Bula 33
Bula 33
Bula 33
(ciprofloxacino)
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Frasco plástico transparente de 100 mL
Frasco plástico transparente de 200 mL
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO
SISTEMA FECHADO
COMPOSIÇÃO
Cada 1 mL contém:
ciprofloxacino ..................................................... 2 mg
água para injetáveis q.s.p. ................................... 1 mL
Excipientes: cloreto de sódio, ácido láctico, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e edetato dissódico
dihidratado, água para injetáveis.
1. INDICAÇÕES
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
O Fresoflox (ciprofloxacino) é uma fluoroquinolona com um amplo espectro de ação contra bactérias Gram-
positivas e Gram-negativas, indicado para uma variedade de infecções. Este fármaco não tem interação com
penicilinas, cefalosporinas e aminoglicosídeos, sendo que os micro-organismos resistentes a estes antibióticos
geralmente não são resistentes ao ciprofloxacino (AIR & COX, 1989; DOMINGUEZ et al, 1989).
Em um estudo realizado por AIR & COX (1989) homens com infecção do trato urinário foram randomizados
para receber 30 mg de ciprofloxacino ou 1 g de cefotaxima, ambos via intravenosa. Não houve evidência de
infecção bacteriana após a cirurgia em 94% dos pacientes utilizando ciprofloxacino e em 92% dos pacientes
utilizando cefotaxima.
Recém-nascidos com infecção por Pseudomonas aeruginosa foram tratados com ciprofloxacino via intravenosa
e a infecção bacteriana foi erradicada em 93,4% dos recém-nascidos. Não houve anormalidades laboratoriais
relacionadas ao uso do ciprofloxacino neste estudo (BELET; HACIOMEROGLU; KUÇUKODUK, 2004).
Pacientes hospitalizados com sepse (bacilos Gram-negativos) foram tratados com 300 mg de ciprofloxacino via
intravenosa a cada 12 h e a taxa de cura foi de 88,9%. O registro de eventos adversos foi mínimo (BROWN E
SMITH, 1989).
Dezoito crianças com febre tifoide foram tratadas com ciprofloxacino via intravenosa (10 mg/kg/dia) e a taxa
foi observada em 94,4% dos pacientes (DUTTA et al, 1993).
O ciprofloxacino (200 mg IV a cada 12 h) ou a ceftazidima (0,5 a 2 g, IV, a cada 12 h) foram administrados em
pacientes com infecções diversas e a erradicação das bactérias foi atingida por 70,8% dos pacientes recebendo
ciprofloxacino e por 72,4% dos pacientes recebendo ceftazidima. A resolução clínica foi observada em 91,7%
dos pacientes recebendo ciprofloxacino e por 89,7% dos pacientes recebendo cedtazidima (GALLIS ET AL,
1989).
O ciprofloxacino (200 mg IV a cada 12h por 12 dias) foi utilizado no tratamento de vinte pacientes com
meningite grave. Os principais micro-organismos isolados forma E. coli, P.mirabillis, K.pneumoniae, P.
aeruginosa, Enterobacter cloacae e Acinetobacter calcoaceticus. A taxa de cura foi de 90% (SCHONWALD et
al, 1989).
Em estudo de segurança realizado por Arcieri e colaboradores (1989) o ciprofloxacino por via intravenosa foi
administrado em 1869 pacientes devido a diversos tipos de infecções. Na maioria das vezes o ciprofloxacino foi
utilizado nas doses de 200 mg (68% dos pacientes) ou 300 mg (28% dos pacientes) a cada 12 horas, com
infusão por 30 minutos. Os eventos adversos relatados por 15,8% dos pacientes.
Portanto, baseando-se nos estudos realizados, podemos afirmar que a solução injetável contendo 2 mg/ml
(0,2%) de ciprofloxacino em solução de cloreto de sódio a 0,9% é eficaz e segura no tratamento de infecções
complicadas e não complicadas causadas por micro-organismos sensíveis ao ciprofloxacino.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
O ciprofloxacino é um agente antibacteriano quinolônico sintético, de amplo espectro (código ATC J01MA02).
Mecanismo de Ação
O ciprofloxacino tem atividade in vitro contra uma ampla gama de microrganismos gram-negativos e gram-
positivos. A ação bactericida do ciprofloxacino resulta da inibição da topoisomerase bacteriana do tipo II (DNA
girase) e topoisomerase IV, necessárias para a replicação, transcrição, reparo e recombinação do DNA
bacteriano.
Mecanismo de Resistência
A resistência in vitro ao ciprofloxacino é frequente por mutações das topoisomerases bacterianas e se
desenvolve lentamente em várias etapas. A resistência ao ciprofloxacino devida a mutações espontâneas ocorre
com uma frequência entre <10-9 e 10-6. A resistência cruzada entre as fluoroquinolonas aparece, quando a
resistência surge por mutação. As mutações únicas podem reduzir a sensibilidade, em lugar de produzir
resistência clínica, mas as mutações múltiplas, em geral levam à resistência clínica ao ciprofloxacino e à
resistência cruzada entre as quinolonas. A impermeabilidade bacteriana e/ou expressão das bombas de efluxo
podem afetar a sensibilidade ao ciprofloxacino. Está relatada resistência mediada por plasmídeos e codificada
por gene qnr. Os mecanismos de resistência que inativam as penicilinas, as cefalosporinas, os
aminoglicosídeos, os macrolídeos e as tetraciclinas podem não interferir na atividade antibacteriana do
ciprofloxacino e não se conhece nenhuma resistência cruzada entre o ciprofloxacino e outros grupos
antimicrobianos. Os microrganismos resistentes a esses medicamentos podem ser sensíveis ao ciprofloxacino.
A concentração bactericida mínima (CBM) geralmente não excede a concentração inibitória mínima (CIM) em
mais que o dobro.
Microrganismos gram-positivos aeróbios: Bacillus anthracis, Enterococcus faecalis (muitas cepas são
somente moderadamente sensíveis), Staphylococcus aureus (isolados sensíveis à meticilina), Staphylococcus
saprophyticus e Streptococcus pneumoniae.
- Absorção
As concentrações séricas máximas médias após infusão intravenosa de ciprofloxacino são atingidas ao final da
infusão. A farmacocinética do ciprofloxacino é linear dentro do intervalo posológico, até 400 mg por via
intravenosa.
- Distribuição
A ligação proteica do ciprofloxacino é baixa (20 – 30%) e a substância no plasma encontra-se
fundamentalmente sob a forma não ionizada. O ciprofloxacino pode difundir-se livremente para o espaço
extravascular. O grande volume de distribuição no estado de equilíbrio, de 2-3 L/kg de peso corpóreo, mostra
que o ciprofloxacino penetra nos tecidos e atinge concentrações que claramente excedem os valores séricos
correspondentes.
- Metabolismo
Foram relatadas pequenas concentrações de 4 metabólitos, identificados como desetilenociprofloxacino (M1),
sulfociprofloxacino (M2), oxociprofloxacino (M3) e formilciprofloxacino (M4). M1 a M3 apresentam atividade
antibacteriana in vitro comparável ou inferior à do ácido nalidíxico. O M4, o menor em quantidade, apresenta
atividade antimicrobiana in vitro quase equivalente à do norfloxacino.
- Eliminação
O ciprofloxacino é amplamente excretado sob forma inalterada pelos rins e, em menor extensão, por via extra
renal.
- Crianças
Em um estudo com crianças, a Cmáx e a AUC não foram dependentes da idade. Nenhum aumento notável de
Cmáx e AUC foi observado com doses múltiplas (10 mg/kg/3 x dia). Em 10 crianças menores de 1 ano com
septicemia grave, a Cmáx foi de 6,1 mg/L (faixa de 4,6 – 8,3 mg/L) após infusão intravenosa de 10 mg/kg
durante 1 hora; e 7,2 mg/L (faixa 4,7 –11,8 mg/L) em crianças de 1 a 5 anos. Os valores da AUC foram de 17,4
mg•h/L (faixa 11,8 – 32,0 mg•h/L) e de 16,5 mg•h/L (faixa 11,0 – 23,8 mg•h/L) nas respectivas faixas etárias.
Esses valores estão dentro da faixa relatada para adultos tratados com doses terapêuticas. Com base na análise
farmacocinética da população pediátrica com infecções diversas, a meia-vida média esperada em crianças é de
aproximadamente 4 a 5 horas.
- Toxicidade aguda
A toxicidade aguda do ciprofloxacino após a administração oral pode ser classificada como muito baixa.
Dependendo da espécie, a DL50 após infusão intravenosa é 125-290 mg/kg.
- Toxicidade Crônica
Estudos de Tolerabilidade Crônica acima de 6 meses
Administração oral: doses até e iguais a 500 mg/kg e 30 mg/kg foram toleradas sem danos por ratos e
macacos, respectivamente. Em alguns macacos no grupo de dose máxima (90 mg/kg) foram observadas
alterações nos túbulos renais distais.
Administração parenteral: no grupo de macacos tratados com dose mais alta (20 mg/kg) foram detectadas
concentrações de ureia e creatinina levemente elevadas e alterações nos túbulos renais distais.
- Carcinogenicidade
Nos estudos de carcinogenicidade em camundongos (21 meses) e ratos (24 meses) tratados com doses de até
aproximadamente 1000 mg/kg de peso corporal/dia em camundongos e 125 mg/kg de peso corporal/dia em
ratos (aumentada para 250 mg/kg de peso corporal/dia após 22 semanas), não se evidenciou potencial
carcinogênico de qualquer das doses avaliadas.
- Toxicologia da reprodução
Estudos de fertilidade em ratas: o ciprofloxacino não modificou a fertilidade, o desenvolvimento intrauterino
e pós-natal das crias, nem a fertilidade da geração F1.
Estudos de embriotoxicidade: não se observou indício de qualquer embriotoxicidade ou teratogenicidade do
ciprofloxacino.
Desenvolvimento perinatal e pós-natal em ratas: não se detectaram efeitos no desenvolvimento perinatal ou
pós-natal dos animais. A pesquisa histológica ao fim do período de criação não revelou nenhum sinal de dano
articular nas crias.
- Mutagenicidade
Foram realizados oito estudos sobre mutagenicidade in vitro com o ciprofloxacino.
Embora dois dos oito ensaios in vitro [Ensaio de mutação de células de linfoma de camundongos e o Ensaio de
reparo de hepatócitos de ratos em cultivo primário (UDS)] tenham apresentado resultados positivos, todos os
sistemas de testes in vivo que cobriam todos os aspectos relevantes resultaram negativos.
- Estudos de tolerabilidade articular
Assim como outros inibidores da girase, o ciprofloxacino causa danos nas grandes articulações que suportam
peso em animais imaturos. O grau da lesão articular varia de acordo com a idade, espécie e dose; a lesão pode
ser reduzida eliminando-se a carga articular. Os estudos com animais adultos (rato, cão) não evidenciaram
lesões nas cartilagens. Em um estudo com cães jovens Beagle, o ciprofloxacino em altas doses (1,3 a 3,5 vezes
a dose terapêutica), causou lesões articulares após duas semanas de tratamento, que ainda estavam presentes
após 5 meses. Com doses terapêuticas não se observaram esses efeitos.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao ciprofloxacino ou a outro derivado quinolônico ou a qualquer componente da fórmula
(ver item “Composição”).
A administração concomitante de ciprofloxacino e tizanidina (ver item “6. INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS”).
Categoria de risco C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Distúrbios cardíacos
O ciprofloxacino está associado a casos de prolongamento de QT (ver item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). As
mulheres podem ser mais sensíveis aos medicamentos que prolonguem o QTc, uma vez que tendem a ter
intervalo de QTc basal mais longo em comparação aos homens. Pacientes idosos também podem ser mais
sensíveis aos efeitos associados ao medicamento sobre o intervalo QT. Deve-se ter cautela ao utilizar
ciprofloxacino concomitantemente com medicamentos que podem resultar em prolongamento do intervalo QT
(por exemplo, antiarrítmicos de classe III ou IA, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) (ver
item “6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”) ou em pacientes com fatores de risco para prolongamento de
QT ou “Torsade de Pointes” (por exemplo, síndrome congênita de QT longo, desequilíbrio eletrolítico não
corrigido assim como hipocalemia ou hipomagnesemia e doenças cardíacas como insuficiência cardíaca, infarto
do miocárdio ou bradicardia).
Hipersensibilidade
Em alguns casos podem ocorrer reações alérgicas e de hipersensibilidade após uma única dose (ver item “9.
REAÇÕES ADVERSAS”), devendo o paciente informar ao médico imediatamente. Em casos muito raros
reações anafiláticas/anafilactoides podem progredir para um estado de choque, com risco para a vida, em alguns
casos após a primeira administração (ver item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). Em tais circunstâncias, a
administração de ciprofloxacino deve ser interrompida e instituir-se tratamento médico adequado (por exemplo,
tratamento para choque).
Sistema gastrintestinal
Se ocorrer diarreia grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar um médico, já que esse
sintoma pode ocultar uma doença intestinal grave (colite pseudomembranosa, com risco para a vida com
possível evolução fatal), que exige tratamento adequado imediato (ver item “9. REAÇÕES ADVERSAS”).
Nesses casos, ciprofloxacino deve ser descontinuado e deve ser iniciado tratamento terapêutico apropriado (por
exemplo, vancomicina por via oral, na dose de 250 mg, quatro vezes por dia). Medicamentos que inibem o
peristaltismo são contraindicados nesta situação.
Sistema hepatobiliar
Casos de necrose hepática e insuficiência hepática com risco para a vida têm sido relatados com
ciprofloxacino. No caso de qualquer sinal ou sintoma de doença hepática (como anorexia, icterícia, urina
escura, prurido ou abdômen inchado) o tratamento deverá ser descontinuado (ver item “9. REAÇÕES
ADVERSAS”).
Pode ocorrer um aumento temporário das transaminases, de fosfatase alcalina ou icterícia colestática,
especialmente em pacientes com doença hepática precedente, que forem tratados com Fresoflox
(ciprofloxacino) (ver item “9. REAÇÕES ADVERSAS”).
Sistema músculoesquelético
O ciprofloxacino deve ser utilizado com cuidado em pacientes com miastenia grave, uma vez que os sintomas
podem ser exacerbados.
Podem ocorrer tendinite e ruptura do tendão (predominantemente do tendão de Aquiles), às vezes bilateral, com
Fresoflox (ciprofloxacino), mesmo dentro das primeiras 48 horas de tratamento. Podem ocorrer inflamação e
ruptura de tendão mesmo até vários meses após a descontinuação da terapia com ciprofloxacino. O risco de
tendinopatia pode estar aumentado em pacientes idosos ou pacientes tratados concomitantemente com
corticosteroides.
Ao primeiro sinal de tendinite (por exemplo, distensão dolorosa, inflamação), deve-se consultar um médico e
suspender o tratamento com o antibiótico. Deve-se cuidar para manter em repouso a extremidade afetada e
evitar exercícios físicos inadequados (pois do contrário, aumentará o risco de ruptura de tendão). Fresoflox
(ciprofloxacino) deve ser usado com cuidado em pacientes com antecedentes de distúrbios de tendão
relacionados com tratamento quinolônico.
Sistema nervoso
O ciprofloxacino, como outras fluoroquinolonas, é conhecido por desencadear convulsões ou diminuir o limiar
convulsivo.
Em pacientes portadores de epilepsia ou com distúrbios do sistema nervoso central (SNC) (por exemplo, limiar
convulsivo reduzido, antecedentes de convulsão, redução do fluxo sanguíneo cerebral, lesão cerebral ou
acidente vascular cerebral), Fresoflox deve ser administrado somente se os benefícios do tratamento forem
superiores aos possíveis riscos, por eventuais efeitos indesejáveis sobre o SNC. Casos de estados epiléticos
foram relatados (ver item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). Se ocorrerem convulsões, Fresoflox deve ser
descontinuado. Podem ocorrer reações psiquiátricas após a primeira administração de fluoroquinolonas,
incluindo ciprofloxacino. Em casos raros, podem ocorrer depressão ou reações psicóticas, que podem evoluir
para ideias/pensamentos suicidas e comportamento autodestrutivo, como tentativa ou suicídio (ver item “9.
REAÇÕES ADVERSAS”). Caso o paciente desenvolva qualquer uma destas reações, Fresoflox deve ser
descontinuado e medidas apropriadas devem ser instituídas.
Têm sido relatados casos de polineuropatia sensorial ou sensimotora, resultando em parestesias, hipoestesias,
disestesias ou fraqueza em pacientes recebendo fluorquinolonas, incluindo ciprofloxacino.
Pacientes em tratamento com Fresoflox devem ser orientados a informar seu médico antes de continuar o
tratamento se desenvolverem sintomas de neuropatia tais como dor, queimação, formigamento, dormência ou
fraqueza (ver item “9. REAÇÕES ADVERSAS”).
Pele e anexos
O Fresoflox (ciprofloxacino) pode induzir reações de fotossensibilidade na pele. Portanto, pacientes que
utilizam Fresoflox devem evitar a exposição direta e excessiva ao sol ou à luz ultravioleta. O tratamento deve
ser descontinuado se ocorrer fotossensibilização (por exemplo, reações tipo queimadura solar) (ver item “9.
REAÇÕES ADVERSAS”).
Citocromo P450
O Freseflox (ciprofloxacino) é conhecido como inibidor moderado das enzimas do CYP450 1A2. Deve-se ter
cuidado quando outros medicamentos metabolizados pela mesma via enzimática são administrados
concomitantemente (por exemplo, tizanidina, teofilina, metilxantinas, cafeína, duloxetina, ropinirol, clozapina,
olanzapina). Pode-se observar um aumento das concentrações plasmáticas associado a efeitos indesejáveis
específicos da droga devido à inibição de sua depuração metabólica pelo ciprofloxacino (ver item “6.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”).
Categoria C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Lactação
O Fresoflox (ciprofloxacino) é excretado no leite materno. Devido ao potencial risco de dano articular, o
uso de Fresoflox não é recomendado durante a amamentação (ver item “3. CARACTERISTICAS
FARMACOLÓGICAS - Dados Pré-Clínicos de Segurança”).
Uso em idosos
Ver item “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR - Idosos”.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- tizanidina: em um estudo clínico com voluntários sadios houve um aumento nas concentrações séricas
de tizanidina (aumento de Cmáx: 7 vezes, variação: 4 a 21 vezes; aumento da AUC: 10 vezes, variação: 6 a 24
vezes) quando administrada concomitantemente com ciprofloxacino. Houve potencialização do efeito
hipotensivo e sedativo relacionada ao aumento das concentrações séricas (veja Citocromo P450 em “5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”). Medicamentos contendo tizanidina não devem ser administrados com
Fresoflox (ver item “4. CONTRAINDICAÇÕES”).
- fenitoína: nível sérico alterado (diminuído ou aumentado) de fenitoína foi observado em pacientes
recebendo ciprofloxacino e fenitoína concomitantemente. É recomendado o monitoramento da terapia com
fenitoína, incluindo medições de concentração sérica de fenitoína, durante e imediatamente após a
coadministração de Fresoflox e fenitoína, para evitar a perda do controle de crises associadas aos níveis
diminuídos de fenitoína e para evitar reações adversas relacionadas à superdose de fenitoína quando Fresoflox é
descontinuado em pacientes que estejam recebendo ambos.
- Agentes antidiabéticos orais: foi relatada hipoglicemia quando ciprofloxacino e antidiabéticos orais,
principalmente sulfonilureias (por exemplo, glibenclamida, glimepirida), foram coadministradas, possivelmente
por intensificar a ação do antidiabético oral (ver item “9. REAÇÕES ADVERSAS”).
- duloxetina: estudos clínicos demonstraram que a administração concomitante de duloxetina com fortes
inibidores da isoenzima CYP450 1A2, tais como a fluvoxamina, pode aumentar a AUC e Cmáx da duloxetina.
Embora nenhum dado clínico esteja disponível sobre uma possível interação com ciprofloxacino, efeito similar
pode ser esperado da administração concomitante (ver item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Características organolépticas:
Fresoflox (ciprofloxacino) é uma solução para aplicação intravenosa (infusão), límpida, incolor à levemente
amarelada, isenta de partículas em suspensão.
Isento de PVC e látex.
Evitar armazenar a solução sob refrigeração, pois pode ocorrer precipitação, embora esta se redissolva à
temperatura ambiente.
POSOLOGIA
Salvo prescrição médica contrária, recomendam-se as seguintes doses:
Adultos:
Dose diária para adultos de Fresoflox
Indicações
(ciprofloxacino) (mg) intravenoso
Infecções do trato respiratório
(dependendo da gravidade e do microrganismo) 2 x 200 mg a 400 mg
Idosos
Os pacientes idosos devem receber doses tão reduzidas quanto possíveis, dependendo da gravidade da doença e
da depuração de creatinina (veja também, “Pacientes com insuficiência renal e hepática”).
Duração do tratamento
A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. É essencial
manter-se o tratamento durante pelo menos 3 dias após o desaparecimento da febre e dos sintomas clínicos.
Duração média do tratamento: 1 dia, nos casos de gonorreia aguda não complicada e cistite; até 7 dias, nos
casos de infecção renal, trato urinário e cavidade abdominal; durante todo o período neutropênico, em pacientes
com defesas orgânicas debilitadas; máximo de 2 meses, nos casos de osteomielite; 7 a 14 dias, em todas as
outras infecções.
Nas infecções estreptocócicas, o tratamento deve durar pelo menos 10 dias, pelo risco de complicações
posteriores.
As infecções causadas por Chlamydia spp. também devem ser tratadas durante um período mínimo de 10 dias.
Antraz (após exposição) em adultos e crianças: A duração total do tratamento para exposição ao antraz por
inalação (após exposição) com ciprofloxacino é de 60 dias.
Crianças e Adolescentes
Nos casos de exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por Pseudomonas
aeruginosa, em pacientes pediátricos com idade entre 5 e 17 anos, a duração do tratamento deve ser de 10 a 14
dias.
Verificar se existem vazamentos mínimos comprimindo a embalagem primária com firmeza. Se for observado
vazamento de solução, descartar a embalagem, pois a sua esterilidade pode estar comprometida.
1. Fazer a assepsia da embalagem primária utilizando álcool a 70%;
2. Identificar e remover o lacre do sítio de conexão do equipo. No caso
dos frascos, este sítio está protegido pelo lacre de maior diâmetro (figura
1);
3. Conectar o equipo de infusão da solução. Consultar as instruções de
uso do equipo;
4. Suspender a embalagem pela alça de sustentação;
5. Administrar a solução, por gotejamento contínuo, conforme
prescrição médica.
9. REAÇÕES ADVERSAS
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas relatadas com base em todos os estudos clínicos com ciprofloxacino (oral e parenteral)
classificadas por categoria de frequência segundo CIOMS III estão listadas abaixo (Total n= 51.621).
- Infecções e infestações:
Reações incomuns: superinfecções micóticas.
Reações raras: colite associada a antibiótico (muito raramente com possível evolução fatal).
- Distúrbios psiquiátricos:
Reações incomuns: hiperatividade psicomotora/agitação.
Reações raras: confusão e desorientação, reação de ansiedade, sonhos anormais, depressão (potencialmente
culminando em comportamento autodestrutivo como ideias/pensamentos suicidas, tentativa de suicídio ou
suicídio) e alucinações.
Reações muito raras: reações psicóticas (potencialmente culminando em comportamento autodestrutivo como
ideias/pensamentos suicidas, tentativa de suicídio ou suicídio).
- Distúrbios visuais:
Reações raras: distúrbios visuais.
Reações muito raras: distorção visual das cores.
- Distúrbios cardíacos:
Reações raras: taquicardia.
Frequência desconhecida: prolongamento do intervalo QT, arritmia ventricular, “Torsades de Pointes”*.
- Distúrbios vasculares:
Reações raras: vasodilatação, hipotensão e síncope.
Reações muito raras: vasculite.
- Distúrbios gastrintestinais:
Reações comuns: náusea e diarreia.
Reações incomuns: vômito, dores gastrintestinais e abdominais, dispepsia e flatulência.
Reações muito raras: pancreatite.
- Distúrbios hepatobiliares:
Reações incomuns: aumento das transaminases e aumento da bilirrubina.
Reações raras: disfunção hepática, icterícia e hepatite (não infecciosa).
Reações muito raras: necrose hepática (muito raramente progredindo para insuficiência hepática com risco para
a vida).
- Investigações:
Reações incomuns: aumento da fosfatase alcalina no sangue.
Reações raras: nível anormal de protrombina e aumento da amilase.
Frequência desconhecidas: aumento da razão normalizada internacional (RNI) (em pacientes tratados com
antagonistas de vitamina K).
As seguintes reações adversas tiveram categoria de frequência mais elevada nos subgrupos de pacientes
recebendo tratamento intravenoso ou sequencial (intravenoso para oral):
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. SUPERDOSE
Em casos de superdose oral aguda, registrou-se ocorrência de toxicidade renal reversível. Além das medidas
habituais de emergência, recomenda-se monitorar a função renal, incluindo pH urinário e acidez, se necessário,
para prevenir cristalúria. Os pacientes devem ser mantidos bem hidratados. Antiácidos contendo cálcio ou
magnésio podem reduzir a absorção de Fresoflox (ciprofloxacino) na superdose. Apenas uma pequena
quantidade do Fresoflox (ciprofloxacino) (menos de 10%) é eliminada por hemodiálise ou diálise peritoneal.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
Reg. MS – 1.0041.9940
Farmacêutica Responsável: Cíntia M. P. Garcia CRF-SP 34871
Fabricado por:
Fresenius Kabi Brasil Ltda.
Aquiraz - CE
Registrado por:
Fresenius Kabi Brasil Ltda.
Av. Marginal Projetada, 1652 – Barueri – SP
C.N.P.J 49.324.221/0001-04
SAC 0800 707 3855
Indústria Brasileira.
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
10457 - SIMILAR -
10457 - SIMILAR -
Inclusão Inicial de
13/07/2015 0615241/15-4 Inclusão Inicial de Texto de 13/07/2015 0615241/15-4 13/07/2015 Todos VP e VPS Todas
Texto de Bula – RDC
Bula – RDC 60/12
60/12
10756 - SIMILAR -
10756 - SIMILAR -
Notificação de
Notificação de alteração de
14/07/2015 0618626/15-2 14/07/2015 0618626/15-2 alteração de texto de 14/07/205 Identificação do medicamento VP e VPS Todas
texto de bula para adequação
bula para adequação a
a intercambialidade
intercambialidade
10450-SIMILAR –
Notificação de Alteração de Adequação dos itens à bula do
16/08/2018 0808663/18-0 - - - 16/08/2018 VP/VPS Todas
Texto de Bula – RDC 60/12 medicamento referência.
Adequações Textuais VP
10450-SIMILAR –
23/04/2021 ---- Notificação de Alteração de - - - - Todas
Texto de Bula – RDC 60/12 9. REAÇÕES ADVERSAS
VPS
Adequações Textuais