O documento é uma coleção de poemas e canções relacionadas à Umbanda e seus orixás, entidades e rituais. As músicas celebram figuras como Jurema, Malunguinho, Exu e Mestre Junqueiro, descrevendo seus papéis e poderes. Elas também descrevem rituais como defumação e abertura de trabalhos para servir estas entidades.
O documento é uma coleção de poemas e canções relacionadas à Umbanda e seus orixás, entidades e rituais. As músicas celebram figuras como Jurema, Malunguinho, Exu e Mestre Junqueiro, descrevendo seus papéis e poderes. Elas também descrevem rituais como defumação e abertura de trabalhos para servir estas entidades.
O documento é uma coleção de poemas e canções relacionadas à Umbanda e seus orixás, entidades e rituais. As músicas celebram figuras como Jurema, Malunguinho, Exu e Mestre Junqueiro, descrevendo seus papéis e poderes. Elas também descrevem rituais como defumação e abertura de trabalhos para servir estas entidades.
O documento é uma coleção de poemas e canções relacionadas à Umbanda e seus orixás, entidades e rituais. As músicas celebram figuras como Jurema, Malunguinho, Exu e Mestre Junqueiro, descrevendo seus papéis e poderes. Elas também descrevem rituais como defumação e abertura de trabalhos para servir estas entidades.
Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 5
ABERTURA / INVOCAÇÃO Para os Pretos trabalhar Jurei, jurei
Ronda, ronda Jurei e torno a jurar
Abrindo os meus trabalhos, Meus Pretos ronda, ronda pedimos de coração Meus Pretos ronda Meu Jesus dai-me forças Para poder trabalhar Ao meu pai Orixalá Tô abrindo os meus Dai ciência a esses mestres Para cumprir nossa missão trabalhos Para poderem triunfar A minha mãe Yemanjá Do Angico ao Vajucá Jurei, jurei Para cumprir nossa missão Tô abrindo os meus Jurei e torno a jurar trabalhos Ao meu povo de cancela Para os Mestres trabalhar Para cumprir nossa missão Ronda, ronda Ao meu povo de Jurema DEFUMAÇÃO Meus Mestres ronda, ronda Para cumprir nossa missão Meus Mestres ronda Defuma com as ervas da Jurema Tô abrindo os meus Defuma com Arruda e Guiné Abre-te mesa, varandas reais trabalhos Alecrim, Benjoim e Alfazema Do Angico ao Vajucá Vamos defumar filhos de fé Tô abrindo os meus Tô abrindo os meus trabalhos trabalhos Do Angico ao Vajucá Para as Mestras trabalhar Defuma essa casa bem Tô abrindo os meus Ronda, ronda defumada trabalhos Minhas Mestras ronda, ronda Com a cruz divina ela é Pra Jurema trabalhar Minhas Mestras ronda rezada Ronda, ronda Minha Jurema ronda, ronda Tô abrindo os meus Ela é rezadeira Minha Jurema ronda trabalhos Ela é filha de Umbanda Do Angico ao Vajucá Levando os contrários Tô abrindo os meus Tô abrindo os meus e toda a demanda trabalhos trabalhos Do Angico ao Vajucá Pra o Cruzeiro trabalhar Tô abrindo os meus trabalhos Ê pai Oxóssi Pros Caboclos trabalhar Dai licença pra defumar Eu abro os meus trabalhos Eu defumo, eu defumo Ronda, ronda com a força da Jurema Meus Caboclos ronda, ronda Essa aldeia real Eu jurei, jurei, jurei Meus Caboclos ronda
Jurei perante a Jurema,
Tô abrindo os meus Jurei e torno a jurar trabalhos Jurei por toda a Jurema Do Angico ao Vajucá pra nunca fazer o mal Tô abrindo os meus trabalhos MALUNGUINHO No meio da mata sim Portão de ferro, portão de Salve a coroa de ouro Reis Malunguinho Corra, corra Malunguinho Maluguinho tá de ronda Traga as chaves do tesouro Quem mandou foi Jucá Malunguinho nas matas é rei! Malunguinho tá de ronda Que a Jurema manda Nas matas tem um caboclo Malunguinho na Jurema é Todo coberto de penas rei!
O nome dele é Malunguinho
Tava na estrada Malunguinho nas encruzas é Ele vem lá da Jurema Seu chapéu é furadinho rei! Eu tava no caminho Nas matas tem um caboclo Esperando Malunguinho Malunguinho na cancela é rei! Com a preaca na mão
Malunguinho no mundo é O nome dele é Malunguinho
Mas ele é preto rei! Não mexa com ele não É bem pretinho Salve a coroa do rei Malunguinho Que mata é essa que nela eu Sete cidades Malunguinho vou entrar Sete cidades Que nela eu vou entrar Foi numa delas que Sobonirê Com o meu caboclinho Malunguinho desceu Sobonirê mafá Sobonirê mafá Estrepe, estrepe, Rei Ajuda eu Malunguinho Maluguinho sobô Maluguinho Ajuda eu Bota estrepe no caminho Pois nessa terra Pros inimigos não passar Quem te chamou foi eu Trabalha o rei Malunguinho Trabalha abrindo os caminhos Sete cidades Malunguinho Me corra, me corra Sete cidades Me corra Malunguinho Foi numa delas que Malunguinho desceu Malunguinho me afirme o ponto Vai levando os contrários e abrindo os caminhos Acode eu Malunguinho Malunguinho me abra a mesa Socorre eu Ô flecha, flecha, Rei Pois nessa terra Malunguinho Só quem manda é Deus Quero um ponto nessa casa Quero um ponto de defesa Vai levando os contrários e abrindo os caminhos Eu firmei meu ponto sim EXÚ Eu deixei _______ Tomando conta da cancela Exú ganhou uma casa sem porteira e sem janela Exú afirma seu ponto aqui Exú tá procurando morador nesse terreiro pra morar nela
Exú Tiriri trabalhador da
encruzilhada
Toma conta e presta conta
No romper da madrugada
Exú da meia-noite Exú da encruzilhada Saravá povo de Umbanda Sem Exú não se faz nada
Portão de ferro, cadeado de
madeira
É no portão do cemitério Aonde mora Exú Caveira
O sino da igrejinha faz
belém, blem, blom
Deu meia-noite, o galo já
cantou Seu Tranca-Ruas que é dono da gira Oi corre gira que Ogum mandou
Lá no caminho eu deixei meu
sentinela JUREMA / MESTRIA Setenta anos A minha lagoa não seca, e Eu passei lá na Jurema nunca há de secar Mas eu não tenho pena Do Pina à Boa Viagem A minha lagoa só seca De quem me faz o mal O guarda quase me pega quando meu mestre mandar Foi numa fumaça contrária Mandada por Quebra-Pedra Se eu me zangar, eu toco Mestre Junqueiro, que vem fogo é no rochedo da lagoa do Junco Meu cachimbo é meu Sou eu, sou eu segredo Manoel Quebra-Pedra sou eu De Junco eu venho, para Agora vamos trabalhar É ele, é ele Junco eu vou Manoel Quebra-Pedra é ele Juncando eu venho Juncando eu vou Ô mestre, bom mestre Oi, desembaraçando eu venho Onde foi que tu tava, que eu Casa de palha é muquifo te chamava e você não me Se eu fosse fogo eu Oi, desembaraçando eu vou ouvia? queimava Tava no pé da Jurema, Catimbozeiro medroso fazendo macumba e você não Se eu fosse a morte, eu Jurema é um pau encantado me via matava É um pau de ciência Que todos querem saber Eu tava no pé da Jurema Fazendo macumba e você não me via Meu pai mora lá no alto, do Se você quer ciência alto eu vejo bem Deus dá ciência a você
Do alto eu vejo quem passa, No pé da Jurema Preta tem
Se você quer Jurema do alto eu vejo quem vem dois Pitiguari cantanto Eu dou Jurema a você
Ô venha meu irmão Um canta, outro arresponde,
Venha irmão meu seu Zé, eu tô lhe chamando A Jurema é minha madrinha Jesus é o meu protetor Venha, trabalhar na Jurema Venha, trabalhar mais eu Oi, pisa no massapê A Jurema é um pau sagrado escorrega Onde Jesus descansou Quem não sabe andar leva queda Melão, melão Eu vou pedir a meus mestres Sabiá pra me ensinar a trabalhar É de bananeira A flor da Jureminha é uma Sabiá flor tão bela Com a força de uma Jurema, A mulata é boa do Angico ao Vajucá Mais bela é Luziara quando Mas é bandoleira pousa nela Onde tu vais, Luziara? Tô indo para o meu sobrado Eu vou levar taça de vinho É para um homem casado
Oh bebi, bebi Luziara
Bebi, bebi desse vinho Mas o vinho que tu me deste Estava envenenado
Ele morreu Luziara
Ele morreu e me deixou Mas ele não ficou comigo E com a outra não ficou…