Processos de Refinação III (Manual 12 RG) Por Terminar
Processos de Refinação III (Manual 12 RG) Por Terminar
Processos de Refinação III (Manual 12 RG) Por Terminar
Programa
1.1 - Introdução
O primeiro objectivo constitui a maioria dos casos, uma vez que a demanda por
combustíveis é muitíssimo maior que a de outros produtos. Aqui, é fundamental a produção
em larga escala de fracções destinadas à obtenção de GLP, gasolina, gasóleo, querosene e óleo
combustível, dentre outros. O segundo grupo, de menor expressão, constitui-se num grupo
minoritário, cujo objectivo é a maximização de fracções básicas lubrificantes e parafinas. Estes
produtos têm valores agregados cerca de duas a três vezes muito maiores que os combustíveis
e conferem alta rentabilidade aos refinadores, embora os investimentos sejam também
maiores.
– Processos de Separação;
– Processos de Conversão;
– Processos de Tratamento;
– Processos Auxiliares.
Desasfaltação a Propano: Este processo tem por objectivo extrair, por acção de um
solvente (propano líquido em alta pressão), um gasóleo, que seria impossível obter por meio
da destilação. Como subproduto de extracção, obtém-se o resíduo asfáltico, que, conforme o
tipo de resíduo de vácuo processado e a severidade operacional, pode ser enquadrado como
asfalto ou como óleo combustível ultraviscoso. O óleo desasfaltado, principal produto do
processo, pode ter dois destinos, de acordo com o objectivo do esquema de refino. Caso este
seja a obtenção de combustíveis, o óleo desasfaltado deverá incorporar-se ao gasóleo pesado
(GOP) e ambos seguirão para a unidade de craqueamento catalítico, para sua conversão em
nafta e GLP. Se o objectivo for a produção de lubrificantes, então o óleo desasfaltado irá gerar,
em função de sua viscosidade, o óleo básico Brightstock ou o óleo de cilindro. Em ambos os
casos, estes lubrificantes inacabados irão passar por outros processos para melhoria de
qualidade.
seja alcançada, deve-se remover as cadeias parafínicas lineares, uma vez que estas são
responsáveis pela baixa fluidez do óleo. A remoção das n-parafinas é feita com o auxílio de um
solvente que, em baixas temperaturas, solubiliza toda a fracção oleosa, excepto as parafinas,
que permanecem em fase sólida. Em face da baixa viscosidade reinante no meio, em função da
grande quantidade de solvente presente, é possível fazer-se uma filtração, separando-se as n-
parafinas. O óleo desparafinado é enviado à estocagem intermediária, de onde seguirá para o
processo de hidroacabamento, enquanto a parafina oleosa será também estocada, podendo
ter dois destinos. Caso exista no conjunto de lubrificantes uma unidade de desoleificação de
parafinas, ela deve ser aí processada, com o propósito de produzir-se parafinas comerciais. Se
essa opção não existir, o destino será sua adição ao gasóleo, que será processado no
craqueamento catalítico. O solvente utilizado, actualmente, é a Metil-Isobutil-Cetona (MIBC).
Já foram usados, no passado, a mistura de Metil-Etil-Cetona (MEC) e tolueno, e, mais
remotamente, o propano líquido. A MIBC apresenta vantagens significativas em relação aos
demais solventes, sendo por isso empregada actualmente. A desparafinação é, certamente, a
mais cara das unidades de conjunto de lubrificantes, em função, principalmente, do grande
número de equipamentos existentes no processo. Desoleificação a MIBC A desoleificação a
MIBC é um processo idêntico à desparafinação, apenas realizada em condições mais severas,
visando remover o óleo contido na parafina, de forma a enquadrá-la como produto comercial,
o que seria impossível sem essa unidade. A parafina oleosa, carga do processo, é
desmembrada em duas correntes. A fracção oleosa, removida pela acção do solvente e da
filtração, é denominada parafina mole, e, por tratar-se de um gasóleo, normalmente é enviada
ao craqueamento, depois de ter a MIBC removida. A parafina mole pode ser também
aproveitada para a produção de geléias, óleos, vaselinas e outros produtos farmacêuticos,
embora seu mercado seja bem restrito. O produto comercial, conhecido como parafina dura,
depois desta operação, é estocado para posterior processamento na unidade de
hidrotratamento onde finalmente é especificada. Devido à desoleificação ser quase sempre
integrada à desparafinação e também por ter um porte menor, o capital investido nessa
unidade é bem menor.
Sua grande vantagem é que, a partir de uma carga de gasóleo convencional, é possível
produzir grandes volumes de óleos diesel de excelente qualidade, sem gerar grandes
quantidades de gasolina. Embora seja um processo pouco mais barato que o HCC
convencional, ainda assim sua construção requer volumosos investimentos (US$ 300–
400.000.000,00), o que torna sua implantação pouco viável economicamente na actual
conjuntura internacional de refino.
O coque gerado era considerado como subproduto, sendo vendido a preço de carvão
mineral. Com a evolução da indústria do alumínio, o coque de petróleo mostrou-se um
excelente material para a produção dos eléctrodos necessários para obtenção daquele metal,
bem como para uso na siderurgia, na obtenção de aços especiais. Isto fez com que o coque
passasse a ter uma maior importância e, por consequência, maior preço. A crise do petróleo
trouxe consigo uma crescente importância para o coqueamento, um processo que transforma
uma fracção bastante depreciada, o resíduo de vácuo, em outras de muito maior valor
comercial, como o GLP, a nafta, o diesel e o gasóleo, a possibilidade de executar a
transformação de fracções residuais em leves e médias, conferiu ao processo um outro
“status”, que, até então, não era reconhecido, em face principalmente de sua grande
rentabilidade e flexibilidade operacional. Isto fez com o coqueamento, que caminhava para a
inexorável obsolescência tivesse sua importância revigorada, sendo hoje um processo sempre
cogitado em qualquer estudo relactivo a ampliações, modernizações ou implantações de novas
refinarias.
Não tem por objectivo a redução do teor de enxofre, e sim transformar compostos
sulfurados corrosivos (mercaptans) em outras formas pouco agressivas (dissulfetos). É um
processo em que se conjugam lavagens cáusticas e reacções com enxofre com acções de
campos eléctricos de alta voltagem. Não é um processo eficiente quando o problema é
proveniente dos compostos nitrogenados, como acontece no caso das fracções da faixa do
querosene provenientes dos petróleos da Bacia de Campos.
O tratamento Bender é pouco usado, tendendo para a obsolescência, uma vez que os
modernos rumos no refino são caminhar cada vez mais no sentido dos processos de
hidrogenação. O investimento necessário ao Bender é semelhante ao do tratamento Merox
das naftas e querosene.
2.1.1 – Introdução
O petróleo, para que tenha seu potencial energético efectivamente aproveitado, deve
ser desdobrado em cortes de faixas de ebulição características, denominadas fracções. Assim,
para que esse objectivo seja alcançado, o óleo bruto é submetido ao processo de destilação.
O vapor proveniente do estágio sai com temperatura menor do que o vapor original e
mais enriquecido em produto leve, o líquido sai com temperatura maior e mais enriquecido de
produto pesado.
Resíduo de vácuo.
O óleo cru pré-aquecido recebe água de processo para misturar com a água residual,
sais e sólidos presentes no cru. Uma válvula misturadora provoca o íntimo contacto entre a
água injectada, os sais e sedimentos. A seguir, a mistura de petróleo, água e impurezas
penetra no vaso de dessalgação, passando através de um campo eléctrico de alta voltagem,
mantido entre pares de eléctrodos metálicos. As forças eléctricas do campo provocam a
coalescência das gotículas de água, formando gotas maiores, que, por terem uma maior
densidade, caem através do cru para o fundo da dessalgadora, carregando dissolvidos os sais e
sedimentos.
O petróleo dessalgado flui pelo topo do tambor e continua seu fluxo dentro da
unidade, enquanto a salmoura (água, sais e sedimentos) é, contínua e automaticamente,
descartada do vaso de dessalgação.
Para que se consiga vaporizar todos os produtos que serão retirados na torre de
destilação atmosférica, a carga deverá ser aquecida até o valor estipulado, porém não deve ser
ultrapassada uma temperatura limite, a partir da qual tem início a decomposição das fracções
pesadas presentes no óleo bruto. O craqueamento térmico é uma ocorrência altamente
indesejável em unidades de destilação, porque provoca a deposição de coque nos tubos dos
fornos e nas regiões das torres, causando diversos problemas operacionais. A máxima
temperatura a que se pode aquecer o petróleo, em que se inicia a decomposição térmica,
corresponde 400ºC.
À saída dos fornos, com a temperatura próxima de 400ºC, boa parte do petróleo já se
encontra vaporizado, e, nessas condições, a carga é introduzida na torre. O ponto de entrada é
conhecido como zona de vaporização ou “zona de flash”, e é o local onde ocorre a separação
do petróleo em duas correntes:
As torres possuem em seu interior bandejas e/ou pratos e recheios, que permitem a
separação do cru em cortes pelos seus pontos de ebulição, porque, à medida que os pratos
estão mais próximos ao topo, suas temperaturas vão decrescendo. Assim, o vapor ascendente,
ao entrar em contacto com cada bandeja, tem uma parte de seus componentes condensada. À
medida que os vapores seguem em direcção ao topo, trocam calor e massa com o líquido
existente em cada prato. Os hidrocarbonetos cujos pontos de ebulição são maiores ou iguais à
temperatura de uma determinada bandeja, aí ficam retidos, enquanto a parte restante do
vapor prossegue em direcção ao topo até encontrar outra bandeja, mais fria, onde o
fenómeno repete-se.
Como o líquido existente em cada prato está em seu ponto de ebulição e existe
sempre uma diferença de temperatura entre dois pratos vizinhos, sua composição vária de
prato a prato, o que torna o líquido mais pesado à medida que se aproxima do fundo da torre,
e o vapor mais leve à medida que se aproxima do topo.
retirar calor da torre, gerando mais refluxo interno, porém esta corrente não interfere
directamente no fraccionamento, uma vez que o mesmo produto que é colectado num
determinado prato é devolvido inalterado em sua composição à coluna.
Nesses equipamentos, injecta-se vapor d’água, que baixa a pressão parcial dos
hidrocarbonetos. Embora a pressão total mantenha-se constante, o abaixamento da pressão
parcial dos hidrocarbonetos equivale a uma diminuição da pressão total, e, dessa maneira,
sem que haja variação na temperatura, as fracções mais leves são vaporizadas e levadas
juntamente com o vapor d’água de volta à torre principal.
Pelo topo saem vapores de nafta leve e GLP, que são condensados fora da torre, para,
posteriormente, serem separados. O resíduo da destilação atmosférica que deixa o fundo da
coluna é conhecido como resíduo atmosférico (RAT). Dele ainda podem ser retiradas fracções
importantes, através da destilação a vácuo, que será estudada mais tarde.
Essa torre retira do petróleo os cortes mais leves (GLP e nafta leve), permitindo, desta
forma, ampliar a carga total da unidade ou dimensionar os fornos e o sistema de destilação
atmosférica para um menor tamanho.
como os gasóleos, que não podem ser separados por meio da destilação usual, pois, devido a
suas altas temperaturas ebulição à pressão atmosférica, é impossível vaporizá-los, em face do
limite de 400ºC, imposto pela decomposição térmica dos hidrocarbonetos pesados.
O resíduo atmosférico que deixa o fundo da torre principal é bombeado e enviado aos
fornos da secção de vácuo, para que sua temperatura seja aumentada. Da mesma forma que
na destilação atmosférica, a temperatura de saída dos fornos não deve ultrapassar a
temperatura inicial de craqueamento térmico. A decomposição dos hidrocarbonetos, além da
formação de depósitos de coque nas tubulações e na região abaixo da “zona de flash”,
provoca a geração de gases leves, fazendo com que a pressão aumente, devido à sobrecarga
no sistema de produção de vácuo.
A carga aquecida, após deixar os fornos, entra na “zona de flash” da torre de vácuo. A
pressão nessa região da torre é em torno de 100 mmHg (2 psi), o que provoca a vaporização de
boa parte da carga. É importante salientar que quanto mais baixas forem as pressões
atingidas, melhores serão as condições de fraccionamento.
O gasóleo leve é um produto ligeiramente mais pesado que o óleo diesel e pode, em
certas ocasiões, ser a ele misturado, desde que seu ponto final de ebulição não seja muito
elevado.
Tal como na destilação atmosférica, também pode ser injectado vapor d’água no
fundo da torre, visando a rectificar-se o resíduo de vácuo (pv), vaporizando as fracções mais
leves arrastadas.
Unidades de um estágio
A torre de destilação atmosférica produz destilados desde gases até óleo diesel, além
do produto residual (resíduo atmosférico), que é vendido como óleo combustível.
Este tipo possui torre de “pré-flash”, torre de destilação atmosférica e torre de vácuo.
Este processo tem como finalidade principal a produção de GLP e/ou nafta.
Paralelamente, são formados produtos mais pesados que a nafta, além de um resíduo de alto
teor de carbono, chamado coque, que se deposita na superfície do catalisador.
Para que a acção catalítica não seja prejudicada, torna-se necessária a remoção do
coque formado, o que é feito por combustão, retirando-se o catalisador do vaso onde ocorrem
as reacções (Reactor) e enviando-o a outro vaso (Regenerador), onde se processa a queima. O
catalisador regenerado retorna, então, ao reactor, ficando assim estabelecida uma contínua
circulação, que se torna possível devido à diferença de pressão entre o regenerador e o
reactor. A queima do coque fornece a energia para o processo de craqueamento.
KELLOGG
Orthoflow modelo B
Orthoflow modelo C
Orthoflow modelo F
UOP
Side by side
Partículas finas de catalisador que sobem junto com a corrente gasosa (vapores de
hidrocarbonetos, gases inertes e vapor d’água) são retidas pelos CICLONES no topo do reactor
e devolvidas ao leito de catalisador. O efluente gasoso do reactor, constituído de
hidrocarbonetos craqueados e não craqueados, gases inertes e vapor d’água), é enviado então
à secção de fraccionamento.
Os vapores de óleo tendem a saturar os poros do catalisador e, portanto, ele deve ser
rectificado com vapor d’água antes de ir ao regenerador. Esta operação ocorre no “STRIPPER”
ou “RECTIFICADOR”.
Partículas finas de catalisador, arrastadas pela corrente gasosa, são recuperadas pelo
conjunto de ciclones de dois estágios. Os gases de combustão, inertes e finos de catalisador
não recuperados deixam o segundo estágio dos ciclones e alcançam a câmara plena do topo
do regenerador, que também serve como ponto de sustentação dos ciclones.
A mistura de gasóleo de vácuo (carga fresca) e reciclos (LCO, HCO e Borra), que é a
carga que efectivamente penetra no riser, é conhecida como carga combinada. A relação entre
a carga combinada e a carga fresca é conhecida como Razão de Carga Combinada (RCC).
A nafta não estabilizada que deixou o fundo da absorvedora primária, junta-se com a
descarga do compressor, é resfriada e vai ao tambor de acúmulo de alta pressão. É possível
que, no contacto com os gases do compressor, algum hidrocarboneto leve (C1 e C2) seja
também absorvido. Para que estes compostos sejam eliminados, a nafta que deixa o fundo do
tambor de alta pressão, vai à torre rectificadora, onde recebe um ligeiro aquecimento. Os
gases leves (C1 e C2) são vaporizados, e, pelo fundo desta torre sai nafta em condições de ser
enviada à debutanização.
O GLP contém uma razoável concentração de compostos de enxofre, sendo, por isso,
enviado à secção de tratamento, para eliminação dessas moléculas. Após o tratamento,
dependendo do interesse da refinaria e do mercado local, o GLP pode ser decomposto, numa
torre separadora, em duas correntes:
- Factor de caracterização (Kuop) – quanto mais parafínica for a carga, mais facilmente
será craqueada. Assim, quanto maior for o factor de caracterização, menos severas serão as
condições de craqueamento. As firmas projectistas recomendam que o Kuop da carga não seja
menor que 11,5, uma vez que os anéis aromáticos não são rompidos pelo catalisador;
Nafta
Possui um alto teor de olefinas, iso-parafinas e aromáticos que lhes conferem um alto
índice de octana (I.O.~ 80).
Gasóleos
São oriundos das moléculas não convertidas da carga original da unidade (gasóleo de
vácuo).
São separados em três fracções, conforme suas faixas de destilação. A fracção mais
leve é conhecida como Óleo Leve de Reciclo ou “Light Cycle Oil” (LCO). Sua faixa de destilação
é compatível com a do óleo diesel e a ele é adicionado, desde que seu teor de enxofre o
permita. Quando isto não ocorre, o LCO é utilizado para o acerto da viscosidade de óleos
combustíveis.
Nos primórdios das unidades de FCC, esta fracção, bem como a seguinte, eram
recicladas, em parte, para o reactor, a fim de aumentar o rendimento dos produtos nobres.
Actualmente, por razões económicas, o LCO raramente é reciclado. A fracção intermediária é
conhecida como Óleo Pesado de Reciclo ou “Heavy Cycle Oil” (HCO).
Coque
Existem três formas diferentes de catalisador: baixa alumina (11-13% Al2O3), alta
alumina (25% Al2O3) e do tipo zeolítico (cristalino).
Com o uso, o catalisador vai perdendo sua actividade (mais fortemente no início,
regredindo progressivamente com o tempo) devido às contaminações que vai sofrendo com o
processo (coque e metais), portanto, periodicamente, é feita a adição de catalisador virgem
para manter a sua actividade, bem como repor o inventário, para compensar as perdas pela
chaminé.
– Catalisador virgem – é aquele que ainda não tomou parte nas reacções de
craqueamento. Ele é branco e com a actividade máxima especificada;
2.2.9 – Conversão.
Percentagem de carga fresca que é convertida em produtos mais leves, podendo ser
calculada do seguinte modo:
( )
Neste caso, engloba além do gás combustível, GLP e nafta, o coque formado durante o
processo de craqueamento. Em unidades operando normalmente, os níveis de conversão
variam de 70 a 85 %.
3. Sinterização do catalisador;
Behind (Atraso)
Fig.4
1º Caso 2º Caso
– Secção de pré-tratamento;
– Secção de reformação;
– Secção de estabilização.
Secção de Pré-Tratamento.
A finalidade da secção de pré-tratamento é a de proteger o catalisador da secção de
reforma de impurezas presentes na carga da unidade tais como enxofre, nitrogénio, oxigénio,
metais e olefinas.
R-NH2 + H2 → RH + NH3
Fig 5
Secção de Reformação
A nafta pré-tratada, proveniente do fundo do“stripper”, recebe uma nova
adição de gás rico em hidrogénio e segue uma rota de aquecimento em fornos e
passagens através dos leitos catalíticos dos reactores, onde se desenvolvem as
reacções características do processo.
Formula
Formula
Formula
São reacções levemente exotérmicas, rápidas, que ocorrem quase sempre nos
dois primeiros reactores.
Hidrocraqueamento de Naftênicos.
Formula
Hidrocraqueamento de Parafinas.
Formula
Pouco se sabe sobre seu mecanismo, porém são favorecidas pela presença de
olefinas e policíclicos na carga e a pela diminuição da pressão parcial de H2.
Fig
Fig
Secção de Estabilização.
O efluente do último reactor, geralmente troca calor com a carga que entra na
secção e vai para o tambor separador, de onde saem duas correntes: uma gasosa, rica
em hidrogénio (cerca de 80-90% vol, H2), que vai para o compressor e será o gás de
reciclo do processo, e outra, uma corrente líquida que vai para a torre estabilizadora.
Nesta torre, é separada a corrente gasosa de baixa massa molar pelo topo do
tambor de acúmulo desta torre, é obtida a corrente de gás combustível, de baixa
massa molar; e pelo fundo do tambor, uma corrente líquida (C3, C4) especificada como
GLP. Uma outra corrente líquida, que sai pelo fundo da torre, é chamada de reformado
catalítico.
Figura
Aromaticos(C6+).
Secção de estabilização.
– Perda permanente, que não pode ser restaurada por nenhum processo
conhecido, causada por alta concentração de enxofre e metais como Arsénio
(As), Chumbo (Pb) e Cobre (Cu).
Figura
No primeiro caso, para que as condições de reacção possam ser atingidas, são
necessárias pressões da ordem de 200 a 500 Kg/Cm2 e temperaturas em torno de
500ºC. Com o auxílio de catalisadores apropriados, as condições de reacção podem ser
reduzidas a pressões de 1 a 14 Kg/Cm2 e temperaturas de 0º a 50ºC. Os catalisadores
empregados devem possuir carácter ácido, dentre os quais os mais usados são o HF,
H2SO4 e o AlCl3.
Secção de Reacção.
Figura
a) Relação isobutano/olefinas
b) Temperatura de reacção
Para uma carga de butenos, por exemplo, uma variação de 10ºC fora da faixa
ideal de trabalho ocasiona um abaixamento de um ponto no índice de octanagem do
produto;
c) Tempo de reacção
d) Pressão de trabalho
Para o H2SO4, a pressão pode ser baixa, 1 a 3 Kg/Cm2, devido a este não ser
volátil. Por outro lado, quando o HF é utilizado, a pressão de trabalho situa-se em
torno de 14 Kg/Cm2, de modo a impedir a vaporização do ácido fluorídrico, e, assim,
evitar a redução da concentração de catalisador no reactor.
COMPONENTES % VOLUME
Pentano e mais leves 8,9
2-3, Di-Metil-butano 4,7
2, Metil-pentano 1,1
2-2, Di-Metil-pentano 2,2
2-3, Di-Metil-pentano 2,3
2-3-3, Tri-Metil-pentano 13,3
2-3-4, Tri-Metil-pentano 14,0
2-2-4, Tri-Metil-pentano 25,8
2-2, 2-4, 2-5, Di-Metil-Hexanos 11,4
Tri-Metil-hexanos 8,8
Isoparafinas mais pesadas 7,5
(C10+)
Figura
sejam eles aproveitados como óleos combustíveis. A carga para esta unidade pode ser
resíduo de vácuo ou resíduo atmosférico.
Pelo topo, saem vapores de nafta e gases leves, que, após serem resfriados, são
separados em um tambor de acúmulo. Como retiradas laterais, pode-se ter os
gasóleos leve e pesado, reciclados ou não aos fornos.
Figura
Craqueamento térmico.
2.5.3 - Viscorredução.
viscorredução, onde sua temperatura pode atingir 480ºC. A pressão de trabalho oscila
entre 13 e 35 Kg/Cm . A passagem na fornalha é rápida, em escoamento turbulento, de
2
Pelo topo da fraccionadora, saem as fracções mais leves, gases e nafta não
estabilizada, que são separadas no tambor de acúmulo de topo.
Figura
Viscorredução
Figura
Coqueamento retardado.
2.6– Hidrocraqueamento.
2.6.1 – Introdução.
A conversão de fracções pesadas em outras de massas molares mais baixas é,
na actualidade, um dos principais objectivos de uma refinaria. Isto pode ser
conseguido através de processos de craqueamento, quer seja térmico, catalítico ou
hidrocraqueamento.
Estes dois últimos factores são de importância relevante, pois o grande entrave
ao desenvolvimento de processos em que o hidrogénio é utilizado era o preço
razoavelmente alto deste insumo, o que os tornava antieconómicos. Com o advento da
utilização do gás de reforma catalítica e de unidades de produção de gás de síntese
(CO + H2), a custos relativamente baixos, os processos de hidrogenação tornavam-se
economicamente viáveis e competitivos.
b) Reacções de Hidrodesalquilação
Figura
Figura
Figura
~
Descrição do Processo
Tabela
Figura
Descrição do processo
Esta lavagem cáustica inicial é feita para que sejam removidos compostos
ácidos, tais como fenóis, ácidos naftênicos e H2S, que poderiam interferir no processo
de adoçamento.
O efluente do reactor sai pelo topo deste e recebe uma injecção de água de
processo, para que sejam removidas do produto a soda cáustica e alguma impureza
arrastada. A mistura resultante, depois de submetida a um turbilhonamento, vai ao
vaso de lavagem com água. Este vaso é um precipitador electrostático idêntico ao de
lavagem cáustica, e aí se processa a separação entre a fase aquosa e o produto.
Conforme o teor de enxofre no derivado, podem ser usados um, dois ou três
estágios de lavagem cáustica. Pode ser também utilizado um estágio final de lavagem
aquosa, de modo a evitar-se um possível arraste de soda pelo produto.
Formula
Descrição do Processo
Figura
Descrição do Processo
Formula
Figura
Figura
Descrição do Processo.
possibilitando a absorção do H2S, presente no GLP pela DEA. A reacção que se passa é
a seguinte:
Formula
O GLP tratado sai pelo topo da torre, seguindo para o Tratamento Merox,
enquanto a solução de DEA rica (em H2S) deixa o fundo da extractora e é bombeada
para a torre de regeneração. De modo semelhante ao exposto, o gás combustível pode
ser tratado em uma torre absorvedora.
Pelo fundo da torre sai a DEA regenerada, que, depois de resfriada, retorna ao
processo. Pelo topo, sai o gás ácido com um elevado teor de H2S. Depois de ter
removido alguma quantidade de DEA eventualmente arrastada, o gás ácido é
endereçado à unidade de enxofre, ou é queimado no “flare”.
Figura
O outro aspecto diferente entre as duas unidades relaciona-se com a secção de vácuo.
Quando o objectivo visado abrange combustíveis, a secção de vácuo possui apenas uma
torre, e dela retiram-se dois cortes: gasóleo leve e gasóleo pesado. O produto de fundo
(resíduo de vácuo) é destinado a óleo combustível ou asfalto.
Nesta torre, retiram-se quatro produtos laterais (Diesel Pesado, Diesel Leve,
Querosene e Nafta Pesada), encaminhados às torres rectificadoras (strippers), para o
acerto do ponto inicial de ebulição e do ponto de fulgor de cada corte.
Pelo topo da torre, sai uma mistura gasosa de vapores de nafta leve e GLP, que,
após ser condensada, é enviada à torre estabilizadora para a separação destas duas
fracções.
A torre de vácuo secundária dispõe de uma outra retirada lateral chamada ―slop-
cut‖, localizada imediatamente acima da zona de flash, o que permite variar-se a
densidade de resíduo de vácuo que é enviado à desasfaltação.
Pelo topo das torres saem apenas vapor d’água, gases leves e produtos
incondensáveis, que, após passarem numa série de condensados e ejectores, são
eliminados. Os equipamentos anteriormente mmencionados são os responsáveis pela
produção de vácuo.
Os cortes laterais produzidos nas duas torres devem estar dentro das faixas de
viscosidade indicadas.
Figura
stilação Atmosférica
Figura
O solvente contido nas fases extracto e rafinado necessita ser recuperado por
razões económicas e de especificações dos produtos. Isto é feito nas secções de
recuperação de solvente do extracto e do rafinado.
Figura
Com este objectivo, as correntes que vêm das torres de vaporização à alta e
média pressão, reúnem-se e são resfriadas, condensando-se. São acumuladas em um
tambor de alta pressão, onde mais tarde o propano liquefeito é bombeado de volta às
torres de extracção.
Os vapores de propano, que saem pelo topo do tambor, são succionados por um
compressor e têm sua pressão elevada a cerca de 45 Kg/Cm2. A descarga do compressor
é reunida à corrente de propano das torres de alta e média pressão, passa em
resfriadores, é condensada e acumulada no tambor de alta pressão, estando apta a ser
reciclada às extractoras (ver Figura intitulada ―Desasfaltação a propano‖).
Para se avaliar o modo como a viscosidade vária com a temperatura, foi criado
um número, denominado de Índice de Viscosidade (I.V.), que traduz esta variação. Para
Figura
Desasfaltação a propano.
Desta forma, para que o I.V. de um determinado corte seja elevado, faz-se
necessário retirar os compostos aromáticos presentes no óleo lubrificante.
Formula
Figura
O óleo, uma vez desaerado, segue para a torre de extracção, penetrando próximo
à base. Nas imediações do topo é injectado o furfural. Devido à diferença de densidade
entre os dois líquidos (óleo d = 0,9: furfural d = 1,159) estabelece-se um escoamento
contracorrente, permitindo a dissolução dos compostos aromáticos pelo furfural.
No contacto entre o furfural e o óleo, surgem duas fases. Pelo topo, sai a fase
rafinado, de baixa densidade, constituída de aproximadamente 90% de óleo
desaromatizado e 10% de furfural.
Conforme o tipo de óleo básico tratado, varia a relação solvente/óleo. Quanto mais leve
fora carga, menor é a quantidade de furfural requerida para a extracção. Esta relação
pode variar de 1,6 para o Spindle até 4,6 para o ―Cylinder-stock‖.
Depois deste aquecimento, o extracto vai à segunda torre de flash, onde outra
grande quantidade de solvente vaporiza-se.
Figura
Desaromatização a furfural.
O tolueno dissolve muito bem o óleo, e mantém toda a mistura fluida a baixas
temperaturas.
Conforme o tipo de óleo que esteja sendo tratado, a forma de cristalização das
parafinas pode diferir. Óleos destilados produzem cristais grandes de parafinas (macro-
cristalinas), permitindo uma boa remoção da mistura de óleo e solvente. Óleos residuais
produzem pequenos cristais de parafinas (microcristalinas), o que possibilita a
existência de oclusão de óleo e solvente na malha de cristalização, dificultando o
processo.
entranhado. Neste ponto, o cilindro está em contacto com uma segunda câmara de baixa
pressão, onde é colectado o solvente de lavagem.
Na parte superior do filtro, a torta entra em contacto com uma câmara em que é
feito vácuo, eliminando os últimos vestígios de solventes na camada de parafina.
Finalmente, fechando o ciclo do tambor rotativo, a torta recebe um sopro de gás inerte
do interior do cilindro, para que descole da tela e seja removida por uma lâmina
raspadora.
A parafina raspada da tela de filtração, cai numa bota, onde é fundida por uma
serpentina de vapor d’água para aquecimento e diluída por uma nova injecção de
solvente. Esta corrente, denominada de parafina oleosa vai à secção de desoleificação
para que o produto possa ser vendido comercialmente.
Nessa primeira torre, que trabalha à baixa pressão (0,2 Kg/Cm2) e baixa
temperatura (110ºC), o óleo desparafinado tem boa parte do solvente vaporizado. Para a
eliminação do solvente, o óleo desparafinado proveniente da primeira torre é aquecido e
enviado à torre de vaporização à alta pressão e alta temperatura (2,5 Kg/Cm 2 e 200ºC).
Nessas condições, quase todo o solvente é vaporizado, permanecendo apenas uma
ligeira quantidade residual no óleo.
Os produtos desta secção são chamados de parafina dura (que após ser
hidrogenada é vendida como parafina comercial) e parafina mole (mistura de
isoparafinas e óleo residual que é enviada ao craqueamento catalítico).
Figura
Desparafinação de lubrificantes.
A actividade dos catalisadores acima mencionados é bastante alta, e sua vida útil
é também bastante longa. Com o tempo de operação, uma ligeira quantidade de coque
deposita-se paulatinamente, fazendo com que a actividade diminua. Com o intuito de se
repor a actividade, periodicamente, faz-se a regeneração do catalisador, queimando-se
os depósitos de coque com injecção de ar e vapor d’água.
Dessulfurização
Formula
Denitrificação
Formula
Formula
Desoxigenação
Fenóis e derivados:
Formula
Desalogenação
Figura
Diagrama esquemático do hidrotratamento de lubrificantes.
( ) (1)
( ) (2)
( ) (3)
( ) (4)
A carga para esta unidade normalmente é uma nafta de destilação directa com
corte especificado (130º - 200ºC), contendo no máximo 300 ppm de cloro. Logo após
penetrar na unidade, a nafta recebe uma injecção de hidrogénio e é encaminhada ao
forno vaporizador, seguindo para o reactor de pré-tratamento. Este reactor responsável
pela eliminação de enxofre, cloro e metais é constituído de quatro leitos de
catalisadores.
Os compostos cíclicos de enxofre não são atingidos pela reacção anterior, sendo
conhecidos como enxofre não reactivo. Para sua eliminação, faz-se necessária uma
hidrogenação em presença de catalisadores, o que ocorre na 2.ª camada (CoO-MoO3).
Formula
A 3.ª camada é a responsável pela absorção do cloro. Caso ele exista na carga,
ao atravessar a 2.ª camada, será transformado em HCl.
R – Cl + H2R – H + HCl
Finalmente, o último leito é constituído de uma nova camada de ZnO, que actua
como absorvente de H2S produzido na 2.ª camada (enxofre não reactivo).
Figura
Secção de pré-tratamento.
CO + H2O CO2 + H2
Figura
Secção reformação.
Formula
A solução gasta de MEA vai para uma torre de regeneração, onde, por
aquecimento, o CO2 é liberado, regenerando a mono-etanol-amina que retorna à torre de
absorção. O sistema é idêntico à absorção de H2S com DEA.
Figura
Secção reformação.
Figura
Figura
Para que a máxima produção de enxofre possa ser obtida, é importante que a
vazão de ar necessária à reacção (1) seja estequiometricamente controlada.
Globalmente, as reacções são bastante exotérmicas, e o calor liberado é aproveitado
para a geração de vapor d’água de média pressão.
Descrição do Processo
A carga de gás ácido vinda do tratamento DEA chega a URE e é dividida em
duas partes: uma delas, em maior quantidade, segue para uma câmara de combustão,
enquanto o restante é direccionado para os queimadores em linha.
O gás proveniente do 2.º condensador flui para o 2.º queimador de linha, onde
sua temperatura é elevada para 220ºC, seguindo para o segundo reactor. Em face do
menor teor de reagentes, a temperatura chega a aproximadamente 250ºC. As reacções
(1) e (2) novamente ocorrem, formando um pouco mais de enxofre elementar.
Os gases desse 3.º condensador vão para o 3.º queimador de linha, onde, pela
queima do H2S, a temperatura chega a 205ºC. Em seguida, os gases vão ao terceiro
reactor para a repetição das reacções do processo Clauss. A temperatura atinge a saída
desse vaso a 220ºC.
Figura