(Guia de Estudos) Oms (2018)
(Guia de Estudos) Oms (2018)
(Guia de Estudos) Oms (2018)
GUIA DE ESTUDOS
OMS (2018):
A Epidemia de Ebola no Norte
da África e a crise migratória
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 24
1 APRESENTAÇÃO DA EQUIPE
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18minionuoms@gmail.com
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2 APRESENTAÇÃO DO TEMA
dos delegados buscar soluções plausíveis para que se possa controlar a epidemia,
isolá-la geograficamente e combater a doença nas áreas já afetadas (combate aos
sintomas, meios de sobrevivência para os infectados e prevenção de novos casos).
A doença por Ebola, oficialmente denominada como Doença por Vírus Ebola
(DVE), apresenta alta gravidade para aqueles que são infectados pelo patógeno Ebola
vírus. É uma doença considerada letal, para a qual ainda não se tem vacina ou
tratamentos eficientes em caráter oficial. Apresenta um índice de mortalidade de 50%
das pessoas infectadas, podendo este variar entre 25 a 90%, dependendo das
condições ambientais e sociais em que o vírus se prolifera. Sua transmissão se dá a
partir do contato humano com animais selvagens que se apresentam como vetores do
patógeno, como morcegos frutíferos. Espalha-se entre humanos, normalmente, pelo
contato de pessoas saudáveis com: pele, mucosas, sangue, secreções, órgãos ou
fluidos corporais de todos os tipos de pessoas infectadas; ou com superfícies
contaminadas com tais fluidos.
Apesar de ainda não se ter dados de pesquisa concretos e suficientes a
respeito da transmissão do vírus por contato sexual, acredita-se que a transmissão
desse tipo seja uma realidade e, portanto, a OMS recomenda que a Doença por Ebola
seja encarada também como um tipo de doença sexualmente transmissível, dadas
observações e pesquisas iniciais acerca da doença. (WHO, 2016)
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O vírus ebola [...] foi detectado pela primeira vez em 1976, em surtos
simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República
Democrática do Congo, em uma região situada próximo ao Rio Ebola,
que dá nome à doença. Logo que surgiu, o vírus foi diagnosticado em
318 pessoas no Zaire – atualmente República Democrática do Congo –
e em 284 pessoas no Sudão. Na época, destes 602 casos, 436
morreram. (DC, 2014)
Desde o final do Século XX, a Europa, sobretudo a Europa Ocidental, tem sido
um dos principais destinos de imigração ao redor do mundo, com milhares de
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A importância desse esforço comum entre Líbia e Itália é significativa, uma vez
que a Líbia é atualmente um dos principais pontos de acesso às travessias pelo
Mediterrâneo, realizadas pelos grupos de migrantes que fogem de guerras, miséria,
terrorismo e confrontos diversos no Norte da África rumo à Europa. Por outro lado, a
Itália é um dos principais acessos dos migrantes ao continente europeu, por meio de
travessias pelo oceano que passam pela Sicília e demais ilhas italianas (EBC, 2016).
Além dos desafios políticos, econômicos e sociais, e das questões de
segurança para os governos europeus, a travessia descontrolada e precária de
pessoas pelo mar Mediterrâneo vem causando um grande problema atrelado aos
direitos humanos. O trânsito de migrantes, principalmente pelo mar, é realizado sob
condições precárias e sem equipamentos e meios de transporte minimamente
decentes, o que acaba provocando inúmeras fatalidades às milhares de pessoas que
se arriscam todos os dias nessas rotas para chegar à Europa. De acordo com a
Organização Internacional de Migração (IOM) “a viagem da Líbia para a Itália é uma
das mais longas e perigosas [...] mais de 2,5 mil imigrantes morreram tentando fazer
essa travessia neste ano – e, no total, 2.643 pessoas morreram no Mediterrâneo em
2015”. (BBC BRASIL, 2015)
Assim, desde o início do grande movimento imigratório para a Europa e da
instauração do estado de crise migratória na região, a União Européia, seus Estados-
Membros e demais nações, européias e não-européias, vêm discutindo uma série de
medidas a fim de controlar a situação instável existente nas fronteiras do continente,.
Frear o volume extraordinário de entradas na Europa, aprimorar a segurança e os
serviços de inteligência europeus, com o objetivo de impedir a ocorrência de novos
ataques terroristas, e garantir a estabilidade política e econômica dos países
envolvidos na questão são algumas das medidas desenvolvidas. (BBC BRASIL, 2015)
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3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ
comprometidas com doações voluntárias que acabam, por vezes, passando da quota
recebida pelos membros da Organização. (WHO, 2016)
Além de programas voltados para a contenção do surto e prevenção de
doenças, a OMS apoia o desenvolvimento e distribuição de vacinas e remédios por
meio do Programa Ampliado de Imunização, verifica a implantação do Regulamento
Sanitário Internacional, além de realizar pesquisas sobre doenças transmissíveis e
efetuar inúmeras campanhas para o aumento da qualidade de saúde das pessoas.
(WHO, 2016)
A OMS ficou conhecida mundialmente depois de seu sucesso na erradicação
da varíola em 1980, uma doença altamente contagiosa que leva ao óbito 30% dos
indivíduos que a contraem. A OMS entrou com recursos e fez uma campanha global
de vacinação, possibilitando assim a erradicação do vírus da varíola (LEWIS, 2017).
Contudo, a OMS, depois da pandemia de gripe A (H1N1), ocorrida entre 2009
e 2010, estaria ficando sobrecarregada e incapaz de responder com rapidez os
desafios da saúde global, segundo sua diretora-geral Margaret Chan. Apesar de todas
as problemáticas enfrentadas pela OMS, este importante órgão teve seus esforços
voltados para as crises sanitárias causada pelo alastramento do vírus Zika no começo
de 2017, na qual teve grande sucesso em sua contenção; estabilizando, assim, o
globo terrestre de todos os males causados por este vírus. (VENTURA; PERES, 2017)
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ECONÔMICO, 2016).
Por outro lado, a França também se encontra em situação delicada pelo campo
da União Europeia, visto que o a saída do Reino Unido do bloco (um dos três
principais membros) abalou as condições políticas e econômicas por toda a Europa.
Hoje, um dos principais desafios do governo da França é também o grande desafio da
Europa: traçar uma estratégia para lidar com a crise migratória, sem condenar os
refugiados, mas, ao mesmo tempo, garantindo a estabilidade econômica, política e
social do país e a segurança da população. (G1, 2016)
Assim, a França se apresenta neste comitê como um dos membros mais
importantes, detentor de grande poderio militar, diplomático e econômico, capaz de
estabelecer diálogos entre a União Europeia e as demais delegações, e de auxiliar e
se engajar em planos para conter a epidemia de ebola e impede a proliferação do
vírus para demais áreas, principalmente na Europa.
dificuldades logísticas, políticas e sociais, uma vez que a entrada e o tráfego contínuo,
indiscriminado e inseguro de milhares de pessoas pelo mar têm gerado uma situação
de caos nas fronteiras da Itália como os demais países europeus. Atualmente, a Itália
enfrenta uma situação de descrença política da população em relação à eficiência e à
capacidade do governo e das entidades políticas da União Europeia de lidar com a
situação dos refugiados, tanto no tocante à execução de direitos humanos quanto nas
questões relativas à segurança da população nacional e da Europa de modo geral; por
outro lado, lida com um dilema a níveis mais práticos, no tocante ao controle real de
suas fronteiras, capacidades econômicas para gerenciar as operações necessárias
para resgatar pessoas em risco de vida no mar, manter aqueles que chegam ao seu
território, combater linhas marítimas de tráfego de migrantes e rotas alternativas de
migração, dentre outros problemas (LEGORANO & MOLONEY, 2015).
Em meio a tais questões, embora enfraquecida econômica e politicamente no
decorrer das últimas décadas, a Itália vem cooperando arduamente com países
vizinhos e aliados para que se propicie certa estabilidade nas fronteiras do continente
e que os Estados europeus sejam capazes de gerenciar e impedir, dentro do possível,
que fluxos volumosos e/ou indesejados de migrantes adentrem de modo
descontrolado na Europa e venham a causar conflitos culturais, choques políticos,
desestabilizações econômicas e dilemas de segurança, principalmente a partir das
recentes investidas de grupos terroristas na Europa, como o Estado Islâmico. Dessa
forma, a Itália tem atuação de amplo espectro no comitê da OMS 2018, sendo
amplamente requisitada a participar das discussões, principalmente no tocante às
questões de controle migratório, à organização de assentamentos de refugiados, às
ações humanitárias e ao diálogo com países vizinho e do Norte da África, como a
própria Líbia. (EBC, 2016)
4.7 Líbia
A Líbia, sem dúvidas, foi o país que mais sofreu com esta eclosão do vírus
Ebola. Como se não bastasse todo esforço para estabilizar o país, que ainda sofre as
mazelas da queda do ex-ditador Muammar Khadafi, em 2011; e, sem contar a luta
para inibir a influencia crescente do Estado Islâmico (EI) na região, o ressurgimento de
um vírus no interior de seu território é um dos muitos – e simultâneos – desafios do
governo provisório. (DN, 2016)
Outra diretriz que reforça a presença da Líbia entre os atores principais nesse
comitê é o seu posicionamento territorial em relação aos países europeus. Vale
destacar que a rota de imigração Líbia-Itália é considerada a mais mortal do planeta e
que o governo líbio não possui a vigilância e controle de suas fronteiras, o que torna
este país mais fácil de adentrar. (MELLO, 2016).
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REFERÊNCIAS
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fevereiro de 2016
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<http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2014/08/saiba-o-que-e-o-virus-ebola-sua-
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WHO. Ebola virus disease. World Health Organisation, jan 2016. Disponível em:
<http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs103/en/>. Acesso em: 20 jan 2017.
Algumas delegações são mais demandadas do que outras, ou seja, conforme já dito
anteriormente, estas delegações repercutem direta e indiretamente no conflito.
Contudo, cabe a ressalva de que todas as delegações foram escolhidas devido sua
importância dentro das discussões. A tabela de representação, no entanto, classifica
as delegações que serão mais demandadas a se pronunciarem, sendo 1 uma
demanda média, 2 uma demanda alta, e 3 uma demanda alta e constante.
Legenda
Representações pontualmente
demandadas a tomar parte nas
discussões.
Representações medianamente
demandadas a tomar parte nas
discussões.
Representações frequentemente
demandadas a tomar parte nas
discussões.
Comunidade da Austrália
Banco Mundial
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República do Chade
Cruz Vermelha
Reino da Espanha
República Francesa
República Helênica
Hungria
Estado de Israel
República Italiana
Japão
Líbia
Reino da Noruega
República da Polônia
Federação Russa
República Tunisina
República da Turquia
República da Polónia
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