Conteúdo Culturas
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Ações afirmativas
São políticas públicas focais voltadas para grupos que sofrem discriminação étnica, racial, de
gênero, religiosa. As políticas afirmativas têm como objetivo promover a inclusão
socioeconômica de populações historicamente privadas do acesso a oportunidades.
Suas linhas de atuação abrangem:
a priorização no atendimento de serviços públicos como educação e saúde;
a proteção social e empregabilidade;
o reconhecimento legal de suas tradições culturais e o fomento à sua continuidade;
o combate ao preconceito sofrido por caminhos jurídicos, políticos e sociais.
O termo ação afirmativa foi utilizado pela primeira vez nos EUA, na década de 1960,
referindo-se a políticas governamentais voltadas para combater-se a desigualdade entre brancos e
negros.
As cotas para pessoas com deficiência no serviço público são consagradas pela Constituição
de 88. A Constituição Cidadã também assegura os direitos dos povos originários. Em 2007, o
Governo Federal instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, que reconhece formalmente as especificidades desses grupos e garante
seus direitos territoriais e socioeconômicos e a valorização de sua cultura.
A partir da década de 2000, foram desenvolvidas ações afirmativas para a população negra,
com a qual o Brasil tem uma dívida histórica pelos quase quatro séculos de escravidão e por não ter
formulado políticas específicas para os ex-escravizados após a abolição, relegando-os à pobreza e
precariedade, principalmente nas grandes cidades, o que prejudicou de forma crucial a eles e a sua
descendência.
Dentre as ações afirmativas no Brasil para a população negra, podemos citar:
o Estatuto da Igualdade Racial
a Lei de Cotas no Ensino Superior
as Leis 10.639/03 e 11.645/08
Em 2014, a Lei 12.990 instituiu a reserva de 20% das vagas no serviço público federal para a
população negra.
A primeira universidade brasileira a adotar o sistema de cotas para estudantes de escolas
públicas foi a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Inicialmente, a reserva de vagas era
de 50%. A partir de 2004, a divisão passou a ser:
20% das vagas para estudantes de escolas públicas;
20% para quem se autodeclara negro ou indígena;
5% para outras minorias étnicas, pessoas com deficiência ou filhos de agentes públicos.
Assim, 45% das vagas da UERJ são destinadas a indivíduos nessas condições desde que
tenham baixa renda per capita. A partir de 2012, com a Lei de Cotas, todas as universidades e
institutos federais reservam 50% de suas vagas a estudantes de escolas públicas.
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Secretaria de Estado de EducaçãoDiretoria Regional Metropolitana IV
Instituto de Educação Sarah Kubitschek
ATIVIDADE INDIVIDUAL
O que é Cultura?
Valores e normas
Os valores e normas são aspectos fundamentais de uma cultura, servindo também como pilares
fundamentais da construção de uma sociedade. Para entendermos o motivo para tamanha importância, podemos
observar os costumes de outras nações, como as civilizações que se construíram em volta da religião islâmica. Os
papeis sociais que são determinados a partir do sexo do indivíduo são completamente diferentes. Uma mulher que
nasce em um país estritamente islâmico utiliza a burca (peça de vestuário que cobre o corpo da mulher da cabeça
aos pés), que tem significado a partir da exigência por um comportamento que evoque a modéstia e a castidade. No
entanto, para as pessoas da cultura ocidental, a burca é o símbolo da opressão contra a mulher.
Podemos concluir, a partir de exemplos como esse, que as normas e os valores são extremamente variados nas
diferentes culturas que observamos. A diversida de cultural é um fato em nossa
realidade globalizada, em que o contato entre o que consideramos familiar e o que
consideramos estranho é comum. O contato com ideias, comportamentos, línguas
e culinária de outras culturas, por exemplo, tornou-se tão corriqueiro em nosso dia
a dia que mal paramos para pensar no impacto que sofremos diariamente.
Esse impacto molda e transforma normas e valores. Isso quer dizer que
uma cultura não é estática, não permanece a mesma indefinidamente e, portanto,
ELEMENTOS DA CULTURA
Cultura é algo complexo e composta por vários elementos, como podemos ver abaixo:
• Artefatos: Bens materiais criados pelo homem.
• Conhecimento: O saber acumulado através de gerações.
• Sistema de símbolos: São elementos físicos (uma cruz, por exemplo) ou sensoriais (bater palmas, por exemplo)
aos quais os indivíduos atribuem um significado específico, como a linguagem (sistema de sinais que incorpora a
visão de mundo de cada grupo).
• Normas: São regras – convenções – que definem o modo de agir dos indivíduos em certas situações.
• Valores: Elementos abstratos consagrados por um indivíduo, grupo ou sociedade, que orientam suas ações.
Exemplos: liberdade, sucesso, eficiência, igualdade, progresso.
• Crenças: Atitude de aceitação de uma proposição por parte dos indivíduos que fundamenta sua ação. Podem ser
pessoais, públicas, declaradas, supersticiosas, extravagantes, etc.
Além das características anteriores, também podemos entender a cultura de uma sociedade através dos seguintes
elementos:
• Padrões de conduta, hábitos e costumes: face um dado problema, alguns povos desenvolvem e transmitem às
gerações seguintes, formas peculiares para lidar com cada situação. Se os resultados forem positivos, passam a ser
repetidas. Assim, são adotadas pelo grupo e se tornam padrões de ação. Por exemplo, qualquer morador de uma
grande cidade sabe que, ao chegar em frente a um prédio com botões na porta, está diante de um interfone e deve
tocá-lo para entrar no local. Talvez um morador de uma cidade do interior fique em frente ao edifício durante horas
até alguém lhe explicar o que já é padrão para muitos de nós. Mas isso pode variar. Por exemplo, em nossa
sociedade, tradicionalmente (ou seja, culturalmente) o papel de provedor da família sempre foi do homem – pai de
família – e a mulher destinava-se a cuidar do lar (“dona de casa”). No entanto, as mudanças em algumas sociedades
contemporâneas vêm gerando e ampliando uma outra divisão de funções, com a mulher transformando-se na “chefe
de família”, mantendo financeiramente a casa. Estamos diante de um outro mecanismo cultural. Atualmente, alguns
homens casados não trabalham, ou apenas atuam em meio período, e realizam as atividades domésticas antes
destinadas especificamente às mulheres.
Fonte: https://alunosonline.uol.com.br
Disciplina: CULTURAS
Turma: CN 3001, CN 3002, CN 3005 Professora: Valdineia Opazo DATA : 21 e 23/09/2021
Preconceito Linguístico x Variação Linguística apresentadas anteriormente não são em defesa da queda
Quando apontamos uma variação linguística como da gramática e não respeito à norma-padrão. É
erro, cometemos o que chamados de Preconceito necessário, é claro, que tenhamos consciência de que há
Linguístico. normas que regem e são responsáveis por certa
organização de nossa língua. Porém, não devemos nos
A língua é dinâmica e está sujeita a inúmeras variações. esquecer do que é gramatical e do que é a língua em
Essa peculiaridade de toda e qualquer língua é o que movimento em busca de alcançar sua função primordial: a
chamamos de variação linguística, que está sujeita ao comunicação.
contexto histórico, geográfico e sociocultural no qual os As variações linguísticas diferenciam-se em quatros
falantes estão integrados. grupos: sociais (diastráticas), regionais (diatópicas),
Essa pluralidade da língua é facilmente observada no históricas (diacrônicas) e estilísticas (diafásicas). Para
Brasil, um país de extensão territorial e multiplicidade aqueles que se preparam para o Enem, trata-se de um dos
cultural significativas. As variações linguísticas acontecem assuntos com maior incidência nas provas de Linguagens,
porque, tendo em vista que a função primordial da língua
Códigos e suas Tecnologias.
é a comunicação, os falantes arranjam e rearranjam a
língua de acordo com a necessidade de interação social.
1. Variação geográfica ou diatópica
Uma vez que essas variações visam à comunicação,
Está relacionada com o local em que é desenvolvida, tal
jamais devemos considerá-las erros. Ao apontarmos
como as variações entre o português do Brasil e de
essas alterações como erro, estamos cometendo o que
Portugal, chamadas de regionalismo.
chamamos de “preconceito linguístico”. Como todo
Exemplo de regionalismo
preconceito, age-se maquiavelicamente em defesa de um
dado status imposto como mais adequado e, por vezes,
mais “bonito”.
Infelizmente, esse equivocado comportamento é
corriqueiro aqui no Brasil. Você já deve ter visto
afirmações pejorativas em relação à fala de quem mora no
interior, por exemplo. Esse julgamento, em vez de
contribuir para que sigamos em um processo educacional
democrático, cria barreiras para o enriquecimento de
nosso patrimônio cultural. A língua é responsável,
segundo Biderman1 (1899), por transmitir a herança
cultural de um povo que carrega aspectos de vida, das
crenças e valores de uma sociedade.
https://www.youtube.com/watch?v=qxW5PexZMw0
https://www.todamateria.com.br/variacoes-linguisticas/
Notas
1BIDERMAN, M. T. C. O léxico, testemunha de uma cultura. Actas do XIX Congresso Internacional de Linguística e
Filoloxía Românicas. Universidade de Santiago de Compostela, 1989.
A comunicação influencia na cultura e vice versa. Dialetos, jargões, gírias… existem várias formas diferentes de se
expressar! Seriam todas elas corretas? Existem as erradas? Ou existe a situação que aceita certos modos de se
expressar?
A cultura brasileira é rica e diversa, o que se explica pela formação geográfica e histórica do país.
Indígenas, africanos e portugueses contribuíram muito para essa construção.
A cultura brasileira, assim como a formação étnica do povo brasileiro, é vasta e diversa. Nossos
hábitos culturais receberam elementos e influências de povos indígenas, africanos, portugueses, espanhóis,
italianos e japoneses, entre outros, devido à colonização, à imigração e aos povos que já habitavam aqui.
São elementos característicos da cultura brasileira a música popular, a literatura, a culinária, as festas
tradicionais nacionais.
A religião, como elemento cultural, também sofreu miscigenação, formando o que chamamos de
sincretismo religioso. O sincretismo religioso brasileiro reúne elementos do candomblé, do cristianismo e
das religiões indígenas, formando uma concepção religiosa plural.
Hábitos e costumes
Os costumes brasileiros são variados. Tratando de termos morais, a nossa influência toma como
base, principalmente, a moral judaico-cristã. O cristianismo constitui a maior influência para a formação de
nosso povo, principalmente pela vertente católica, que compõe o maior grupo religioso brasileiro. Também
sofremos influências morais de outros povos que vieram para o Brasil por meio dos fluxos migratórios, como
os africanos.
A diversidade de hábitos e costumes morais também se deu por conta dos regionalismos que foram
surgindo ao longo do tempo. Por possuir um território de proporções continentais, o Brasil viu, ao longo de
sua história, o desenvolvimento de diferentes vertentes culturais, devido às diferenças geográficas que
separam o território.
Pensando em termos culinários (a culinária é um valioso elemento cultural de um povo), temos pratos
típicos e ingredientes que provêm da cultura indígena, dos estados nordestinos e do Centro-Oeste rasileiro,
por exemplo. Enquanto vatapá e acarajé são pratos típicos baianos de origem africana, os habitantes do
Cerrado consomem pequi, e a culinária tradicional paulista é fortemente influenciada pela culinária
portuguesa e italiana.
INFLUÊNCIAS
* Européia
O carnaval, festival de origem pagã, e tão comemorado no Brasil, é também visto na tradição
europeia, como é o caso do Festival de Veneza.
A cultura europeia é uma das principais fornecedoras de elementos
culturais para o Brasil. Foram os europeus que mais migraram para o
país. Culinária, festas, músicas e literatura foram trazidas para o território
brasileiro, fundindo-se com outros elementos de outros povos. Além da
cultura popular dos países europeus, foi trazida também a cultura erudita,
marca essencial das elites intelectuais e financeiras europeias.
* indígena
Atualmente há encontros indígenas pelo Brasil, nos quais a nossa
cultura nativa é promovida por meio de exposições de dança, música,
vestimenta etc.
Hoje nós consumimos pratos típicos indígenas, além de
incorporarmos em nosso vocabulário palavras oriundas da família linguística
tupi-guarani. Palavras como caju, acerola, guaraná, mandioca e açaí têm
origem indígena, além do hábito alimentar que desenvolvemos comendo
esses frutos e da mandioca ter nascido na cultura indígena antes da chegada
dos portugueses.
* Africana
No Brasil o Dia de Iemanjá é comemorado, em sua maior parte, por devotos do candomblé e da
umbanda.
Os africanos trouxeram para o Brasil as suas práticas
religiosas expressas hoje, principalmente, pelo candomblé e pela
umbanda, que mistura elementos do candomblé com o
espiritismo kardecista. Também trouxeram pratos típicos de
suas regiões e desenvolveram aqui pratos com inspiração naquilo
que compunha a culinária africana dos locais de onde vieram.
Outra marca cultural que herdamos dos africanos é a capoeira,
praticada até os dias atuais.
TIPOS DE CULTURA
Cultura Popular: é a base da cultura de qualquer povo e região. Uma característica importante
deste tipo de cultura é que ela começa de baixo para cima, ou seja, são as classes populares
quem determinam o que é essa cultura e como ela deve ser reproduzida.
Na cultura popular, seus elementos, como as danças, estilo musical, costume, entre
outros, são transmitidos de geração para geração por um povo.
Exemplo: nas festas, podemos identificar o Frevo, como pertencente ao estado de
Pernambuco, e a Chula, do Rio Grande do Sul, criados, consequentemente, pelo povo.
Cultura erudita: é aquela reproduzida pela classe média ou alta de um povo, como os intelectuais
e os artistas, sendo financiada pela elite econômica. É o tipo de cultura que está concentrada no
meio acadêmico.
É importante saber que, mesmo sendo considerada uma cultura da elite, a cultura
erudita não necessariamente será produzida por estas pessoas, mas sim financiada por
elas
outros públicos.
Cultura material: são os aspectos da cultura que são tangíveis, ou seja, aqueles que
podem ser tocados. São objetos físicos e concretos.
Pelourinho (Bahia)
Cultura imaterial: é considerada intangível, ou seja, os elementos que não podem
sertocados.
Referência Bibliográfica:
https://www.significados.com.br/
https://www.todamateria.com.br/