Trabalho de CMPE
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Trabalho de CMPE
Rogério Fernando
Guido Teodosio
Declaração Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das necessidades básicas
de aprendizagem Jomtien, 1990
Universidade Rovuma
2023
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Rajabo Samihana Arige
Rogério Fernando
Guido Teodoro
Universidade Rovuma
2023
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Índice
1. Introdução..................................................................................................................3
1.1. Objectivos.......................................................................................................3
1.2. Metodologia........................................................................................................3
2.1. O direito à educação básica nas declarações sobre educação para todos de
jomtien, dakar e incheon....................................................................................................4
2.3. Direito à educação nas Declarações Mundiais sobre Educação para Todos..........6
3. Conclusão.................................................................................................................14
Referências Bibliográficas...............................................................................................15
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1. Introdução
o presente trabalho cientifico tem como tema declaração Mundial sobre Educação para
Todos: satisfação das necessidades básicas de aprendizagem Jomtien, 1990. Portanto a
Conferência Mundial sobre Educação para Todos, foi realizada em Jomtien, Tailândia,
de 5 a 9 de Março de 1990. Conscientes de que a educação é um direito fundamental de
todos, mulheres e homens, de todas as idades, no mundo inteiro, os participantes do
Congresso proclamam a seguinte Declaração Mundial sobre Educação para Todos:
Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem.
1.1. Objectivos
Para Marconi & Lakatos (2002:24) “toda pesquisa deve ter um objetivo determinado
para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar.
1.2. Metodologia
Gil (2008) diz que metodologia descreve os procedimentos a serem seguidos na
realização da pesquisa. Para se realizar a pesquisa vou recorrer numa leitura
interpretativa de obras diversas que abordam o assunto e usarei alguns artigos
disponibilizados na internet.
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2. Revisão Teórica
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humanos. Desse modo, o seu reconhecimento deve ser garantido pelos direitos capazes
de promovê-los.
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infância, dentre eles, o que certifica que a criança tem direito a receberem educação
escolar gratuita e obrigatória, ao menos nas etapas elementares. Os preceitos da
Declaração Universal dos Direitos Humanos também foram reafirmados no Pacto
Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e no Pacto Internacional de direitos
económicos, sociais e culturais; ambos de 1966 e, também, em 1989, pela Convenção
sobre os Direitos da Criança (SOUZA, 2017).
No entender de Bobbio (1992), esse processo representa uma nova linha de tendência do
direito, denominada especificação. Além dos processos de conversão em direito
positivo, generalização e internacionalização, a especificação consiste na passagem
gradual para uma ulterior determinação dos sujeitos titulares de direitos, que representa
a inclusão progressiva de grupos alijados historicamente.
O documento deixa claro que o direito à educação é sinónimo do direito das crianças às
aprendizagens indispensáveis, ou seja, do desenvolvimento das dimensões da
personalidade humana, mental, física, cultural, política e social. Logo, esse direito não
está vinculado apenas ao interesse individual, mas sim, aos da sociedade. A Convenção
dos Direitos da Criança, ao elencar e reafirmar a educação como um direito fundamental
da criança, endossa o rol de instrumentos jurídicos internacionais de protecção dos
direitos humanos.
Assim, uma das soluções normativas apresentadas pelas agências multilaterais para
superação da exclusão e da marginalidade de grande parte do contingente em situação
de vulnerabilidade social é o da “educação para todos”. Na sequência, serão
apresentadas e analisadas as Declarações de Jomtien (1990), Dakar (2000) e Incheon
(2015), publicadas pela UNESCO.
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No seu preâmbulo é apontado que, mesmo com a garantia do direito à educação estando
presente desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos, os esforços para
assegurá-lo ainda não contemplam todas as pessoas. Isso porque milhar de crianças e
adultos encontram-se na condição de analfabetismo, também na sua vertente funcional.
Já aqueles que conseguiram concluir o ensino primário, não prosseguem os estudos,
deixando de adquirir conhecimentos e habilidades essenciais, que possibilitem
melhorias na qualidade de vida e a respectiva inserção no mundo, apropriando-se de
forma limitada das mudanças sociais, tecnológicas e culturais (UNESCO, 1990).
Esse diagnóstico foi tomado como elemento para a produção do consenso pelos
participantes da Conferência e traduzido na formulação de estratégias presentes na
Declaração Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das necessidades básicas de
aprendizagem, conhecida por Declaração de Jomtien. Ao assinarem o documento, os
países signatários responsabilizam-se em promover as oportunidades educativas para
todas as crianças, jovens e adultos, voltadas para satisfação das necessidades básicas de
aprendizagem.
Nesse viés, Torres (2001) afirma que a Declaração de Jomtien reforça a centralidade da
Educação Básica como prioridade a ser alcançada universalmente, isso porque a
educação deve garantir um conjunto de conhecimentos, capacidades, valores e atitudes
indispensáveis ao desenvolvimento humano.
Nos artigos seguintes da Declaração de Jomtien, são apresentadas estratégias que visam
a garantia de uma educação para todos. Além de satisfazer as necessidades básicas de
aprendizagem para todos, são reconhecidas as necessidades de: expandir o enfoque de
recursos, das estruturas institucionais, dos currículos e dos sistemas convencionais de
ensino; universalizar o acesso à Educação Básica como base para a aprendizagem e
desenvolvimento humano permanentes; concentrar a atenção na aprendizagem
necessária à sobrevivência; ampliar os meios e o raio de acção da Educação Básica;
propiciar um ambiente adequado à aprendizagem; fortalecer alianças (autoridades
públicas, professores, órgãos educacionais e demais órgãos de governo, organizações
governamentais e não governamentais, sector privado, comunidades locais, grupos
religiosos, famílias); desenvolver uma política contextualizada de apoio (sectores social,
cultural e económico); mobilizar recursos financeiros e humanos, públicos, privados ou
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voluntários; e fortalecer, a partir da educação, a solidariedade internacional (UNESCO,
1990).
Segundo Gomide (2007), a Declaração Mundial de Educação para Todos representa não
apenas a compreensão da educação básica como o principal vector de garantia de
satisfação das necessidades elementares de aprendizagem para a população, mas,
também, um documento que regista uma concepção ampla de Educação Básica,
defendendo sua universalização a partir do acesso e promoção da equidade.
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indiscriminatório de “toda criança, jovem ou adulto têm o direito de se beneficiar de
uma educação que satisfaça suas necessidades básicas de aprendizagem, no melhor e
mais pleno sentido do termo, e que inclua aprender a aprender, a fazer, a conviver e a
ser”. O documento considera que a educação, como um direito humano fundamental, é
um aspecto propulsor para o desenvolvimento sustentável, assim como para assegurar a
paz e a estabilidade entre os países. Portanto, trata-se de um meio indispensável para
alcançar a participação efectiva nas sociedades e economias do século XXI (UNESCO,
2000).
Bauer (2008, p. 580) aponta que o documento produzido em Dakar, permite inferir que
o direito à educação é o principal argumento de justificativa para as propostas e acordos
realizados. Assim, “sob a égide da protecção do direito de todos à educação, introduz-se
a questão da qualidade de ensino, ou seja, um novo factor na discussão do direito à
educação, que passa a coexistir com o discurso preponderante da universalização do
acesso à educação”.
Fazendo um paralelo entre os dois documentos, Torres (2001) aponta que a Declaração
de Jomtien (1990) enfatizava o aproveitamento de oportunidades educacionais, propôs a
busca de equidade e qualidade, declarou compromisso com educação para todos, adotou
uma visão ampliada da Educação Básica, defendeu o atendimento a necessidades
básicas e recomendou melhorar condições de aprendizagem. A Declaração de Dakar,
por sua vez, deu centralidade à educação como direito, ratificou a busca de equidade e
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qualidade, recomendou focalização de esforços para promover a educação em grupos
vulneráveis, evidenciou a garantia da educação fundamental, reiterou a defesa de
atendimento a necessidades básicas e recomendou melhorar condições dos
estabelecimentos de ensino.
No que tange aos princípios foram definidos que a educação é um direito humano
fundamental e deve ser oferecida de forma equitativo, inclusiva, de qualidade, gratuita e
obrigatória. A educação deve visar o pleno desenvolvimento da personalidade humana e
promover a compreensão mútua, tolerância, amizade e paz. Trata-se de um bem público,
do qual o Estado é o provedor desse direito (UNESCO, 2015).
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equitativa e inclusiva e a aprendizagem ao longo da vida para todos. Para tanto, pauta-
se, principalmente, pela defesa da educação que promova o desenvolvimento de forma
sustentável e representa o mais recente marco internacional para a garantia do direito à
educação. Outro marco expressado na Declaração consiste no entendimento de que o
direito à educação deve também ser garantido na primeira infância, pelo menos, um ano
da educação infantil deverá ser assegurado enquanto um direito (UNESCO, 2015).
Por outro lado, segundo Akkari (2017), é relevante destacar que os compromissos
pactuados na Declaração de Incheon sinalizam um entendimento global da educação.
Embora as outras duas declarações, Jomtien e Dakar, se configurem em tratadas
proclamados por vários países, suas metas para a educação básica estavam voltadas,
principalmente, para as necessidades dos países do hemisfério sul. Por isso, a
Declaração de Incheon expressa uma agenda em comum para a educação mundial e um
movimento crescente da influência dos organismos internacionais nesse processo que
ultrapassa as fronteiras nacionais. É notório nas Declarações, sobretudo, se
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considerarmos o tempo de vigência, a redefinição de prazos e a repactuação das metas
firmadas nos acordos, o desafio posto para os países, em geral, na busca da implantação
de uma cultura de direitos educacionais. Trata-se, pois, da necessidade de estabelecer
instrumentos efectivos que permitam a sua plena realização, pressionando e
responsabilizando as políticas educacionais insuficientes e, ao mesmo tempo, chamar
estimular o envolvimento direito da sociedade, para assim, transformar demandas e
direitos educativos em compromissos (DI PIERRO; HADDAD, 2015).
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3. Conclusão
Documento elaborado na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada na
cidade de Jomtien, na Tailândia, em 1990, também conhecida como Conferência de
Jomtien. A Declaração fornece definições e novas abordagens sobre as necessidades
básicas de aprendizagem, tendo em vista estabelecer compromissos mundiais para
garantir a todas as pessoas os conhecimentos básicos necessários a uma vida digna,
visando uma sociedade mais humana e mais justa.
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Referências Bibliográficas
ANDRADE, M.M. (2009). Introdução à Metodologia do Trabalho Científico:
Elaboração de Trabalhos na Graduação. 9. ed. São Paulo: Atlas.
AKKARI, A. A agenda internacional para educação 2030: consenso “frágil” ou
instrumento de mobilização dos atores da educação no século XXI? In: Revista Diálogo
Educacional, Curitiba, v. 17, n. 53, p. 937-958, 2017.
CURY, C. R. J. A educação básica como direito. In: Cadernos de pesquisa, São Paulo,
v. 38, n. 134, p. 292-303, mai./ago., 2008.
GIL, A, C. (2008). Métodos e Técnica de Pesquisa Social. 7ªed.). São Paulo: Martins
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