Lesões e Manejo Odontopediatria
Lesões e Manejo Odontopediatria
Lesões e Manejo Odontopediatria
COMUNS EM
ODONTOPEDIATRIA E
MANEJO
FARMACOLÓGICO
Apresentar as principais doenças com
lesões bucais, sua sintomatologia
clínica e abordagem farmacológica
MANIFESTAÇÕES DE
ETIOLOGIA VIRAL
Gengivoestomatite herpética
primária;
Varicela;
Molusco contagioso;
Doença das mãos, pés e boca;
Sarampo;
Rubéola;
Parotidite.
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA
Agente etiológico:
Prevalência: 90 % subclínicos
Transmisssão:
•Contato direto
•Contato indireto
*Laskaris, 2000.
GENGIVO-ESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA
Sistêmicas:
Febre alta
Dor de cabeça
Mal-estar
Falta de apetite
Irritabilidade
Repouso;
Analgésicos;
Antitérmicos;
Anestésico tópico;
Medicamento antiviral (aciclovir);
Vitamina C (Boraks, 2001) complexo B;
V.A.S.A.(Pereira, 2001);
Antibióticos (infecção secundária);
Laser terapêutico.
ANALGÉSICOS – ANTITÉRMICOS E CRIANÇAS
V.A.S.A.:
A Clindamicina também pode ser prescrita para alérgicos a penicilinas. Porém, no Brasil, ela
só é vendida sob forma de comprimido/cápsula.
HERPES LABIAL RECORRENTE
Manifestações clínicas
Sistêmicas:
Poucas ou ausentes
Locais: regiões intrabucal e peribucal
Prurido;
Queimação;
±24 Hs poucas vesículas intrabucais,com líquido amarelo
ou branco; várias vesículas crostosas na junção mucocutânea dos lábios
com
coloração amarelo-acastanhada úlceras dolorosas, arredondadas.
HERPES LABIAL RECORRENTE
ALTAMENTE
INFECTANTE
HERPES LABIAL RECORRENTE
Tratamento: Sintomático
QUAL FOI O FATOR
PREDISPONENTE
Antiviral sistêmico (imunocomprometidos);
Pomada antiviral;
Protetor solar (Flaitz,2000);
Laser.
ANTIVIRAL
Prevalência:
Comum em crianças
Transmissão:
•Contato direto
•Contato indireto
VARICELA
Manifestações clínicas:
Sistêmicas:
Dor de cabeça
Mal-estar
Falta de apetite
Locais:
Estruturas da região intrabucal e nasal:
nasofaringite;
Pequenas vesículas na mucosa jugal, palato e língua.
Pele
Erupções maculopapulares ou vesiculares (pústulas): do tronco,
para face, membros superiores e inferiores, que rompem-se
tornando-se lesões crostosas.
VARICELA
VARICELA
Prevenção:
Vacinação anti-varicela (após 12 meses de idade)
Tratamento:
Repouso;
Analgésico;
Antihistamínico.
MOLUSCO CONTAGIOSO
Agente etiológico: Transmissão:
Regiões afetadas:
Mucosa ;
Pele.
MOLUSCO CONTAGIOSO
Tratamento:
Agente etiológico:
Prevalência:
Crianças abaixo de 6 anos
Transmissão:
Contato direto;
Contato indireto.
SÍNDROME MÃO, PÉ E BOCA
Manifestações clínicas:
Sistêmicas:
Febre;
Dor de cabeça;
Infartamento ganglionar;
Perda de apetite;
Vômito
Locais:
vesículas ;
Mão, pé e boca.;
Nádegas.
• Tratamento de suporte:
SÍNDROME
• Repouso;
MÃO, PÉ E • Analgésico.
BOCA
SARAMPO
Agente etiológico:
Vírus do sarampo
(Família: Paramyxoviridae)
Transmissão:
Indireto.
SARAMPO
Fase Prodrômica (dura de 2 a 4 dias):
febre, conjuntivite, fotofobia
(intolerância á luz), tosse, enantema. O
enantema é caracterizado pelas
manchas de Koplik, que estão presentes
em cerca de 50 a 70% dos casos. Tratam-
se de pequenas manchas brancas com
halo avermelhado visualizadas na face
interna das bochechas na altura dos
dentes pré-molares. Podem disseminar-
se pelo palato, lábios e gengivas. Lesões
semelhantes podem estar presentes nas
conjuntivas e na mucosa vaginal;
SARAMPO
Fase Exantemática (dura cerca de 7
dias): o rash caracteriza-se por lesões
maculopapulares avermelhadas que
começam na fronte (ao redor da linha
de implantação dos cabelos), próximas
às orelhas e no pescoço. Dissemina-se
então pelo dorso, extremidades, solas
dos pés e plantas das mãos. Com o início
do rash os outros sintomas começam a
diminuir.
SARAMPO
Prevenção:
vacina
Tratamento:
sintomático
RUBÉOLA
Agente etiológico:
Vírus da rubéola
(Famíla:Togaviridae)
Transmissão:
Contato direto
(secreções/ar)
Sintomas sistêmicos e locais:
Manifestações Clínicas
Sinal de Forchheimer
RUBÉOLA
Prevenção:
vacina
Tratamento:
sintomático
teratogênico
(síndrome da rubéola congênita)
PAROTIDITE
Agente etiológico:
Vírus da parotidite
(Família: Paramyxoviridae)
Transmissão:
Contato direto
(secreções/ar)
Manifestações Clínicas
Dor ao mastigar
Dor ao engolir
Otalgia
PAROTIDITE
Tratamento e Profilaxia:
Não há terapia antiviral específica para Caxumba.
Tratamento de suporte:
Repouso;
Hidratação adequada;
Controle da dor e febre com analgésicos/antipiréticos.
Agente etiológico:
Transmissão:
Contato direto
(secreções/ar)
Manifestações clínicas
A língua se apresenta
branca e saburrosa no
início, ficando depois com
aspecto de framboesa
(língua em framboesa),
devido ao aumento das
papilas que adquirem um
tom vermelho arroxeado
nos bordos e na ponta da
língua.
GENGIVITE DE ERUPÇÃO
Agente etiológico:
Biofilme dental.
Características:
Tecido de remodelação associado a
erupção inflamado.
Corrêa, 2001.
GENGIVITE DE ERUPÇÃO
Manifestações clínicas:
Locais:
Gengiva edemaciada;
Sangramento provocado.
Gerais*:
Febre;
Infartamento ganglionar;
Alteração comportamental.
*McDonald e Avery,1991.
GENGIVITE DE ERUPÇÃO
Tratamento:
Gengivite de erupção:
Orientação de higiene e dieta alimentar.
*McDonald e Avery,1991.
ANTINFLAMATÓRIOS EM CRIANÇAS
Morais, 2017
ANTINFLAMATÓRIOS EM CRIANÇAS
MEDICAMENTO IBUPROFENO
Dose 30 a 40mg/kg/dia
Posologia 6-8 h
MEDICAMENTO AAS
Dose 40-60mg/kg/dia até 12 anos
325-650 mg para crianças acima de
12 anos
Posologia 4-6 h
Morais, 2017
IMPETIGO
Agente etiológico:
Streptococcus.
Características:
A região peribucal é frequentemente
afetada, comprometendo a comissura
labial e o vermelhão dos lábios, mas a
mucosa bucal raramente é afetada.
IMPETIGO
Manifestações clínicas:
Gengivoestomatite estreptocóccica
SÍFILIS CONGÊNITA
Agente etiológico:
Treponema pallidum
Características:
A sífilis pode se manifestar no período perinatal,
com aparecimento de máculas e pápulas na face. A
cavidade bucal apresenta placas mucosas
altamente sensíveis.
Mais de 50% das cças são assintomáticas ao
nascer, com manifestações por volta dos 3 meses.
Sífilis congênita precoce: antes dos 2 anos de
idade.
SÍFILIS CONGÊNITA PRECOCE
Manifestações clínicas:
Rágades peribucais
SÍFILIS CONGÊNITA TARDIA
Manifestações clínicas:
Dentes de Hutchinson
Molares em amora
ABSCESSOS DENTO ALVEOLARES
Agente etiológico:
Poli infecção
Evolução de cárie dentária;
Traumatismo dento alveolar.
ABSCESSOS DENTO ALVEOLARES
Tratamento:
Antibioticoterapia
abscessos não drenáveis, como forma de evitar
o comprometimento sistêmico;
quadros de comprometimento sistêmico, devido
disseminação de infecção de origem
odontológica
sinais clínicos: enfartamento ganglionar,
inapetência, febre, mal estar, dor aguda e
dificuldade de abertura bucal.
ABSCESSOS DENTO ALVEOLARES
Antibioticoterapia
Metronidazol – suspensão 250mg
20 mg por kg/ dia de 6 em 6 horas (4x ao dia) por 10 dias
Amoxicilina – suspensão 250mg
20-40 mg /kg/dia de 8 em 8 horas (3x ao dia) por 7 dias
Antinflamatório
Ibuprofeno solução 100 mg
1 gota por quilo de peso 8 em 8 horas (3x ao dia) por 3-5 dias
Antipirético
Tylenol- solução – gotas (acetominofeno)
1 gota por quilo de peso 6 em 6 horas (4 x ao dia) por 3 dias
Magnopyrol- (Dipirona)
1 gota por quilo de peso 6 em 6 horas (4 x ao dia) por 3 dias
CELULITE
MANIFESTAÇÕES DE
ETIOLOGIA FÚNGICA
Candidíase ou Candidose
CANDIDÍASE
Agentes etiológicos:
Cândida albicans;
Cândida tropicallis.*
*Boraks, 2001.
CANDIDÍASE
FATORES
Manifestações clínicas PREDISPONENTES
*Boraks, 2001.
CANDIDÍASE
Tratamento
Identificar fator imunosupresssor!!! FATORES
PREDISPONENTES
Agentes antifúngicos
Higienização com
Tópico: nistatina, Daktarim gel oral, água bicarbonatada
V.A.S.A.*(violeta genciana 2%-
3ml;anestesina-1,5ml; sacarina-0,5ml e
água destilada 25ml).
Pérolas de Epstein;
Cistos da Lâmina Dental;
Nódulos de Bohn.
PÉROLAS DE EPSTEIN
Manifestações clínicas
Localização:
Rafe palatina mediana
Tratamento:
Desnecessário
CISTOS DA LÂMINA DENTAL
Manifestações clínicas
Localização:
Crista alveolar
Tratamento:
Desnecessário
NÓDULOS DE BOHN
Tratamento:
Desnecessário
CISTO DE ERUPÇÃO
Manifestações clínicas:
Tratamento:
Geralmente desnecessário;
Orientação de higienização/massagem;
Características clínicas:
Superficialmente: semelhante a vesícula ou bolha;
Profundamente: nódulo flutuante
Tratamento:
Desnecessário;
Excisão cirúrgica: na presença de fibrose
MANIFESTAÇÕES
ULCERADAS
Agente etiológico:
Manifestações clínicas
Desconhecido
Hipóteses: fatores predisponentes
-Desnutrição;
-Leucopenia/ neutropenia;
-Anemias;
-Distúrbios gastrointestinais;
-Distúbios hormonais;
-Estresse emocional;
Prevalência:
Comum em crianças
ÚLCERAS AFTOSAS RECIDIVANTES OU RECORRENTES
Tratamento: sintomático
Local:
Acetonil-triancinolona pomada;
Anestésicos tópicos (lidocaína viscosa 2%, benzocaína);
V.A.S.A.
Gluconato de clorexidina, 0,12%;
Soluções de benzidamida;
Fitoterápicos;
Laserterapia.
ÚLCERAS TRAUMÁTICAS
Etiologia:
Mordidas acidentais ou pós-anestesias;
Irritantes térmicos;
Elétricos;
Bordas de dentes aguçadas (Doença de Riga-Fede);
Fatores iatrogênicos (Afta de Bednar);
ÚLCERAS TRAUMÁTICAS
Manifestações clínicas
ÚLCERAS TRAUMÁTICAS
Tratamento:
HIGIENE
Remoção dos fatores etiológicos e sintomático
Desconhecida
Hipóteses: fatores predisponentes
-Distúrbios gastrointestinais;
-Distúrbios endócrinos: diabetes
-Distúrbios hematológicos: anemia
-Fator hereditário;
-Psicossomático;
LÍNGUA GEOGRÁFICA
Lesões erosivas eritematosas, com bordas irregulares, pouco salientes, cinzento-
esbranquiçado, e que lembram o contorno de um mapa.
Manifestações clínicas
Comum em crianças
Tratamento: Normalmente é dispensável
Queilite angular
Dermatose comum,
caracterizada por inflamação,
fissuração e maceração dos
ângulos da boca.
QUEILITE ANGULAR
Etiologia: multifatorial
microrganismos comumente presentes:
Cândida albicans,Estafilococos e Estreptococos
Respirador bucal;
Anemia;
Deficiência nutricional;
Distúrbios imunológicos.
Prevalência:
Comum em crianças
QUEILITE ANGULAR
Manifestações clínicas
Sistêmico:Tratamento médico
Complexo B
Tópico:
V.A.S.A.;
Antifúngico (Micostatin; Daktarin gel
oral);
Fitoterápico
Antibiótico tópico.
"Na Odontopediatria não há adultos em miniatura, há crianças.
Acreditam em magia, fazem de conta que há um pó mágico na
massinha do dente deles, têm esperança, cruzam os dedos e
fazem pedidos. E por isso, são mais resistentes que os adultos,
recuperam mais rápido, sobrevivem a coisas piores. Eles
acreditam!!!! Na Odontopediatria temos milagres e magia. Na
Odontopediatria, tudo é possível."