Psicodrama em Organizações
Psicodrama em Organizações
Psicodrama em Organizações
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Sumário
Introdução ......................................................................................................................... 3
Conceito de Organizações ................................................................................................ 4
Como as organizações se estruturam ............................................................................ 6
A estrutura organizacional: análises iniciais ............................................................ 7
Cultura, subcultura e choques culturais .................................................................. 10
Cultura organizacional: A identidade das organizações ......................................... 11
Cultura organizacional: importância ...................................................................... 15
Cultura organizacional: funções ............................................................................. 16
Diversidade no contexto organizacional ................................................................ 18
Psicodrama Organizacional ............................................................................................ 19
Jogos Psicodramáticos ................................................................................................ 20
Inversão de papéis ...................................................................................................... 24
Role-Playing ............................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 27
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NOSSA HISTÓRIA
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Introdução
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A prática psicodramática pode agregar um grande diferencial competitivo,
propiciando a liberação de espontaneidade e criatividade dos colaboradores,
fundamentais para acompanhar os momentos de transformação organizacional.
Esse método possibilita o trabalhar conjuntamente, o falar e o agir dos
indivíduos, em busca de respostas adequadas, identificando e solucionando
conflitos.
Conceito de Organizações
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Dessa forma, a nossa vida é influenciada pelo bom ou mau funcionamento
dessas organizações, bem como pela disponibilização de produtos e serviços de
qualidade a todo o momento em que necessitamos deles. Como exemplo:
quando queremos comprar um livro e podemos fazê-lo através de uma livraria
virtual ou quando uma criança está em idade escolar, e não há escola no bairro
em que reside (ZANELLI; BASTOS, 2004).
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Avançando na história, podemos relembrar a forma de organização do
trabalho que prevalecia na Idade Média, quando parte da população já vivia em
cidades (urbes) e as pessoas realizavam trabalhos artesanais, criando produtos
e serviços que ofereciam à população, muitas vezes na base de troca. Como
exemplo: tecelagem, ferramentaria, carpintaria etc. A partir da Revolução
Industrial, já no século XIX, surgiram as organizações de trabalho formais –
indústrias, com foco na produção de bens, de forma automatizada e em grande
quantidade.
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demonstra como as pessoas e grupos estabelecem relações estáveis de
interdependência, previsibilidade e hierarquia (ROBBINS, 2002; GRIFFIN;
MOORHEAD, 2015; LOIOLA et al., 2004).
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Nesse exemplo, estão expostos dois tipos de organograma:
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O modelo mostra ainda uma tendência à centralização, pois a autoridade
para tomada de decisão está concentrada no topo da hierarquia, seguindo a
cadeia de comando. Finalmente, o modelo sugere um alto nível de formalização,
no qual existem regras e procedimentos que determinam como o trabalho deve
ser realizado.
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contrastes entre as diferentes formas que a estrutura organizacional pode tomar
e suas implicações práticas.
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Dessa forma, é possível compreender a diversidade cultural e suas
manifestações através da arte (música, pintura, escultura, cinema, teatro) ou
expressão de religiosidade, por exemplo. Basta pensarmos em nosso país, onde
podemos identificar diferentes características culturais em cada região ou
estado, traduzindo de certa forma um sentido de identidade e compartilhamento
de valores, preferências e códigos de conduta.
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A discussão sobre cultura, que fizemos anteriormente, pode nos servir de
base para a compreensão do significado da cultura organizacional, pois a
podemos transpor de um contexto social geral para o contexto específico das
organizações. Embora não haja consenso entre os estudiosos acerca de uma
única definição, um dos mais citados autores nesse campo é Schein (2009, apud
SILVA; ZANELLI; TOLFO, 2013, p. 229), que definiu cultura organizacional
como: “um conjunto de pressupostos básicos compartilhados, que foi aprendido
por um grupo pioneiro de pessoas (grupo fundador) por meio do enfrentamento
de problemas referentes à adaptação externa e à integração interna”.
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2. crenças e valores esposados e racionalizados, expressos através de
estratégias, metas, filosofias; e
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Valores e crenças: fatores ou aspectos envolvidos no negócio, que são
baseados em crenças que a empresa declara valorizar, cuidar e preservar.
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Assim, o clima organizacional retrata a percepção dos colaboradores em
relação a aspectos de gestão presentes na organização. Portanto, pode ser
considerado como parte da cultura organizacional, porém não são sinônimos. A
diferenciação conceitual é importante, pois a cultura é um aspecto mais profundo
e complexo do que o clima organizacional.
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Em última instância, podemos entender que cada organização possui o
seu “jeito de ser”, sua “personalidade”, sua forma de lidar com a realidade, seja
ela interna ou externa, em torno da qual cria a sua imagem e busca realizar os
seus objetivos. Assim, a cultura organizacional é imprescindível como tema de
estudo da Psicologia Organizacional e do Trabalho, pois permeia os fenômenos
organizacionais em todos os níveis, das pessoas, dos grupos e da organização
como um todo.
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Essas funções são exercidas e reforçadas a partir da difusão de
elementos da cultura, através de: cerimônias – eventos especiais nos quais os
membros da organização celebram os mitos, heróis e símbolos da empresa; ritos
– que delimitam as diversas fases de desenvolvimento dos colaboradores dentro
da organização, como integração e promoção; rituais – eventos que se repetem
ao longo do tempo, como o café da manhã comunitário ou reunião mensal dos
acionistas; histórias – são relatos de eventos passados que são transmitidos
continuamente e, de certa forma, passam a servir de exemplo concreto para
ação no presente; símbolos – podem ser objetos, ações ou eventos aos quais
as pessoas atribuem significados especiais, como um logotipo, uma bandeira.
Eles representam uma associação consciente ou inconsciente com algum
conceito ou significado mais amplo.
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disseminada, os canais formais de comunicação e relacionamento são abertos,
há incentivo à criatividade e à mudança. Os diferentes estilos podem ser
traduzidos através das políticas e práticas de gestão de pessoas, por exemplo.
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A diversidade pode ser considerada sob diferentes aspectos: cultural,
racial, social, de gênero ou geracional, dentre outros. Cada um desses aspectos
tem características específicas. Atualmente, há consenso sobre a necessidade
de que todo tipo de diversidade deve ser respeitado em qualquer ambiente.
Nossa discussão tem foco no ambiente organizacional.
Portanto, a forma como uma organização vai lidar com a diversidade está
intimamente ligada à sua cultura, envolvendo seus valores e crenças, objetivos
e seus desdobramentos no estilo e processos de gestão de pessoas, por
exemplo.
Psicodrama Organizacional
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Esse método possibilita o trabalhar conjuntamente, o falar e o agir dos
indivíduos, em busca de respostas adequadas, identificando e solucionando
conflitos. Busca-se um equilíbrio entre resultado/satisfação com o objetivo de
oferecer um bom ambiente de trabalho, boas relações, facilitar a junção
operacional e comportamental pela percepção das facilidades e dificuldades
individuais e da equipe com a qual trabalha. Com o psicodrama organizacional
é possível buscar ações para que a divisão de poder, o compartilhamento das
decisões e a maturidade na liderança despertem o comprometimento da equipe.
Jogos Psicodramáticos
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Os jogos psicodramáticos ou também chamados jogos dramáticos são um
dos recursos mais utilizados nas sessões de Psicodrama, principalmente quando
aplicado nas organizações. A diferença existente entre os jogos dramáticos e
outros tipos de jogos, de acordo com Monteiro (1994), está principalmente no
contexto em que ocorre, o contexto dramático, enquanto outros tipos de jogos
acontecem em outros campos de ação, como o futebol ou o xadrez.
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Segundo Dartner (1995), foi por volta da década de 50 que, nos Estados
Unidos, os jogos foram utilizados como recurso de treinamento para executivos
da área financeira. Com eles foi possível realizar simulações e visualizar
estratégias de soluções de problemas, indo além da previsão de
situações/acontecimentos. Na década de 80 foi que os jogos começaram a fazer
sucesso nas empresas brasileiras.
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O jogo nos devolve, na sua intensidade, uma fascinante energia que nos
possibilita ir e vir, trocar e transformar, promovendo a descoberta, o encontro do
homem consigo mesmo, com os outros e com o Universo. (MONTEIRO, 1994,
p. 19). O jogo dramático, segundo Dartner (1995), possibilita ainda a
manifestação de estereótipos, de conservas culturais, de modelos cristalizados
que impedem a expressão da espontaneidade e da criatividade e, além de
revelar e desvelar esse mesmo jogo, também contribui com o processo de
transformação e de mudanças desses mesmos fenômenos.
Convém destacar que a tomada de consciência do funcionamento, tanto
individual quanto grupal, pode ser facilitado com o uso dos jogos dramáticos no
contexto organizacional. Porém, para que sejam aplicados de maneira
adequada, deve-se respeitar e [...] avaliar cada indivíduo e o seu
desenvolvimento na dinâmica grupal [...] .(YOZO, 1996, p. 26).
Yozo (1996) apresenta um esquema sobre jogos baseados na matriz de
identidade, com quatro fases distintas que devem ser respeitadas quando da
aplicação dos jogos, ou seja, o autor argumenta que existe um movimento lógico
na dinâmica grupal no qual devem ser adaptados os jogos:
A primeira é definida como EU-COMIGO: nessa etapa localiza-se
e identifica-se num grupo: quem sou, como estou, como me sinto; diz respeito à
primeira fase da Matriz (Identidade do Eu).
A segunda é chamada de EU E O OUTRO: a partir do momento
em que se identifica, começa a identificar o outro: quem é o outro, como me
aproximo, como me sinto. Diretamente relacionado à segunda fase da matriz
(Reconhecimento do Eu) . (YOZO, 1996, p. 27).
A terceira é conhecida como EU COM O OUTRO: essa etapa está
relacionada à terceira fase da matriz de identidade (Reconhecimento do Tu).
Aqui se procura perceber o outro: como ele é, como pensa, sente, e percebe,
além do que sente e pensa em relação a mim e vice-versa.
A quarta é denominada EU COM TODOS: após desenvolver a
percepção de si mesmo e do outro, amplia esta percepção frente ao grupo,
estabelecendo relação com todos, em busca de identidade e coesão grupal .
(YOZO, 1996, p. 27).
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Utilizando-se os jogos em sintonia com essas fases, é possível mobilizar
as pessoas para a tomada de consciência de seu funcionamento, e dos outros
membros do grupo, além de contribuir para que identifiquem comportamentos
favoráveis ou desfavoráveis a um relacionamento mais harmônico no ambiente
em que estiverem inseridas.
Inversão de papéis
Por exemplo, quando é realizada entre pai e filho. Esta técnica é, portanto,
ideal quando as pessoas se encontram no mesmo terreno psicológico e social,
sendo elas, casais, pais e filhos, pessoas que trabalham juntas. Moreno também
recomenda a utilização da inversão de papeis quando há um distanciamento
social ou cultural grande no grupo.
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Role-Playing
O role playing pode ser usado como técnica para a exploração e para a
expansão do eu num universo desconhecido. (Moreno, 1983). Consiste em pedir
a pessoa para representar um papel diferente do seu na vida real permitindo que
ela amplie seu campo de visão frente a novas situações. Pode ser realizado
várias vezes e tem como objetivo aperfeiçoar o entendimento sobre o
tema/situação.
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Contudo, o Role Playing é atribuição ao Sociodrama, pois dentro de cada
grupo existem vários tipos de papéis sociais, trazida por seus próprios membros
do grupo. A representação de cada papel é posteriormente analisada e discutida
no grupo; como também são realizadas as trocas de papéis na dramatização em
cena pelo protagonista. (DRUMMOND; SOUZA, 2008). Aposta-se na
possibilidade do protagonista atuar dramaticamente em diversos papéis
observado por vários ângulos, no qual pode desenvolver um novo papel, sendo
mais espontâneo e criativo.
Além do mais, essa técnica pode ser utilizada para trabalhar e treinar
diversos papéis dos mais variados dentro do grupo, como por exemplo: papel de
professor, aluno, diretor, colaborador, gestor, gerente, lideres de empresas, pai,
mãe, filho, esposa, esposo, medico e paciente. (GONÇALVES; WOLFF;
ALMEIDA, 1988).
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A partir da ação dramática o próprio grupo cria através de pequenas
histórias, o engajamento da construção da cena como: o cenário, o enredo, a
escolha dos personagens, a situação problema, o reconhecimento do cenário,
tudo isso faz com que o grupo vivencie esses momentos de trabalho conjunto,
em um ambiente, observado e aquecido para a análise dos processos do próprio
grupo. Além disso, é importante observar que as equipes reconhecem as
semelhanças entre a construção das cenas e algumas reuniões de trabalho
vivenciadas. (MONTEIRO, 2014).
REFERÊNCIAS
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DRUMMOND, Juceli. e SOUZA, Andréia Claudia. Sociodrama nas
Organizações. São Paulo: Ágora, 2008.
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PEREIRA, N. A. F.; PIMENTEL, R.; KATO, H. T. Expatriação e estratégia
internacional: o papel da família como fator de equilíbrio na adaptação do
expatriado. Rev. adm. contemp., Curitiba, v. 9, n. 4, p. 53-71, dez. 2005.
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