Apostila Qumica 2 Ano

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 22

2020

Química – 2º Ano

Prof. Vinicius Giglio


IFFar - San
Apostila de Quimica – 2º Ano 1

Orientações Gerais:
Caro estudante,

Este material será norteador para o aprendizado dos conteúdos deste ano, e usaremos ferramentas on-line para concretizar o
aprendizado, principalmente o Sigaa, E-mail institucional, Google sala de aula e Youtube. Para o e-mail institucional siga o tutorial
disponível em http://abre.ai/tutorialemailinstitucional. Com o e-mail institucional criado, mude o e-mail pessoal do sigaa para o
institucional, o tutorial para o procedimento está no link acima. Para entrar na sala de aula do Google sala de aula:

Entre no Site: https://classroom.google.com e siga as instruções do professor. Utilize o e-mail institucional. Você pode baixar no celular
pelo Google Play ou AppStore também.
No e-mail.... Na Google Play no celular Na AppStore
No computador, entre pelo endereço ou pelos aplicativos no seu próprio
e-mail institucional

 O Meet pode ser encontrado aqui e pode


ser instalado no celular também.

Quando estiver usando o Meet, dê preferência ao navegador Chrome. Para agilizar as aulas, instale a extensão para o Chrome
(http://abre.ai/nodreactions). ➔ Procure por este símbolo no seu e-mail institucional, ali se encontra todos os aplicativos do Google,
tais como o Meet, Google Sala de Aula e o Drive.

Mensagem de boas-vindas!
Nossas aulas de Ensino Remoto já começaram. Iniciaremos os encontros virtualmente, cujo afastamento é
necessário no combate ao COVID-19. Vivemos, portanto, uma experiência nova, diferente e invertida, uma vez que a sala de
aula hoje é um cantinho da casa de cada aluno; os professores conversam e organizam à distância as atividades curriculares
de uma forma inovadora; e a escola, como um todo, se envolve nessas ações procurando fazer o melhor para que o processo
ensino-aprendizagem aconteça, com o acompanhamento dos pais e responsáveis.
Do outro lado, também em casa, estamos procurando dar continuidade ao ano letivo, atendendo nossos alunos
pelos instrumentos tecnológicos, que nos possibilitam desenvolver diferentes e variadas atividades curriculares. Nossos
encontros com os educadores estão acontecendo virtualmente em tele reuniões e assim vamos administrando, diariamente,
as ações educacionais sob o comando da Direção e Coordenação Pedagógica. Com compromisso e responsabilidade vamos
vencer mais essa etapa, pois queremos que o processo ensino-aprendizagem não sofra alteração de continuidade. Para isso,
nossa parceria é imprescindível para que tudo dê certo.
Apesar desse momento ser considerado tão difícil para nós, é confortador saber que TODOS estão em casa
procurando viver cada dia com normalidade, principalmente por causa dos nossos entes queridos, sejam crianças ou idosos.
Juntos, vamos procurar, em família, renovar nossas esperanças em dias melhores num futuro próximo e fortalecer os laços
afetivos vivendo mais tempo em nossos lares. Todo sacrifício é válido em prol daqueles a quem amamos.
Enquanto aguardamos a normalidade de nossas vidas, sugiro algumas atividades que possam tornar as aulas e os
dias de estudos em casa, mais agradáveis e produtivos para você. Para tornar mais prático dividimos em 2 etapas.

1ª ETAPA: ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE


Para a rotina de estudo, os estudantes precisam de um ambiente tranquilo e sem muitas distrações, com um cronograma
definido para segui-lo e garantir o aprendizado esperado.
O ambiente deve ficar longe da interferência de tvs, sons ou celulares que possam tirar o foco do estudante;
A cadeira e a mesa devem ser confortáveis e compatíveis com o tamanho do estudante;
Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio
Apostila de Quimica – 2º Ano 2

O local da mesa deve ficar onde penetre luz e não deixe sombra, a ventilação seja agradável e o sinal de wi-fi funcione
bem. Porque a qualidade da internet pode interferir no bom andamento da aula.

2ª ETAPA: RECOMENDAÇÕES PARA O ALUNO


O material escolar deve ser organizado de acordo com a aula do dia e deve ficar no espaço de estudo.
Providencie um fone de ouvido e o uniforme escolar para assistir as aulas ao vivo;
Ligue o computador antes que a aula inicie.
Em seguida, acesse o link do Meet.
Não atrapalhe o professor e os colegas. Enquanto a aula estiver acontecendo, deixe o seu microfone no MUDO. Use-o
apenas quando você precisar falar. Caso contrário, qualquer barulho que você fizer, seja da tecla do computador, da cadeira,
da caneta batendo na mesa, tudo será ouvido pela turma que está com você ao vivo.
É muito importante assistir a aula ao vivo com a sua turma, pois a interação com o professor e com os colegas
é essencial para o processo de aprendizagem. Queremos que essa experiência seja cada dia melhor e contamos com você
para essa nova experiência.
Um abraço do seu professor Vinícius Giglio

Ementa:

Leis Ponderais
Lei da conservação das massas
Lei das proporções constantes
Relações de massas
Unidade de massa atômica (u.)
Massa atômica
Massa molecular
Conceito de mol
Massa molar
Balanceamento de equação química
Estequiometria
Relações Simples
Reações em Sequência
Problemas envolvendo Grau de Pureza
Problemas Envolvendo Rendimento
Problemas envolvendo Pureza e Rendimento
Problemas envolvendo excesso de reagentes
Problemas envolvendo volume de ar
Dispersões
Soluções
Classificações das soluções
Concentração das soluções
Concentração comum
Título ou fração em massa (T)
Concentração em Quantidade de Matéria.
Diluição das soluções
Misturas de soluções
Mistura de duas soluções de solutos diferentes que não reagem entre si
Mistura de duas soluções de solutos diferentes que reagem entre si
Análise volumétrica ou volumetria

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 1

Cinética química
Velocidade das reações químicas
A teoria das colisões
O efeito das várias formas de energia sobre a velocidade das reações químicas
O efeito da concentração dos reagentes na velocidade das reações Químicas
O efeito dos catalisadores nas velocidades das reações químicas
Equilíbrio químico
Estudo geral dos equilíbrios químicos
Constante de equilíbrio
Deslocamento do equilíbrio
Influência das concentrações dos participantes do equilíbrio
Influência da pressão total sobre o sistema
Influência da temperatura
Influência do catalisador
Termoquímica
A energia e as transformações da matéria
Por que as reações químicas liberam ou absorvem calor?
Energia interna
Entalpia
Fatores que influem nas entalpias (ou calores) das reações
Influência das quantidades de reagentes e de produtos
Influência do estado físico dos reagentes e dos produtos da reação
Influência da pressão
Eletroquímica.
Reações de oxi-redução
Conceitos de oxidação, redução, oxidante e redutor
Conceito de número de oxidação (Nox.)
Números de oxidação usuais
Cálculo dos números de oxidação
A pilha de Daniell

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 2

Leis Ponderais
Sistemas de Medidas
Unidades de Medidas: como você mede as quantidades dos itens mostrados na figura abaixo?

A unidade de medida deve ser da


mesma magnitude do objeto medido.

Principais unidades de Medidas e sua origem

Por que a medida exata de 1 quilo


mudou em 2018
Há anos cientistas do Comitê Internacional de Pesos e
Medidas, a mesma associação que armazena e cuida do
IPK, concordaram que era preciso mudar o referencial
para o quilograma de um objeto (cujas características
mudam ao longo do tempo, causando imprecisões) para
um conceito da física (valor que não muda). Dentre os
valores possíveis para ser o referencial do quilograma,
foi escolhida a constante de Planck, que relaciona a
frequência de uma partícula com a sua energia. O
problema é que agora o valor dessa constante precisa
ser calculado com grande precisão, tarefa que está
sendo feita no momento. Equipes distintas apresentarão
seus resultados, com ligeiras (e inevitáveis) diferenças
entre si. Um computador vai reunir esses números e
estabelecer, por meio de complexos modelos
matemáticos, um valor exato para a constante de Planck,
que então será usado para definir o quilograma a partir
de 2018.
Link para matéria:

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/07/27/Por-que-a-medida-exata-de-1-quilo-vai-mudar-em-2018

https://www.bipm.org/en/bipm/mass/ipk/

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 3

Em 1789 o Governo Republicano Francês fez um pedido à Academia de


Ciências da França para que criasse um sistema de medidas baseadas em uma
constante não arbitrária. Após esse pedido, em 25 de junho de 1792, um grupo
de investigadores franceses, composto de físicos, astrônomos e agrimensores,
deu início a esta tarefa, definindo assim que a unidade de comprimento metro
deveria corresponder a uma determinada fracção da circunferência da Terra
(1/40.000.000, ou 1 metro e 1,8 mm) e correspondente também a um intervalo
de graus do meridiano terrestre, o que resultou num protótipo internacional em
platina iridiada, ainda hoje conservado no Escritório Internacional de Pesos e
Medidas (Bureau international des poids et mesures), na França, e que constitui o
metro-padrão.

A medida definida por convenção, com base nas dimensões da Terra, equivale
à décima milionésima parte do quadrante de um meridiano terrestre, com a crescente
demanda de mais precisão do referencial e possibilidade de sua reprodução mais
imediata, levou os parâmetros da unidade básica a serem reproduzidos em laboratório
e comparados a outro valor constante no universo, que é a velocidade de propagação
eletromagnética. Assim sendo, a décima milionésima parte do quadrante de um
meridiano terrestre, medida em laboratório, corresponde ao espaço linear percorrido
pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo correspondente a 1/299.792.458 de
segundo, e que continua sendo o metro padrão.

Tamanho de objetos e suas medidas

Essas medidas são extremamente pequenas para serem manuseáveis em


laboratórios. Assim, os químicos desenvolveram outras unidades de medidas e
grandezas específicas. São três grandezas básicas, com as quais os químicos trabalham:
massa, volume e numerosidade, que são propriedades inerentes da matéria. As
grandezas, massa e volume, você já conhece e certamente, agora, deve estar se
perguntando: O que é numerosidade?

Frutas, por exemplo, podem ser vendidas medindo-se quantidades de massa, volume ou unidades. Assim, você pode
comprar um quilo de maçãs, um litro de jabuticabas ou uma dúzia de laranjas. Também são vendidos, por unidades vários
outros produtos – geralmente sólidos de tamanhos regulares –, como ovos, tijolos e lápis. A grandeza a que nos referimos,
nesses casos, é a numerosidade, a qual se refere à quantidade em termos de números de espécies ou entidades (ovo, tijolo,
lápis etc.). Essa grandeza foi criada pelos químicos, pois eles precisam medir a quantidade de entidades existentes na
matéria que são partículas muito pequenas, como os átomos.

Mas nem sempre a numerosidade é uma grandeza


apropriada. Imagine uma pessoa querer comprar feijão
usando essa grandeza!

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 4

LEIS PONDERAIS
Lei da conservação das massas

Lavoisier formulou essa lei depois de realizar uma experiência com óxido de mercúrio (reagente), o
qual, antes de ser submetido a aquecimento, teve sua massa determinada quando colocado em um
sistema fechado; mediante o aquecimento desse reagente, Lavoisier obteve mercúrio e oxigênio
(produtos), que, ao final da reação, também tiveram suas massas identificadas.

Lei das proporções constantes


Em 1799, Joseph Louis Proust, analisando várias substâncias, descobriu que a proporção com que cada elemento entra na
formação de determinada substância ou composição em massa era constante, independentemente de seu processo de
obtenção. Considere os dados obtidos na reação de síntese da água. Na tabela 1, são apresentados os resultados de quatro
experimentos; cada um deles com diferentes massas de reagentes.

Analise os dados obtidos, procurando identificar alguma regularidade na Tabela 2.

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 5

Lei de Lavoisier ou Lei de Proust ou


Lei da Conservação da Massa Lei das Proporções Definidas
‘Numa reação química isolada a massa do reagente Numa reação química a proporção entre as massas dos
deve ser igual a massa do produto da reação’ reagentes é produtos é sempre constante

1. Analise a tabela abaixo e, em seguida, responda às 5. O ferro e o enxofre reagem segundo a lei de
questões: Proust, na proporção de 56 g de Fe para 32 g de S.
Responda qual a massa de enxofre necessária se
forem colocadas para reagir 20 g de Fe?

Qual é a massa de A necessária para reagir com 14,65 g


de B? Quais são os valores de X, Z e T?
6. Identifique x, y e z no quadro abaixo:
EXPERIÊNCIAS N2 + 3 H2 ➔ 2 NH3
1º EXPERIÊNCIA 112 g Xg 136 g
2º EXPERIÊNCIA Yg 120 g Zg
2. 5,4g de uma substância “A” reagiram com 7,6 g de
uma substância “B” para produzir 4,8 g de substância
“C” e “X g de substância “D”. Qual o valor de “X”?

7. Sirva-se da lei de Proust para completar o quadro


3. 8g de A reagiram com 12 g de B para produzir “X” g
abaixo:
de C e 0,43 g de hidrogênio. Qual é o valor de X?
A + B ➔ C + D
98g 78g 34g ............
49g .............. .............. 71g
............. 7,09g 3,09g 12,09g
4. A queima do carvão pode ser representada pela
equação:
carvão + oxigênio ➔ gás carbônico
8. Os pratos A e B de uma
Sabendo-se que 12 g de carvão reagem exatamente com balança foram
32 g de oxigênio, pergunta-se: equilibrados com um
pedaço de papel em cada
a) Qual a massa de gás carbônico produzida na reação? prato e efetuou-se a combustão apenas do
material contido no prato A. Esse procedimento
foi repetido com palha de aço em lugar de papel.
Após cada combustão, observou-se:
b) Qual a razão entre a massa de carvão e a de oxigênio
que reagiram?

c) Se reagirmos 20 g de carvão com 32 g de oxigênio, qual


será a quantidade de gás carbônico produzido?

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 6

RELAÇÕES DE MASSA
Unidade de massa atômica (u)
Atualmente, nossa escala de massas atômicas está baseada no isótopo mais comum do carbono, com número de massa
igual a 12 (12C), ao qual foi atribuída exatamente a massa de 12 unidades de massa atômica (u).
Vamos supor que existisse uma “balança
imaginária” com sensibilidade suficiente
para pesar um único átomo. Vamos
supor, ainda, que fosse possível efetuar a
seguinte pesagem:

Massa atômica é a massa do átomo medida em


unidades de massa atômica (u).

As massas atômicas dos diferentes átomos podem ser determinadas experimentalmente com grande precisão, usando
um aparelho denominado espectrômetro de massa.

Massa atômica de um elemento


A massa atômica de um elemento é a média ponderada das massas atômicas de seus isótopos. Vejamos como se calcula a
massa atômica do elemento neônio, que é constituído de três isótopos.
Como calcular

Massa molecular
É a soma das massas atômicas dos átomos que constituem as moléculas. Vejamos alguns exemplos:

C5H10 (massas atômicas: H = 1 u; O = 16 u; C = 12 u)

CO2

C2H5OH NaCℓ

Massa molecular é a massa da molécula


medida em unidades de massa atômica (u).

9. Qual a diferença entre massa atômica e número de massa?

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 7

10. O elemento químico lítio é formado na natureza por 7,8% de 6Li e 92,2% de 7Li. Qual é o valor aproximado de sua
massa atômica?

11. A massa molecular da água comum (H2O) é 18 u e a da água pesada ou deuterada (D2O) é 20 u. Essa diferença
ocorre porque os átomos de hidrogênio e de deutério apresentam:

a) número de nêutrons diferentes.


b) mesmo número de prótons.
c) número de oxidações diferentes.
d) mesmo número de massa.
e) número de elétrons diferentes.

12. Calcule as massas moleculares das seguintes substâncias:

a) C2H6

b) SO2

c) CaCO3

d) NaHSO4

CONCEITO DE MOL Como contar a quantidade de grãos de arroz


existentes num saco de 5 kg? Inicialmente contamos
certa quantidade de grãos e determinamos sua
Constante de Avogadro ou número de Avogadro
massa. A seguir estabelecemos uma relação entre a
massa dessa quantidade fixa e a massa do arroz
contida no saco.

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 8

DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE
DE SUBSTÂNCIA = NÚMERO DE MOL
É a relação entre a massa (m) de uma amostra de substância e sua massa
molar (M).

Conhecendo o número de mol, podemos estabelecer uma relação entre a


massa (g) e o número de partículas.

MASSA MOLAR (M) e VOLUME MOLAR

Massa molar (M) de uma substância é a massa de um mol dela

A massa molar de uma substância é numericamente igual à sua massa molecular, mas difere em unidade: a massa molar
é dada em gramas por mol (g mol-1) e a massa molecular é dada em unidade de massa atômica (u).
Elemento químico Massa Molecular Massa de 6,02 · 1023nátomos Massa de um átomo
Carbono (C) 12,0 u 12,0 g 19,9 ⋅ 10–24 g
Hidrogênio (H) 1,0 u 1,0 g 1,66 ⋅ 10–24 g
Hélio (He) 4,0 u 4,0 g 6,6 ⋅ 10–24 g
Magnésio (Mg) 24,3 u 24,3 g 40,3 ⋅ 10–24 g
Mercúrio (Hg) 200,6 u 200,6 g 332 ⋅ 10–24 g

Volume molar (Vm) é o volume ocupado por um mol de entidades elementares de uma substância

O volume molar (Vm) de qualquer gás nas CNTP é igual a 22,71 L/mol

Observe que o valor de 22,71 L, para volume molar, é obtido considerando-se as CNTP, como a pressão de cem mil pascals (100 000 Pa) e a temperatura
igual a 273,15 kelvin (0°C). Você encontrará livros e questões de vestibulares antigos que, no entanto, apresentam o volume molar como 22,4 L, por
considerar a antiga definição de pressão-padrão nas CNTP igual a 1 atm (101 325 Pa).
Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio
Apostila de Quimica – 2º Ano 9

Para não errar:

13. Quais são os fatores que interferem no volume molar de um gás?

14. Anfetamina ou benzedrina (C9H11NH2) é uma droga que provoca dependência química. A partir da fórmula
molecular, dê a massa molecular e a massa molar.

15. Dadas as afirmações:


I — A unidade de massa atômica pode ser representada por u.
II — A unidade de massa atômica é 1/12 da massa de um átomo de carbono.
III — A unidade de massa atômica é 1/12 da massa do átomo de carbono de número de massa igual a 12.
IV — A massa atômica de um átomo é um número muito próximo de seu número de massa.
São corretas:
a) Todas. b) Nenhuma. c) Somente I, II e III. d) Somente I, II e IV. e) Somente I, III e IV.

16. Considere as seguintes massas atômicas: H = 1; O = 16; N = 14; Aℓ = 27; C = 12; S = 32; Cℓ = 35,5; K = 39
e determine as massas molares das seguintes substâncias:

Determine a massa em gramas de:

17. 0,15 mol de H2SO4 (MM = 98);

18. 2,0 mol de N2 (MM = 28);

19. 2 moléculas de N2 (MM = 28);

20. 7,2 · 1023 moléculas de H2O (MM = 18);

21. 6,0 · 1022 moléculas de NH3 (MM = 17).

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 10

OS COEFICIENTES E A QUANTIDADE DE SUBSTÂNCIA (MOL)


As equações químicas nos mostram a proporção em número de moléculas, segundo a qual as substâncias reagem
e se formam. Entretanto, quando estamos num laboratório ou numa indústria, trabalhamos com quantidades de substância
medidas em massa (g, kg, ton…). Podemos estabelecer uma relação entre essas situações: nível microscópico e nível
macroscópico, respectivamente, dando uma nova interpretação aos coeficientes das equações.

Essa conclusão, de grande


importância, mostra que os coeficientes de
cada substância, numa equação balanceada,
correspondem aos números de mol de cada
um dos participantes. A quantidade de
matéria em mol pode ser expressa em outras
grandezas, tais como: massa em gramas,
volume de gases e, ainda, número de
moléculas.

Determinando quantidades
Usaremos o método da análise dimensional, que se
baseia na conversão sucessiva das quantidades, utilizando fatores
de conversão, até se obter o resultado desejado. Para isso, é
necessário determinar os coeficientes estequiométricos da
equação química. Esse método envolve os passos subsequentes:

22. Lembrando o exemplo da obtenção da amônia, calcule a quantidade de matéria do gás nitrogênio (N 2)
necessária para reagir com 12 mol de gás hidrogênio (H2), formando amônia (NH3).

23. Calcule a massa de cloreto de potássio (KCℓ) obtida a partir da decomposição de 3 mol de clorato de potássio
(KCℓO3), na qual também se forma gás oxigênio (O2).

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 11

24. Calcule a quantidade de matéria de alumínio necessária para se obter 51 g de óxido


de alumínio (Aℓ2O3), sabendo-se que este é formado a partir da reação do alumínio
com o gás oxigênio (O2).

25. Calcule a massa de zinco (Zn) necessária para reagir com 109,5 g de ácido clorídrico (HCℓ), formando cloreto de
zinco (ZnCℓ2) e gás hidrogênio (H2).

26. Calcular o volume de gás carbônico obtido, nas condições normais de pressão e temperatura, por calcinação de
200 g de carbonato de cálcio.

27. Um volume de 15 L de hidrogênio, medido a 0 °C e 750,06 mmHg, reage completamente com cloro. Qual é o
volume de gás clorídrico produzido na mesma temperatura e pressão?

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 12

28. Quantas moléculas de gás carbônico podem ser obtidas pela queima completa de 4,8 g de carbono puro?

Até aqui, trabalhamos com as substâncias admitindo que fossem puras (100% de
pureza). Na prática, isso ocorre apenas na produção de medicamentos ou em análises
químicas muito especiais. Normalmente, trabalhamos com substâncias que apresentam certa
porcentagem de impurezas. A pirita (FeS2), por exemplo, minério que permite a obtenção do
ferro, é encontrada na natureza agregada a pequenas quantidades de níquel, cobalto, ouro e
cobre. O minério de pirita, usado com objetivo industrial, apresenta 92% de pureza, o que
significa que em 100 partes, em massa, desse minério encontramos 92 partes em massa de FeS2 e 8 partes em massa de
outras espécies químicas (impurezas).

Nos cálculos envolvendo essa situação, temos duas possibilidades:

1. Quando for preciso calcular a massa de produto obtido


2. Quando conhecemos a massa de um produto obtido a
a partir de uma amostra impura, devemos inicialmentepartir de uma amostra impura, devemos inicialmente
calcular a parte pura dessa amostra e efetuar os cálculos
determinar a massa do reagente puro necessária para
com o valor obtido. formar a massa do produto. A seguir, relacionamos a
massa do reagente puro com a massa total da amostra.
29. Uma amostra de 120 g de magnésio com 80% de 30. Determine a massa de uma amostra de carbonato de
pureza reage com oxigênio, produzindo óxido de cálcio, com 80% de pureza, que na decomposição
magnésio. Determine a massa de óxido de magnésio térmica produziu 84 g de óxido de cálcio, segundo a
produzida. equação:

Rascunho

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 13

A porcentagem real de rendimento


pode ser determinada desta maneira:
Na prática, quando realizamos uma reação química, mesmo utilizando
quantidades estequiométricas dos reagentes, nem sempre conseguimos obter a
quantidade máxima possível dos produtos. Isso acontece por vários fatores. Assim,
é comum que a reação ocorra com um rendimento real menor que o rendimento
teórico (100%). Para determinar a porcentagem de rendimento real, devemos
determinar antes o rendimento teórico, a partir das quantidades estequiométricas.

31. Sabendo que a formação da água ocorre segundo a equação:

determine o rendimento real de um experimento no qual 2 g de hidrogênio reagiram com 16 g de oxigênio, produzindo
14,4 g de água.

Quando misturamos dois reagentes que não estão em proporção estequiométrica, um deles será consumido totalmente,
sendo denominado reagente limitante. O outro reagente, do qual restará certa quantidade sem reagir, será denominado
reagente em excesso.

Para resolver questões que envolvem reagentes limitantes e em


excesso, podemos seguir as etapas abaixo:

a) considere um dos reagentes como limitante e determine


quanto de produto seria formado;
b) repita o procedimento para o outro reagente;
c) a menor quantidade de produto encontrada corresponde ao
reagente limitante e indica a quantidade de produto formada.

32. Foram misturados 40 g de hidrogênio (H2) com 40 g de oxigênio (O2), com a finalidade de produzir água, segundo a
equação:

Determine:

a) o reagente limitante;
b) a massa do produto formado;
c) a massa do reagente em excesso.

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 14

Leis ponderais

33. Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794), o iniciador da Química moderna, realizou, por volta de 1775, vários
experimentos. Em um deles aqueceu 100 g de mercúrio em presença do ar, dentro de um recipiente de vidro fechado,
obtendo 54 g de óxido vermelho de mercúrio, tendo ficado ainda sem reagir 50 g de mercúrio. Pergunta-se:

a) Qual a razão entre a massa de oxigênio e


a de mercúrio que reagiram?
b) Qual a massa de oxigênio que seria necessária para reagir com todo o mercúrio inicial?

34. O gás carbônico (CO2) pode ser removido de naves espaciais se utilizarmos cal (CaO), que se transforma em carbonato
de cálcio (CaCO3). Durante uma viagem espacial foram utilizados 28 kg de cal e obtidos 50 kg de CaCO3. A reação que
ocorre para que o gás carbônico seja removido é dada por:

gás carbônico + cal carbonato de cálcio

Com base nessas informações, responda:

a) Qual foi a massa de gás carbônico removida durante a viagem espacial?


b) Se a quantidade de gás carbônico expirada pelos astronautas for de 88 kg, qual será a menor massa de cal necessária
para sua remoção e qual será a massa de carbonato de cálcio obtida?
c) Qual é a razão entre a massa de gás carbônico e a massa de cal que reagiram?

35. O prego que enferruja e o “palito de fósforo” que queima são exemplos de oxidações. No primeiro caso há um
aumento de massa de sólido e no outro há uma diminuição. Esses fatos contrariam a lei da conservação da massa?
Explique sua resposta para cada um dos fatos citados.

36. Numa balança improvisada (I), feita com um cabide, como mostra a figura a seguir, nos
recipientes (A e B) foram colocadas quantidades iguais de um mesmo sólido, que poderia
ou ser palha de ferro ou ser carvão. Foi ateado fogo à amostra contida no recipiente B.
Após cessada a queima, o arranjo tomou a seguinte disposição mostrada em (II). II

Considerando o resultado do experimento, decida se o sólido colocado em A e B era palha de ferro


ou carvão. Justifique.

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 15

37. O gás oxigênio (O2), quando submetido a faíscas elétricas, é transformado em gás ozônio (O3), de acordo com a
equação:

Se submetermos 60 L de O2 a esse processo, iremos obter qual volume de O3, nas CNTP?

a) 60 L.
b) 40 L.
c) 30 L.
d) 20 L.
e) 10 L.

Relacionando quantidades

38. O gráfico a seguir representa a energia consumida na extração dos metais de seus
respectivos minérios.

Responda:

I — Para extração de 10 toneladas de alumínio, quantos kJ serão consumidos?


II — Qual a energia em kJ consumida na extração de 200 kg de titânio do seu minério?
III — Qual massa de cobre, em toneladas, pode ser extraída do respectivo minério utilizando-se a mesma energia
consumida na extração de 1 tonelada de alumínio do seu minério?

39. Atualmente, sistemas de purificação de emissões poluidoras estão sendo exigidos por lei em um número cada vez
maior de países. O controle das emissões de dióxido de enxofre gasoso, provenientes da queima de carvão que contém
enxofre, pode ser feito pela reação desse gás com uma suspensão de hidróxido de cálcio em água, sendo formado um
produto não poluidor do ar. A queima do enxofre e a reação do dióxido de enxofre com o hidróxido de cálcio, bem
como as massas de algumas das substâncias envolvidas nessas reações, podem ser assim representadas:

enxofre (32 g) + oxigênio (32 g) ➔ dióxido de enxofre (64 g) + hidróxido de cálcio (74 g) ➔ produto não poluidor

Dessa forma, para absorver todo o dióxido de enxofre produzido pela queima de uma tonelada de carvão (contendo 1%
de enxofre), é suficiente a utilização de uma massa de hidróxido de cálcio de, aproximadamente:

a) 23 kg.
b) 43 kg.
c) 64 kg.
d) 74 kg.
e) 138 kg.
Coeficientes e quantidade de matéria

40. O alumínio é obtido pela eletrólise da bauxita. Nessa eletrólise, ocorre


a formação de oxigênio que reage com os eletrodos de carbono
utilizados no processo. A equação não-balanceada que representa o
processo global está ao lado. Para dois mol de Aℓ2O3, quantos mol de
CO2 e Aℓ, respectivamente, são produzidos nesse processo?
a) 3 e 2.
b) 1 e 4.
c) 2 e 3.
d) 2 e 1.
e) 3 e 4.

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 16

41. Hidreto de lítio (LiH) era usado com a finalidade de, em contato com a água, gerar gás para inflar botes salva-vidas.
Calcule a massa de hidreto de lítio necessária para inflar um bote salva-vidas com 244 L de gás, a 25 ºC e 1 atm de
pressão.
(Dados: VM (25 °C, 1 atm) = 24,4 L; mol de LiH = 7,9 g)

LiH + H2O ➔ LiOH + H2

As máscaras de oxigênio utilizadas em aviões contêm superóxido de potássio (KO2) sólido. Quando a máscara é usada, o
superóxido reage com o CO2 exalado pela pessoa e libera O2, necessário à respiração, segundo a equação química
balanceada:
massas molares — em g/mol:
C = 12, O = 16; K = 39;
4 KO2(s) + 2 CO2(g) ➔ 2 K2CO3(s) + 3 O2(g)
volume molar dos gases
(CNTP) = 22,7 L
Calcule:
a) a massa de KO2, expressa em gramas, necessária para reagir com 0,10 mol de CO 2.

b) o volume de O2 liberado nas CNTP, para a reação de 0,4 mol de KO2.

A reação de combustão de um dos componentes do gás de cozinha, o gás butano, pode ser representada pela seguinte
equação química não-balanceada:

Sabendo que o volume molar de um gás ideal nas CNTP é 22,71 L mol-1 e que M(C) = 12 g/mol, M(O) = 16 g/mol e
M(H) = 1 g mol-1, julgue os itens que se seguem.

a) De acordo com a lei das proporções definidas, dobrando-se as massas dos gases butano e oxigênio as massas de gás
carbônico e de água diminuirão na mesma proporção.

c) São necessários 13 mol de gás oxigênio para reagir com 2 mol de gás butano.

d) A queima de 58 g de gás butano produzirá 90 g de água.

d) Nas CNTP, para produzir 45,42 L de gás carbônico são necessários 116 g de gás butano.

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 17

Reações com substâncias impuras

42. Uma amostra de 10 g de calcário contém 8 g de carbonato de cálcio. A porcentagem de pureza do carbonato de cálcio
é:

a) 0,8%.
b) 10,0%.
c) 8,0%.
d) 80%.
e) 20,0%.

43. Um lote de sal grosso, com especificação de conter no mínimo 90% de sal, é suspeito de estar adulterado com areia.
A uma amostra de 250 g do produto seco foi adicionada quantidade suficiente de água e, após filtração, o resíduo,
separado e seco, pesou 50 g. Justifique a conclusão possível.

44. O acetileno, gás utilizado em maçaricos, pode ser obtido a partir do


carbeto de cálcio (carbureto) de acordo com a equação:
Qual o volume de gás acetileno obtido a 25 °C e 1 atm a partir de 1,0 kg de CaC2 com 30% de impureza?
(Dados: massa molar: CaC2 = 64 g mol–1; volume molar a 25 °C e 1 atm = 22,4 L mol–1)

Rendimento

45. 65 kg de zinco em pó foram atacados por ácido clorídrico, produzindo um sal e liberando gás hidrogênio.

Determine o rendimento desta reação, sabendo que a massa de hidrogênio obtida foi de 1,5 kg.
(massas atômicas: Zn = 65, H = 1)

46. O gás hidrogênio pode ser obtido em laboratório a partir da reação de alumínio com ácido sulfúrico, cuja equação
química não ajustada é dada logo abaixo. Um analista utilizou uma quantidade suficiente de H 2SO4 para reagir com 5,4
g do metal e obteve 5,71 litros do gás nas CNTP. Nesse processo, o analista obteve um rendimento aproximado de:
(Dado: Al = 27)

Aℓ + H2SO4 ➔ Aℓ2(SO4)3 + H2

a) 70 %.
b) 75 %.
c) 80 %.
d) 90 %.
e) 95 %.

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 18

Reagente em excesso (reagente limitante)

47. Qual a quantidade máxima, em gramas, de carbonato de cálcio que pode ser preparada misturando-se 2 mol de
carbonato de sódio com 3 mol de cloreto de cálcio, segundo a equação: massas atômicas:
Na = 23,
Na2CO3(aq) + CaCℓ2(aq) ➔ CaCO3(aq) + NaCℓ C = 12,
O = 16,
Ca = 40,
Cℓ = 35,5

48. Calcule o máximo de massa de água que se pode obter partindo de 8,0 gramas de hidrogênio e 32,0 gramas de
oxigênio. Indique qual o reagente em excesso e quanto sobra do mesmo.

49. 24 g de ferro (Fe = 56) reagem com 8 g de enxofre (S = 32) para formar FeS. A reação ocorre por aquecimento até o
consumo total de um dos reagentes. Qual o reagente em excesso e qual a massa que restou desse reagente?

50. Efetuando-se a reação entre 18 g de alumínio e 462 g de gás cloro, segundo a equação: massas atômicas:
Aℓ = 27,
Cℓ = 35,5
Aℓ(s) + Cℓ2(g) ➔ AℓCℓ3(s)
obtém-se uma quantidade máxima de cloreto de alumínio igual a:

a) 36 g.

b) 44,5 g.

c) 89,0 g.

d) 462 g.

e) 240 g.

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio


Apostila de Quimica – 2º Ano 19

Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Angelo Prof. Vinicius Giglio

Você também pode gostar