Metabolismo de Lipídeos
Metabolismo de Lipídeos
Metabolismo de Lipídeos
C Com um maior consumo de carboidratos, o citrato, uma vez que a reação citrato →
excesso de glicose é convertido em glicogênio isocitrato é reversível.
no fígado, na presença da insulina. C O citrato acumulado sai da mitocôndria para
C O armazenamento é limitado, então glicose o citoplasma e sofre ação da enzima citrato
entra para a via das pentoses-fosfato ou para a liase e, com gasto de energia, forma o
via glicolítica, quando na presença do glucagon. oxaloacetato e acetil CoA, usando para isso uma
C O piruvato, produto dessa via glicolítica, é CoA-SH. É a partir desse Acetil CoA, no
convertido em acetil CoA, por meio do citoplasma, que o organismo sintetiza ácidos
complexo da piruvato desidrogenase (reação graxos e colesterol.
irreversível).
C Uma ingestão elevada de carboidratos, o
fígado passa a produzir grandes demandas de
ATP via Ciclo de Krebs. Esse ATP atua como
modulador negativo do ciclo de Krebs, pois
inibe a enzima isocitrato desidrogenase. O oxaloacetato presente no citoplasma, após a
C Ocorre o acúmulo de isocitrato na conversão, sofrerá uma redução, se convertendo em
mitocôndria e, consequentemente, acúmulo de malato, que por meio da enzima málica, o converte em
piruvato, gerando NADPH.
C Como a acetil CoA tem apenas 2 carbonos, ela recebe um carbono de íons bicarbonatos para
formar o malonil CoA.
4. A primeira reação, a condensação, em que a acetil CoA, no sítio da cisteína se condensa com a
malonil-CoA por meio da ação da enzima cetoacil sintase.
Nessa reação, há a liberação de um CO2, formando, assim, uma cetona de 4 carbonos no sítio 2.
5. A redução da cetona do sítio 2 pela enzima cetoredutase, formando um álcool. Nessa reação, é
utilizado a primeira molécula de NADPH (reduzido), liberando ao final um NADP+ (oxidado).
6. O álcool sofre desidratação, por meio da enzima desidrase, ocorrendo a liberação de H2O e a
formação de uma uma ligação dupla trans entre os carbonos 2 e 3.
C O principal ácido graxo produzido pelo organismo é o ácido palmítico (16C). A síntese do ácido
hexadecanóico (palmítico, 16:0) envolve sete ciclos enzimáticos.
C A síntese tem início a partir da malonil-CoA, mas a cadeia do ácido graxo crescente está ligado a
uma proteína carreadora de acila (PCA). Em cada ciclo da reação a PCA é recarregada com um
grupo malonil e a cadeia acil cresce em dois carbonos.
C Após sete ciclos, o palmitoil-PCA é hidrolisado, formando o palmitato. Durante todos esses
ciclos, ao se formar um ácido graxo com 16 carbonos, foi utilizado 14 moléculas de NADPH.
C A enzima tioesterase ativa e libera o palmitoil CoA e, no fígado, se esterifica com o glicerol,
formando os triglicerídios endógenos. Estes se associam com a proteína Apo B100, formando o
VLDL, que será exportada pelo fígado para ser armazenada no tecido adiposo.
C Os ácidos graxos podem passar a ter uma cadeia mais longa (alongamento) ou se tornar ácidos
graxos insaturados (dessaturação), por processos enzimáticos separados. As enzimas elongases e
dessaturases estão presentes na mitocôndria e no retículo endoplasmático, respectivamente.
Complexo Elongase
C Complexo enzimático presente no retículo endoplasmático na maioria dos tecidos, em especial
no SNC (pois os lipídios de membrana desse sistema representam ácidos graxos de cadeia muito
longa, na formação de esfingolipídios).
C A partir de um ácido graxo pré-formado,
esse complexo o alonga em 2 carbonos esse
ácido graxo pré-existente.
Dessaturases
C São enzimas insaturadoras que têm a capacidade de acrescentar duplas ligações aos carbonos 9,
5, 5 e 4. Com isso, apenas o ácido oléico (ω-9 18:1), dos ácidos graxos insaturados, pode ser
sintetizado diretamente pelo corpo (sendo assim classificado de ácido graxo não-essencial).
C Os ácidos graxos linolênico (ω-3) e linoléico
(ω-6), que não podem ser sintetizados, são
chamados de ácidos graxos essenciais.
Lipólise
C Os lipídios constituem a maior fonte de liberação do glucagon, que tem função
energia. Porém, a glicólise é imprescindível para glicogenolítica, em nível de tecido hepático.
os eritrócitos e células do SNC.
C Como a reserva de glicogênio é baixa, para
C A lipogênese, o armazenagem de carbono na manter a glicemia, o fígado começa a realizar a
forma de triglicerídeo (TGL), é mediado pela gliconeogênese. E para que ocorram essas vias,
insulina. Quando a glicemia e a oferta de é necessário o fornecimento de energia, função
carboidratos exógena diminuem, estimula-se a esta garantida pelo metabolismo dos ácidos
graxos.
Hidrólise de Triacilglicerídeo
O glucagon estimula a ação da enzima lipase sensível ao hormônio, hidrolisando triglicerídios
(armazenados no tecido adiposo) em ácidos graxos, que se ligam a albumina para serem
transportados pelo sangue (por serem hidrofóbicos).Ocorre a formação de glicerol três moléculas
de ácidos graxos.
B-oxidação
Quilomícrons
Consistem em moléculas grandes de lipoproteínas sintetizadas pelas
células do intestino, formado em 85-95% de triglicerídeos de
origem alimentar (exógeno), pequena quantidade de colesterol livre,
fosfolipídeos e 1-2% de proteínas. Uma vez que possui muito mais
lipídeos do que proteínas, os quilomícrons são menos densos do
que o plasma sanguíneo, flutuando nesse líquido, conferindo um
aspecto leitoso ao mesmo, levando a formação de uma camada
cremosa quando este é deixado em repouso.
Ciclo Exógeno
Ciclo Endógeno
C É o transporte das lipoproteínas a partir do (intermediate density lipoproteins) uma vez que
fígado. perdeu grande parte de sua densidade.
C Os ácidos graxos e colesterol são convertidos C O IDL se encaminha ao fígado onde será
em triacilgliceróis os ésteres de colesterol no reabsorvido podendo ser totalmente degradado,
fígado. de forma a reutilizar suas lipoproteínas, ou pode
C Ocorre a formação da VLDL (very low formar o LDL (low density lipoprotein).
density lipoproteins) a partir da proteína C O LDL, rico em ésteres de colesterol, cai na
microssomal de transporte que junta a ApoB corrente sanguínea e transporta o colesterol aos
100 com lipídeos presentes no fígado. tecidos extra hepáticos como músculo, tecido
C O VLDL na corrente sanguínea encontram adiposo e glândulas suprarrenais.
com HDL os quais doam Apo C-II, Apo C-III, C Após exercer sua função, o LDL volta ao
Apo E e colesterol esterificado ao VLDL. fígado e o colesterol remanescente pode ser
C Ao chegar nos tecidos alvo, a Apo C-II do utilizado para a formação de ácidos biliares ou
VLDL ativa as lipases lipoproteicas (LPL), será reesterificado.
permitindo a hidrólise de seus triglicerídeos. C Além desses tecidos, a LDL também pode
C O VLDL doa ao HDL a Apo C-II, Apo CIII entregar o colesterol esterificado aos
e Apo E. Passando então a ser chamada de IDL macrófagos.
Transporte Reverso Do Colesterol