EFAI 4ano 1sem Prof SN-TEC PDF
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em Ação
SOCIEDADE E NATUREZA &
4
QUARTO ANO
ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
1° SEMESTRE
Programa de Enfrentamento à Violência contra
Meninas e Mulheres da Rede Estadual de São Paulo
NÃO SE ESQUEÇA!
Buscamos uma escola cada vez mais acolhedora para todas as
pessoas. Caso você vivencie ou tenha conhecimento sobre um caso
de violência, denuncie.
Onde denunciar?
– Você pode denunciar, sem sair de casa, fazendo um Boletim de Ocorrência
na internet, no site: https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.
– Busque uma Delegacia de Polícia comum ou uma Delegacia de Defesa
da Mulher (DDM). Encontre a DDM mais próxima de você no site
http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/mapaTelefones.aspx.
– Ligue 180: você pode ligar nesse número - é gratuito e anônimo - para
denunciar um caso de violência contra mulher e pedir orientações sobre
onde buscar ajuda.
– Acesse o site do SOS Mulher pelo endereço https://www.sosmulher.sp.gov.br/
e baixe o aplicativo.
– Ligue 190: esse é o número da Polícia Militar. Caso você ou alguém esteja
em perigo, ligue imediatamente para esse número e informe o endereço
onde a vítima se encontra.
– Disque 100: nesse número você pode denunciar e pedir ajuda em casos
de violência contra crianças e adolescentes, é gratuito, funciona 24 horas
por dia e a denúncia pode ser anônima.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
COORDENADORIA PEDAGÓGICA
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR E DE GESTÃO PEDAGÓGICA
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Currículo em Ação
SOCIEDADE E NATUREZA &
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
4
QUARTO ANO
ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAIS
CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
1º SEMESTRE
ESCOLA: _____________________________________________________________________
PROFESSOR(A): _______________________________________________________________
SÃO PAULO
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Rodrigo Garcia
Secretário da Educação
Hubert Alquéres
Secretária Executiva
Ghisleine Trigo Silveira
Chefe de Gabinete
Fabiano Albuquerque de Moraes
Visando a implementação do novo currículo, foi elaborado, em 2020, a primeira versão do mate-
rial Sociedade e Natureza, contemplando os componentes curriculares de Geografia, História e
Ciências que contava com material do(a) professor(a) e algumas sugestões de atividades. Agora,
apresentamos uma nova versão revisada e que conta com o material do(a) professor(a) e do(a)
estudante.
O material didático para Sociedade e Natureza foi construído, visando garantir uma diversidade
de estratégias como leituras, situações investigativas, experiências, ensino híbrido, elaboração
de textos, esquemas e mapas, brincadeiras, sugestões de vídeos, textos, músicas e softwares etc.
Isso tudo com a intenção de propiciar aos(às) estudantes uma formação que permita a interpre-
tação dos fenômenos e do mundo ao seu redor de forma que ultrapasse as explicações do senso
comum, sem deixar de valorizar as experiências pessoais, promovendo o respeito, o diálogo, a
autonomia, a responsabilidade a flexibilidade, a resiliência e a determinação.
A atual gestão contempla em seu Mapa Estratégico 2019-2022, o objetivo de garantir a todos
os(as) estudantes aprendizagem de excelência e a conclusão de todas as etapas da Educação
Básica na idade certa. Assim, espera-se que a Educação de São Paulo conquiste resultados alta-
mente satisfatórios devido ao processo de ensino e aprendizagem qualificado. Além disso, o
plano tem como visão de futuro transformar o estado de São Paulo na principal referência de
educação pública do Brasil até 2022. Para 2030, aspira-se que o Estado esteja entre os sistemas
educacionais do mundo que mais avançam na aprendizagem.
Você, professor(a), é o agente central das mudanças propostas. O grande desafio a ser alcançado
pela comunidade escolar é buscar ações autônomas que, vinculadas ao Mapa Estratégico 2019-
2022, garantam a aprendizagem de todos os(as) estudantes.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA
UNIDADE 1............................................................................................................................................7
SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1.......................................................................................................................9
ATIVIDADE 1.1...........................................................................................................................10
ATIVIDADE 1.2...........................................................................................................................22
ATIVIDADE 1.3...........................................................................................................................25
ATIVIDADE 1.4...........................................................................................................................28
UNIDADE 2..........................................................................................................................................33
SEQUÊNCIA DIDÁTICA 2.....................................................................................................................34
ATIVIDADE 2.1...........................................................................................................................35
ATIVIDADE 2.2...........................................................................................................................39
ATIVIDADE 2.3...........................................................................................................................44
ATIVIDADE 2.4...........................................................................................................................49
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
UNIDADE 1..........................................................................................................................................57
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1.................................................................................................68
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2.................................................................................................70
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3.................................................................................................74
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4.................................................................................................78
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5.................................................................................................82
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6.................................................................................................84
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7.................................................................................................85
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8.................................................................................................90
ANEXO – CARTÕES – VERDADE – MENTIRA...................................................................................95
ANEXO – PEÇAS DO ROBÔ..............................................................................................................97
ANEXO – CARIMBOS.........................................................................................................................99
ANEXO – CARTAS - CONTANDO PONTOS....................................................................................101
Sociedade e Natureza
Geografia
História
UNIDADE 1
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 9
SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1
ESTRUTURA DA SEQUÊNCIA
UNIDADES TEMÁTICAS
• Formas de representação e pensamento espacial.
• Natureza, ambientes e qualidade de vida.
• Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos.
• As questões históricas relativas às migrações.
• Circulação de pessoas, produtos e culturas.
OBJETOS DO CONHECIMENTO
• Sistema de orientação.
• Conservação e degradação da natureza
• Elementos constitutivos dos mapas.
• O passado e o presente: a noção de permanência e as lentas transformações sociais e culturais.
• A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo,
agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras.
• O surgimento da espécie humana no continente africano e sua expansão pelo mundo.
Atividade 1.3 (EF04HI01) Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no
espaço com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.
(EF04HI03) Identificar as transformações ocorridas na cidade ao longo do tempo e
discutir suas interferências nos modos de vida de seus habitantes, tomando como ponto
de partida o presente.
10 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
ATIVIDADE 1.1
APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE
A atividade tem como proposta que os(as) estudantes possam identificar os pontos cardeais,
colaterais e subcolaterais como referências de orientação espacial, identificando as características das
paisagens naturais e antrópicas no ambiente em que vivem.
MATERIAL NECESSÁRIO
• Fotografias ou imagens antigas e atuais de diferentes paisagens.
• Papel Kraft e canetão.
ENCAMINHAMENTO
• Professor(a), inicie a aula com uma discussão para introduzir o assunto, a partir da leitura dos
textos, das ilustrações e das atividades propostas, na Coletânea de Atividades dos(as)
estudantes:
a. Texto 1 – Como descobrir a direção correta?
b. Texto 2 – Meios de Orientação Criados pelo ser humano.
c. Texto 3 – Os mapas
• Após a leitura do Texto 1, pedir aos(às) estudantes que façam um mapa para explicar a um(a)
colega onde mora, desenhando o trajeto da escola até sua casa.
• Em seguida, ler o texto 2, “Meios de Orientação Criados pelo ser Humano’’, Caderno
do(a) Estudante, que irá explicar o que é a Rosa dos Ventos – um recurso para orientar o ser
humano tendo em vista os pontos cardeais.
• A leitura desses textos irá ajudá-lo(a) a iniciar o diálogo com os(as) estudantes a respeito da utilização
de diferentes conhecimentos e instrumentos criados pelo ser humano para orientar-se no mundo.
• Irá ajudá-lo(a) também a explicar os Pontos Cardeais, Colaterais e Subcolaterais, um a
um, e as suas siglas:
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 11
Pontos colaterais: Nordeste (NE), Noroeste (NO), Sudeste (SE) e Sudoeste (SO).
Pontos subcolaterais:
Lés-nordeste (LNE ou ENE), Lés-sudeste (LSE ou ESE), Su-sudeste (SSE),
Nor-nordeste (NNE), Nor-noroeste (NNO ou NNW), Su-sudoeste (SSO ou SSW), Oés-sudoeste (OSO ou
WSW) e Oés-noroeste (ONO ou WNW).
Pontos colaterais:
Beatriz está sentada no lado nordeste (NE) da sala de aula.
• _______________ noroeste (NO ou NW) da sala de aula.
• _________________ sudeste (SE) da sala de aula.
• __________________ sudoeste (SO ou SW) da sala de aula.
Lembretes
• Para esta atividade é importante ressaltar que, ao longo do ano, o Sol nasce em pontos
distintos, portanto, essa metodologia indica os pontos cardeais em relação ao lugar em que
estamos.
• Foque sempre os pontos cardeais e colaterais, e só depois os subcolaterais, indicando
cada ponto na Rosa dos Ventos, para que a turma visualize e identifique cada nome e sigla.
• Apresente aos(às) estudantes a bússola. Explique que é um importante instrumento de
orientação utilizado pelo ser humano.
Texto 1
Como descobrir a direção correta?
O ser humano sempre necessitou ter uma direção ao sair para qualquer parte. Ninguém fica tranquilo
se não conhecer o espaço onde está e conhecer a direção para onde vai.
Conhecemos várias histórias de crianças que se perderam pelo caminho porque não sabiam onde
estavam. E até de adultos.
Quando vamos visitar algum parente ou amigo, sempre temos o endereço em mãos, não é verdade?
Ou se precisamos explicar a alguém algum endereço, temos que saber orientar a pessoa a chegar ao seu
destino. E como? Dizendo quais as ruas ou praças que ela deve encontrar, as travessas nas quais ela deve
virar, se é à esquerda ou à direita, ou se é em frente que deve seguir; e, às vezes, retornar, voltar!!!
Você sabe informar às pessoas o lugar onde você mora? Você já estudou nos anos anteriores. Vamos
relembrar esse conhecimento?
Texto elaborado pela equipe CEIAI/SEDUC especialmente para Sociedade e Natureza – 2020.
14 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
B – Imagine que seu(sua) melhor amigo(a) queira visitá-lo! Você vai lhe dar o endereço, claro! Mas
ele(a) não tem a mínima ideia de que direção tomar para chegar até lá! Como você irá lhe explicar?
Melhor fazer um desenho com essas informações, não acha? E depois, escrever, informando se
tem que virar à esquerda, ou à direita etc. Vamos imaginar que ele(a) queira sair da escola para ir
até sua casa.
Use o espaço abaixo para fazer o desenho do trajeto da escola para sua casa, para facilitar ao
seu(sua) amigo(a) a encontrá-la.
Texto 2
Meios de Orientação Criados pelo ser humano
Você já deve ter ouvido notícias, na TV ou rádio, ou mesmo na internet, de pessoas que se perderam
em lugares fora da cidade, na Serra do Mar, por exemplo, onde foram fazer trilhas, caminhadas; outras, que se
perderam no mar. Em muitos casos, tiveram que passar vários dias na mata ou no mar, sem conseguir voltar para
casa, com frio, com fome. Como é que podemos nos orientar em lugares como esses? Na mata ou no mar?
Ah! Como os antigos navegadores se orientavam em suas viagens marítimas, sem GPS?!?
Bem, se não soubessem se orientar em alto mar, como Pedro Álvares Cabral, por exemplo, teria
chegado a Portugal, sua terra natal, em sua viagem de volta? Com certeza, tinham alguns segredos para
conseguir isso! Acredito que muitos de vocês já saibam quais são!
Essas direções são utilizadas também nas cidades. Geralmente, nas cidades há um ponto que marca
bem o centro da cidade, que se chama marco zero. A partir dele, dividem-se as regiões das cidades: Zona
Sul, Zona Norte, Zona Leste e Oeste, de acordo com os pontos cardeais.
O(a) professor(a) já deve ter explicado que descobrimos essas direções, guiando-nos pelos lados em
que o sol nasce e o sol se põe. O lado onde o sol nasce é o Leste ou Este. O lado onde o sol se põe é o
Oeste. E como se descobre onde é o Norte e o Sul? É muito simples. É só estender o braço direito para onde
o sol nasce, o Leste; e o esquerdo para o Oeste: à nossa frente, teremos o Norte e atrás, o Sul. Esteja você
onde estiver, se você souber um desses pontos, você terá os demais.
Bem, a essas direções, chamamos de PONTOS CARDEAIS. Observe a imagem:
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 15
E foi então que surgiu a ROSA DOS VENTOS, que indica os pontos cardeais. Seu círculo representa
a linha do horizonte. Foi um instrumento que ajudou muito o antigo navegador e ainda ajuda as pessoas
atualmente, a orientar-se no mundo, tanto em terra, como no mar e como no ar.
A Rosa dos Ventos lembra uma estrela, cujas pontas maiores representam os 4 Pontos Cardeais. Veja
a imagem, que segue:
Mas, diante da necessidade de se orientar para outras direções, foram criados mais alguns pontos,
os quais ficam numa localização intermediária. Surgiram, então, os Pontos Colaterais e suas Siglas
(abreviaturas):
• Nordeste (NE) – entre o Norte e o Leste ou Este;
• Noroeste (NO ou NW) – entre o Norte e o Oeste;
• Sudeste (SE) – entre o SUL e o Leste ou Este;
• Sudoeste (SO ou SW) – entre o Sul e o Sudoeste.
Os pontos Subcolaterais comumente não são muito utilizados, mas permitem formas mais precisas
de orientação, já que se encontram no intervalo de um ponto cardeal e um colateral. Seguem seus nomes e
suas respectivas siglas:
• Norte-Nordeste ou Nor-Nordeste – NNE;
• Leste-Nordeste ou Lés-Nordeste – LNE ou ENE;
• Leste-Sudeste ou Lés-Sudeste – LSE ou ESE;
• Sul-Sudeste – SSE;
• Sul-Sudoeste – SSO ou SSW;
• Oeste-Sudoeste ou Oés-Sudoeste – OSO ou WSW;
• Oeste-Noroeste ou Oés-Noroeste – ONO ou WNW;
• Norte-Noroeste ou Nor-Noroeste – NNO ou NNW ou MNN.
D – Observe com atenção a indicação das pontas na imagem abaixo na Rosa dos Ventos e a seguir
escreva os nomes dos Pontos Cardeais e Colaterais com suas respectivas siglas.
Texto elaborado pela equipe CEIAI/SEDUC especialmente para Sociedade e Natureza – 2020.Ilustração de Martha
Wernek, retirada do livro “Meu Primeiro Atlas”, IBGE.Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/
livros/liv64824.pdf. Acesso em: 19 out. 2020.
E – Agora vamos pôr em prática o que você aprendeu com a Rosa dos Ventos:
a) Faça uma experiência e procure ajuda do(a) professor(a).
• Tendo como referência o lado onde o Sol nasce, descubra de que lado fica a frente de sua
casa. Do lado Leste ou Oeste, do lado Norte, ou do lado Sul?
• Descubra de que lado da cidade fica sua escola. Zona Norte, Zona Sul, Zona Leste ou Oeste?
b) Desenhe, com seu(sua) colega, no espaço reservado para essa finalidade, o mapa do trecho
do bairro em que se localiza sua escola.
• Localize a escola;
• Identifique as ruas que ficam próximas à escola;
• Indique onde ficam os edifícios, comércios ou lugares, nas ruas próximas à escola;
• E desenhe o Sol do lado em que ele nasce, em relação à escola;
• Em seguida, posicione a Rosa dos Ventos, com a ponta da estrela, que indica o LESTE, virada
para o Sol que você desenhou.
c) Identifique onde se localizam os edifícios, comércios, igrejas, praças ou outros lugares, que
houver, tendo como ponto de referência os pontos cardeais.
• ao Norte:
• ao Sul:
• ao Leste:
• a Oeste:
18 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
d) E, depois, socialize seu desenho e respostas com seus(suas) colegas e professor(a). E veja se
acertou.
MINHA ESCOLA E ARREDORES
OS MAPAS
Há outros instrumentos necessários para a orientação do ser humano. O mapa é um deles. Na verdade,
são necessários vários instrumentos, de maneira articulada, um complementando o outro. Para localizar
algum lugar, um país no mapa, a Rosa dos Ventos será de grande auxílio. Quando a utilizamos, descobrimos
se determinado lugar está localizado ao Norte, ao Sul, a Leste ou Oeste e etc., experimente.
Mas, atenção! Você precisa observar, primeiro, para onde aponta uma flechinha, que se encontra embaixo,
do lado esquerdo do mapa. Essa flecha sempre irá apontar para o NORTE (N). Já encontrou? Pronto!
AGORA VOCÊ PODERÁ LOCALIZAR QUALQUER MAPA, UTILIZANDO A ROSA DOS VENTOS.
G) – Observe o mapa do Brasil, que segue, e coloque sobre ele os “Pontos Cardeais” (que você
traçou com o barbante ou desenhou), para sua orientação.
, com a ajuda do(a) professor(a), identifique onde se localizam os estados abaixo indicados:
E
Norte, Sul, Leste ou Oeste / Noroeste, Nordeste, Sudeste ou Sudoeste:
• O Estado do Rio Grande do Sul: __________________________
• O Estado do Rio de Janeiro:______________________________
• O Estado de Roraima:___________________________________
Em seguida, você pode socializar com os(as) colegas e professor(a) e tirar as dúvidas.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 19
Fonte: Mapa do Brasil – Grandes Regiões. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em:
http://geoftp.ibge.gov.br/produtos_educacionais/mapas_tematicos/mapas_do_brasil/mapas_nacionais/.
Acesso em: 27 jul. 2020.
Agora que o(a) professor(a) já leu e explicou o que significam os Pontos Cardeais, você e seus(suas)
colegas podem fazer as atividades seguintes, individualmente.
H – Observe bem sua sala de aula, tendo em vista os Pontos Cardeais e Colaterais. Utilize a Rosa dos
Ventos e não se esqueça de apontá-la na direção correta. Você poderá guiar-se pelo lado em que
o Sol nasce. Localize a direção em que estão os(as) colegas, que o(a) professor(a) indicar.
I – Vamos brincar e fazer o Jogo com a Rosa dos Ventos, indicando os pontos cardeais e colate-
rais somente com as siglas. Sigam os passos:
• Colocar o desenho da Rosa dos Ventos no meio da sala, o modelo maior que puder.
Obs.: As setas foram elaboradas com o recurso do Word (inserir formas) pela Equipe CEIAI 2020.
Obs.: Utilize o recurso do barbante, para realizar as duas últimas atividades (“L” e “M”).
1. Pegue um barbante e trace uma linha horizontal no chão ou sobre o mapa, do tamanho de uma régua.
3. Corte mais dois barbantes menores e trace um X e cole bem no meio, no ponto em que as
primeiras linhas se cruzam.
Pronto! Agora você já pode utilizar esse recurso para descobrir os pontos cardeais e colaterais…
ATIVIDADE 1.2
APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE
Nesta atividade, os(as) estudantes aprenderão a utilizar as direções indicadas pelos pontos car-
deais na localização de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas, identificando
e comparando diferentes formas de representação.
MATERIAL NECESSÁRIO
• Imagens ampliadas, projetadas e/ou reproduzidas (do seu município) ;
• Papel sulfite;
• Papel Kraft.
ENCAMINHAMENTOS
A. Inicie uma roda de conversa e comece a aula explicando que a turma irá localizar elementos em
um mapa e suas posições (pontos cardeais e colaterais) em relação a diferentes pontos de
referência próximos aos seus municípios.
• Projete para a turma um mapa dos arredores do município onde a escola está situada e onde
aparecem os municípios vizinhos.
• Sugestão: Você poderá fazer uso de um mapa da sua região ou imprimir um, utilizando serviços
de navegação como o Google Maps, ou o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), disponível em: https://www.ibge.gov.br/. Acesso em: 27 jul. 2020.
• Solicite à sua turma que observe o mapa e os elementos que o compõem.
• Abra espaço para a discussão e registre no quadro as observações da turma.
Verifique se citaram elementos como: legenda, fonte, a Rosa dos Ventos, entre outros.
Caso eles(as) não observarem esses elementos, retome o conceito de cada um deles, estuda-
dos na aula anterior.
Organize a turma em duplas e oriente-os a fazer perguntas sobre a localização de lugares pre-
sentes no mapa.
Lembre-lhes do jogo da atividade anterior, utilizando os pontos cardeais.
A
presente algumas sugestões de perguntas que poderão ser formuladas, para esta atividade, como:
• Qual a localização do nosso município, tendo como referência o município vizinho ______?
• Onde se localiza o município __________ (escolha dos(as) estudantes)?
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 23
Oriente a turma que a atividade consiste em um dos membros da dupla fazer uma pergunta ao
outro e este responder e depois inverter os papéis.
O(a) professor(a) irá chamar a primeira dupla e dará o exemplo:
Paulo pergunta: Paulo diz: “Eu moro no município de São Paulo, na região leste, mas morávamos
em uma comunidade bem longe daqui, no município de Mairiporã, ao norte da cidade de São
Paulo. E você, Sandra, mora para que lado?”
Sandra responde: “Eu fiquei sabendo que viemos da cidade de Diadema, ao sul do município de São
Paulo, mas agora mudamos para o município de São Paulo e moramos aqui perto, na região leste.
Para esta atividade, é necessário que você prepare um mapa do município em que está situada
a escola e uma cópia para os(as) estudantes.
• Oriente as duplas a desenharem a Rosa dos Ventos em uma folha de sulfite.
• Pedir aos(às) estudantes que, durante a atividade, registrem os nomes dos municípios, que
foram mencionados pelas duplas.
• Peça-lhes que localizem – no mapa – o município em que está situada a escola e os municípios
vizinhos. Depois, descreva para eles(elas) a localização da escola, tendo como referência os
pontos cardeais e colaterais com o auxílio da Rosa dos Ventos.
• Em seguida, peça-lhes que procurem no mapa do município o bairro em que moram e assinalem
sua localização. Orientar a utilização de legendas para identificação dos elementos no mapa,
que auxiliam a localização. Depois, escreva, no caderno, a identificação da localização, tendo
como referência os pontos cardeais e colaterais, com o auxílio da Rosa dos Ventos.
• Ao final, peça a cada dupla que compartilhe seus registros com a sala toda.
• Enquanto acontece a apresentação das duplas, deixe pendurada, no quadro, uma imagem da
Rosa dos Ventos. A imagem precisa ficar sempre exposta para a turma.
• Os desenhos e os registros podem ficar expostos no varal da sala de aula, juntamente com um
mapa da região, para que todos possam ter acesso às aulas seguintes.
• Na sequência, professor(a), para atender a habilidade EF04GE18*, sugerimos levar os(as) estudantes
para pesquisar imagens, tiradas de satélite, de lugares conhecidos ou não por eles, numa perspectiva
diferenciada dos mapas gráficos, plantas ou maquetes.
24 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
A – Observar a cópia do mapa do município, que o(a) professor(a) irá projetar, em que está situada
sua escola. Você deverá encontrar todos os bairros e/ou municípios vizinhos. Também deverá
localizar o bairro em que mora, utilizando-se das referências que aprendeu na atividade anterior,
o mapa e os pontos cardeais e colaterais. A atividade se desenvolverá oralmente, desta forma:
Oriente a turma que a atividade consiste em um dos membros da dupla fazer uma pergunta ao outro e
este responder e depois inverter os papéis. O(a) professor(a) irá chamar a primeira dupla, como no exemplo:
Paulo diz: “Eu moro no município de São Paulo, na região leste, mas morávamos em uma
comunidade bem longe daqui, no município de Mairiporã, ao norte da cidade de São Paulo. E
você, Sandra, mora para que lado?”
Sandra responde: “Eu fiquei sabendo que viemos da cidade de Diadema, ao sul do
município de São Paulo, mas agora mudamos para o município de São Paulo, e moramos aqui
perto, na região leste.
Vocês prestaram atenção!?!
Paulo responde e já pergunta a Sandra, que irá responder à questão.
Logo em seguida, o(a) professor(a) chamará outra dupla e, assim por diante.
Preste atenção, porque a próxima dupla pode ser a sua!
B – Procure, no mapa do município, o bairro em que moram e assinalem sua localização, utilizando
legendas e outros elementos que auxiliem na identificação. Depois, no caderno, descreva, com
orientação do(a) professor(a), a localização da rua e do bairro em que moram, identificando os
municípios vizinhos, tendo como referência os pontos cardeais e o auxílio da Rosa dos Ventos.
Fonte: Pixabay. Disponível em: Papel De Rascunho Nota - Imagens grátis no Pixabay https://pixabay.com/pt/
illustrations/papel-de-rascunho-nota-de-papel-4708021/ Acesso em: 09 nov. 2021.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 25
ATIVIDADE 1.3
APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE
Nesta atividade, os(as) estudantes irão observar que a ação humana pode causar mudanças e
permanências na natureza, ao longo do tempo. Irão também identificar as transformações ocorridas na
cidade e discutir suas interferências no modo de vida de seus habitantes, tendo como referência o
tempo presente.
MATERIAL NECESSÁRIO
• Papel Kraft;
• Computadores;
• Sites de busca para pesquisa do tema.
ENCAMINHAMENTOS
• Iniciar a aula conversando sobre o modo de vida dos habitantes de determinado lugar,
observando as mudanças que ocorreram em relação ao tempo e espaço, ao longo do tempo:
Quando vocês vão à casa de seus avós, bisavós ou de parentes mais velhos, já observaram
algum objeto que eles têm e que, hoje em dia, não se usa mais? Qual?
Reflita com os(as) estudantes sobre as contribuições de nossos avós e bisavós para a nossa cultura.
Vocês já foram visitar ou fazer uma caminhada em trilhas? Ou conhecem alguém que já se aven-
turou dentro de uma floresta? Sabia que onde vivemos atualmente poderia ter sido uma floresta?
Com o passar do tempo, as florestas, os campos e a paisagem podem mudar?
Elas podem permanecer iguais durante 100 anos ou mais? O que acham?
Vocês já visitaram ou viram alguma cidade histórica? Onde? Em qual Estado?
Como podemos descobrir o que existia antes e que hoje não existe mais?
• Solicite à turma que reflita sobre estas perguntas e dê um tempo a eles para conversarem entre si.
26 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
A – Observar as imagens e escrever abaixo uma legenda, que mostra as mudanças ao longo do tempo.
Fonte: Pixabay. Telefone. Disponível em: Fonte: Pixabay. Celular. Disponível em: https://
https://pixabay.com/pt/vectors/telefone- pixabay.com/pt/illustrations/smartphone-app-
comunica%C3%A7%C3%A3o-tecnologia-160428/. not%C3%ADcias-web-1184883/. Acesso em: 09 nov.
Acesso em: 09 nov. 2021. 2021.
B – Participe das discussões com o(a) professor(a) e sua turma sobre as mudanças no decorrer do
tempo, a partir de descobertas científicas e tecnológicas que mudaram os hábitos de vida, tanto
no âmbito particular, individual, como no coletivo.
• Para isso você irá com sua turma e professor(a) para a sala de informática fazer uma pesquisa virtual,
procurando elementos que indiquem ou marquem permanência ou mudança no decorrer do tempo.
• Em seguida, você e seu grupo irão preencher o quadro abaixo, escrevendo os nomes dos
elementos ou objetos que indiquem permanência (que continua o mesmo), na primeira coluna;
e objetos que indiquem mudança na cultura através dos tempos, na segunda coluna.
PERMANÊNCIAS MUDANÇAS
RUAS
TRANSPORTES
FESTAS
MORADIAS
JOGOS
C – Socialize com o(a) professor(a)(a) e colegas as descobertas de seu grupo e acrescente o que mais
você pôde aprender com eles(as).
28 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
ATIVIDADE 1.4
APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE
Nesta atividade, os(as) estudantes serão incentivados a identificarem as mudanças e permanên-
cias ao longo do tempo, observando os significados dos grandes marcos da história ocidental e iden-
tificando também as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços.
MATERIAL NECESSÁRIO
• Imagens a serem trabalhadas nesta atividade podem ser projetadas e ampliadas.
ENCAMINHAMENTO
• Inicie a conversa com os(as) estudantes falando sobre as cartas trocadas entre dois amigos,
Pedrinho e Lucas, e peça-lhes que as leiam.
• Depois da leitura, pergunte:
• Quem escreveu a carta?
• Onde morava? Para onde se mudou?
• Troquem comentários sobre as impressões que tiveram.
• Em seguida, peça-lhes que leiam a segunda carta.
• E comente com a turma:
• Por que houve necessidade dos pais de Lucas se mudarem para o interior do Ceará?
• O que planejaram fazer para obter o sustento para sua família?
• Lucas espera que o negócio de seus pais dê certo. Mas, caso isso não aconteça, o que pode
suceder?
• Em seguida, peça-lhes que leiam e discutam, em dupla, o terceiro texto, “Os movimentos
migratórios”, que consta no Caderno do(a) Estudante e grifem as informações que
considerarem mais importantes.
• Peça-lhes também que relacionem as cartas dos dois amigos, Pedro e Lucas, com o assunto
do terceiro texto.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 29
• Ao terminarem as discussões entre eles, peça-lhes que socializem com a turma e façam uma
discussão geral, para encontrarem as principais ideias do texto, mediada por você, professor(a).
E, ao chegarem a um consenso, peça que ditem para você anotar na lousa.
• Solicite que os(as) estudantes copiem no caderno. Terão um resumo do texto.
• Em seguida, solicite que observem a imagem da atividade e comentem com o(a) colega,
estabelecendo relação entre a imagem e o texto. Espera-se que pensem nos movimentos
migratórios desde o início da colonização do Brasil.
• Depois, socialize as ideias das duplas e faça uma discussão geral sobre o assunto.
• Sugere-se pesquisar como eram as embarcações, nas quais viajaram os imigrantes que vieram
para o Brasil. Peça-lhes que descubram quais eram as condições em que viajavam. Quanto
tempo levava para atravessar o Atlântico, na época. Quais eram os instrumentos que utilizavam
para orientação em alto mar, na época da colonização. E agora? Quais instrumentos que os
comandantes de grandes navios utilizam?
• E, fazendo uma retomada do tema discutido na atividade anterior, sugerimos uma pesquisa
sobre as embarcações dos tempos atuais para estabelecer um contraponto com as antigas.
• Pergunte-lhes se já fizeram algum trajeto de barco, lancha ou qualquer outra embarcação
desse tipo. Se já viram algum navio no Porto de Santos ou em qualquer outro porto. Ou em
algum filme ou reportagem. Pergunte se alguém já viu como é um navio atual por dentro.
• Desta forma, você poderá também solicitar que a turma dividida em grupos ou duplas,
apresentem para toda a sala o que aprenderam em suas pesquisas.
Você irá iniciar o estudo a respeito das mudanças e permanências das populações, ao longo do
tempo, observando e identificando motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e
espaços.
A – Leia a carta que Pedrinho recebeu do Lucas, seu amigo, que foi morar no Ceará.
30 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
C – Depois da leitura das cartas, comente com a turma e seu(sua) professor(a) as questões:
• Por que houve necessidade de os pais de Lucas mudarem-se para o interior do Ceará?
• O que planejaram fazer para obter o sustento para sua família?
• Lucas espera que o negócio de seus pais dê certo. Mas, caso isso não aconteça, o que pode suceder?
D – Leia e discuta o texto a seguir, com sua dupla, seguindo orientação do(a) professor(a), e grife as
informações que vocês considerarem mais importantes.
Os Movimentos Migratórios
A vida da família de Lucas se assemelha um pouco com as famílias dos tempos
antigos, bem remotos. Pois foram as condições econômicas que os levaram a mudar-se
de São Paulo para o interior do Ceará, de onde já haviam saído antes de Lucas e seu
irmão nascerem. E, pelo conteúdo da carta, ainda não existe certeza se a vida no Ceará
irá dar certo ou não. Caso não ocorra, eles, com certeza, voltarão a mudar-se para uma
outra cidade ou região que ofereça melhores condições de vida.
Desde a antiguidade, os seres humanos se deslocavam em busca de lugares que proporcionassem
condições favoráveis à sua sobrevivência. Inicialmente, viviam da caça, pesca, frutas nativas e, posteriormente,
criação de gado. Quando não havia mais caça ou pasto, eram obrigados a se retirar e procurar um outro
espaço para viver. Geralmente, buscavam planícies, lugares próximos a rios ou a fontes de água e vegetação
para garantir o pasto para o gado e a subsistência dos grupos de famílias ou tribos.
Quando o ser humano conseguiu desenvolver ferramentas, surgiu a agricultura, o que lhe possibilitou fixar
moradia em determinados lugares e favorecer a criação de vilarejos, e estes a transformarem-se, gradualmente,
em cidades.
Como se pode observar, o fenômeno do nomadismo vem desde os primórdios, com a necessidade da
sobrevivência humana.
No decorrer da história, houve vários movimentos migratórios por diferentes motivos. Houve movimentos
migratórios forçados e voluntários. Os movimentos forçados foram causados por motivos de guerras,
perseguições religiosas ou políticas, fome, extermínio. As migrações voluntárias foram planejadas pelas
próprias pessoas ou grupos populacionais em busca de uma vida melhor, por motivos pessoais, insatisfação
econômica, política e outras.
Após a vinda dos portugueses para o Brasil, vieram para cá os africanos de forma forçada, transportados
para o Brasil nos porões de grandes navios, de forma desumana. E muitos deles morreram antes de terminar
a viagem.
E, em meados do século XIX e começo do século XX, vieram os principais grupos populacionais de
europeus, fugindo das guerras em busca de uma vida melhor, em navios, em viagens nada confortáveis. Destes
muitos vieram para São Paulo e contribuíram com seu trabalho para o seu desenvolvimento econômico.
Todos os povos imigrantes concorreram e concorrem para o enriquecimento da cultura do país, pois todos
contribuíram e contribuem com saberes de diferentes origens, por meio do trabalho, da arte, da culinária e
do conhecimento científico.
Texto elaborado especialmente para esta aula pela Equipe CEIAI, 2020.
E – Você e seu(sua) colega irão apresentar as principais informações do texto grifadas e fazer uma
discussão geral com os(as) colegas da classe. E, juntos, irão encontrar as principais ideias do texto.
Anote o que o(a) professor(a) irá escrever na lousa. Você terá o resumo do texto.
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32 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
F – Relacione a imagem abaixo com o texto. Em seguida, desenvolva a pesquisa, seguindo as orien-
tações do(a) professor(a).
SEQUÊNCIA DIDÁTICA 2
ESTRUTURA DA SEQUÊNCIA
UNIDADES TEMÁTICAS
• O sujeito e seu lugar no mundo;
• Conexões e escalas;
• Circulação de pessoas, produtos e culturas;
• Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos;
• As questões históricas relativas às migrações.
OBJETOS DO CONHECIMENTO
• Território e diversidade cultural;
• Processos migratórios no Brasil;
• Territórios étnico-culturais;
• A invenção do comércio e a circulação de produtos;
• A circulação de pessoas e as transformações no meio natural;
• Os processos migratórios para a formação do Brasil: os grupos indígenas, a presença
portuguesa e a diáspora dos africanos; os processos migratórios do final do século XIX e início
do século XX no Brasil; e as dinâmicas internas de migração no Brasil.
Atividade 2.1 (EF04GE01) Identificar e selecionar, em seus lugares de vivência e em suas histórias
familiares e/ou da comunidade, elementos de distintas culturas (indígenas, afro-brasileiras,
de outras regiões do país, latino-americanas, europeias, asiáticas, entre outros), valorizando
o que é próprio em cada uma delas e sua contribuição para a formação da cultura local,
regional e brasileira.
(EF04GE02) Descrever processos migratórios internos e externos (europeus, asiáticos,
africanos, latino-americanos, entre outros) e suas contribuições para a formação da
sociedade brasileira.
Atividade 2.3 (EF04HI04) Identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do
nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas.
(EF04GE06) Identificar, descrever e analisar territórios étnico-culturais do Brasil, tais como
terras indígenas, comunidades tradicionais e comunidades remanescentes de quilombos,
reconhecendo a legitimidade da demarcação desses territórios no Brasil.
ATIVIDADE 2.1
APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE
Esta atividade tem como objetivo incentivar os(as) estudantes a identificarem e selecionarem, em
seus lugares de vivência, elementos de distintas culturas, valorizando o que é próprio de cada uma
delas. Também, conhecer os processos migratórios internos e externos, valorizando suas contribui-
ções para a formação da sociedade brasileira e do estado de São Paulo.
MATERIAL NECESSÁRIO
• Imagens reproduzidas e/ou ampliadas;
ENCAMINHAMENTOS
A. Organize os(as) estudantes em uma roda de conversa e apresente o tema da atividade, informan-
do-lhes que o foco desta aula será conhecer os elementos de distintas culturas, refletindo e va-
lorizando as contribuições dos migrantes para a formação da sociedade brasileira. Projete a
imagem a seguir e incentive o grupo a refletir sobre o que veem. Para isso, pergunte às crianças:
O que podemos observar na imagem do texto?
As pessoas estão felizes ou tristes?
O que representa o encontro das mãos?
Ressalte que, nesta aula, serão abordadas as causas, consequências e contribuições da migração.
B. Organize os(as) estudantes em semicírculo e reproduza e/ou projete o texto a seguir, fazendo
a leitura compartilhada, envolvendo os(as) estudantes na discussão.
• Durante a leitura, procure elucidar o significado de algumas palavras para o grupo, para que
compreendam o sentido global do texto.
• Prepare a leitura do texto antecipadamente, buscando outras fontes de pesquisa, se necessário,
pois dessa forma, as perguntas a serem feitas por você durante a leitura enriqueceram a
compreensão dos(as) estudantes.
• Após a leitura, promova um espaço para debate entre os grupos para que, assim, eles possam
trocar informações e suas impressões sobre o texto lido.
• Retome também a leitura do texto “Os movimentos migratórios” da Atividade 1.4.
• Caso necessite, busque outras fontes.
• Durante esse momento, conduza a conversa estimulando os(as) estudantes a refletirem sobre
as diversidades culturais dos migrantes e imigrantes presentes nos dois textos.
• Após a leitura e discussão, peça-lhes que em grupo escrevam um resumo das principais ideias
do texto, isto é, a respeito do que entenderam da história da imigração e migração e sua
importância para São Paulo, de acordo com sua orientação.
• Na sequência, você irá distribuir uma afirmativa ou assunto sobre o texto para cada pequeno
grupo. Oriente uma pesquisa para que ampliem os conhecimentos sobre o tema/assunto.
Solicite que o grupo faça um pequeno texto sobre o que entenderam e descobriram com a
pesquisa e que socializem com os demais colegas.
• Espera-se que, neste momento, os(as) estudantes se identifiquem como sujeitos integrantes e
formadores da diversidade cultural brasileira, ou seja, que eles se vejam como contribuintes
para essa diversidade, com suas diferentes opiniões e saberes.
• Ao final desta atividade, peça-lhes que fixem as suas produções em um mural visível para toda
a turma.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 37
A – Acompanhe a leitura do(a) professor(a) e participe das discussões com seus(suas) colegas de clas-
se, a partir das questões propostas pelo(a) professor(a):
Os tempos coloniais jamais levariam a imaginar que São Paulo se tornaria um lugar cujas características
são a pujança e o dinamismo econômico, social e cultural. Mas quem construiu toda essa riqueza?
Em um território inóspito e longe da metrópole, a Capitania de São Paulo era habitada por colonos
portugueses, indígenas nativos e, mais tarde, por povos escravizados – principalmente angolanos. Esses
povos formaram o início já miscigenado da cultura tradicional paulista, a cultura “caipira” encontrada ainda no
interior do Estado. É sobre essa cultura tradicional que vem se enxertar, na segunda metade do século XIX ao
XX, o movimento migratório interno e externo, que imprimiria à vida de São Paulo seu dinamismo insuperável.
Qual é a base da mistura cultural do paulista? A resposta correta é: o Mundo! Afinal, no início da imigração,
homens e mulheres de mais de 60 países se estabeleceram em São Paulo, em busca de oportunidades. Eles
aqui foram acolhidos porque a província paulista necessitava de mão-de-obra para a lavoura cafeeira e, hoje,
estima-se que São Paulo seja a terceira maior cidade italiana do mundo, a maior cidade japonesa fora do
Japão, a terceira maior cidade libanesa fora do Líbano, a maior cidade portuguesa fora de Portugal e a maior
cidade espanhola fora da Espanha. A mistura de raças, etnias e culturas acentuou-se com o correr do tempo
e marcou profundamente a vida cultural, social e econômica da cidade.
A virada na economia de São Paulo se deu na passagem do século XVIII para o século XIX, com o início
da produção do café.
O final do século XIX e início do século XX, principalmente, marcaram um período de transformações
mundiais. Guerras e revoluções resultavam em desemprego e fome na Europa. Populações inteiras rumavam
para longe de suas terras, buscando refúgio às perseguições étnicas, políticas e religiosas. As informações
da existência de uma terra nova e cheia de oportunidades chegavam em além-mar.
Numa prudente política migratória, o governo brasileiro tratou de atrair novos imigrantes, oferecendo
lotes de terra para que se estabelecessem como pequenos proprietários agrícolas. Depois, com a Abolição
da Escravatura em 1888, a opção foi a imigração em massa para substituir o trabalho do povo escravizado,
na lavoura cafeeira. Os imigrantes eram embarcados na terceira classe dos navios e vinham instalados nos
porões dos vapores, onde a superlotação e as precárias condições favoreciam a proliferação de doenças.
Muitos imigrantes morreram pelo trajeto. Da Europa até o porto de Santos, a viagem demorava até 30 dias.
O governo, apoiando a importação da mão-de-obra, recebia-os em alojamentos provisórios.
A partir de 1887, passaram pelo complexo da Hospedaria do Imigrante, em São Paulo, perto de 3 milhões
de pessoas. Possuía alojamentos, refeitórios, berçário, enfermaria e hospital. O conjunto abrigava a Agência
Oficial de Colonização e Trabalho, responsável pelo encaminhamento das famílias para as lavouras no interior.
A partir de 1930, a Hospedaria passa a atender também ao movimento migratório interno. Trabalhadores
vindos de outros estados do Brasil, como Bahia, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, dentre outros, eram
recebidos e atendidos.
Hoje, o complexo abriga o Museu da Imigração, que reconstitui a saga dos imigrantes e presta uma
justa homenagem àqueles heróis anônimos, que ajudaram a construir o Estado paulista. Na virada do século,
o imigrante constituía o grosso do operariado paulista. Em 1901, o Estado contava com cerca de 50 mil
industriários. Menos de 10% eram brasileiros. A maioria absoluta era de italianos, seguidos de portugueses,
espanhóis, alemães e poloneses, entre outros. Cada imigrante tinha um bom motivo para se aventurar nessa,
então, terra desconhecida, mas cheia de esperança.
Página atualizada em janeiro de 2019.
Texto adaptado pela equipe CEIAI/SEDUC especialmente para Sociedade e Natureza – 2020-
Fonte: Adaptação do trecho “A imigração e a Diversidade Cultural” extraído do texto
“História de São Paulo. In: Biblioteca Virtual do Estado de São Paulo.
Disponível em: http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/temas/sao-paulo/sao-paulo-historia-de-sao-paulo.php.
Acesso em: 15 set. 2020.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 39
B – Após a leitura e discussão, você e seu grupo escrevam um resumo com as principais ideias do texto, isto
é, a respeito do que entenderam da história da imigração e migração e sua importância para São Paulo.
C – Seu grupo irá receber um dos temas abaixo a respeito do que estudaram. Escrevam um pequeno
texto sobre tudo o que descobrirem sobre o assunto, de acordo com a orientação do(a) professor(a)
e socializem com os(as) colegas.
Grupo 3. Os colonos portugueses, os indígenas e, mais tarde, os povos africanos formaram o início da
cultura tradicional paulista.
Grupo 4. No Brasil Colônia, a economia do país dependia da mão de obra do povo escravizado, que muito
contribuiu com seu trabalho.
Grupo 5. A virada da economia de São Paulo se deu na passagem do século XVIII para o XIX.
Grupo 6. A partir de 1930, São Paulo começou a receber migrantes de outros estados e regiões brasileiras.
Explique por quê?
REGISTRO DO TEXTO
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ATIVIDADE 2.2
APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE
Nesta atividade, os(as) estudantes irão conhecer e identificar elementos de distintas culturas do
lugar ou cidade em que vivem e de outros lugares do Estado de São Paulo, valorizando o que é próprio
de cada uma delas. Também descreve processos migratórios internos e externos e suas contribuições
para a formação da sociedade brasileira, valorizando as contribuições dos migrantes para o lugar de
vivência e para o Estado de São Paulo.
40 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
MATERIAL NECESSÁRIO
• Texto impresso e/ou projetado para a leitura;
• Fichas com as frases do texto.
ENCAMINHAMENTOS
• Iniciar a aula, com uma roda de conversa, retomando com os(as) estudantes a aula anterior,
quando foram abordados os diferentes movimentos migratórios – externos e internos – e suas
influências.
• A seguir, faça uma leitura compartilhada do texto “São Paulo, uma potência com gente de
todos os cantos do Brasil e do mundo”.
• Discutir as diferentes influências dos diferentes grupos populacionais descritos no texto. Peça-
lhes que grifem as informações principais de cada uma delas, quanto à alimentação, arte,
artesanato popular, festas e danças.
• Ressaltar as contribuições culturais dos diferentes fluxos populacionais para o Estado de São
Paulo e para o Município em que vive.
A. Após a leitura, organize os(as) estudantes em 5 grupos e distribua-lhes os assuntos para as
discussões, quanto às características culturais de diferentes grupos da população, em relação
a: alimentação, arte, artesanato popular, festas e danças. Informe que podem retomar também
o texto da atividade anterior para ampliar as discussões.
B. Pedir que façam um levantamento sobre as influências culturais, com base no texto e pesqui-
sa, de acordo com sua orientação.
C. Durante esse momento, caminhe entre os grupos, orientando as discussões e suas reflexões
sobre as diversidades culturais presentes no texto e na pesquisa que realizaram.
D. Ao final, pedir para cada grupo socializar o que anotou e considerou de maior importância.
Ditar ao(à) professor(a) para que façam um resumo coletivo sobre o texto lido. Deixar exposto
num cartaz na sala de aula.
E. Professor(a), se possível, traga outros textos complementares para enriquecer o trabalho dos
grupos.
F. O
rientar a pesquisa sobre as manifestações culturais que existem na cidade ou região em que
moram.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 41
A – Acompanhe a leitura feita por seu(sua) professor(a) do texto a seguir e participe da discussão
junto com seus(suas) colegas. Grife as principais informações.
Fonte: Freepik. Fonte: Grupo de pessoas segurando as mãos. Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-gratis/
vista-inferior-pessoas-colocando-as-maos-juntas_4982080.htm Acesso em 8 dez. 2020.
A formação do povo paulista teve início com poucos colonos portugueses, indígenas nativos e, mais
tarde, povos africanos, que deram origem ao início da miscigenação da cultura tradicional paulista e seguiu
recebendo influência de diferentes partes do Brasil e do mundo, até hoje.
Todos juntos fazem do Estado mais populoso do Brasil um lugar rico em diversidade e culturas, pois
há influência de todos os cantos do Brasil e do mundo na rotina dos paulistas. Essa influência pode ser
percebida em festas, hábitos, apresentações e feiras culturais. A maneira mais evidente de perceber isso é
por meio da gastronomia presente na capital paulista.
42 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Na Culinária
Em São Paulo é possível comer, por exemplo, diferentes alimentos típicos dos migrantes, como um
doce feito com frutas da Amazônia, um acarajé preparado por uma autêntica baiana, doce de leite com queijo
mineiro ou até mesmo erva mate para o preparo de chimarrão. Ou ainda comer leitão à pururuca, sarapatel,
vaca atolada, galinha ao molho pardo, moquecas com jeitão capixaba, buchada de carneiro, costelinha de
porco com canjiquinha e angu, arroz de cuxá do Maranhão, sopa de goma de mandioca com camarão seco
do Belém do Pará ou ainda a combinação de tucupi e jambu. Da influência internacional, é possível escolher
uma massa em diversas cantinas, comer pratos japoneses, alemães, chineses, espanhóis, árabes, gregos,
africanos e latinos.
Basta escolher e saborear toda essa influência que São Paulo recebe e oferece diariamente.
Nas Festas
As celebrações tradicionais paulistas acompanham o calendário institucionalizado pelos costumes e
tradições católicas em ciclos bem demarcados. E dentre eles, destacam-se:
• Ciclo natalino e de Reis: dezembro e janeiro
• Ciclo carnavalesco: fevereiro ou março
• Quaresma e Semana Santa: 40 dias após a Quarta-Feira de Cinzas
• Ciclo junino: junho, estendendo-se até julho em alguns casos
(...)
Sem dúvida nenhuma, a característica principal desses festejos é o entrelaçamento de culturas. As
expressões culturais tradicionais paulistas possuem três matrizes socioculturais: indígena, portuguesa e
africana. No decorrer do tempo, houve a contribuição de imigrantes estrangeiros e de migrantes de várias
regiões do Brasil.
Além disso, é interessante perceber que existe uma mistura entre a devoção religiosa e festividade
profana (no sentido de não pertencer ao âmbito religioso) nessas celebrações. Muitas dessas celebrações
apresentam a fé religiosa nas rezas e procissões, ao mesmo tempo em que há muita festa, música e dança.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 43
Festivais
Festival de Campos de Jordão
Fonte: imagem: Festival de Campos de Jordão. Foto de Ethel Braga. Disponível em:
http://www.festivalcamposdojordao.org.br/wp-content/uploads/2020/06/2019-07-20-fcj-AUD-orq-festival-
thomson-steuerman_fotos-ethel-braga-37.jpg. Acesso em 11 nov. 2021.
Com mais de 40 anos de tradição, artistas conceituados do mundo inteiro já participaram do Festival
Internacional de Campos do Jordão, conhecido como o maior e mais importante festival de música clássica
da América Latina. Além de concertos, a programação pedagógica atrai estudantes do mundo inteiro para
participar de aulas e masterclasses, com finalidade de aperfeiçoamento profissional e artístico.
Nas Artes e Artesanato
A cidade de Cunha sempre foi conhecida pelo artesanato da cerâmica produzida pelas “paneleiras”
cuja técnica foi herdade de tradições indígenas.
Em 1975, com a chegada dos casais de artistas plásticos Toshiyuki e Mieko Ukeseki e Alberto Cidraes
e Maria Estrela à cidade de Cunha, o artesanato da cerâmica evoluiu e contribuiu para dar maior visibilidade
a essa arte no município. Eles trouxeram a técnica oriental de cerâmica de alta temperatura, conhecida como
noborigama. Em pouco tempo, outros artesãos aderiram aos pioneiros orientais, o que levou a espalhar a
reputação da qualidade da cerâmica local para o exterior.
E, assim, o artesanato da cerâmica continua na cidade com técnicas herdadas das tradições indígenas
e com a técnica oriental, noborigama.
Fontes de referência e créditos: Texto desenvolvido com base nos textos do Portal do Governo do Estado de São Paulo
sobre cultura e artesanato paulista, site Revelando São Paulo e os livros da Coleção Terra Paulista. Disponível em:
https://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/ Acesso em: 11 nov. 2021.
Fonte: Texto adaptado e elaborado pela equipe CEIAI/SEDUC especialmente para Sociedade e Natureza 2021. Nas
Artes e Artesanato. Disponível em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/artesanato/ . Acesso em 11 nov.
20121.Fonte: o Texto é adaptação de “Conheça São Paulo: Nossa Gente”.
Disponível em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/nossa-gente/. Acesso em: 15 jun. 2020.
Fonte: Adaptação de trechos do texto: “Cultura e Folclore Paulista: artesanato – Biblioteca Virtual”. Disponível em:
http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/temas/sao-paulo/cultura-e-folclore-paulista-artesanato.php.
Acesso em: 30 jul. 2020.
Fonte: Adaptação do trecho de “Festas e Festivais” da página “Conheça São Paulo - Festas e Festivais”. Disponível
em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/festas-e-festivais/festival-de-arte-para-criancas/.
Acesso em: 30 jul. 2020.
44 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
RESUMO
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_____________________________________________________________________________________________
PESQUISA
Depois da leitura e estudo do texto, pesquise, com o apoio do(a) professor(a):
Quais as manifestações culturas que existem em sua cidade ou região? Descubra qual a sua origem.
ATIVIDADE 2.3
APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE
Nesta atividade, os(as) estudantes aprenderão a identificar e analisar territórios étnicos-culturais
do Brasil, como “terras indígenas, as comunidades tradicionais”, identificando também as característi-
cas do processo migratório no lugar de vivência e no estado de São Paulo. Irão ainda identificar as
relações entre os indivíduos e a natureza, bem como discutir o significado do nomadismo e da fixação
das primeiras comunidades humanas.
MATERIAL NECESSÁRIO
• Imagens sobre o tema ampliadas e/ou projetadas;
• Papel Kraft;
• Texto impresso e/ou projetado.
ENCAMINHAMENTOS
A. E
xplique para sua turma que irão estudar a respeito dos povos indígenas.
• Levante, então, os conhecimentos prévios do grupo sobre o tema a ser trabalhado. Pergunte
para a turma se sabem o significado da palavra nômade ou nomadismo.
• Anotar na lousa seus comentários e opiniões.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 45
• Em seguida, pedir-lhes que façam a leitura, em pequenos grupos, do texto “Os povos indígenas
do Brasil”, que está no livro dos(as) estudantes. E, durante a leitura, grifar as principais
informações que descobriram no texto.
• Socializar com os(as) colegas e professor(a) as descobertas e confrontar com as ideias
levantadas antes da leitura.
• Para ampliar as discussões, faça a leitura do segundo texto. O texto apresenta uma pesquisa
sobre os povos indígenas que Paulo Antonio Dantas de Blasis, professor associado do Museu
de Arqueologia e Etnologia da USP, desenvolve. A matéria é resultado da entrevista concedida
ao jornalista Gabriel Soares, publicada no Jornal USP, em 17/05/2017, no caderno “O Ambiente
é o meio”.
• Depois da leitura, pedir aos(às) estudantes que discutam e anotem as questões propostas
pelo(a) professor(a), levando em consideração os dois textos:
• O que é nomadismo? Todas as tribos indígenas são nômades? Quais são as características
dos grupos populacionais, retratados no texto, que viviam no Brasil.
• Durante a atividade, circule pelos grupos, orientando-os e auxiliando para que possíveis
dificuldades sejam superadas.
• Caso os(as) estudantes encontrem dificuldades para definir o significado da palavra nômade,
apresente o dicionário como auxílio para o definirem.
• Socializar com os(as) colegas da classe as descobertas.
• Explore os pontos principais citados na discussão pelos(as) estudantes e anote-os na lousa,
para ajudá-los a organizar um mapa conceitual.
• Entregue papel Kraft a cada grupo para que registrem seu mapa conceitual.
• Projete ou reproduza um modelo de mapa conceitual bem simples. Oriente-os na sua elaboração
sobre o assunto estudado.
• Inicie, escrevendo na lousa a palavra-chave sobre o tema e peça-lhes que continuem.
• Solicite que cada grupo apresente sua produção, colocando em discussão as características
dos conceitos compreendidos. Chame a atenção dos grupos para os pontos principais, como:
nomadismo, características deste grupo social, meios de subsistência, entre outros.
• Exponha os trabalhos no varal da sala de aula.
• Em seguida, peça-lhes que observem a imagem que sugere um grupo de ciganos, para iniciar
a discussão sobre as características dessas populações.
• Professor(a), para alimentar a discussão, sugerimos que se faça uma pesquisa virtual em
conjunto com a turma, em sites apropriados para essa finalidade.
• Direcione a conversa para que os(as) estudantes percebam algumas características desses
grupos sociais, com as seguintes questões:
Imagine como deve ser a vida de um povo nômade.
Você acha que sentem alguma dificuldade com as mudanças?
46 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Como fazem para conseguir alimentos, transportes e materiais escolares para suas crianças?
• É importante que os(as) estudantes reflitam sobre a existência desses povos, em diferentes
espaços e tempos históricos.
• Ao final, faça um levantamento dos registros para que todas as informações relevantes sobre o
tema sejam compreendidas pelos(as) estudantes.
A – Leia o texto com seu grupo, depois participe da discussão e grife as principais informações do texto.
Fundação de São Paulo em 1913 (Pintura de Antonio Parreiras). Foto/Reprodução: Pinacoteca - Domínio Público.
Disponível em: https://www.visiteobrasil.com.br/sudeste/sao-paulo/historia/conheca/sua-fundacao.
Acesso em: 17 ago. 2020.
Os Povos Indígenas do Brasil
Muitos anos antes da chegada dos europeus ao Brasil, o país já era habitado por povos nômades que,
segundo pesquisadores, chegaram ao continente americano, por volta de 11 mil anos atrás. Viviam da caça e
do extrativismo e moravam em abrigos naturais como grutas. Faziam instrumentos de pedra lascada e osso.
Entretanto, com a necessidade de fugir do frio ou do calor extremo, mudavam-se constantemente para outras
terras que fossem mais produtivas em busca de alimentação nativa, aprimorando a caça para sobreviver.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 47
Com o passar do tempo, esses povos cresceram e se diversificaram, ocupando todo o território da
América do Sul, inclusive o Brasil. Não se sabe em que momento, passaram a viver da agricultura. Ao longo
do tempo, muitas tribos se tornaram seminômades e acabavam por se fixar por mais tempo na terra para
usufruir da prática da agricultura e da pecuária.
Quando os colonizadores chegaram ao Brasil, os índios cultivavam a mandioca, o milho, a batata, o
amendoim, o feijão, o abacaxi, o maracujá, o mamão e muitos outros alimentos de nosso dia a dia.
Nessa época, segundo alguns registros de historiadores, havia dois grandes grupos de povos indígenas: os
Tupis e os Tapuias, que integravam diferentes grupos ou tribos. Conheceram, primeiramente, as tribos que, em sua
maioria, habitavam o litoral. Dentre elas, temos: Carijó, Tupinambá ou Tamoio, Goytacaz, Kiriri, Aymoré e outros.
Nos primeiros anos após a chegada dos portugueses, eles tentaram aprisionar os índios para o
trabalho forçado, ou para levá-los nos caminhos pela mata adentro à procura de ouro e pedras preciosas,
mas não obtiveram resultados. Houve muitas lutas entre eles, o que causou a exterminação de muitas tribos.
Mesmo assim, alguns serviram aos portugueses na extração do pau-brasil - a derrubada das árvores da Mata
Atlântica e seu transporte até o litoral, em troca de presentes.
Mas, houve tribos que resistiam e fugiam para o interior da mata. Outras vezes, ora uniam-se ao
lado dos portugueses e lutavam para defendê-los; ora lutavam contra os portugueses, ao lado de seus
inimigos, franceses ou holandeses. Desta forma, recebiam muitas vezes, armas de fogo dos europeus para
colaborarem em suas lutas.
Tantas lutas, nesse período, quase causou a extinção da população indígena. Hoje são tribos pequenas
espalhadas por todo o território brasileiro. Em nosso estado, também restam grupos dessas populações que,
atualmente, encontram-se legalmente protegidas, desde a Constituição de 1988.
Desde essa época, aguardam a regularização de suas terras, pelas quais ainda enfrentam disputa.
Você sabia que na cidade de São Paulo há algumas tribos indígenas? Uma delas é a Guarani Mbya? A
aldeia localiza-se nas proximidades do Pico do Jaraguá. Segundo dados do IBGE, moram ali 583 indígenas.
Quem sabe, na sua cidade ou região, tenha alguma tribo indígena? Vamos descobrir?
Texto adaptado pela equipe CEIAI/SEDUC especialmente para Sociedade e Natureza - 2020.
Fonte: ÍNDIOS NO BRASIL 1 /Secretaria de Educação a Distância.
Secretaria de Educação Fundamental. Reimpressão. – Brasília: MEC; SEED/SEF, 2001.
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001985.pdf
Acesso em: 26 out. 2020.
B – Após a leitura, você e seu grupo irão discutir as principais questões apontadas no texto, de acor-
do com a orientação do(a) professor(a).
• O que é nomadismo? Todas as tribos indígenas eram nômades?
• Quais são as características dos grupos populacionais, retratados no texto, que viviam no
Brasil antes do seu descobrimento?
• Como viviam ou quais eram seus meios de subsistência? Que pistas o texto dá?
• Socialize as descobertas de seu grupo com os demais colegas da classe.
C – O texto, que segue, apresenta uma pesquisa sobre os povos indígenas que Paulo Antonio Dantas
de Blasis, professor associado do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, desenvolve.
matéria é resultado da entrevista concedida ao jornalista Gabriel Soares, publicada no Jornal
A
USP, em 17/05/2017, no caderno “O Ambiente é o meio”.
Acompanhe a leitura do(a) professor(a) e participe da discussão, de acordo com as orientações.
48 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
D – Preste atenção aos pontos principais e organizem, em pequenos grupos, um mapa conceitual,
no seu caderno, seguindo as orientações do(a) professor(a).
F – Ainda hoje, há grupos populacionais que não são indígenas, mas preferem não ter lugar de
moradia fixa, em vários lugares do mundo e também no Brasil. Você já viu algum deles? Na
imagem, aparece um grupo de ciganos. Quem sabe tenha algum em sua cidade! Pesquise sobre
o assunto, com orientação do(a)
professor(a) e preencha o quadro que segue.
Populações Nômades
Meios de
Passado Presente
Grupos Subsistência
Populacionais
ATIVIDADE 2.4
APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE
Nesta atividade, os(as) estudantes serão orientados a analisarem diferentes fluxos populacionais
e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira, relacionando aos processos de ocupa-
ção do campo e à intervenção na natureza, avaliando, assim, os resultados dessas intervenções.
50 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
MATERIAL NECESSÁRIO
• Imagens de mapas de preferência ampliados.
ENCAMINHAMENTOS
• Apresentar aos(às) estudantes o título do texto “As Primeiras Fontes da Economia do
Brasil-Colônia ao Século XX”.*
• Levantar antecipações sobre o texto a ser lido e anotar na lousa seus comentários.
• Pedir-lhes que leiam o texto, em dupla, e grifem as informações que eles(elas) considerarem
mais importantes, em cada período histórico.
• Retome os textos sobre o movimento migratório das atividades 2.1 e 2.2. para enriquecer as
discussões, que tratam sobre a diversidade cultural, o fluxo populacional para o Brasil e suas
contribuições culturais e comerciais.
• Explore com a turma o que contribuiu para o crescimento econômico de São Paulo e seu
desenvolvimento, de maneira geral, principalmente, da capital.
• Pesquise outros textos com os(as) estudantes para ampliar a discussão do tema.
• Questione:
Quais foram os avanços e quais problemas surgiram.
Quais as contribuições que os fluxos migratórios trouxeram para a formação da sociedade
brasileira?
A ocupação do campo no território brasileiro, ou no interior do estado, causou algum impacto
na natureza?
Houve algum prejuízo quanto à intervenção da mão do ser humano na natureza?
• Finalizar solicitando às duplas que preencham o quadro com as fases da economia de São
Paulo, estabelecendo relação entre as atividades principais desenvolvidas pelos colonizadores,
nos diferentes períodos e seus efeitos para a economia.
• Depois, solicite que façam um Mapa de São Paulo, desenhando a rota do escoamento do café,
desde as lavouras até o Porto de Santos, para sua exportação, no final do século XIX ao início
do século XX. Lembrando que, nessa época, o transporte era feito pela ferrovia Santos-Jundiaí.
*Professor(a),
Você poderá ver outros mapas, que tratem de diversos aspectos abordados a respeito do tema,
acessando o site IBGE – Mapas Escolares, no link: https://mapas.ibge.gov.br/escolares/
mapas-mudos.html. Acesso em: 24 jul. 2020.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 51
A – Leia, com seu(sua) colega, o texto a seguir e depois responda ao que se pede.
AS PRIMEIRAS FONTES DA ECONOMIA, DO BRASIL-COLÔNIA AO SÉCULO XX
São Paulo só se destacou no cenário nacional, quando passou a ser o principal exportador de café.
A expansão da cultura do café exigiu a instalação da ferrovia Santos-Jundiaí, na segunda metade do século
XIX, para transportar o café até o porto de Santos. Assim abriram-se rotas para o seu escoamento que
estrategicamente passava pela cidade o que contribuiu para sua modernização e crescimento. Foi um período
de grandes transformações, sem deixar de ocorrer crises, que levaria à Abolição da Escravatura em 1888. E
apesar de São Paulo alcançar pujança econômica, a população negra foi deixada à margem, sem trabalho.
Assim, não foi possível proporcionar riqueza a todos. A Abolição deu lugar, entre outros fatos, à chegada em
massa de imigrantes europeus, principal solução na época, para a mão de obra na lavoura.
São Paulo com a produção do café e Minas Gerais, com a criação de gado sustentou a política do
chamado “café-com-leite”, que lhe deu o progresso. Encerra esse período com a crise do café em 1929 e
com o início da industrialização do país, no início da década de 1930.
Industrialização
O Estado prosperou e a capital do estado passou por uma revolução urbanística e cultural. A ferrovia
puxou a expansão da cafeicultura, atraiu imigrantes e permitiu a colonização de novas áreas.
Veio a crise do café, mas a industrialização avançava, criava contornos urbanos e abria espaço para
novas classes sociais, o operariado e a classe média. Mais próspero do que nunca, e agora como Estado
dentro da Federação, São Paulo via surgir a cada dia uma novidade diferente: a eletricidade, os primeiros
carros, o crescimento das linhas de bondes elétricos e de grandes obras urbanas. Tudo se multiplicava e
diversas vilas passaram a conviver com o apito das fábricas e com uma nova classe operária.
A industrialização revelou o problema da geração de energia, solucionado em 1900 com a inauguração
da Light. A capacidade de geração de energia foi decisiva para o desenvolvimento industrial.
O café superou a crise do início da década de 30, favorecendo a recuperação de São Paulo. A indústria
despontou e outro grande salto foi dado, com a chegada da indústria automobilística em São Paulo, carro-chefe
da economia nacional a partir da década de 1950. Surgiram, então, as principais rodovias de São Paulo.
O Estado paulista se transformou no maior parque industrial do país, posição que continua a manter,
apesar das transformações econômicas e políticas vividas pelo Brasil.
Texto adaptado e elaborado pela equipe CEIAI/SEDUC especialmente para Sociedade e Natureza 2021. Texto:AS
PRIMEIRAS FONTES DA ECONOMIA, DO BRASIL-COLÔNIA AO SÉCULO XX. A história de São Paulo, estado que
nasceu desbravando o país e hoje abriga um mundo. Fonte: Conheça São Paulo. Disponível em: https://www.
saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/historia/ Acesso em 11 nov. 2021..
B – Depois da leitura, levante as ideias, com seu(sua) colega, sobre as fases da economia de São
Paulo. Estabeleça relação entre as atividades principais desenvolvidas pelos colonizadores, nos
diferentes períodos e após a Independência de Portugal, e seus efeitos para a economia do Estado.
Chegada da Indústria
Após 1950
Automobilística
GEOGRAFIA E HISTÓRIA 53
C – Junto com seu(sua) colega, façam um Mapa de São Paulo e desenhem a rota do escoamento do
café até o Porto de Santos, para sua exportação.
Prezado(a) professor(a)
Apresentamos as Situações de Aprendizagem para o 1º semestre, que foram planejadas para ampliar
o repertório dos estudantes a partir de contextos de diferentes áreas e atividades que levam em con-
sideração os processos criativos, habilidades voltadas para análise, construção e reflexão.
Com base nas Diretrizes de Tecnologia e Inovação, os materiais de apoio focados no público dos Anos
Iniciais têm como objetivo inserir os estudantes no universo da tecnologia e conta com três eixos es-
truturantes: Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), Letramento Digital e Pensa-
mento Computacional, que se traduzem nas habilidades previstas para todos os anos dessa etapa.
O componente Tecnologia e Inovação, para a etapa dos anos iniciais tem como foco garantir a todos
os(as) estudantes uma aprendizagem de excelência, aprimorando o desenvolvimento integral em dife-
rentes áreas de conhecimento. Valorizar a criatividade e pensar nas diversas possibilidades de conhecer,
utilizar e ampliar o uso da tecnologia, não se limitando aos dispositivos e equipamentos, mas pensando
sobre seus usos de forma consciente e responsável, para desenvolvimento de seus próprios projetos.
As Situações de Aprendizagem que requerem essas ferramentas apresentam propostas que podem,
e devem, considerando a faixa etária, ser ampliadas e exploradas pelo professor na intenção de expan-
dir esses conhecimentos.
Nesse sentido, é possível organizar um espaço maker, considerando as ferramentas que podem ser
adquiridas. Para conhecer a lista, consulte a Secretaria Escolar Digital - SED, na seção Mural de Avisos:
PDDE Maker. Para aquisição dos materiais, selecione aqueles que possam atender essa etapa de
ensino, uma vez que a lista de materiais é geral, abrangendo todas as etapas.
Cabe ressaltar que o uso das ferramentas pode ser inserido no contexto dos(das) estudantes de forma gra-
dativa, de acordo com a complexidade das atividades propostas e ampliando as possibilidades de criação.
Organização do material
Conversa com o(a) professor(a): iniciamos uma conversa para contextualizar o(a) professor(a) com
orientações iniciais que podem ser ampliadas de acordo com seus estudos. Essa conversa é direcionada
ao(à) professor(a), em alguns momentos com termos mais específicos, que não necessariamente
58 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
precisam ser utilizados com a turma, mas com foco na contribuição do desenvolvimento do Componente
Tecnologia e Inovação e no processo contínuo de formação do(a) professor(a). Neste campo, quando for
necessário, indicaremos textos ou conceitos que sejam pertinentes à atividade que será desenvolvida.
Objetivo(s): Aqui é explicitado o(s) objetivo(s) da atividade, que está articulado com as habilidades, e
esse conjunto de habilidades, por sua vez, articulado com o desenvolvimento das competências.
As narrativas digitais têm um potencial didático que é construído graças às suas ferramentas, apresenta
um caráter multimídia de imagem, texto, som, vídeo e texto, desenvolvido com recursos computacionais,
e podem possibilitar a publicação e a circulação em ambientes virtuais de aprendizagem.
De acordo com Valente e Almeida (2014), as narrativas digitais são construídas a partir de um conjunto
de pontos de vista pessoais. Isso possibilita que, a partir de uma mesma história, sejam formados
diversos pontos de vista.
Os autores afirmam ainda que, para o desenvolvimento de uma narrativa, é necessário que os estudantes
tenham criticidade para estruturar as suas narrativas, tramas, e desenvolvam, assim, suas histórias. Além
disso, a estruturação lógica dos fatos que ocorrem na história é imprescindível para que se construa um
sentido de início, meio e fim, chegando ao desfecho e ao significado que a história tem para cada um.
De acordo com Bernard R. Robin (2008), uma narrativa digital é constituída por sete elementos básicos:
Considerando que as tecnologias digitais estão inseridas no cotidiano dos estudantes de maneira dire-
ta ou indireta, os dispositivos móveis, computadores, aplicativos, programas, jogos etc. podem ser
usados como ferramentas para a prática do ensino das narrativas digitais.
Pensamento Computacional
Com o pensamento computacional, seus quatro pilares, o trabalhar com padrões e abstrações em
atividades do dia a dia, desenvolvemos um material de apoio que irá subsidiar a construção desta tra
jetória de aprendizagem.
Para começar, pensemos: no que consiste o pensamento computacional?
Podemos dizer que:
ü “O pensamento computacional envolve o resolver problemas, conceber sistemas e
compreender o comportamento humano, recorrendo aos conceitos fundamentais
para a ciência da computação” (WING, 2006).
ü “Pensar nos problemas de forma que um computador consiga solucioná-los. O
Pensamento Computacional é executado por pessoas e não por computadores.
Ele inclui o pensamento lógico, a habilidade de reconhecimento de padrões, racio-
cinar através de algoritmos, decompor e abstrair um problema” (LIUKAS, 2015) —
coautora do currículo de Computação da Finlândia.
Mas, além dessas definições, o pensamento computacional também representa uma possibilidade de
proporcionar a crianças e jovens o desenvolvimento de competências e habilidades para lidar com as
demandas do século XXI, que envolvem o pensamento crítico, a criatividade e a resolução de problemas.
Os passos ou regras, ou seja, o algoritmo, podem ser utilizados para criar um código ou programa, que
pode ser compreendido por sistemas computacionais e, consequentemente, utilizado na resolução de
problemas complexos.
Aprendizagem criativa
Segundo a abordagem pedagógica da aprendizagem criativa, aprendemos melhor quando estamos
envolvidos na criação de projetos que levem em conta as nossas paixões, e que sejam desenvolvi-
dos em colaboração com os pares, e em um espírito de aprender e pensar brincando, explorando
livremente diferentes materiais e valorizando o erro como parte da experiência.
60 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
“Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as
pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis” (RADABAUGH, 1993).
A função da tecnologia é facilitar a vida de todas as pessoas. E, quando falamos em pessoas com
deficiência, existe um segmento da tecnologia chamado Tecnologia Assistiva (TA), que abrange
recursos, ferramentas, processos, práticas, serviços, metodologias e estratégias cuja finalidade é
proporcionar mais autonomia, independência e qualidade de vida para seus usuários.
Para Cook e Hussey (1950), a TA trata de uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e
práticas concebidos e aplicados para minorar os problemas funcionais encontrados pelas pessoas
com deficiência.
De acordo com a Lei 13.146, de 6 de julho de 2015 — ou Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (LBI)1 —, no art. 3º, inciso III:
tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade,
relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade
reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.
Para classificá-los, os recursos de tecnologia assistiva foram organizados considerando os objetivos
funcionais de cada um deles.
A Tecnologia Assistiva é dividida em dois grandes grupos:
Recursos de TA: todo e qualquer item, equipamento, componente, produto ou sistema fabricado em
série ou sob medida, utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das
pessoas com deficiência. Podem ser considerados recursos de TA desde artefatos simples, como uma
bengala, um talher adaptado ou um lápis mais grosso, até complexos sistemas computadorizados,
desde que seu objetivo seja proporcionar independência e autonomia à pessoa com deficiência.
Serviços de TA: serviços que auxiliam uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar, usar e
avaliar os recursos de TA. Realizados por profissionais de diferentes áreas, incluindo os da área da
saúde (terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos), da educação (professores,
monitores, profissionais do Atendimento Educacional Especializado), intérpretes de Libras, profissionais
da área da informática e engenharia, dentre outros.
Consulte ferramentas gratuitas de Tecnologias Assistivas em: https://cta.ifrs.edu.br/tecnologia-
assistiva/ferramentas-gratuitas-de-ta/.
Acesso em: 17 fev. 2021. Acesse aqui sugestões de softwares para contribuir com sua prática:
https://drive.google.com/file/d/1fJXrPO_DVjEA9QtldQ4luLIQ5wzTLvqE/view?usp=sharing
SOFTWARES_Educação Especial
A sugestão dos tempos de aula a seguir, foram organizadas para apoiar seu planejamento de forma
que as atividades iniciem e finalizem nas aulas de Tecnologia e Inovação, de forma a organizar uma
rotina junto aos estudantes em relação ao tempo de execução das atividades que em alguns momen-
tos não serão finalizadas na mesma aula.
1 aula Acolhimento
Professor(a), inicie explorando o material do estudante. Leia com eles a apresentação do material e os
ícones, para que reconheçam as atividades e se identifiquem com os personagens presentes no material.
Ao final de cada atividade o estudante ganha um carimbo para colar no seu passaporte, que estão no
Anexo 1.
Sugerimos que solicite aos estudantes destacarem a folha, identifiquem-na com o nome e lhes entre-
guem. Se preferir, pode solicitar que recortem os carimbos e, a cada etapa concluída, você entrega
cada um e faz a validação. O estudante deverá colar o carimbo no espaço correspondente da Situação
de Aprendizagem finalizada.
62 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Sugerimos que solicite aos estudantes destacarem a folha, identifiquem-na com o nome e lhes entre-
guem. Se preferir, pode solicitar que recortem os carimbos e, a cada etapa concluída, você entrega
cada um e faz a validação. O estudante deverá colar o carimbo no espaço correspondente da Situação
de Aprendizagem finalizada.
ACOLHIMENTO
No acolhimento, a proposta é realizar um diagnóstico quanto à expectativa dos estudantes em relação
ao Componente de Tecnologia e Inovação. Essa é uma sugestão, mas você pode adaptar conforme
seu ambiente escolar.
Antes da aula: providencie com antecedência materiais não estruturados, como: tubos de papelão,
garrafas PET pequenas, cola, tesoura sem ponta, papelão, copos descartáveis, caixas pequenas e
uma caixa grande. Na caixa grande, os estudantes vão depositar as cápsulas do tempo, e, em segui-
da, você vai fechá-la, e juntos irão marcar uma data para abri-la ao final do ano. Você pode escolher
outros materiais para que os estudantes construam essa cápsula do tempo.
1º momento: organize os estudantes em “U”, para uma roda de conversa. Converse com eles sobre
o que acham que vão aprender nesse componente.
2º momento: escreva na lousa a palavra “Tecnologia e Inovação”. Pergunte para os estudantes o que
vem à mente ao ouvir esse nome. Anote no entorno das palavras o que os estudantes contam.
3º momento: converse com os estudantes se já pensaram em viajar no tempo? Quando você pensa no
futuro, que lembranças gostaria de levar com você? O que imagina que vai aprender neste componente?
4º momento: conte que eles vão construir sua cápsula do tempo com os materiais disponibilizados
por você. Nesse momento, eles iniciam a construção, e devem identificar a cápsula escrevendo o
nome completo, se for necessário, auxilie os estudantes.
5º momento: esse será o momento em que os estudantes desenham ou registram em uma folha que
será revisitada no futuro. Nessa folha, podem fazer desenhos de diversas coisas, entre elas, desenhar
suas expectativas sobre o que irá aprender nesse componente. Eles podem desenhar ou escrever um
recado para lerem no futuro, enfim, devem soltar a imaginação.
6º momento: Devem inserir a folha na cápsula do tempo identificada, e depositam as cápsulas na caixa
que você preparou. Após todos depositarem, diga-lhes que você vai fechar a caixa e, então, marcar a
data em que será aberta. Combine com a turma que, se caso, durante o ano, chegar algum colega novo,
ele irá fazer o mesmo e, então, depositará na caixa por uma abertura pequena que você fará, se for ne-
cessário, assim todos devem lembrar desse compromisso, caso chegue um estudante novo na turma.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 63
OBJETOS DE
EIXO HABILIDADES
CONHECIMENTO
Tecnologia Digital
Compreender o uso responsável da
de Informação TDIC, especificidades
EF04TEC01 informação, respeitando a autoria
e Comunicação e impactos.
da produção.
(TDIC)
Resolver problemas com
Pensamento
EF04TEC05 autonomia e criatividade, utilizando Cultura Maker
Computacional
ou não a tecnologias digitais.
Identificar as potencialidades,
Pensamento as principais ferramentas e os
EF04TEC06 Cultura Maker
Computacional recursos utilizados em espaços
maker.
Construir objetos usando
Pensamento
EF04TEC07 materiais não estruturados ou Cultura Maker
Computacional
eletromecânicos.
Executar algoritmos simples,
Pensamento em português estruturado, que Programação plugada
EF04TEC08
Computacional contenham decisões que utilizem ou desplugada
operadores relacionais e lógicos.
Identificar e compreender noções
espaciais e desenvolver o
Pensamento raciocínio lógico em atividades Programação plugada
EF04TEC09
Computacional concretos por meio da ou desplugada
programação desplugada utilizando
a imaginação e a criatividade.
Representar atividades do cotidiano
Pensamento Programação plugada
EF04TEC11 com base em ações lógicas e
computacional ou desplugada
usando diferentes linguagens.
Pensamento Conhecer e utilizar algoritmos com Programação plugada
EF04TEC12
Computacional repetições. ou desplugada.
Codificar diferentes informações
Pensamento Pensamento
EF04TEC18 para representação em
computacional computacional
computador.
64 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Prezado(a) estudante,
Bem-vindo ao componente de Tecnologia e Inovação. As atividades propostas têm
como objetivo aprimorar sua aprendizagem, promovendo seu desenvolvimento integral
em diferentes áreas de conhecimento. Vamos valorizar sua criatividade e pensar nas
diversas possibilidades de conhecer, utilizar e ampliar o uso da tecnologia, não se
limitando aos dispositivos e equipamentos, mas pensar sobre seus usos de forma
consciente e responsável. Veja o recado da turma que te acompanhará nessas descobertas!
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO!
Pixabay_313620. Disponível
em: https://cutt.ly/UEHNIbM
Hora de colocar a mão na massa! Acesso em 01 out. de 2021.
Neste espaço, você vai colar os carimbos conquistados de acordo com seu
progresso ao finalizar as Situações de Aprendizagem. Fique atento, para participar e
realizar grandes conquistas!
Importante: seus carimbos deverão ser validados pelo(a) professor(a) ao final de
cada conquista!
Situação de Situação de
Aprendizagem Aprendizagem
4 5
SITUAÇÃO DE APENDIZAGEM 1
O QUE SABEMOS SOBRE AS NOTÍCIAS
Olá! Você diariamente ouve notícias veiculadas por meio de
deferentes mídias, não é mesmo? Mas nem todas as notícias divulgadas
trata de acontecimentos reais. Então vamos falar sobre isso? Será que
você sabe identificar quando uma notícia é verdadeira ou não?
Conversa com o(a) professor(a): você poderá consultar sites que tratam de mito ou verdade,
como https://fakebook.eco.br/category/mito-x-fato/, para selecionar as notícias para apre-
sentar aos estudantes.
Objetivo: analisar e identificar notícias falsas a partir de fontes confiáveis.
Desenvolvimento: inicie uma conversa com os estudantes sobre o que entendem sobre o que
é uma informação verdadeira e uma informação falsa. Nessa idade, eles já devem compreender o
que é verdade e mentira. Sugerimos a organização da sala em formato de “U”, assim você pode-
rá ter contado com todos os estudantes, e eles com os(as) colegas, além de permitir que você
utilize a lousa para anotações.
Na discussão, para observar se os estudantes pensam sobre o assunto, projete para a turma al-
gumas notícias que são falsas ou verdadeiras no momento que estiver desenvolvendo a atividade.
Atividade 1.1: escolha as notícias de acordo com a faixa etária, para que possam compreender o
conteúdo. Solicite aos estudantes que recortem os cartões do Anexo Verdade-mentira. Ao proje-
tar a notícia para toda a turma, você poderá solicitar que um estudante faça a leitura. Após esse
momento, os estudantes devem mostrar o cartão de sua escolha: verdade ou fake news. Anote
na lousa quantos optaram por uma ou outra. Converse com os estudantes para se posicionarem
sobre o motivo que os levou a escolher o cartão vermelho ou azul. Nesse momento, os estudan-
tes se posicionarão diante de um fato a partir de argumentos que acreditam dar confiabilidade, ou
não, para a notícia. Ao final da atividade, solicite aos estudantes que registrem suas conclusões
em relação às notícias falsas.
Atividade 1.2: explorar como é possível identificar uma notícia falsa, a partir das discussões da
atividade 1.1. Organize os estudantes em grupos, que devem responder à pergunta: Como saber
se uma notícia é confiável? Distribua post it ou filipetas de papel, para que escrevam o que pode
dar indícios de uma fake news. Providencie um mural colaborativo (pode ser em papel Kraft, afixa-
do em um local em que todos possam ter acesso), em que cada grupo poderá colar suas respos-
tas. Um representante do grupo conta para a turma os pontos que escolheram para identificar
uma fake news.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 69
1.2 Você fará parte de um grupo para responder à seguinte pergunta: como saber
se uma notícia é confiável? Registre, a seguir, as opiniões de todos. Em seguida,
escrevam na filipeta de papel que seu(sua) professor(a) irá distribuir, para depois
colar no painel colaborativo. Escolha um representante do grupo para contar para
a turma a resposta que vocês deram para essa pergunta.
1.3
Crie com seu grupo uma forma de orientar as pessoas para não
compartilhar notícias falsas que podem prejudicar outras pessoas ou
instituições.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
REIMAGINE A CAIXA - CONSTRUÇÃO COM FENDAS2
Você vai conhecer a técnica de construção com fendas: slots é o
nome dado quando fazemos esse tipo de conexão com fendas, e
assim não precisamos usar cola, e podemos reorganizar as peças de
diferentes maneiras.Com essa técnica, você vai criar seus animais
usando as fendas, não há necessidade de cola, conectando as fendas
e construindo peças inesperadas!
Conversa com o(a) professor(a): essa é uma oportunidade para engajar os estudantes na
construção prática, reimaginar uma caixa para criar um conjunto de peças e componentes inter-
cambiáveis, nivelar formas 3D em formas 2D (e usá-las para construir estruturas 3D), reaproveitar
materiais reciclados, explorar peças e padrões e lembrar-se de que o mundo ao nosso redor é
editável.
Objetivo: construir objetos com materiais não estruturados, aplicando a técnica com fendas.
Desenvolvimento: leia com os estudantes a história, para envolvê-los. A organização da turma
pode ser em duplas ou trios. A metodologia de aprendizagem entre pares para o desenvolvimen-
to dessa Situação de Aprendizagem poderá contribuir para as trocas entre os saberes de cada
estudante, compartilhando ideias com habilidades diferentes para alcançar o mesmo objetivo,
trazendo oportunidades para ampliar os conhecimentos dos estudantes.
Explore com os estudantes sobre os animais que conhecem, e como criá-los. Estimule-os a regis-
trarem suas ideias. Eles podem criar o animal que desejarem. Pergunte sobre as características,
quais são seus hábitos. Com essa conversa, os estudantes são estimulados à criatividade e a
soltar a imaginação.
Providenciar antecipadamente papelão e tesoura sem ponta. Nessa técnica, além de desenvolver
as habilidades de criação, não se deve utilizar cola ou qualquer outro material de liga para construir
o animal. Após a construção, incentive-os a colorir de acordo como pensaram ser esse animal.
Técnica da construção com fendas: desenha-se as partes do corpo do animal no papelão. Com
a tesoura sem ponta, são feitos pequenos cortes para o encaixe. Os estudantes devem atentar
para que o animal consiga ficar equilibrado quando em pé, assim, é preciso que façam as medidas
das alturas das patas e do corte da fenda.
Você pode combinar essa atividade como uma possibilidade de introduzir um conteúdo de ciên-
cias aos seus estudantes, ou, ainda, tratar de assuntos da matemática, como as formas geomé-
tricas e as medidas.
Para a apresentação, proponha uma montagem de um zoológico, em que os animais podem ser
organizados por categorias, como, por exemplo: animais que já existem e que foram recriados,
animais fantásticos e animais curiosos.
Materiais
Caixas de papelão finas: embalagens de papelão fino, de tamanhos diferentes, como
caixas de papelão, caixas de lenços de papel ou sapato, tubos de papel toalha.
Tesoura sem ponta: certifique-se de que consegue cortar o papelão que escolheu
com a sua tesoura.
Materiais de desenho: como lápis, papéis coloridos, lápis de cor, giz ou canetinhas.
FAÇA E TRANFORME!
1.2 Explore os materiais e ideias!
Esse é o momento de iniciar a construção do seu animal de papelão. Use a tesoura sem
ponta para fazer fendas em suas peças e conectá-las na sua criação.
Curiosidade: slots é o nome dado quando fazemos esse tipo de conexão com fendas e,
assim, não precisamos usar cola, e podemos reorganizar as peças de diferentes maneiras.
72 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
DIVERTA-SE E BRINQUE
Vamos conhecer outras criações?
1.3 Compartilhe sua criação com seus(suas) colegas. Elabore uma ficha de
apresentação, conforme o modelo abaixo:
Para Inspirar!
2.2 Tudo pronto? Agora vamos organizar uma exposição, classificando seus animais
em animais reais e animais fantásticos? Para essa exposição, utilize a ficha de
apresentação da sua criação. Organize o espaço e, depois de tudo montado,
fotografe e compartilhe. #TecInovaSPAnosIniciais
Ajudou a organizar o zoológico? Foi bem divertido! Mais um carimbo no seu passaporte!
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
A LINGUAGEM DO COMPUTADOR
Sabia que computadores têm sua própria linguagem? Tudo o que
você vê ou ouve no computador (palavras, imagens, números, filmes, e
até mesmo o som) são armazenados usando apenas estes dois nume-
rais: zero e um. Então, vamos entender como essa linguagem funciona.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 75
Conversa com o(a) professor(a): antes do início da aula, organize uma tabela, na lousa, com
duas colunas: É Computador e Não é Computador. Questione os estudantes sobre o que eles
entendem por “computador”. Logo após, peça que os estudantes deem exemplos de coisas que
poderiam ser um computador e coisas que parecem um computador, mas não são. Conforme os
estudantes respondem, o(a) professor(a) coloca os nomes, ou faz desenhos, nas colunas.
Objetivo: compreender como funciona a linguagem do computador.
Desenvolvimento: apresente uma definição formal sobre o computador e peça aos estudantes
para que verifiquem as respostas anotadas nos quadros. Os estudantes são estimulados a modi-
ficarem a tabela. Após a atividade, o(a) professor(a) aproveita a definição do computador para
explicar que os computadores têm uma linguagem própria.
Então, apresente a codificação por meio de cartões. Deve ser discutido com os estudantes sobre
o que eles percebem dos cartões (ordem, valores etc.).
Escreva na última coluna os códigos e depois encontre as letras para formar a frase.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 77
1 = 1 (A)
0+8+0+2+0=10(J)
16 +0 + 4 + 0 +1= 21(U
0 + 0 +4 +0 +0 = 4 (D)
0 + 0 +4 +0 +1 = 5 (E)
0 + 0 +0 +0+0 = 0 (espaço)
0 + 0 +4 +0 +1 = 5 (E)
16+ 0 +0 +2 +1 = 19(S)
16 + 0 + 4 +0 + 0= 20(T)
0+ 8 + 4 + 2+ 1 = 15 (O)
16 + 0 + 4 + 0 + 1 = 21(U)
0 + 0 +0 +0 + 0 = 0 (espaço)
16 + 0 +0 +0 + 0 = 16(P)
16 + 0 + 0 + 2 + 0 = 18(R)
0 + 0 +4 +0+1 = 5(E)
16 + 0 + 0 + 2 + 1 = 19(S)
0+ 8 + 4 + 2 + 1 = 15(O)
Imagem: Pixabay_Lâmpada4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
a b c d e f g h i j k l m
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
n o p q r s t u v w x y z
Esse carimbo vai valer a pena, pois você está aprendendo uma linguagem bem
interessante! Que legal! Cole-o no seu passaporte.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
VOCÊ É O PROGRAMADOR
Oi, sabia que é muito comum as pessoas pensarem que para
programar é preciso algum talento especial? Mas nem sempre. A
programação requer algumas habilidades que se aprende praticando.
É isso mesmo, errando, acertando, corrigindo os erros, compreendendo
quais comandos estão funcionando. Ao programar, é importante
conseguir comunicar o que se deseja para outras pessoas de forma
clara. Sabia que o que chamamos de erros, na programação são os
bugs? Eles acontecem o tempo todo na programação. Ao identificar
um bug é preciso tentar resolver esse problema, para que o programa
funcione corretamente.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 79
Conversa com o(a) professor(a): essa atividade envolve a iniciação a uma linguagem de códi-
gos utilizando setas. Essa é uma atividade desplugada, em que os estudantes devem descrever
comandos somente utilizando as setas, esses comandos devem ser testados e validados por
outro estudante, por isso a proposta do trabalho em grupo. Para envolver os estudantes, leia a
história junto com eles, e proponha que resolvam o desafio. É importante atentar que existem
várias opções de programação, portanto, o comando estará correto se o robô conseguir chegar
até as peças.
Objetivo: criar e executar comandos, envolvendo a programação desplugada.
Desenvolvimento: para iniciar, converse com os estudantes sobre o significado das setas, e
explique que eles desenvolverão diferentes papéis em cada rodada. Para que todos os estudan-
tes compreendam o significado das setinhas, diga-lhes que, como programador, só poderão usar
um tipo de linguagem de programação, e, nesse momento, utilizarão as setas para escrever essa
linguagem. Foram escolhidas as setas: avançar, virar à esquerda, virar à direita. Nesse momento,
você poderá fazer uma rodada verificando se os estudantes compreendem os comandos das
setas. Assim, peça que se levantem e, ao seu comando, eles executam a ação. Por exemplo: vi-
rem à esquerda, virem à direita, avancem dois passos. Aproveite esse momento para dizer-lhes
que esse papel de executar um comando será o papel do robô que será programado por eles.
Nessa atividade, os estudantes estarão em trios. Explique que serão três rodadas, a cada rodada
eles trocam de papéis, assim garantimos que compreendam que, quando se faz programação,
cada um tem uma função. Conte, também, que essa atividade será desplugada, isso é, quando
desenvolvemos os conceitos de computação não utilizando diretamente equipamentos tecnológi-
cos, mas que é importante para desenvolver habilidades que estão ligadas à programação, por
isso utilizaremos uma linguagem específicas com as setas.
No caderno do estudante estão as regras, mas sugerimos ler junto com todos, para garantir que
compreenderam a tarefa.
Professor(a), explique para os estudantes que todos possuem o tabuleiro quadriculado, assim, em
cada rodada, utiliza-se o tabuleiro do estudante que faz o papel do programador.
1a rodada: define-se quem será o programador, o robô e o testador. Definidos os papéis, o testa-
dor assinala com X o local onde estarão as peças, e define o local de onde sairá o robô. O pro-
gramador, sem mexer no tabuleiro, registra com as setinhas o caminho que o robô deverá fazer
para chegar até as peças. Quando o programador finalizar o registro, o robô, utilizando lápis ou
caneta, segue o comando. O robô deverá executar o comando exatamente como está registrado.
O testador observa e anota, caso tenha algum erro no comando, conhecido como bug. Encon-
trando esse erro, ele deverá escrever o comando corretamente, fazendo a correção do bug.
Pontuação do jogo:
Programador: ganha 1 ponto se o robô conseguir chegar até as peças de acordo com os coman-
dos.
Testador: ganha 1 ponto se o comando tiver falhas, conhecidas como bugs, e se ele conseguir
ajustar o comando.
Robô: na rodada em que o estudante estiver no papel de robô, ele inicia com um ponto ganho,
porém, perderá o ponto se der opinião no comando, pois o robô somente executa os comandos.
Na rodada seguinte, trocam-se os papéis, e segue a mesma sequência.
Ganha o jogo quem obtiver o maior número de pontos.
80 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
ATIVIDADE 1 - O RESGATE
DIVIRTA-SE E BRINQUE!
1.1 Você e seus colegas foram escolhidos para encontrar as peças do robô Sucata, que
precisa de ajuda. Mas, para isso, conheça os comandos que poderá utilizar:
Esse jogo deve ter três participantes. Cada um dos participantes possui um tabuleiro,
conforme a seguir:
Sobre o jogo: o jogo é composto por três rodadas. Em cada uma, um dos participantes
assume um papel diferente.
Programador: é aquele que deve escrever o programa antes do testador.
Testador: aquele que vai testar o programa do desenvolvedor, instruindo o robô.
Robô: Deve seguir as ordens do testador. O Robô somente segue as ordens, e não
pode dar opiniões.
Pontuação:
Desenvolvedor: ganha um ponto se o programa estiver correto.
Testador: ganha um ponto se o programa estiver errado, e conseguir ajustar o comando.
Robô: a cada rodada, quem faz o robô inicia com um ponto, mas poderá perder esse
ponto se, durante a execução, der opinião sobre o programa (se está certo ou errado).
Lembre: o robô só pode executar o programa.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 81
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
A RECUPERAÇÃO DO ROBÔ
Com a sua ajuda foi possível resgatar as peças do robô. Agora
temos um grande problema para resolver. Mas, antes, você sabia que
podemos resolver um problema organizando o passo a passo para
compreender o que precisa ser feito? Então vamos organizar essas
peças e descobrir quem é esse robô!
1.2 Relate, a seguir, como fez para montar o robô. Quais critérios usou para descobrir
o lugar certo de cada peça.
1.3 Compare seu robô com o de outros(as) colegas. Eles ficaram iguais? As peças
estão no mesmo lugar? O que mudou?
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 83
1.4 Junto com toda a turma, escolham um nome para esse robô.
FAÇA E TRANSFORME!
2.1 Você sabia que é possível montar um robô reaproveitando alguns materiais
reciclados? Vamos criar um robô para fazer companhia ao _________?
Materiais sugeridos
Cola, tesoura sem ponta
Fios sem uso
Caixas de papelão, caixas de lenços de
Latas
papel e sapato, tubos de papelão
Embalagem de ovos (limpas)
Materiais de desenho: lápis, lápis de cor,
Palitos sem ponta
giz ou canetinhas
DIVIRTA-SE E BRINQUE
2.3 Agora vamos fazer uma exposição dos robôs criados pela turma. Elabore uma ficha
para identificar seu robô. Veja o modelo a seguir:
Foi divertido montar o robô, não é mesmo. Esse esforço vale mais um carimbo no
seu passaporte!
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
COMANDOS DIFERENTES
E agora vamos a mais um desafio. Depois do resgate do Robô
Sucata e da montagem do seu robô, você terá a missão de levar o
robô de volta para casa.
ATIVIDADE 1 – COMANDOS
Para essa missão, você vai precisar de um dado. Você sabe que o robô mora no
Rio de Janeiro, e ele tinha guardado o mapa da sua casa. Mas, infelizmente, você não
poderá ir com ele. Seu amigo só entende a linguagem das setas. Então, como você
indicaria qual o caminho que ele deverá fazer?
Você terá disponível as seguintes quantidades de setas:
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 85
Com base no mapa, registre os comandos que levará o robô de São Paulo ao Rio
de Janeiro. Será que é possível tornar os comandos mais práticos? Tente descobrir!
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
COMANDOS E REPETIÇÃO
Você irá conhecer o conceito de algoritmos e de programação de
computadores. A partir de uma dinâmica desplugada, você irá criar
algoritmos simples. É possível aprender a programar de maneira
divertida! Aqui, trabalharemos o conceito de sequências por meio de
uma dinâmica desplugada.
86 CADERNO DO(A) PROFESSOR(A)
Conversa com o(a) professor(a): após fazer uma breve explanação sobre o conceito de algo-
ritmos e de programação, deve se iniciar a dinâmica desplugada. Explique o cenário onde o pas-
sarinho deve pegar o porquinho, evidenciando a lista limitada de comandos que o passarinho
entende: avance, vire à direita e vire à esquerda. Na simulação de cada caminho, você pode
solicitar a um estudante que manipule o passarinho.
Objetivos: compreender como os programas de computador são criados a partir de comandos
específicos. Criar algoritmos simples, utilizando apenas uma lista específica de comandos.
Desenvolvimento: oriente os estudantes a utilizarem somente os três comandos, e a registra-
rem o caminho que fizeram para completar o percurso.
Atividade 1: os estudantes retomam os comandos simples e resolvem o desafio.
Atividade 2: explique aos estudantes que os computadores operam seguindo uma lista de ins-
truções estabelecida por alguém, que são os algoritmos. Nos exemplos dos caminhos, utilizados
nas dinâmicas, o tamanho do algoritmo varia de acordo com o tamanho do caminho. Isso quer
dizer que um caminho com 5 blocos pode gerar um algoritmo com 5 linhas, e um caminho com
1000 blocos pode gerar um algoritmo com 1000 linhas. Não é cômodo escrever tudo isso, ou
puxar todos esses blocos para montar um programa, por isso existem os comandos de repetição
(loops em inglês).
Os comandos de repetição são muito importantes, e estão presentes em praticamente todas as
linguagens de programação. Eles podem ser utilizados quando identificamos as partes repetidas
em cada algoritmo.
Apresente os primeiros cenários para verificar se os estudantes compreenderam.
Diga-lhes que iniciarão com os desafios simples, chegando aos mais complexos, mas que será
importante compreenderem essa evolução em relação aos comandos.
Respostas:
Quando estiver desenvolvendo a atividade 2, antes de usar o código “repetir”, pergunte como
seria um código para cem linhas.
Quantas linhas tem um código com 1000 avance? O quão cômodo é escrever tudo isso em uma
folha, ou puxar todos estes blocos para montar um programa? Então introduza o comando “repetir”.
Comente com os estudantes que os algoritmos podem se tornar mais inteligentes e menores se
utilizarem os comandos de repetição (ou loops). Existem diversas situações em que o comando
REPITA...VEZES pode ser utilizado.
Para utilizar corretamente o comando REPITA...VEZES, é importante que você identifique quais
partes do seu algoritmo se repetem. Uma maneira de fazer isso é visualizar o caminho que deve
ser feito e perceber quais os trechos de caminhos que são iguais. O exemplo abaixo demonstra
como os trechos do caminho se repetem.
Além da repetição nos trechos dos caminhos, existem outras situações em que o uso do coman-
do REPITA...VEZES pode ser necessário.
Desafio 1: Quantos comandos são necessários para que o Antivírus chegue até o
computador?
Ilustração: Malko
Miranda
Desafio 2: Quantos comandos possui esse desafio?
Ilustração: Malko
Miranda
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
IMAGENS E OS PIXELS
Você já pensou como os computadores exibem imagens e desenhos?
Para entendermos como isso funciona, temos que conhecer o
Pixel. O Pixel (do inglês, picture elements - elementos de imagem) é o
menor componente de uma imagem digital ao qual podemos atribuir
uma cor. A quantidade de pixel de uma imagem é que indica sua
qualidade, ou seja, quanto mais pixels uma imagem tiver, mais nítida
ela será. Veja o exemplo abaixo de imagens iguais, porém, com
quantidades diferentes de pixels:
Fonte: Freepik7
a)
4, 11, 3
4, 9, 2, 1, 2
4, 9, 2, 1, 2
4, 11, 3
4, 9, 5
4, 9, 5
5, 7,6
0, 17, 1
1, 15, 2
b)
6, 5, 2, 3, 2
4, 2, 5, 2, 3, 1 ,1
3, 1, 9, 1, 2, 1, 1
3, 1, 9, 1 ,1, 1, 2
2, 1, 11, 1, 3
2, 1, 10, 2, 3
2, 1, 9, 1, 1, 1,3
2, 1, 8, 1, 2, 1, 3
2, 1, 7, 1, 3, 1, 3
1, 1, 1, 1, 4, 2, 3, 1, 4
0, 1, 2, 1, 2, 2, 5, 1, 4
0, 1, 3, 2, 5, 2, 5
1, 3, 2, 5, 7
Resposta: tartaruga
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a Base. Brasília, 2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.
pdf. Acesso em: 2 de set. de 2020.
CENTRO DE INOVAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA – CIEB. Currículo de referência em tecnologia e computação: da
educação infantil ao Ensino Fundamental. Cieb, 2018. Disponível em: https://curriculo.cieb.net.br/. Acesso
em: 9 de out. de 2020.
Computação desplugada. Disponível em: http://desplugada.ime.unicamp.br/atividade2/index.html. Aces-
so em: 15 de set. de 2021.
BELL, Tim; WITTEN, Ian H; FELLOWS, Mike. Computer Science Unplugged: Ensinando Ciência da Computação sem o uso do
computador. Tradução coordenada por Luciano Porto Barreto. Neil Smith: 2011.
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sion/.2011. Acesso em 10 de set. de 2021.
REDE BRASILEIRA DE APRENDIZAGEM CRATIVA. Disponível em: https://aprendizagemcriativa.org/pt-br/so-
bre-rbac. Acesso em: 09 de set. de 2021.
WING, J. M. Computational thinking. Communications of the ACM, v. 49, n. 3, p. 33-35, [S. l.], 2006. Disponível em: http://
doi.org/10.1145/1118178.1118215.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 95
Imagens: Pixabay910
Imagem: Carimbos11