Curso 86839 Aula 02 v2
Curso 86839 Aula 02 v2
Curso 86839 Aula 02 v2
Aula 02
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá amigo concurseiro!
Hoje continuaremos estudando a Lei no 5.810/1994, que institui o Regime Jurídico Único dos
servidores públicos civis da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas do Estado
do Pará.
Nosso curso está andando rapidamente! Espero que você já esteja se sentindo mais confiante.
Quando o grande dia chegar, certamente você estará pronto para responder com segurança às
questões!
Lembre-se de que numa prova de legislação é muito difícil que
lei. Na dúvida, sempre marque a questão de acordo com o que está escrito, ok!?
Bons estudos!
Na aula passada estudamos diversas vantagens às quais o servidor público do Estado do Pará faz jus.
As mais importantes são aquelas, mas aqui há mais alguns dispositivos que tratam de mais algumas
vantagens. Nada muito complicado, ok? Vamos lá!
Art. 160. Além das demais vantagens previstas nesta lei, será concedido:
I - Ao servidor:
a) participação no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público;
b) vale-transporte, nos termos da Legislação Federal;
c) auxílio-natalidade, correspondente a um salário mínimo, após a apresentação da certidão de
nascimento para a inscrição do dependente;
d) auxílio-doença, correspondente a um mês de remuneração, após cada período consecutivo de
6 (seis) meses de licença para tratamento de saúde;
e) custeio do tratamento de saúde, quando laudo de junta médica oficial atestar tratar-se de
lesão produzida por acidente em serviço ou
doença profissional;
f) quando estudante, e mediante comprovação, regime de compensação para realização de
provas e abono de faltas para exame vestibular;
g) transporte ou indenização correspondente, quando licenciado para tratamento de saúde,
estando impossibilitado de locomover-se, na forma do regulamento;
h) seguro contra acidente de trabalho, para os que exerçam atividades com risco de vida.
Participação no Programa
de Formação do Patrimônio
do Servidor Público (PASEP)
do dependente.
Regime de compensação
para realização de provas
para o servidor estudante
Art. 161. Garantido o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de duas ou mais pensões,
ressalvadas a diretriz constitucional da acumulação remunerada de cargos públicos.
Uma pessoa somente pode receber duas pensões se elas forem decorrentes do exercício de cargos
que poderiam ser acumulados na ativa. Se um médico, por exemplo, tinha dois vínculos com a
Administração Pública (hipótese permitida pela Constituição de 1988), seu cônjuge pode receber as
duas pensões por ocasião de seu falecimento.
No caso de haver duas pensões incompatíveis, deve ser assegurado ao beneficiário o direito de optar
por uma ou outra.
05628104477
Art. 162. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários, nos seguintes casos:
a) a de 2 (dois) cargos de professor;
b) a de 1 (um) cargo de professor com outro técnico ou científico, de nível médio ou superior;
c) a de 2 (dois) cargos privativos de médico.
Atenção, atenção, atenção!!! Muita calma ao analisar esse dispositivo, ok? A acumulação de cargos
públicos foi tratada especificamente pela Constituição Federal de 1988, e a Lei no 5.810/1994 copiou
letra por letra a disposição constitucional original.
Acontece que o art. 37 da Constituição foi alterado pela Emenda Constitucional no 34/2001), e então
as hipóteses passaram a ser as seguintes:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
Percebeu as diferenças? Na segunda hipótese, a Lei no 5.810/1994 diz que o cargo técnico ou
científico pode ser de nível médio ou de nível superior, coisa que a Constituição não diz. Na terceira
hipótese, com a alteração de 2001, a Constituição passou a admitir a acumulação de dois cargos aos
profissionais de saúde com profissões regulamentadas, e não mais apenas aos médicos.
Hoje é permitida a acumulação de dois cargos privativos, por exemplo, a enfermeiros, dentistas,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, médicos, etc.
Guarde bem essas diferenças, pois a banca pode elaborar questões capciosas... Mais uma vez vou
explicar como responder às questões diante das dúvidas geradas pela incompatibilidade entre a lei
e a Constituição. “ de dois cargos
A INCORRETA
desde 2001 a Constituição de 1988 estendeu essa possibilidade aos demais profissionais de saúde
com profissões regulamentadas, ok?
Mas se a questão N L
no 5.810/1994, é permitida a acumulação de
A
o
CORRETA, pois a Lei n 5.810 traz essa regra, e nunca foi alterada para adaptar-se à nova redação da
Constituição. Além disso, perceba também que a acumulação só é permitida quando houver
compatibilidade de horários, ok???
A proibição de acumulação deve ser compreendida de forma bastante ampla, aplicando-se não só
aos cargos públicos em sentido estrito (efetivos e em comissão), mas também aos empregos e
funções públicas, não importando se o servidor está na ativa ou aposentado.
A única exceção é a do aposentado que ocupa cargo comissionado. Nesse caso, ele continua
recebendo a remuneração referente ao seu cargo efetivo, além daquela a que faz jus em razão do
cargo comissionado que está exercendo. E se o servidor for pego exercendo ilicitamente cargos que
não são acumuláveis? Aí então será aberto um processo administrativo e o servidor será obrigado a
optar por um deles. Até o final do processo, porém, presume-se que a acumulação ocorreu de boa
fé.
A expressão seguridade social representa um gênero, do qual são espécies a saúde, a previdência e
a assistência social. A seguridade, portanto, é considerada uma atividade do Estado, relacionada aos
programas abrangidos por essas áreas.
Os objetivos da seguridade social são os seguintes:
a) universalidade da cobertura do atendimento;
b) uniformidade dos benefícios;
c) irredutibilidade do valor dos benefícios;
d) caráter democrático da gestão administrativa, com participação paritária do
servidor estável e do aposentado eleitos para o colegiado do órgão previdenciário do
Estado do Pará. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem instituir,
cada um, seu sistema previdenciário próprio, com órgãos especificamente voltados
para essa finalidade. No caso de Município que não disponha de sistema próprio, é
possível ainda que este ente assine, mediante convênio, a adesão ao sistema do Estado
do Pará.
Art. 168. A seguridade social será financiada através das seguintes contribuições:
I - contribuição incidente sobre a folha de vencimento e remunerações;
II - dos servidores de qualquer quadro funcional;
III - de outras fontes estabelecidas em lei destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social.
A primeira contribuição mencionada é paga pelo órgão ou entidade onde o servidor presta seus
serviços. A segunda contribuição é paga pelos próprios servidores, mediante desconto na sua
remuneração. As receitas destinadas à seguridade social deverão constar no orçamento do Estado
do Pará. A contribuição paga pelo servidor incide sobre a sua remuneração total, com exceção do
salário-família.
Art. 170. A assistência à saúde será prestada pelo órgão estadual competente e, de forma
complementar, por instituições públicas e privadas.
Em geral os Estados contam com uma fundação pública responsável pela assistência à saúde dos
servidores. Nada impede, porém, que os órgãos viabilizem também a contratação de planos de
saúde coletivos, apesar de normalmente essa atividade caber às associações e sindicatos de
servidores. Sempre que um servidor ou dependente for atendido em situação de emergência e
urgência, o setor de Recursos Humanos deve informar o fato ao órgão de seguridade social no
próximo dia útil seguinte.
Art. 172. Os planos de Previdência Social atenderão, nos termos da legislação pertinente:
I - à cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte, incluindo os resultantes de acidentes
de trabalho, velhice e reclusão;
II - à pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge e dependente.
A previdência social envolve, além da aposentadoria, uma espécie de seguro, que garante a
continuidade da remuneração do servidor diante de certos eventos que o incapacitem para o
trabalho, bem como a pensão por morte, paga em benefício do cônjuge o dependente do servidor
falecido.
Essa remuneração (resultante dessa espécie de seguro) obedece, em geral, às mesmas regras
aplicáveis quando tratamos dos servidores ativos, havendo inclusive 13o salário.
Além disso, a lei assegura aos beneficiários o reajustamento periódico do benefício, de forma a
preservar seu valor real na época da concessão.
A assistência social envolve uma série de atividades desenvolvidas pelo Estado, com os seguintes
objetivos:
a) proteção ao servidor, sobretudo nos trabalhos penosos, insalubres e perigosos;
b) proteção à família, à maternidade e à infância;
c) amparo às crianças, em creche;
d) a cultura, o esporte, a recreação e o lazer.
Art. 175. É garantido ao servidor público civil do Estado do Pará o direito à livre associação,
como também, entre outros, os seguintes direitos, dela decorrentes:
a) de ser representado pelos sindicatos, na forma da legislação processual civil;
b) de inamovibilidade dos dirigentes dos sindicatos até 1 (um) ano após o final do mandato;
c) de descontar em folha, mediante autorização do servidor, sem ônus para a entidade sindical a
que for filiado, o valor das mensalidades e contribuições definidas em Assembleia Geral da
categoria.
O direito à livre associação sindical é assegurado pela Constituição Federal de 1988, sendo
considerado como um direito de caráter social.
O servidor não só tem direito de filiar-se ou desfiliar-se do sindicato da sua categoria no momento
em que desejar, mas também de ser representado pelo sindicato, 05628104477 seja no processo
judicial ou na via administrativa. O sindicato, portanto, representa toda a categoria, e não só seus
filiados.
Os dirigentes sindicais eleitos entre os servidores têm direito a afastar-se de suas atividades durante
o mandato, como você já sabe, e, além disso, têm direito à inamovibilidade pelo período de 1 ano,
ou seja, ao encerrar-se seu mandato, a Administração não pode removê-los pelo período de 1 ano.
Nesta parte da nossa aula temos uma lista de deveres e outra de proibições que a lei impõe aos
servidores públicos do Estado do Pará. Analisando provas anteriores de leis nas quais foram
cobradas leis semelhantes, é fácil perceber que a nossa banca gosta MUITO desses itens, e por isso
você precisará memoriza-los.
Por outro lado, a boa notícia é que a banca não se afasta do texto legal, cobrando literalmente o que
está escrito, e por isso as questões terminam não sendo difíceis.
Na próxima aula estudaremos os detalhes acerca das consequências pelo descumprimento desses
dispositivos, além das penalidades aplicáveis a cada caso.
Organizei as informações em forma de uma tabela, e em alguns deveres e proibições adicionei meus
comentários.
b) às informações, documentos e
OBS: E
do trabalho do servidor.
Art. 179. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
No Direito, um ato ilícito praticado por uma pessoa pode ser punido em esferas jurídicas diferentes.
Dizemos que há responsabilidade penal quando o servidor comete crime ou contravenção. A
responsabilidade civil, por outro lado, está presente quando, em razão de ato ou omissão, o servidor
causa prejuízo à Fazenda Estadual ou a terceiros. A responsabilidade administrativa (ou civil-
administrativa), por sua vez, obriga a Administração Pública a aplicar punições disciplinares ao
servidor que comete irregularidades praticadas no desempenho da função.
Acho que é mais fácil entender esses conceitos por meio de um exemplo, não é mesmo? Imagine
que alguém pega seu carro e, dirigindo de forma irresponsável, atropela outra pessoa, causando-lhe
danos físicos permanentes.
Que tipo de punição o motorista irresponsável poderia receber? Primeiro devemos pensar que ele
pode ir preso, não é mesmo? Pois bem, essa seria uma punição de natureza penal, ou seja, é a pena
pelo cometimento de um crime, que no caso poderia ser tentativa de homicídio, a depender das
circunstâncias.
Além disso, a pessoa atropelada também tem direito a ser indenizada em razão do dano sofrido, não
é mesmo? Estou falando não só das despesas médicas, mas também da sua capacidade para o
trabalho, que foi reduzida. Nesse caso o motorista deve ser obrigado a pagar uma indenização, que
é uma reparação de natureza civil.
Em terceiro lugar, o motorista irresponsável pode também sofrer punições por parte do órgão de
trânsito, como uma multa ou o cancelamento de sua carteira de habilitação. Nesse caso estamos
tratando de uma punição de natureza administrativa, aplicável diretamente pela Administração
Pública.
Se o motorista for um servidor que está utilizando carro oficial em serviço, pode ainda sofrer outra
punição administrativa, de caráter funcional. Ele pode, por exemplo, ser suspenso ou demitido do
cargo que ocupa. Por isso dizemos que o servidor responde nas três esferas quando exerce suas
atribuições de maneira irregular.
Por fim, é importante também que você compreenda que a responsabilidade civil do Estado é
apurada de forma objetiva. Isso significa que o prejudicado deve apenas comprovar a causalidade,
ou seja, que a ação do Estado provocou seu prejuízo. Ele não precisa provar culpa.
Voltando ao nosso exemplo, o motorista irresponsável estava com um carro oficial, no exercício da
função, e, portanto, caberá ao Estado indenizar o atropelado. Nada impede, porém, que o Estado
cobre os valores do servidor que estava agindo irregularmente. Isso é o que se ação
regressiva
Essa ação regressiva pode inclusive atingir os herdeiros do servidor falecido, até o limite da herança
recebida.
Art. 182. A absolvição judicial somente repercute na esfera administrativa, se negar a existência
do fato ou afastar do servidor a autoria.
Aqui estamos diante da situação do servidor que, em processo judicial, é absolvido do fato. Pois
bem, a repercussão na responsabilização administrativa depende da razão da absolvição.
Se a absolvição ocorrer por falta de provas, por exemplo, não há nenhuma repercussão na esfera
administrativa, pois é possível que a Administração Pública consiga produzir novas provas.
Por outro lado, se a razão da absolvição for a negativa do próprio fato, isso significa que o Poder
Judiciário concluiu que a irregularidade não ocorreu, e nesse caso não deve haver responsabilização
na esfera administrativa. O mesmo ocorrerá se o Poder Judiciário chegar à conclusão de que o fato
ocorreu, mas seu autor não foi o servidor.
Continuando nossa aula, vamos estudar um pouco a respeito das penalidades disciplinares aplicáveis
aos servidores. Essas penalidades não são de natureza criminal, mas são aplicadas aos servidores
que descumpriram os deveres ou praticaram atos proibidos pela lei.
Na aplicação dessas penalidades, devem ser considerados a natureza e a gravidade da infração e os
danos causados por ela para o serviço público, bem como circunstâncias e os antecedentes
funcionais do servidor envolvido.
Se, em razão da apuração, for concluído que a falta funcional foi tão leve que não merece a aplicação
das penalidades previstas, o servidor deve ser advertido verbalmente em particular.
Art. 186. Na aplicação de penalidade, serão inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos.
As provas ilícitas não podem ser admitidas no processo administrativo disciplinar. Se uma penalidade
administrativa for aplicada com base numa prova obtida de forma ilegal, o servidor pode pleitear
sua anulação junto ao Poder Judiciário.
As provas que derivam das provas ilícitas também não são admitidas. Aqui se aplica a famosa teoria
dos frutos da árvore envenenada.
Art. 187. Aos acusados e litigantes, em processo administrativo, são assegurados o contraditório
e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Parágrafo único. Ao servidor punido com pena disciplinar é assegurado o direito de pedir
reconsideração e recorrer da decisão.
Para a sua prova, é importante saber as principais diferenças entre as modalidades de penas
disciplinares, e por isso sugiro que você dê ênfase a esses aspectos no seu estudo.
As questões de prova sobre esses temas costumam ser simples e diretas. Elas tratam da autoridade
competente para aplicar a sanção, do prazo prescricional da infração disciplinar, bem como das
infrações que justificam a aplicação de cada uma das sanções.
Na tabela abaixo há um campo para as regras que são importantes para a sua prova, incluindo as
hipóteses que justificam a aplicação de cada penalidade, um campo que dispõe sobre as pessoas
que têm competência para aplicar a penalidade e o prazo prescricional, ou seja, o prazo concedido
pela lei à Administração Pública para que apure a irregularidade e aplique a punição.
PENAS DISCIPLINARES
AUTORIDADE
PENALIDADE REGRAS GERAIS
COMPETENTE
- Será aplicada nas infrações de natureza leve, Chefe da
em caso de falta de cumprimento dos deveres repartição e
ou das proibições, na forma que dispuser o outras
REPREENSÃO autoridades, na
regulamento.
Prescrição: 180 dias forma dos
respectivos
regimentos ou
regulamentos.
A tabela ficou um pouco grande, mas todas as informações que você precisa estão lá, ok?
Ainda sobre a prescrição, quero chamar sua atenção para duas regras importantes:
1) O prazo começa a correr do dia em que o fato (infração disciplinar) se tornou conhecido ➔ isso
significa que o prazo não começa a correr no momento em que o servidor efetivamente pratica a
irregularidade, mas sim quando a Administração Pública dela toma conhecimento.
2) A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a
decisão final proferida por autoridade competente ➔ o que a Administração precisa fazer para
cumprir o prazo é iniciar o procedimento punitivo, e não necessariamente conclui-lo.
Abaixo há mais uma tabela, dessa vez com as penalidades sujeitas a demissão, para deixar ainda
mais claras para você as observações acerca de algumas das infrações.
j) lesão aos cofres públicos e dilapidação do A pena de demissão será aplicada com a
patrimônio estadual**; nota "a bem do serviço público", e o
demitido não poderá retornar ao serviço
estadual.
A demissão implica a indisponibilidade dos
bens e o ressarcimento ao erário, sem
prejuízo da ação penal cabível.
n) participação em gerência ou
administração de empresa privada, de
sociedade civil, ou exercício do comércio,
exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;
s) procedimento desidioso;
Art. 199. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover
a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada
ao acusado ampla defesa.
Art. 200. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a
identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a
autenticidade.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito
penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.
Também será necessário memorizar o prazo para conclusão da sindicância, que é de 30 dias
prorrogáveis por mais 30, ok?
Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração constitui também ilícito penal
(crime), a autoridade competente deve encaminhar cópia dos autos ao Ministério Público,
independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.
Art. 203. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu
afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da
remuneração.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os
seus efeitos, ainda que não concluído o processo.
Você sabe o que é uma medida cautelar? Trata-se de uma providência emergencial, para preservar
a imparcialidade do processo disciplinar. Neste caso, a providência necessária é o afastamento do
servidor do exercício do cargo, para que ele não influencie no processo de apuração da
irregularidade da qual é acusado.
E C
aluno! No Brasil adota-se o famoso princípio da presunção de inocência, o que significa que o
servidor acusado de ter cometido irregularidade não pode ser considerado culpado até o resultado
definitivo da sindicância ou processo administrativo disciplinar.
Se o servidor não é culpado de nada, não pode ser prejudicado, não é mesmo? Por isso, mesmo
afastado, ele continua recebendo sua remuneração normalmente.
Art. 205. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 (três) servidores
estáveis, designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.
Os membros da comissão podem, quando necessário, ser dispensados de suas atividades rotineiras,
dedicando-se integralmente aos trabalhos do PAD, até a entrega do seu relatório final.
Nenhum dos membros da comissão pode ser cônjuge, companheiro ou parente do acusado,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
O grau de parentesco é calculado na forma do gráfico abaixo:
Os graus de parentesco são calculados com base nos vínculos de ascendência ou descendência. A
cada vínculo corresponde um grau. O vínculo entre pai e filho, por exemplo, é de primeiro grau, e o
vínculo entre avós e netos é de segundo grau.
Na linha colateral, o parentesco é calculado da mesma forma, seguindo-se o vínculo até um
ascendente em comum, e dele até o outro. O parentesco entre irmãos, por exemplo, é de segundo
grau, e o parentesco entre tios e sobrinhos é de terceiro grau.
Os parentes de primeiro grau, portanto, são pais e filhos, os de segundo grau são avós, netos e
irmãos, e os de terceiro grau são bisavós, bisnetos, tios e sobrinhos.
Art. 206. A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o
sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.
Parágrafo único - As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.
Os atos praticados pela comissão geralmente são sigilosos. Quando o ato que designa os membros
da comissão é publicado, geralmente se omite até o nome do acusado, para preservar sua
intimidade.
As reuniões da comissão, porém, ainda que reservadas, devem ser registradas em atas detalhadas,
que registrarão as deliberações adotadas.
O período destinado a todas as fases do PAD é de no máximo 60 dias, contados da data de publicação
do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as
circunstâncias o exigirem.
Na prática, o Poder Judiciário tem aceitado que as comissões sejam reconduzidas a cada período de
60 dias, de forma que os trabalhos no PAD duram em média 2 anos...
Os princípios do contraditório e da ampla defesa já são conhecidos por você, não é mesmo? Eles
envolvem não só a presunção de inocência, mas também a própria oportunidade que deve ser dada
ao acusado de ser ouvido e produzir provas em seu favor.
A fase do inquérito é aquela na qual ocorre a instrução propriamente dita. Nessa fase a comissão
toma depoimentos e acareações, promove investigações e diligências objetivando a coleta de prova,
e recorre, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos
fatos. Caso tenha havido sindicância numa fase inicial, seus autos devem integrar o processo
disciplinar como peça informativa.
Este dispositivo estabelece uma garantia relacionada ao contraditório e à ampla defesa. Nos PAD,
normalmente o servidor acusado é representado por advogado, apesar de isso não ser obrigatório
no processo administrativo.
Cuidado para não criar nenhum confusão aqui, ok? No processo judicial a assistência de advogado é
obrigatória, enquanto no processo administrativo ela é facultativa.
O advogado do acusado pode inclusive assistir ao interrogatório e à inquirição das testemunhas, mas
não pode interferir nas perguntas e respostas. É permitido, porém, reinquiri-las, por intermédio do
presidente da comissão.
Além disso, o servidor acusado pode tomar parte na produção de provas, mas isso não significa que
todo e qualquer pedido formulado por ele deverá ser atendido. Se os pedidos forem impertinentes,
meramente protelatórios (feitos com a intenção de atrasar o processo), ou não forem de nenhum
interesse para o esclarecimento dos fatos, o presidente poderá negá-los.
Art. 213. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandato expedido pelo presidente
da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do intimado, ser anexada aos autos.
Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandato por parte do presidente da comissão
deverá ser comunicada a seu chefe imediato, com a indicação do dia e da hora marcados para que
seja ouvido.
Cada testemunha deve ser ouvida de uma vez, não se permitindo oitivas coletivas e nem a
apresentação de declaração por escrito. Se houver depoimentos contraditórios, pode haver ainda a
acareação entre duas ou mais testemunhas.
O acusado deve sempre ser ouvido depois das testemunhas, para que possa ter a oportunidade de
esclarecer questões que foram levantadas ao longo das oitivas.
Se houver mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e se surgir alguma
divergência, deverá haver acareação entre eles.
Art. 216. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à
autoridade competente que ele seja submetido, a exame por junta médica oficial, da qual participe,
pelo menos, um médico psiquiatra.
Esse procedimento é chamado de incidente de sanidade mental, e deve ser processo em autos
separados do PAD, após a expedição do laudo pericial.
Art. 217. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indicação do servidor, com a
especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.
Uma vez passada essa fase de produção de provas, há o que se chama de indicação do servidor, que
é um documento contendo a explicação da acusação e das provas produzidas, para que o acusado
==63df3==
Art. 219. Achando-se o indiciado em local incerto e não sabido, será citado por Edital, publicado
no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio
conhecido, para apresentar defesa.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias, a partir
da última publicação do Edital.
Você sabe o que é uma citação por edital? Quando não é possível localizar o acusado no processo
administrativo, a citação é feita por meio de uma publicação no Diário Oficial. As publicações dos
atos administrativos e leis geram uma presunção de que toda a sociedade foi comunicada, e isso
vale também para o acusado.
Em regra, portanto, a citação deve ser feita pessoalmente, mas se o servidor acusado não for
encontrado, a citação será feita por edital, publicado no Diário Oficial do Estado e em jornal de
grande circulação.
Art. 220. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no
prazo legal.
Uma vez citado, o servidor que está sendo acusado da prática de irregularidade deve apresentar sua
defesa escrita, e se não o fizer será
considerado revel. A revelia deve ser declarada em termo próprio nos autos, e então o prazo será
reaberto para defesa.
Você pode estrar estranhando essa reabertura, mas, de acordo com os princípios do contraditório e
da ampla defesa, ninguém pode ser condenado sem defender-
Por essa razão, quando houver revelia, a autoridade responsável pela instauração do processo deve
designar um servidor para atuar como defensor dativo do ausente. Essa indicação pode recair sobre
qualquer servidor. A única exigência é que o defensor ocupe cargo de nível igual ou superior ao do
acusado.
Art. 221. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, em que resumirá as peças
principais dos autos e mencionará as provas nas quais se baseou para formar a sua convicção.
O trabalho final da comissão é um relatório, que deve se basear nas provas produzidas ao longo do
processo e concluir pela inocência ou responsabilização do servidor acusado.
A comissão deve ainda, no caso de concluir pela responsabilidade do servidor, indicar o dispositivo
legal ou regulamentar que foi violado, bem como a circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Esse relatório, porém, ainda não é a decisão final do processo.
Uma vez concluído o relatório, este será remetido à autoridade que determinou a instauração do
PAD, e a ela caberá a decisão final. Em regra, essa decisão deve acompanhar o resultado do relatório
da comissão, mas nem sempre.
Na próxima aula estudaremos o procedimento de julgamento, bem como a revisão do PAD.
Agora vamos concluir o estudo das disposições da lei que tratam do Processo Administrativo
Disciplinar, e em seguida passaremos às disposições gerais.
2.1 - DO JULGAMENTO
Art. 223. A autoridade julgadora proferirá a sua decisão, no prazo de 20 (vinte) dias, contados do
recebimento do processo.
O trabalho da comissão se encerra quando seu relatório, juntamente com os autos do processo, é
remetido à autoridade que determinou sua instauração, que deverá proferir sua decisão no prazo
de 20 dias.
Nem sempre a autoridade que determinou a instauração será a mesma que proferirá a decisão final.
A penalidade a ser aplicada pode superar sua alçada, por exemplo, caso em que o processo deve ser
remetido à autoridade competente.
Vamos relembrar quem são as autoridades que podem aplicar cada tipo de punição?
No caso do RJU paraense, a autoridade competente para aplicar sanções de demissão, destituição
de cargo em comissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade é a mesma competente para
nomear o servidor. Em geral essa atribuição cabe aos chefes de cada um dos Poderes: Governador
do Estado, Presidente da Assembleia Legislativa, e Presidente do Tribunal de Justiça.
Se no mesmo PAD houver mais de um indiciado e a comissão concluir pela aplicação de sanções
diferentes, o julgamento caberá à autoridade competente para aplicar a sanção mais grave. De outra
forma
Art. 224. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos
autos.
0
Essa regra é importantíssima! A comissão não aplica a punição disciplinar, mas a autoridade
responsável pelo julgamento somente pode contrariar o relatório se ele for contrário às provas que
constam nos autos.
Se o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de
responsabilidade.
Art. 227. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido
ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.
O servidor convocado para prestar depoimento ou para fazer parte da comissão e que por isso tenha
que se deslocar de sua sede deve receber diárias e passagens por conta da Administração, não é
mesmo?
Art. 229. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,
quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido
ou a inadequação da penalidade aplicada.
Perceba que a revisão do processo disciplinar pode se dar a pedido ou de ofício. Isso quer dizer que
a autoridade responsável pode rever a decisão mesmo sem ser provocada por ninguém. Isso ocorre,
por exemplo, quando a própria autoridade descobre fatos novos capazes de comprovar a inocência
do servidor.
A revisão também pode ser requerida pelo servidor. Caso ele tenha falecido, esteja ausente ou
desaparecido, o pedido pode ser formulado por qualquer pessoa da família. Se o servidor for
acometido de incapacidade mental, o pedido pode ser feito por seu curador.
Essa regra é bastante óbvia. Quem entra com o pedido de revisão deve trazer ao processo novas
provas, capazes de mudar a decisão original. Não cabe à Administração Pública trazer qualquer prova
ao processo, pois a revisão não foi deflagrada por ela.
Art. 231. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão,
que requer elementos novos ainda não apreciados no processo originário.
Atenção! Essa regra é campeã de provas! Já apareceu em várias. Para que a decisão proferida numa
PAD seja revista, é preciso haver fatos novos. O fato de a decisão parecer injusta para o prejudicado
não é suficiente para que ele peça a revisão.
Art. 237. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada,
restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição, que será
convertida em exoneração.
A revisão é um processo por meio do qual a penalidade aplicada pode ser abrandada ou declarada
sem efeito, mas não pode haver agravamento, ok?
Sim, uma questão com uma pergunta sobre essa data seria meio tosca, mas nunca se sabe o que a
banca pode aprontar, não é mesmo?
O direito de greve do servidor público é uma das maiores confusões constitucionais desde 1988. A
norma constitucional, assim como o art. 240, prevê uma lei específica acerca do tema, mas até hoje
essa lei nunca foi votada.
Recentemente, porém, o STF decidiu que deve-se aplicar aos servidores públicos, no que couber, a
lei de greve dos trabalhadores da iniciativa privada.
Art. 241. O servidor de nível superior ou equiparado ao mesmo, sujeito à fiscalização da autarquia
profissional, ou entidade análoga, suspenso do exercício profissional não poderá desempenhar
atividade que envolva responsabilidade técnico-profissional, enquanto perdurar a medida
disciplinar.
Esse é o caso, por exemplo, do Procurador do Estado que tem seu registro na Ordem dos Advogados
do Brasil suspenso. Ele não pode exercer a advocacia e, portanto, não pode atuar como procurador,
não é mesmo?
O mesmo raciocínio se aplica aos engenheiros, que precisam estar inscritos no Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia, aos médicos, arquitetos, fisioterapeutas, dentistas, etc.
Art. 242. Fica assegurada a participação de 1 (um) representante dos sindicatos de servidores
públicos no Conselho de Política de Cargos e Salários do Estado do Pará, na forma do regulamento.
3 - RESUMO DA AULA
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo dos principais aspectos estudados ao longo
da aula. Nossa sugestão é a de que esse resumo seja estudado sempre previamente ao início da aula
A
vocês, a cada ciclo de estudos é fundamental retomar esses resumos.
Regime de compensação
para realização de provas
para o servidor estudante
O Município paraense que não tiver sistema previdenciário próprio poderá aderir,
mediante convênio, ao órgão de seguridade do Estado do Pará para garantir aos seus
servidores a seguridade, na forma da lei.
b) às informações, documentos e
providências solicitadas por autoridades
judiciárias ou administrativas;
OBS: E
do trabalho do servidor.
As sanções civis, penais e administrativas são independentes entre si, são julgadas por
instâncias diferentes, e podem acumular-se.
PENAS DISCIPLINARES
AUTORIDADE
PENALIDADE REGRAS GERAIS
COMPETENTE
REPREENSÃO - Será aplicada nas infrações de natureza leve, Chefe da
em caso de falta de cumprimento dos deveres repartição e
Prescrição: 180 dias outras
ou das proibições, na forma que dispuser o
regulamento. autoridades, na
forma dos
respectivos
regimentos ou
regulamentos.
funções públicas;
m) lograr proveito pessoal ou de outrem,
valendo- se do cargo, em detrimento da
dignidade da função pública*;
n) participação em gerência ou administração
de empresa privada, de sociedade civil, ou
exercício do comércio, exceto na qualidade de
acionista, cotista ou comanditário;
o) atuação, como procurador ou
intermediário, junto a repartições públicas,
salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais a parentes
até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro*;
p) recebimento de propina, comissão,
presente ou vantagem de qualquer espécie,
em razão de suas atribuições;
q) aceitação de comissão, emprego ou pensão
de Estado estrangeiro;
r) prática de usura sob qualquer de suas
formas;
s) procedimento desidioso;
t) utilização de pessoal ou recursos materiais
de repartição em serviços ou atividades
particulares.
* indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação
penal cabível. * Nesses casos a pena de
demissão será aplicada com a nota "a bem do
serviço público", e o demitido não poderá
retornar ao serviço estadual. * O servidor
fica incompatibilizado para nova investidura
em cargo público estadual por 5 anos.
DESTITUIÇÃO DE CARGO - Será aplicada nos casos de infração, sujeita à
EM COMISSÃO OU Autoridade
penalidade de demissão.
FUNÇÃO GRATIFICADA competente para
- Se o servidor já tiver sido exonerado, sua nomear
Prescrição: 5 anos exoneração será convertida em destituição.
j) lesão aos cofres públicos e dilapidação do A pena de demissão será aplicada com a
patrimônio estadual**; nota "a bem do serviço público", e o
demitido não poderá retornar ao serviço
estadual.
A demissão implica a indisponibilidade dos
bens e o ressarcimento ao erário, sem
prejuízo da ação penal cabível.
indevidamente.
§ 2° Na hipótese do parágrafo anterior,
sendo um dos cargos, função ou emprego
exercido em outro órgão ou entidade, a
demissão lhe será comunicada.
n) participação em gerência ou
administração de empresa privada, de
sociedade civil, ou exercício do comércio,
exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;
s) procedimento desidioso;
O prazo para conclusão da sindicância não excederá a 30 dias, podendo ser prorrogado
por igual período, a critério da autoridade superior .
60 dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua
prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. 104477
4 - QUESTÕES
ilegalidade.
GABARITO: B
17. TRT 16a Região (MA) Técnico Judiciário 2005 Cespe (adaptada).
Apesar de a Lei no 5.810/1994 ser aplicável aos servidores do Estado do Pará, das autarquias e
das fundações públicas estaduais, ela prevê expressamente que a vedação de acumular cargos,
empregos e funções estende-se aos empregados das empresas públicas federais.
Comentários
É verdade. Esta regra se encontra no art. 162, parágrafo único.
GABARITO: CERTO
e) Corregedor Geral.
Comentários
De acordo com nossa tabela (mais uma vez), a autoridade competente para a aplicar a pena de
demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade é a mesma que tem competência para
nomear o servidor.
GABARITO: C
d) Se Hércules for suspenso, ele não perderá as vantagens e direitos decorrentes do exercício
do cargo.
e) Se, ao invés da suspensão, Hércules for multado, ele não poderá ser obrigado a permanecer
em serviço.
Comentários
Mais uma vez a suspensão aparecendo...! A alternativa A está incorreta porque a multa é de 50%. A
alternativa C está incorreta porque o prazo prescricional é de 2 anos. A alternativa D está incorreta
porque o servidor suspenso perde seus direitos e vantagens. A alternativa E está incorreta porque o
servidor que tiver sua suspensão convertida em multa deve permanecer em serviço.
GABARITO: B
Comentários
É verdade! Lembre-se bem que é até o terceiro grau, ok?
GABARITO: CERTO
a) I e III.
b) I e IV.
c) II.
d) III e IV.
e) IV.
Comentários
Cuidado aqui! Eu disse a você que o STF vem admitindo a validade de processos administrativos
disciplinares que se iniciaram em razão de denúncias anônimas, mas a questão pede a você para
responder de acordo com a lei, e por isso não podemos dizer que as denúncias anônimas são
admitidas, ok?
GABARITO: A
GABARITO: E
49. TRT 19a Região (AL) Analista Judiciário 2014 FCC (adaptada).
Cristiano, servidor público estadual, responde a processo disciplinar em razão de grave conduta
cometida. Após a tipificação da infração disciplinar, foi formulada a indiciação de Cristiano, com
a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas. O próximo passo será sua
citação para apresentar defesa escrita. Ocorre que Cristiano encontra-se em lugar incerto e
não sabido, razão pela qual sua citação dar-se-á por edital. Nos termos da Lei no 5.810/94, o
prazo para defesa na hipótese narrada será de
a) 10 dias, contados a partir da primeira publicação do edital.
b) 15 dias, contados a partir da última publicação do edital.
c) 30 dias, contados a partir da última publicação do edital.
d) 25 dias, contados a partir da primeira publicação do edital.
e) 20 dias, contados a partir da última publicação do edital.
Comentários
O prazo para apresentação da defesa normalmente é de 10 dias, mas no caso de citação por edital
é de 15 dias.
GABARITO: B
c) 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.
d) 20 (vinte) dias úteis, improrrogável.
e) 25 (vinte e cinco) dias, podendo ser prorrogado uma única vez, a critério da autoridade.
Comentários
O prazo para conclusão da sindicância é de 30 dias, prorrogáveis uma vez por igual período.
GABARITO: C
c) incompatibiliza a servidora para nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo de
cinco anos.
d) incompatibiliza Jânia para nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo de três
anos.
e) incompatibiliza Jânia para nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo de dez
anos.
20. TJ-PA Auxiliar Judiciário 2009 FCC.
Considere as afirmativas abaixo a respeito das responsabilidades.
I. Em regra, não há responsabilidade civil do servidor decorrente de ato omissivo culposo que
resulte em prejuízo ao erário. II. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
III. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre
si. IV. A obrigação de reparar dano causado por servidor não se estende aos sucessores,
tratando-se de obrigação personalíssima decorrente de cargo ou emprego público.
É correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, II e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) II, III e IV.
21. TJ-PA Auxiliar Judiciário 2009 FCC.
O servidor público efetivo que falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 dias
intercaladamente, durante o período de 12 meses e o servidor público efetivo que lograr
proveito pessoal, valendo-se do cargo, em detrimento da dignidade da função pública, sofrerão
a penalidade de
a) suspensão.
b) demissão.
c) demissão e suspensão, respectivamente.
d) suspensão e demissão, respectivamente.
e) demissão e repreensão, respectivamente.
22. TJ-PA Auxiliar Judiciário 2009 FCC.
A ação disciplinar prescreverá em
a) três anos, quanto à cassação de aposentadoria.
e) 10 anos.
34. SEDUC-PA Professor 2012 UEPA.
De acordo com o Regime Jurídico Único do Estado do Pará Lei no 5.810/94, o Processo
Administrativo Disciplinar:
a) é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no
exercício de suas atribuições ou fora dele.
b) será conduzido por comissão composta de 03 (três) servidores estáveis e 03 (três) servidores
temporários, designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu
presidente, que somente poderá ser estável.
c) não poderá ter em sua comissão de sindicância ou de inquérito cônjuge ou companheiro do
acusado, não sendo vedado parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral.
d) possui comissão que atua com independência e imparcialidade, sendo assegurado o sigilo
necessário à elucidação do fato.
e) desenvolve-se em várias fases, começando pela instauração que compreende a instrução,
defesa e relatório.
35. SAP-SP Oficial Administrativo 2011 VUNESP (adaptada).
Será instaurada sindicância quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar as
penas de repreensão, suspensão ou cassação de aposentadoria.
36. CETESB Advogado 2013 VUNESP (adaptada).
A sindicância é procedimento preparatório ao processo administrativo disciplinar, não sendo
instrumento apto a impor penalidade.
37. CETESB Advogado 2013 VUNESP (adaptada).
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar viola a
Constituição Federal.
38. PC-SP Delegado de Polícia 2014 VUNESP (adaptada).
Sócrates, antigo servidor de uma autarquia, sofreu um processo administrativo disciplinar cujo
resultado, ao final, lhe custou a perda do próprio cargo público. Durante o processo, foi possível
ao servidor informar o julgador dos fatos, manifestar-se sobre as evidências trazidas contra si
e, inclusive, ter consideradas suas manifestações nos autos. A despeito disso, alegou o servidor
que, no trâmite do processo, não foi assistido por advogado regularmente constituído para a
defesa. Em tais condições, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar, por si só,
a) importa nulidade do processo administrativo disciplinar por constituir flagrante
cerceamento de defesa.
b) não importa nulidade de processo administrativo disciplinar, desde que seus atos sejam
reaproveitados em novo procedimento, desta vez assistido o acusado por defensor dativo.
c) importa nulidade da decisão por violar o princípio da ampla defesa assegurado a todos
o
litigantes em processo judicial ou administrativo pelo art. 5. , inciso LV, da Constituição
Federal.
d) importa nulidade do processo administrativo disciplinar, pois a Lei Estadual do Processo
Administrativo (Lei n. 5.810/1994) prevê a essencialidade do defensor habilitado para o
cumprimento do devido processo legal.
e) não ofende a constituição, ainda mais no presente caso em que a parte reconhecidamente
se defendeu nos autos.
39. TJ-SP Oficial de Justiça 2009 VUNESP (adaptada).
No processo administrativo disciplinar, não poderá compor a comissão processante amigo
íntimo ou inimigo, parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau inclusive, cônjuge ou companheiro.
40. EMPLASA Analista Jurídico 2014 VUNESP (adaptada).
A falta de defesa técnica por advogado no Processo Administrativo Disciplinar ofende a
Constituição Federal.
41. TRE-CE Analista Judiciário 2012 FCC (adaptada).
Zuleica, Teodora e Bárbara são analistas dos Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Ceará,
sendo que Teodora é aposentada, Zuleica praticou infração disciplinar sujeita a penalidade de
suspensão de até 30 dias, Teodora praticou infração disciplinar sujeita a cassação da
aposentadoria e Bárbara praticou infração disciplinar sujeita a penalidade de suspensão de até
90 dias. Nestes casos, de acordo com a Lei no 5.810/94, será obrigatória a instauração de
processo administrativo disciplinar para a apuração das infrações cometidas por
a) Teodora e Bárbara, apenas.
b) Zuleica, Teodora e Bárbara.
c) Teodora, apenas.
d) Zuleica e Bárbara, apenas.
e) Bárbara, apenas.
42. TRF 3a Região Técnico Judiciário 2007 FCC (adaptada).
O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de cinco servidores estáveis
designados pela autoridade competente.
43. TRF 3a Região Técnico Judiciário 2007 FCC (adaptada).
Não poderá participar de comissão de processo administrativo disciplinar, cônjuge,
companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o
terceiro grau.
4.3 - GABARITO
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos aqui a parte teórica de mais uma aula. Se tiver dúvidas, utilize nosso fórum. Estou
sempre à disposição também no e-mail e nas redes sociais.
Grande abraço!
Paulo Guimarães
professorpauloguimaraes@gmail.com
www.facebook.com/profpauloguimaraes
@profpauloguimaraes
(61) 99607-4477