Instrucao - Normativa - Nº 02
Instrucao - Normativa - Nº 02
Instrucao - Normativa - Nº 02
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DA NOMENCLATURA
CAPÍTULO II
DA DEFINIÇÃO DO PÚBLICO
Art. 2º. O Profissional de Apoio Escolar exercerá atividades de apoio aos alunos com
Transtorno do Espectro Autista, Graves Transtornos do Desenvolvimento e, ainda,
conforme a Lei Estadual nº 4.790 de 27 de fevereiro de 2019, alunos com dislexia ou
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, nas atividades de ensino, em
escolas da Rede Estadual de Ensino.
Art. 3º. São considerados alunos com:
I – Deficiência: aqueles que têm impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial.
CAPÍTULO III
DA SOLICITAÇÃO
Art. 4º. A solicitação de Profissional de Apoio Escolar deve ser realizada pelo diretor
da escola, após análise prévia dos seguintes documentos:
I- Ofício de solicitação individual por aluno, em papel timbrado e assinado pela gestão
escolar, encaminhado ao Senhor Secretário de Educação, via Coordenadoria, a ser
protocolado no Setor responsável da Coordenadoria Distrital ou Regional de Educação;
II- Laudo médico (quando houver), ou declaração da família, apresentando parecer
descritivo quanto às dificuldades de aprendizagens e características gerais do aluno.
III- Ficha de Avaliação Pedagógica Inicial do Aluno da Educação Especial, preenchida
pelos professores que acompanham o aluno e, se possível, dos demais profissionais e
familiares, contemplando a condição de saúde geral, necessidades educacionais e
desenvolvimento do aluno, conforme modelo do Anexo I desta Instrução Normativa.
Art. 5º. A solicitação do Profissional de Apoio Escolar não será condicionada ao laudo
médico do aluno, uma vez que o Atendimento Educacional Especializado caracteriza-
se, segundo a Nota Técnica nº 14/2014, como um atendimento pedagógico e não
clínico.
Art. 7º. O prazo para solicitação do Profissional de Apoio Escolar, para alunos que já
fazem parte da Rede Estadual de Ensino, será realizado da data do encerramento do
ano letivo em dezembro, até 31 de janeiro do ano subsequente.
Art. 8º. Para alunos novos (que não pertençam à Rede Estadual de Ensino) que
necessitam desse profissional, a solicitação deverá ser feita em até 30 dias de
frequência do aluno na escola.
Art. 9º. Para os alunos transferidos, e que a escola identifique a necessidade do referido
profissional, a solicitação deve seguir os mesmos critérios do artigo anterior.
Art. 10. O laudo médico emitido por profissionais da área clínica, isoladamente, não
caracteriza a necessidade do Profissional de Apoio Escolar, para alunos com
deficiência ou transtorno, sendo necessário observar o previsto nos artigos
antecedentes.
CAPÍTULO IV
DOS CRITÉRIOS/PERFIL
Art. 11. O Profissional de Apoio Escolar deverá ser habilitado nas áreas de educação,
saúde ou assistência social com especialização em educação especial ou ser
estagiário, a partir do 6º período, nos termos da Resolução Estadual CEE/AM nº 138/12.
§1º. Os profissionais a que se refere o caput deste artigo serão admitidos por
classificação de formação, sendo priorizados aqueles que possuam:
Art. 12. O Profissional de Apoio Escolar deverá trabalhar de forma articulada com a
família do estudante, professores e demais profissionais que acompanham o aluno, a
fim de facilitar o processo de aprendizagem do discente com o objetivo de:
I- Participar da elaboração do Plano de Desenvolvimento Individual do aluno, em
parceria com os demais professores, família e profissionais;
II- Adaptar e/ou produzir materiais específicos, em parceria com o professor de Sala de
Recursos (quando houver) e do ensino regular, à necessidade educacional do aluno;
III- Sugerir, com os professores e equipe pedagógica, procedimentos de avaliação que
atendam o estudante em suas características, interesses, capacidades e necessidades
de aprendizagem, acompanhando a evolução de suas potencialidades, com vistas ao
progresso global: cognitivo, emocional e social do mesmo;
IV- Orientar, quando necessário, o professor do ensino regular, sobre as metodologias
específicas à aprendizagem do aluno;
V- Acompanhar o aluno, quando necessário, nos espaços da escola, auxiliando na
higiene, locomoção e alimentação, para que este desenvolva a independência e
autonomia;
VI- Participar do planejamento junto aos demais professores que trabalham com o
aluno;
VII- Cumprir sua carga horária no ambiente escolar, participando dos trabalhos
pedagógicos junto ao aluno ou em HTP;
VIII- Trabalhar de forma colaborativa com os professores dos diferentes componentes
curriculares e professor da Sala de Recursos Multifuncionais (quando houver) para a
definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do aluno ao currículo e
sua interação no ambiente escolar (colegas, professores e demais servidores);
IX- Ampliar e possibilitar situações de aprendizagem e autonomia sem retirar o aluno
para atividades isoladas do contexto da sala de aula, a não ser em caso de extrema
necessidade.
Art. 13. O Profissional de Apoio Escolar deve buscar e participar das formações
continuadas, oferecidas pela SEDUC/AM, destinadas à sua função de forma contínua
e assídua.
Art. 14. O Profissional de Apoio Escolar estará subordinado à instituição em que estiver
lotado.
Art. 15. A frequência do aluno, na instituição de ensino, não deverá estar vinculada à
presença do Profissional de Apoio Escolar.
Art. 16. O Profissional de Apoio Escolar não deverá exercer outras funções que não
estejam contempladas nesta Instrução Normativa.
Art. 17. O Profissional de Apoio Escolar deverá justificar eventual ausência para que a
instituição de ensino possa reorganizar o atendimento ao estudante.
Art. 18. Na ausência do estudante nas aulas, o Profissional de Apoio Escolar dos
alunos que necessitam desse serviço, deverá seguir acompanhando a turma com o
objetivo de se apropriar dos conteúdos.
Parágrafo Único: não é responsabilidade do Profissional de Apoio Escolar, aprovar,
reprovar ou atribuir notas ao aluno.
CAPÍTULO VI
DO ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Art. 22. A instituição de ensino deverá solicitar à SEDUC/AM, logo após a oficialização
da matrícula do estudante, em conformidade com os artigos anteriores, o Profissional
de Apoio Escolar, por meio de ofício endereçado às Coordenadorias, onde constarão:
nome do estudante, ano/turma/turno da oferta, diagnóstico, nome da instituição de
ensino, justificativa de necessidade e demais documentos, conforme citado no Capítulo
III, desta Instrução.
Art. 24. O Profissional de Apoio Escolar deverá ser alocado pelo Departamento de
Gestão de Pessoas - DGP/Gerência de Lotação - GELOT, mediante encaminhamento
e solicitação do Departamento de Políticas e Programas Educacionais - DEPPE/
Coordenação de Educação Especial - CEE.
§ 1º. O Profissional de Apoio Escolar, não entrará no exercício da função, sem que haja
a emissão do parecer favorável pela Coordenação de Educação Especial.
§ 2º. O Profissional de Apoio Escolar não permanecerá dois anos seguidos com o
mesmo aluno, sem que haja solicitação anual desse profissional, conforme Capítulo IV
desta Instrução Normativa.
Parágrafo Único: A escola não poderá remanejar o profissional de Apoio Escolar para
outro estudante, sem a anuência da Coordenação de Educação Especial.
CAPÍTULO VIII
DA CESSAÇÃO
Art. 26. A cessação de demanda do Profissional de Apoio Escolar poderá ser solicitada
quando:
I- Na ausência do aluno por motivo de evasão, transferência e outros que resultem na
não necessidade desse profissional;
II- O aluno adquirir independência e autonomia nas atividades de vida diária
(locomoção, higiene, alimentação, socialização e comunicação).
Art. 27. A necessidade de permanência do serviço de Profissional de Apoio Escolar
deve ser, periodicamente, avaliada pela unidade de ensino, pelos professores de
Atendimento Educacional Especializado (AEE) e pelo Setor de Educação Especial,
quanto a sua efetividade e necessidade de continuidade.
Art. 28. Nenhum aluno com deficiência ou com transtorno poderá ser dispensado de
suas atividades escolares no caso de ausência do Profissional de Apoio Escolar,
cabendo à unidade de ensino a organização para melhor atender as necessidades
específicas deste aluno.
Art. 29. Cabe à escola favorecer o desenvolvimento dos processos pessoais e sociais
para a autonomia do aluno, avaliando juntamente com os profissionais especializados
e responsáveis, a possibilidade gradativa de retirada do profissional.
Art. 30. Os casos omissos nesta Instrução Normativa deverão ser encaminhados, via
Coordenadoria Regional ou Distrital de Educação, para análise da Coordenação de
Educação Especial/ GAEED/DEPPE.