Resumo de Ciencias Politicas
Resumo de Ciencias Politicas
Resumo de Ciencias Politicas
O termo Sistema diz respeito ao conjunto dos elementos de um todo e a sua interacção
permanente, enquanto;
A palava Regime diz respeito ao modo como esse todo se forma e funciona.
Para a Ciência Politica- sublinha o prof. Adriano Moreira (1974), o facto relevante é a
distinção entre a Constituição Formal e Constituição real que se traduz no fenómeno de o
Estado com frequência sustentar uma imagem de submissão a primeira, observando a
segunda. A constituição Formal tem principal relação com a imagem que poder deseja radicar
na sociedade.
Regimes Políticos
Aristóteles que analisou mais de centena e meia de constituições do seu tempo, procurou
classificar os regimes com base no número dos que exerciam o poder; todos, alguns, ou só
um. Chamou Monarquia ao regime em que só um exerce o poder; chamou Aristocracia ao
regime em que o poder é exercido por alguns; chamou Democracia ao regime em que o poder
é compartilhado por todos os cidadãos, que alternadamente governam e são governados.
Com base nesse critério, isto é, com base no número dos que detém e exercem o poder, Jean
Bodin apresentou a seguinte classificação dos regimes políticos:
Tendo em conta a maneira de exercer o poder, Jean Bodin admitiu que cada um desses
regimes se poderia diferenciar em três formas distintas. Haveria assim três espécies de
Monarquia: a real, a senhorial e a tirânica; três espécies de aristocracia: a legítima, a
senhorial e a revoltosa; e três espécies de democracia: a legítima, a senhorial e a
turbulenta.
Entretanto, por meados do séc. XVIII,apareceu uma nova classificação dos regimes políticos
da autoria de Charles Montesquieu baseado num triplo critério: do número, do valor e
geográfico. E identificou três formas políticas do Estado: republica, monarquia e
despotismo. A república é o regime em que o poder é exercido pela totalidade ou parte do
povo, orientado pela virtude; a monarquia é o regime em que o poder é exercido por um só,
de acordo com leis pré-estabelecidas orientado pela honra; o despotismo é o regime em que o
poder pertence a um só, sem uma predefinição jurídica, e que o exerce com recurso ao terror.
São regimes aristocráticos aqueles em que apenas uma fracção da população adulta participa
na escolha e no controlo dos governantes. Essa fracção aristocrática da população pode ser
constituída pelo exército, pela administração, por uma classe social ou por um partido. A esta
categoria pertencem:
O sistema Parlamentar
O parlamentarismo é um sistema político de governo que se caracteriza
essencialmente pelas seguintes regras jurídicas fundamentais comuns:
responsabilidade do governo perante o parlamento, reconhecimento do parlamento
como fonte de todos os poderes, ausência de democracia directa, não eleição do chefe
de estado por sufrágio universal, direito de dissolução do parlamento pelo chefe de
Estado e acumulação de poderes e de funções.
O poder executivo no seu conjunto esta dividido em dois órgãos: o Chefe de Estado,
que não tem responsabilidade política, exercendo apenas poderes formais, e o governo
propriamente dito, que dirige a acção do poder executivo, assumindo a direcção
politica sob a orientação de um chefe de governo (Primeiro Ministro, chanceler,
Presidente do Conselho de Ministros). O governo resulta de eleições directas e
universais, visto a sua nomeação obedecer aos resultados das eleições parlamentares.
O parlamento eleito directamente pelos cidadãos dispõe de diversos meios para
controlar a acção do Governo. Quando o Governo já não dispuser da confiança do
parlamento, ver-se-á na necessidade de se demitir. Por seu turno o Governo também
pode influenciar o parlamento, e detém a faculdade de obter do Chefe de Estado a sua
dissolução e a convocação de novas eleições, bastando apresentar uma moção de
confiança ao parlamento quando verificar que a maioria deste não o apoia. A ligação
estreita entre o governo e o Parlamento pressupõe que estes dois órgãos colaborem
nas funções do Estado. Uma outra característica do sistema parlamentar reside no
facto de o chefe de estado, nas formas de Estados Republicanos, não ser eleito por
sufrágio universal. De facto no sistema parlamentar, o Presidente da Republica é
escolhido por um colégio restrito, cuja composição vária de uns países para outros.
Sistema Presidencialista
O sistema Presidencialista fundamenta-se no princípio da separação de poderes na
eleição do chefe do Estado por sufrágio universal, na atribuição ao Presidente da
Republica das funções de Chefe de Estado e de Chefe do Executivo, na independência
do Governo face ao Parlamento e na impossibilidade do Chefe do Estado dissolver o
Parlamento. Nos sistemas presidencialistas, as instituições estão concebidas de forma
muito semelhante a primitiva ideia de separação de poderes. Com efeito, nestes
sistemas opõem – se fundamentalmente dois órgãos: um encarregado de delinear
mediante a função legislativa, as linhas gerais da acção politica (o Parlamento); o
outro com a incumbência de dar execução as leis (o Presidente).
O Presidente da Republica, eleito por sufrágio universal é simultaneamente Chefe de
Estado e Chefe do Governo, por seu lado o Parlamento, eleito também por sufrágio
universal é independente do presidente: este não o pode dissolver, nem se quer fazer
parte dele. Nos sistemas presidencialistas os partidos desempenham igualmente um
papel muito importante.
O sistema de Convenção ou de Assembleia
O sistema de governo de convenção ou de assembleia caracteriza-se pela supremacia
expressa do parlamento sobre o governo. Neste sistema não existe poder executivo
distinto da assembleia: os membros do governo são escolhidos por ela de entre os seus
membros e podem por ela serem demitidos. Tanto o poder legislativo como o poder
executivo pertencem a assembleia representativa. Em geral o Prof, Marcello Caetano
(1983), no sistema de convenção ou de assembleia “não há Chefe de Estado singular:
a assembleia elege uma comissão permanente. Conselho de Estado ou Praesidium.
Este sistema foi instituído em França durante o domínio revolucionário da convenção
(1793-1795).