Guia de Danos Vipal
Guia de Danos Vipal
Guia de Danos Vipal
Introdução
O pneu é uma das partes mais importantes de qualquer veículo. É ele que suporta o
peso da estrutura e da carga e faz o contato do veículo com o solo.
Para uma melhor identificação, os danos estão codificados de acordo com a localização
no pneu, ou seja, serão divididos pelas partes do pneu:
2- Danos na carcaça;
4- Danos no talão;
5- Danos especiais;
Além de uma série de danos, este guia traz também informações sobre pneus, como
construção, pressão, índice de carga além de dicas e modelo de cálculo de custo por
km.
3
Índice
Uma grande empresa com uma grande história 5
Partes do pneu 6
Interpretando o pneu 8
Construção do pneu 10
Danos na carcaça 44
Danos no talão 69
Danos especiais 74
Dicas importantes 80
Notas 82
4
Uma grande empresa
com uma grande história
Atualmente a Vipal Borrachas conta com mais de 3.000 funcionários e uma capacidade
instalada de mais de 18.000 toneladas/mês. Isso significa a garantia de suprimento do
mercado, alta produtividade e preços competitivos. A Vipal Borrachas é uma empresa
com DNA reformador, que oferece ao mercado uma linha completa de serviços e
produtos para reformas e reparos de todos os tipos de pneus e câmaras de ar.
5
Partes do pneu
O pneu é uma das partes mais importantes de qualquer veículo automotor. É o pneu que
suporta o peso da estrutura e da carga e faz o contato do veículo com o solo. O pneu
transforma a força do motor em tração e é responsável pela eficiência da frenagem e da
estabilidade.
B) Sulcos (2):
Cavidades que recortam a superfície da banda de rodagem longitudinal e/ou
transversalmente, definindo o seu desenho.
C) Ombros (3):
Partes do pneu entre a banda de rodagem e os flancos.
6
J) Talões (10):
Partes do pneu que entram em contato com o aro, garantindo a fixação do mesmo.
L) Carcaça:
Estrutura resistente formada por lonas e eventuais cintas de proteção ou de trabalho.
M) Cordonéis:
Elementos metálicos ou têxteis retorcidos que constituem a carcaça e dão
resistência às lonas e/ou cintas.
7
Interpretando o pneu
Os pneus dos veículos revelam muitas informações úteis. Cada letra, símbolo, número,
indicam onde foi fabricado, quando, capacidade de carga, limite de velocidade, dentre
outras características. Para obter um bom desempenho do produto, saiba o que significa
cada uma dessas informações.
Fonte: ALAPA
TWI
X XX XXX
X X X
AS S
SD D A
SA
SD AS SD S
S
DA A
D SA S
D
AS
SA D
AS AS A S
D
SD SD SD A
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SD
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IA
D
SD
AS
DA
A
DS
M
+
G S
SS
A 27 /145
SA5/80 48
SA
SA
R22.5 1
ASA
SS
8
1 - Nome do fabricante;
3 - Modelo do pneu;
4 - Certificação;
5 - Matrícula DOT;
7 - País de fabricação;
11 - Código de velocidade;
12 - Tipo de construção;
9
Construção do pneu
Pneu diagonal:
O pneu é chamado diagonal ou convencional
quando a carcaça é composta de lonas
sobrepostas e cruzadas umas em relação às
outras. Os cordonéis que compõem essas
lonas são de fibras têxteis.
Pneu radial:
No pneu radial, os fios da carcaça estão
dispostos em arcos perpendiculares
ao plano de rodagem e orientados em
direção ao centro do pneu.
10
Pneu Diagonal Pneu Radial
11
Índice de carga e velocidade
Capacidade de Carga:
É a capacidade do pneu em suportar a carga máxima a ele permitida.
A capacidade de carga dos pneus pode ser indicada em um dos flancos com as
expressões e respectivamente abreviatura:
Cap. Carga Substitui Cap. Lonas Cap. Carga Substitui Cap. Lonas
A 2 G 14
B 4 H 16
C 6 J 18
D 8 L 20
E 10 M 22
F 12 N 24
12
Símbolo de Velocidade (Speed Symbol):
O “Símbolo de velocidade” indica a velocidade a que o pneu pode ser submetido e a
carga correspondente ao seu índice de carga, nas condições de serviço especificadas
pelo fabricante do pneu conforme a seguir.
Velocidade Velocidade
Símbolo de Velocidade Símbolo de Velocidade
(km/h) (km/h)
A1 5 J 100
A2 10 K 110
A3 15 L 120
A4 20 M 130
A5 25 N 140
A6 30 P 150
A7 35 Q 160
A8 40 R 170
B 50 S 180
C 60 T 190
D 65 U 200
E 70 H 210
F 80 V 240
G 90
13
Índice de Carga (Load Index):
O “Índice de carga” (I.C.) é um código numérico associado à carga máxima a que um
pneu pode ser submetido e à velocidade indicada pelo símbolo de velocidade, nas
condições de serviço especificadas pelo fabricante do pneu.
IC kg IC kg IC kg IC kg
14
IC kg IC kg IC kg
15
• Pneus radiais com câmara para caminhões e ônibus;
16
• Uso normal em rodovias - rodas duplas (D) e simples (S).
95 (6,5) 100 (6,9) 105 (7,3) 110 (7,6) 115 (8,0) 120 (8,3) 125 (8,5)
17
• Pneus radiais sem câmara para caminhões e ônibus;
18
• Uso normal em rodovias - rodas duplas (D) e simples (S).
95 (6,5) 100 (6,9) 105 (7,3) 110 (7,6) 115 (8,0) 120 (8,3) 125 (8,5)
D 1870 1950 - - - - -
S 1980 2060 - - - - -
D 2125 2210 2300 - - - -
S 2310 2405 2500 - - - -
D 2340 2440 2535 2630 2725 - -
S 2575 2685 2790 2895 3000 - -
D 2325 2420 2515 2610 2705 2800 -
S 2615 2720 2830 2940 3045 3150 -
D 2330 2425 2520 2620 2715 2805 2900
S 2530 2635 2740 2845 2945 3050 3150
D 2325 2420 2515 2610 2705 2800 -
S 2615 2720 2830 2940 3045 3150 -
D 2490 2595 2695 2800 2900 - -
S 2790 2905 3020 3135 3250 - -
D 2575 2685 2790 2895 3000 - -
S 2875 2995 3115 3235 3350 - -
D 2575 2685 2790 2895 3000 - -
S 2875 2995 3115 3235 3350 - -
D 2610 2720 2825 2935 3040 3145 3250
S 3010 3135 3260 3385 3510 3630 -
D 2405 2505 2605 2705 2805 2900 -
S 2615 2720 2830 2940 3045 3150 -
D 2410 2510 2610 2710 2805 2905 3000
S 2610 2720 2825 2935 3040 3145 3250
D 2640 2750 2860 2970 3075 - -
S 2875 2995 3115 3235 3350 - -
D 2530 2635 2740 2845 2945 3050 3150
S 2850 2970 3090 3205 3320 3435 3550
D 2800 2920 3035 3150 - - -
S 2980 3105 3230 3350 - - -
D 2780 2895 3010 3125 3240 3350 -
S 3110 3240 3370 3500 3625 3750 -
S 3410 3555 3695 3835 3975 4115 4250
S 3970 4135 4300 4465 4625 - -
S 4270 4450 4630 4805 4980 5150 -
S 4135 4310 4480 4650 4820 4985 5150
S 4495 4685 4870 5055 5240 5420 5600
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Os danos estão codificados de acordo com sua localização no pneu, ou seja, estão
divididos pelas partes do pneu, conforme segue:
• Danos na banda de rodagem - os códigos serão dos número 1 a 29;
• Danos na carcaça - os códigos serão dos número 30 a 49;
• Danos no flanco e ombro - os códigos serão dos número 50 a 69;
• Danos no talão - os códigos serão dos número 70 a 79;
• Danos especiais - os códigos serão dos número 90 a 99.
Banda de rodagem
Flanco Flanco
e ombro e ombro
Carcaça
Talão Talão
20
Danos na banda de rodagem
Banda de rodagem
21
Avaria 01 - Separação das cintas na banda de rodagem
22
Avaria 02 - Exposição das extremidades das lonas/cintas
Causas Prováveis Problemas mecânicos (como desalinhamento dos eixos, terminais etc.).
23
Avaria 03 - Desagregação da banda de rodagem
24
Avaria 04 - Excesso de picotamento na banda de rodagem
25
Avaria 05 - Excesso de cortes na banda de rodagem
26
Avaria 06 - Roçamento na banda de rodagem
27
07 - Arrancamento de parte
Avaria da banda de rodagem (ribe)
Perda de aderência entre a banda e a carcaça podendo ser causado por impacto,
Causas Prováveis
objeto cortante ou calor excessivo.
Ação Remover o pneu e solicitar análise de um reformador Vipal para possível reparação.
28
Avaria 08 - Desgaste diagonal
29
Avaria 09 - Desgaste assimétrico
30
10 - Rachadura na banda
Avaria de rodagem pneus diagonais
Causas Prováveis Pressão inadequada, excesso de carga, carcaças fadigadas e duplos mal geminados.
31
Avaria 11 - Picotamento na banda de rodagem
Causas Prováveis Estradas não pavimentadas, falha na escolha do desenho ou excesso de pressão.
32
Avaria 12 - Dano localizado
33
Avaria 13 - Desgaste centralizado
34
Avaria 14 - Arrancamentos de blocos
Ação Retirar o pneu, e avaliar em um reformador Vipal para possível reforma ou reparo.
35
Avaria 15 - Corte na banda de rodagem
36
Avaria 16 - Desgaste irregular nos blocos
Causas Prováveis Baixa pressão, uso incorreto dos freios e desenhos inadequados.
37
17 - Desgaste acentuado
Avaria em um dos ombros do pneu
O pneu apresenta maior desgaste em um dos ombros,
Aparência
porém sem sinais de arraste.
38
Avaria 18 - Soltura parcial da banda de rodagem
Ação Retirar o pneu e encaminhar a um reformador Vipal para avaliar possível reparo.
39
Avaria 19 - Desgaste em degraus
40
20 - Separação em estágio inicialda banda de
Avaria rodagem em relação à carcaça nos ombros do pneu
Causas Prováveis Colocação da banda de rodagem mais larga que a carcaça original.
41
Avaria 21 - Soltura da banda de rodagem
42
Avaria 22 - Desgastes nos ombros da banda de rodagem
Aparência Ombros apresentam desgaste mais acentuado que o centro da banda de rodagem.
Precaução Calibrar periodicamente os pneus sempre frios e realizar inspeções visuais nos pneus.
43
Danos na carcaça
Carcaça
44
Avaria 30 - Soltura de enchimento
Causas Prováveis Falha no processo de reforma do pneu, presença de umidade, estrutura oxidada.
45
Avaria 31 - Penetração de objeto durante o percurso
46
Avaria 32 - Ruptura lateral em pneus radiais
47
Avaria 33 - Ruptura circunferencial
Causas Prováveis Rodagem com pneu furado, baixa pressão ou excesso de carga.
Precaução Realizar inspeções periódicas, calibrar os pneus com frequência e sempre frios.
48
Avaria 34 - Dano interno
49
Avaria 35 - Ruptura radial do pneu
50
Avaria 36 - Bolha no liner
51
Avaria 37 - Separação dos cabos da carcaça
Causas Prováveis Impacto contra objeto, cabeceira de ponte, buraco, sobrecarga e baixa pressão.
52
Avaria 38 - Dano por infiltração
Causas Prováveis Rodagem com perfuração não reparada por longo período.
53
Avaria 39 - Reparo inadequado 1
54
Avaria 40 - Reparo inadequado 2
Causas Prováveis Pedaço de câmara de ar ou reparo de câmaras de ar aplicado na área danificada do pneu.
55
Avaria 41 - Reparação inadequada
56
Danos no flanco e ombro
Flanco Flanco
e ombro e ombro
57
Avaria 50 - Separação no flanco/lateral em pneus radiais
58
51 - Separação da borracha do flanco
Avaria em pneus radiais
59
Avaria 52 - Separação na região do ombro
60
Avaria 53 - Roçamento lateral do pneu
Contato com partes do veículo tais como molas quebradas, abraçadeiras “U”,
Causas Prováveis
peças soltas da suspensão, para-lamas, etc.
61
Avaria 54 - Separação região do ombro em pneu diagonal
62
55 - Deformação (saliência) no flanco
Avaria do pneu radial
Causas Prováveis Separação ou ruptura dos cabos da estrutura causada por impacto.
63
Avaria 56 - Dano no flanco
64
Avaria 57 - Rachadura radial no flanco
65
Avaria 58 - Dano acidental no flanco
66
Avaria 59 - Rachaduras/trincas na lateral do pneu
67
Avaria 60 - Dano no ombro
Causas Prováveis Desenho incorreto para eixos de arraste e manobra mal executada.
Ação Se o desgaste for acentuado retire o pneu de serviço e encaminhe a um reformador Vipal.
68
Danos no talão
Talão Talão
69
70 - Rachadura circunferencial
Avaria nos talões dos pneus radiais
70
Avaria 71 - Danos no talão
Sobrecarga, superaquecimento,
Causas Prováveis
lubrificação incorreta na montagem do pneu e baixa pressão.
71
Avaria 72 - Talão queimado
72
Avaria 73 - Talão danificado
Ação Encaminhar ao reformador Vipal. Dano somente na borracha pode ser reparado.
73
Danos especiais
74
Avaria 90 - Contaminação do pneu
75
Avaria 91 - Montagem incorreta
Causas Prováveis Falta de padronização na montagem, na composição do conjunto ideal e gestão dos pneus.
Ação Retirar os pneus e selecionar pneus de mesma construção e desenho para o mesmo eixo.
76
Avaria 94 - Limite de utilização atingido
77
Avaria 95 - Dobras na câmara de ar
78
Avaria 96 - Descentralização
Ação Retirar o conjunto e realizar a centralização, após balancear o conjunto (roda e pneu).
79
Dicas importantes
• Calibrar os pneus periodicamente, sempre frios;
80
Custo por quilômetro
O CPK é o custo do quilômetro rodado. O cálculo é baseado na vida útil dos pneus
desde a compra até o descarte, ou seja, em toda a vida útil. Nem sempre o mais barato
é o que tem melhor CPK, itens como calibragem correta, obediência aos limites de
carga, execução de reparos logo após a avaria, a retirada do pneu no momento correto,
podem ser cruciais para uma grande economia com pneus.
Simulação de CPK
Valores de referência.
81
Notas
82
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#80-VREF-M-Po-D-04/19