Dicas de Blindagem e Aterramento em

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Dicas de blindagem e

aterramento em
Automação Industrial

César Cassiolato
Diretor de Engenharia de Projetos e Serviços, Marketing e Qualidade
SMAR Equipamentos Industriais Ltda
cesarcass@smar.com.br

Introdução
A convivência de equipamentos em diversas tecnologias diferentes
somada à inadequação das instalações facilita a emissão de energia
eletromagnética e com isto é comum que se tenha problemas de
compatibilidade eletromagnética.
A EMI é a energia que causa resposta indesejável a qualquer
equipamento e que pode ser gerada por centelhamento nas escovas de
motores, chaveamento de circuitos de potência, em acionamentos de
cargas indutivas e resistivas, acionamentos de relés, chaves, disjuntores,
lâmpadas fluorescentes, aquecedores, ignições automotivas, descargas
atmosféricas e mesmo as descargas eletrostáticas entre pessoas e
equipamentos, aparelhos de microondas, equipamentos de comunicação
móvel, etc. Tudo isto pode provocar alterações causando sobretensão,
subtensão, picos, transientes, etc. e que em uma rede de comunicação
pode ter seus impactos. Isto é muito comum nas indústrias e fábricas,
onde a EMI é muito freqüente em função do maior uso de máquinas
(máquinas de soldas, por exemplo) e motores (CCMs) e em redes
digitais e de computadores próximas a essas áreas.
O maior problema causado pela EMI são as situações esporádicas e que
degradam aos poucos os equipamentos e seus componentes. Os mais
diversos problemas podem ser gerados pela EMI, por exemplo, em
equipamentos eletrônicos, podemos ter falhas na comunicação entre
dispositivos de uma rede de equipamentos e/ou computadores, alarmes
gerados sem explicação, atuação em relés que não seguem uma lógica e
sem haver comando para isto e, queima de componentes e circuitos
eletrônicos, etc. É muito comum a presença de ruídos na alimentação
pelo mau aterramento e blindagem, ou mesmo erro de projeto.
A topologia e a distribuição do cabeamento, os tipos de cabos, as
técnicas de proteções são fatores que devem ser considerados para a
minimização dos efeitos de EMI. Lembrar que em altas freqüências, os
cabos se comportam como um sistema de transmissão com linhas
cruzadas e confusas, refletindo energia e espalhando-a de um circuito a
outro. Mantenha em boas condições as conexões. Conectores inativos
por muito tempo podem desenvolver resistência ou se tornar detectores
de RF.
Um exemplo típico de como a EMI pode afetar o comportamento de um
componente eletrônico, é um capacitor que fique sujeito a um pico de
tensão maior que sua tensão nominal especificada, com isto pode-se ter
a degradação do dielétrico (a espessura do dielétrico é limitada pela
tensão de operação do capacitor, que pode produzir um gradiente de
potencial inferior à rigidez dielétrica do material), causando um mau
funcionamento e em alguns casos a própria queima do capacitor. Ou
ainda, podemos ter a alteração de correntes de polarização de
transistores levando-os a saturação ou corte, ou dependendo da
intensidade a queima de componentes por efeito joule.
Em medições:
 • Não aja com negligência (omissão irresponsável), imprudência
(ação irresponsável) ou imperícia (questões técnicas)
 • Lembre-se: cada planta e sistema têm os seus detalhes de
segurança. Informe-se deles antes de iniciar seu trabalho.
 • Sempre que possível, consulte as regulamentações físicas, assim
como as práticas de segurança de cada área.
 • É necessário agir com segurança nas medições, evitando
contatos com terminais e fiação, pois a alta tensão pode estar
presente e causar choque elétrico.
 • Para minimizar o risco de problemas potenciais relacionados à
segurança, é preciso seguir as normas de segurança e de áreas
classificadas locais aplicáveis que regulam a instalação e operação
dos equipamentos. Estas normas variam de área para área e estão
em constante atualização. É responsabilidade do usuário
determinar quais normas devem ser seguidas em suas aplicações
e garantir que a instalação de cada equipamento esteja de acordo
com as mesmas.
 • Uma instalação inadequada ou o uso de um equipamento em
aplicações não recomendadas podem prejudicar a performance de
um sistema e conseqüentemente a do processo, além de
representar uma fonte de perigo e acidentes. Devido a isto,
recomenda-se utilizar somente profissionais treinados e
qualificados para instalação, operação e manutenção.
Muitas vezes a confiabilidade de um sistema de controle é
frequentemente colocada em risco devido às suas más instalações.
Comumente, os usuários fazem vistas grossas e em análises mais
criteriosas, descobre-se problemas com as instalações, envovendo
cabos e suas rotas e acondicionamentos, blindagens e aterramentos.
É de extrema importância que haja a conscienização de todos os
envolvidos e mais do que isto, o comprometimento com a confiabilidade
e segurança operacional e pessoal em uma planta.
Este artigo provê informações e dicas sobre aterramento e vale sempre a
pena lembrar que as regulamentações locais, em caso de dúvida,
prevalecem sempre.
Controlar o ruído em sistemas de automação é vital, porque ele pode se
tornar um problema sério mesmo nos melhores instrumentos e hardware
de aquisição de dados e atuação.
Qualquer ambiente industrial contém ruído elétrico em fontes, incluindo
linhas de energia AC, sinais de rádio, máquinas e estações, etc.
Felizmente, dispositivos e técnicas simples, tais como, a utilização de
métodos de aterramento adequado, blindagem, fios trançados, os
métodos média de sinais, filtros e amplificadores diferenciais podem
controlar o ruído na maioria das medições.
Os inversores de freqüências contêm circuitos de comutação que podem
gerar interferência eletromagnética (EMI). Eles contêm amplificadores de
alta energia de comutação que podem gerar EMI significativa nas
freqüências de 10 MHz a 300 MHz. Certamente existe potencial de que
este ruído de comutação possa gerar intermitências em equipamentos
em suas proximidades. Enquanto a maioria dos fabricantes toma os
devidos cuidados em termos de projetos para minimizar este efeito, a
imunidade completa não é possível. Algumas técnicas então de layout,
fiação, aterramento e blindagem contribuem significativamente nesta
minimização.
A redução da EMI irá minimizar os custos iniciais e futuros problemas de
funcionamento em qualquer sistema.
 
 

Objetivo de projeto e layouts


Um dos principais objetivos ao se projetar é manter todos os pontos
comuns de retornos de sinal no mesmo potencial. Com a alta frequência
no caso de inversores (até 300MHz), harmônicas são geradas pelos
amplificadores de comutação e nestas freqüências, o sistema de terra se
parece mais com uma série de indutores e capacitores do que um
caminho de baixa resistência. O uso de malhas e tranças ao invés de fios
(fios curtos são melhores para altas frequências) que interligam nos
pontos de aterramento têm uma eficiência maior neste caso. Vide figura
4.
Outro importante objetivo é minimizar o acoplamento magnético entre
circuitos. Este é geralmente conseguido por separações mínimas e
roteamento segregados dos cabos. O acoplamento por rádio-freqüência
é minimizado com as devidas blindagens e técnicas de aterramento. Os
transientes (surges) são minimizados com filtros de linha e supressores
de energia apropriado em bobinas e outras cargas indutivas.
 
 

O conceito de aterramento
Um dicionário não-técnico define o termo terra como um ponto em
contato com a terra, um retorno comum em um circuito elétrico, e um
ponto arbitrário de potencial zero de tensão.
Aterrar ou ligar alguma parte de um sistema elétrico ou circuito para a
terra garante segurança pessoal e, geralmente, melhora o funcionamento
do circuito.
Infelizmente, um ambiente seguro e robusto em termos de aterramento,
muitas vezes não acontece simultaneamente.
 
 
Fio terra
Todo circuito deve dispor de condutor de proteção em toda a sua
extensão.
 
 
Aterramentos de Equipamentos Elétricos Sensíveis
Os sistemas de aterramento devem executar várias funções simultâneas:
como proporcionar segurança pessoal e para o equipamento.
Resumidamente, segue uma lista de funções básicas dos sistemas de
aterramento em:
 • Proporcionar segurança pessoal aos usuários;
 • Proporcionar um caminho de baixa impedância (baixa indutância)
de retorno para a terra, proporcionando o desligamento automático
pelos dispositivos de proteção de maneira rápida e segura, quando
devidamente projetado;
 • Fornecer controle das tensões desenvolvidas no solo quando o
curto fase-terra retorna pelo terra para uma fonte próxima ou
mesmo distante;
 • Estabilizar a tensão durante transitórios no sistema elétrico
provocados por faltas para a terra;
 • Escoar cargas estáticas acumuladas em estruturas, suportes e
carcaças dos equipamentos em geral;
 • Fornecer um sistema para que os equipamentos eletrônicos
possam operar satisfatoriamente tanto em alta como em baixas
freqüências;
 • Fornecer uma referência estável de tensão aos sinais e circuitos;
 • Minimizar os efeitos de EMI (Emissão Eletromagnética).
O condutor neutro é normalmente isolado e o sistema de alimentação
empregado deve ser o TN-S (T: ponto diretamente aterrado, N: massas
ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado, S: condutores
distintos para neutro e proteção).
O condutor neutro exerce a sua função básica de conduzir as correntes
de retorno do sistema.
O condutor de proteção exerce a sua função básica de conduzir à terra
as correntes de massa. Todas as carcaças devem ser ligadas ao
condutor de proteção.
O condutor de equipotencialidade deve exercer a sua função básica de
referência de potencial do circuito eletrônico.
 

Figura 1 – Sistema TN-S


Para atender as funções anteriores destacam-se três características
fundamentais:
1. • - Capacidade de condução;
2. • - Baixo valor de resistência;
3. • - Configuração de eletrodo que possibilite o controle do gradiente
de potencial.
Independente da finalidade, proteção ou funcional, o aterramento deve
ser único em cada local da instalação. Existem situações onde os terras
podem ser separados, porém precauções devem ser tomadas.
Em relação à instalação dos componentes do sistema de aterramento
alguns critérios devem ser seguidos:
 • o valor da resistência de aterramento não deve se modificar
consideravelmente ao longo do tempo;
 • os componentes devem resistir às condições térmicas,
termomecânicas e eletromecânicas;
 • os componentes devem ser robustos ou mesmo possuir proteção
mecânica adequada para atender às condições de influências
externas;
 • deve-se impedir danos aos eletrodos e as outras partes metálicas
por efeitos de eletrólise.
 
 
Equipotencializar
Definição: Equipotencializar é deixar tudo no mesmo potencial.
Na prática: Equipotencializar é minimizar a diferença de potencial para
reduzir acidentes.
Em cada edificação deve ser realizada uma equipotencialização principal
e ainda as massas das instalações situadas em uma mesma edificação
devem estar conectadas a equipotencialização principal e desta forma a
um mesmo e único eletrodo de aterramento. Veja figuras 2 e 3.
A equipotencialização funcional tem a função de equalizar o aterramento
e garantir o bom funcionamento dos circuitos de sinal e a compatibilidade
eletromagnética.
 
 

Condutor para Equipotencialização


1. • Principal – deve ter no mínimo a metade da seção do condutor de
proteção de maior seção e no mínimo:
1. • 6mm2 (Cobre);
2. • 16mm2 (Alumínio);
3. • 50mm2 (Aço)
 
Figura 2 – Equipotencialização
 

Figura 3 – Linha de Aterramento e Equipotencial em Instalações


 
Figura 4 – Material para Equipotencializar
 
 
Considerações sobre equipotenciais
Observe a figura 5, onde temos uma fonte geradora de alta tensão e
ruídos de alta freqüência e um sistema de medição de temperatura a 25
m da sala de controle e onde dependendo do acondicionamento dos
sinais, podemos ter até 2.3kV nos terminais de medição. Conforme vai se
melhorando as condições de blindagem, aterramento e equalização
chega-se à condição ideal para a medição.

Figura 5 – Exemplo da importância do aterramento e


equipotencialização e sua influência no sinal
Em sistemas distribuídos, como de controle de processos industriais,
onde se tem áreas fisicamente distantes e com alimentação de diferentes
fontes, a orientação é que se tenha o sistema de aterramento em cada
local e que sejam aplicadas as técnicas de controle de EMI em cada
percurso do encaminhamento de sinal, conforme representado na figura
2.
 
 
Implicações de um mau aterramento
As implicações que um mau ou mesmo inadequado aterramento pode
causar não se limitam apenas aos aspectos de segurança. Os principais
efeitos de um aterramento inadequado são choques elétricos aos
usuários pelo contato, resposta lenta (ou intermitente) dos sistemas de
proteção (fusíveis, disjuntores, etc.).
Mas outros problemas operacionais podem ter origem no aterramento
deficiente:
 •
o• Falhas de comunicação
o• Drifts ou derivas, erros nas medições
o • Excesso de EMI gerado
o • Aquecimento anormal das etapas de potência (inversores,
conversores, etc...) e motorização.
o • Em caso de computadores, travamentos constantes.
o • Queima de componentes eletrônicos sem razão aparente,
mesmo sendo em equipamentos novos e confiáveis.
o • Intermitências.
o • Etc.
O sistema de aterramento deve ser único e deve atender a diferentes
finalidades:
• Controle de interferência eletromagnética, tanto interno ao
sistema eletrônico (acoplamento capacitivo, indutivo e por
impedância comum) como externo ao sistema (ambiente);
 • Segurança operacional, sendo a carcaça dos equipamentos
ligadas ao terra de proteção e, dessa forma, qualquer sinal
aterrado ou referenciado à carcaça ou ao painel, direta ou
indiretamente, fica automaticamente referenciado ao terra de
distribuição de energia;
 • Proteção contra raios, onde os condutores de descida do Sistema
de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) devem ser
conectados às estruturas metálicas (para evitar centelhamento) e
sistemas de eletrodos de terra interconectados com o terra de
energia, encanamentos metálicos, etc., ficando o “terra dos
circuitos” ligados ao “terra do pára-raios” (via estrutura ou sistema
de eletrodos).
A conseqüência é que equipamentos com carcaças metálicas ficam
expostos a ruído nos circuitos de aterramento (energia e raios).
Para atender aos requisitos de segurança, proteção contra raios e EMI, o
sistema de aterramento deveria ser um plano com impedância zero, onde
teríamos a mistura de diferentes níveis de corrente destes sistemas sem
interferência. Isto é, uma condição ideal, onde na prática não é bem
assim.
 
 

Tipos de Aterramento
Em termos da indústria de processos podemos identificar alguns tipos de
terras:
 • “Terra sujo” : São os que estão presentes nas instalações
tipicamente envolvendo o 127VAC, 220VAC, 480VAC e que estão
associadas a alto nível de comutação, tais como os CCMs,
iluminação, distribuição de energia, etc, fontes geradoras de EMI.
É comum que alimentação AC primária apresente picos, surtos, os
chamados spikes e que degradam o terra AC.
 • “Terra limpo: São os que estão presentes em sistemas e circuitos
DC, tipicamente 24VDC, alimentando PLCs, controladores e tendo
sinais de aquisição e controle de dados, assim como redes digitais.
 • “Terra estrutural”: São os aterramentos via estrutura e que forçam
o sinal a 0V. Tipicamente tem a função de gaiola de Faraday
agindo de proteção a raios.
Observação: terra de “chassi” ou "carcaça" é usado como uma proteção
contra choque elétrico. Este tipo de terra não é um terra de "resistência
zero", e seu potencial de terra pode variar. No entanto, os circuitos são
quase sempre ligados à terra para a prevenção de riscos de choque.
 
 
Aterramento em um único ponto
O sistema de aterramento por um único pode ser visto na figura 6, onde
o ponto marcante é um único ponto de terra do qual se tem a distribuição
do mesmo para toda a instalação.
 
Figura 6 – Aterramento em um único ponto
 
Esta configuração é mais apropriada para o espectro de freqüências
baixas ainda atende perfeitamente a sistemas eletrônicos de alta
freqüência instalados em áreas reduzidas.
E ainda, este sistema dever ser isolado e não deve servir de caminho de
retorno para as correntes de sinais, que devem circular por condutores
de sinais, por exemplo, com pares balanceados.
Este tipo de aterramento paralelo elimina o problema de impedância
comum, mas o faz em detrimento da utilização de um monte de
cabeamento. Além disso, a impedância de cada fio pode ser muito
elevada e as linhas de terra podem se tornar fontes de ruído do sistema.
Este tipo de situação pode ser minimizado escolhendo o tipo correto de
condutor (tipo AWG 14). Cabos de bitola maiores ajudam na redução da
resistência de terra, enquanto o uso de fio flexível reduz a impedância de
terra.
 
 

Aterramento em multipontos
Para freqüências altas, o sistema multiponto é o mais adequado,
conforme caracterizado na figura 7a, inclusive simplificando a instalação.
 
Figura 7a– Aterramento em multipontos
 

Figura 7b – Aterramento na Prática


 
Muitas conexões de baixa impedância entre os condutores PE e os
eletrodos de aterramento em combinação com múltiplos caminhos de
alta impedância entre os eletrodos e as impedâncias dos condutores cria
um sistema de aterramento complexo com uma rede de impedância (ver
figura 7b), e as correntes que fluem através dele provoca diferentes
potenciais de terra nas interligações em vários desta rede.
Os sistemas com aterramentos multipontos que empregam circuitos
balanceados geralmente não apresentam problemas de ruídos. Neste
caso ocorre filtragem do ruído, onde o seu campo fica contido entre o
cabo e o plano de terra.
 

Figura 8 – Aterramento em multipontos inadequado


 

Figura 9 – Aterramento adequado, em um único ponto


Na figura 9, tem-se um aterramento adequado onde as correntes
individuais são conduzidas a um único ponto de aterramento.
A ligação à terra em série é muito comum porque é simples e econômica.
No entanto, este é o aterramento que proporciona um terra sujo, devido à
impedância comum entre os circuitos. Quando vários circuitos
compartilham um fio terra, as correntes de um circuito (que flui através da
impedância finita da linha de base comum) pode provocar variações na
potencial de terra dos demais circuitos. Se as correntes são grandes o
suficiente, as variações do potencial de terra podem causar sérias
perturbações nas operações de todos os circuitos ligados ao terra
comum de sinal.
 
 

Loops de erra
Um loop de terra ocorre quando existe mais de um caminho de
aterramento, gerando correntes indesejáveis entre estes pontos.
Estes caminhos formam o equivalente ao loop de uma antena que capta
as correntes de interferência com alta eficiência.
Com isto a referência de tensão fica instável e o ruído aparece nos
sinais.
 

Figura 10 – Loop de terra


 
 

Aterramento ao nível dos


equipamentos: Prática
Na prática, o que se faz é um “sistema misto”, separando circuitos
semelhantes e segregando quanto ao nível de ruído:
1. • “terra de sinais” para o aterramento de circuitos mais sensíveis;
2. • “terra de ruído” para o aterramento de comandos (relés), circuitos
de alta potência (CCMs, por exemplo);
3. • “terra de equipamento” para o aterramento de racks, painéis, etc.,
Sendo estes três circuitos conectados ao condutor de proteção.
 
Figura 11 – Aterramento ao nível dos equipamentos na prática

Os sinais podem variar basicamente devido a:


 •
o• Flutuação de tensão;
o• Harmônicas de corrente;
o • RF conduzidas e radiadas;
o • Transitórios (condução ou radiação);
o • Campos Eletrostáticos;
o • Campos Magnéticos;
o • Reflexões;
o • Crosstalk;
o • Atenuações;
o • Jitter (ruído de fase);
o • Etc.
As principais fontes de interferências são:
 • Acoplamento capacitivo (interação de campos elétricos entre
condutores);
 • Acoplamento indutivo (acompanhadas por um campo magnético.
O nível de perturbação depende das variações de corrente (di /dt)
e da indutância de acoplamento mútuo);
 • Condução através de impedância comum (aterramento): Ocorre
quando as correntes de duas áreas diferentes passam por uma
mesma impedância. Por exemplo, o caminho de aterramento
comum de dois sistemas
 
 

Acoplamento Capacitivo
O acoplamento capacitivo é representado pela interação de campos
elétricos entre condutores. Um condutor passa próximo a uma fonte de
ruído (perturbador), capta este ruído e o transporta para outra parte do
circuito (vítima). É o efeito de capacitância entre dois corpos com cargas
elétricas, separadas por um dielétrico, o que chamamos de efeito da
capacitância mútua.
O efeito do campo elétrico é proporcional à freqüência e inversamente
proporcional à distância.
O nível de perturbação depende das variações da tensão (dv/dt) e o valor
da capacitância de acoplamento entre o “cabo perturbador” e o “cabo
vítima”.
A capacitância de acoplamento aumenta com:
 • O inverso da freqüência: O potencial para acoplamento capacitivo
aumenta de acordo com o aumento da freqüência (a reatância
capacitiva, que pode ser considerada como a resistência do
acoplamento capacitivo, diminui de acordo com a freqüência, e
pode ser vista na fórmula: XC = 1/2πfC).
 • A distância entre os cabos perturbadores e vítima e o
comprimento dos cabos que correm em paralelo
 • A altura dos cabos com relação ao plano de referência (em
relação ao solo)
 • A impedância de entrada do circuito vítima (circuitos de alta
impedância de entrada são mais vulneráveis)
 • O isolamento do cabo vítima (εr do isolamento do cabo),
principalmente para pares de cabos fortemente acoplados
As figuras 12a e 12b mostram exemplos de acoplamentos capacitivos.
 

Figura 12a - Efeito por acoplamento capacitivo


 
Figura 12b – Exemplo de efeito por acoplamento capacitivo
 
Na figura 13 podemos ver o acoplamento e suas fontes de tensão e
corrente em modo comum e diferencial.
 

Figura 13 – Modo diferencial e modo comum – Acoplamento


capacitivo
 
 
Medidas para reduzir o efeito do
acoplamento capacitivo
1. • Limite o comprimento de cabos correndo em paralelo
2. • Aumente a distância entre o cabo perturbador e o cabo vítima
3. • Aterre uma das extremidades dos shields nos dois cabos
4. • Reduza o dv/dt do sinal perturbador, aumentando o tempo de
subida do sinal, sempre que possível (baixando a freqüência do
sinal)
Envolva sempre que possível o condutor ou equipamento com material
metálico (blindagem de Faraday). O ideal é que cubra cem por cento da
parte a ser protegida e que se aterre esta blindagem para que a
capacitância parasita entre o condutor e a blindagem não atue como
elemento de realimentação ou de crosstalk. A figura 14 mostra a
interferência entre cabos, onde o acoplamento capacitivo entre cabos
induz transiente (pickups eletrostáticos) de tensão.Nesta situação a
corrente de interferência é drenada ao terra pelo shield, sem afetar os
níveis de sinais.

Figura 14 – Interferência entre cabos: o acoplamento capacitivo


entre cabos induz transiente (pickups eletrostáticos) de tensão
 
A figura 15 mostra exemplo de proteção contra transientes.
 
Figura 15 - Exemplo de proteção contra transientes (melhor solução
contra corrente de Foucault)
Interferências eletrostáticas podem ser reduzidas:
1. •
1. • Aterramento e blindagens adequadas
2. • Isolação Ótica
3. • Pelo uso de canaletas e bandejamentos metálicos
aterrados
A figura 16 mostra a capacitância de acoplamento entre dois condutores
separados por uma distância D.
 
Figura 16 – Acoplamento capacitivo entre condutores a uma
distância D
 
 

Acoplamento Indutivo
O “cabo perturbador” e o “cabo vítima” são acompanhadas por um
campo magnético. O nível de perturbação depende das variações de
corrente (di /dt) e da indutância de acoplamento mútuo. O acoplamento
indutivo aumenta com:
 • A freqüência: a reatância indutiva é diretamente proporcional à
freqüência (XL = 2πfL)
 • A distância entre os cabos perturbadores e vítima e o
comprimento dos cabos que correm em paralelo
 • A altura dos cabos com relação ao plano de referência (em
relação ao solo)
A impedância de carga do cabo ou circuito perturbador.

Figura 17a – Acoplamento indutivo entre condutores


 
 
Medidas para reduzir o efeito do
acoplamento indutivo entre cabos
1. • Limite o comprimento de cabos correndo em paralelo
2. • Aumente a distância entre o cabo perturbador e o cabo vítima
3. • Aterre uma das extremidades dos shields dos dois cabos
4. • Reduza o dv/dt do perturbador aumentando o tempo de subida do sinal, sempre
que possível (Resistores conectados em série ou resistores PTC no cabo
perturbador, anéis de ferrite nos perturbadores e / ou cabo vítima)
 

Figura 18 – Acoplamento indutivo entre cabo e campo

 
 
Medidas para reduzir o efeito do
acoplamento indutivo entre cabo e
campo
1. • Limite a altura h do cabo ao plano de terra
2. • Sempre que possível coloque o cabo junto à superfície metálica
3. • Use cabos trançados
4. • Use ferrites e filtros de EMI
 
Figura 19 – Acoplamento indutivo entre cabo e loop de terra
 
 
Medidas para reduzir o efeito do acoplamento indutivo entre cabo e loop de terra
1. • Reduza a altura (h) e o comprimento do cabo.
2. • Sempre que possível coloque o cabo junto à superfície metálica.
3. • Use cabos trançados.
4. • Em altas freqüências aterre o shield em dois pontos (cuidado!) e em baixas
freqüências em um ponto só.
 

  Cabo de Cabos com e sem Cabos com e Qualquer cabo


Comunicação shield: 60Vdc ou sem shield: > sujeito à
Digital 5Vac e < 400Vac 400Vac exposição de raios
Cabo de
comunicação   10 cm 20 cm 50 cm
Digital
Cabos com e
sem shield:
10 cm   10 cm 50 cm
60Vdc ou 25Vac
e< 400Vac
Cabos com e
sem shield: > 20 cm 10 cm   50 cm
400Vac
Qualquer cabo
sujeito à
50 cm 50 cm 50 cm  
exposição de
raios
Tabela 1 – Distâncias entre cabos de comunicação digital e outros tipos de cabos
para garantir a proteção a EMI
 
Figura 20 – Interferência entre cabos: campos magnéticos através do acoplamento
indutivo entre cabos induzem transientes (pickups eletromagnéticos) de corrente
 

As Interferências Eletromagnéticas podem ser reduzidas:


1. •
1. •
1. • Cabo trançado
2. • Isolação Ótica
3. • Pelo uso de canaletas e bandejamentos metálicos aterrados
 

Figura 21 – Indutância mútua entre dois condutores


Para minimizar o efeito de indução deve-se usar o cabo de par trançado
que minimiza a área (S) e diminuem o efeito da tensão induzida Vb em
função do campo B, balanceando os efeitos (média dos efeitos segundo
as distâncias):

O cabo de par trançado é composto por pares de fios. Os fios de um par


são enrolados em espiral a fim de, através do efeito de cancelamento,
reduzir o ruído e manter constantes as propriedades elétricas do meio
por toda a sua extensão.
O efeito de redução com o uso da trança tem sua eficiência em função
do cancelamento do fluxo, chamada de Rt (em dB):
Rt = -20 log{(1/( 2nl +1 ))*[1+2nlsen( /nλ)]} dB ,

onde n é o número de voltas/m e l é o comprimento total do cabo. Veja


figura 22a e figura 22b.
O efeito de cancelamento reduz a diafonia (crosstalk) entre os pares de
fios e diminui o nível de interferência eletromagnética/radiofreqüência. O
número de tranças nos fios pode ser variado a fim de reduzir o
acoplamento elétrico. Com sua construção proporciona um acoplamento
capacitivo entre os condutores do par.Tem um comportamento mais
eficaz em baixas freqüências (< 1MHz).Quando não é blindado, tem a
desvantagem com o ruído em modo-comum. Para baixas freqüências,
isto é quando o comprimento do cabo é menor que 1/20 do comprimento
de onda da freqüência do ruído, a blindagem (malha ou shield)
apresentará o mesmo potencial em toda sua extensão, neste caso
recomenda-se conectar a blindagem em um só ponto de terra. Em altas
freqüências, isto é quando o comprimento do cabo é maior que 1/20 do
comprimento de onda da freqüência do ruído, a blindagem apresentará
alta suscetibilidade ao ruído e neste caso recomenda-se que seja
aterrada nas duas extremidades.
No caso indutivo Vruído = 2πBAcosα onde B é o campo e α é oângulo
em que o fluxo corta o vetor área(A) ou ainda em função da indutância
mútua M: Vruído = 2πfMI onde I é a corrente no cabo de potência.
 

Figura 22a – Efeito de acoplamento indutivo em cabos paralelos


 
Figura 22b – Minimização do efeito de acoplamento indutivo em cabos torcidos
 

Figura 22c – Exemplo de ruído por indução


 

Figura 22d – Exemplo de Cabos Profibus próximos a cabo de potência


 
 

O uso de cabo de par trançados é muito eficiente desde que a indução


em cada área de torção seja aproximadamente igual a indução
adjacente.Seu uso é eficiente em modo diferencial, circuitos balanceados
e tem baixa eficiência em baixas freqüências em circuitos
desbalanceados. Em circuitos de alta freqüência com multipontos
aterrados, a eficiência é alta uma vez que a corrente de retorno tende a
fluir pelo retorno adjacente. Contudo, em altas freqüências em modo
comum o cabo tem pouca eficiência.
A figura 23 detalha a situação do Profibus-DP e os loops de terra.
 

Figura 23 - Profibus-DP e os loops de terra


 
 

Proteção com o uso de canaletas


metálicas
Veremos a seguir o uso de canaletas metálicas na minimização de
correntes de Foucault.
O espaçamento entre as canaletas facilita a perturbação gerada pelo
campo magnético. Além disso, esta descontinuidade pode facilitar a
diferença de potencial entre cada segmento da canaleta e no caso de um
surto de corrente, gerado, por exemplo, por uma descarga atmosférica
ou um curto, a falta de continuidade não permitirá que a corrente circule
pela canaleta de alumínio, conseqüentemente não protegerá o cabo
Profibus.
O ideal é que se una cada segmento com a maior área de contato
possível o que terá uma maior proteção à indução eletromagnética e
ainda que se tenha entre cada segmento um condutor de cada lado da
canaleta, com comprimento o menor possível, para garantir um caminho
alternativo às correntes caso haja um aumento de resistência nas
junções entre os segmentos.
Com a montagem adequada da canaleta de alumínio, o campo, ao
penetrar na placa de alumínio da canaleta, produz um fluxo magnético
variável em função do tempo [f = a.sen(w.t)], dando origem a uma f.e.m.
induzida [ E = - df/dt = a.w.cos(w.t)].
Em freqüências altas, a f.e.m. induzida na placa de alumínio será maior,
dando origem a um campo magnético maior, anulando quase que
completamente o campo magnético gerado pelo cabo de potência. Esse
efeito de cancelamento é menor em baixas freqüências. Em altas
freqüências o cancelamento é mais eficiente.
Esse é o efeito das placas e telas metálicas frente à incidência de ondas
eletromagnéticas; elas geram seus próprios campos que minimizam ou
mesmo anulam o campo através delas, funcionando assim como
verdadeiras blindagens às ondas eletromagnéticas. Funcionam como
uma gaiola de Faraday.
Certifique-se que as chapas e os anéis de acoplamento sejam feitos do
mesmo material que as canaletas/bandejas de cabos. Proteja os ponto
de conexões contra corrosão depois da montagem, por exemplo, com
tinta de zinco ou verniz.
Embora os cabos sejam blindados, a blindagem contra campos
magnéticos não é tão eficiente quanto é contra campos elétricos.Em
baixas freqüências, os pares trançados absorvem a maior parte dos
efeitos da interferência eletromagnética. Já em altas freqüências esses
efeitos são absorvidos pela blindagem do cabo. Sempre que possível,
conecte as bandejas de cabos ao sistema de linha equipotencial.
 
Figura 24 – Proteção de transientes com o uso de canaletas
metálicas
 

Aterramento de Equipamentos de
Campo
A grande maioria dos fabricantes de equipamentos de campo, como
transmissores de pressão, temperatura, posicionadores, conversores, etc
recomenda o aterramento local de seus produtos. É comum que em suas
carcaças exista um ou mais terminal de aterramento.
Ao se instalar os equipamentos, normalmente, suas carcaças estão em
contato com a parte estrutural, ou tubulações e, consequentemente,
aterradas. Nos casos em que a carcaça é isolada de qualquer ponto da
estrutura, os fabricantes recomendam o aterramento local, onde
recomenda-se a conexão a menor possível com fio AWG 12.Neste caso,
deve-se ter o cuidado em relação a diferença de potencial entre o ponto
aterrado e o painel onde se encontra o controlador (PLC).
Alguns fabricantes recomendam ainda que o equipamento fique
flutuando, isto é, isolado da estrutura e que não seja aterrado, evitando
os loops de corrente.
Em relação as áreas classificadas, recomenda-se consultar as
regulamentações locais.
Em equipamentos microprocessados e com comunicação digital, alguns
fabricantes incorporam ou tornam disponível os protectores de surtos ou
transientes. Estes proporcionam a proteção a correntes de picos,
fornecendo um caminho de desvio de baixa impedância para o ponto de
terra.
 

Algumas dicas gerais envolvendo


painéis de controle, CCMs e
instrumentação
 • Recomenda-se o uso de filtro RFI e que sempre se conecte este
filtro o mais próximo possível da fonte de ruído (entre o filtro RFI e
o drive).
 • Nunca misture cabos de entrada e de saída.
 • Todos os motores acionados por inversores devem ser
alimentados preferencialmente com cabos blindados aterrados nas
duas extremidades. Esta é a recomendação de todos os
fabricantes de inversores. Vale lembrar que as frequências de
comutação variam de 1k a 35KHz, normalmente 30KHz, o que
pode influencia e muito o FF e Profibus-PA.
 • Sempre que possível utilizar trafo isolador para a alimentação do
sistema de automação.
 • Utilize repetidores em CCMs isolando galvanicamente, evitando
diferenciais de terra.
 • Para atender as exigências de proteção de EMI todos os cabos
externos devem ser blindados, exceto os cabos de alimentação da
rede. A malha de blindagem deve ser contínua e não pode ser
interrompida.
 • Certifique-se de que cabos de diferentes zonas estão roteados
em dutos separados.Dentro do painel, crie zonas distintas e
recomeda-se até ter chapas separadoras que serviram de
blindagem.
 • Certifique-se de que os cabos se cruzam em ângulos retos a fim
de minimizar acoplamentos.
 • Use cabos que possuam valores de impedância de
transferênciaos mais baixos possíveis.
 • Nos cabos de controle recomenda-se, instalar um pequeno
capacitor (100 nF a 220 nF) entre a blindagem e o terra para evitar
circuito AC de retorno ao terra. Esse capacitor atuará como um
supressor de interferência. Mas a orientação é sempre consultar os
manuais dos fabricantes dos inversores.
 • Escolher inversores com toroídes ou adicionar toróides (Common
mode choke) na saída do inversor.
 • Utilizar cabo isolado e shieldado (4 vias)entre o inversor e o
motor e entre o sistema de alimentação até o inversor.
 • Tentar trabalhar com a freqüência de chaveamento a mais baixa
possível.
 • Sempre aterre a carcaça do motor. Faça o aterramento do motor
no painel, onde o inversor está instalado ou no próprio inversor.
 • Inversores geram correntes de fuga e nestes casos, pode-se
introduzir um reator de linha na saída do inversor.
 • Os reatores de linha constituem um meio simples e barato para
aumentar a impedância da fonte de uma carga isolada (como um
comando de freqüência variável, no caso dos inversores).
 • Os reatores são conectados em série a carga geradora de
harmônicas e ao aumentar a impedância da fonte, a magnitude da
distorção harmônica pode ser reduzida para a carga na qual o
reator é adicionado.Aqui se recomenda consultar o manual do
inversor e verificar suas recomendações.
 • O ideal é ter indutor de entrada incorporado e filtro RFI/EMC para
funcionar como uma proteção a mais para o equipamento e como
um filtro de harmônicas para a rede elétrica, onde o mesmo
encontra-se ligado.
 • A principal função do filtro RFI de entrada é reduzir as emissões
conduzidas por radiofreqüência às principais linhas de distribuição
e aos fios-terra. O Filtro RFI de entrada é conectado entre a linha
de alimentação CA de entrada e os terminais de entrada do
inversor.
 • Ondas refletidas: se a impedância do cabo utilizado não estiver
casada com a do motor, acontecerá reflexões. Vale lembrar que o
cabo entre o inversor e o motor apresenta uma impedância para os
pulso de saída do inversor(a chamada Surge Impedance). Nestes
casostambém se recomenda reatores.
 • Cabos especiais: outro detalhe importante e que ajuda a
minimizar os efeitos dos ruídos eletromagnéticos gerados em
instalações com inversores e motores AC é o uso de cabos
especiais que evitam o efeito corona de descargas que podem
deteriorar a rigidez dielétrica da isolação, permitindo a presença de
ondas estacionárias e a transferência de ruídos para a malha de
terras. Outra característica construtiva de alguns cabos é a dupla
blindagem que é mais eficiente na proteção à EMI.
 • Em termos da rede digitais, distanciá-la do inversor, onde os
sinais vão para os motores e colocar repetidores isolando as
áreas.
 • Verificar se há necessidade de se nosinversores capacitores de
modo comum no barramento CC.
 • As especificações de bitola do cabo e as recomendações
normalmente são baseadas em 75 graus C. Não reduza a bitola do
fio quando usar um fio de temperatura maior. As bitolas mínima e
máxima dependem da corrente nominal do inversor e nas
limitações físicas dos blocos de terminais.
 • O(s) conector(es) de aterramento deve(m) ser classificados de
acordo com a capacidade máxima da corrente do inversor.
 • Para aplicações de inversor CA de freqüência variável que devem
cumprir os padrões de EMC recomenda-se que o mesmo tipo de
cabo blindado especificado para os motores CA seja usado entre o
inversor e o transformador.
 • Mantenha os comprimentos de cabo do motor dentro dos limites
estabelecidos pelo manual do usuário do inversor. Podem ocorrer
vários problemas, inclusive na corrente de carga do cabo e no
esforço por tensão de onda refletida.
 • As E/S discretas como, por exemplo, os comandos de partida e
parada, podem ser conectadas ao inversor com vários cabos. A
blindagem do cabo é recomendável, uma vez que pode ajudar na
redução do ruído de acoplamento cruzado dos cabos de
alimentação. Condutores padrão individuais que atendem às
especificações gerais em relação ao tipo, à temperatura, à bitola e
aos códigos aplicáveis são aceitáveis, caso sejam afastados dos
cabos de alta tensão para minimizar o acoplamento de ruído. No
entanto, a instalação do cabo multicondutor pode ser mais barata.
 • Esteja atento à isolação dos cabos. Normalmente maior que
300V.
 • Para aplicações com vários motores, examine a instalação com
cuidado. Em geral, a maioria das instalações não tem nenhum
problema. No entanto, correntes de carga em cabo com picos
elevados podem causar sobrecorrentes no inversor ou faltas à
terra.
 • Quando houver terminais TE e PE, aterre-os separadamente no
ponto mais próximo no painel usando uma malha trançada. Caso
seja usado um fio-terra PE do painel, ele deve estar conectado no
mesmo lado do painel que as conexões do eletroduto/armadura.
Isso mantém o ruído em modo comum afastado do backplane do
PLC.
 • Blindagens do cabo:
o • Cabos de motor e de entrada
 • As blindagens dos cabos de motor e de entrada
devem ser ligadas em ambas as extremidades para
oferecer um caminho contínuo para a corrente de
ruído em modo comum.
o • Cabos de controle e de sinal
 • As blindagens dos cabos de controle devem ser
conectadas apenas em uma extremidade. A outra
extremidade deve ser cortada e isolada.
 • – A blindagem de um cabo entre dois gabinetes deve
ser conectada ao gabinete que contém a fonte do
sinal.
 • – A blindagem de um cabo entre um gabinete e um
dispositivo externo deve ser conectada na
extremidade do gabinete, a menos quando
especificado em contrário pelo fabricante do
dispositivo externo.
o • Jamais conecte uma blindagem ao lado comum de um
circuito de lógica (isso levará ruído ao circuito de lógica).
Conecte a blindagem directamente ao aterramento do rack.
 • Ao encaminhar a fiação até o inversor, separe os fios de alta
tensão e os condutores do motor dos condutores de E/S e de sinal.
Para mantê-los separados, encaminhe-os por um eletroduto
separado ou use divisores de bandeja.
 • Não encaminhe mais de 3 conjuntos de condutores de motor (3
inversores) pelo mesmo eletroduto. Mantenha os limites de
preenchimento do eletroduto de acordo com os códigos elétricos
aplicáveis. Não passe condutores de motor ou cabos de
alimentação ou de comunicação pelo mesmo eletroduto. Se
possível, evite passar grandes extensões de fios de força de
entrada e condutores de motor pelo mesmo eletroduto.
 • Em relação aos bandejamentos, disponha cuidadosamente a
geometria de múltiplos conjuntos de cabos.Mantenha os
condutores de cada grupo no mesmo pacote. Disponha os
condutores de forma a minimizar a corrente induzida entre os
conjuntos e equilibrá-las. Isso é crítico em inversores com
potências nominais de 200 HP (150 kW) e mais mantenha os
cabos de alimentação e de controle separados. Ao dispor bandejas
para cabos para inversores grandes, verifique se a bandeja ou o
eletroduto que contém a fiação de sinal fique a 30cm ou mais da
que contém a fiação do motor ou de força. Os campos
eletromagnéticos das correntes de motor ou de alimentação
podem induzir correntes nos cabos de sinal. Os divisores também
oferecem uma excelente separação.
 • Faça a terminação das conexões de alimentação, de motor e de
controle nos blocos de terminais do inversor.
 • Em baixas freqüências, de níveis de CC até 1 MHz, a blindagem
do cabo pode ser aterrada em uma única extremidade do cabo e
oferecer uma boa resposta quanto aos efeitos da interferência
eletromagnética. Em freqüências mais altas, recomenda-se aterrar
a blindagem do cabo em ambas as extremidades do cabo. Nesses
casos, é muito importante que as diferenças de potencial de terra
em ambos os pontos de conexão ao aterramento sejam as
mínimas possíveis. A diferença em tensão, entre ambos os
extremos deve ser, no máximo, de 1 V (rms) para que os efeitos
dos loops de terra sejam minimizados. É também importante
considerar que em altas freqüências há a capacitância parasita de
acoplamento que tende a completar o loop quando a blindagem
está aterrada em um único extremo do cabo.
 
 

Blindagem
Aterramento e blindagem são requisitos mandatórios para garantir a
integridade dos dados de uma planta. É muito comum na prática
encontrarmos funcionamento intermitente e erros grosseiros em
medições devido às más instalações.
Os efeitos de ruídos podem ser minimizados com técnicas adequadas de
projetos, instalação, distribuição de cabos, aterramento e blindagens.
Aterramentos inadequados podem ser fontes de potenciais indesejados e
perigosos e que podem comprometer a operação efetiva de um
equipamento ou o próprio funcionamento de um sistema.
A blindagem (shield) deve ser conectada ao potencial de referência do
sinal que está protegendo, vide figura 25.

Figura 25 - Blindagem conectada ao potencial de referência do sinal


que está protegendo
 
Quando se tem múltiplos segmentos deve-se mantê-los conectados,
garantindo o mesmo potencial de referência, conforme a figura 26.
 

Figura 26 - Blindagem me múltiplos segmentos conectada ao


potencial de referência do sinal que está protegendo
 
 

Efeito Blindagem x aterramento em um


único ponto
Neste caso a corrente não circulará pela malha e não cancelará campos
magnéticos.
Deve-se minimizar o comprimento do condutor que se estende fora da
blindagem e garantir uma boa conexão do shield ao terra.
 

Figura 27 - Efeito Blindagem x aterramento em um único ponto


 
 

Efeito Blindagem x aterramento em


dois pontos
Ocorre uma distribuição das correntes, em função das suas freqüências,
pois a corrente tende a seguir o caminho de menor impedância.
Até alguns kHz: a reatância indutiva é desprezível e a corrente circulará
pelo caminho de menor resistência.
Acima de kHz: há predominância da reatância indutiva e com isto a
corrente circulará pelo caminho de menor indutância.
O caminho de menor impedância é aquele cujo percurso de retorno é
próximo ao percurso de ida, por apresentar maior capacitância distribuída
e menor indutância distribuída.
Deve-se minimizar o comprimento do condutor que se estende fora da
blindagem e garantir uma boa conexão do shield ao terra.
Figura 28- Efeito Blindagem x aterramento em dois pontos
Vale citar neste caso:
1. • Não há proteção contra loops de terra.
2. • Danos aos equipamentos ativos possivelmente significativos
quando a diferença de potencial de terra entre ambos os extremos
ultrapassar 1 V (rms).
3. • A resistência elétrica do aterramento deve ser a mais baixa
possível em ambos os extremos do segmento para minimizar os
loops de terra, principalmente em baixas freqüências.
A blindagem de cabos é usada para eliminar interferências por
acoplamento capacitivo devidas a campos elétricos.
A blindagem só é eficiente quando estabelece um caminho de baixa
impedância para o terra.
Uma blindagem flutuante não protege contra interferências.
A malha de blindagem deve ser conectada ao potencial de referência
(terra) do circuito que está sendo blindado.
Aterrar a blindagem em mais de um ponto pode ser problemático.
Minimizar comprimento da ligação blindagem-referência, pois funciona
como uma bobina.
 
Figura 29- Deve-se minimizar o comprimento da ligação blindagem-referência pois
funciona como uma bobina.
 

Campos elétricos são muito mais fáceis de blindar que campos


magnéticos e o uso de blindagens em um ou mais pontos funciona contra
campos elétricos.
O uso de metais não magnéticos em volta de condutores não blinda
contra campos magnéticos.
A chave para blindagem magnética é reduzir a área de loop. Utiliza-se
um par trançado ou o retorno de corrente pela blindagem.
Para prevenir a radiação de um condutor, uma blindagem aterrada em
ambos os lados é geralmente utilizada acima da freqüência de corte,
porém alguns cuidados devem ser tomados.
Apenas uma quantidade limitada de ruído magnético pode ser blindada
devido ao loop de terra formado.
Qualquer blindagem na qual flui corrente de ruído não deve ser parte do
caminho para o sinal.
Utilize um cabo trançado blindado ou um cabo triaxial em baixas
freqüências.
A efetividade da blindagem do cabo trançado aumenta com o número de
voltas por cm.
 

Aterramento em áreas classificadas


Recomenda-se verificar a NBR 5418 para aterramento e ligação com
sistema equipotencial de sistemas intrinsecamente seguros.
Um circuito intrinsecamente seguro deve estar flutuando ou estar ligado
ao sistema equipotencial associado com a área classificada em somente
um ponto.
O nível de isolação requerido (exceto em um ponto) deve ser projetado
para suportar 500 V no ensaio de isolação de acordo com 6.4.12 da IEC
60079-11.
Quando este requisito não for atendido, então o circuito deve ser
considerado aterrado naquele ponto. Mais de uma conexão ao terra é
permitida no circuito, desde que o circuito seja dividido em sub circuitos
galvanicamente isolados, e cada qual esteja aterrado somente em um
ponto.
Blindagens devem ser conectadas a terra ou à estrutura de acordo com a
ABNT NBR IEC 60079-14.
Sempre que possível, conecte as bandejas de cabos ao sistema de linha
equipotencial.
As malhas(Shield) devem ser aterradas em um único ponto no
condutor de equalização de potencial. Se houver necessidade, por
razões funcionais, de outros pontos de aterramento é permitido que
sejam feitos por meio de pequenos capacitores, tipo cerâmico,
inferiores a 1 nF e para 1500V, desde que a somatória das
capacitâncias não ultrapasse 10 nF.
Nunca instale um dispositivo que tenha sido instalado
anteriormente sem uma barreira intrinsecamente segura em um
sistema intrinsecamente seguro, pois o zener de proteção pode
estar queimado e não vai atuar em áreas intrinsecamente segura.
 
 
 

Cuidados e recomendações com o


aterramento e shield no barramento
PROFIBUS-PA
Ao considerar a questão de shield e aterramento em barramentos de
campo, deve-se levar em conta:
 • A compatibilidade eletromagnética (EMC).
 • Proteção contra explosão.
 • Proteção de pessoas.
De acordo com a IEC 61158-2, aterrar significa estar permanentemente
conectado ao terra através de uma impedância suficientemente baixa e
com capacidade de condução suficiente para prevenir qualquer tensão
que possa resultar em danos de equipamentos ou pessoas. Linhas de
tensão com 0 Volts devem ser conectadas ao terra e serem
galvanicamente isoladas do barramento fieldbus. O propósito de se
aterrar o shield é evitar ruídos de alta freqüência.
Preferencialmente, o shield deve ser aterrado em dois pontos, no início e
final de barramento, desde que não haja diferença de potencial entre
estes pontos, permitindo a existência e caminhos a corrente de loop. Na
prática, quando esta diferença existe, recomenda-se
aterrar shield somente em um ponto, ou seja, na fonte de alimentação ou
na barreira de segurança intrínseca. Deve-se assegurar a continuidade
da blindagem do cabo em mais do que 90% do comprimento total do
cabo.
O shield deve cobrir completamente os circuitos elétricos através dos
conectores, acopladores, splices e caixas de distribuição e junção.
Nunca se deve utilizar o shield como condutor de sinal. É preciso verificar
a continuidade do shield até o último equipamento PA do segmento,
analisando a conexão e acabamento, pois este não deve ser aterrado
nas carcaças dos equipamentos.
Em áreas classificadas, se uma equalização de potencial entre a área
segura e área perigosa não for possível, o shield deve ser conectado
diretamente ao terra (Equipotencial Bonding System) somente no lado da
área perigosa. Na área segura, o shield deve ser conectado através de
um acoplamento capacitivo (capacitor preferencialmente cerâmico
(dielétrico sólido), C<= 10nF, tensão de isolação >= 1.5kV).
 

Figura 30 – Combinação Ideal de Shield e Aterramento.


 
Figura 31 – Aterramento Capacitivo.
 

A IEC 61158-2 recomenda que se tenha a isolação completa. Este


método é usado principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra.
Neste caso, o shield é isolado de todos os terras, a não ser o ponto de
terra do negativo da fonte ou da barreira de segurança intrínseca do lado
seguro.O shield tem continuidade desde a saída do coupler DP/PA,
passa pelas caixas de junções e distribuições e chega até os
equipamentos. As carcaças dos equipamentos são aterradas
individualmente do lado não seguro. Este método tem a desvantagem de
não proteger os sinais totalmente dos sinais de alta freqüência e,
dependendo da topologia e comprimento dos cabos, pode gerar em
alguns casos a intermitência de comunicação. Recomenda-se nestes
casos o uso de canaletas metálicas.
Uma outra forma complementar à primeira, seria ainda aterrar as caixas
de junções e as carcaças dos equipamentos em uma linha de
equipotencial de terra, do lado não seguro. Os terras do lado não seguro
com o lado seguro são separados.
A condição de aterramento múltiplo também é comum, onde se tem uma
proteção mais efetiva às condições de alta freqüência e ruídos
eletromagnéticos. Este método é preferencialmente adotado na
Alemanha e em alguns países da Europa. Neste método, o shield é
aterrado no ponto de terra do negativo da fonte ou da barreira de
segurança intrínseca do lado seguro e além disso, no terra das caixas de
junções e nas carcaças dos equipamentos, sendo estas também
aterradas pontualmente, no lado não seguro. Uma outra condição seria
complementar a esta, porém os terras seriam aterrados em conjunto em
uma linha equipotencial de terra, unindo o lado não seguro ao lado
seguro.
Para mais detalhes, sempre consultar as normas de segurança do local.
Recomenda-se utilizar a IEC 60079-14 como referência em aplicações
em áreas classificadas.
 

Figura 32 – Aterramento e Shield – Várias formas


 
 

Cuidados e recomendações com o


aterramento e shield no barramento
PROFIBUS-DP
O shield (a malha, assim como a lâmina de alumínio) deve ser conectado
ao terra funcional do sistema em todas as estações (via conecto e cabo
DP), de tal forma a proporcionar uma ampla área de conexão com a
superfície condutiva aterrada.
A máxima proteção se dá com os todos os pontos aterrados, onde se
proporciona um caminho de baixa impedância aos sinais de alta
freqüência.
Em casos onde se tem um diferencial de tensão entre os pontos de
aterramento recomenda-se passar junto ao cabeamento uma linha de
equalização de potencial (a própria calha metálica pode ser usada ou por
exemplo um cabo AWG 10-12). Veja figura 33.
 

Figura 33 – Linha de Equipotencial


 

Em termos de cabeamento, é recomendado o par de fios trançados com


100% de cobertura do shield. As melhores condições de atuação do
shield se dão com pelo menos 80% de cobertura.
Quando se fala em shield e aterramento, na prática existem outras
maneiras de tratar este assunto, onde há muitas controvérsias, como por
exemplo, o aterramento do shield pode ser feito em cada estação através
do conector 9-pin sub D (veja figura 34), onde a carcaça do conector dá
contato com o shield neste ponto e ao conectar na estação é aterrado.
Este caso, porém, deve ser analisado pontualmente e verificado em cada
ponto a graduação de potencial dos terras e se necessário, equalizar
estes pontos.
Em áreas perigosas deve-se sempre fazer o uso das recomendações
dos órgãos certificadores e das técnicas de instalação exigidas pela
classificação das áreas. Um sistema intrinsecamente seguro deve possui
componentes que devem ser aterrados e outros que não. O aterramento
tem a função de evitar o aparecimento de tensões consideradas
inseguras na área classificada. Na área classificada evita-se o
aterramento de componentes intrinsecamente seguros, a menos que o
mesmo seja necessário para fins funcionais, quando se emprega a
isolação galvânica. A normalização estabelece uma isolação mínima de
500 Vca. A resistência entre o terminal de aterramento e o terra do
sistema deve ser inferior a 1Ω. No Brasil, a NBR-5418 regulamenta a
instalação em atmosferas potencialmente explosivas.
Um outro cuidado que deve ser tomado é o excesso de terminação.
Alguns dispositivos possuem terminação on-board.
Figura 34 – Detalhe do conector típico 9-Pin Sub D
A figura 35 apresenta detalhes de cabeamento, shield e aterramento
quando se tem áreas distintas.
Quanto ao aterramento, recomenda-se agrupar circuitos e equipamentos
com características semelhantes de ruído em distribuição em série e unir
estes pontos em uma referência paralela. Recomenda aterrar as calhas e
bandejamentos.

Um erro comum é o uso de terra de proteção como terra de sinal. Vale


lembrar que este terra é muito ruidoso e pode apresentar alta
impedância. É interessante o uso de malhas de aterramento, pois
apresentam baixa impedância. Condutores comuns com altas
freqüências apresentam a desvantagem de terem alta impedância. Os
loops de correntes devem ser evitados. O sistema de aterramento deve
ser visto como um circuito que favorece o fluxo de corrente sob a menor
indutância possível. O valor de terra deve ser menor do que 10 Ω.
Figura 35 – Detalhe de cabeamento em áreas distintas com potenciais de terras
equalizados
 
 
 

Layout e Painéis de automação e


elétricos
 • Não aproximar o cabo de redes com os cabos de alimentação e saída dos
inversores, evitando-se assim, a corrente de modo comum. Sempre que possível
limitar o tamanho dos cabos, evitando comprimentos longos e ainda, as conexões
devem ser as menores possíveis.
 • Cabos longos e paralelos atuam como um grande capacitor.
 • A boa prática de layout em painéis permite que a corrente de ruído flua entre os
dutos de saída e de entrada ficando fora da rota dos sinais de comunicação e
controladores:
 • Todas as partes metálicas do armário/gabinete devem estar eletricamente
conectadas com a maior área de contato.
 • Deve-se utilizar braçadeira e aterrar as malhas (shield) dos cabos.
 • Cabos de controle, comando e de potência devem estar fisicamente separados (>
30cm).
 • Sempre que possível, utilizar placas de separação e aterradas.
 • Contatores, solenóides e outros dispositivos/assessórios eletromagnéticos devem
ser instalados com dispositivos supressores, tais como: snubbers (RCs, os
snubbers podem amortecer oscilações, controlar a taxa de variação da tensão e/ou
corrente, e grampear sobretensões), diodos ou varistores.
 • Evitar comprimentos de fiação desnecessários, assim diminuem-se as
capacitâncias e indutâncias de acoplamento.
 • Se utilizada uma fonte auxiliar 24Vcc para o drive, esta deve ser de aplicação
exclusiva ao inversor local.Não alimente outros dispositivos DP com a fonte que
alimenta o inversor.O inversor e os equipamentos de automação não devem ser
conectados diretamente em uma mesma fonte.
 
 
Conclusão
Vimos neste artigo vários detalhes sobre aterramento, blindagens,
ruídos, interferências, etc. Todo projeto de automação deve levar em
conta os padrões para garantir níveis de sinais adequados, assim como,
a segurança exigida pela aplicação.
Recomenda-se que anualmente se tenha ações preventivas de
manutenção, verificando cada conexão ao sistema de aterramento, onde
deve-se assegurar a qualidade de cada conexão em relação à robustez,
confiabilidade e baixa impedância (deve-se garantir que não haja
contaminação e corrosão).
Este artigo não substitui a NBR 5410, a NBR 5418, os padrões IEC
61158 e IEC 61784 e nem os perfis e guias técnicos do PROFIBUS.
Em caso de discrepância ou dúvida,as normas, os padrões IEC
61158 e IEC 61784, perfis, guias técnicos e manuais de fabricantes
prevalecem. Sempre que possível, consulte a EN50170 para as
regulamentações físicas, assim como as práticas de segurança de
cada área.
 
 

Referência Bibliográfica
 • Artigos técnicos - César Cassiolato
 • www.system302.com.br
 • www.smar.com.br
 • http://www.smar.com/brasil2/artigostecnicos/
 • http://www.electrical-installation.org/wiki/Coupling_mechanisms_and_counter-
measures
 • http://www.qemc.com.br/, artigos técnicos Roberto Menna Barreto
 • Aterramento Elétrico – Alexandre Capelli, Revista Saber Eletrônica, Edição 329,
2000.
 • http://www.procobre.org/pr/pdf/pdf_pr/03_aterrame.pdf
 • http://www.lpm.fee.unicamp.br/~carlos_reis/interferencias.pdf
 • http://penta.ufrgs.br/rc952/Cristina/utpatual.html
 • http://www.chasqueweb.ufrgs.br/~valner.brusamarello/eleinst/ufrgs5.pdf
 • http://www.vnovaes.com.br/attachments/058_Aterramento-Marin
%20Paginado.pdf
 • http://www.maex.com.br/?p=277
 • EMC for Systems and Installations - Part 2 – EMC techniques for installations, Eur
Ing Keith Armstrong
 • The benefits of applying IEC 61000-5-2 to cable screen bonding and earthing, Eur
Ing Keith Armstrong
 • EMI – Interferência Eletromagnética, César Cassiolato
 • Manual de Segurança Intrínseca – Borges, Giovanni Hummel
 • Interferência Eletromagnética - Sanches, Durval
 • Aterramento, Blindagem, Ruídos e dicas de instalação, César Cassiolato
 • O uso de Canaletas Metálicas Minimizando as Correntes de Foucault em
Instalações PROFIBUS, César Cassiolato
 • Ruídos e Interferências em instalações PROFIBUS, César Cassiolato
 • http://www.mecatronicaatual.com.br/secoes/leitura/690, Protetor de Transientes
em redes PROFIBUS, César Cassiolato
 • Pesquisas na internet (Todas as ilustrações, marcas e produtos usados aqui
pertencem aos seus respectivos proprietários, assim como qualquer outra forma de
propriedade intelectual).
 
 

Links Relacionados
Acesse a lista completa de artigos técnicos SMAR.
* César Cassiolato é Diretor de Marketing, Qualidade e Engenharia de Projetos & Serviços
da SMAR Equipamentos Ind. Ltda., foi Presidente da Associação PROFIBUS Brasil
América Latina de 2006 a 2010, Diretor Técnico do Centro de Competência e Treinamento
em PROFIBUS, Diretor do FDT Group no Brasil, Engenheiro Certificado na Tecnologia
PROFIBUS e Instalações PROFIBUS pela Universidade de Manchester.
Data de publicação: 2011-10-21 10:21:54

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