A Origem Do Conehcimento. ENSAIO FILOSÓFICO

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A origem do conhecimento

A origem do conhecimento tem sido questionada ao longo de vários séculos e várias


têm sido as respostas. Pode-se dizer que é uma questão que ao longo de muitos séculos
despertou reflexões filosóficas de grandes pensadores: de que fontes tira o sujeito os seus
conhecimentos? Qual é a base destes?

Com este ensaio filosófico pretendemos compreender a origem do conhecimento,


expôr os argumentos e as suas respectivas objeções, dando resposta a estas.

Sabendo a origem do conhecimento, encontramos o seu fundamento e,


posteriormente, conseguimos determinar a sua possibilidade.

O problema divide-se essencialmente em duas teses: o racionalismo, defendido por


Descartes, e o empirismo, apoiado por David Hume. Para o racionalismo a razão é a fonte
principal do conhecimento. Para o empirismo é a experiência.

Na nossa opinião, a experiência está na base de todo o conhecimento e, tal como


David Hume defende, as ideias são o resultado das impressões, fonte do conhecimento,
recebida das experiências interna e externa. A imaginação permite-nos associar ideias simples
(ideia de uma montanha, ideia de ouro) e formular ideias complexas (ideia de uma montanha
de ouro). Os empiristas reservam para a razão a função de uma mera organização de dados da
experiência sensível, sendo as ideias ou conceitos da razão, simples cópias ou combinações
de dados provenientes da experiência.

O primeiro argumento consiste no seguinte: todos os nossos pensamentos ou ideias


resultam de impressões; até mesmo as ideias mais compostas, que parecem à primeira vista
afastadas das impressões (como por exemplo a ideia de Deus), são derivadas ou decompostas
em ideias simples, que por sua vez são copiadas de impressões (sentimentos ou sensações).
Por exemplo a ideia de Deus como um ser infinitamente inteligente, sábio e bom
deriva da associação e maximização das ideias de inteligência, bondade e sabedoria, que por
sua vez se baseiam em impressões que se referem ao conhecimento e à bondade (à
experiência que o homem tem quanto à sua inteligência, quando conhece alguma coisa ou
quando pratica boas ações).
O segundo argumento é o seguinte: Se alguém tiver um defeito em algum órgão
sensível, como por exemplo ser cego ou surdo, não experimenta as sensações ou impressões
ligadas a essas funções sensoriais, tendo como consequência a impossibilidade de formar as
ideias correspondentes. Por exemplo, um cego ao não ver um malmequer, não pode ter a
ideia de um malmequer. Este problema deixa de existir para o cego se ele recuperar a visão.
Mas se, por outro lado, não tivermos qualquer deficiência sensorial e um certo objeto nunca
nos tinha sido dada experiência, também sobre ele não temos qualquer ideia. Se nunca
tivermos tido a impressão de um malmequer, não nos podemos recordar dele.
A principal objeção que refuta esses argumentos consiste na ideia de que o
conhecimento provém inteiramente da razão. As crenças básicas, em que se fundamenta todo
o conhecimento, em nada depende dos sentidos. Na verdade, sem essas crenças básicas
racionais não pode haver justificação para aceitar as impressões dos sentidos, na medida em
que os nossos sentidos já nos enganaram várias vezes no passado ou seja, nada nos garante
que não nos enganem no futuro. Um exemplo disto remete para a ilusão que um lápis num
copo de água parece distorcido, quando na verdade não o é.

Para chegar à conclusão que a razão é a origem do conhecimento, Descartes duvida de


tudo, sendo a sua dúvida hiperbólica, defendendo que não consegue distinguir o imaginário
do real. Sendo assim, o próprio ato de desconfiar dos sentidos implica confiar na memória,
um sentido. Logo, não podemos admitir que a razão é a base do conhecimento.

Em síntese, à nascença a nossa mente não passa de uma tábua ou uma folha em
branco, que vai ser preenchida a partir dos dados da experiência. Todo o conteúdo da nossa
mente é constituído por ideias e impressões, derivando ele num primeiro momento, da
experiência, estando o nosso conhecimento limitado à experiência. Desta forma, quando
ousamos ir além dos dados empíricos, estamos sujeitos a cair no erro.

Trabalho realizado por:


Gabriela Berghii
Teresa Palet
Jaime Lopes
Nickolas Campos.

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