência de dor (destruição das terminações nervosas):
✓ Área escurecida ou esbranquiçada.
Fonte: Esquema elaborado pela autora. Fotos dispoíveis em google imagens, 2022.
81
- Método de estimativa da área corporal queimada (“Regra dos
nove”)
Uma estimativa da área de superfície corporal total envolvida em uma queimadura é
simplificada pelo uso da regra dos nove. A regra dos nove é um meio rápido de calcular
a extensão da queimadura. O sistema determina percentuais em múltiplos de nove para
as principais superfícies corporais.
Fonte: Esquema elaborado pela autora. Fotos dispoíveis em google imagens, 2022.
OBS: O risco de vida está mais relacionado com a extensão do que com
a profundidade da queimadura (choque, infecção).
82
Também são consideradas graves as seguintes queimaduras:
✓ Vias aéreas (lesão inalatória)
✓ Politrauma e doenças prévias associadas;
✓ Elétricas;
✓ Químicas;
✓ Idade < 3 anos ou > 65 anos
✓ Violência, maus tratos, tentativa de auto extermínio.
✓ Avaliar o X-ABCDE;
✓ Controlar a dor.
- Queimaduras térmicas
Suspeitar na presença de lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de
origem térmica resultante da exposição ou contato com chamas, líquidos ou superfícies
quentes.As principais condutas são;
83
✓ Estabelecer extensão e profundidades das queimaduras.
✓ Não passar nada no local, não furar bolhas e cuidado com infecções;
Fonte: Esquema elaborado pela autora. Fotos dispoíveis em google imagens, 2022.
- Queimaduras químicas
✓ Verificar via aéreas superiores, respiração, circulação e nível de consciência e evitar
choques;
✓ Se produto seco, não lavar. Retirar manualmente com escova ou pano (exemplo:
soda cáustica).
84
Capítulo 08 - Condições especiais em APH: crise
convulsiva, parto de urgência, incidentes com animais
peçonhentos e afogamento
16
Maiores detalhes em: https://epilepsiabrasil.org.br/projetos. Acesso em set. 2021.
85
- Definição
Crise convulsiva é uma alteração anormal da atividade elétrica cortical causada pela
hipersincronização neuronal, podendo ocorrer localmente ou difusamente. Ao menos 8
a 10% da população apresentará um evento convulsivo durante a vida (CRUZ
VERMELHA, 2007; SBE, 2022).
- Sinais e Sintomas
Alguns sinais e sintomas nos ajudam
a identificar uma pessoa em convulsão:
perda repentina da consciência, movimentos
involuntários da musculatura, respiração
ruidosa e produção excessiva de saliva.
Cada crise convulsiva costuma durar menos
que 5 minutos.
Fonte: Imagem domínio público disponível em:
http:google.com.br)
86
- Manifestações:
✓ Perda súbita de consciência, com rigidez e queda ao chão;
✓ Contrações musculares bruscas e repetidas;
✓ Mordedura de língua e lábios
✓ ✓ Incontinência fecal e urinária.
✓ Sialorréia (“salivação”).
Após a crise a recuperação do paciente pode ser imediata ou após minutos.
Geralmente, observa-se rebaixamento de nível de consciência (amnésia, confusão ou
coma). A ausência de melhora deve ser lida como sinal de alarme.
Atenção: As crises convulsivas podem resultar em sequelas neurológicas
graves ou morte e constituem emergência médica.
Fonte: https://www.vidaeacao.com.br/quem-sofre-de-epilepsia-pode-dirigir-e-levar-uma-vida-comum/
- Abordagem do socorrista
✓ Ajude o paciente a se deitar no chão, para evitar quedas e lesões subsequentes;
✓ Afaste objetos que possam machucar;
✓ Tente proteger a cabeça de impactos;
87
Fonte: Imagem domínio público, disponível em: http:google.com.br. Acesso em mai. 2022.
88
Um socorrista bem treinado deverá, antes de qualquer coisa, manter a calma,
colher informações importantes acerca da parturiente e da gestação, DISCERNIR se
DEVERÁ intervir, QUANDO e COMO deverá ser feita tal intervenção. Deverá ainda
RECONHECER complicações de um parto e como agir diante destas.
Fonte: https://www.docsity.com/pt/evolucao-do-feto-analises/4882912/
- Placenta
É um órgão com a função de realizar o intercâmbio de substâncias (nutrientes,
gases e secreções) entre a circulação materna e a circulação do feto.
- Cordão Umbilical
Conecta o bebê em desenvolvimento à placenta. É por meio dele que o sangue
rico em oxigênio chegua até o feto e o sangue rico em gás carbônico seja eliminado,
além de fornecer os nutrientes necessários vindos da placenta.
89
Fonte:Imagem de domínio público. Disponível em:
https://www.google.com.br/search?q=placenta&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjmt
PrOtOf3AhWgu5UCHYkEBFoQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=a8jEQSt
n9hFz_M. Acesso em mai.2021.
- Estágios do parto:
90
- Abordagens específicas
✓ Solicite autorização da parturiente ou de seu familiar antes de decidir assisti-la
na própria residência (SOMENTE opte por prestar este atendimento se constatar
sinais iminentes de parto);
✓ ACIONE apoio especializado (SAMU) caso não haja hospital/maternidade
próximo para o auxilio da parturiente, e ou se o parto já estiver em andamento,
um militar ou parente no local deverá acionar o SAMU, caso tenha este apoio no
município.
✓ Verifique os sinais vitais;
✓ Remova as roupas que possam impedir o nascimento, evitando expor a
parturiente desnecessariamente;
✓ Posicione a parturiente deitada de costas na posição ginecológica e determine
que seja feita a assepsia da área genital com água e sabão;
91
✓ Durante a expulsão do bebê, ampare com uma das mãos a cabeça, evitando
que ela saia com violência;
✓ Verifique se o cordão umbilical envolve o pescoço do bebê (circular de cordão).
Se estiver, deve-se afrouxá-lo, removendo-o com o dedo cuidadosamente;
Fonte:https://pt.wikihow.com/Cortar-o-Cord%C3%A3o-Umbilical-de-um-Beb%C3%AA
Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/trabalho-de-
parto-e-parto-normais/trabalho-de-parto
92
estimular a respiração. Desta forma, todo o líquido que estiver impedindo a
respiração sairá;
✓ Envolva o bebê com panos limpos (inclusive a cabeça), mantendo-o aquecido e
no mesmo nível que o corpo da mãe;
✓ Mantenha observação constante do padrão respiratório do bebê (lembre-se que
um bebê respira mais vezes por minuto que um adulto).
- ATENÇÃO!
Se a estimativa de transporte para o hospital ou
maternidade mais próximos for acima de trinta
(30) minutos ou quando o cordão umbilical
parar de pulsar, faça duas amarrações, sendo
a primeira a cerca de 20 cm do bebê, e outra a
10 cm da primeira, cortando entre elas.
Fonte: https://enfermagemonline.com/posicoes-para-exames-e-procedimentos/
93
- Controle de hemorragia após o parto
✓ Coloque um absorvente higiênico ou um lençol limpo na vulva da mãe;
✓ Mantenha suas pernas unidas e elevadas;
✓ Mantenha a mãe em repouso absoluto;
✓ Faça massagens no abdome (altura do útero) e peça para ela continuar fazendo
durante alguns minutos;
✓ Se permanecer parte da placenta no interior do útero, a hemorragia não for
controlada ou se a gestante entrar em estado de choque, transportar com urgência
para o hospital.
- OBSERVAÇÕES GERAIS:
Não permitir que a parturiente com sinais de parto iminente vá ao banheiro. Não impedir, retardar ou
acelerar o processo de nascimento. Se a placenta não sair após o nascimento, não aguardar,
transportar logo a mãe ao hospital. Não puxar o cordão umbilical para tentar ajudar a saída da placenta.
94
b) serpentes - jararaca, cascavel, coral verdadeira e surucucu;
c) aranhas - aranha armadeira, aranha marrom, viúva-negra.
Apesar de não representar o maior número de casos, os acidentes com serpentes
lideram o ranking de mortes.
- Sinais e Sintomas
95
• Se não for capturado, caso seja possível, fotografe o animal de vários ângulos
e leve ao serviço de saúde onde a vítima for atendida;
• Lavar o local da picada com água e sabão;
- Não se pode executar as medidas abaixo:
• NÃO fazer torniquete;
• NÃO furar ou tentar chupar o local da picada;
• NÃO oferecer água ou alimentos à vítima.
96
“aspiração” diz respeito à entrada inadvertida de líquido nas vias aéreas (traquéia,
brônquios e/ou pulmões).
Como todo incidente, a principal estratégia para mitigar as sequelas e mortes por
afogamentos constitui-se pelas campanhas educativas como foco na prevenção e
abordagem adequada das vítimas. Para tanto, a cadeia de sobrevivência do afogamento
é uma ferramenta educacional desenvolvida por David Szpilman et al., e difundida pela
Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA) que orienta quanto às
principais etapas do salvamento aquático. A cadeia é constituída por cinco elos, a
saber:
Fonte: Imagem adaptada de SOBRASA – Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, 2019. Baseada no
guideline de: Szpilman D, Webber J, Quan L, Bierens J, Morizot-Leite L, Langendorfer SJ, et al. Creating a drowning
chain of survival. Resuscitation. 2014. SOBRASA – Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático.
97
RESUMO DAS AÇÕES NA CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA DO AFOGADO
Primeiro elo – Prevenção: É a parte mais importante do processo, por ser capaz de evitar o
evento.
Segundo Elo – Reconhecer o afogamento e Pedir Ajuda (193 - bombeiros): nessa etapa
é necessário reconhecer vítimas que estão se afogando e imediatamente acionar ajuda.
Terceiro Elo – Fornecer flutuação: é possível ajudar a vítima sem entrar na água fornecendo
uma flutuação. Ao fornecer o material para flutuação solicite à vítima que se acalme, informe
que já foi requisitado ajuda e recomende que ela se apoie na estrutura fornecida em posição
vertical para evitar aspiração e vômito.
Quarto Elo – Retirar a vítima da água: é de extrema importância reconhecer que só é
possível realizar a retirada da vítima da água em ambientes seguros e se o socorrista possuir
treinamento adequado.
Atenção: ao entrar na água sem o conhecimento de resgate adequado, há uma grande
chance de afogamento e, com isso, o socorrista pode se torna uma segunda vítima.
Quinto Elo – Suporte de Vida: baseia-se em prestar a assistência adequada à vítima assim
que ela estiver em terra firme.
Esquema adaptado pela autora, 2022.
- Fisiopatologia do afogamento
98
Tosse como resposta reflexa: devido à troca gasosa pre
Esquema elaborado pela autora. Adapato de Szpilman D, Webber J, Quan L, Bierens J, Morizot-Leite L,
Langendorfer SJ, et al. Creating a drowning chain of survival. Resuscitation. 2014.
99
C - Internação hospitalar para
tratamento em CTI.
4 Muita espuma na boca e/ou A - oxigênio por máscara a 15 litros/min
nariz sem pulso radial palpável no local do acidente.
B - observe a respiração com atenção -
pode haver parada da respiração.
C - posição Lateral de Segurança sobre
o lado direito.
D - ambulância urgente para melhor
ventilação e infusão venosa de líquidos.
Internação em CTI com urgência.
5 Parada respiratória, com pulso A -Ventilação boca-a-Boca. Não faça
carotídeo ou sinais de compressão cardíaca.
circulação presente B - Após retornar a respiração
espontânea - trate como grau 4.
6 Parada Cárdio-Respiratória A - Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP)
(PCR) (2 boca-a-boca + 15 compressões
cardíaca).
B - Após sucesso da RCP - trate como
grau 4
Cadáver PCR com Tempo de Não inicie RCP, acione o Instituto
submersão > 1 h, ou Rigidez Médico Legal.
cadavérica, ou decomposição
corporal e/ou livores.
Esquema elaborado pela autora. Adapato de SOBRASA – Sociedade Brasileira de Salvamento
Aquático, 2019. Referência basilar: Szpilman D, Webber J, Quan L, Bierens J, Morizot-Leite L,
Langendorfer SJ, et al. Creating a drowning chain of survival. Resuscitation. 2014.
100
Capítulo 09: Noções de APH Tático
20 Material produzido pela autora e demais membros conteuditas da discplia APH Policial vigente para o
biênio TPB 2022-2024
21 Leia detalhes em: MAIA, Rodrigo. História do APH de Combate no Mundo. Disponível em:
101
Em um ambiente de combate ou em meio às condições hostis, o atendimento às
vítimas feridas tem particularidades que convergem os princípios do PHTLS
(convencional) a outros métodos como o protocolo Tactical Combat Casualty Care
(TCCC ou TC322), tendo em vista as especificidades dos ferimentos de combate.
O TC3, um dos protocolos internacionais mais utilizados se divide em 3 (três)
fases, a saber:
a) Cuidado sob confronto armado (sob fogo) – “Minuto de Ouro”: que visa
neutralizar ameaças e procurar abrigo;
b) Atendimento em campo tático: que visa atender de imediato o agente
ferido;
c) Atendimento em evacuação tática – “Hora de Ouro”: que visa retirar de
maneira segura o policial militar, monitorando e acompanhando sua
evolução.
Os operadores socorristas neste tipo de situação devem além de preocupar-se com
o(s) ferido(s), precisam estar em alerta e analisar os fatores táticos envolvidos na cena,
como a segurança da equipe e a retirada rápida do local hostil. Seus armamentos e
equipamentos deverão estar em condições para uma possível nova intervenção tática,
independente do tratamento do agente ferido. Salienta-se que não raramente o
combatente será o primeiro, senão o único, provedor de ações de primeiros socorros
naquele local.
Nas ocorrências em que o policial militar sofre trauma ou lesão que requeira
tratamento imediato, os primeiros cuidados deverão ser prestados por ele mesmo
(autosocorro) e por outro policial antes de ser resgatado e efetuar a conduta do
Memorando 31.164.2/06 – EMPM “Pega e Leva”, a qual discorre:
22
Cumpre esclarecer que o TC3 é um dos protocolos internacionais utilizados para capacitação
em APH Tático. Todavia, a Diretriz Nacional de APH Tático publicará em breve seu protocolo
nacional, com particularidades advinhas de um processo de validação nacional adaptado às
realidades do Brasil.
102
a) Nos casos de traumas penetrantes (projéteis de arma de fogo
ou arma branca), as vítimas deverão ser socorridas de imediato
ao hospital Odilon Behrens ou João XXIII, sendo este último
preferencialmente, no primeiro veículo disponível ou pela própria
guarnição empenhada na ocorrência.
b) Nos casos de traumatismos contusos (queda, acidentes,
atropelamentos e outros), as vítimas serão socorridas pelas
unidades pré-hospitalares do SAMU ou RESGATE, haja vista o
comprovado benefício desse atendimento no local. [MINAS
GERAIS, 2006].
O APH Tático divide a sua área de atuação em três fases, de acordo com o
perigo para a vítima e para a equipe. Tal divisão determina as ações que o socorrista
deve tomar em cada momento, de forma a fornecer o melhor atendimento possível, sem
abrir mão da segurança.
103
ZONA MORNA OU AMARELA: Local aparentemente (parcialmente) controlado,
Policial Militar coberto e abrigado (com a devida cobertura de outros Militares), presta o
primeiro atendimento ao companheiro vitimado, lembrando que as ameaças podem
surgir novamente, ocorrendo a possibilidade de novos confrontos;
23
Esse acrônimo foi validado em âmbito nacional para o Brasil. Maiores detalhamentos em:
<https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/noticias/mjsp-realiza-audiencia-publica-para-discussao-
do-projeto-de-atendimento-pre-hospitalar-tatico/mapeamentos-de-competencias-e-
procedimentos-minimos-especificos-sei_mj-16081207-anexo-i-a.pdf>. Acesso em 08 nov 2021.
104
- As formas para conter o sangramento já fora descritas no capítulo de avaliação
do Trauma e se aplicam ao controle de hemorragia em ambientes táticos
(Torniquetes / Pressão Direta / Bandagem Compressiva / Curativos hemostáticos:
105
O projeto de APH Tático Nacional prevê Kits materiais e insumos recomendados
e podem ser vislumbrados no Anexo B da Diretriz (página seguinte).
ATENÇÃO:
• Enquanto o socorrista observa os focos de hemorragia, pode realizar a exposição do corpo da
vítima, verificar o estado de consciência e fazer as demais observações, não necessariamente
seguindo um protocolo somente após terminar outro.
• Mantenha atenção ao pulso dista/perfusão capilar, checando-os sempre que possível.
Anexo B – Diretriz Nacional de APH Tático: Composição dos kits e Requisitos técnicos
mínimos de equipamentos e insumos.
Item Natureza de Descrição Qde Ilustração Especificação Técnica
uso
1 Equipagem Bolso APH 1 • O bolso poderá ser no sistema destacável e
para Colete deverá ter seu desenvolvimento exclusivo para
Tático o transporte de equi Deverá ser confeccionado
Modular) em Cordura® 500D (ou similar superior);
• O nylon® ou similar deverá ser resinado,
totalmente impermeável e resistente à hidrólise
de forma a oferecer pr A bolsa deverá ter 18 ± 1
cm de largura, por 11 ± 1 cm de altura, por 7 ±
0,5 cm espessura;
• Deverá possuir internamente nichos individuais
para a colocação de objetos e tiras elásticas e
106
02 (dois) elásticos Deverá possuir fita vermelha
para puxar e abrir o bolso mais rápido;
• Já deve possuir o patch emborrachado com cruz
vermelha e fundo escuro com costura na parte
superior da base. O bolso deve ser fechado
através de zíperes YKK (ou similar) ambidestros
com 02 (dois) cursores com puxadore O bolso
modular deve ser do tipo M.O.L.L.E. (Modular
Lightweight Load-Carrying Equipment) nas
costas da bas de guarnição;
• A bolsa deverá ligar-se ao sistema de fixação
“M.O.L.L.E.”, por intermédio de, no mínimo, 3
(três) fileiras de velcr A bolsa deverá possuir as
mesmas alças para engate do sistema
"M.O.L.L.E" em sua face anterior;
• O engate do sistema "M.O.L.L.E" com a bolsa
deverá possuir um cadarço fita CTF 25 mm (na
cor do tecido) adici cadarço fita CTF se
conectando por intermédio de um fecho
arredondado 114/25 mm;
• O sistema de engate "M.O.L.L.E" deverá ser
composto por duas fitas dobradas em 2/3 do
comprimento de cada intermédio de botões de
pressão PTO1002/6;
• Na extremidade da fita deverá existir uma meia
argola plástica de 25 mm costurada a placa de
fixação com costu O sistema deverá possuir
uma placa de fixação com as faces revestidas
Cordura® 500 (ou similar) com as bordas das
faces revestidas com três fileiras de velcro®
macho de 50 mm; O engate do sistema
"M.O.L.L.E" com a bolsa deverá possuir um
cadarço fita CTF 25 mm adicional com tamanho
conectando por intermédio de um fecho
arredondado 114/25 mm preto;
• Dois clips para fixar no sistema M.O.L.L.E
Costas do bolso com velcro® macho para grudar
na base modular; Pos confeccionada em
cordura® 500D (ou similar) na parte externa e
nylon® 300 (ou similar) resinado na parte inte
Ter velcro® fêmea do lado interno onde o bolso
será acoplado;
• Fecho de abertura rápida para prender o bolso n
A bolsa aberta deverá possuir 3 (três)
compartimentos principais; Compartimentos do
bolso e o quarto bolso com elástico e bolso em
tela emborrachada com fecho para guardar As
costuras dos velcros® serão em X;
• Todas as costuras das bordas da bolsa serão
duplas e paralelas. As demais A cor deverá
seguir o padrão Caqui, Preto ou Verde.
2 Equipagem Tesoura ponta 1 • Deve possuir capacidade para cortar todos os
romba tipos de tecido, couro, botas e roupas de inverno
pesado, bem com deve possuir lâminas afiadas,
temperadas e rígidas de aço inoxidável com
borda serrilhada para cortar materiais;
• Deve possuir grande anel de polipropileno para
proporcionar o máximo de controle e conforto no
encaixe dos dedos;
• Deve possuir cor do cabo Caqui, Preto ou Verde
escuro;
• Deve possuir cor da lamina da cor do cabo ou
preta ; Deve ser totalmente autolavável à 143ºC;
• Dimensões aproximadas: comprimento total
19cm; largura total 10cm; espessura total 1cm
peso: 57g;
• Deve ser igual ou semelhante a NAR TRAUMA
SHEARS.
3 Equipagem Porta 1 • Confeccionada em fitas de poliamida 50mm;
torniquete • Elástico ajustável;
• Fechamento por velcro®; Fixação por sistema
MOLLE e sistema de fixação para cinto,
permitindo que o porta torniquete seja utilizado
na Dimensões: 18,00cm X 6,5cm X 7,0cm;
107
• Deve ser igual ou similar ao modelo TQ
POUNCH da marca CONDOR. Cor: Caqui,
Preto ou Verde.
4 Equipagem Pincel 1 • Ponta cônica;
marcador • Com Grip Emborrachado;
permanente • Secagem rápida a base de álcool; Tinta de cor
preta ou vermelha
5 Equipagem Luva de 1 • Utilizado para oferecer uma resistência superior
procedimento par a muitos tipos de produtos químicos;
nitrílica • Fabricada em Nitrílo (borracha sintética),
visando à eliminação de reações alérgicas em
usuários com hipersensi uso;
• Sem pó bioabsorvível;
• Ambidestra;
• Superfície lisa com microtextura na ponta dos
dedos;
• Alto grau de flexibilidade e superior solvente
resistência; Cada caixa deve conter, pelo
menos, 100 unidades;
• A cor das luvas deve ser da azul;
• Embalagem tipo dispenser box; Devem ser
entregues na seguinte distribuição de tamanhos:
15% tamanho "P", 35% tamanho "M", 35%
tamanho
6 Controle de Torniquete 1 • O torniquete deve fazer cessar 100% a
sangramento Tático hemorragia massiva nas extremidades dos
maciço membros;
• Deve possuir um único sistema de fivela simples
para correto tracionamento que permita uma
aplicação extrem Sua aplicação deve ser
simplificada e existir um único protocolo para
todas as aplicações;
• Deve possuir fivela para passada simples
resistente: permite que a afixação e remoção do
torniquete no membr tracionamento, resultando
em menor perda sanguínea;
• Deve possuir barra de tracionamento
(preferencialmente metálica); ao ser girada no
próprio eixo, traciona o sist possuir sobressaltos
nas extremidades, a fim de facilitar seu manejo,
de localização fixa, que após aplicação do
torniquete;
• Deve possuir entrada chanfrada bilateral para
travamento da barra de tracionamento, deve
suportar o tracionam flexão;
• Deve possuir placa de estabilização com bordas
arredondadas para não pinçar a pele do
Operador;
• O Funcionamento deve ser dado pelo
posicionamento justo de fitas formando uma
espécie de tubo, que compo livremente por ele.
Esta fita simples é conectada a barra de tração,
que ao ser girada, traciona o sistema. Esse co
exercida pelo tracionamento;
• Sem Latex;
• Recomendado pelo CoTCCC – USA ou
através de estudo que comprove
características similares;
• Desenhado para ser aplicado em todas as
condições climáticas;
• Dimensões mínimas aberto: 95,25cm;
Largura: 3,80cm; Registrado na Anvisa;
• Deve ser igual ou semelhante ao Torniquete
CAT GEN 7 ou SOFT GEN 4;
• Cor: Caqui (ou Tan, ou Coyote); vermelho (e/ou
laranja); preto; ou azul (recomendado para
treinamentos).
7 Controle de Gaze 1 • Gaze hidrofílica impregnada com agente
sangramento hemostática hemostático, com tira de duas camadas;
maciço • O material deve ter propriedade hemostática
sem produção de quaisquer reações
exotérmicas;
• Deve medir aproximadamente 7,5cm X 370cm
ser macia, branca e não tecido;
108
• Deve ser dobrado em forma de Z, para facilitar a
sua aplicação;
• Deve conter uma tira detectável por raios-X para
fácil identificação;
• Deve ser estéril e epirogênico;
• O produto deve ser acondicionado em
embalagem selada a vácuo, de abertura fácil,
cor verde ou preto;
• O produto deve ser igual ou similar ao
QUIKCLOT COMBAT Z-FOLD. Registrado na
Anvisa.
109
• Deve possuir superfície aderente com adesivo
hidrogel, elasticidade para aderência em
qualquer curvatura do c climáticas extremas;
• O kit deve ser embalado no formato individual,
em embalagem resistente, produto de uso único,
descartável e;
• Registrado na Anvisa.
110
• Se a perfuração tiver entrada e saída, fazer oclusivo de 4 pontas em um orifício
e de 3 pontas no outro, permitindo expulsar os fluídos desnecessários.
• Burp de tórax: Remova o selo de tórax ou curativo oclusivo até que o ferimento
fique exposto. Limpe o ferimento com um pano ou gaze, removendo possíveis
coágulos, em seguida aplique uma pressão firme no lado do pneumotórax.
111
✓ Levar consigo equipamentos simples (cobertor aluminizado e bolsa de calor
instantâneo) para manter a vítima aquecida;
✓ Se o ambiente estiver confortável para você significa que estará desconfortável (frio)
para a vítima! - Aqueça-a!
I - Neutralizar ameaças:
Sair do X: Refere-se movimentar, não estacionar no local onde o policial militar
foi ferido, pois esse ponto caracteriza um alvo para a ameaça ativa. Pequenos
deslocamentos podem fazer os policiais militares da guarnição deixarem de
serem alvos para a ameaça.
. Abrigar-se e buscar os abrigos mais próximos;
. Retornar fogo apropriado (consciente);
. Fazer a cobertura da área quente para evitar possíveis ameaças secundárias.
112
Caso não exista um abrigo próximo ao realizar a extricação do ferido.
Assim que o socorrista se aproximar do militar vitimado, realizar a triagem em
X, verificando os possíveis focos de sangramento, expor o corpo da vítima para melhor
visualização e colocá-la em segurança, vestir o colete novamente na vítima, lembrando
que a checagem de sangramento DEVERÁ ser visual e tátil.
Se essa operação demandar muito tempo, ainda no local onde o militar foi
vitimado, é necessário fazer uma checagem em membros superiores e inferiores na
busca de sangramento maciço novamente de tempo em tempo, observando se o
método utilizado para contenção do sangramento permanece eficaz. Conduzindo-o para
uma área segura dando sequência ao tratamento.
A máxima é sempre levar para área de atendimento segura!
113
para onde está deslocando com a patrulha, facilitando dessa maneira a chegada de
outras guarnições para apoiá-lo e suporte de aeronave se possível.
114
Foto: Transporte por dois militares.
115
Foto: Transporte por um militar, utilizando uma maca de transporte tática.
Foto: Transporte por dois militares, utilizando uma maca de transporte tática.
116
Foto: Transporte por um militar, utilizando um cabo solteiro de 12mm com 06 metros.
117
REFERÊNCIAS
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Consensus on Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care
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do Ministério da Defesa para regular a atuação das classes profissionais, a capacitação,
os procedimentos envolvidos e as situações previstas para a atividade. Portaria
Normativa MD/GM Nº 16, DE 12 de abril de 2018.
BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Comando de operações terrestres.
Manual de Campanha: atendimento pré-hospitalar (APH) Básico, 2020.117p. Disponível
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Acesso em 21 setembro 2021.
MINAS GERAIS. Polícia Militar. Memorando Nº 31.164.2/06 – EMPM de 26 de maio de
2006. Dispões sobre a abordagem do policial militar no atendimento às vítimas de
trauma penetrante. [Norma Institucional].
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de
Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília:
Ministério da Saúde, 2016.
BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Manual de Campanha:
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) BÁSICO 1ª Edição 2020. Disponível em:
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/123456789/6446/3/EB70-MC-10.343.pdf. Acesso
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_________. Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Diário Oficial da União,
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118
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119