3 2019 Curso Demências PARTEII (1) - Cópia - Cópia
3 2019 Curso Demências PARTEII (1) - Cópia - Cópia
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PARTE II
■ demência estabelecida clinicamente e documentada por testes ■ ausência de imagens cerebrais confirmando DCV
neuropsicológicos
■ ausência de relação temporal entre demência e AVC
■ evidência clínica (sinais neurológicos focais, AVC) e de neuroimagem de
doença cerebrovascular (DCV) ■ pacientes com início súbito e curso variável (estabilização ou melhora) dos
déficits cognitivos e evidência de DCV relevante
■ início 3 meses após o AVC; deterioração abrupta ou progressão em
“degraus” dos déficits
NEUROIMAGEM
RM é superior à Tomografia.
Avalia diversos planos do cérebro.
Lesões de 25% ou + da substancia branca são relevantes para diagnóstico.
Demência Vascular
Características auxiliares para diagn diferencial entre DA e DV
Diagnóstico diferencial
Características Neuropsicológicas
DV DA
Função executiva Memória recente, evocação de
(auto-regulação, planejamento) histórias
PRIMÁRIA ???:
Não modificáveis Modificáveis Controle dos fatores de risco
IDADE AVANÇADA HAS Dieta Mediterrânea
GENERO MASCULINO DIABETES MELLITUS
DISLIPIDEMIAS
Atividade Física Frequente
ETNIA (Japão?)
ALTERAÇÕES GENÉTICAS DOENÇA CARDIOVASCULAR
HIST> PRÉVIA DE AVC ATEROSCLERÓTICA
OBESIDADE SECUNDÁRIA
FIBRILAÇÃO ATRIAL Controle medicamentoso das doenças já
TABAGISMO
estabelecidas (hipotensores, antidiabéticos,
HIPERHOMOCISTEINEMIA
antiplaquetários...)
Tratamento Farmacológico:
Farmacológico:
Sintomas cognitivos
Distúrbios da neurotransmissão 🡪 sintomas cognitivos e Sintomas comportamentais
comportamentais 🡪 estratégias colinérgica, glutamatérgica
Caso Clínico
Fármacos e efeitos para SNP em demência
WM, 87 anos, viúvo, industrial aposentado, 3 filhos. Natural e procedente de São Paulo-SP
Anamnese:
Informante, a filha.
Queixa: episódios de confusão principalmente a noite, não tem dormido bem e fala coisas
sem sentido quando acorda no meio da noite, sobre pessoas e acontecimentos.
Mora com uma empregada, atualmente.
História: A filha diz não ter notado alterações até recentemente. Explica que há 6 anos,
após ficar viúvo, foi morar no interior e acabou arrumando companheira bem mais jovem.
Não tinha contato frequente com o pai até que há aproximadamente 4 meses ele voltou a
morar em São Paulo pois a companheira não aguentava mais sua agressividade e ciúmes.
No início esteve tudo bem (sic) mas, nos últimos 2 meses o Sr W passou a ter dificuldades
com o sono, “parecia que via coisas”, mas isso aconteceu poucas vezes.
Nas últimas 3 semanas esteve agressivo com a empregada e as confusões aumentaram.
Por isso procuraram ajuda.
AP: É cardiopata com distúrbio importante do ritmo cardíaco (FA). Faz uso de Marevan,
Carvedilol, doxasozina e PuranT4.
INDICAÇÃO TERAPÊUTICA:
Retorno médico.
Sugere-se Reabilitação Cognitiva Individual com orientação à cuidadora.
Demência Semântica (DS) da APP : Prejuízo semântico progressivo, agnosia Demência Semântica AP Não Fluente
para rostos e objetos. Comprometimento Temporal à esquerda. síndrome motora
associada
Afasia ProgressivaPrimária Não Fluente (APNF): afasia de expressão. PSP ELA DCB
Compromete região perisilviana esquerda.
V- Investigação
-Avaliação Neuropsicológica: comprometimento significativo em testes de funções
do lobo frontais na ausência de amnésia grave, afasia ou transtorno
perceptivo-espacial
-EEG: normal no convencional
-Neuroimagem (estrutural e/ou funcional): anormalidade predominante frontal
e/ou temporal anterior
É o tipo
mais
frequente
Sintomas Comportamentais e Afetivos Sintomas Cognitivos
• Apatia - 32% Disfunção executiva:
• Desinibição – 16% • Planejamento
• Irritabilidade, ansiedade • Julgamento
• Depressão, ideação suicida • Controle inibitório
• Perda da empatia, distanciamento emocional • Automonitoramento
• Impulsividade, distratibilidade, perda da crítica social • Resolução de problemas
• Falta de insight • Organização
• Estereotipias, maneirismos • Atenção seletiva e sustentada
• Alteração dos hábitos alimentares, excentricidades • Abstração
• Religiosidade excessiva, comportamento obsessivo • Flexibilidade mental
Bozeat et al., 2000; Mendez and Perryman, 2002 • Perseveração motora
Libon et al., 2007;B.ckman et al., 2008
DFTvc Possível
● Três dos seguintes itens devem estar presentes. Devem ocorrer repetidamente e
DFTvc Provável
não em uma única circunstância nos últimos 3 anos:
● Todos os seguintes critérios devem estar presentes:
● Desinibição Precoce
● Preencher todos os critérios para DFTvc possível;
● Apatia ou inércia precoce
● Declínio funcional significativo;
● Perda precoce da compaixão e empatia ● Resultado de neuroimagem compatível com DFTvc (TC, RM
com atrofia frontal e/ou temporal anterior; e SPECT ou PET
● Comportamento perseverativo, estereotipado ou compulsivo/ritualístico precoce com hipoperfusão ou hipometabolismo frontal)
● Hiperoralidade ou alterações alimentares
Diagnóstico:
Neuroimagem
Neuroimagem Estrutural
RM encéfalo: sensibilidade 63% especificidade 70%
Demências Fronto temporal :
Áreas precocemente acometidas
Neuroimagem
Córtex orbitofrontal
Mendez et al. Arch Neurol, 2007; Seeley. Brain Struct Funct, 2010
Demência
Fronto-Temporal
Demências Fronto Temporais
Diagnóstico diferencial
DA
Depressão Atípica,
Esquizofrenia, drogadição
TAB
Transtorno de personalidade
Demência por Corpos de Lewy
Woolley et al. J Clin Psychiatry, 2011; Manes. Curr Psychiatry Rep, 2012; Bertoux et al. JNNP, 2012
Woolley et al. J Clin Psychiatry, 2011; Manes. Curr Psychiatry Rep, 2012; Khan et al. Psychosomatics,
2012;
Cooper & Ovsiew. J Geriatr Psychiatry Neurol 2013
Woolley et al. J Clin Psychiatry, 2011; Manes. Curr Psychiatry Rep, 2012
Diagnóstico Diferencial com Variante Frontal da
Diagnóstico diferencial com outras condições psiquiátricas Doença de Alzheimer
• Cerca de 5-20% dos casos diagnosticados clinicamente como vcDFT tem
achados neuropatológicos compatíveis com doença de Alzheimer
• Transtorno obsessivo-compulsivo
• Quadro clínico similar (vcDFT e vfDA), com tendência a memória episódica
pior na vfDA
• Psicose atípica de início tardio • Diagnóstico feito por biomarcadores (LCR ou PET com marcadores de
amilóide) ou estudo neuropatológico
• Transtorno de personalidade pré-existente • Maior razão frontal:occipital de patologia DA e menor de densidade
neuronal na vfDA do que na DA forma amnéstica
• Transtorno de deficit de atenção e hiperatividade crônico
• Transtorno esquizoafetivo
• Alcoolismo
Woolley et al. J Clin Psychiatry, 2011; ; Manes. Curr Psychiatry Rep, 2012
Forman et al. Ann Neurol, 2014; Josephs et al. Acta Neuropathol, 2011; Mendez et al. Neurology, 2013;
Rabinovici et al. Neurology, 2013; Blennerhassett et al. JAD, 2014
DFT: Tratamento
Apenas sintomático
O Que É?
Presença dos corpos de Lewy intracelulares
DCL é uma demência primária e degenerativa, clinicamente Corpos de Lewy: inclusões neuronais intracitoplasmáticas , eosinofilicas,
sub-diagnosticada , frequentemente confundida com Delirium, descritas em 1912 por Friedrich Lewy.
Estão presentes em :
Demência na Doença de Alzheimer, Demência Vascular ou com DCL
Demência na D. de Parkinson. DDP
Variante da D. de Alzheimer com corpos de Lewy
EPIDEMIOLOGIA:
DEMÊNCIA POR CORPOS DE LEWY: A DCL tem uma tríade sintomática clássica (Mc Keith e
cols., 1996; Mc Keith e cols.,1999):
DIAGN. DIFERENCIAL:
Conclusões:
Demência alcoólica
Neuropatologia: Diagnóstico:
Macroscopia: Essencialmente clínico.
Lesões mais frequentes de núcleo talâmico dorso medial bilateral, Suspeitar em alcoolistas mal nutridos.
de corpos mamilares e da substância cinzenta periaquedutal e
verme superior do cerebelo, além de alargamento da fissura Exames complementares:
inter-hemisférica dos lobos frontais. Dosagem de tiamina sérica
Microscopia: Ressonância Magnética: lesões edematosas aparecem
Depende se lesão é aguda ou crônica. como hipersinal. Tem sensibilidade de 53% e
Aguda: pequenas hemorragias no tronco cerebal e tálamo especificidade de 93%.
Crônica: edema citotóxico com balonização astrocitária, redução Esses sinais não são exclusivo dessa patologia, tb
de fibras mielinizadas, ativação da microglia, astrocitose reativa e presentes em outras encefalopatias.
proliferação microvascular.
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Psiquiatria Geriátrica
Ivan Aprahamian, Marina maria Biella, Joaquim Cerejeira e Tania Corrêa Toledo
Ferraz Alves
OBRIGADA
ritaferreirapsy@gmail.com