RMCC
RMCC
RMCC
EDUCAÇÃO INFANTIL
Tramandaí – RS
2019
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EXPEDIENTE
Ruth Simon
Chefe de Gabinete da SMEC
Diagramação e Arte
Andrios Bemfica dos Santos
Registros fotográficos:
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FICHA TÉCNICA
Coordenação
Andrios Bemfica dos Santos
Maristela Peliçoli Gemerasca
Coordenação
Andrios Bemfica dos Santos
Maristela Peliçoli Gemerasca
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Comissão de Especialistas e Redatores do Ensino Fundamental
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Rosa Maria Zambelli
Sílvia Maria Manggini
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PREFÁCIO
Depois de três décadas de atraso, o Brasil finalmente, ganhou uma Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), homologada em 20 de dezembro de 2017 pelo Conselho Nacional de
Educação. Essa data tornou-se um divisor de águas na Educação nacional, pois a partir dela o
país definiu o conjunto de aprendizagens essenciais a serem garantidas às crianças e jovens
brasileiros inseridos no processo de escolarização na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. A
partir da BNCC, os Estados e municípios devem revisar seus referenciais curriculares para garantir
que as escolas tenham uma fonte consolidada para fundamentar as readequações de seus
Projetos Político-pedagógicos (PPPs).
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do currículo escolar. O foco do processo foi apresentar a tarefa da construção curricular como
ação coletiva e participativa. Dessa forma, fez-se essencial realizar, juntamente com todos os
profissionais das escolas da rede, debates para alinhamento da construção da parte diversificada
do currículo municipal.
Dessa forma, muito nos honra apresentar o REFERENCIAL MUNICIPAL COMUM CURRICULAR
DE TRAMANDAÍ, ação que vai muito além de uma mera apresentação de um currículo prescrito, mas
essencialmente, representa a concretização de uma etapa fundamental de reflexão sobre a escola
pública e seu papel social.
Júlio Furtado
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1. APRESENTAÇÃO:
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2. OS FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS DO REFERENCIAL MUNICIPAL COMUM
CURRICULAR DE TRAMANDAÍ
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matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências,
ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal
e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação
ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-
se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se
respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento
e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
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3. EDUCAÇÃO INFANTIL
CAMPOS DE EXPERIÊNCIA
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3.1. DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes
linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às
diferenças entre as pessoas.
Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes
parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus
conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais,
sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.
Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da
escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida
cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo
diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.
Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações,
relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus
saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a
tecnologia.
Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos,
dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens.
Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem
positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados,
interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar
e comunitário.
Essa concepção de criança como ser que observa, questiona, levanta hipóteses, conclui,
faz julgamentos e assimila valores e que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento
sistematizado por meio da ação e nas interações com o mundo físico e social não deve resultar no
confinamento dessas aprendizagens a um processo de desenvolvimento natural ou espontâneo. Ao
contrário, impõe a necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas
na Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola.
Essa intencionalidade consiste na organização e proposição, pelo educador, de
experiências que permitam às crianças conhecer a si e ao outro e de conhecer e compreender as
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relações com a natureza, com a cultura e com a produção científica, que se traduzem nas práticas
de cuidados pessoais (alimentar-se, vestir-se, higienizar-se), nas brincadeiras, nas experimentações
com materiais variados, na aproximação com a literatura e no encontro com as pessoas.
Parte do trabalho do educador é refletir, selecionar, organizar, planejar, mediar e monitorar
o conjunto das práticas e interações, garantindo a pluralidade de situações que promovam o
desenvolvimento pleno das crianças.
Ainda, é preciso acompanhar tanto essas práticas quanto as aprendizagens das crianças,
realizando a observação da trajetória de cada criança e de todo o grupo – suas conquistas,
avanços, possibilidades e aprendizagens. Por meio de diversos registros, feitos em diferentes
momentos tanto pelos professores quanto pelas crianças (como relatórios, portfólios, fotografias,
desenhos e textos), é possível evidenciar a progressão ocorrida durante o período observado, sem
intenção de seleção, promoção ou classificação de crianças em “aptas” e “não aptas”, “prontas”
ou “não prontas”, “maduras” ou “imaturas”. Trata-se de reunir elementos para reorganizar tempos,
espaços e situações que garantam os direitos de aprendizagem de todas as crianças.
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O eu, o outro e o nós – É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão
constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos
de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vivem suas primeiras experiências
sociais (na família, na instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e
questionamentos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando- se
como seres individuais e sociais. Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de
cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de
reciprocidade e de interdependência com o meio. Por sua vez, na Educação Infantil, é preciso
criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e culturais,
outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoais e do grupo,
costumes, celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber
a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças
que nos constituem como seres humanos.
Corpo, gestos e movimentos – Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos
impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o
mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e
produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se,
progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes linguagens, como a
música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no
entrelaçamento entre corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as
sensações e funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas
potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é
seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na Educação Infantil, o corpo das
crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas pedagógicas de
cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não para a submissão. Assim, a
instituição escolar precisa promover oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre
animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo
repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados
modos de ocupação e uso do espaço com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar,
engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar,
equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.).
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Traços, sons, cores e formas – Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e
científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio
de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes
visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual,
entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas
próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons,
traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de
diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que, desde muito
pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos
outros e da realidade que as cerca. Portanto, a Educação Infantil precisa promover a
participação das crianças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação
artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da
expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a
cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas experiências e
vivências artísticas.
Escuta, fala, pensamento e imaginação – Desde o nascimento, as crianças participam de
situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de
interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro
e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação do outro. Progressivamente, as
crianças vão ampliando e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de expressão e de
compreensão, apropriando-se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo
privilegiado de interação. Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as
crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta
de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas
individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se
constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e
acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no contexto familiar,
comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de língua escrita, reconhecendo
diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infantil, a
imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que
deixam transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador
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entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo
à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato com histórias,
contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros
literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as
formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão
construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à
medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não convencionais, mas já
indicativas da compreensão da escrita como sistema de representação da língua.
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações – As crianças vivem inseridas em
espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais e
socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos espaços (rua, bairro,
cidade etc.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e amanhã etc.). Demonstram também curiosidade
sobre o mundo físico (seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as
transformações da natureza, os diferentes tipos de materiais e as possibilidades de sua
manipulação etc.) e o mundo sociocultural (as relações de parentesco e sociais entre as pessoas
que conhece; como vivem e em que trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus
costumes; a diversidade entre elas etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas outras, as
crianças também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem,
ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos e de
comprimentos, avaliação de distâncias, reconhecimento de formas geométricas, conhecimento e
reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) que igualmente aguçam a curiosidade.
Portanto, a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais as crianças possam fazer
observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar
fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição
escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo
físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano.
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3.3. OS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PARA A EDUCAÇÃO
INFANTIL
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O Referencial Curricular Gaúcho da Educação Infantil organiza-se de acordo com a
BNCC, em que cada objetivo de aprendizagem e desenvolvimento aparece identificado por um
código alfanumérico, acrescido do código do objetivo do território gaúcho, com a seguinte
composição, como demonstra a figura a seguir:
- As duas primeiras letras (EI) indicam a primeira etapa da Educação Básica, a Educação
Infantil.
- Os dois primeiros números indicam o grupo por faixa etária, ou seja, 01 = Bebês (zero a 1
ano e 6 meses), 02 = Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e 03 =
Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses).
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- O terceiro par de letras (RS) indica o Estado do Rio Grande do Sul.
CRECHE PRÉ-ESCOLA
BEBÊS CRIANÇAS BEM PEQUENAS CRIANÇAS PEQUENAS
(zero a 1 ano e 6 meses) (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) (4 anos a 5 anos e 11 meses)
• EXPLORAR diferentes formas de interagir com parceiros diversos em situações variadas, ampliando
sua noção de mundo e sua sensibilidade em relação aos outros.
• EXPRESSAR às outras crianças e/ou adultos suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas,
hipóteses, descobertas, opiniões, oposições.
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PARA AS CRIANÇAS PEQUENAS
(EI03EO01RS-03) Conhecer e
reconhecer os integrantes das famílias de
seu grupo de convivência, percebendo as
diversidades socioculturais, ampliando o
conhecimento do outro e da comunidade
em que se vive.
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vestir-se, tomar banho, arrumar-se, entre
outros, sem o auxílio do adulto,
contribuindo para desenvolvimento da
autoconfiança e da autoestima.
(EI03EO03) Ampliar as (EI03EO03RS-01) Agir de maneira (EI03EOTR03) Abordar a
relações interpessoais, independente, com confiança em suas coletividade de forma dinâmica,
desenvolvendo atitudes de capacidades, reconhecendo suas oportunizando experiências que
participação e cooperação. conquistas e limitações. contemplem e priorizem o trabalho
em grupo, o dividir, coletivo e sua
(EI03EO03RS-02) Colocar-se no lugar importância
do outro, compreendendo que cada um
tem o seu próprio tempo, as suas
habilidades, o seu modo de perceber o
mundo e as coisas à sua volta.
EI03EO03RS-03) Ampliar as relações
interpessoais, desenvolvendo atitudes de
participação e cooperação, através de
brincadeiras e jogos tradicionais da cultura
regional e local.
(EI03EO04) Comunicar suas (EI03EO04RS-01) Compreender a (EI03EOTR04) Trabalhar com a
ideias e sentimentos a pessoas importância de respeitar o outro e de história do município de Tramandaí
e grupos diversos. também se colocar no lugar dele, e suas lendas.
percebendo através de brincadeiras que
a maneira de pensar e agir é diferente
entre as pessoas.
(EI03EO04RS-02) Desenvolver relações
de amizade, demonstrando sentimento de
afeto e valorização das pessoas.
(EI03EO04RS-03) Reconhecer diferentes
emoções em si mesmo e nos outros.
(EI03EO05) Demonstrar (EI03EO05RS-01) Demonstrar (EI03EOTR05) Explorar a
valorização das características valorização das características de seu conceituação de palavras
de seu corpo e respeitar as corpo e respeitar as características dos (verbetes) das crianças.
características dos outros outros (crianças e adultos) com os quais
(crianças e adultos) com os convive, incluindo a diversidade étnica do
quais convive. território regional e local.
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(EI03EO06) Manifestar (EI03EO06RS-01) Expressar ideias e
interesse e respeito por sentimentos sobre a cultura regional a
diferentes culturas e modos de pessoas e grupos diversos.
vida.
(EI03EO06RS-02) Reconhecer pessoas
que fazem parte de sua comunidade
próxima, conversar com elas (comunidade
escolar).
(EI03EO06RS-03) Conhecer e se
relacionar com crianças e pessoas de
outros grupos sociais, seja por meio de
situações presenciais ou por outros meios
de comunicação.
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DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NO CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS
• CONVIVER com crianças e adultos experimentando marcas da cultura corporal nos cuidados
pessoais, na dança, música, teatro, artes circenses, escuta de histórias e brincadeiras.
• EXPRESSAR corporalmente emoções e representações tanto nas relações cotidianas como nas
brincadeiras, dramatizações, danças, músicas, contação de histórias.
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PARA AS CRIANÇAS PEQUENAS
(EI03CG01RS-04) Apresentar-se em
situações de brincadeira ou teatro,
desenvolvendo suas características
corporais, seus interesses, sensações e
emoções.
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(EI03CG02) Demonstrar (EI03CG02RS-01) Reconhecer seu corpo (EI03CGTR02) Expressar-se
controle e adequação do uso e seus limites ao dramatizar diferentes ludicamente através de gestos,
de seu corpo em brincadeiras e situações, ao representar diversas vivências imitações, criação de sequências
jogos, escuta e reconto de do seu cotidiano, ao brincar e explorar de movimentos.
histórias, atividades artísticas, habilidades sensoriais e motoras como
entre outras possibilidades. andar, pular, correr e demais movimentos.
(EI03CG02RS-04) Participar de
conversas em pequenos grupos, escutando
seus colegas e esperando sua vez para
falar.
(EI03CG02RS-05) Movimentar-se
seguindo uma sequência e adequando-se
ao compasso definido pela música ou
pelas coordenadas dadas por seus
colegas em brincadeiras ou atividades em
pequenos grupos.
(EI03CG03) Criar movimentos, (EI03CG03RS-01) Desenvolver o (EI03CGTR03) Explorar danças e
gestos, olhares e mímicas em interesse por danças rítmicas, coreografias, ritmos folclóricos.
brincadeiras, jogos e atividades teatros, atividades lúdicas, jogos e
artísticas como dança, teatro e brincadeiras da cultura regional e local.
música.
(EI03CG03RS-02) Desenvolver
habilidades motoras, por meio de
atividades lúdicas e significativas, como
atividades com culinária típica, brinquedos
e brincadeiras tradicionais e danças
típicas da cultura local e regional.
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(EI03CG04) Adotar hábitos de (EI03CG04RS-01) Executar atividades (EI03CGTR04) Utilizar o corpo e
autocuidado relacionados a com autonomia como trocar de roupa, suas funcionalidades para explorar
higiene, alimentação, conforto e usar o banheiro (baixar e levantar as situações diversas.
aparência. calças, fazer a higiene após as
necessidades fisiológicas, lavar as mãos
sem molhar a blusa, etc.), utilizando
espelhos para que este cuidado contribua
para estimular a autoestima.
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DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NO CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS
• BRINCAR com diferentes sons, ritmos, formas, cores, texturas, objetos, materiais, construindo
cenários e indumentárias para brincadeiras de faz-de-conta, encenações ou para festas
tradicionais.
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PARA AS CRIANÇAS PEQUENAS
(EI03TS01) Utilizar sons (EI03TS01RS-01) Utilizar sons produzidos (EI03TSTR01) Explorar diferentes
produzidos por materiais, por materiais, objetos e instrumentos materiais, com múltiplas opções de
objetos e instrumentos musicais musicais durante brincadeiras de faz de criação, desenhando, pintando,
durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, através de observação, criação de
conta, encenações, criações festas, enfatizando a cultura local e objetos ou figuras concretas ou
musicais, festas. regional. abstratas.
(EI03TS01RS-02) Identificar sons de
gaita, violão, violino, entre outros.
(EI03TS01RS-03) Apreciar
apresentações de músicas da cultura local
e regional, reconhecendo os instrumentos
tocados (violão, gaita, tambor, entre
outros).
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(EI03TS03) Reconhecer as (EI03TS03RS-01) Brincar com música, (EI03TSTR03) Reproduzir e
qualidades do som explorando objetos ou instrumentos identificar sons, ritmos e melodias.
(intensidade, duração, altura e musicais para experimentar e interpretar
timbre), utilizando-as em suas seu ritmo ou imitar, inventar e reproduzir
produções sonoras e ao ouvir criações musicais.
músicas e sons.
(EI03TS03RS-02) Brincar com instrumentos
musicais típicos da cultura local e regional.
• BRINCAR com parlendas, trava-línguas, adivinhas, memória, rodas, brincadeiras cantadas, jogos e
textos de imagens, escritos e outros, ampliando o repertório das manifestações culturais da tradição
local e de outras culturas, enriquecendo sua linguagem oral, corporal, musical, dramática, escrita,
dentre outras.
• EXPLORAR gestos, expressões, sons da língua, rimas, imagens, textos escritos, além dos sentidos das
palavras, nas poesias, parlendas, canções e nos enredos de histórias, apropriando-se desses
elementos para criar novas falas, enredos, histórias e escritas convencionais ou não.
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• CONHECER-SE e reconhecer suas preferências por pessoas, brincadeiras, lugares, histórias,
autores, gêneros linguísticos, e seu interesse em produzir com a linguagem verbal.
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(EI03EF04) Recontar histórias (EI03EF04RS-01) Recontar histórias (EI03EFTR04) Construir informativos
ouvidas e planejar ouvidas e planejar coletivamente formas diversos, como jornais, folders,
coletivamente roteiros de vídeos diferenciadas de apresentar a mesma revistas, entre outros recursos
e de encenações, definindo os utilizando diversos recursos tecnológicos. imagéticos e textuais, com fatos do
contextos, os personagens, a cotidiano da escola.
estrutura da história. (EI03EF04RS-02) Identificar personagens,
cenários, trama, sequência cronológica,
ação e intenção dos personagens.
(EI03EF05) Recontar histórias (EI03EF05RS-01) Recontar coletivamente (EI03EFTR05) Expressar-se através
ouvidas para produção de história ouvida, reinventando os finais de da encenação de situações e
reconto escrito, tendo o histórias, tendo o professor como escriba. histórias.
professor como escriba.
(EI03EF05RS-02) Compreender que a
escrita representa a fala.
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(EI03EF09) Levantar hipóteses (EI03EF09RS-01) Levantar hipóteses em
em relação à linguagem escrita, relação a linguagem escrita por meio da
realizando registros de palavras escrita espontânea.
e textos, por meio de escrita
espontânea. (EI03EF09RS-02) Compreender que
textos como lista de compras, cardápio,
carta, recado, receita, etc. tem uma função
social.
(EI03EF09RS-03) Reconhecer letras do
seu nome e dos colegas, escrevendo
espontaneamente.
CONVIVER com crianças e adultos e com eles investigar o mundo natural e social.
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PARA AS CRIANÇAS PEQUENAS
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(EI03ET05) Classificar objetos (EI03ET05RS-01) Reconhecer e classificar
e figuras de acordo com suas os objetos da cultura local e regional.
semelhanças e diferenças.
A transição entre essas duas etapas da Educação Básica requer muita atenção, para que
haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e continuidade dos
processos de aprendizagens das crianças, respeitando suas singularidades e as diferentes
relações que elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a natureza das mediações de
cada etapa. Torna-se necessário estabelecer estratégias de acolhimento e adaptação tanto para
as crianças quanto para os docentes, de modo que a nova etapa se construa com base no que a
criança sabe e é capaz de fazer, em uma perspectiva de continuidade de seu percurso educativo.
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Para isso, as informações contidas em relatórios, portfólios ou outros registros que evidenciem os
processos vivenciados pelas crianças ao longo de sua trajetória na Educação Infantil podem
contribuir para a compreensão da história de vida escolar de cada estudantes do Ensino
Fundamental. Conversas ou visitas e troca de materiais entre os professores das escolas de
Educação Infantil e de Ensino Fundamental – Anos Iniciais também são importantes para facilitar a
inserção das crianças nessa nova etapa da vida escolar.
Além disso, para que as crianças superem com sucesso os desafios da transição, é
indispensável um equilíbrio entre as mudanças introduzidas, a continuidade das aprendizagens e o
acolhimento afetivo, de modo que a nova etapa se construa com base no que os educandos
sabem e são capazes de fazer, evitando a fragmentação e a descontinuidade do trabalho
pedagógico. Nessa direção, considerando os direitos e os objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento, apresenta-se a síntese das aprendizagens esperadas em cada campo de
experiências. Essa síntese deve ser compreendida como elemento balizador e indicativo de
objetivos a ser explorados em todo o segmento da Educação Infantil, e que serão ampliados e
aprofundados no Ensino Fundamental, e não como condição ou pré-requisito para o acesso ao
Ensino Fundamental.
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• Discriminar os diferentes tipos de sons e ritmos e interagir com a
música, percebendo-a como forma de expressão individual e
coletiva.
Traços, sons, cores e
• Expressar-se por meio das artes visuais, utilizando diferentes
formas
materiais.
• Relacionar-se com o outro empregando gestos, palavras,
brincadeiras, jogos, imitações, observações e expressão corporal.
• Expressar ideias, desejos e sentimentos em distintas situações de
interação, por diferentes meios.
• Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e
causal, organizando e adequando sua fala ao contexto em que é
Escuta, fala, pensamento e
produzida.
imaginação
• Ouvir, compreender, contar, recontar e criar narrativas.
• Conhecer diferentes gêneros e portadores textuais, demonstrando
compreensão da função social da escrita e reconhecendo a
leitura como fonte de prazer e informação.
• Identificar, nomear adequadamente e comparar as propriedades
dos objetos, estabelecendo relações entre eles.
Interagir com o meio ambiente e com fenômenos naturais ou
artificiais, demonstrando curiosidade e cuidado com relação a
eles.
• Utilizar vocabulário relativo às noções de grandeza (maior, menor,
Espaços, tempos, igual etc.), espaço (dentro e fora) e medidas (comprido, curto,
quantidades, relações e grosso, fino) como meio de comunicação de suas experiências.
transformações • Utilizar unidades de medida (dia e noite; dias, semanas, meses e
ano) e noções de tempo (presente, passado e futuro; antes, agora
e depois), para responder a necessidades e questões do
cotidiano.
• Identificar e registrar quantidades por meio de diferentes formas de
representação (contagens, desenhos, símbolos, escrita de números,
organização de gráficos básicos etc.).
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