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Artigo Original
Como citar: Valverde, A. A., Araújo, C. R. S., Magalhães, L. C., & Cardoso, A. A. (2020). Relação entre
integração visomotora e destreza manual em crianças com transtorno do desenvolvimento da
coordenação. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional. 28(3), 890-899. https://doi.org/10.4322/2526-
8910.ctoAO1999
Resumo
O objetivo deste estudo foi examinar as habilidades de integração visomotora e destreza
manual em crianças com Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC).
Estudo descritivo transversal com 22 crianças de 7 a 11 anos com TDC, avaliadas com
o Developmental Coordination Disorder Questionnaire (DCDQ-Brasil), Movement
Assessment Battery for Children Second Edition (MABC-2) e Beery-Buktenica
Developmental Test of Visual-Motor Integration Sixth Edition (VMI). A amostra contou
com 4 meninas e 18 meninos. Considerando o percentil 25 no VMI como ponto de
corte, 12 crianças apresentaram desempenho abaixo da média no domínio integração
visomotora, 13 no domínio visual e 19 no domínio de coordenação motora.
Foi observada correlação significativa entre o percentil de destreza motora e o percentil
total do MABC-2, mas não entre os escores do MABC-2 e os diferentes domínios
avaliados com o VMI. Os resultados sugerem que é necessário e importante o uso
combinado de testes para melhor avaliação das crianças com TDC, a fim de detectar
suas possíveis dificuldades na integração visomotora e destreza manual e suas
implicações no desempenho de tarefas funcionais das crianças no dia a dia.
Palavras-chave: Criança, Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação,
Destreza Motora, Escrita Manual, Terapia Ocupacional.
Abstract
This study aimed to examine the visual-motor integration and manual dexterity skills
in children with Developmental Coordination Disorder (DCD). A cross-sectional
descriptive study of 22 children aged 7 to 11 years old with DCD, assessed with the
Recebido em Ago. 19, 2019; 1a Revisão em Dez. 11, 2019; 2a Revisão em Fev. 19, 2020; Aceito em Jun. 03, 2020.
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso,
distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado.
Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 28(3), 890-899, 2020 | https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1999 890
Relação entre integração visomotora e destreza manual em crianças com transtorno do desenvolvimento da coordenação
1 Introdução
O indivíduo está constantemente interagindo com o ambiente e com alguma tarefa,
e isto frequentemente resulta em aquisições e aprimoramento de diferentes habilidades.
Para obtenção de sucesso na realização de movimentos em cada tarefa, são necessárias
precisão e eficácia durante o processo, sendo que diversas tarefas diárias requerem
habilidades motoras básicas (Coutinho et al., 2011). Se a demanda motora que a tarefa
exige é suprida, novas conquistas motoras podem ser desencadeadas por meio de
adaptações necessárias à tarefa, mas se as habilidades são falhas, a tarefa pode não ser
concluída ou ser concluída de forma não satisfatória para o indivíduo e/ou contexto
(Coutinho et al., 2011). No dia a dia das crianças, geralmente, essa demanda aparece
fortemente na escola, sendo que as habilidades requeridas em sala de aula influenciam
diretamente no desempenho acadêmico, além de outras habilidades motoras e de
interação social que também são necessárias para a criança participar em brincadeiras
durante o recreio e a educação física.
Atividades rotineiras, como vestir-se, alimentar-se, autocuidado, brincar e escrever,
são muitas vezes prejudicadas pelas dificuldades que as crianças com Transtorno do
Desenvolvimento da Coordenação (TDC) enfrentam por não terem aprendido
habilidades motoras fundamentais, necessárias para o desempenho dessas tarefas, mesmo
com a presença de bom nível cognitivo e com a ausência de outras condições de saúde
como paralisia cerebral, hemiplegia ou distrofia muscular, por exemplo (Ibana &
Caçola, 2016). Essas dificuldades, muitas vezes, estão relacionadas aos deficits na
coordenação visomotora e destreza manual. A destreza manual está relacionada à
agilidade e precisão dos movimentos das mãos e dedos (Magalhães et al., 2011), ou seja,
ela constitui a base do manuseio de objetos por meio de movimentos globais da mão
(Bazo, 2014). Já a coordenação ou integração visomotora corresponde ao grau de
coordenação entre a percepção visual e os movimentos das mãos e dos dedos ao executar
alguma tarefa (Magalhães et al., 2011; Beery & Beery, 2010).
2 Método
Estudo descritivo de corte transversal que contou com participantes de um ensaio
clínico randomizado com o objetivo principal de analisar a eficácia de dois protocolos de
terapia ocupacional no desempenho ocupacional e na participação de crianças com TDC.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Federal de
Minas Gerais – COEP/UFMG (Parecer 1.520.296) – e tem protocolo do estudo
registrado pelo United States Institutes of Health, na plataforma ClinicalTrials.gov. Os pais
ou responsáveis das crianças foram esclarecidos sobre os objetivos do estudo e autorizaram
sua participação, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Como a pesquisa foi voltada a crianças de 7 a 12 anos, também receberam esclarecimentos
e assinaram o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE).
2.1 Participantes
A seleção dos participantes da pesquisa foi realizada por meio de busca ativa na lista
de espera dos Laboratórios IDEIA – Investigação e Intervenção no Desenvolvimento na
Infância e Adolescência, da UFMG, reportagens veiculadas nas mídias sociais, contato
com outros laboratórios de atendimento ao público e pesquisa dentro da universidade,
contato com terapeutas ocupacionais com atuação na área infantil e convite a escolas de
ensino fundamental da cidade. Os critérios de inclusão do estudo foram definidos de
acordo com os quatro critérios diagnósticos para o TDC descritos no Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) (American Psychiatry
Association, 2014). As crianças foram avaliadas nesta sequência seguindo os critérios de
inclusão: (1) crianças com idade entre 7 e 12 anos; (2) sem diagnóstico de transtorno do
espectro do autismo ou sinais de lesão neurológica ou doenças neuromusculares que
afetam os movimentos; que (3) apresentaram escore abaixo do esperado para a idade em
teste padronizado de coordenação motora e desempenho abaixo do esperado para a idade
cronológica nas AVD que exigem coordenação motora, considerando as oportunidades
de aprendizado, que foram selecionadas por meio das avaliações de coordenação motora
e habilidades de aprendizado; e eram (4) crianças matriculadas no ensino regular e sem
evidências de atraso acentuado de acordo com relato dos pais e professores, com
desenvolvimento cognitivo dentro do esperado para a idade cronológica.
Os critérios de exclusão foram: não completar o processo de avaliação de baseline
para entrada na divisão aleatorizada para o ensaio clínico; ter diagnóstico combinado de
transtorno opositivo desafiador. As crianças que iniciaram o processo de seleção, mas
que não alcançaram todos os critérios de inclusão foram encaminhadas para outros
serviços de saúde mais adequados às suas necessidades.
mais utilizados em pesquisa para identificação de TDC, podendo ser utilizado por
profissionais de diversas áreas para esta finalidade (Santos et al., 2017). Recentemente,
esse teste foi traduzido e utilizado em crianças da região sul do Brasil em estudo inicial
de validação para nossa população (Valentini et al., 2014). O MABC-2 tem dois
protocolos, o “teste motor” e a “lista de checagem”, mas neste estudo foi utilizado apenas
o teste motor para avaliação do desempenho motor da amostra. O MABC-2 é útil para
informar se a criança atinge o critério “A” para identificação do TDC (American
Psychiatry Association, 2014). A observação direta do desempenho de crianças de
3 a 16 anos é feita em 8 tarefas nas áreas de destreza manual, habilidades com bola e
equilíbrio dinâmico e estático, e quanto maior o escore total no teste, melhor o nível de
desempenho (Henderson et al., 2007). Os pontos de corte para inclusão da criança neste
estudo foram: TDC severo, pontuação menor ou igual ao quinto percentil; TDC
moderado, pontuação do sexto ao 15º percentil (Smits-Engelsman et al., 2015).
Considerando as recomendações de Smits-Engelsman et al. (2015), para diagnóstico de
TDC a criança deveria ser pontuada abaixo do ponto de corte do DCDQ combinado
com o percentil do MABC-2.
Em seguida, as crianças realizaram o Beery-Buktenica Developmental Test of
Visual-Motor Integration 6ª edição (VMI) (Beery & Beery, 2010), que é um teste
padronizado de cópia de formas geométricas, com o uso de papel e lápis, para
verificar o nível de integração dos sistemas visuais e motores. O VMI tem bons
índices de reprodutibilidade das medidas e confiabilidade interexaminador, que
para o grupo normativo infantil é de 0,93 (Pfeiffer et al., 2015). O teste é
composto por três partes: integração visomotora, percepção visual e coordenação
motora. A realização do teste pela criança demanda de 15 a 25 minutos e sua
pontuação está baseada na correção de cada figura, conforme os critérios de
aprovação ou reprovação estabelecidos (Beery & Beery, 2010). O VMI é
comumente utilizado por terapeutas ocupacionais no processo de avaliação da
legibilidade da escrita e desempenho em atividades escolares, visando avaliar a
capacidade de o indivíduo coordenar a visão com as habilidades motoras das mãos
e dedos (Pfeiffer et al., 2015). O VMI pode ser utilizado em qualquer país, pois é
relativamente independente de questões culturais (Pereira et al., 2011). A versão
atual pode ser usada a partir dos 2 anos de idade, em grupo ou individualmente
(Beery & Beery, 2010).
As crianças foram avaliadas por examinadoras externas ao estudo, previamente
treinadas para a aplicação dos testes motores, atendendo ao rigor metodológico que
estudos do tipo ensaio clínico requerem. Os dados das avaliações foram registrados em
banco de dados acessado por senha (planilha Microsoft Excel). Para garantir a
confidencialidade dos participantes, no banco de dados constava apenas o número de
registro de cada um deles, sem nome ou qualquer outra informação de identificação.
Spearman foi usado para analisar a associação entre os itens do MABC-2 e VMI,
com interpretação conforme as recomendações de Portney & Watkins (2015) para
análise da força da associação (0.00 a 0.25 = pouca ou nenhuma relação;
0.25 a 0.50 = relação fraca; 0.50 a 0.75 = relação moderada a boa, e acima de
0.75 = relação boa a forte). Para todas as análises, foi considerado nível de
significância ≤ 0.05.
3 Resultados
Participaram do estudo 22 crianças, amostra de conveniência, sendo 4 (18,2%)
do sexo feminino e 18 (81,8%) do sexo masculino. A idade das crianças variou de
7 a 11 anos, com média de 8,95 (± 1,09). Com relação à condição econômica,
3 crianças (13,6%) foram classificadas na Classe A, 5 (22,7%) na Classe B1,
8 (36,4%) na Classe B2, 5 (22,7%) na Classe C1 e apenas 1 (4,5%) na Classe C2,
sendo que a “Classe A” significa nível econômico mais alto e a “Classe C”
corresponde à classe média baixa.
A Tabela 1 apresenta a média de desempenho das crianças nos itens de destreza
manual e no escore total do MABC-2 e no VMI.
Tabela 1. Desempenho das crianças (n=22) no MABC-2 e VMI. Belo Horizonte, 2017.
Teste Item Média ± Desvio padrão
Colocando pinos (mão preferida)* 29,32 ± 10,48
Colocando pinos (mão não preferida)* 32,35 ± 14,44
Alinhavo* 35,76 ± 15,58
MABC-2 Desenho de trilha¥ 1,67 ± 2,08
Escore Destreza manual 18,88 ± 6,08
Percentil Destreza manual 12,41 ± 14,35
Percentil total MABC-2 3,64 ± 2,57
Visomotora bruto£ 16,32 ± 2,93
Visomotora percentil 27,00 ± 23,03
Percepção Visual bruto£ 18,41 ± 2,65
VMI
Percepção Visual percentil 32,50 ± 26,48
Coordenação Motora bruto£ 14,68 ± 3,12
Coordenação Motora percentil 11,23 ± 12,68
Nota: * Tempo para completar a tarefa, em segundos; ¥ número de erros; £ número de acertos.
Tabela 2. Correlação entre a pontuação nos itens do MABC-2 e VMI. Belo Horizonte, 2017.
MABC – VMI – percentil VMI – percentil VMI – percentil
percentil total visomotor visual motor
MABC – percentil destreza 0,735** 0,139 -0,174 0,035
MABC-2 - percentil total 0,239 -0,047 -0,125
VMI – percentil visomotor 0,174 0,384
VMI – percentil visual 0,219
Nota: ** p<0,001.
4 Discussão
No presente estudo, examinamos as habilidades de integração visomotora,
percepção visual, coordenação motora e destreza manual em crianças com
Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação, usando como instrumentos de
avaliação o MABC-2 (Henderson et al., 2007) e o VMI 6ª edição (Beery & Beery,
2010). A força da associação entre o MABC-2 e o VMI foi considerada fraca ou
inexistente em todas as áreas avaliadas, apesar de ambos analisarem o mesmo
constructo, a coordenação motora fina da criança.
Considerando o percentil das diferentes áreas avaliadas pelo VMI, o desempenho médio
das crianças da amostra ficou abaixo da média (percentil 25) em todas as áreas do instrumento,
o que sugere que, de maneira geral, crianças com TDC apresentam baixo desempenho
visomotor. Esse dado é consistente com Waelvelde et al. (2004), que reportam que o baixo
desempenho na tarefa de cópia do VMI é bastante frequente em crianças que apresentam
TDC. De acordo com Prunty et al. (2016), crianças diagnosticadas com TDC apresentam
dificuldades significativas no desempenho de tarefas que requerem esse tipo de habilidade,
sendo que os problemas no desempenho são mais visíveis diante de tarefas que requerem
velocidade, como a escrita. Valentini et al. (2012) comentam que, independentemente do sexo
e da idade, as maiores dificuldades apresentadas pelas crianças com TDC avaliadas em seu
estudo foram em tarefas que envolviam destreza manual, dificuldade esta que tende a se agravar
durante o período escolar (Valentini et al., 2012).
Foi observada correlação significativa entre o percentil de destreza motora e o
percentil total do MABC-2, o que é esperado, pois a destreza manual representa um
aspecto do construto coordenação motora medido pelo MABC-2, o que também
confirma a validade de constructo deste teste. Quando se considera a correlação entre os
escores do MABC-2 e as diferentes áreas do VMI, não se observou correlação
significativa. Isso sugere que os testes avaliam aspectos diferentes de função motora e
que devem ser utilizados de maneira complementar na avaliação de crianças com TDC.
Segundo Prunty et al. (2016), os testes de integração visomotora e percepção visual não
parecem ser sensíveis ao baixo desempenho em tarefas que exigem coordenação motora
fina, como a escrita, em crianças com TDC. O teste VMI visa a identificar dificuldades
com a integração visomotora, indicar necessidade de tratamento, avaliar a eficácia da
intervenção adotada e auxiliar como ferramenta de pesquisa, mas não se sabe se o teste
prediz dificuldades de escrita em crianças com TDC, o que deve ser o foco de pesquisas
futuras com esta população (Prunty et al., 2016). Apesar de suas limitações, o VMI
ainda é um teste útil para uso com essa população, uma vez que não existem, no Brasil,
instrumentos padronizados de avaliação de dificuldades de escrita.
5 Conclusão
Os resultados do presente estudo indicaram que não houve correlação entre
MABC-2 e VMI, apontando a necessidade de avaliar tanto a coordenação motora
global, incluindo a destreza manual, quanto a integração visomotora e a percepção
visual. É válido ressaltar que integração visomotora pode não ser o componente
principal associado às dificuldades de destreza manual em algumas crianças, desta
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Fonte de Financiamento
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas
Gerais –FAPEMIG.