Lei No 3461 Estatuto Dos Servidores Da Policia Civilpdf
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TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o Estatuto dos Servidores da Polícia Civil do Estado do
Tocantins.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei são servidores da Polícia Civil os seguintes ocupantes
dos cargos de provimento efetivo:
I - delegado de polícia;
II - agente de polícia;
III - escrivão de polícia;
IV - agente de necrotomia;
V - papiloscopista;
VI - perito oficial;
VII - os cargos da atividade de apoio administrativo policial.
Art. 3º O exercício de cargo de natureza policial civil é privativo dos servidores de que
tratam os incisos de I a VI do art. 2º desta Lei.
Parágrafo único. Os cargos da atividade de apoio administrativo no âmbito da Polícia
Civil são criados em Lei específica.
Art. 4º A hierarquia tem como base a ordenação da autoridade, nos diferentes níveis que
compõem a Polícia Civil, entendendo-se que a classe superior tem precedência hierárquica
sobre a classe inferior e, entre policiais da mesma categoria, o mais antigo precede o mais
moderno.
§1º A hierarquia da função prevalece sobre a hierarquia do cargo.
§2º Nos serviços policiais em que intervier o trabalho de equipe, os servidores
especializados, técnico-científico e administrativo ficam subordinados, eventualmente, à
autoridade policial competente.
§3º A hierarquia administrativa não interfere na autonomia funcional prevista em lei.
TÍTULO II
DO CONCURSO PÚBLICO, DO PROVIMENTO, DA VACÂNCIA, DA
REDISTRIBUIÇÃO E DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 5º São requisitos básicos para investidura nos cargos da Polícia Civil:
I - nacionalidade brasileira;
II - gozo dos direitos políticos;
III - quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V- idade mínima de dezoito anos de idade;
VI - ter procedimento irrepreensível e idoneidade moral inatacável, avaliados segundo
norma expedida pelo Secretário de Estado da Segurança Pública;
VII - aptidão física e mental, comprovada por junta médica oficial;
VIII - possuir temperamento adequado ao exercício da função, apurado em exame
psicotécnico;
IX - ter sido habilitado em concurso público de provas ou de provas e títulos.
Parágrafo único. Pelas atribuições do cargo, justifica-se a exigência de outros requisitos
que devem ser estabelecidos em Lei.
CAPÍTULO I
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 6º O concurso público para provimento dos cargos da Polícia Civil compreende a
realização de provas ou provas e títulos, testes de aptidão física, exames médicos,
psicotécnicos ou psicológicos, curso de formação na Escola Superior de Polícia, e outras
etapas previstas no edital de convocação do certame.
§1º A nomeação dos aprovados obedece:
I - ordem de classificação em curso de formação na Escola Superior de Polícia;
II - à escolha da respectiva vaga, pelo candidato, obedecido o critério de classificação,
em ordem rigorosa, com desempate sucessivo:
a) pelo tempo de serviço público no Estado do Tocantins;
b) pelo tempo de serviço público;
c) pela maior idade.
§2º A nomeação dos aprovados é feita considerando a classificação e depende de
aprovação em curso de formação na Escola Superior de Polícia, dentro do prazo de validade
do concurso.
Art. 7º À pessoa com necessidades especiais é assegurado o direito de se inscrever em
concurso público para provimento dos cargos da Polícia Civil, cujas atribuições sejam
compatíveis com a especialidade de que é portadora.
Parágrafo único. Nos casos em que couber, é de até 5% do total das vagas oferecidas em
concurso, a reserva de vagas para as pessoas de que trata o caput deste artigo.
Art. 8º O concurso para ingresso na carreira de Delegado de Polícia é de provas e
títulos, sendo realizado com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, em todas as
suas fases.
Art. 9º Nos Planos de Cargos, Carreiras e Subsídios e edital de convocação dos
concursos, atendida a natureza específica dos cargos, deve constar a exigência:
I - dos conhecimentos necessários à aprovação;
II - do número de vagas oferecidas para o provimento dos respectivos cargos;
III - do número de vagas por graduação específica no cargo;
IV - da graduação em nível superior de escolaridade;
V- dos requisitos necessários ao provimento.
Art. 10. O concurso público tem validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma
vez, por igual período.
§1º O prazo de validade do concurso, as condições de sua realização e a forma de
divulgação são fixadas em edital, publicado no Diário Oficial do Estado.
§2º Não se realiza novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso
anterior, cujo prazo de validade não tenha expirado.
CAPÍTULO II
DO PROVIMENTO
Art. 11. O provimento dos cargos faz-se mediante ato do Chefe do Poder Executivo.
Art. 12. A investidura ocorre com a posse.
Art. 13. São formas de provimento dos cargos:
I - nomeação;
II - progressão;
III - remoção;
IV - readaptação;
V- reversão;
VI - reintegração;
VII - recondução;
VIII - aproveitamento.
Seção I
Da Nomeação
Art. 15. A posse dá-se pela assinatura do respectivo termo escrito, em meio físico ou
eletrônico certificado, no qual devem constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades
e os direitos inerentes ao cargo.
§1º A posse ocorre no prazo de 30 dias, contado da publicação do ato de nomeação,
podendo ser prorrogado por igual período, a critério da Administração Pública.
§2º Caso o nomeado seja servidor público e se encontre, na data da publicação do ato de
nomeação, impedido de tomar posse nos termos do parágrafo anterior, a ampliação do prazo
condiciona-se ao requerimento, contado do término:
I - das licenças:
a) para tratamento da própria saúde, limitada em doze meses;
b) por motivo de doença em pessoa da família, limitada em doze meses;
c) maternidade, paternidade ou em razão de adoção ou guarda judicial para tal fim;
d) para cumprir o serviço militar obrigatório;
e) para o exercício de atividade política;
f) capacitação, conforme disposição regulamentar, limitada a doze meses.
II - dos afastamentos:
a) para atender convocação da Justiça Eleitoral, durante período eletivo;
b) para servir ao Tribunal do Júri;
c) quando em missão oficial no exterior;
d) no exercício de mandato eletivo Federal, Estadual, Municipal ou Distrital;
e) por casamento;
f) por falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,
enteados, menor sob guarda ou tutela, irmãos ou curatelados;
g) para finalização de trabalho de conclusão de curso de graduação ou pós-
graduação.
III - da fruição das férias em curso na data da publicação do ato de provimento.
§3º No ato da posse, cabe ao servidor apresentar os documentos necessários para a
formação de seu dossiê, declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e
declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
§4º Torna-se sem efeito o ato de nomeação se a posse não ocorrer nos prazos previstos
neste artigo.
§5º Todo cidadão, após ingressar nos quadros da Polícia Civil do Estado do Tocantins,
nos cargos previstos nos incisos de I a VI do art. 2º desta Lei, presta compromisso de honra,
no qual afirma a sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres e manifesta a sua
firme disposição de bem e fielmente cumpri-los.
§6º O compromisso a que se refere o parágrafo anterior deverá ser realizado em
solenidade especialmente programada, da seguinte forma:
Perante as Bandeiras do Brasil, do Estado do Tocantins e da Polícia Civil: "PROMETO,
NA CONDIÇÃO DE POLICIAL CIVIL, OBEDECER A CONSTITUIÇÃO FEDERAL,
ESTADUAL E AS LEIS, E LUTAR CONTRA A CRIMINALIDADE EM PROL DA
JUSTIÇA, ARRISCANDO A PRÓPRIA VIDA, SE NECESSÁRIO FOR, NA DEFESA DA
SOCIEDADE E DOS CIDADÃOS”.
Art. 16. Cumpre ao Secretário de Estado da Segurança Pública dar posse a todos
servidores da Polícia Civil.
Parágrafo único. Para a posse o candidato à vaga deve ser submetido à inspeção médica
realizada pela Junta Médica Oficial do Estado, somente sendo empossado aquele que for
julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
Subseção II
Do Exercício
Art. 20. Os servidores de que trata esta Lei cumprem jornada de trabalho fixada de
acordo com as necessidades do exercício das atribuições inerentes aos respectivos cargos,
respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 40 horas e observados os limites mínimo
e máximo de 6 horas e 8 horas diárias, respectivamente.
§1º A frequência ao serviço é apurada conforme instruções a serem expedidas pelo
Secretário de Estado da Segurança Pública.
§2º A jornada de trabalho, cujo exercício exige regime de turno ou plantão, é
estabelecida por ato do Secretário de Estado da Segurança Pública.
§3º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se ao regime
integral e exclusiva dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver
interesse da Administração Pública.
Subseção IV
Do Estágio Probatório
Art. 21. Estágio Probatório é o período de 3 anos de efetivo exercício no cargo, no qual
a Administração observa e avalia, por meio da Avaliação Especial de Desempenho, a
capacidade do servidor no exercício do serviço público.
§1º Avaliação Especial de Desempenho constitui o instrumento avaliador, utilizado de
forma periódica por comissão designada especialmente para essa finalidade, durante o período
de que trata o caput deste artigo, destinado a apurar, mediante observação e inspeções
regulares, a:
I - disciplina;
II - idoneidade moral;
III - aptidão para a função;
IV - conduta;
V – integração do servidor ao serviço e às atribuições do cargo.
§2º A avaliação, de que trata o §1º deste artigo, ocorre em três etapas, que tem por base
o acompanhamento diário do servidor, considerando-se como resultado da referida avaliação
a média aritmética obtida do somatório dos pontos alcançados em cada etapa da Avaliação
Especial de Desempenho.
§3º Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, a Avaliação Especial
de Desempenho do servidor é submetida à homologação de autoridade competente, que é
completada ao término do Estágio Probatório.
§4º É considerado aprovado o servidor que obtiver, no resultado final do Estágio
Probatório, média igual ou superior a 70% dos pontos possíveis.
§5º É reprovado no Estágio Probatório o servidor que:
I - vencidas todas as etapas da Avaliação Especial de Desempenho, não alcançar a
média que trata o §4º deste artigo;
II - receber conceito de desempenho insatisfatório, notas 1 ou 2:
a) em três fatores de julgamento numa mesma etapa da Avaliação Especial de
Desempenho;
b) em um mesmo fator de julgamento em duas etapas, consecutivas ou não, da
Avaliação Especial de Desempenho;
c) que, independentemente de ter alcançado a média necessária para sua aprovação,
contar, no período do Estágio Probatório, com mais de 45 faltas intercaladas e
não-justificadas.
§6º A exoneração, decorrente da reprovação em quaisquer dos fatores constantes deste
artigo, ocorre independentemente do decurso de prazo do Estágio Probatório.
§7º O servidor reprovado na Avaliação Especial de Desempenho é exonerado ou, se
estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.
§8º O servidor reprovado no Estágio Probatório tem seu processo encaminhado à
Comissão de Revisão, em recurso de ofício, sendo-lhe assegurado o contraditório e a ampla
defesa.
§9º Ao servidor em estágio probatório somente pode ser:
I - atribuída licença:
a) para tratamento da saúde;
b) por motivo de doença em pessoa da família, cônjuge ou companheiro;
c) maternidade ou paternidade;
d) por adoção, tutela ou guarda judicial para fins de adoção;
e) para o serviço militar obrigatório;
f) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
II - autorizado o afastamento:
a) para servir a outro órgão ou entidade do Estado, dos Poderes da União, dos outros
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, inclusive autarquias, fundações e
empresas públicas, para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
b) para realizar missão oficial no exterior;
c) para participar de curso de formação em virtude de aprovação em concurso
público para outro cargo na Administração Pública.
§10. O estágio probatório permanece suspenso durante as licenças e afastamentos
concedidos ao servidor, bem como na hipótese de participação em curso de formação, e é
retomado a partir do término do impedimento.
§11. Suspendem a contagem do prazo do Estágio Probatório:
I - as licenças:
a) para tratamento da própria saúde, se superiores a 120 dias, durante uma mesma
etapa de avaliação;
b) por motivo de doença em pessoa da família, se superiores a 90 dias, numa mesma
etapa avaliadora;
c) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
d) para o serviço militar;
II - as licenças definidas no § 9º, I, alíneas “a” a “e”, e o afastamento definido no §9º,
II, “d”, deste artigo, desde que, somando os respectivos períodos numa mesma
etapa de avaliação, o período de licença ou afastamento atinja limite superior a
120 dias;
III - o período de serviço prestado na conformidade do inciso II, “a” do § 9º deste
artigo;
IV - o período transcorrido entre a demissão do serviço e a correspondente
reintegração, em caso de demissão durante o estágio probatório.
§12. As férias não suspendem a contagem do prazo do estágio probatório.
§13. Durante o período de Estágio Probatório, o servidor pode ser removido somente
em virtude de necessidade imprescindível de serviço, plenamente justificada, casos em que:
I - a avaliação é realizada, em data prevista, pela Comissão de Avaliação do órgão no
qual o servidor esteja em exercício;
II - a Comissão de Avaliação pode solicitar informações do servidor avaliado no
órgão de lotação anterior, sempre que entender necessário ao processo avaliador.
§14. A exoneração do servidor reprovado no Estágio Probatório é efetuada mediante ato
devidamente fundamentado pelo Secretário de Estado da Segurança Pública, nos termos do
Decreto do Chefe do Poder Executivo que regulamenta os procedimentos referentes ao
Estágio Probatório e à Avaliação Especial de Desempenho.
§15. O servidor estável, que se encontre em Estágio Probatório em outro cargo, pode
voltar ao cargo de origem, a pedido, antes do término do Estágio e somente nesse período,
caso não se adapte às atribuições do novo cargo.
§16. São independentes as instâncias administrativas de exoneração, decorrente da
reprovação em Estágio Probatório e a de demissão resultante de Processo Administrativo
Disciplinar.
§17. Exonerado ou demitido o servidor em razão de reprovação no estágio probatório
ou de Processo Administrativo Disciplinar, respectivamente, resta prejudicado o processo que
estiver ainda em andamento.
Art. 22. É possível decretar-se o sigilo no procedimento de avaliação especial de
desempenho funcional, com o fim de preservar a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem do interessado.
Subseção V
Da Estabilidade
Art. 23. O servidor adquire estabilidade no serviço público ao completar três anos de
efetivo exercício, desde que aprovado no estágio probatório.
Parágrafo único. É condição essencial para a aquisição da estabilidade que a aprovação
no estágio probatório decorra de avaliação especial de desempenho.
Art. 24. O servidor estável somente perde o cargo em virtude de:
I - sentença judicial transitada em julgado;
II - processo administrativo disciplinar, no qual lhe seja assegurada ampla defesa;
III - insuficiência de desempenho, aferida em procedimento de avaliação periódica de
desempenho, assegurada ampla defesa, nos termos do que dispuser Lei própria.
Seção II
Da Progressão
Art. 25. As regras, diretrizes e princípios de progressão do policial civil na carreira são
estabelecidos em Lei própria que dispõe sobre o plano de cargos e carreiras na Administração
Pública.
§1º Nenhuma progressão ocorre desvinculada de avaliação periódica de desempenho.
§2º Para fins de progressão funcional, não serão aproveitados quaisquer períodos de
tempo que não sejam os cumpridos estritamente na carreira.
§3º A avaliação periódica de desempenho será regulada por ato do Chefe do Poder
Executivo, atendidos, dentre outros, os critérios de eficiência, aperfeiçoamento funcional e
produtividade, mediante proposta do Secretário de Estado da Segurança Pública.
§4º Os critérios de eficiência e produtividade de que trata o parágrafo anterior serão
mensurados através de metodologia concreta que demonstre o desempenho do servidor no
período avaliatório.
Seção III
Da Remoção
Art. 26. Remoção é a realocação do servidor para outra unidade da Polícia Civil.
§1º Dá-se a remoção, nos seguintes casos:
I - de ofício, por conveniência da Administração Pública;
II - a requerimento, por motivo de saúde deste, do cônjuge, companheiro ou
dependente que viva às suas expensas e conste de seu assentamento funcional,
desde que comprovado pela Junta Médica Oficial do Estado.
III - a requerimento, no interesse do servidor e observada a conveniência da
Administração Pública.
§2º Pode haver remoção por permuta, a critério da Secretaria da Segurança Pública,
mediante pedido escrito dos interessados.
§3º A remoção do Delegado de Polícia dar-se-á de ofício, por motivo de interesse
público, mediante ato fundamentado de dois terços do Conselho Superior da Polícia Civil, ou
a pedido, mediante concurso de remoção, onde deverão ser observados, alternadamente, os
critérios de antiguidade e merecimento.
§4º A nomeação ou designação de servidor efetivo para cargo de provimento em
comissão ou função de confiança, com exercício em outro órgão ou unidade que não o de sua
lotação dentro do Poder Executivo, caracteriza a remoção de que trata o inciso I do §1º deste
artigo.
Seção IV
Da Readaptação
Seção V
Da Reversão
Seção VII
Da Recondução
Seção VIII
Do Aproveitamento
Art. 33. Extinto o cargo, ou declarada a sua desnecessidade, o servidor efetivo estável
fica em disponibilidade, com subsídio proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo, cujos requisitos e atribuições sejam compatíveis com a sua
formação profissional.
§1º Atendidas as condições estabelecidas no caput, a Secretaria da Segurança Pública
determina o imediato aproveitamento do servidor em vaga disponível.
§2º O servidor em disponibilidade é mantido vinculado à Secretaria da Segurança
Pública.
Art. 34. Fica sem efeito o aproveitamento e é cassada a disponibilidade se o servidor
não entrar em exercício no prazo legal, salvo por doença comprovada pela Junta médica
oficial.
CAPÍTULO III
DA VACÂNCIA
Seção I
Da Exoneração
Art. 36. A exoneração desfaz a relação jurídica que une o servidor ao Poder Executivo,
operando seus efeitos a partir da publicação no Diário Oficial, quando o ato de exoneração
não dispuser quanto à retroatividade deles.
§1º Dá-se a exoneração:
I - a pedido do servidor;
II - de ofício, nos seguintes casos:
a) a critério do Chefe do Poder Executivo, tratando-se de cargo de provimento em
comissão;
b) quando o servidor:
1. não entrar em exercício dentro do prazo legal;
2. não satisfizer os requisitos do estágio probatório, após regular Processo
Administrativo Disciplinar, assegurando-lhe o contraditório e a ampla defesa.
§2º As exonerações previstas nos itens 1 e 2 da alínea “b”, do parágrafo anterior, são
precedidas de proposta motivada pelo chefe do órgão de lotação do servidor.
§3º No curso da licença concedida para tratamento de saúde, ou gozo de férias, o
servidor não pode ser exonerado.
§4º O servidor submetido a Processo Administrativo Disciplinar não pode ser
exonerado, ainda que a pedido, antes de sua conclusão.
Seção II
Da Demissão
Art. 37. O ato de demissão deve mencionar sempre o dispositivo no qual se fundamenta,
observando-se os preceitos estabelecidos nesta Lei.
CAPÍTULO IV
DA SUBSTITUIÇÃO
TÍTULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DO SUBSÍDIO
Art. 39. Como retribuição pecuniária pelo exercício das atribuições próprias de seu
cargo, o servidor percebe o subsídio estabelecido na lei que dispuser sobre seu plano de
cargos e carreiras, fixado em parcela única na conformidade dos arts. 39, §§ 3º e 8º, e 144,
§9º, da Constituição Federal, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono,
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso,
o disposto no art. 37, inciso XI, da mencionada Constituição Federal.
§1º O servidor perde o subsídio:
I - do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;
II - a parcela do subsídio diário proporcional aos atrasos e saídas antecipadas, salvo
na hipótese de compensação de horário a ser previamente estabelecida e
autorizada pela chefia imediata;
III - o subsídio dos dias em que deixar de comparecer a plantões ou descumprir escalas
de sobreaviso.
§2º As faltas justificadas, nos termos desta Lei, não afetam o subsídio do servidor.
§3º Salvo por imposição legal, mandado judicial ou nos casos de convênios com
instituições credenciadas, nenhum desconto incide sobre o subsídio do servidor, sendo que as
consignações facultativas em favor de instituições credenciadas, só podem ser efetuadas
mediante autorização escrita do servidor e respeitando-se o limite de 30% do seu subsídio,
conforme regulamento específico.
§4º As reposições e indenizações ao erário, em valores atualizados, são previamente
comunicadas ao servidor no prazo de 30 dias, podendo o pagamento ser parcelado, a pedido
do interessado, não podendo exceder a 10% de seu subsídio.
§5º O servidor que for demitido e exonerado em débito com o erário ou que tenha
dívida relativa à reposição cinco vezes o valor de seu subsídio, pode parcelar o seu débito,
desde que o valor de cada parcela não seja inferior a 20% do subsídio, salvo o disposto em
Lei específica.
§6º Os valores percebidos pelo servidor, em razão de decisão liminar, de qualquer
medida de caráter antecipatório ou de sentença judicial, posteriormente cassada ou revista,
dever ser repostos no prazo de 30 dias, contados na notificação para fazê-los, sob pena de
inscrição em dívida ativa, nos termos de regulamentação específica.
§7º O subsídio não é objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de
prestação alimentícia, nos termos do que dispuser a Lei, resultante de decisão judicial.
CAPÍTULO II
DO ADICIONAL DE FÉRIAS
Art. 40. Independente de solicitação é pago ao servidor por ocasião das férias, um
adicional correspondente a um terço do subsídio do período das férias.
Parágrafo único. O adicional de férias incide sobre o subsídio dos cargos em comissão
ou da função de confiança.
CAPÍTULO III
DAS DIÁRIAS
Art. 41. O servidor, a serviço, que se afastar da sede em caráter eventual ou transitório
para outro ponto do território estadual, nacional ou para o exterior, faz jus a passagens e
diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com pousada,
alimentação e locomoção urbana, conforme o disposto em regulamentação própria.
§1º A diária, que deve ser paga antecipadamente, é concedida por dia de afastamento,
sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando
o Estado custear por meio diverso as despesas extraordinárias cobertas por diárias.
§2º Quando o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o
servidor não faz jus a diárias.
§3º Também não faz jus a diárias o policial civil que se deslocar dentro da mesma
região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios
limítrofes e regularmente instituídas, cuja jurisdição e competência dos órgãos e entidades
considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede ou necessidade de alimentação,
casos em que as diárias pagas são sempre as fixadas para os afastamentos dentro do Estado,
reduzidas na primeira hipótese em cinquenta por cento, e, na segunda hipótese, em setenta por
cento.
Art. 42. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo,
deve restituí-las no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. Na hipótese do servidor retornar à sede em prazo menor do que o
previsto para o seu afastamento, as diárias recebidas em excesso devem ser restituídas, no
prazo previsto no caput.
CAPÍTULO IV
DA AJUDA DE CUSTO
CAPÍTULO V
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
CAPÍTULO VI
DOS AUXÍLIOS PECUNIÁRIOS
Art. 47. São concedidos ao servidor, titular de cargo de provimento efetivo, ou à sua
família, os seguintes auxílios pecuniários:
I - auxílio-funeral;
II - auxílio-natalidade;
III - auxílio-reclusão;
IV - salário-família.
Seção I
Do Auxílio-Funeral
Seção II
Do Auxílio-Natalidade
Seção III
Do Auxílio-Reclusão
Seção IV
Do Salário-Família
CAPÍTULO VII
DAS FÉRIAS
Art. 56. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas até de dois
períodos, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§1º Para qualquer período aquisitivo de férias são exigidos doze meses de exercício.
§2º Não é permitido levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§3º Em hipótese alguma admite-se a conversão em pecúnia de qualquer período de
férias.
§4º As férias podem ser parceladas em até duas etapas, desde que assim requeridas pelo
servidor, e no interesse da Administração Pública.
Art. 57. Em caso de parcelamento o servidor recebe o valor do adicional de férias
quando da utilização do primeiro período.
Art. 58. As férias somente podem ser interrompidas por motivo de calamidade pública,
comoção interna, convocação para o Tribunal do Júri, Serviço Militar Obrigatório ou
Eleitoral, ou por necessidade do serviço, declarada pela autoridade máxima do órgão ou
entidade, sendo obrigatória a publicação do ato em Diário Oficial ou boletim interno da
Secretaria da Segurança Pública.
§1º O restante do período interrompido deve ser usufruído de uma só vez, observado o
interesse e as necessidades da Administração Pública.
§2º O servidor exonerado ou demitido do cargo efetivo, ou exonerado ou destituído de
cargo em comissão, percebe indenização relativa ao período das férias a que tiver direito,
inclusive ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou
fração superior a quatorze dias, calculando-se com base no subsídio do mês a partir da data do
desligamento.
CAPÍTULO VIII
DAS LICENÇAS E AFASTAMENTOS
Seção I
Da Licença para Tratamento de Saúde
Seção II
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 67. Pode ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou
companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva
às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação pela Junta
médica oficial.
§1º A licença somente é deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e
não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação
de horário.
§2º A licença é concedida por até:
I - com subsídio integral, por até três meses;
II - com dois terços do subsídio, quando exceder a três e não ultrapassar doze meses;
III - com metade do subsídio, quando exceder a doze meses.
§3º Excedendo os prazos de que trata o parágrafo anterior, a licença é prorrogada por
período indeterminado e dá-se sem o subsídio.
§4º É vedada a concessão de nova licença, com subsídio, dentro dos doze meses
seguintes ao término da licença anterior.
§5º Por nova licença entende-se a concessão de uma outra para acompanhar outro
membro da família que não motivou a licença anterior, ou então o mesmo membro, em razão
da mesma ou de outra doença.
§6º Em qualquer caso a prorrogação da licença depende de manifestação da Junta
médica oficial do Estado.
Seção III
Da Licença Maternidade ou por Adoção
Art. 68. É concedida a licença à servidora gestante por cento e oitenta dias consecutivos,
sem prejuízo do subsídio.
§1º A licença pode ter início a partir do primeiro dia do oitavo mês de gestação, salvo
prescrição médica em contrário.
§2º No caso de nascimento prematuro, a licença deve ter início a partir do dia imediato
ao do parto.
§3º No caso de natimorto, decorridos trinta dias do evento, a servidora deve ser
submetida a exame médico e, se julgada apta, reassume o exercício.
§4º No caso de aborto, atestado por médico oficial, a servidora tem direito a trinta dias
de repouso remunerado.
Art. 69. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante
tem direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que pode ser parcelada em
dois períodos de meia hora.
Art. 70. Ao servidor que adotar criança ou obtiver a guarda judicial para fim de adoção
é concedida licença, obedecidos os prazos concedidos nos termos do Regime Geral de
Previdência Social, sem prejuízo do subsídio.
Seção IV
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge ou Companheiro
Art. 71. Pode ser concedida licença ao servidor efetivo estável para acompanhar
cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional ou do
exterior.
§1º A licença é por prazo indeterminado e sem subsídio, não contando esse tempo para
qualquer fim.
§2º Se existir, no novo local de residência, repartição da administração direta ou indireta
dos Poderes do Estado, o servidor nela terá exercício enquanto durar o afastamento do
cônjuge ou companheiro, correndo seu subsídio à conta do órgão de lotação.
Seção V
Da Licença para o Serviço Militar
Art. 72. Ao servidor convocado para o serviço militar obrigatório é concedida licença,
na forma e condições previstas em legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar o servidor tem até trinta dias, sem
subsídio, para reassumir o exercício do cargo.
Seção VI
Da Licença para Atividade Política
Art. 73. O servidor, titular de cargo efetivo estável, tem direito à licença, sem subsídio,
durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a
cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
Parágrafo único. O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha
suas funções e que exerça cargo de direção, chefia ou assessoramento, dele será afastado, sem
subsídio, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral,
até o décimo dia seguinte ao da eleição.
Seção VII
Da Licença para Capacitação ou Especialização
Art. 74. Após cada quinquênio de exercício o servidor estável pode, no interesse da
Administração Pública, e nos termos de regulamento, afastar-se do exercício do cargo, por até
três meses, para participar de curso de capacitação ou especialização, que tenha relação com a
área de atuação de seu cargo e seja ministrado por instituição legalmente reconhecida por
órgãos reguladores oficiais.
§1º A licença de que trata este artigo dá-se com o subsídio do cargo efetivo.
§2º Os períodos de licença, de que trata o caput, não são acumuláveis.
§3º Não é permitida a concessão da licença, de que trata este artigo, concomitantemente
ao exercício de cargo de provimento em comissão ou função de confiança.
§4º Sob pena:
a) de cassação da licença, o servidor deve mensalmente comprovar a frequência no
respectivo curso;
b) da perda do subsídio por período igual ao da licença, o servidor deve ao final do
curso apresentar o respectivo certificado ou diploma.
Seção VIII
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
Art. 75. A critério da Administração Pública, pode ser concedida ao servidor efetivo
estável licença sem subsídio para tratar de assuntos particulares, pelo prazo de até três anos
consecutivos, podendo ser prorrogada a pedido do interessado.
§1º A concessão da licença está condicionada à apresentação de certidão negativa da
Delegacia Estadual de Controle de Armas e Munições, certidão negativa de responsabilidade
sobre bens da Administração Pública e a certidão negativa da Corregedoria, nos termos de
regulamento.
§2º A licença pode ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor, ou a
interesse da Administração Pública.
Seção IX
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista
Art. 76. É assegurado ao servidor efetivo estável o direito à licença para o desempenho
de mandato em central sindical, confederação, federação, associação de classe de âmbito
nacional ou estadual, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da
profissão, assegurado o subsídio do cargo efetivo, observados os critérios e limites previstos
em Lei.
§1º Somente podem ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou
representação nas referidas entidades, desde que constituídas legalmente.
§2º O servidor, investido em mandato classista, não pode ser removido ou redistribuído
de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
§3º A licença tem duração igual a do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de
reeleição, e por uma vez.
§4º Para fins de pagamento das vantagens pecuniárias com caráter de ressarcimento é
considerada a média dos valores recebidos nos últimos doze meses.
Seção X
Do afastamento para servir a outro Órgão ou Entidade
Art. 77. O servidor titular de cargo de provimento efetivo pode ser cedido para ter
exercício em outro órgão ou entidade do Estado, dos Poderes da União, dos outros Estados,
do Distrito Federal, dos Municípios e de suas autarquias, fundações e empresas, nas seguintes
hipóteses:
I - para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
II - para execução de acordos ou convênios que prevejam a cessão de servidor;
III - para o exercício de suas atribuições junto à Secretaria Nacional de Segurança
Pública;
IV - outros casos expressos em lei específica.
§1º O ato de cessão é de competência exclusiva dos Chefes dos respectivos Poderes.
§2º Na hipótese do inciso I, a cessão dever ser com ônus para o requisitante ou
cessionário, e nas hipóteses previstas nos demais incisos, a onerosidade da cessão se dá
conforme o disposto no instrumento autorizador ou em Lei.
§3º Cessada a investidura no cargo ou função de confiança ou vencido o prazo
pactuado, o servidor tem o prazo de até 10 dias para retornar ao órgão ou entidade de origem,
sob pena de responsabilidade disciplinar.
Seção XI
Do afastamento para o Exercício de Mandato Eletivo
Art. 78. No caso de afastamento do cargo, o servidor contribui para o regime próprio de
previdência como se em exercício estivesse.
Parágrafo único. O servidor investido em mandato eletivo não pode ser removido ou
redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
Seção XII
Do afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
Art. 79. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem
autorização do Chefe do Poder Executivo.
§1º O período de afastamento para estudo não excede a 4 anos e, somente concluído
igual período utilizado, é permitida nova ausência pelo mesmo fundamento, devendo sempre
haver correlação com os requisitos do cargo ocupado pelo servidor e no interesse da
Administração Pública, considerando-se o programa do curso.
§2º O afastamento para Missão no Exterior é de caráter temporário em conformidade
com o objetivo da missão e demais condições para sua execução.
§3º. Durante o afastamento para Estudo ou Missão no Exterior, o servidor terá mantido
o subsídio do seu cargo.
§4º Ao servidor beneficiado pelo disposto no §1º não é concedida exoneração a pedido,
nem lhe são concedidas licenças, exceto para tratamento da saúde, por ocasião de maternidade
ou adoção, para exercício de atividade política ou por afastamento por mandato eletivo, antes
de decorrido período de carência igual ao utilizado, ressalvada a hipótese de ressarcimento
integral das despesas havidas.
§5º No caso de demissão, durante o período de carência de que trata o §4º, o servidor
ressarce ao Tesouro do Estado, proporcionalmente ao tempo restante para o término da
carência, os custos havidos com o seu afastamento.
§6º O afastamento para servir em organismo internacional, do qual o Brasil ou o Estado
participe ou com o qual coopere, dá-se com perda total do subsídio.
CAPÍTULO IX
DAS CONCESSÕES
Art. 80. Sem qualquer prejuízo, à exceção do disposto em Lei, pode o servidor ausentar-
se do serviço:
I - por um dia, para doação de sangue.
II - por até dois dias, para se alistar como eleitor.
III - por oito dias consecutivos:
a) em razão de casamento;
b) o pai, pelo nascimento ou adoção de filho;
c) pelo falecimento do cônjuge ou companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,
enteados, menor sob guarda ou tutela, irmãos ou curatelados.
IV - por até dez dias consecutivos, para finalização de trabalho objeto de curso de
graduação, especialização, mestrado ou doutorado, que seja inerente à área de
atuação de seu cargo, quando não forem utilizadas as licença para capacitação ou
especialização, ou o afastamento para Estudo no Exterior.
Art. 81. Pode ser concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada
a incompatibilidade com o horário da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.
§1º Para efeito do disposto neste artigo, é exigida a compensação de horário, respeitada
a duração semanal do trabalho.
§2º Também será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência,
quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de
compensação de horário, sendo extensivo também ao servidor que tenha cônjuge, filho ou
dependente com deficiência.
§3º Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de horário a
ser efetivada no prazo de até um ano, ao servidor que desempenhe atividade de instrutor em
curso de formação ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração
pública, que participar de banca examinadora ou de comissão para exames ou elaboração de
questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos, para participar
da logística de preparação e de realização de concurso público, quando tais atividades não
estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes.
Art. 82. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da Administração Pública
é assegurado, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição
de ensino congênere, em qualquer época, independente de vaga.
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos
filhos, ou enteados do servidor que vivem em sua companhia, assim como aos menores sob
sua guarda, com autorização judicial.
CAPÍTULO X
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 83. Além das concessões previstas no art. 80, são considerados como de efetivo
exercício:
I - as férias.
II - o exercício de cargo em comissão, em outro órgão ou entidade dos Poderes do
Estado, da União, dos outros Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
III - as licenças:
a) para tratamento da própria saúde;
b) por motivo de doença em pessoa da família;
c) maternidade ou por adoção;
d) por convocação para o serviço militar;
e) para capacitação ou especialização;
f) para mandato classista.
IV - os afastamentos para:
a) servir a outro órgão ou entidade;
b) exercer mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal;
c) estudar no País ou exterior, quando devidamente autorizado o afastamento;
d) realizar missão oficial no exterior;
e) para participar em programa de treinamento regularmente instituído;
f) atender a convocação da Justiça Eleitoral;
g) servir ao Tribunal do Júri e outros serviços obrigatórios por Lei;
h) deslocar-se até a nova sede de que trata o art. 19 desta Lei;
i) participar de competição desportiva nacional ou internacional ou atender a
convocação para integrar representação cultural e artística ou desportiva no País ou no
Exterior;
j) participar de curso de formação relativo a etapa de concurso público, exclusivamente
para os que já detenham a condição de servidor público.
Parágrafo único. Conta-se, apenas para efeito de aposentadoria, o tempo de contribuição
previdenciária, em razão de serviços públicos prestados ao Estado, à União, ao Distrito
Federal, outros Estados e aos Municípios, e da mesma forma o tempo de contribuição na
atividade privada, nos termos da Constituição Federal.
CAPÍTULO XI
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 84. É assegurado ao servidor da Polícia Civil o direito de requerer aos Poderes do
Estado defesa de direito ou interesse legítimo, sendo o requerimento dirigido à autoridade
competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio da que estiver imediatamente
subordinado o requerente.
§1º O requerimento, que poderá ser enviado através dos meios eletrônicos disponíveis e
devidamente certificados, devem ser despachados no prazo de 05 dias e decididos dentro de
30 dias.
§2º O direito de requerer prescreve em 05 anos quanto aos atos de demissão, de
cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e de
créditos resultantes da relação de trabalho, e em 120 dias, nos demais casos, salvo o disposto
no Título IV quanto ao Regime Disciplinar, ou em outra Lei específica.
§3º Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento,
na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.
§4º A administração Pública deve rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade, respeitados o prazo prescricional e a segurança jurídica.
§5º São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo por motivo
de força maior.
TÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 85. As disposições constantes deste título aplicam-se aos servidores da Polícia Civil
previstos no art. 2º desta Lei.
Art. 86. A disciplina, nos termos desta Lei, fundamenta-se na subordinação hierárquica,
funcional e no cumprimento das leis e atos normativos internos.
Art. 87. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular
das suas atribuições.
Art. 88. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou
culposo que resulta em prejuízo ao erário ou a terceiros.
Parágrafo único. A indenização do prejuízo causado ao erário dá-se na forma de Lei
específica, e tratando-se de dano causado a terceiro, responde o servidor perante a Fazenda
Pública, em ação regressiva.
Art. 89. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao
servidor, nessa qualidade.
Art. 90. A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo,
praticado dolosa ou culposamente, no desempenho do cargo ou função.
Art. 91. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo
independentes entre si.
Art. 92. A absolvição criminal somente afasta a responsabilidade civil ou administrativa
se negar a existência do fato ou afastar do acusado ou indiciado a respectiva autoria.
Art. 93. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou disciplinarmente
por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a
outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou
improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo,
emprego ou função pública.
Art. 94. O servidor, no desempenho do cargo ou da função, não se eximirá de ser
responsabilizado disciplinarmente por atos praticados na esfera da sua vida privada.
Parágrafo único. Nos casos em que o servidor não se encontrar no desempenho do cargo
ou da função, poderá ser responsabilizado disciplinarmente por seus atos, desde que haja
reflexo na vida funcional e esteja caracterizada a intenção de denegrir a função pública.
Art. 95. Considera-se transgressão disciplinar o descumprimento dos deveres previstos
no art. 96, e quaisquer das condutas previstas nos arts. 98 e 99 desta Lei, independentemente
do servidor ter auferido vantagem para si ou para outrem, não sendo necessário demonstrar o
prejuízo à Administração.
§1º A tentativa por si só já configura a infração disciplinar.
§2º A aplicação de penalidade pelas infrações disciplinares constantes desta Lei, não
exime o servidor da obrigação de indenizar a Administração pelos prejuízos causados, após
processo judicial regular.
CAPÍTULO II
SEÇÃO I
DOS DEVERES
SEÇÃO II
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO III
SEÇÃO I
DAS PENALIDADES
SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA E APLICAÇÃO DE PENALIDADE
Art. 113. Para a aplicação das penalidades previstas nesta Lei, são competentes:
I - o Chefe do Poder Executivo, para aplicação das penas disciplinares de demissão,
destituição de cargo de provimento em comissão e cassação de aposentadoria e
disponibilidade.
II - o Secretário de Estado da Segurança Pública, para aplicação das penas
disciplinares de destituição da função de confiança e de suspensão de 41 até 90
dias.
III - o Corregedor-Geral de Polícia, para aplicação das penas disciplinares de
advertência e suspensão até 40 dias.
Parágrafo único. No Processo Administrativo Disciplinar em que a Comissão concluir
pela pena de demissão do delegado de polícia, os autos serão encaminhados ao Secretário de
Estado da Segurança Pública, para fins de remessa à Procuradoria do Estado, que provocará o
Poder Judiciário objetivando a declaração judicial de perda do cargo.
Art. 114. Na aplicação das sanções disciplinares, serão considerados:
I - a natureza da infração, sua gravidade e as circunstâncias em que foi praticada;
II - os danos que dela provierem para o serviço público;
III - a repercussão do fato;
IV - os antecedentes do servidor;
V- a reincidência;
VI - as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
§1º O ato de imposição da penalidade deve mencionar sempre o fundamento legal e a
causa da sanção disciplinar.
§2º Extingue-se a punibilidade das transgressões disciplinares definidas nesta Lei:
I - a ocorrência de prescrição da ação disciplinar;
II - em caso de óbito do servidor indiciado ou acusado;
III - decisão judicial que negar a existência do fato ou afastar do acusado ou indiciado
a respectiva autoria.
Art. 115. São circunstâncias que atenuam a pena:
I - haver o transgressor procurado diminuir as consequências da falta, ou haver antes
da aplicação da pena reparado o dano;
II - haver o transgressor confessado espontaneamente a falta perante a autoridade
sindicante ou processante, de modo a facilitar a apuração daquela;
III - a boa conduta funcional;
IV - ter praticado a infração na forma tentada;
V- os prêmios e os relevantes serviços prestados, nos termos do art. 254 desta Lei.
Art. 116. São circunstâncias que agravam a pena:
I - impedir ou dificultar, de qualquer maneira, a apuração de falta funcional
cometida;
II - concurso de dois ou mais agentes na prática de infrações;
III - coação, instigação ou determinação para que outro servidor, subordinado ou não,
pratique infração ou dela participe;
IV - a prática simultânea ou a conexão de duas ou mais transgressões;
V- a prática de transgressão para assegurar execução ou ocultação, a impunidade ou
vantagem decorrente de outra transgressão;
VI - a execução ou participação de transgressão disciplinar mediante paga ou promessa
de recompensa;
VII - a prática reiterada ou continuada da mesma transgressão;
VIII - uso indevido de meios de coerção e intimidação;
IX - ter sido praticada a transgressão com premeditação;
X- ter sido praticada a transgressão em lugar público, por intermédio de rede social
ou rede mundial de computadores, da imprensa ou na presença de várias pessoas;
XI - ausência injustificada nas intimações ou convocações de autoridade policial
corregedora.
Art. 117. Considera-se reincidente o servidor que, no prazo de 5 anos, após ter sido
condenado em decisão de que não caiba mais recurso ordinário, venha a praticar a mesma ou
outra transgressão disciplinar.
SEÇÃO III
DA PRESCRIÇÃO
CAPÍTULO IV
MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
CAPÍTULO V
DA ACUMULAÇÃO
TÍTULO V
DOS PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 126. Todo aquele servidor que tiver ciência de irregularidade no serviço público é
obrigado comunicá-la à autoridade imediatamente superior, observando-se o art.
93 desta Lei.
Art. 127. As denúncias fundadas em irregularidades são objeto de apuração.
§1º Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal,
a denúncia é arquivada, por falta de objeto.
§2º As denúncias anônimas não são objeto de apuração, mas poderão ser verificadas à
critério da autoridade corregedora.
Art. 128. Havendo indícios da prática de crime, a autoridade que instaurar o
procedimento administrativo disciplinar, providenciará a imediata instauração do
competente procedimento policial criminal, ou comunicará desde já ao Ministério
Público.
Art. 129. Compete ao Corregedor-Geral de Polícia determinar a instauração de
sindicância, assim como as providências de cunho investigativo ou policial
criminal.
Parágrafo único. No caso de crimes ocorridos no interior do Estado, a Corregedoria
poderá vincular aos autos de procedimento investigativo ou policial criminal, o
delegado regional da circunscrição dos fatos, que poderá, sob a supervisão da
autoridade corregedora, presidir quaisquer dos atos procedimentais.
Art. 130. Nos casos de envolvimento de servidor administrativo cedido, em infrações disciplinares
previstas nesta Lei, a Corregedoria-Geral de Polícia encaminhará cópia dos autos ao órgão de
origem para a tomada das decisões cabíveis de cunho disciplinar.
Art. 131. Os procedimentos disciplinares terão seu curso integral no âmbito da Secretaria da
Segurança Pública, inclusive o julgamento, quando o servidor administrativo seja originário
do quadro da Polícia Civil.
Art. 132. Compete ao Secretário de Estado da Segurança Pública determinar, por manifestação do
Corregedor-Geral de Polícia, a instauração dos processos disciplinares através da comissão
processante.
Art. 133. Os procedimentos disciplinares instaurados para apurar transgressões disciplinares
envolvendo servidores em estágio probatório terão prioridade de tramitação no âmbito da
Corregedora-Geral de Polícia e seguirão o rito sumário previsto nesta Lei.
Art. 134. O julgamento fora do prazo legal do Procedimento Disciplinar, embora não
implique em nulidade, sujeita a autoridade julgadora à responsabilidade
administrativa.
Art. 135. É assegurado transporte e diárias:
I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na
condição de testemunha, nos termos de regulamento específico.
II - aos membros da Corregedoria ou Comissão de Processo Administrativo
Disciplinar, quando obrigados a se deslocarem da sede de trabalho para a
realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos, nos termos de
regulamento específico.
Art. 136. Os policiais civis poderão formular, entre si, pedido de cooperação para
prática de qualquer ato no procedimento administrativo disciplinar, os quais
poderão consistir, além de outros, no estabelecimento de procedimento para:
I - a prática de citação, intimação ou notificação de ato;
II - a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos;
III - realização de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de
sons e imagens em tempo real;
IV - cumprimento de carta precatória.
SEÇÃO I
DA REALIZAÇÃO DE VIDEOCONFERÊNCIA
SEÇÃO II
DA CARTA PRECATÓRIA
SEÇÃO III
DA CITAÇÃO POR EDITAL
Art. 155. A citação por edital é medida excepcional, só sendo utilizada quando
frustradas as possibilidades de citação pessoal, por ser impossível localizar o servidor.
§1º Quando o servidor não for localizado ou houver indícios de que este está se
ocultando, far-se-á citação por edital.
§2º É requisito da citação por edital:
I - certidão que declare estar o servidor em lugar ignorado, incerto ou não sabido ou
que esteja se ocultando para evitar a citação;
II - publicação do edital com prazo para apresentação da defesa, uma vez no Diário
Oficial do Estado e no boletim interno da Secretaria da Segurança Pública;
§3º O servidor será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as
tentativas de sua localização.
§4º O prazo previsto no edital convocatório contar-se-á da última publicação, quer seja
do Diário Oficial do Estado ou do boletim interno da Secretaria da Segurança Pública.
§5º Não atendidos os editais, a revelia será declarada por termo nos autos, certificando-
se as providências adotadas para localização do revel e restituindo-se integralmente o prazo
para a defesa ao defensor dativo nomeado.
SEÇÃO IV
DA REVELIA
SEÇÃO V
DA INTIMAÇÃO DAS PARTES VIA A
PLICATIVO DE MENSAGENS DE TEXTO
Art. 159. A intimação via aplicativo de mensagens de texto será oferecida como
ferramenta facultativa, sem imposição alguma às partes, para a realização de intimações nos
procedimentos administrativos disciplinares que tramitam na Corregedoria-Geral de Polícia.
Art. 160. A intimação será realizada pela a Autoridade Corregedora ou servidor por ela
designada, em forma de imagem, via aplicativo, em número de telefone indicado pela parte e
constante no procedimento administrativo disciplinar, devendo a comunicação feita ser
certificada nos autos.
§1º A Corregedoria-Geral de Polícia utilizará número telefônico exclusivamente para
essa finalidade.
§2º Será considerada intimada a parte que responder à mensagem no prazo de 24 horas,
ainda que fora do horário de expediente e caso não haja resposta no prazo indicado, haverá
intimação convencional.
Art. 161. O disposto nesta seção não impedirá a aplicação do que estiver previsto em
regulamentação específica sobre o assunto.
SEÇÃO VI
DO INCIDENTE DE SANIDADE MENTAL
Art. 162. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, em qualquer fase
do Procedimento Administrativo Disciplinar, a unidade de Corregedoria, ou a Comissão de
Processo Administrativo Disciplinar, propõe à autoridade competente seu encaminhamento a
Junta médica oficial, a qual, para o feito, deve contar com a participação de um médico
psiquiatra.
Parágrafo único. A apuração da dúvida quanto à sanidade mental proceder-se-á em auto
apartado e é apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.
SEÇÃO VII
DA AUDIENCIA PRÉVIA NAS TRANSGRESSÕES PUNIDAS COM
ADVERTÊNCIA
Art. 163. Nas infrações disciplinares em que a pena máxima cominada for advertência,
antes de iniciado qualquer procedimento administrativo disciplinar poderá ser realizada a
audiência prévia entre o servidor, o noticiante, se houver, e Corregedoria da Polícia Civil,
com a finalidade de envidar esforços para erradicar previamente as desavenças e supostas
irregularidades ocorridas no âmbito do local de trabalho ou situações que prejudiquem a
imagem, ética policial ou o decoro da categoria.
Art. 164. Quando a Autoridade Corregedora tomar conhecimento dos fatos que ensejam
infrações punidas com advertência poderá notificar as partes envolvidas para realização de
audiência prévia antes da instauração de qualquer procedimento administrativo, para que, na
data e em horário, preestabelecidos, compareçam à sede da Corregedoria da Polícia Civil.
Parágrafo único. Na audiência designada serão expostos os fatos, motivos e
circunstâncias que ensejaram o cometimento da transgressão disciplinar e havendo vítima ou
noticiante será proposta a conciliação de conflitos sugerindo ao servidor condições para
readequação das normas estabelecias nesta Lei ou outro ato normativo.
Art. 165. Havendo acordo e aceita as condições estabelecidas, não haverá instauração de
procedimento disciplinar e será lavrado Termo de Conciliação, o qual deverá ser assinado
pelas partes envolvidas, e encaminhado ao Corregedor-Geral de Polícia, para fins de
homologação.
§1º Se o servidor negar a prática da infração disciplinar ou não aceitar a proposta
prevista neste artigo, o procedimento administrativo correspondente à transgressão disciplinar
prosseguirá em seus ulteriores termos para apuração dos fatos, e, se for o caso, aplicação da
sanção disciplinar pela autoridade competente.
§2º Após a celebração de Termo de Conciliação ficará vedado novo acordo envolvendo
o mesmo servidor durante o período de 01 (um) ano.
§3º Em casos em que a Administração Pública seja a única vítima, a audiência prévia
poderá ser realizada entre o servidor e Autoridade Corregedora, a qual celebrará o acordo nos
termos anteriores.
§4º O servidor será certificado que formalizado o acordo, os fatos constantes no termo
homologado não terá fins para reincidência ou aplicação de penalidade.
§5º O procedimento para a realização da conciliação deverá ser concluído em até 10
dias.
Art. 166. Para os fins previstos nesta seção, o servidor deverá fazer-se sempre presente
pessoalmente, podendo acompanhar-se defensor constituído ou defensor nomeado pela
autoridade por ocasião do ato.
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR SUMÁRIO
CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR ORDINÁRIO
SEÇÃO I
DA SINDICÂNCIA
SEÇÃO II
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
SUBSEÇÃO I
DA INSTAURAÇÃO, CITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO
Art. 193. A atividade processante reger-se-á de acordo com os princípios que norteiam a
Administração Pública bem como, ainda, o da proporcionalidade, da razoabilidade, da
motivação, do contraditório e da ampla defesa.
Art. 194. O Processo Administrativo Disciplinar compreende as seguintes fases:
I - instauração, com a publicação da Portaria, indicando-se a autoria e a natureza da
infração;
II - instrução, defesa e relatório;
III - julgamento.
Parágrafo único. A identificação da autoria será por intermédio da matrícula do
servidor.
Art. 195. Quando o Processo Administrativo Disciplinar resultar de prévia Sindicância,
esta integrará o procedimento, em apenso, como peça informativa da instrução.
Art. 196. Recebido o relatório de Sindicância, ou documentação com evidentes e fortes
indícios, suficientes para a formação do convencimento, a Comissão deverá instaurar
Processo Administrativo Disciplinar, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, determinando a
citação do servidor para compor o processo, na condição de acusado, apresentar alegações
preliminares, rol de testemunhas e diligências julgadas necessárias, no prazo de 03 dias,
oportunidade em que poderá juntar provas de interesse da defesa.
Parágrafo único. Publicado o ato de instauração, dá-se início ao Processo
Administrativo Disciplinar.
Art. 197. Se o acusado não for encontrado, recusar-se a receber a citação ou não
apresentar suas Alegações Preliminares no prazo determinado, será considerado revel, nesse
caso o Presidente da Comissão, em termo próprio, decretará sua revelia, dando publicidade ao
ato e em seguida nomeará um servidor, da mesma classe ou superior, para defendê-lo,
providenciando o seu afastamento dos serviços normais da repartição, durante o tempo
estritamente necessário ao cumprimento daquele mister.
Art. 198. Na instrução, que deverá estar concluída no prazo de 60 dias, a Comissão
marcará, sucessivamente, audiência para a inquirição das testemunhas, arroladas pela
acusação e defesa, determinando, posteriormente, se for o caso, a produção de outras provas
requeridas pelas partes.
§1º Na produção da prova, a Comissão pode recorrer, sempre que a natureza do fato
exigir, aos peritos ou técnicos especializados, requisitando à autoridade competente o pessoal,
material e documentos necessários a seu funcionamento.
§2º Será indeferido o pedido de prova pericial quando a comprovação do fato resultar
inconteste diante de provas já produzidas, e o fato independer de conhecimento específico de
Perito.
Art. 199. As partes são intimadas para todos os atos, com antecedência mínima de 3
dias em relação à data designada, quando não o for, na própria audiência, sendo assegurado a
eles o direito de participação na produção de provas, mediante requerimento de perguntas às
testemunhas e formulação de quesitos, quando se tratar de prova pericial.
Art. 200. Será permitido à defesa arrolar no máximo 3 testemunhas para cada acusado, e
requerer produção de provas de seu interesse, que a juízo da Comissão, poderão ser
indeferidas motivadamente se não forem pertinentes ou tiverem intuito meramente
protelatório.
Art. 201. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pela
autoridade que presidir a apuração, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser
anexada aos autos.
§1º Aos chefes diretos dos servidores públicos intimados a comparecerem perante a
comissão, será dado de imediato o conhecimento nos termos da intimação.
§2º Tratando-se de militar, seu comparecimento será requisitado à autoridade superior.
§3º Tratando-se de testemunha faltosa será facultada a sua substituição, salvo arguindo
a defesa a imprescindibilidade e relevância de seu depoimento, incumbindo-lhe sua
apresentação, tendo em vista o princípio da cooperação entre as partes, estabelecido no art. 6o
da Lei 13.105, de 16 de março de 2015.
Art. 202. Não podendo a testemunha comparecer perante a Comissão, por se encontrar
em localidade diversa do lugar da apuração dos fatos, poderá, quando conveniente, ser ouvida
através de carta precatória ou videoconferência.
Parágrafo único. No caso de não comparecimento do acusado, de seu defensor, ou de
qualquer deles, por motivo justificado, é suspensa a audiência e designada outra data, fato que
somente ocorre uma vez, por motivo justificado ou, se já adiada uma vez, é nomeado outro
defensor e realizada a audiência, ainda que sem a presença do acusado.
Art. 203. As testemunhas serão inquiridas isoladamente, de modo que não tenham
conhecimento do teor dos demais depoimentos prestados, devendo o presidente da Comissão
adverti-las das penas cominadas ao crime de falso testemunho.
§1º Ao procurador do acusado é facultado reinquirir a testemunha, por intermédio do
Presidente.
§2º Quando os depoimentos resultarem divergentes e recaírem dúvidas sobre fatos ou
circunstâncias relevantes, poderá ser procedida à acareação.
Art. 204. Constatando o Presidente da Comissão que a presença do acusado poderá
influir de maneira a comprometer o testemunho, registrará a termo a ocorrência e os motivos
determinantes, fazendo retirar o acusado e prosseguindo a audiência apenas com a presença
de seu procurador.
Art. 205. Concluída a inquirição das testemunhas, a Comissão promoverá o
interrogatório do acusado, de modo que possibilite o mais amplo conhecimento do fato,
observando-se os preceitos do art. 186 e, no que couber, o art. 187, ambos do Código de
Processo Penal.
Art. 206. Concluído o interrogatório, dá-se vista dos autos às partes, na repartição, no
prazo de 03 (três) dias, para pedidos de diligências complementares, que serão indeferidas
pela Comissão, quando julgadas meramente protelatórias.
Parágrafo único. Quando arguida pela defesa a comprovação dos fatos dependentes da
apresentação de documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo,
ou em outro Órgão Administrativo, a Comissão proverá, de ofício, a obtenção do documento
ou das respectivas cópias.
Art. 207. Finda as diligências, a Comissão abre prazo de 10 (dez) dias para apresentação
das alegações finais.
§1º Os servidores acusados que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de
advocacia distintos, terão prazos contados em dobro.
§2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
Art. 208. Ultimado o procedimento probatório, a Comissão elabora o seu relatório, no
prazo de 10 dias, onde faz o histórico dos trabalhos realizados e aprecia, isoladamente, em
relação a cada acusado, as irregularidades que lhes são imputadas e as provas colhidas nos
autos, decidindo, então, justificadamente, pela isenção de responsabilidade ou a punição,
indicando, neste último caso, a sanção que couber ou as medidas adequadas.
Parágrafo único. Deve ainda a Comissão, em seu relatório, sugerir quaisquer
providências que lhes pareçam de interesse relevante.
Art. 209. Sempre que no curso do Processo Administrativo Disciplinar for constatada a
participação de outros policiais civis deverão ser extraídas cópias dos autos e, mediante
despacho do Presidente da Comissão, encaminhadas ao Corregedor-Geral de Polícia para as
providências pertinentes.
Art. 210. O prazo para realização Processo Administrativo Disciplinar, estipulado no
art. 198 poderá ser prorrogado por igual período, quando as circunstâncias o exigirem.
Parágrafo único. A prorrogação do prazo, de que trata este artigo, dá-se por ato do
Corregedor-Geral de Polícia mediante solicitação fundamentada pelo Presidente da Comissão.
Art. 211. Os Membros da Comissão prestam, a qualquer tempo, à autoridade
competente, os esclarecimentos que lhes forem solicitados a respeito do Processo.
Art. 212. Caso um dos membros do colegiado discorde da conclusão dos demais, a sua
manifestação será registrada no relatório, constando as razões de sua discordância.
Art. 213. Aplicam-se aos processos disciplinares, no que couber, as normas e princípios
do direito processual vigente.
Art. 214. O Processo Administrativo Disciplinar, com o relatório da Comissão, será
remetido à autoridade que determinou sua instauração para julgamento.
§1º Salvo circunstâncias supervenientes, as autoridades disciplinares ficarão vinculadas
aos procedimentos iniciados sob sua responsabilidade, até sua respectiva conclusão.
§2º O resultado final do Processo Administrativo Disciplinar deverá ser publicado em
Diário Oficial ou boletim interno da Secretaria da Segurança Pública.
SUBSEÇÃO II
DO JULGAMENTO DO PROCESSO
SEÇÃO I
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
Art. 222. O pedido de reconsideração é dirigido apenas uma única vez e tão-somente à
mesma autoridade originária que emitiu a primeira decisão que se quer reformar.
§1º O pedido de reconsideração deverá ser proposto no prazo de 5 dias úteis após a
publicação do ato e somente será recebido para esclarecer fato que não foi objeto da decisão,
erro material ou em razão da inadequação da penalidade aplicada.
§2º O pedido de reconsideração não suspende ou interrompe o prazo para interposição
do recurso ordinário e deverá ser decidido dentro de 15 dias.
§3º Homologado e publicado o parecer sobre o recurso de reconsideração de ato que
indefira o pedido do requerente, este é notificado, recebendo cópia do referido parecer, para
que, no prazo legal, querendo, apresente o recurso ordinário.
SEÇÃO II
DO RECURSO ORDINÁRIO
SEÇÃO III
DA REVISÃO
Art. 226. O Procedimento Disciplinar pode ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou
de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis para justificar a
inocência do punido, que não tenham sido apreciadas na fase de instrução.
§1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa
da família pode requerer a revisão do processo.
§2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão é requerida pelo respectivo
curador.
Art. 227. O requerimento é dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual
autorizando a revisão encaminhará o pedido ao dirigente do órgão de onde originou o
procedimento disciplinar.
Art. 228. A revisão corre em apenso ao processo originário.
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pede dia e hora para a produção de
provas e inquirição das testemunhas que arrolar.
Art. 229. A Corregedoria ou a Comissão de Processo Administrativo Disciplinar tem 30
dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por igual prazo, quando as circunstâncias o
exigirem.
Art. 230. O julgamento da revisão cabe à autoridade que prolatou a decisão impugnada.
§1º O prazo para julgamento é de 15 dias, contado do recebimento do procedimento, no
curso do qual a autoridade julgadora pode determinar diligências.
§2º Concluídas as diligências, renova-se o prazo para julgamento.
Art. 231. Julgada procedente a revisão, torna-se sem efeito a penalidade aplicada,
restabelecendo-se todos os direitos atingidos.
Parágrafo único. Da revisão do procedimento não pode resultar agravamento das
sanções aplicadas.
Art. 232. Na revisão o ônus da prova cabe ao requerente.
Art. 233. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a
revisão, que requer elementos novos não apreciados no processo originário.
SEÇÃO IV
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 234. Os recursos previstos nos artigos anteriores poderão ser recebidos com efeito
suspensivo, a critério da autoridade competente.
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso
ordinário, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 235. O pedido de reconsideração e o recurso ordinário, quando cabíveis,
suspendem a prescrição.
Art. 236. Para o exercício do direito recursal, é assegurada vista do procedimento ou
documentos, na repartição, ao servidor ou ao defensor por ele constituído.
Art. 237. O recurso não será conhecido quando interposto:
I - fora do prazo;
II - por quem não seja legitimado;
III - após exaurida a esfera administrativa.
Art. 238. A Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.
Parágrafo único. As decisões finais nas vias recursais deverão ser publicadas em Diário
Oficial ou boletim interno da Secretaria da Segurança Pública, identificando-se o servidor por
intermédio de sua matrícula.
Art. 239. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo
motivo de força maior.
CAPÍTULO V
DO COMPROMISSO DO AJUSTAMENTO DE CONDUTA
TÍTULO VI
DAS GARANTIAS E PRERROGATIVAS
Art. 243. Decorridos três anos de efetivo exercício, o servidor somente perde o cargo:
I - se condenado à perda da função, resultante de sentença criminal transitada em
julgado;
II - em virtude de Processo Administrativo Disciplinar, no qual lhe tenha sido
assegurada ampla defesa.
Parágrafo único: Observar-se-á quanto ao delegado de polícia, regra especial consoante
a Constituição do Estado do Tocantins no que tange à vitaliciedade, devendo o processo ser
encaminhado à Procuradoria-Geral do Estado para fins de declaração de perda do cargo pelo
Poder Judiciário.
Art. 244. O policial civil goza das seguintes prerrogativas:
I - tratamento compatível com o nível do cargo desempenhado;
II - irredutibilidade de subsídio;
III - aposentadoria especial nos termos de Lei específica;
IV - ser recolhido sob custódia especial, em dependência separada dos demais presos
comuns, quando preso, antes ou depois da sentença transitada em julgado;
V- em razão do serviço, ter ingresso e trânsito livres, com franco acesso, em qualquer
recinto público ou privado, respeitada a garantia constitucional da inviolabilidade
de domicílio;
VI - prioridade nos serviços de transporte e comunicação, públicos e privados, em
razão do serviço;
VII - realizar busca pessoal e veicular, necessárias às atividades de prevenção e
investigação;
VIII - atuar sem revelar sua condição de policial civil, no interesse do serviço, exceto
quando tiver que efetuar prisão.
§1º O policial civil em atividade ou aposentado tem direito à identidade funcional
equivalente à identidade civil, com as anotações devidas, além do porte de arma na
conformidade da legislação federal.
§2º Observar-se-á quanto aos demais servidores da Polícia Civil, os direitos e
prerrogativas previstos no Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins.
Art. 245. Os delegados de polícia corregedores e os delegados de polícia membros da
Comissão de Processo Administrativo Disciplinar exercerão suas atribuições com
exclusividade, imparcialidade e independência funcional, somente podendo ser exonerados
por ato do Chefe do Poder Executivo.
Art. 246. Aos servidores integrantes da Corregedoria-Geral de Polícia é facultada a
participação em escalas de plantões, desde que não haja prejuízo aos trabalhos da unidade, e
se devidamente autorizado pela chefia.
Art. 247. Todo aquele delegado de polícia que tenha tomado posse no cargo de
delegado geral da Polícia Civil, ou superior, e tido exercício mínimo e ininterrupto de 1 ano,
ser-lhe-á garantida a possibilidade de opção da escolha de sua nova lotação pelo período de 4
anos a contar do ato de destituição emanado pelo Chefe do Poder Executivo.
Art. 248. Serão garantidos aos delegados corregedores e aos membros da Comissão de
Processo Administrativo Disciplinar, que tenham exercido o cargo durante o período mínimo
e ininterrupto de 1 ano, a possibilidade de opção da escolha de sua nova lotação pelo período
de 4 anos a contar do ato de destituição emanado pelo Chefe do Poder Executivo, não
podendo a qualquer tempo ser lotados ou designados para o exercício de atribuição em
unidade na qual esteja sob a subordinação de servidor que tenha sido alvo de investigação ou
punido, durante a sua gestão no órgão.
Parágrafo único. Aos demais servidores da Polícia Civil que exerceram seu cargo pelo
período mínimo e ininterrupto de 1 ano na Corregedoria-Geral de Polícia, será garantida a
possibilidade de não serem lotados ou designados em unidades nas quais possam estar sob a
subordinação de servidor que tenha sido alvo de investigação ou punido, em procedimento em
que tenha atuado na Corregedoria.
TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 249. O servidor não pode ausentar-se do País para estudo ou missão especial, sem
autorização do Chefe do Poder Executivo.
Parágrafo único. Os deslocamentos para outro Estado estão condicionados à ciência
prévia do delegado geral da Polícia Civil, observando-se os atos normativos internos sobre a
rotina e os requisitos quando se tratar de viagens em serviço, dentro ou fora do Estado.
Art. 250. A concessão da aposentadoria ao servidor está condicionada ao recolhimento
ou anotação da carteira funcional e à apresentação de certidão negativa da Delegacia Estadual
de Controle de Armas e Munições, nos termos de regulamento.
Art. 251. O assentamento individual do servidor fica centralizado na Secretaria da
Segurança Pública.
Art. 252. O dia 21 de abril é dedicado ao policial civil.
Art. 253. Nenhum servidor da Polícia Civil pode desempenhar atribuições diversas das
pertinentes à categoria a que pertence ou funções remuneradas fora da corporação, salvo neste
último caso quando se tratar de cargo em comissão ou exercício de magistério, nos termos da
Constituição Federal e de regulamento a ser expedido.
Art. 254. Fica instituído ao servidor, a título de incentivo profissional:
I - prêmio pela produção de ideias ou trabalhos que favoreçam o aumento de
produtividade, a redução dos custos operacionais, o desenvolvimento das
atividades e serviços e a preservação do patrimônio público;
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito e elogio pelos relevantes
serviços prestados à comunidade e à segurança pública do Estado.
Art. 255. Contam-se, por dias corridos, os prazos previstos nesta Lei.
Parágrafo único. Não se computa no prazo o dia inicial, prorrogando-se o vencimento
que incidir no sábado, domingo ou feriado, para o primeiro dia útil seguinte.
Art. 256. Ao servidor da Polícia Civil é vedado o exercício de suas atribuições sob a
direção imediata do cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau.
Art. 257. A remuneração, a título de pró-labore, por aulas ministradas na Escola
Superior de Polícia, é fixada por ato do Chefe do Poder Executivo, e é atribuída pelo
Secretário de Estado da Segurança Pública a pessoa de reconhecida capacidade.
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
MAURO CARLESSE
Governador do Estado