Um Procedimento Experimental de Modelagem de Respostas para Seleção Do Produto Agregado em Metacontingências
Um Procedimento Experimental de Modelagem de Respostas para Seleção Do Produto Agregado em Metacontingências
Um Procedimento Experimental de Modelagem de Respostas para Seleção Do Produto Agregado em Metacontingências
Universidade de Brasília
IP – Instituto de Psicologia
Departamento de Processos Psicológicos Básicos (PPB)
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Comportamento
Comissão Examinadora
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
Agradecimentos
Tão difícil quanto chegar à etapa final dessa jornada, é conseguir por em
palavras toda a gratidão e consideração que tenho às pessoas que fizeram parte dela
junto comigo. Tenho muito a agradecer ao professor Todorov pela experiência
enriquecedora e pela sabedoria e segurança com que sempre guiou nossos trabalhos no
grupo. Nas conversas com os colegas sempre falo que tive sorte durante o mestrado,
tudo aconteceu tranquilamente, sem percalços ou preocupações desnecessárias e muito
da leveza desse percurso eu devo ao professor. Gostaria de agradecer também ao
professor Jorge, à professora Eileen, ao Timothy e tantos outros que direta ou
indiretamente, após cada aula, sempre me deixavam com aquela certeza de que escolhi
o caminho certo na pós graduação.
Agradeço também Joyce, Daniel e Amanda por toda a ajuda sempre bem vinda e
à CAPES, pelo financiamento.
Mudar de cidade, estado e universidade foi muito mais fácil porque Kelvis,
Izabel, Suzi, Louise, Nagi, Nádia, Marília, Sabrina, Flívia e tantos outros novos velhos
amigos estavam comigo. Sempre vou lembrar de nossos encontros gastronômicos,
maratonas de Nintendo Wii, noites de filme e shows de rock. Durante esse tempo
partilhamos nossas novidades, tristezas e surpresas agradáveis da vida da pós e também
da amizade e companheirismo que cresceu entre nós.
Os amigos que deixei na terrinha também nunca me deixaram. André (Buzuzo),
Bruno, Carolzinha, Diego, Felipe, Ylguém e tantos outros, sempre encontramos um
jeito de manter a amizade. E não se enganem: vocês nunca vão se livrar de mim
(hahaha).
Mesmo de longe dona Lucineide e seu Edimilson e meu brodinho querido Filipe
sempre estiveram pertinho de tudo. Aquela coisa de que o amor familiar cresce com a
distância é mentira, na verdade, o que acontece é que aumenta a necessidade de por em
palavras todo o carinho que antes demonstrávamos no cotidiano. E quanto carinho não
há entre todos nós: vovó, tios e tias, primas e primos. Cada vez que visito Aracaju é
uma festa porque nós estamos juntos de novo.
II
Índice
Agradecimentos ............................................................................................................... I
Índice .............................................................................................................................. II
Abstract ........................................................................................................................ IX
Introdução ....................................................................................................................... 1
Metacontingência ................................................................................................ 2
Experimento 1 ............................................................................................................... 18
Método .......................................................................................................................... 18
Participantes ...................................................................................................... 18
Procedimento .................................................................................................... 19
Resultados ...................................................................................................................... 25
Experimento 2 ................................................................................................................ 38
Método ........................................................................................................................... 39
Participantes ....................................................................................................... 39
Procedimento .................................................................................................... 39
Resultados ...................................................................................................................... 40
Conclusão ...................................................................................................................... 53
Lista de Figuras
Figura 2. Número de rodadas gastas por cada dupla para atingir o critério de formação
do produto agregado ...................................................................................................... 26
Figura 3. Índice de dispersão dado pela divisão do número de células utilizadas pelo
número máximo possível de células utilizáveis nas 7 últimas rodadas de cada fase ... 27
Figura 5. Localização e quantidade de vezes que cada célula foi ocupada no tabuleiro
nas 10 últimas rodadas das fases 1, 5, 6 e 10 ................................................................. 30
Figura 6. Número de células ocupadas dividido pelo número total de células possíveis
no experimento 1 para cada dupla nas fases 1, 5, 6 e 10 respectivamente .................... 31
Figura 7. Média de duração das 7 últimas rodadas das fases 1, 5, 6 e 10 para as cinco
duplas do experimento 1 ................................................................................................ 34
V
Figura 8. Média do número de movimentos da dupla nas 7 últimas rodadas das fases 1,
5, 6 e 10 para as 5 duplas do experimento 1 .................................................................. 36
Figura 10. Índice de dispersão dado pela divisão do número de células utilizadas pelo
número máximo possível de células utilizáveis nas 7 últimas rodadas de cada fase .... 41
Figura 11. Número de células ocupadas dividido pelo número total de células possíveis
no experimento 2 para cada dupla nas fases 1, 5, 6 e 10 respectivamente ................... 42
Figura 12. Média de duração das 7 últimas rodadas das fases 1, 5, 6 e 10 para as cinco
duplas do experimento 2 ................................................................................................ 44
Figura 13. Médias e valores máximos do número de movimentos da dupla nas 7 últimas
rodadas das fases 1, 5, 6 e 10 para as 5 duplas do experimento 2 ................................. 46
VI
Lista de Tabelas
Tabela 2. Número total de tentativas por fase para cada par no experimento 2. As fases
1, 2, 6 e 7 tinham um número fixo de rodadas e todas as outras eram encerradas após
uma sequência de 7 acertos ........................................................................................... 40
VII
Lista de Apêndices
Resumo
Abstract
This study has developed an experimental design for metacontingencies with two goals:
experimentally translate the key-characters of the concept – interlocked behavioral
contingencies and aggregate product – and bring as assumption shaping and necessary
to the aggregate product formation response maintenance based on social reinforcement.
In Experiment 1, five pairs played in an adapted chess software – one piece for each
player – wherein they should try to win most trials as possible. For playing, the
participants moved the piece across the chessboard and each trial ended with the
meeting of both pieces in adjacent cells. The game included four conditions subdivided
in ten phases: Baseline (A) phase 1; Shaping (B) phases 2 until 5; Signalized Extinction
(C), phase 6; and Reshaping (B), phases 7 until 10. The shaping condition presented
positive feedbacks – “VOCÊS VENCERAM” – when the meeting occurred in pre-
programmed cells as aggregated product area and the feedback “RODADA
TERMINADA. TENTEM NA PRÓXIMA.” was presented for meetings outside this
area. The aggregated product area was reduced at each shaping phase as follows: 64
cells, 32 centralized cells, 16 centralized cells and 4 centralized cells respectively in
phases 2, 3, 4 e 5. Phase 7 to 10 in reshaping condition were equal to shaping condition.
Baseline didn’t present feedbacks; and Signalized Extinction presented only negative
feedbacks independently of meeting location. The variable under analysis was the
aggregated product given by the meeting localization. The five pairs presented
variability and stereotype in the meeting localization compatible with each condition
demands. Experiment 2 was developed in order to verify if the rise in variability
observed during the Signalized Extinction condition was due to feedback presentation
or if only Baseline returning would be enough. Another five pairs played in ABAB
design and showed similar results to those obtained in Experiment 1.
meio cultural, uma metacontingência é criada (Glenn, 1986; Houmanfar & Rodrigues,
Vichi (2004) e Costa, Nogueira e Vasconcelos (2012). Esses procedimentos fazem uma
estabelecido para este objetivo (Branch, 2006; Marr, 2006). O segundo é a dificuldade
em definir quais seriam as características elementares do conceito que tem sido aplicado
para definir uma gama variada de fenômenos de grupo (Glenn & Malott, 2006) e o
do tipo metacontingência (Glenn, 1991). Este trabalho propõe uma nova perspectiva
Metacontingência
então passou por vários ajustes a fim de delimitar a unidade de análise de um grupo de
agregado e consequências culturais. Estas, por sua vez, ligadas ao caráter deste produto
são semelhantes, de forma a constituir uma prática cultural. Mas uma vez que não se
prática (Malagodi & Jackson, 1989; Malott & Glenn, 2006). É possível que novos
reforço como parte integrante do operante, Skinner ampliou a definição desse conceito,
que deixou de ser apenas a definição do que não era comportamento respondente
(Todorov, 2002).
comum (Baum, 1999) e, as contingências culturais nas quais há uma relação entre uma
que definem um operante não são suficientes para explicar a formação de alguns
analisada.
comportamento, mas não estão incluídos nos três termos da análise funcional, pois o
comportamento alvo da análise é mais que a soma das atividades fisiológicas que
relacionados.
Para completar a comparação, os autores sugeriram que a análise dos três termos
elemento resposta está o produto agregado e, a consequência seria os efeitos dessa inter-
instituições constituídos e mantidos por um dado grupo social (Glenn, 2004; Houmanfar
comportamento, mas ao ser repetida entre um largo grupo de pessoas e entre gerações
um alto número de indivíduos (Malott & Glenn, 2006); a não linearidade, ou seja, não
função da contribuição em separado dos componentes, mas sim pela relação entre eles
(Marr, 2006).
contingências individuais que seria mais que a soma de cada contingência, pois os
produtos gerados não seriam obtidos por uma única pessoa ou pessoas agindo
metacontingência pode ser mantida pelo valor que o produto agregado tem para o grupo
(Andery, Micheletto & Sério, 2005; Glenn, 2004; Malott & Glenn, 2006).
(Houmanfar & Rodrigues, 2006; Malott & Glenn, 2006). O produto agregado resulta
de uma vez e esses entrelaçamentos se repetem, diz-se que o produto agregado re-ocorre
6
(Malott & Glenn, 2006). De acordo com as autoras, o produto agregado pode ser
macrocontingências.
por um grande número de membros de um mesmo grupo social, tem-se uma questão
exemplo, de tecer explicações sobre por que um indivíduo determinado consome drogas
intermediárias.
ocorreu uma vez. Mas ele somente foi possível por meio da mobilização de sindicatos,
constituição de 1988 ter sido promulgada, a atuação desses grupos foi reforçada e
e, portanto, produzido mais de uma vez. Todorov (2013) discutiu as características das
para sua ocorrência, cabendo pouca variação como, por exemplo, no funcionamento de
tecnológicos. Cada membro da equipe tem uma função e o produto agregado será
experimentos, sobretudo utilizando jogos e suas regras como o meio cultural. Isso já foi
feito por meio do uso de procedimentos consagrados pela teoria dos jogos (Neumann e
(Costa, Nogueira & Vasconcelos, 2012; Ortu, Becker, Woelz & Glenn, 2012); a versão
simulações de interações de elaboração própria como o jogo virtual de caça aos coelhos
utilizado por Neves, Woelz e Glenn (2012); e o programa “Meta 2 ” em suas várias
8
Bullerjhann, 2009; Brocal, 2010; Caldas, 2009; Dos Santos, 2011; Gadelha, 2010; Oda,
2009; Pereira, 2009; Vieira, 2010). Em todos os casos o jogo planejado pode produzir
uma série de combinações de respostas que terão diferentes efeitos sobre o produto
competição ou cooperação.
metacontingências (Glenn, 2004; Glenn & Field, 1994; Glenn & Malott, 2004; Malott &
participantes na realização de uma atividade como nos estudos de Martone (2008); Baia
(2008); Pereira (2009; experimento 2); Oda (2009); Bullerjhann (2009); Caldas (2009);
Brocal (2010); Gadelha (2010); Vieira (2010); Amorim (2010) e Dos Santos (2011).
sido observadas pela realização de tarefas tanto em dupla, tornando o reforço pelo
Gadelha, 2010; Nery, 2008; Oda, 2009; Pereira, 2008;) como em grupos maiores
(Amorim, 2010; Baia, 2008; Brocal, 2010; Bullerjhann, 2009; Dos Santos, 2011;
Martone, 2008; Nogueira, C., 2009; Nogueira, E., 2010; Ortu, Becker, Woelz & Glenn,
contador) foi utilizado para os dois critérios. Já nos experimentos realizados por Pereira
9
(2008), Amorim (2010), Oda (2009), Bullerjhann (2009), Dos Santos (2011), Vieira
(2010), Gadelha (2010), Brocal (2010) foram utilizados reforços diferenciados para as
bônus para a formação do produto agregado, era comum que o valor em bônus
acumulado a cada rodada fosse bem maior do que o valor dos pontos, tornando esse
reforço mais saliente. Nesses estudos, os participantes receberiam o valor dos pontos e
era controlado pela atividade, ou porque trabalhar por bônus pagava mais?
Nos estudos de Vichi (2004); Martone (2008), Caldas (2009), Andreozzi (2009),
os participantes recebiam fichas que seriam trocadas por dinheiro ao final da atividade e
com reforços sociais e apenas um deles (Brocal, 2010) não apresentava reforço para
longo da atividade.
descritos é que, em geral eles contêm alguma estratégia de “ajuda” aos participantes.
Brocal, 2010; Bullerjhann, 2009; Dos Santos, 2011; Gadelha, 2010; Oda, 2009; Vieira,
2010;).
10
participantes foram incluídos (Amorim, 2010; Brocal, 2010; Bullerjhann, 2009; Caldas,
2009; Gadelha, 2010; Oda, 2009; Pereira, 2008; Vieira, 2010). Ou ainda contaram com
procedimentos de correção nos quais após uma rodada de respostas “erradas” a rodada
seguinte era semelhante à anterior (Amorim, 2010; Brocal, 2010; Bullerjhann, 2009;
Caldas, 2009; Vieira, 2010), a participação de confederados que davam instruções aos
complexo demais para ser discriminado apenas durante atividade planejada. Fazendo
como iniciar um treino na caixa de Skinner por meio do esquema de respostas mais
discriminar as regras da atividade e esta foi encerrada sem ter sido concluída (Tadaiesky
e este trabalho parte do pressuposto de que essas variáveis são importantes para a
tal, pretende-se avaliar também neste trabalho a metacontingência num momento mais
agregado.
11
Modelagem de Comportamentos
modificados, fazem a ponte entre a resposta inicial, mais frequente, e a resposta alvo,
outras, o que torna um treino de reforço diferencial vantajoso por reduzir o tempo
Considerar que uma resposta foi adquirida pressupõe assumir que houve uma transição
no repertório de linha de base próximo de zero no qual, pelo reforçamento de uma série
mais complexos, como os que incluem períodos de extinção e reforço a cada unidade de
Schoenfeld, 1950).
modelagem possui dois aspectos: final e inicial. A efetividade final é dada pela
inicial é dada pela velocidade com que a resposta muda para atender o novo critério.
consequência após a emissão da resposta (Bravin & Gimenes, 2013; Dember & Jenkins,
1970; Keller & Schoenfeld, 1950). Com a retirada do reforço, espera-se também um
Tal qual o reforço, a extinção também produz efeitos temporários que podem ser
inicial de modelagem (Dember & Jenkins, 1970; Catania, 1999). Além disso, a extinção
como procedimento, o dito retorno à linha de base, tem sido utilizada como um modo de
primários (Keller & Schoenfeld, 1950; Dember & Jenkins, 1970; Lattal & Gleeson,
1990; Eckerman et al, 1980; Catania, 1999). Mas para os estudos sobre práticas
imitação, reforço social e tantos outros fenômenos que surgem da interação entre
(Andery, Michelleto & Sério, 2005; Guerin, 1994; Skinner, 2003). Qualquer aspecto do
controle generalizado não é forte, seu poder está no fato de ser exercido por muitas
Modelos de jogos como o dilema do prisioneiro e o dilema dos comuns têm sido
abstrações – que o descrevem e jogar como cada instância sob a qual a atividade se
componentes do jogo e é definido como a ocasião em que uma escolha é feita por cada
jogador. O movimento tem o aspecto pessoal dado pela escolha específica de cada
definidas. O jogar consiste, assim, em uma sequência de escolhas. Regras são instruções
determinadas antes do ato de jogar e se forem mudadas, o jogo descrito deixa de existir.
Estratégias são escolhidas por cada jogador livremente, como princípios que governarão
suas escolhas.
De acordo com a teoria dos jogos, em um jogo que envolve conflito, como o
dilema dos comuns, (interesses individuais versus coletivos, por exemplo), é geralmente
15
estratégia pode ser descoberta mediante uma análise combinatória de todos os arranjos
de respostas possíveis e incluir na análise a quantidade de rodadas jogadas para que seja
possível definir quais são as estratégias possíveis e dentre estas, quais seriam melhores
game e etc.), maior será o conjunto de arranjos a ser calculado. Jogos de conflito
também podem ser do tipo non-zero sum, mas nesse caso, o delineamento da melhor
Morgestern, (1953) chamaram de jogo simples. Nesse modelo, o objetivo dos jogadores
é formar uma aliança que, seguindo as regras do jogo, será necessariamente vencedora.
Se a aliança se quebrar não há como vencer. Qualquer pagamento obtenível com o jogo
se torna secundário, uma vez que o objetivo primário nesse tipo de jogo é ser bem
a um resultado que será também comum a todos. Ou seja, é uma situação vencer-vencer
indivíduos maximizam o que é recebido em conjunto ao invés daquilo que poderia ser
primário, a análise da estratégia utilizada no jogo terá foco nas interações e nos
apontadas por Guerin (1994) e é também mais simples de ser desenvolvida e aplicada,
vantagens. Skinner criou sua famosa caixa de Skinner enquanto tentava resolver
problemas e refinar um dispositivo que ele havia criado para estudar como o rato se
gradualmente transformar seu dispositivo inicial, um túnel sem luz o qual o rato
precisava percorrer para chegar à saída, em uma caixa com comedouro acionado por
uma barra (Skinner, 1938; Skinner, 1956). Essa caixa diminuía o trabalho do
experimentador, pois ele não precisava posicionar o rato dentro do túnel a cada tentativa
e nem liberar o reforço, o que era feito pelo próprio animal. Ademais, o dispositivo
reforçamento em vigor.
comum nos trabalhos de Skinner era o registro cumulativo de pressões à barra durante
uma dupla, o procedimento desenvolvido neste estudo buscou demonstrar por meio da
Objetivo do Estudo
sobretudo com relação à seleção do produto agregado e qual o papel das CCEs nessa
seleção. Já foi identificado que o uso de pontos e bônus como reforços para o
exclusivamente social para a formação do produto agregado também nunca foi testado.
Experimento 1
Método
Participantes
convidados em salas de aula e nos corredores dos prédios do campus Darcy Ribeiro. No
dados.
Local e Material
Instituto de Psicologia equipada com uma mesa grande localizada no centro e duas
Duron ™, 857 MHz, 128 MB de RAM, com sistema Microsoft Windows seven ultimate
equipado com o software “2cavalos” desenvolvido por Costa e Vasconcelos (2013), que
Procedimento
1) e a Ficha de Identificação (anexo 2). Nesse momento eles foram informados de que o
Olá!
A partir de agora, vocês dois realizarão uma atividade juntos. Cada jogador terá
uma peça, o cavalo do xadrez, e deverá movimentá-la neste tabuleiro através de
toques no touchpad. Para movê-la, basta dar dois toques em cima da célula que
deverá receber a peça. O cavalo move-se fazendo um ‘L’, ou seja, duas células à
frente e uma para o lado em qualquer direção. Este é o único modo de mover a
peça. Uma rodada começa com a peça de cada jogador localizada nos extremos do
tabuleiro. O jogador que ficar com a peça do extremo superior sempre começa as
rodadas. Os jogadores movem suas peças alternadamente e não é permitido “pular”
rodadas. É permitido conversar durante as rodadas do jogo. A rodada termina
quando as duas peças se encontram no tabuleiro. O encontro das peças pode
ocorrer de três formas: as duas são colocadas em células lado a lado; em células
frente a frente ou em diagonal. As primeiras rodadas são de reconhecimento. Depois
dessa etapa, ao final de cada rodada vocês receberão uma mensagem do jogo que
pode ser: “VOCÊS VENCERAM” ou “RODADA TERMINADA. TENTEM NA
PRÓXIMA.”. O objetivo do jogo é vencer o máximo de rodadas possíveis.
Alguma dúvida?
Podemos começar?
20
nas instruções, correspondente à questão. Ambos também foram informados de que não
atividade.
canto superior do tabuleiro e era encerrada após a colocação das peças em células
botão de “OK” para fechá-la e só então as peças voltavam para as células de partida e
uma nova tentativa poderia ser iniciada. Seguindo as instruções, cada participante
deveria mover sua peça correspondente pelo tabuleiro ao longo de quatro condições e
Condição 2: Modelagem
Fase 2 – todas as células: sete rodadas nas quais o encontro das peças em
tabuleiro, exceto as células dos dois quadrantes mais externos produzia feedback
positivo.
22
condição 2).
Fase 7 – todas as células: sete rodadas nas quais o encontro das peças em
tabuleiro, exceto as células dos dois quadrantes mais externos produzia feedback
positivo.
recebiam a seguinte mensagem: “Por hoje é só, pessoal!” e ao clicar na mensagem para
tabuleiro definido como o produto agregado. Três medidas foram observadas para a
últimas rodadas das Fases mais relevantes para análise, ou seja, linha de base,
de duração da rodada em cada Fase foi comparada com as outras a fim de se observar
das sete últimas rodadas foi comparada a fim de se observar possíveis variações
Treinos de extinção por sua vez são caracterizados por um aumento na variabilidade da
valor foi obtido da seguinte forma: as células ocupadas nos encontros das sete últimas
localizações que se repetiam entre rodadas de uma mesma Fase para a mesma dupla
foram descontadas de modo que se uma determinada célula tivesse sido ocupada, por
exemplo, em cinco das sete rodadas, ela seria contada a partir do uso de uma única
célula. O valor obtido deste cálculo foi dividido pelo número 14, o máximo de células
que os dois jogadores poderiam ocupar em sete encontros. O valor final era o índice de
dispersão que variava entre 0,1 e 1,0. Apenas as sete últimas rodadas foram
vigor.
25
Resultados
Tabela 1.
Condição Fase AB CD EF GH IJ
Linha de Base 1 10 10 10 10 10
Modelagem 2 7 7 7 7 7
3 7 7 12 7 11
4 24 10 7 12 30
5 186 29 94 82 174
Extinção
Sinalizada 6 20 20 20 20 20
7 7 7 7 7 7
Modelagem 2
8 7 7 7 11 7
9 7 17 13 7 7
10 16 43 14 19 51
As Fases cujo número máximo de tentativas era o valor fixo 7 (Fases 2 e 7) tiveram
uma média de duração de 2’29” e foram as Fases mais curtas. A Fase 5 teve o maior
número de rodadas para 4 das 5 duplas (exceto a dupla CD) variou entre 29 e 186
rodadas e durou em média 31’19” (entre 10’48” para dupla CD e 44’34” para dupla
e 4, indicando que quanto mais restrito o critério, mais rodadas eram necessárias para
A Fase 10, por sua vez, mesmo tendo o mesmo critério da Fase 5, foi finalizada com
um número muito menor de rodadas. Seu tempo médio de duração foi 9’11” (entre
3’12” para a dupla EF e 21’01” para a dupla IJ) o que, considerando também o número
de rodadas da Fase (entre 14 para a dupla EF e 51 para a dupla IJ) evidencia um efeito
Figura 2. Número de rodadas gastas por cada dupla para atingir o critério
de formação do produto agregado.
quanto ao número de rodadas gastas por Fase para que a dupla alcançasse o critério de
proporção: Fase 2/7 = 100% das células; Fase 3/8 = 50% das células; Fase 4/9 = 18%
das células; e Fase 5/10 = 6% das células. A Figura 2 ilustra essa diferença mostrando
que todas as duplas tiveram muito mais dificuldade em atingir o critério na Fase 5
Figura 3. Índice de dispersão dado pela divisão do número de células utilizadas pelo número máximo
possível de células utilizáveis nas 7 últimas rodadas de cada Fase.
28
cinco duplas para cada Fase do jogo. Os valores de dispersão mais altos foram obtidos
ambos com média de 0,59 seguidos de perto pelas Fases 2 e 6 com índices de dispersão
feedbacks. Esses dados serão discutidos para cada dupla mais a frente.
produto agregado não era condição necessária para avançar no jogo, a movimentação
mais comum foi a do tipo dois movimentos para cada jogador com um encontro em
diagonal no centro do tabuleiro. Além de ser a jogada com menor custo de resposta, ela
do produto agregado, apenas os dados das Fases 1, 5, 6 e 10 foram analisados com mais
A Figura 5 apresenta todas as células usadas nas 10 últimas rodadas das Fases 1,
resposta nas Fases 1 e 6 nas quais se observa um grande número de células ocupadas
poucas vezes. Nas quatro Fases a célula que foi ocupada o maior número de vezes foi a
Ainda sim, frequência de ocupação foi maior durante as Fases 5 e 10, quando a
célula era parte da definição do produto agregado do que nas Fases 1 e 6. A alta
ocorrência de ocupação dessa célula durante a linha de base e a extinção sinalizada pode
estar relacionada com o menor custo de resposta, pois eram necessários apenas dois
Figura 5. Localização e quantidade de vezes que cada célula foi ocupada no tabuleiro nas
10 últimas rodadas das Fases 1, 5, 6 e 10.
dispersão foi maior nas Fases 1 e 6 do que nas Fases 5 e 6. Para quatro das cinco duplas
o índice foi substancialmente mais alto durante a linha de base na Fase 1 e na condição
de extinção sinalizada na Fase 6 variando entre 0,5 ( dupla EF, Fase 6) e 0,8 ( dupla EF,
Fase 1) indicando que entre 7 a 11 células foram ocupadas a partir das 14 possíveis.
31
Apenas a dupla CD teve índices pouco maiores: 0,3 na Fase 1 e 0,35 na Fase 6 o
5 e 10) o índice variou entre 0,14 e 0,21 indicando respectivamente que apenas 2 ou 3
obtida pelo teste de Mauchly, é dada pela diferença entre pares dos escores em todas as
não foi violada (X2(5) = 8,8; P = 0,138), ou seja, a diferença entre as variâncias das
(Field, 2009), mostra que há uma diferença significativa entre os valores de dispersão
entre as duas Fases na análise de variância não foi significativa (P = 0,102). Isso se deve
à falta de esfericidade nos dados, pois a correlação entre as duas Fases é muito baixa,
fossem tão diferentes que não pudessem ser considerados partes do mesmo
que o comportamento dos participantes foi sensível ao recebimento dos feedbacks e que
7 últimas rodadas para as Fases 1, 5,6 e 10 para dupla. Para quatro das cinco duplas
houve uma tendência a rodadas mais curtas nas Fases de reforçamento (5 e 10) quando
exceção foi a dupla IJ que apresentou a mesma tendência à redução na primeira etapa do
Nas Fases linha de base e extinção sinalizada, a média mais alta obtida foi a da
dupla CD na Fase 1 com 59” e a mais baixa foi a da dupla AB com apenas 10” por
foram as da dupla IJ na Fase 10 com 25” de duração em média, e as mais curtas foram
jogo como a liberação para conversas entre os participantes podem ter comprometido o
uso da duração da rodada como medida estrita da resposta de mover a peça. Em alguns
Ademais, o output do software não registrava intervalos entre rodadas. Tão logo
da rodada seguinte, e não apenas após a primeira movimentação de peças, como seria
mais adequado para o registro do dado. Portanto, o tempo de duração da rodada não foi
Figura 7. Média do tempo de duração das 7 últimas rodadas das Fases 1, 5, 6 e 10 para
as cinco duplas do Experimento 1.
35
que cada dupla executou para produzir um encontro nas 7 últimas rodadas das Fases 1
mesma tendência na comparação entre as Fases 6 e 10, mas não entre 1 e 5. A dupla IJ
rodada.
Os dados verbais obtidos mediante gravação do áudio das sessões não foi
necessárias para a formação do produto agregado. Isso pode ter contribuído para uma
maior precisão nos movimentos demonstrada pela alta frequência de encontros com o
38
menor custo de resposta possível e pela interação verbal da dupla que relatou algumas
vezes que “erraria” de propósito para comprovar a hipótese sustentada por eles.
Apesar disso, verbalizações acuradas ou não sobre as regras do jogo não foram
correlacionadas com melhores desempenhos. A dupla EF, por exemplo, não fez
verbalizações acuradas, mas utilizou menos rodadas e em menos tempo (14 rodadas em
3’12”) para finalizar a Fase 10 enquanto a dupla GH que, antes de iniciar a Fase 10 já
4’08”.
Experimento 2
Entretanto, a Fase 6, da condição de extinção sinalizada não foi idêntica à linha de base,
Método
Participantes
aceitaram convites em sala de aula para participar da atividade descrita como um treino
de aprendizagem por meio de um jogo de computador a ser jogado por duplas em uma
única sessão. Todos os participantes afirmaram não ter experiência prévia com
Experimentos em metacontingência.
Procedimento
Resultados
1.
Tabela 2.
Condição Fase KL MN OP QR ST
Linha de Base 1 1 10 10 10 10 10
Modelagem 1 2 7 7 7 7 7
3 7 8 7 23 13
4 18 34 14 7 49
5 27 42 71 42 51
Linha de Base 2 6 10 10 10 10 10
Modelagem 2 7 7 7 7 7 7
8 7 7 7 9 8
9 7 18 10 92 9
10 12 15 25 51 12
Apesar de o número total de tentativas na Fase 5 ter sido menor que a média
média, enquanto o Experimento 1 tem entre 29 e 186 com 113 rodadas em média), a
Nas Fases cujo menor número de rodadas era o valor fixo 7 (2 e 7) a duração
média da Fase foi de 2’51” (entre 1’15” para a dupla OP na Fase 7 e 4’24” para a
41
mesma dupla na Fase 2). O maior número de rodadas, mais uma vez, foi observado na
Fase 5 que variou de 27 a 71 tentativas com duração média de 14’04” (entre 12’57” para
respostas foi o mesmo observado no Experimento 1 com dois movimentos para cada
Figura 10. Índice de dispersão dado pela divisão do número de células utilizadas pelo
número máximo possível de células utilizáveis nas 7 últimas rodadas de cada Fase.
rodada para as 10 Fases para as cinco duplas. Os valores de dispersão mais altos foram
obtidos nas Fases 5 – 0,14 para todas as duplas – e 10 com o valor máximo de 0,21 e
Figura 11. Número de células ocupadas dividido pelo número total de células possíveis
no Experimento 2 para cada dupla nas Fases 1, 5, 6 e 10 respectivamente.
todos os casos, nas Fases de linha de base 1 e 2, nas quais nenhum encontro produzia
feedbacks, variando entre 0,35 (dupla KL, Fase 6) e 0, 85 (dupla ST, Fase 1) indicando
que entre 5 e 12 células foram usadas durante as etapas de linha de base dentre as 14
43
células possíveis. Nas condições de modelagem 1 e 2 o índice variou entre 0,14 e 0,21,
verbalizou que “jogando no meio a gente acerta mais”, e ele se refletiu no modo de
na Fase de extinção quando comparada com as demais duplas, como pode ser observado
comparações entre linha de base 1 e modelagem 1 (t = 13,874 e P < 0,01) e entre linha
Mauchly mostra que a hipótese da esfericidade não foi violada (X2 (5)=7,6; P=2,0). O
Figura 12. Média de duração das 7 últimas rodadas das Fases 1, 5, 6 e 10 para as cinco
duplas do Experimento 2.
10 por dupla.
Fases de reforçamento do que nas respectivas Fases de linha de base1 e 2, assim como
no Experimento 1. Nas Fases 1 e 6, a média mais alta foi obtida pela dupla MN na Fase
1 com 52” e a mais baixa foi a da dupla QR com 12” em média. Nas Fases 5 e 10, as
tentativas mais longas foram observadas na dupla MN com 14” em média na Fase 5 e as
rodadas e o número máximo de movimentos para as cinco duplas durante as Fases linha
no Experimento 1.
Fases de modelagem 1 e 2. Em Fases nas quais não havia feedback, entretanto, o menor
Figura 13. Médias e valores máximos do número de movimentos da dupla nas 7 últimas
rodadas das Fases 1, 5, 6 e 10 para as 5 duplas do Experimento 2.
47
Discussão Geral
por outras pessoas. Esses contatos são a base para a aprendizagem de repertórios
sociais (Mattaini, 2003); projetos educacionais para o ensino público (Ellis & Magee,
2006).
sociais que ocorrem unicamente porque há outra pessoa presente. Ademais, o fato de se
participantes apresentaram uma alta incidência de erros nas Fases de modelagem e por
conhecidas como indicadores do efeito do reforço sobre o responder (Iversen & Lattal,
1991). O índice de dispersão, por sua vez, pode ser entendido como um indicativo de
induzida pela descontinuação deste (Antonitis, 1951; Yamada & Huzinker, 2010).
ser mais bem explorada num jogo cujo tabuleiro fosse maior. Com mais células, a
49
enfraquecida, pois seriam necessários mais movimentos para alcançar a mesma posição
instruções extras, além daqueles necessárias para o andamento do jogo e sem qualquer
intervenção do experimentador.
retorno à linha de base tiveram efeitos similares sobre a variabilidade da resposta. Isso
era esperado uma vez que ambos os contextos implicam em eliminação da relação
resposta – reforço. Como os participantes não podiam evitar as rodadas, pois eram
aversivo.
estímulo é considerado aversivo quando sua presença for seguida de uma redução na
frequência da resposta que o produz ou qualquer outra capaz de promover sua remoção
supressão de reforços podem afetar também outras respostas além das que vinham
50
sendo reforçadas (Bravin & Gimenes, 2013). Os resultados mostram, entretanto, que
não houve diferença entre o uso de extinção simples e extinção sinalizada pelo
feedback.
positivo foi, de modo geral, pequena. Duas combinações foram as mais usadas por todas
as duplas e durante todas as rodadas: a diagonal central, quando cada jogador precisava
fazer apenas dois movimentos; e uma peça sobre a outra ocupando as células da direita
Isso provavelmente se deve ao fato de que o produto agregado sempre esteve localizado
no mesmo lugar que também era a possibilidade mais simples de encontro exigindo
apenas dois movimentos. Ou seja, qualquer outra CCE implicava em maior custo de
resposta.
barra, Alling e Poling (1995) e Zarcone, Chen e Fowler (2009) demonstraram que
Experimentos descritos.
Além disso, a alta frequência de encontros nas células centrais foi observada
modelagem era menos rígido, o que também pode estar relacionada com o menor custo
estava presente.
repetida. Isso era esperado em jogadas cuja combinação de movimentos tivesse menor
custo de resposta (Figura 3), mas também foi observado em outras sequências como,
por exemplo, nas duplas AB e EF (Experimento 1, Fase 5) que após longas sequências
para modelagem da resposta. Por não estar baseada no desempenho das duplas, a
mudança para a Fase 5 da condição modelagem foi caracterizada por uma grande
quantidade de erros.
Todas as duplas exibiram desempenhos melhores e com poucos erros nas Fases 3
reações emocionais, sobretudo agressivas, (Bravin & Gimenes, 2013). No caso dos
seres humanos, é difícil definir o que seriam respostas de agressão uma vez que elas
bastante variadas (Kelly & Hake, 1970). Mais estudos são necessários para a
das que estão sendo mensuradas (Kelly & Hake,1970). Entretanto, o registro de algumas
demonstrações de agressividade.
53
Conclusão
do conceito.
Por outro lado, a definição de metacontingência precisa ser mais bem discutida e
2013).
cada vez mais semelhantes às normalmente observadas nos fenômenos sociais. O uso de
aplicadas em metacontingências.
áreas com maior ou menor custo de resposta forem eficazes na modelagem dos
mais robustos.
Uma segunda sugestão para replicações é que o software a ser utilizado seja
adaptado para ser capaz de registrar a duração do intervalo entre rodadas. O intervalo
54
investigada também com grupos de pessoas. Isso pode ser feito considerado o início de
Referências
Alling, K., & Poling, A. (1995). The effects of differing response-force requirements on
(3), 331-346.
Andery, M.A., Micheleto, N., & Sério, T. M. (2005). A análise de fenômenos sociais:
Editores Associados.
Engineering. Vol. 1.
(M. T. A. Silva et al., trad.). Porto Alegre: Editoria Artes Médicas Sul.
metacontingencies and cultural analysis. Behavior and Social Issues, 15, 6-10.
prisoner’s dilemma game. Journal of Economic Behavior & Organization, 47, 275-
290.
Dagen, J.C., & Alavosius, M. P. (2008). Bicyclist and motorist environments: Exploring
Dember, W.N., &Jenkins, J.J. (1970). General Psychology: Modeling Behavior and
SP, Brasil.
Eckerman, D. A., Hienz, R.D. Stern, S., e Kowlowitz. (1980).Shaping the location of a
pigeon’s peck: effect of rate and size of shaping steps. Journal of the experimental
Emurian, H.H., Emurian, C.S., & Brady, J.V. (1985). Positive and negative
Field, A. (2009). Descobrindo estatística usando SPSS. ( Lorí Viali, trad.). 2 ed. Porto
Alegre: Artmed.
mestrado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Glenn, S. S. (1985). Some reciprocal roles between behavior analysis and institutional
Glenn, S.S. (1989). Verbal behavior and cultural practices. Behavior Analysis and
Glenn, S.S. (2004). Individual behavior, culture and social change. The Behavior
Glenn, S.S., & Malott, M.E. (2004). Complexity and Selection: Implications of
Guerin, B. (1994). Analyzing social behavior: Behavior analysis and the social sciences.
Hardin, G. (1968). The Tragedy of the Commons. Science, 162( 3859), 1243-1248.
59
Contingency: Points of Contact and Departure. Behavior and Social Issues. 15, 13-
30.
Kazdin, A. E. (1982). Single-case research designs: Methods for clinical and applied
Keller, F.S. (1974). Aprendizagem: teoria do reforço. (Rodolpho Azzi, Lea Zimmerman
Universitária.
Herder.
response with humans. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 14(2), 153-
164.
Lattal, K.A., & Gleeson, S. (1990). Response acquisition with delayed reinforcement.
Malagodi, E.F. & Jackson, L. (1989). Behavior analysts and cultural analysis: Troubles
Malott, M.E., Glenn, S.S. (2006). Targets of intervention in cultural and behavioral
Marr, M.J. (2006). Behavior analysis and social dynamics: some questions and
Morgenstern, O., & Neumann, J. V. (1953). Theory of Games and Economic Behavior.
Neves, A.B.V.S., Woelz, T. A.R., & Glenn, S.S. (2012). Effect of resource scarcity on
Ortu, D., Becker, A. M., Woelz, & Glenn, S.S. (2012). An iterated four player
(5), 221-233.
Tadaiesky, L.T. & Tourinho, E.Z. Effects of support consequences and cultural
Todorov, J.C. (2006). The metacontingency as a conceptual tool. Behavior and Social
Todorov, J.C. (2007) A Psicologia como o Estudo das Interações. Psicologia: Teoria e
sociedade. (J.C.Todorov, R.C. Martone e M.B. Moreira, trad.). 1ªed. Santo André,
SP, Brasil.
Zarcone, T. J., Chen, R., & Fowler, S.C. (2009). Effects of differing response-force
Apêndice 1
Olá,
Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o (a) pesquisador(a)
responsável pela pesquisa e a outra com o senhor(a).
Em caso de dúvidas, por favor, entre em contato com Ísis G. Vasconcelos (61) 8324-
4125.
Atenciosamente,
________________________ ________________________
______________________________________________________
Assinatura do Participante
Apêndice 2
Ficha de Identificação
Ficha de Identificação
(estas informações serão de uso restrito dos pesquisadores e não serão divulgadas)
Nome: ________________________________________________________________
Idade: _______
E-mail: _____________________________________
Apêndice 3
Os dados de interações verbais não foram analisados, mas o áudio das sessões
das dez duplas foi gravado. Para tornar a situação experimental o mais semelhante
possível com interações sociais comuns, as duplas eram avisadas, na instrução escrita,
de que podiam conversar a vontade. O conteúdo verbal foi dividido em dois temas:
verbalizações sobre a atividade e verbalizações sobre qualquer outro tema. Aqui estão
comentadas apenas as verbalizações voltadas para a atividade.
A frequência de interações entre grupos variou bastante. Quatro das dez duplas
foram compostas por estudantes que se conheciam previamente e, nesses casos, a
frequência de interações foi consideravelmente maior e envolvia um maior número de
verbalizações sobre temas não relacionados com a atividade. Entre as duplas compostas
por participantes que não se conheciam previamente, apenas uma delas apresentou uma
frequência de verbalizações não relacionadas com a tarefa maior do que as
verbalizações que eram relacionadas.
Verbalizações Inacuradas
“Só pode mover a peça do lado originário no tabuleiro”
“Se a rodada for muito lenta/rápida, a gente perde”
“Para ganhar só pode fazer um dos três tipos de encontro”
“Se ficar repetindo o mesmo tipo de encontro a gente perde”
“Só acerta se o encontro for na diagonal”
“Não há lógica. Acertos e erros são aleatórios”
“Se sair do lado original apenas na hora do encontro a gente vence”
“Sempre que nos encontramos na mesma metade do tabuleiro a gente perde”