Rima Areia Quartzosa
Rima Areia Quartzosa
Rima Areia Quartzosa
EIA-RIMA
Estudo e Relatório de Impacto Ambiental
Lavra e Beneficiamento de Areia Quartzosa
I. EMPREENDEDOR
II. EMPREENDIMENTO
1. APRESENTAÇÃO 01
1.1 - Relatório de Impacto Ambiental – RIMA 01
1.2 - A Empresa 01
1.3 - O Empreendimento 03
Localização 03
A Lavra do Minério 04
O Beneficiamento 05
Os Investimentos e a Mão-de-Obra Empregada 07
2. ÁREAS DE INFLUÊNCIA 07
2.1 – Meio Físico 07
2.2 – Meio Biológico 09
2.3 – Meio Socioeconômico 10
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 60
O RIMA, por sua vez, é uma versão simplificada do Estudo de Impacto Ambiental.
No RIMA estão dispostas as principais informações e conclusões do EIA, que são
apresentadas de forma objetiva, simplificada e em linguagem acessível ao público,
de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto.
1.2 - A Empresa
Atualmente, a Mineração Jundu Ltda possui sete unidades produtivas nas regiões
sul, sudeste e nordeste do Brasil e a distribuição destas unidades pode ser
observada na figura a seguir.
Localização
A Lavra do Minério
O Beneficiamento
2. ÁREAS DE INFLUÊNCIA
A ADA (Área Diretamente Afetada) é aquela onde se dará toda a atividade de lavra e
beneficiamento, logo a ADA será limitada pelos fatores abaixo:
Como Área de Influência Direta (AID) foram definidos os locais que de alguma forma
sofrerão influência direta da atividade, seja pela proximidade dos trabalhos de lavra e
beneficiamento, seja pela circulação de máquinas, equipamentos e pessoal entre os
Os limites das ADA, AID e da AII do Meio Físico podem ser apreciados nas figuras
abaixo. A Área de Influência Indireta (AII), que em diversos graus e magnitude
poderá ser afetada indiretamente pela operação do empreendimento, foi delimitada
como a área que coincide com a Sub-bacia do Altíssimo Rio Tibagi, desde suas
cabeceiras até a foz do Rio do Salto. Neste caso indiretamente podem sofrer
influência as rodovias e estradas por onde se escoará o produto, assim como o
recebimento de insumos, além do próprio Rio Tibagi.
A Área Diretamente Afetada (ADA), para fins desta análise biótica, corresponde ao
perímetro onde ocorrerá intervenção direta à paisagem anteriormente disponível.
Coincide, desta forma, com os locais onde se inserem todas as ações previstas para
a instalação e operação do empreendimento, ou seja, as Poligonais de Direitos
Minerários do DNPM, além do espaço destinado à Usina e Área de Beneficiamento.
Para a delimitação das outras áreas de influência foi utilizada uma abordagem
cartográfica denominada “latlong”. Sob esse contexto, a ADA é envolta pela
quadrícula formada pelo intervalo entre as latitudes de 25°15’ e 25°30’S e as
longitudes de 49°45’ e 50°00’W aqui denominada Área de Influência Direta (AID) e
que coincide com locais utilizados complementarmente pelo empreendimento,
embora sem necessidade de intervenção direta, notadamente o sistema viário que
se conecta com a rodovia BR-376. Já a Área de Influência Indireta (AII) corresponde
a todas as quadrículas latlong adjacentes à AID, pelo perímetro formado pelas
coordenadas de 25°00’ e 25°45’S e 49°30’ a 50°15’W.
A Área de Influência Direta (AID) será considerada a partir da região sujeita a maiores
impactos de ordem direta em função da instalação e operação do empreendimento.
Desta forma, a AID deverá abranger não somente o entorno imediato do
empreendimento, mas também as vias de acesso e as comunidades que poderão
ser afetadas pelo comprometimento da mobilidade de seus moradores, como pode
ser observado na figura a seguir.
A Área de Influência Indireta (AII) será considerada como aquela sujeita aos impactos
de ordem indireta em função da instalação e operação do empreendimento. Nesse
sentido, os dois municípios (Palmeira e Ponta Grossa) em que estará instalado o
empreendimento serão o ponto de partida.
Entretanto, cabe observar que a AII se estenderá a outros municípios para onde
poderá ser destinada a produção resultante do empreendimento, assim como as
vias utilizadas para o seu transporte. Neste sentido, há que destacar o município de
Campo Largo, que já se configura atualmente como produtor e consumidor de areia
industrial, em função da presença das indústrias cerâmicas e cimenteira,
respectivamente.
Climatologia
Águas
Quanto à qualidade das águas superficiais, estudos realizados pelo Instituto das
Águas do Paraná, mostram para esta bacia que na maioria dos pontos verificados a
qualidade é boa, não havendo restrições para o abastecimento público e industrial.
Porém monitoramentos realizados pela SUREHMA em 1987 demonstram a
presença de coliformes totais, o que pode ser atribuído ao fato de apenas 40% da
população urbana inserida na bacia é atendida por esgoto sanitário.
Geologia e Estruturas
O Grupo Itararé situa-se sobre a Formação Furnas e é composto por uma grande
variedade de rochas sedimentares como arenitos argilosos, argilitos, ritmitos,
arenitos, diamictitos, folhelhos e conglomerados. Na área em tela os litotipos mais
comuns são os arenitos argilosos e siltitos, que ocorrem capeando os arenitos da
Formação Furnas.
CPia
CPis
SDf
SDf
CPis
CPia
CPis
SDf
Geotecnia
O atual uso do solo, à base de agricultura com cultivo intensivo de soja e forrageiras,
totalmente mecanizada, e pecuária consorciada, em certo sentido ratifica tais
condições físicas de estabilidade.
Espeleologia
Estas cavidades estão condicionadas por estruturas tectônicas rúpteis e são comuns
na Formação Furnas. Com base na caracterização espeleológica e bioespeleológica
realizada, foi constatado que pelo tamanho da área, localização e caraterísticas do
patrimônio identificado, as cavidades possuem alta significância em relação ao
quadro regional do patrimônio conhecido até o momento da região.
Geomorfologia - Relevo
Este estudo teve como objetivo fornecer subsídios para a adoção de medidas
mitigadoras e compensatórias, de acordo com os efeitos físicos dos impactos
ambientais provocados pela implantação do empreendimento, bem como durante a
explotação da areia nas fases de operação.
Mata Atlântica
A área objeto deste RIMA está inserida no contexto da Mata Atlântica, mais
especificamente na Floresta Ombrófila Mista, também conhecida como “Mata de
Araucária”, havendo um predomínio as fácies montana e alto-montana. Porém vale
ressaltar que atualmente, na área de lavra e beneficiamento, não existem
remanescentes da vegetação original, havendo apenas áreas úteis ao plantio de soja
e à criação de gado.
Conservação
Flora
Até poucas décadas, a região dos Campos Gerais era apontada, juntamente com a
Serra do Mar, como uma das áreas em melhor estado de conservação no Paraná.
No entanto, a intensificação das atividades antrópicas vem eliminando as áreas
campestres como consequência da expansão agropecuária e contaminação
biológica por espécies exóticas.
Predominam ao menos três tipologias campestres, são elas: campo seco, campo
úmido e refúgios vegetacionais rupestres.
Talude de estrada que servirá de acesso ao Bloco Capão das Almas, com vegetação de
campo seco
Aspecto da vegetação das margens do Rio Tibagi, na Fazenda Boiada. Campos naturais e
uma faixa de vegetação arbóreo-arbustiva
Espécie exótica (Pinus) invadindo área de campo natural em APP do Rio Tibagi
Aves
Répteis e Anfíbios
A presença da fauna exótica nas áreas de florestas nativas apresenta uma potencial
ameaça para a fauna silvestre. Dentre as principais espécies exóticas registradas na
área de estudo pode-se citar o cachorro doméstico, o javali e a lebre europeia.
Na AII e na AID do empreendimento foram registradas vinte espécies de mamíferos,
entre as principais espécies estão o gambá, o lobo-guará, a onça parda, o tatu-
galinha, o cervo, o cachorro-do-mato, o tamanduá e pequenos felinos e roedores.
Peixes
Informações sobre a porção superior do Rio Tibagi (Alto Tibagi) apontam para a
presença de pelo menos 52 espécies de peixes. Deste montante, apenas sete
espécies foram reconhecidas nos rios e riachos da área do empreendimento, são
eles: o lambari, o cascudo, o cascudinho, o candiru, o barrigudinho e o acará, sendo
os lambaris e os candirus as espécies predominantes.
O município de Ponta Grossa teve sua ocupação iniciada no século XVII a partir de
fazendas que serviam de pouso para as tropas de muares, oriundas do sul do país e
que se dirigiam às feiras de Sorocaba.
O turismo do município tem ênfase nos atrativos naturais, como o Parque de Vila
Velha, cachoeiras e canyons proporcionados pela geologia dos Campos Gerais e
atrativos religiosos e culturais.
Indicadores Socioeconômicos
Demografia
% %
% %
Pirâmides etárias dos municípios de Ponta Grossa (A) e de Palmeira (B). Fonte: IBGE,
Censo Demográfico, 2010
Evolução do IDH-M e dos seus três componentes, no município de Ponta Grossa (A) e
Palmeira (B) – 1991, 2000 e 2010. Fonte: PNUD, Atlas do Desenvolvimento Humano, 2000
a) Saúde
b) Educação
Os serviços de energia elétrica são providos pela COPEL nos dois municípios. No
ano de 2011 o consumo total de Ponta Grossa foi de 914.549 MWh, sendo que este
consumo está distribuído entre 99.665 consumidores residenciais, 2.896 no setor
industrial, 8.893 no setor comercial e 2.231 no setor rural. Já Palmeira apresentou
consumo bem inferior, equivalente a 15.245 MWh distribuídos entre 6.458
consumidores residenciais, 103 industriais e 751 comerciais.
d) Comunicação
e) Saneamento
f) Transporte
O acesso a Palmeira por via pavimentada é muito mais difícil, levando a que se
percorra uma distância muito superior do empreendimento à sede municipal do que
em relação à Ponta Grossa.
Economia
No ano de 2010, o PIB de Palmeira era de R$ 543,7 milhões, o que equivale a 8,1%
do PIB de Ponta Grossa. A atividade com maior participação no PIB é a de serviços
(46,2%), porém o setor agropecuário é a base da atividade econômica do município,
gerando 25,1% do total. O setor industrial por sua vez, contribuiu com uma parcela
de 28,7%.
Comunidades Tradicionais
Patrimônio Histórico-Cultural
Patrimônio Arqueológico
A região dos Campos Gerais, onde estão inseridos os municípios de Ponta Grossa e
Palmeira, foi habitada pelos Guaranis e Kaingangs até o século XIX. Nos séculos XVI
e XVII bandeirantes exploraram essas áreas “subindo pelo vale do Ribeira e
transpondo os Campos Gerais para atingir as nascentes do Tibagi, dirigindo-se para
o sul além do Iguaçu”. Nas antigas fazendas, nos séculos XVII e XVIII, construções
Patrimônio Natural
A região dos Campos Gerais possui patrimônio natural e geológico muito rico,
composto por diversos sítios originais, com cachoeiras e corredeiras sobre leito de
rios rochosos, matas, furnas, gargantas, despenhadeiros, cânions, cavernas, os
quais são objeto de visitações turísticas, atividades de lazer, de ensino, de pesquisas
e esportivas. No total foram identificados 69 sítios geológicos ocorrentes nos
municípios de Palmeira e Ponta Grossa, dentre eles pode se destacar o Parque
Estadual de Vila Velha, a Unidade de Conservação Buraco do Padre, os canyons das
cabeceiras do Rio Tibagi, o Rio dos Papagaios e as Estrias Glaciais de Witmarsun.
Considerações Finais
A apresentação realizada ao longo deste relatório tem procurado mostrar que Ponta
Grossa constitui o principal polo provedor de bens e serviços da região. Em termos
de serviços sociais, como saúde e educação, Ponta Grossa aglutina uma série de
estabelecimentos que oferecem serviços mais qualificados, tanto públicos quanto
privados. Constitui, assim, a referência em termos de prestação de serviços nos
Campos Gerais. Também no provimento de bens e serviços técnicos, Ponta Grossa
é a principal referência na região, podendo contribuir com o estabelecimento de uma
série de fornecedores para a instalação e operação do empreendimento.
Comentários Gerais
Para ser possível tal compatibilidade com o meio ambiente, o Direito Minerário que
rege os procedimentos que norteiam a atividade do minerador sofre forte influência
do Direito Ambiental. Que, no caso, possui contornos e identidade própria. Assim
sendo, é necessário harmonizar o impacto causado pela mineração (atividade
imbuída de interesse nacional) com a proteção ambiental (interesse da coletividade).
É por isso que a doutrina relacionada afirma que “ as APAS, sem sentido estrito, não
devem ser vistas como unidade de conservação, mas, preferencialmente, como
áreas submetidas a um regime especial de gestão ambiental”.
Impacto:
Medidas/Programas Previstos:
Médio 16 < IS ≤ 54
Fase de Planejamento
Meio Físico
Meio Biológico
Geração de Conhecimento
Meio Físico
Meio Biológico
Meio Socioeconômico
Meio Físico
Meio Biológico
Meio Socioeconômico
Meio Físico
Meio Biológico
6. PLANOS E PROGRAMAS DE
ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS
IMPACTOS AMBIENTAIS E DE SUAS MEDIDAS
Os planos e programas aqui listados são, por definição, uma gama de medidas
ambientais tecnicamente elaboradas e aplicadas de forma profissional, cujo objetivo
é garantir a implantação, operação e desativação do empreendimento de forma
ambientalmente correta e sustentável, consoante a legislação pertinente. Eles
acompanham de perto os possíveis impactos advindos da instalação-operação, ao
mesmo tempo em que medem a eficácia e os resultados relacionados à
implantação das medidas ambientais propostas.
Objetivos e Metas:
Avaliar, através de amostragem sistemática o desenvolvimento da vegetação
de campo remanescente na AID;
Avaliar através de monitoramento sistemático os efeitos da deposição de
poeira sobre a vegetação de campo remanescente na AID;
Criar subsídios para adoção de medidas visando a recuperação de vegetação
campestre.
Objetivos e Metas:
Erradicação das espécie exóticas e invasoras da vegetação presente na
ADA não suprimida e na AID, notadamente de Pinus spp. e Melinis
multiflora, observadas durante os estudos deste EIA;
Acompanhamento anual da entrada de espécies exóticas e invasoras.
Objetivos e Metas:
Marcar o maior número de matrizes das espécies arbóreas ameaçadas de
extinção;
Coletar uma quantidade mínima de sementes anualmente por matriz;
Levantar dados sobre a época de frutificação e possíveis variações sazonais
de fenologia;
Garantir a viabilidade das sementes até a entrega aos viveiros florestais de
espécies nativas;
Aumentar as populações das espécies arbóreas ameaçadas de extinção.
Objetivos e Metas:
Restabelecer o solo e a vegetação sobre as áreas degradas, independente da
origem desses processos;
Acompanhar e controlar os processos de erosão.
Objetivos e Metas:
Restabelecer a vegetação nativa;
Recuperar todas as áreas de uso do empreendimento ao término do uso
de cada área.
Objetivos e Metas:
Resgatar e aproveitar os recursos vegetais provenientes das áreas de
supressão.
Coleta de amostras de material vegetal, tanto para cultivo e/ou propagação (in
vivo), como para coleções científicas;
Coleta de germoplasma para reintrodução nas áreas degradadas.
Objetivos e Metas:
Garantir a sobrevivência de indivíduos da fauna que poderão ser encontrados
durante as escavações no terreno;
Evitar acidentes ofídicos e o abate de animais considerados nocivos pelos
trabalhadores da obra;
Efetuar o aproveitamento científico de indivíduos encontrados mortos ou
acidentados.
Objetivos e Metas:
Determinar através de amostragens sistemáticas a composição e abundância
de espécies da fauna (aves, mamíferos, répteis e anfíbios) nas áreas de
influência do empreendimento;
Acompanhar através de amostragens sistemáticas as flutuações das
populações e a sobrevivência ao longo do tempo dos indivíduos registrados;
Identificar áreas de proteção e consequentemente de soltura, destinadas aos
indivíduos encontrados e resgatados durante a realização das obras;
Criar subsídios para a elaboração e adoção de medidas voltadas à
conservação da fauna local.
Objetivo e Meta:
Elucidar à população local e trabalhadores da obra os efeitos deletérios da
caça.
Objetivos e Metas:
Identificar qual (is) espécie (s) mais comumente flagrada devido a sinistros
com veículos automotores;
Identificar qual (is) espécie (s) que mais utilizam o acostamento de vias para
deslocamento;
Propor métodos e propostas para diminuir o número de contato com animais
atropelados.
Objetivos e Metas:
Avaliar a variação da composição e estrutura da ictiofauna em riachos
indicados como áreas relevantes para a conservação da fauna na área de
influência do empreendimento.
Avaliar as possíveis alterações nos padrões de distribuição das espécies em
função de eventos que se correlacionem ou não com as atividades do
empreendimento.
Além disto, o acesso à Fazenda das Almas exige a travessia de lajeado integrante
da paisagem do Rio Tibagi, que precisará receber tratamento específico em termos
de não comprometer o seu potencial turístico. A solução de travessia deste lajeado
precisará ainda ser construída com a participação da população local. A solução de
travessia deste lajeado precisará ainda ser construída com a participação da
população local.
Além disso, no âmbito das ações em saúde pública, o canteiro deverá estar
equipado com ambulatório que propicie a redução de demandas sobre o sistema
público de saúde.
Neste fator os principais impactos físicos identificados foram a retirada do solo, com
a consequente alteração ambiental em termos pedológicos, de flora e fauna, e ainda
a Intensificação dos processos erosivos, para os quais foram previstos programas de
acompanhamento e monitoramento. Vale destacar a contribuição do estudo para a
perfeita estocagem e posterior recolocação dos solos (horizontes mais superficiais,
contemplando uma faixa de 40 a 50 cm, essenciais para a reconstituição da
cobertura do terreno). Deve se destacar a importância de coletar e separar o material
da camada superficial do solo do restante do solo subjacente, para posterior
reutilização adequada dos mesmos. A determinação de uma logística eficaz e o
acompanhamento dos processos envolvidos para minimizar os impactos causados
é de fundamental importância.
De um modo geral, são impactos para os quais há soluções que poderão reverter o
quadro negativo e, em alguns casos, beneficiar de forma diferenciada a população
local, como é o caso da melhoria da qualidade da estrada vicinal e a geração de
empregos. Há um mercado potencial para a comercialização de areia, tanto na
Região Metropolitana quanto nos Campos Gerais. A conjugação da viabilidade
econômica com a socioambiental, principalmente a partir da implantação dos
programas propostos, num ambiente de ampla participação das comunidades mais
diretamente afetadas configura a viabilidade do empreendimento.
Por fim, temos o aspecto da localização da área nos domínios da APA da Escarpa
Devoniana. Nessa seara, comparece a legislação afeta à Administração das
Unidades de Conservação que preconiza a possibilidade de uso dos recursos
minerais encontrados na APA, destacando como restrição a necessidade de se
desenvolver os trabalhos com obediência à conservação da natureza, propiciando,
assim, o desenvolvimento sustentável. Diante disso percebe-se que é permitido o
uso sustentável desde que haja parecer favorável do competente Comitê Técnico, o
qual será instado a se manifestar e emitir seu egrégio parecer, após a análise dos
estudos aqui apresentados. Ainda, a Portaria IAP nº 211, de 14 de dezembro de
2005, que aprovou o Plano de Manejo da Escarpa Devoniana, contemplou,
igualmente, a atividade mineraria na APA.
FATORES
Planejamento
Medidas Mitigadoras
Longo Prazo
Temporário /
Médio Prazo
Desativação
Implantação
Permanente
Estratégico
Irreversível
Reversível
Operação
Negativo
Regional
Imediato
MEIO IDENTIFICAÇÃO / DESCRIÇÃO
Positivo
Preventivas - Pr Medidas Compensatórias Medidas Potencializadoras
Indireto
Cíclico
Direto
Média
Baixa
Local
Alta
Corretivas - Cr
CLIMA/ AR
comprometimento da qualidade do ar (poeira e ruído).
Cortina vegetal em locais
adequados e estratégicos. (Cr)
2) CONCENTRAÇÃO DE PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO NO Umedecimento das estradas sem
ENTORNO DAS ATIVIDADES NAS FASES DE IMPLANTAÇÃO pavimentação (Pr). Recuperação
E OPERAÇÃO vegetal das áreas com solo
Causas: movimentação de terra e o tráfego de caminhões de exposto que não mais serão
carga em estradas não pavimentadas produzirá poeira, X X X X X X X X utilizadas (Cr). Controle do volume
especialmente em dias mais secos.
de terra retirado e sem utilidade
Efeitos: concentração de partículas em suspensão no ar;
para o empreendimento (Pr)
comprometimento da qualidade do ar (poeira e ruído).
Cortina vegetal em locais
adequados e estratégicos. (Cr)
1) ALTERAÇÃO NA QUALIDADE E NO FLUXO HÍDRICO
SUPERFICIAL Práticas de mobilização do solo
Causas: a ocorrência de organossolos e gleissolos em locais em nível, visando a diminuição do
onde o lençol freático está mais próximo à superfície pode carreamento de sedimentos pelas
acarretar alteração destes solos; o carreamento de material águas pluviais (Pr). Evitar o
particulado pelas águas pluviais incidentes sobre áreas expostas assoreamento pedológico à
até a rede de drenagem. X X X X X X X X X
jusante (Pr). Programa de
Efeitos: modificação na posição do lençol freático com alteração
do fluxo superficial; alteração da qualidade hídrica, assoreamento
Monitoramento de Qualidade
de cursos d'água com comprometimento da ictiofauna. Hídrica Superficial e Subterrânea
(Pr). Programa de Monitoramento
das Condições Geotécnicas (Pr).
ÁGUAS
2) ALTERAÇÃO NA QUALIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA
Impermeabilização com manta
Causas: derramamento e possível infiltração no solo de
efluentes líquidos do processo de beneficiamento e do geotêxtil de tanques e lagoas (Pr) ;
esgotamento sanitário; geração de resíduos sólidos e sua Implantação de poços de
disposição inadequada. monitoramento (Pr); Coleta e
Efeitos: comprometimento da qualidade da água subterrânea. tratamento de esgotos domésticos
X X X X X X X X (Pr), Coleta e separação de
resíduos sólidos para posterior
disposição ou destinação (Pr)
Programa de Monitoramento da
Qualidade Hídrica Superficial e
Subterrânea (Pr).
GEOLOGIA/GEOTECNIA
1) SUSCETIBILIDADE À EROSÃO E DESESTABILIZAÇÃO DE Retirada do solo superficial no mesmo Retirada do material em nível.
ENCOSTAS sentido onde serão construídas as
Causas: Supressão dos horizontes superficiais e eventualmente cavas (Pr).
subsuperficiais do solo, nas fases de implantação e operação do X X X X X X X X
empreendimento.
Efeitos: Intensificação dos processos erosivos.
2) SUSCETIBILIDADE À EROSÃO E DESESTABILIZAÇÃO DE Retirada do solo superficial no mesmo Retirada do material em nível.
ENCOSTAS sentido onde serão construídas as
Causas: Supressão dos horizontes superficiais e eventualmente cavas (Pr).
subsuperficiais do solo, nas fases de implantação e operação do X X X X X X X X
empreendimento.
Efeitos: Intensificação dos processos erosivos.
5) SUPRESSÃO DA COBERTURA EDÁFICA Limpeza do terreno (solo superficial) Diminuição da ação erosiva das águas
Causas: Retirada da camada superficial para a implantação e em nível (Pr). Retirada e estocagem pluviais;
X X X X X X X X X
operação da atividade. do solo em áreas específicas (Pr)
Efeitos: Descaracterização paisagística.
1) DESCARACTERIZAÇÃO PAISAGÍSTICA E VISUAL Recolocação do solo superficial nas Recolocação do solo superficial nos
Causas: perda da cobertura edáfica áreas lavradas para recomposição da patamares para recomposição da flora
GEOMORFOLOGIA
2) COMPROMETIMENTO DO PATRIMÔNIO ESPELEOLÓGICO Não lavrar em cota inferior ao nível de Não utilização de explosivos no
Causas: rebaixamento do nível freático pelos trabalhos de lavra. base local (Pr). Manter raio de desmonte
Efeitos: alteração nas características espeleológicas e proteção de pelo menos 100 m (Pr)
X X X X X X X X X
bioespeleológicas das cavidades. Programa de Monitoramento do
Patrimônio Espeleológico (Pr).
9) GERAÇÃO DE CONHECIMENTO
Causas: espécies vegetais observadas durante os estudos de
viabilidade, tendo sido gerado material para registro em coleções
X X X X X X X X X
científicas.
Efeitos: geração de conhecimento acerca da biodiversidade
local.
1) GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA DIRETOS E INDIRETOS Privilegiar a contratação de mão-de-
TEMPORÁRIOS obra local, principalmente das
Causas: contrução da infraestrutura para o funcionamento do comunidades mais próximas ao
empreendimento; preparação da lavra inicial e operação do empreendimento, estendendo-se em
empreendimento. seguida às sedes dos municípios mais
Efeitos: contratação de mão-de-obra qualificada e não próximos, Palmeira e Ponta Grossa;
qualificada, temporária e permanentemente, direta e X X X X X X X X implantação de Plano de
indiretamente. Comunicação Social nas comunidades
do entorno divulgando as
oportunidade de emprego geradas
pela instalação do empreendimento.
4) POSSIBILIDADE DE AUMENTO DA DEMANDA SOBRE OS Treinamentos sistemáticos através do Implantar um programa de ginástica
SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE Programa de Saúde e Segurança no laboral aos trabalhadores na fase de
Causas: aumento demográfico em função da chegada de Trabalho que contribuam para previnir obras e de operação.
trabalhadores de outros municípios; ocorrência de acidentes de a ocorrência de acidentes de trabalho
trabalho. (Pr); instalação de ambulatório junto
Efeitos: deterioração da qualidade do atendimento em saúde X X X X X X X X ao canteiro de obras (Cr); implantação
aos moradores locais. de um Programa de Monitoramento da
Qualidade de Vida da População Local
(Pr).
Causas: interrupção do trânsito na estrada vicinal ao lado do Construção estratégia que garanta as
empreendimento para a realização de obras; aumento do trânsito condições de acessibilidade para a
de caminhões pesados. população usuária, garantindo a
SOCIOECONÔMICO
Índice de Significância
REVERSIBILIDADE
TEMPORALIDADE
ABRANGÊNCIA
Temporário / Cíclico
Significância
MAGNITUDE
FATORES
Planejamento
Medidas Mitigadoras
Desativação
Implantação
Permanente
Operação
Negativo
MEIO IDENTIFICAÇÃO/DESCRIÇÃO
Positivo
Preventivas - Pr Medidas Compensatórias Medidas Potencializadoras
Indireto
Direto
Corretivas - Cr
CLIMA/ AR
adequados e estratégicos. (Cr)
2) CONCENTRAÇÃO DE PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO NO
ENTORNO DAS ATIVIDADES NAS FASES DE IMPLANTAÇÃO Umedecimento das estradas sem
E OPERAÇÃO pavimentação (Pr). Recuperação
Causas: movimentação de terra e o tráfego de caminhões de vegetal das áreas com solo
carga em estradas não pavimentadas produzirá poeira, exposto que não mais serão
especialmente em dias mais secos. X X X X 1 1 4 1 4 Baixa utilizadas (Cr). Controle do volume
Efeitos: concentração de partículas em suspensão no ar; de terra retirado e sem utilidade
comprometimento da qualidade do ar (poeira e ruído). para o empreendimento (Pr)
Cortina vegetal em locais
adequados e estratégicos. (Cr)
1) ALTERAÇÃO NA QUALIDADE E NO FLUXO HÍDRICO
Práticas de mobilização do solo
SUPERFICIAL
Causas: a ocorrência de organossolos e gleissolos em locais
em nível, visando a diminuição do
onde o lençol freático está mais próximo à superfície pode carreamento de sedimentos pelas
acarretar alteração destes solos; o carreamento de material águas pluviais (Pr). Evitar o
particulado pelas águas pluviais incidentes sobre áreas expostas assoreamento pedológico à
X X X X X 3 1 1 1 3 Baixa
até a rede de drenagem. jusante (Pr). Programa de
Efeitos: modificação na posição do lençol freático com alteração Monitoramento de Qualidade
do fluxo superficial; alteração da qualidade hídrica, assoreamento Hídrica Superficial e Subterrânea
de cursos d'água com comprometimento da ictiofauna. (Pr). Programa de Monitoramento
das Condições Geotécnicas (Pr).
ÁGUAS
2) ALTERAÇÃO NA QUALIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA
Impermeabilização com manta
Causas: derramamento e possível infiltração no solo de efluentes
líquidos do processo de beneficiamento e do esgotamento
geotêxtil de tanques e lagoas (Pr)
sanitário; geração de resíduos sólidos e sua disposição Implantação de poços de
inadequada. monitoramento (Pr); Coleta e
Efeitos: comprometimento da qualidade da água subterrânea. tratamento de esgotos domésticos
X X X X 2 1 3 1 6 Baixa (Pr), Coleta e separação de
resíduos sólidos para posterior
disposição ou destinação (Pr)
Programa de Monitoramento da
Qualidade Hídrica Superficial e
Subterrânea (Pr).
1) RISCOS GEOTÉCNICOS ASSOCIADOS À LAVRA Manter inclinação do talude com
GEOLOGIA/GEOTECNIA
Causas: caráter friável e erodível dos materiais ocorrentes na ângulo compatível com as
área; limpeza e decapeamento das áreas de lavra e características do minério (Pr)
beneficiamento; execução da lavra e conformação das cavas. Recolocação do solo agrícola e
Efeitos: quedas de talude, processo de vossorocamento, vegetalização do talude (Pr)
erosões e assoreamento de cursos d'água; comprometimento da Programa de Monitoramento das
qualidade hídrica. X X X X X X 1 1 4 1 4 Baixa Condições Geotécnicas (Pr).
FÍSICO
1) SUSCETIBILIDADE À EROSÃO E DESESTABILIZAÇÃO DE Retirada do solo superficial no mesmo Retirada do material em nível.
ENCOSTAS sentido onde serão construídas as
Causas: Supressão dos horizontes superficiais e eventualmente cavas (Pr).
subsuperficiais do solo, nas fases de implantação e operação do X X X X 2 1 1 1 2 Baixa
empreendimento.
Efeitos: Intensificação dos processos erosivos.
2) SUSCETIBILIDADE À EROSÃO E DESESTABILIZAÇÃO DE Retirada do solo superficial no mesmo Retirada do material em nível.
ENCOSTAS sentido onde serão construídas as
Causas: Supressão dos horizontes superficiais e eventualmente cavas (Pr).
subsuperficiais do solo, nas fases de implantação e operação do
empreendimento.
Efeitos: Intensificação dos processos erosivos. X X X X 2 1 4 3 24 Média
PEDOLOGIA
1) DESCARACTERIZAÇÃO PAISAGÍSTICA E VISUAL Recolocação do solo superficial nas Recolocação do solo superficial nos
Causas: perda da cobertura edáfica áreas lavradas para recomposição da patamares para recomposição da flora
Efeitos: alterações no modelado da paisagem. flora e fauna (Cr). Programa De e fauna.
X X X X X 3 1 4 2 24 Média Recomposição Da Paisagem Natural
(Cr); Programa De Recuperação De
GEOMORFOLOGIA
2) COMPROMETIMENTO DO PATRIMÔNIO ESPELEOLÓGICO Não lavrar em cota inferior ao nível de Não utilização de explosivos no
Causas: rebaixamento do nível freático pelos trabalhos de lavra. base local (Pr). Manter raio de desmonte
Efeitos: alteração nas características espeleológicas e proteção de pelo menos 100 m (Pr)
bioespeleológicas das cavidades. Programa de Monitoramento do
Patrimônio Espeleológico (Pr).
X X X X 3 1 4 1 12 Baixa
com a população local, aumentando a probabilidade de acidentes. gerados pela escavação do terreno.
(Pr)
9) GERAÇÃO DE CONHECIMENTO
Causas: espécies vegetais observadas durante os estudos de
viabilidade, tendo sido gerado material para registro em coleções
X X X X X 2 3 1 3 18 Média
científicas.
Efeitos: geração de conhecimento acerca da biodiversidade
local.
1) GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA DIRETOS E INDIRETOS Privilegiar a contratação de mão-de-
TEMPORÁRIOS obra local, principalmente das
Causas: contrução da infraestrutura para o funcionamento do comunidades mais próximas ao
empreendimento; preparação da lavra inicial e operação do empreendimento, estendendo-se em
empreendimento. seguida às sedes dos municípios mais
Efeitos: contratação de mão-de-obra qualificada e não próximos, Palmeira e Ponta Grossa;
qualificada, temporária e permanentemente, direta e implantação de Plano de
X X X X 1 3 3 1 9 Baixa
indiretamente. Comunicação Social nas comunidades
do entorno divulgando as oportunidade
de emprego geradas pela instalação
do empreendimento.
4) POSSIBILIDADE DE AUMENTO DA DEMANDA SOBRE OS Treinamentos sistemáticos através do Implantar um programa de ginástica
SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE Programa de Saúde e Segurança no laboral aos trabalhadores na fase de
Causas: aumento demográfico em função da chegada de Trabalho que contribuam para previnir obras e de operação.
trabalhadores de outros municípios; ocorrência de acidentes de a ocorrência de acidentes de trabalho
trabalho. (Pr); instalação de ambulatório junto
Efeitos: deterioração da qualidade do atendimento em saúde aos ao canteiro de obras (Cr); implantação
moradores locais. X X X X 3 3 3 1 27 Média de um Programa de Monitoramento da
Qualidade de Vida da População Local
(Pr).
Causas: interrupção do trânsito na estrada vicinal ao lado do Construção estratégia que garanta as
empreendimento para a realização de obras; aumento do trânsito condições de acessibilidade para a
de caminhões pesados. população usuária, garantindo a
SOCIOECONÔMICO