Radon Nikodym
Radon Nikodym
Radon Nikodym
DANIEL V. TAUSK
dν
Em virtude do resultado do Exercı́cio 5, a derivada de Radon–Nikodym dµ
é “quase” única. Mais precisamente: consideramos o conjunto das funções
mensuráveis não negativas f : X → [0, +∞] munido da relação de equi-
valência:
f ∼ g ⇐⇒ f = g µ-quase sempre.
dν
As possı́veis derivadas de Radon–Nikodym dµ constituem precisamente uma
dν
classe de equivalência de ∼. Poderı́amos então definir dµ como sendo a
classe de equivalência formada por todas as funções mensuráveis não ne-
gativas f tais que ν = µf . É usual, no entanto, confundir uma tal classe
de equivalência com algum de seus representantes e tratar a derivada de
Radon–Nikodym como se fosse uma função.
Note que, usando a noção de derivada de Radon–Nikodym, o resultado
do Exercı́cio 3 nos diz que se g : X → R é uma função mensurável então:
Z Z
dν
g dν = g dµ,
X X dµ
sendo que o lado esquerdo da igualdade está bem definido se e somente se o
lado direito estiver.
Exercı́cio 6. Sejam (X, A) um espaço mensurável e sejam µ : A → [0, +∞],
ν : A → [0, +∞] medidas. Suponha que µ seja σ-finita e que ν µ. Dado
Y ∈ A, denote por µ0 a restrição de µ a A|Y e por ν 0 a restrição de ν a A|Y .
Mostre que µ0 é σ-finita, que ν 0 µ0 e que a derivada de Radon–Nikodym
dν 0 dν
dµ0 é igual à restrição de dµ a Y .
para todo E ∈ A.
(a) Mostre que se f, g ∈ F então a função f ∨ g : X → [0, +∞] definida
por:
(f ∨ g)(x) = max{f (x), g(x)}, x ∈ X,
pertence a F. (sugestão: dado E ∈ A, escreva E = E1 ∪ E2 , onde:
E1 = E ∩ [f ≥ g], E2 = E ∩ [f < g].
Note que f ∨ g coincide com f em E1 e coincide com g em E2 .)
(b) Seja:
nZ o
c = sup f dµ : f ∈ F ∈ [0, +∞].
X
(note que a função nula está em F, de modo que c é o supremo de
um conjunto não vazio.) Mostre que existe f ∈ F tal que:
Z
f dµ = c.
X
já que:
ν − µf − k1 µ (E ∩ Pk ) ≥ 0.
Além do mais:
Z
φk dµ = µf (E ∩ Nk ) ≤ ν(E ∩ Nk ),
E∩Nk