02 Parashiots
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Parashá Noach
O Nome da Parashá
Nossa Parashá começa com "Estes são os descendentes de Noach, Noach era..."
O Midrash pergunta: "Por que o nome de Noach é mencionado duas vezes quando
uma só vez teria bastado?"
Parashat HaShavua:
📖 NOACH (2ª)
Bereshit, 6:9-11:32
Haftará para BERESHIT: Yeshaiáhu, 54:1-10
Nome: NOACH
Significado: Serenidade
Linhas no rolo da Torá: 230
Versículos: 153
Palavras: 1861
Letras: 6.907
Data: 1556 - 2083
Local: Ur dos Caldeus, Monte Ararat, Charan
Pessoas-Chave: Noach, Shem, Cham, Yefet, Terach, Avraham
Perfil do Personagem:
Nome: Noach
Pai: Lemech
Avô: Metushelach (Matusalém)
Esposa: Naamá
Filhos: Shem, Cham e Yefet
Tempo de vida: 950 anos
Conhecida por: Passou 120 anos construindo a arca; cuidava dos animais da arca com
grande sacrifício pessoal; recebeu a promessa de D’us de que o mundo nunca mais
seria destruído por um dilúvio; plantou uma vinha e ficou embriagado; amaldiçoou
Cham e Canaã por seu pecado.
Na Parashá Lech Lecha dessa semana consta a história de Avraham Avinu. Ele provou a
fé em D’us através de dez testes, entre eles alguns que ocorreram muito antes de seus
75 anos. Quem não conhece a história de Avraham quebrando os ídolos de seu pai e
colocando a “arma do crime” nas mãos do maior ídolo para depois dizer ao seu pai:
“foi ele!” E a sua resposta: “Impossível!” só incitou o jovem Avraham a concluir: “e
então por que rezam para ele?...”
A Torá não menciona explicitamente este episódio e sim nos ensina que a grandeza de
nosso patriarca, Avraham, não está no fato de ser inteligente, precoce, perspicaz ou
corajoso e sim de ser obediente. A Torá menciona a história de Avraham a partir do
ponto em que D’us lhe diz: “Vai!” E ele foi, mesmo sem saber por que e para onde.
É muito importante ter iniciativa própria para realizar coisas positivas, só que é mais
importante saber obedecer a D’us e fazer exatamente o que Ele quer – pode até
parecer menos original, mas Avraham, o primeiro judeu da história, nos ensina que
este é o caminho certo, o nosso caminho.
D’us lhe disse: a natureza, o ambiente (hábitos) e a educação, quando são negativos,
devem ser superados para elevar-se e atingir o objetivo: El haarets asher arêca
(chegar a Terra – o objetivo que D’us lhe mostrará). Para obedecer a D’us e seguí-Lo é
preciso ter auto-sacrifício de poder superar muitos preconceitos e pressões (internas e
externas).
Essa é a vida de todo judeu (afinal, nunca foi fácil ser judeu...) – é a capacidade de
ligar-se a D’us acima de tudo e é só assim que nosso povo sobrevive. Assim, o fim do
trecho há de se cumprir em breve: chegaremos a terra que D’us nos mostrará – o
Terceiro Templo Sagrado em Yerushalaim, através da vinda de Mashiach – já!
A Parashá Lech Lechá, começa com um comando de Hakadosh Baruch Hu, para Abraão
para sair de onde estava e ir para a terra prometida, o longo e árduo caminho para a
liberdade.
Lech Lechá é normalmente traduzido como "Sai-te", entretanto, são palavras que em
seu original, literalmente trazem um sentido contraditório , pois Lech לְָךsignifica "Ir
para fora", e Lecha לְֶךsignifica "Ir para dentro, para si mesmo".
Com essas palavras, D”s estava revelando a Abraão suas jornadas que estavam à
frente dele dali em diante.
Rashi, seguindo uma interpretação da tradição antiga, traduz Lech Lecha לְָך- לְֶךcomo
"Jornada por você mesmo". Segundo ele, Deus dizia a Abraão "Faça essa caminhada
por seu próprio benefício e pelo seu bem, quando chegar ao destino, lá eu farei de
você uma grande nação".
Amiga as vezes não entendemos sinais de comando de Hashem, que nos dá para
sairmos da nossa zona de conforto para seguir caminhos desconhecidos assim como
Abraão fez, e deixar todo nosso passado para podermos adquirir um futuro melhor.
Lech Lecha, pode também significar deixar para trás tudo que faz dos homens, seres
previsíveis, limitados e delimitados. Deixe as forças sociais, as pressões familiares, as
circunstâncias em que você nasceu e que foi criado, para viver e encontrar o D”s que
está acima de todas estas coisas.
Existem muitas razões pelas quais a pessoa poderia escolher mudar de um local para
outro. Às vezes a pessoa poderia fazê-lo por razões familiares. Muitas vezes, a pessoa
muda-se por motivos financeiros ou porque a vizinhança não é mais segura ou
decente, não foi o caso de Abraão.
Para nós fica o exemplo que mudanças acontecem todos os dias e mesmo assim não
percebemos essa mudança, mas a maior mudança amiga, é o ‘ Eu”, nada adianta
mudar de trabalho, casa, país, ou até mesmo estado civil, se não há uma mudança
interior nas nossas Midot (comportamento, traços de caráter)
Olhe para seu comportamento interior, como a raiva, o rancor, a vingança, medo,
angustia, e veja se esse comportamento edifica sua vida.
Maimônides nos ensina que o caminho do meio é que devemos seguir, alegria e
felicidade, são qualidades nobres que podemos encontrar nas pessoas, como a
humildade e a tranquilidade.
Não podemos jamais nos compararmos aos grandes Tzadikim, mas mudarmos o nosso
traço de caráter (Midot), é muito mais importante que mudarmos de lugar exceto se
esse lugar nos levar a cometer atos como luxúria, corrupção, lashom hará.Vamos ir em
busca da mudança por um gesto de amor.
Quando pensamos só em nós mesmos somos egoístas, quando pensamos nos outros
optamos pelo amor.
Esse modelo, da escolha do amor como princípio de vida, justifica a mudança de
Abraão que se iniciou como uma jornada solitária começa assim a se transformar num
ato coletivo dessa forma Abraão foi transformado em um judeu – uma pessoa
conectada a D”s simplesmente em virtude de sua constituição essencial que “saísse”
de seu país e local de nascimento, Ele estava lhe dizendo para abandonar sua
existência anterior e adquirir uma essência nova e superior com esta ordem.
Dessa forma não há necessidade que um judeu seja um erudito da Torá, basta iniciar a
observar os preceitos que nela contém e assim o levarão ao entendimento adequado,
para uma mudança no seu ser.
Shabat Shalom Umevorach
RABANIT RUTH BENAION BENZAQUEN
Parashat HaShavua:
📖 LECH LECHÁ (3ª)
Bereshit, 6:9-11:32
Haftará para LECH LECHÁ: Yeshaiáhu, 40:27-41:16
Perfil do Personagem:
Nome: Avraham
Pais: Terach e Amtelai
Esposas: Sara, Hagar(Ketura)
Tempo de vida: 175 anos
Filhos: Ytschac, Yshmael, Zimran, Yokshan,Medan, Midian, Yishbac e Shuach
Local de sepultamento: Caverna de Machpela
Realizações: Reconheceu a existência de D’us aos três anos de idade; passou dez testes
de D’us, observou todos os mandamentos antes que fossem dados; implorou pelas
pessoas de Sedom, apesar delas serem muito más.
Conhecido por: Foi jogado numa fornalha por Nimrod e sobreviveu milagrosamente;
encorajava todos os seus visitantes a agradecer D’us pela comida; foi insuperável em
dar as boas-vindas a hóspedes; estava disposto a sacrificar seu filho para cumprir a
vontade de D’us.
Próxima Parashá:
📖 VAIERÁ (4ª)
Bereshit, 18:1-22:24
Haftará para VAIERÁ: Melachim II, 04:01-37
Parashat HaShavua:
📖 VAIERÁ (4ª)
Bereshit, 18:1-22:24
Haftará para VAIERÁ: Melachim II, 04:01-37
Nome: VAIERÁ
Significado: “E ele apareceu”
Linhas no rolo da Torá: 252
Versículos: 147
Palavras: 2085
Letras: 7.862
Data: 2047 - 2085
Local: Planícies de Mamré, Sedom, Tsoar, Guerar (Terra dos Filisteus), Deserto de Beer
Sheva, Monte Moriá
Pessoas-Chave: Avraham, três anjos, Sara, Lot e sua família, Avimelech, Yitschac,
Yishamel, Hagar
Perfil do Personagem:
Nome: Yitschac
Pais: Avraham e Sara
Avós: Terach, Haran
Esposa: Rivca
Filhos: Yaacov e Essav
Tempo de vida: 180 anos
Local de sepultamento: Caverna de Machpelá.
Realizações: Aos 37 anos, ele estava pronto para oferecer sua vida como sacrifício para
cumprir a palavra de D’us; cavou poços.
Conhecido por: Uma visita de anjos anunciou sua concepção; ficou sem filhos durante
20 anos antes de ter Yaacov e Essav; era muito parecido com seu pai Avraham; ficou
cego; morreu pelo “beijo” da Presença Divina.
Próxima Parashá:
📖 CHAIÊ SARÁ (5ª)
Bereshit, 23:1-24:67
Haftará para CHAIÊ SARÁ: Melachim I, 1:1-31
ב"ה
PARASHÁ VAYERÁ
Hashem chama Abraão, que responde "Hineini", estou aqui: Hashem instrui-o a trazer
Isaac ao Monte Moriah; Abraão enfrenta uma decisão séria: apesar da perda de Isaac
significar o fim do povo judeu, mantém-se firme na sua posição de obedecer ao
mandamento de Hashem. Abraão não cede às tentações de argumentos racionais ou
emocionais.
Temos de estar prontos para nos levantarmos e dizermos: "Estou aqui, pronto para
ser um judeu neste mundo e um modelo para os meus filhos e para a comunidade”.
Asseguraremos a sobrevivência judaica se fornecermos um modelo como inspiração.
Shabat Shalom,
Parashá Pinchás
📜 As filhas de Tselofchad
Ao ouvirem Moshê explicar que a Terra de Israel seria distribuída de acordo com o
número de varões, discutiram o assunto entre si.
"O nome de nosso pai será esquecido," disseram umas às outras, "porque nenhum
herdeiro homem receberá uma porção em Israel que esteja associado a seu nome.
Uma vez que não temos irmãos, reivindiquemos a porção da Terra de nosso pai, de
maneira que seu nome seja perpetuado."
Aproximaram-se dos juízes responsáveis pelas dezenas e apresentaram a
reivindicação. Sendo esta uma questão legal sem precedentes, os juízes não puderam
decidir. Levaram a questão das filhas de Tselofchad aos juízes responsáveis por
cinqüenta pessoas.
"Deixaremos a decisão aos maiores que nós," disseram também estas autoridades
mais elevadas. As filhas de Tselofchad, então, aproximaram-se dos juízes centuriões;
porém, de lá, foram enviadas aos juízes responsáveis sobre os milhares. Nenhum juiz
sentia-se competente para decidir o assunto.
Uma das irmãs visitava a Casa de Estudos todos os dias para ouvir os ensinamentos de
Moshê. Certo dia, disse às irmãs: "Hoje Moshê ensinou as leis de yibum (levirato). Se
um homem morre sem deixar filhos, sua mulher casa-se com o irmão do marido. O
filho que nascer deste casal é uma lembrança para perpetuar o nome do primeiro
marido."
As outras irmãs sugeriram: "Nosso pai morreu sem deixar um filho. Deixe que nossa
mãe se case com nosso tio! Se nascer um filho homem, este herdará a propriedade de
nosso pai, e o nome dele não será esquecido."
"Nossa mãe não poderá fazer isto," explicou a irmã instruída, que havia ouvido a
palestra de Moshê. "Apenas uma mulher que não tem filho algum pode casar-se com o
irmão do marido. Como nossa mãe teve filhas, não poderá casar-se com nosso tio!"
As outras irmãs retrucaram: "Se somos consideradas descendentes de nosso pai, assim
como filhos varões, então devemos receber nosso quinhão da terra, também!"
Decidiram todas: "Vamos falar com Moshê."
A filha mais velha principiou: "Nosso pai faleceu no deserto (e não no Egito. Já que faz
parte da geração que deixou o Egito, tem direito a uma porção em Israel.)"
A terceira tomou a palavra: "Não induziu outros a pecar, o que o faria perder sua
porção, porém morreu por causa de seu próprio pecado."
As filhas de Tselofchad então argumentaram: "Permita então que nossa mãe faça um
casamento levirato com nosso tio. Se tiverem um filho, ele herdará a terra de nosso
pai."
"Isto não pode acontecer," respondeu Moshê. "Sua mãe não pode casar-se com seu
tio. Ela tem filhas."
As moças replicaram: "Se as filhas carregam o nome do pai, não deveriam também
receber sua herança?"
"Espere até que eu pergunte a D'us," respondeu Moshê.
Por que Moshê não reconheceu, ele mesmo, a veracidade dos argumentos, preferindo
esperar pela decisão de D'us?
Moshê sabia a decisão haláchica correta. Contudo, quando ouviu que os juízes sobre as
dezenas deferiram a causa a uma autoridade superior, e que cada tribunal,
sucessivamente, evitou expedir uma decisão, Moshê pensou: "Que eu aja da mesma
forma. Há Um maior que eu. Que eu Lhe pergunte."
Assim, Moshê ensinou a todos os juízes de todas as futuras gerações a não hesitarem
em consultar uma autoridade maior, quando necessário.
D'us então respondeu a Moshê: "As filhas de Tselofchad estão certas! Esta lei está
escrita na Minha Torá no céu, exatamente como elas disseram. Dê-lhes a porção do pai
em Israel - a porção dupla que ele merecia como primogênito."
"Esta é a lei para todas as gerações: se um homem não tem filhos, suas filhas herdarão
a propriedade."
Parashá Matot
Benê Yisrael possuía terra a leste do Rio Jordão, após conquistar os poderosos reinos
de Sichon e Og. As tribos de Gad e Reuven possuíam grandes rebanhos de ovelhas.
Estas tribos enviaram mensagens a Moshê, solicitando: "Por favor, deixe-nos assentar
aqui, à margem leste do Rio Jordão, em vez de cruzá-lo até Erets Yisrael. Os campos
aqui são largos e abertos. Serão excelentes para pastagens de ovelhas.
"Moshê, sabemos que não nos levará até Erets Yisrael. Você morrerá do lado leste do
Rio Jordão. Deixe-nos ficar aqui, também."
Ouvindo este pedido, Moshê sentiu-se infeliz. Respondeu: "Vocês são duas tribos
fortes. Se ficarem a leste do Rio Jordão, Benê Yisrael pensará que vocês estão
temerosos de lutar com os canaanitas. Isto os desencorajará de conquistar o país.
Podem também pensar que Erets Yisrael não é especial se vocês não desejam um
pedaço da terra. Estão repetindo o pecado dos espiões! Como eles, estão
desencorajando benê Yisrael de conquistaar Erets Yisrael!"
Quando Moshê ouviu estas palavras, concordou. Disse-lhes: "Construa cidades para
suas famílias e abrigos para os rebanhos a leste do Rio Jordão."
Moshê primeiro mencionou as cidades para o povo e somente então, os animais. Benê
Gad e Benê Reuven tinham posto o gado em primeiro lugar. Moshê insinuou a eles que
estavam pensando mais sobre o rebanho que sobre os seres humanos.
Moshê continuou: "Se vocês mantiverem sua palavra e ajudar Benê Yisrael a lutar até
que a conquista seja efetuada, receberão suas porções a leste do Rio Jordão. Mas se
quebrarem sua promessa, não receberão nenhuma terra a leste do Jordão.
Não temam perder, ao ajudar Benê Yisrael. Serão mais rico do que se tivessem
permanecido a leste do Jordão durante a conquista de Erets Canaã."
Hillel diria:
"Seja dos discípulos de Aharon. Ame a paz. Persiga a paz. Ame cada pessoa que D'us
criou, e atraia-os para a Torá." Mishná Avot
Hillel, o Velho, está falando sobre aqueles que estão tão distantes de D'us e Seu
serviço, que sua única qualidade redentora é que eles são criação de D'us.
E ele nos diz que devemos atrair essas pessoas com cordas grossas de amor. Talvez,
apenas talvez, nós os aproximemos da Torá e de D'us. E se não, ainda não perdemos a
mitsvá do amor. -Tanya, capítulo 32.
Por que não podemos amar nossos semelhantes simplesmente porque todos eles
foram criados com a imagem de D'us embutida neles?
Dê a eles seu amor, sua atenção, sua bondade em todos os sentidos, inclusive
ensinando-lhes a Torá.
No entanto, Hillel parece nos dizer que devemos amar apenas para atrair essas
pessoas a D'us e à Torá!
Mas, não, na verdade Hillel está nos dizendo que nosso amor não deve ser um amor
condicional, não de qualidades transitórias, mas da essência, daquela centelha divina
interior.
E quando você ama as pessoas por causa dessa centelha divina dentro delas, você a
desperta de seu sono profundo.
Naturalmente, eles são atraídos para D'us e a Torá, de um lugar profundo dentro de si
mesmos.
Se eles vão seguir adiante é com eles. Mas uma faísca é despertada com seu amor.
Então Hillel diz: "Mostre a eles o seu amor - só porque eles têm uma centelha sagrada
dentro de si, sem expectativas. Quando for feito dessa maneira, essa centelha sagrada
os atrairá para a Torá".
Chabadorg
📜 O Nome da Parashá
"Olhe para isto!" são palavras que podem ser exclamadas ao nos depararmos com algo
novo ou diferente. Assim, a frase de abertura de nossa Parashá, Estas são as palavras
que Moshé falou a todo o povo judeu, vem nos ensinar que as palavras da Torá devem
sempre ser encaradas como algo novo e excitante, tal como dizem nossos Sábios, "elas
devem ser novas aos seus olhos todos os dias" (Rashi para Devarim 26:16).
A palavra vaetchanan significa "eu pedi" em aos pedidos para entrar na Terra de Israel:
"Eu pedi a D'us... Por favor, deixe-me atravessar e ver a terra boa que está no outro
lado do Jordão."
No entanto, "D'us ficou zangado comigo... e Ele não me escutou. D'us me disse, 'Basta
de seus (pedidos)!'
Não fale mais Comigo sobre este assunto."
Tudo na Torá deve transmitir uma lição prática para nossas vidas. Mas este relato
parece simplesmente descrever um evento histórico.
O que ele significa para nós!
A percepção acerca deste incidente é que as preces de Moshé não foram aceitas por
D'us, e quando D'us Se zangou, Moshé interrompeu suas súplicas. Entretanto, nós
devemos ter em mente que Moshé não estava rezando apenas por si mesmo, mas por
todo o povo judeu. Se Moshé tivesse liderado o povo para dentro da Terra, isto teria
antecipado imediatamente a Era Messiânica.
Assim, Moshé poderia ter seguido a diretriz do Talmud, "O que o dono da casa diz a
você, você deve fazer, exceto (quando ele fala para você] sair" (Pessachim 866).
Quando D'us (o verdadeiro "Dono") disse a Moshe para parar de rezar (i.e., abandonar
o pedido por Mashiach e "sair" da presença de D'us), ele não precisava seguir as
instruções de seu Anfitrião, segundo a lei Talmudica.
Assim, Moshé poderia ter seguido a diretriz do Talmud, "O que o dono a casa diz a
você, você deve fazer, exceto (quando ele fala para você) sair".
Quando D'us (o verdadeiro "Dono") disse a Moshé para parar de rezar (i.e, abandonar
o perdido por Mashiach e "sair" da presença de D'us), ele não precisava seguir as
instruções de seu Anfitrião, segundo a lei Talmúdica.
Assim, a despeito do fato de Moshé estar irritando D'us com suas preces insistentes, é
muito improvável que Moshé tenha de fato parado de suplicar a D'us, mesmo depois
de D'us ter dito, "Não fale mais Comigo sobre este assunto".
Pois Moshé não estava rezando por si, mas pelo povo judeu - a geração que ele tirara
do Egito. E, como um verdadeiro líder e amante de Israel, Moshé certamente teria se
arriscado (ao despertar a ira de D'us) para fazer todo esforço possível para o bem de
seu povo.
Portanto, tendo atingido "o 'calcanhar' de Mashiach", nós não mais queremos "pisar"
nos mandamentos menores; pois a distinção entre "menor" e "maior
somento é significativa para aqueles que apreciam e
compreendem o verdadeiro valor das mitsvot, como os judeus da era do Templo.
Nossa grandeza, no entanto, é nossa simples fé.
Nossa abordagem não sofisticada do Judaísmo nos conecta com o próprio âmago da
Essência de D'us, que é simples e desprovida de qualquer multiplicidade.
O Nome da Parashá
Reê significa "Veja" como no versículo de abertura nossa Parashá: "Veja! Eu dou hoje a
vocês benção e maldição".
O que, exatamente, a Torá pretende ao nos pedir para "ver" as bençãos e maldições de
D'us?
a) Obediencia plena. Neste nível, a pessoa deseja observar as mitsvot porque ela tem
consciência de uma Autoridade Superior. Entretanto, sua observância não é inspirada
por uma compreensão ou apreciação da Torá: ela simplesmente "aceita o jugo do
céu".
b) Aprelação intelectual. Um nível mais elevado é quando a pessoa não somente
observa os preceitos da Torá per deferência a uma Autoridade Superior, mas também
tem uma apreciação intelectual da importância de cumprir as mitsvot, e ela entende as
recompensas que a observância das mitsvot traz.
c.) Visão. Neste nível, a pessoa não apenas aprecia o valor de guardar os preceitos da
Torá, como ela os vê.
1.e., a necessidade e os resultados positivos de observar as mitsvot tornam-se tão
claros e evidentes quanto ver um objeto físico com os próprios olhos.
E é este terceiro nível que nossa Parashá ordena, e habilita espiritualmente cada judeu
a alcançar, com as palavras:
"Veja! Eu dou hoje a vocês bênção e maldição".
"Ao dar tsedacá a mente e o coração da pessoa se refinam mil vezes" (Torá Ir, Bereshit
1b).
Pois, no caso de todas as outras mitsvot (que requerem ação de somente uma parte
do corpo) apenas um aspecto da alma vitalizadora é envolvido, e mesmo esta única
faculdade está somente envolvida na mitsvá no momento em que esta é realizada.
Entretanto, no caso da tsedacá, um homem dá "o trabalho de suas mãos", e
certamente todas as faculdades de sua alma vitalizadora estão imersas em seu
trabalho manual, ou em outro negócio através do qual ele ganhou este dinheiro.
Assim, quando ele o doa para caridade, ocorre que sua alma vitalizadora inteira é
elevada para D'us.
E mesmo aquele que não ganha a vida de seu trabalho poderia ter usado este dinheiro
que ele deu para tsedacá para comprar coisas necessárias para a sua alma vitalizadora;
assim (ao dar tsedacá) ele está, de fato, dando a vida de sua alma para D'us.
O Midrash enfatiza a necessidade de ambos os papéis: "Sem guarda não existe juiz.
Pois se uma corte julga uma pessoa culpada, quando esta sai (da sala de julgamento), o
juiz não tem mais poder, a menos que um guarda assuma o controle"
(Tanchuma, Shoftim, 2).
Em sua profecia sobre a era Messiânica, Isaías menciona os juízes, mas não os guardas:
"Eu restaurarei os juízes como eles eram anteriormente, e seus conselheiros como eles
eram no começo" (Isaías 1:26).
Isto porque na era Messiânica nós testemunharemos o desaparecimento do mal e do
egoísmo (ver Zacarias 13:2);
assim, não haverá necessidade de guardas, que forçam as pessoas a serem corretas.
Entretanto, ainda será preciso os juízes, que aprovam as leis, estudam Torá e fornecem
assistência prática ao povo judeu em assuntos de Torá e seus mandamentos.
Entretanto, como todos os aspectos da Torá são eternos, haverá uma função para os
guardas mesmo depois da Redenção. A diferença é que será uma função positiva
anunciar e divulgar as decisões dos juízes e ajudar o povo a cumprir as diretivas dos
tribunais.
Todo alimento deve ser tratado com respeito. O Talmud nos conta: "Um alimento que
serve para seres humanos, não deve ser dado para um animal". Por quê? Isto é
desrespeitoso para com o alimento e demonstra uma falta de gratidão para com a
bênção de D’us. É certamente errado, portanto, jogar comida fora. Em vez disso,
devemos planejar nossas refeições para que o alimento não seja mal aproveitado.
Fora o respeito por comida em geral, é proibido atirar pão, mesmo se este não for
danificado. Alguém que vê comida no chão deve levantá-la. Uma pessoa nunca deve
andar sobre migalhas de pão, já que isto pode levar à pobreza. As migalhas devem ser
varridas.
Dinheiro também não deve ser desperdiçado. Um judeu não deve gastar seu dinheiro
sem propósito, mas sempre no intuíto de cumprir uma mitsvá.
📜 Faiscas de Chassidut
O Nome da Parashá
Ki Tavô significa "quando você entrar", como no versículo "Quando você entrar na
terra que D'us...
está dando a você."
Isto nos ensina uma lição importante para a vida diária: que nós devemos "entrar"
totalmente e com todo o coração em tudo que fazemos para D'us.
Quando uma pessoa imerge completamente em tudo que ela faz, não ocorre apenas
uma melhora quantitativa em suas ações (o quanto ela está envolvida), mas uma
mudança qualitativa, que afeta radicalmente a maneira como ela está envolvida.
E esta é a lição da Parashat Ki Tavô: Nós devemos "entrar em cada mitsvá que
realizamos, e em cada ato com o qual servimos a D'us. Então nossa observância do
Judaísmo tornar-se-á viva, literalmente.
Os judeus devem permanecer firmes e inabaláveis, embora sejam "a menor entre as
nações".
Isto só pode acontecer quando eles estão ligados e unidos -"Todos vocês".
Como é possível estabelecer uma união verdadeira duradoura de indivíduos
diferentes, com ideias diferentes, interesses diferentes e diferentes aspirações?
A resposta é: "Diante de D'us, seu D'us".
A união de todos os judeus é possível porque, na prática, eles já estão unidos em
virtude de suas almas, a alma Divina, que é realmente uma parte de D'us acima, e que
é encontrada em cada judeu sem exceção.
E a profunda reflexão de que vocês estão "diante de D'us", que é "seu D'us, sua força e
sua vida, deve trazer à tona e concretizar a união de um judeu com outro, e do
indivíduo com a comunidade de nosso povo, da maneira mais
completa possível.
Faíscas de Chassidut
No entanto, a Chassidut explica que isto não foi, de fato, uma desvantagem, mas, pelo
contrário, foi especialmente para o bem. O propósito da criação é fazer "uma morada
para D'us nos mundos inferiores", i.e., através dos esforços do homem dentro de sua
vida diária. Milagres são geralmente contraproducentes para este objetivo, pois eles
servem para impor espiritualidade no mundo, ao invés de deixar os "mundos
inferiores" desenvolverem uma sensibilidade espiritual por si mesmos.