Políticas e Gestão Educacional
Políticas e Gestão Educacional
Políticas e Gestão Educacional
EDUCACIONAL
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Hiandra B. Götzinger Montibeller
Prof.ª Izilene Conceição Amaro Ewald
Prof.ª Jociane Stolf
Revisão de Conteúdo: Prof.ª Maria Aparecida de Oliveira Silva
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
371.2
S237p Santos, Eli Regina Nagel dos
Políticas e gestão educacional / Eli Regina Nagel dos Santos;
Jackeline Maria Beber Possamai. Indaial : Uniasselvi, 2013.
121 p. : il
1. Administração escolar.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Eli Regina Nagel dos Santos
APRESENTAÇÃO.......................................................................7
CAPÍTULO 1
A Legislação que Dispõe sobre o
Financiamento da Educação ...................................................9
CAPÍTULO 2
Valorização dos Profissionais da Educação ....................25
CAPÍTULO 3
Construção da Democracia na Escola................................51
CAPÍTULO 4
Gestão Financeira da Escola................................................65
APRESENTAÇÃO
Caro(a) pós-graduando(a):
Caros Pós-Graduandos...
Figura 1 – Quebra-cabeça
A nossa vida escolar pode ser comparada a um quebra cabeça. Cada vez
que concluímos uma etapa de ensino, encaixamos uma peça. Iniciar o curso de
especialização significa que estamos avançando nesse jogo, e continuando a
questionar: onde se encaixa esta ou aquela peça?
Bons estudos!
As autoras.
C APÍTULO 1
A Legislação que Dispõe sobre
o Financiamento da Educação
10
A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
Contextualização
Prezado Pós-graduando, com a promulgação da Constituição A educação é um
Brasileira em 1988, iniciou-se a elaboração de medidas legais que foram direito de todos e
progressivamente entrando em vigor no setor educacional de maneira dever do Estado
e da família, deve
positiva, contribuindo para a melhoria na educação. A educação é um
ser promovida e
direito de todos e dever do Estado e da família, deve ser promovida incentivada com
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno a colaboração
desenvolvimento da pessoa, para o exercício da cidadania e qualificação da sociedade,
para o trabalho. visando ao pleno
desenvolvimento
da pessoa, para
Os indicadores educacionais do país revelam que muito se avançou
o exercício da
quando a Constituição enfatizou o dever do Estado nas garantias dos cidadania e
direitos do cidadão, conforme prevê o art. 205: “A educação, direito de qualificação para o
todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada trabalho.
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho”.
Atividade de Estudos:
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Políticas e Gestão Educacional
12
A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
Com base no que prevê o PNE, especialmente no que se refere aos recursos
financeiros, o primeiro tópico deste caderno abordará a legislação que regulamenta
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB –
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação. Também apresentaremos informações sobre
as origens das receitas, da distribuição dos recursos do fundo que substituiu o
FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
e de Valorização do Magistério – implantado em 1998, quando passou a vigorar
a nova sistemática de redistribuição dos recursos, ou seja, a sua implantação
consistiu na mudança da estrutura de financiamento do Ensino Fundamental
no País. O FUNDEB foi criado com o propósito de substituir o FUNDEF, sendo
reestruturado e ampliado para vigorar até 2020.
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Políticas e Gestão Educacional
O que é o Fundeb?
Figura 2 - FUNDEB
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A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
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Políticas e Gestão Educacional
Atividade de Estudos:
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A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
• Ensino Fundamental: Anos Iniciais (1º ano ao 5º) ano e Anos Finais (6º ano ao
9º ano).
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Políticas e Gestão Educacional
Atividade de Estudos:
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A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
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A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
Figura 5 - Educação
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Políticas e Gestão Educacional
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A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
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Políticas e Gestão Educacional
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A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
Atividade de Estudos:
Figura 6 - Dinheiro
III - o valor mínimo nacional por aluno, estimado para os anos iniciais
do ensino fundamental urbano; e
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A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
Município Estado e DF
Educação Infantil e Ensino Fundamental Ensino Fundamental e Médio
Atribuições dos Estados/DF e Municípios (art. 16, 21, 25 e 27, Lei 11.494/07)
Estados e DF:
Municípios
Utilização dos
recursos do Utilização dos recursos do FUNDEB 100% na educação
FUNDEB 100% na
educação básica básica pública (observada a responsabilidade de atuação do ente
pública (observada governamental); Mínimo de 60% na remuneração dos profissionais
a responsabilidade do magistério em efetivo exercício na educação básica, Máximo de
de atuação do ente
governamental); 40% com outras ações de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Mínimo de 60% (MDE).
na remuneração
dos profissionais
do magistério em
efetivo exercício na
educação básica,
Máximo de 40%
com outras ações
de Manutenção e
Desenvolvimento do
Ensino (MDE).
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A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
CAPÍTULO V
DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
29
Políticas e Gestão Educacional
Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos
anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da
remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em
efetivo exercício na rede pública.
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A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
Atividade de Estudos:
7. Total geral de
R$ 35,5 bilhões previs- Previsões (em valores de 2006):
recursos do fundo
tos para 2006. • R$ 43,1 bilhões no primeiro ano;
• R$ 48,9 bilhões no segundo ano;
• R$ 55,2 bilhões no terceiro ano.
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Políticas e Gestão Educacional
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A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
Atividade de Estudos:
35
Políticas e Gestão Educacional
Atividade de Estudos:
Algumas Considerações
O propósito do primeiro capítulo foi abordar questões inerentes ao
financiamento da educação básica no Brasil, dentre as quais a legislação, a
origem dos recursos e a distribuição. Desse modo, julgamos pertinente inserir
parte da Lei nº 11.494 de 20 de junho de 2007, que regulamenta o FUNDEB, com
intuito de esclarecimento e complementação do conteúdo. Nessa perspectiva,
enfatizamos que a supracitada Lei, em seus capítulos I ao V, trata das disposições
gerais, da composição financeira, da distribuição dos recursos, da transferência e
da gestão dos recursos e da utilização dos recursos, respectivamente.
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A Legislação que Dispõe sobre o Financiamento
Capítulo 1
da Educação
Referências
BRASIL. Decreto n. 2.264, de 27 de junho de 1997. Regulamenta a Lei nº
9.424, de 24 de dezembro de 1996, no âmbito federal, e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, D. F., 28 jun. 1997. Disponível
em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 30 jul. 2012.
CIEGLINSKI, Amanda. In. Revista Carta Capital na Escola, São Paulo, p. 14.
Jul. 2012.
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Políticas e Gestão Educacional
38
C APÍTULO 2
Valorização dos Profissionais
da Educação
40
Capítulo 2 Valorização dos Profissionais da Educação
Contextualização
Caro pós-graduando, conforme abordamos no capítulo anterior, por ser
a educação um direito de todos, existem dispositivos legais que asseguram
meios e recursos no seu desenvolvimento e manutenção. O governo, regime de
colaboração entre os entes federados, desenvolve programas com o intuito de
garantir o acesso, a permanência e a qualidade, bem como lança mão de políticas
públicas centradas na captação de recursos financeiros para o financiamento da
educação básica.
Um dos principais
O Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece que o Brasil indicadores
aumente de 5% para 7% o investimento em Educação Básica, cujo que resumem
a realidade
recurso provém do Produto Interno Bruto (PIB). Esse indicador econômica do país
representa o total dos valores monetários de todos os bens e serviços é o PIB (Produto
finais produzidos numa determinada região do país, estados ou Interno Bruto)
cujo indicador é
municípios, durante o mês, trimestre ou ano, cujo objetivo mensura a a mensuração de
atividade, entre elas a econômica. Um dos principais indicadores que todos os bens e
resumem a realidade econômica do país é o PIB (Produto Interno serviços, ou seja, o
PIB constitui toda a
riqueza produzida.
41
Políticas e Gestão Educacional
A partir do ano de 1994, com a estabilização da economia, o governo A DRU estipula que
federal instituiu o Fundo Social de Emergência (FSE) e, em 1996, 20% das receitas da
aprovou o Fundo de Estabilização Fiscal (FEF). Esses mecanismos União do país ficam
permitiam ao governo destinar certo percentual arrecadado para gastos desvinculadas das
de acordo com os seus próprios interesses, e não para o qual aquele destinações fixadas
na Constituição,
determinado imposto era arrecadado. Isso porque existem diversos
ou seja, essas
tipos de gastos que são quase impossíveis de serem diminuídos, tais contribuições
como os gastos com pessoal, da previdência social, dos juros da dívida sociais não
pública etc. precisam ser gastas
nas áreas de
Em razão disso, em 2000 foi aprovada a Desvinculação de saúde, assistência
social ou
Recursos da União (DRU), com o objetivo de aumentar a flexibilidade
previdência social,
para que o governo pudesse dispor de recursos do orçamento para mas, somente na
despesas de maior prioridade e permitir a geração de superávit Educação.
nas contas, elemento fundamental para controlar a inflação.
Posteriormente, a DRU foi prorrogada em 2003 e em 2007 e, a princípio,
com vigência até 2011. Todavia, com o intuito de manter a governabilidade,
o Executivo Federal editou a PEC Proposta de Emenda à Constituição nº 61,
propondo nova prorrogação da DRU, que mantinha o fim da desvinculação
desses recursos, em consonância com a EC nº 59, de 2009, cujo mecanismo
maneja livremente até 20% da arrecadação tributária brasileira.
Atividade de Estudos:
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Políticas e Gestão Educacional
44
Capítulo 2 Valorização dos Profissionais da Educação
Este foi o objetivo de criação da DRU, cujas receitas não são aplicadas na
saúde, assistência social ou previdência social, e também não precisavam ser
divididas com estados e municípios. Graças à DRU, os recursos podem ser
usados para pagamento de despesas fora do orçamento da seguridade social,
como amortização da dívida pública. Conforme já mencionamos, o supracitado
dispositivo está de acordo com a Emenda Constitucional nº 59, cuja redação do
art. 1º, incisos I e VII do art. 208 da Constituição Federal, passam a vigorar com
as seguintes alterações:
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Políticas e Gestão Educacional
Figura 8 - Salário-Educação
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Capítulo 2 Valorização dos Profissionais da Educação
a) O Salário-Educação
Atividade de Estudos:
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Políticas e Gestão Educacional
Salário-Educação
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Capítulo 2 Valorização dos Profissionais da Educação
Atividade de Estudos:
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Políticas e Gestão Educacional
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Capítulo 2 Valorização dos Profissionais da Educação
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Políticas e Gestão Educacional
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Capítulo 2 Valorização dos Profissionais da Educação
53
Políticas e Gestão Educacional
A LDB 9.394/96, por sua vez, discorre em seus art. 62 e 67 sobre a formação
do magistério. O art. 67 determina que os sistemas de ensino promovam a
valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos
termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público, os seguintes
direitos:
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Capítulo 2 Valorização dos Profissionais da Educação
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Políticas e Gestão Educacional
Atividade de Estudos:
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Capítulo 2 Valorização dos Profissionais da Educação
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Políticas e Gestão Educacional
Fonte: As autoras.
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Políticas e Gestão Educacional
Fonte: As autoras.
Fonte: As autoras.
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Capítulo 2 Valorização dos Profissionais da Educação
Referências
BRASIL. Decreto n. 2.264, de 27 de junho de 1997. Regulamenta a Lei nº
9.424, de 24 de dezembro de 1996, no âmbito federal, e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, D. F., 28 jun. 1997. Disponível
em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 30 jul. 2012.
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Políticas e Gestão Educacional
64
Capítulo 2 Valorização dos Profissionais da Educação
PILETTI, Cláudio. Didática geral. 23ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2001.
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Políticas e Gestão Educacional
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C APÍTULO 3
Construção da Democracia
na Escola
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Capítulo 3 Construção da Democracia na Escola
Contextualização
Prezado aluno(a) da Pós- Graduação, já mencionamos nos capítulos
anteriores que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN 9394-
96) e o Plano Nacional de Educação são mecanismos legais que definem normas
para o ensino público, especialmente no que se refere à Educação Básica. Dentre
a normatização também está a gestão democrática da educação que, por sua
vez, resguarda os princípios constitucionais.
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Políticas e Gestão Educacional
70
Capítulo 3 Construção da Democracia na Escola
A gestão
democrática da
Fonte: Disponível em: <http://paulistaemdestak. educação diz
blogspot.com.br/2011/06/conquista-da-comunidade-
respeito aos
escolar-diretor.html>. Acesso em: 20 ago. 2013.
modos legais e
institucionais e à
A gestão democrática da educação diz respeito aos modos legais viabilização de
e institucionais e à viabilização de ações com vistas à participação ações com vistas
de todos os envolvidos no processo educativo. Trata-se de planejar e à participação de
elaborar artifícios que favoreçam a tomada de decisões sobre o uso de todos os envolvidos
no processo
recursos e prioridades administrativas e pedagógicas da escola.
educativo.
Atividade de Estudos:
72
Capítulo 3 Construção da Democracia na Escola
73
Políticas e Gestão Educacional
Atividade de Estudos:
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Capítulo 3 Construção da Democracia na Escola
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Políticas e Gestão Educacional
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Capítulo 3 Construção da Democracia na Escola
b) O Conselho Escolar - CE
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Políticas e Gestão Educacional
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Capítulo 3 Construção da Democracia na Escola
O conselho escolar,
O conselho escolar, nesse dizer, é um órgão essencial que, nesse dizer, é um
juntamente com a direção e professores, contribui para uma educação órgão essencial
de qualidade que, por sua vez, está comprometido com a superação que, juntamente
das desigualdades sociais e com a emancipação do sujeito. Ainda que, com a direção
às vezes, essas duas questões pareçam não ser prioritárias para os e professores,
contribui para
governantes, poderão ser construídas no cotidiano da instituição escolar.
uma educação de
qualidade que,
por sua vez, está
comprometido
Atividade de Estudos: com a superação
das desigualdades
sociais e com a
1) A partir do texto, aponte os princípios da gestão democrática,
emancipação do
relacionando-os se possível com sua vivência (como aluno sujeito.
(a), educador(a), pai/mãe/responsável).
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___________________________________________________
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• Em 2005 houve mudanças no SAEB e ele passou a ser composto por dois
processos de avaliação: a Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB)
e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC), comumente
conhecida como Prova Brasil;
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Capítulo 3 Construção da Democracia na Escola
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Políticas e Gestão Educacional
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Capítulo 3 Construção da Democracia na Escola
da qualidade da educação.
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Políticas e Gestão Educacional
Um país que tem como meta no Plano Nacional de Educação (PNE), Lei
nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, melhorar a qualidade de sua educação, é
necessário investir medidas avaliativas, uma vez que são elas que fornecem
indicativos sobre o que os alunos conhecem e sabem, ou seja, o resultado da
aprendizagem, bem como os reflexos que ocorrem fora e dentro da escola em
relação à aprendizagem dos alunos.
http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/
noticias/12514/mec-divulga-plano-nacional-de-educacao-2011-2020.
O IDEB, desde
Os dados dessas avaliações são comparáveis ao longo do tempo,
2007, é visto como
ou seja, pode-se acompanhar a evolução dos desempenhos das um indicador
escolas, das redes e do sistema como um todo. O IDEB, desde 2007, educacional
é visto como um indicador educacional indissociável às formulações de indissociável às
políticas avaliativas contemporâneas. formulações de
políticas avaliativas
contemporâneas.
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Políticas e Gestão Educacional
• fluxo escolar;
Algumas Considerações
Ao finalizar esse capítulo, esperamos que você tenha compreendido a
importância de uma escola democrática e o papel do conselho escolar nesse
contexto. Com as questões apresentadas neste texto, esperamos ter contribuído
para a sua reflexão, caro(a) pós-graduando (a), sobre as políticas públicas e seus
desdobramentos nos indicadores educacionais e os indicadores de qualidade das
escolas. O objetivo da avaliação externa é mapear os avanços e fragilidades da
educação escolar no Brasil, possibilitando que sejam traçadas ações em busca de
qualidade educacional.
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de
outubro de 1998. Disponível em: <www.mec.gov.br/legis/default.shtm>. Acesso
em: 10 jan. 2013.
91
Políticas e Gestão Educacional
CASTRO, Maria Helena Guimarães de. In. VELOSO, João Paulo dos Reis.
ALBUQUERQUE, Roberto Cavalcante de (coordenadores) Um Modelo para a
Educação no século XXI. São Paulo: José Olympio, 1998.
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Capítulo 3 Construção da Democracia na Escola
93
Políticas e Gestão Educacional
94
C APÍTULO 4
Gestão Financeira da Escola
96
Capítulo 4 Gestão Financeira da Escola
Contextualização
Para iniciarmos as reflexões deste capítulo, trazemos o conceito de
gestão financeira, a qual cabe a análise e decisão sobre os meios financeiros
necessários a uma organização, ou seja, integra a utilização de recursos.
Desse modo, no contexto educacional, a gestão financeira tem basicamente
os mesmos princípios, resguardando-se as especificidades. No que se refere
ao financiamento de recursos, existem os instrumentos legais previstos pela
Constituição Federal/88 e LDBN 9394/96, que regem a gestão e distribuição
de recursos.
Descentralização
O Governo Federal implantou a descentralização com a criação do Programa
de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental- PMDE, no ano de
1995, e posteriormente o que denominamos de Programa Dinheiro Direto na
Escola - PDDE.
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Políticas e Gestão Educacional
LDBN 9394/96, no
A Lei de Diretrizes da Educação Básica – LDBN 9394/96, no Art.
Art. 15, estabelece
que 15, estabelece que
[...] os sistemas de
[...] os sistemas de ensino assegurarão às unidades
ensino assegurarão
escolares públicas de educação básica que os integram
às unidades progressivos graus de autonomia pedagógica e
escolares públicas administrativa e de gestão financeira, observadas as
de educação básica normas gerais de direito financeiro público.
que os integram
progressivos graus Desse modo, a escola passa a ter certo grau de autonomia,
de autonomia
pedagógica e ainda que parcial, devendo expandir progressivamente até o seu
administrativa e de pleno funcionamento, nas suas dimensões. Nesse sentido, o conselho
gestão financeira, escolar, que é formalizado dentro da escola com a participação de
observadas as
todos os segmentos, deve ser o maior aliado do gestor na construção
normas gerais de
direito financeiro dessa autonomia financeira. “O objetivo da educação pública é,
público. portanto, promover autonomia” (HADDAD, 2008, p.46).
98
Capítulo 4 Gestão Financeira da Escola
AVISO
99
Políticas e Gestão Educacional
I. Gestão Educacional;
100
Capítulo 4 Gestão Financeira da Escola
O PLANO DE METAS:
PLANEJAMENTO E GESTÃO EDUCACIONAL
101
Políticas e Gestão Educacional
102
Capítulo 4 Gestão Financeira da Escola
Atividade de Estudos:
103
Políticas e Gestão Educacional
Identificando e Planejando os
Recursos Financeiros da Escola
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação é o órgão responsável
pela captação e distribuição de recursos financeiros a programas destinados ao
Ensino. Ao financiar e executar esses programas, o FNDE beneficia milhões de
estudantes e contribui para um ensino de qualidade nas escolas públicas. Para
a compreensão das ações dessa autarquia, elencamos os demais programas
conforme apresentado pelo FNDE.
104
Capítulo 4 Gestão Financeira da Escola
105
Políticas e Gestão Educacional
Atividade de Estudos:
educação básica. São, portanto, recursos que podem ser aplicados na aquisição
de material permanente e de consumo; manutenção, conservação e pequenos
reparos; capacitação e aperfeiçoamento de professores, dentre outros projetos.
“O PDDE é um importante meio para que a escola consiga resolver rapidamente
pequenos problemas de infraestrutura, de falta de equipamentos e recursos
pedagógicos. Além disso, favorece a discussão sobre quais são as prioridades da
escola” (HADDAD, 2007, p. 65).
Gestão Financeira:
Competência da Escola Pública
A autonomia faz menção aos recursos financeiros que chegam a escola, quer
do Governo Federal ou aqueles angariados com promoções da comunidade local,
sendo de responsabilidade da gestão a manutenção e o bom funcionamento, da
escola, dentro desse processo de descentralização.
plano. Desse modo, o gestor pode realizar de forma eficaz a gestão financeira
da sua unidade escolar. Além disso, é preciso atenção nos procedimentos de
acompanhamento e supervisão, para que os recursos orçamentários e financeiros
sejam utilizados corretamente de acordo com o plano de aplicação.
Atividade de Estudos:
109
Políticas e Gestão Educacional
Atividade de Estudos:
110
Capítulo 4 Gestão Financeira da Escola
A autonomia da escola pode ser adotada como uma técnica de gestão, não
podendo ser imposta às escolas, mas como uma possibilidade para se alcançar
os objetivos propostos. Quando falamos em autonomia, estamos defendendo
a possibilidade de pensar coletivamente, de administrar independentemente,
ter a liberdade de planejar as ações e construir o projeto-político-pedagógico,
retratando a cara da instituição. Porém, autonomia é um conceito relacional, ou
seja, tem momentos em que somos mais ou menos autônomos, podendo ser
autônomos em algumas coisas e em outras não.
O diretor da
escola, não está
O diretor da escola, não está sozinho, e não deve administrar sozinho, e não
sozinho, mas pensar processos de organização e mecanismos de deve administrar
participação da comunidade escolar: juntamente com supervisores, vice- sozinho, mas
diretor, professores, pais, merendeiras... somando-se a outras entidades pensar processos
de organização
representativas da escola, tais como a Caixa Escolar, a Associação de
e mecanismos
Pais e Mestres (APM), o Conselho Escolar (CE) ou outro órgão similar de participação
a estes, desde que representem, juridicamente, os estabelecimentos da comunidade
públicos. A partir da constituição dessas entidades, o MEC lança mão escolar: juntamente
de uma estratégia de cooptação dos membros da comunidade escolar com supervisores,
na implementação de uma política de descentralização financeira, vice-diretor,
professores, pais,
argumentando a participação decisiva destes membros na aplicação
merendeiras...
e controle do dinheiro público em direção à melhoria da qualidade do somando-se a
ensino. outras entidades
representativas
da escola.
111
Políticas e Gestão Educacional
Atividade de Estudos:
112
Capítulo 4 Gestão Financeira da Escola
Fonte: As autoras.
a) Definir Prioridades
Para definir as
Para definir as prioridades é preciso ter uma visão geral
prioridades é
das necessidades da escola, para não ficar somente “apagando preciso ter uma
incêndios”. É necessário a efetivação do Conselho Escolar nas visão geral das
Unidades de Ensino, para obter uma representação do todo escolar necessidades
com reuniões de representantes de professores, funcionários, equipe da escola.
gestora, estudantes, pais e comunidade para definir prioridades.
113
Políticas e Gestão Educacional
114
Capítulo 4 Gestão Financeira da Escola
• Investir em materiais?
• Obras de reparo?
• Formação de professores?
Atividade de Estudos:
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Políticas e Gestão Educacional
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Quanto mais
b) Calcular os Gastos
detalhado for o
planejamento,
melhores serão os Quanto mais detalhado for o planejamento, melhores serão
resultados. Distribuir os resultados. Distribuir recursos é como servir um bolo. Alguns
recursos é como investimentos requerem um pedaço maior, e outros, um menor.
servir um bolo.
Alguns investimentos Figura 29 - Bolo
requerem um pedaço
maior, e outros, um
menor.
116
Capítulo 4 Gestão Financeira da Escola
• o título projeto;
Assim, o gestor atua com competência e sente-se mais seguro para realizar
de forma mais eficaz a gestão financeira da sua unidade escolar.
Outro item
fundamental a
c) Prestação de Contas um gestor é a
prestação de
Outro item fundamental a um gestor é a prestação de contas, a contas, a escola
escola necessita prestar contas dos gastos à Secretaria de Educação necessita prestar
contas dos gastos
à qual é vinculada, aos parceiros que financiam projetos e às demais
à Secretaria de
pessoas da comunidade escolar. Os balanços financeiro e orçamentário Educação à qual
são obrigatórios, conforme determina o artigo 70 da Constituição é vinculada, aos
Federal/88. parceiros que
financiam projetos e
às demais pessoas
da comunidade
escolar.
117
Políticas e Gestão Educacional
O relatório de
prestação de O relatório de prestação de contas precisa ser organizado e
contas precisa aprovado pelo conselho fiscalizador da escola antes de ser divulgado
ser organizado para a Secretaria Municipal de Educação e aos demais membros da
e aprovado pelo
conselho fiscalizador comunidade escolar.
da escola antes de
ser divulgado para a A divulgação para os pais pode se dar por meio de reunião de
Secretaria Municipal pais, jornal mensal ou mural escolar, pois numa gestão democrática a
de Educação e aos
demais membros da comunidade necessita estar informada dos investimentos realizados
comunidade escolar. em benefício da escola e dos alunos.
118
Capítulo 4 Gestão Financeira da Escola
Algumas Considerações
Com base nas reflexões feitas neste caderno de estudos, percebe-se na
gestão escolar do atual contexto educativo uma nova forma de organização e de
gerenciamento da instituição. No cotidiano da escola é comum ocorrerem entraves
que dificultam a verdadeira finalidade: a preocupação com o aluno e o processo
de ensino e aprendizagem. Contudo, em meio a alguns avanços e retrocessos,
em meio à escassa reflexão dos seus agentes, a escola atual tenta pôr em prática
o modelo de educação que se deseja construir.
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em: 12 jan. 2013.
120
Capítulo 4 Gestão Financeira da Escola
de Educação, 2009.
121