Controle de Revisão: RI/ULC 0403
Controle de Revisão: RI/ULC 0403
Controle de Revisão: RI/ULC 0403
1. OBJETIVOS
2. ABRANGÊNCIA
Este programa aplica-se a todos os empregados e contratados que trabalham nos Terminais da
Ultracargo, cujas atividades requerem uso de equipamentos de proteção respiratória.
Em cada seção do documento estão estabelecidas as diretrizes gerais necessárias para a administração
e o controle do programa de proteção respiratória de acordo as exigências da legislação vigente.
3. CATEGORIA E ATRIBUTOS
4. CONCEITOS E ABREVIATURAS
4.1. AERODISPERSÓIDES
Partículas sólidas ou líquidas suspensas no ar.
Substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas
formas de névoas, neblinas, poeiras, fumos, gases e vapores ou que, pela natureza da atividade ou
exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
4.4. AR RESPIRÁVEL
Ar adequado para a respiração. Deve obedecer aos requisitos especificados na Norma Brasileira
NBR – 12543 e na tabela 3 da instrução Normativa 1/94 da Fundacentro.
Devido aos limites de detecção da maioria dos equipamentos de monitoramento atmosférico, essa
faixa deve estar entre 21% +/- 0,5% para Entrada em Espaços Confinados.
Devido aos limites de detecção da maioria dos equipamentos de monitoramento atmosférico, essa
faixa pode ser 21% +/- 0,5% para a Entrada em Espaços Confinados.
4.10. CAPUZ
Tipo de cobertura das vias respiratórias que cobre completamente a cabeça, o pescoço, podendo
cobrir parte dos ombros.
4.13. CONTAMINANTES
Poeiras, fibras, vapores e gases prejudiciais ou incômodas incluindo aerosóis e o material
biológico.
a) Com aberturas limitadas ou restritas para entrada e saída que não foi projetado para ocupação
humana contínua, ou;
b) Que oferece perigo de que a pessoa seja envolta por uma substância sólida, líquida ou gasosa,
ou;
c) Em que a combinação de ventilação deficiente para remover contaminante e dificuldade de
acesso e escape ofereça um risco de que uma pessoa seja afetada por um ou mais dos fatores
abaixo:
− Um incêndio ou explosão;
− Deficiência ou excesso de oxigênio;
− Calor ou frio;
− Sólidos ou líquidos flutuantes, e;
− Gases, vapores, névoas ou poeiras.
Fator de Proteção Atribuído: a definição do EPR a ser usado deve obedecer ao critério da tabela
abaixo, (FPA conforme Quadro I da IN-1 de 01/04/1994 do MTE):
(*) Para níveis de concentração IPVS, adotar recomendação do PPR do MTE, ou seja, máscara
autônoma de demanda com pressão positiva, com peça facial inteira, ou um respirador de linha de
ar comprimido de demanda, com pressão positiva, com peça facial inteira, combinado com cilindro
auxiliar para escape.
O respirador selecionado deve possuir um Fator de Proteção Atribuído maior ou igual ao Fator de
Proteção Requerido (FPA > ou = FPR).
4.23. FILTRO
Parte do Respirador destinada à purificação do ar inalado. Pode ser para particulados (mecânico
ou eletrostático) ou para gases e vapores (químico: vapores orgânicos, gases ácidos ou
polivalentes). Os filtros combinados são compostos de material filtrante para particulados e gases
e vapores.
4.27. FUMAÇA
Mistura de gases, vapores e aerodispersóides, proveniente da combustão de materiais.
4.28. FUMOS
Aerodispersóides, gerados termicamente, constituídos por partículas sólidas formadas por
condensação de vapores metálicos ou por reação química. Partículas transportadas por via aérea,
geralmente menos do que um micrômetro no tamanho e algumas vezes visíveis como uma nuvem
ou um fumo, devido aos sólidos atomizados e condensados (por exemplo: emanações de soldas).
4.29. GASES
Substâncias que em CNTP estão no estado gasoso. São fluidos amorfos que ocupam o espaço
em que está contido e que podem mudar de estado físico unicamente por uma combinação de
pressão e temperatura. Ex.: hidrogênio, etileno, nitrogênio.
4.30. HIGIENIZAR
Limpar e desinfetar um respirador de acordo com as instruções do fabricante.
4.40. NÉVOAS
Aerodispersóide, constituído por partículas líquidas formadas pela ruptura mecânica de um líquido.
4.41. NIOSH
National Institute for Occupational Safety and Health.
4.43. PCMSO
4.44. POEIRAS
Aerodispersóide, constituído por partículas sólidas formadas por ruptura mecânica de um sólido.
4.45. PPRA
Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais.
São gases ou vapores que não são absorvidos por carvão ativado no cartucho. (ex. N2, CH4,
C2H6, Ar, He).
Respirador independente da atmosfera ambiente, que fornece ar respirável à peça facial somente
quando a pressão dentro desta fica negativa pela inalação.
Respirador no qual o ar respirável é admitido à peça facial quando a pressão positiva dentro da
mesma é reduzida devido à inalação.
Ensaio realizado pelo usuário com a finalidade de verificar se o respirador está adaptado
corretamente no rosto.
4.56. V.O.
Vapores Orgânicos.
5. DOCUMENTOS
6. DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA
6.1. RESPONSABILIDADES
Esse tópico detalha os papéis e respectivas responsabilidades dentro do Programa de Proteção
Respiratória – PPR.
FUNÇÃO RESPONSABILIDADE
• Assegurar que as gerências conheçam e cumpram o programa de
proteção respiratória (PPR);
GERENTE DE TERMINAL
• Assegurar o cumprimento do PPR, provendo recursos financeiros e
humanos.
• Garantir o desenvolvimento e cumprimento de planos de ação do
PPR;
• Assegurar o cumprimento dos requisitos legais para preservação da
GERENTE DE OPERAÇÕES
saúde do trabalhador;
• Permitir ao trabalhador que usa o protetor respiratório deixar a área
de risco por qualquer motivo relacionado ao seu uso.
GERENTE EXECUTIVO DE
• Aprovar o padrão de Programa de Proteção Respiratória.
SSMAQ
• Assegurar que o programa de proteção respiratória seja
integralmente cumprido e que esteja devidamente documentado;
• Designar e substituir o Coordenador do PPR, se necessário;
• Garantir que o PPRA contemple os requisitos do programa de
proteção respiratória;
• Investigar as causas referentes a proteção respiratória reportadas
pelo serviço de saúde;
• Identificar responsável por assegurar que os requisitos deste
GERENTE DE SSMA DOS
programa sejam implantados e mantidos;
TERMINAIS
• Acompanhar todos os casos relacionados com perda auditiva
ocupacional durante as auditorias e propor ações;
• Cumprir as determinações previstas nas legislações locais e nos
acordos coletivos de trabalho no âmbito da higiene ocupacional.
• Garantir a divulgação dos resultados de monitoramento para todos
os colaboradores;
• Verificar a eficácia do programa através de auditorias;
• Realizar análise crítica anual do PPR.
COORDENADOR • Elaborar e revisar o padrão Corporativo do PPR;
CORPORATIVO DE SAÚDE, • Garantir a atualização do padrão do PPR à luz das Normas e
HIGIENE E SEGURANÇA Resoluções governamentais.
FUNÇÃO RESPONSABILIDADE
• Coordenar, implantar, supervisionar e auditar o PPR;
• Apoiar quanto ao o cumprimento das determinações previstas nas
legislações locais e nos acordos coletivos de trabalho no âmbito da
higiene ocupacional;
• Assegurar a atualização dos procedimentos técnicos e informações
referentes ao Programa;
• Definir o Técnico de Segurança que irá apoiá-lo na gestão do PPR;
• Manter um banco de dados de exposições e arquivo do PPR por 20
anos;
• Garantir que o PPRA contemple os requisitos do PCA;
• Avaliar e aprovar os equipamentos de proteção respiratória, com
base nos critérios pré-estabelecidos neste PPR, em alinhamento
com a área médica;
• Fornecer o respirador conveniente e apropriado, quando
necessário, para proteger a saúde do trabalhador e prover a
substituição de filtros/ cartuchos, bem como do próprio respirador
sempre que necessário;
• Elaborar procedimentos operacionais escritos para o uso adequado
dos respiradores (pode ser através das análises de riscos como
AST – Análise de Segurança do Trabalho, PTS – Permissão de
Trabalho Seguro, ou outra ferramenta preventiva);
• Fornecer informações técnicas referentes às atividades dos
trabalhadores para o médico coordenador do PCMSO, para que
este possa elaborar diagnóstico adequado sobre a aptidão do
COORDENADOR DE SSMA trabalhador para utilização do EPR necessário para a atividade a
(COORDENADOR DO PPR) ser realizada;
• Representar a empresa junto aos Órgãos Públicos e
representações dos trabalhadores;
• Realizar e/ou contratar serviços de avaliação de ensaio de vedação
(qualitativo ou quantitativo) para os usuários de respiradores;
• Informar a Gerência de SMA a relação dos empregados que estão
aptos a usar proteção respiratória;
• Elaborar relatórios técnicos sobre proteção respiratória;
• Garantir a capacitação das pessoas conforme item 6.15 deste
programa, atendendo a tabela 03 deste programa;
• Interagir com a área médica para subsidiar informações para o
PCMSO;
• Enviar a lista para a área médica com os usuários de proteção
respiratória utilizando a ULC/ISO 0441, para que, a mesma, faça os
devidos controles.
• Desenvolver, implantar, manter e auditar procedimentos para a
seleção, compra e distribuição de protetores respiratórios;
• Divulgar o Programa nos diversos canais existentes na empresa;
• Assegurar a realização da auditoria dos equipamentos de proteção
respiratória utilizando o formulário ULC/ISO 0486;
• Garantir a realização das auditorias, conforme tabela 04, utilizando
a ULC/ISO 0439. O Resultado deverá ser incluído na análise crítica
do PPRA;
• Participar da análise crítica periódica do PPR para verificar sua
eficácia, juntamente com a alta administração e propor ações.
Data Versão Página
FUNÇÃO RESPONSABILIDADE
• Especificar o equipamento de proteção respiratória apropriada ao
risco;
• Interagir com a área médica para subsidiar informações para o
PCMSO;
• Treinar e conscientizar os empregados e sobre os riscos
associados à proteção respiratória;
• Apoiar o coordenador do PPR na capacitação das pessoas
conforme item 6.15 deste programa;
• Auditar o uso dos respiradores;
• Manter registros de treinamento de acordo com a periodicidade da
empresa;
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO • Monitorar área e pessoas de acordo com plano de monitoramento
TRABALHO anual;
• Investigar a causa do mau funcionamento do respirador e tomar
providências para saná-la. Se o defeito for de fabricação, comunicar
ao fabricante e a SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho);
• Analisar e investigar os resultados dos ensaios de vedação;
• Dar suporte Técnico ao Coordenador do PPR;
• Divulgar os resultados aos empregados e contratados, conforme
previsto na NR 09;
• Manter equipamentos calibrados e registros de
manutenção/calibração anual;
• Acompanhar ações corretivas decorrentes de resultados de
monitoramento acima do nível de ação.
• Comprar, manter em estoque e distribuir os protetores respiratórios
SUPRIMENTOS individuais homologados pela área de Segurança e Higiene
Corporativa.
• Realizar os exames necessários para os usuários de respiradores,
de acordo com o P.C.M.S.O e conforme capítulo 6 e anexo 08 do
PPR – Recomendações, seleção e uso de respiradores -
FUNDACENTRO – 2016;
• Definir e divulgar calendário anual para realização dos exames
necessários para os trabalhadores usuários de EPR;
• Informar ao gestor do PPR os funcionários aptos, aptos com
MÉDICO DO TRABALHO
restrição e inaptos para o uso de proteção respiratória;
• Comunicar e tratar com o líder do funcionário e qualquer alteração
que impeça ou restrinja o uso de proteção respiratória;
• Auxiliar ou assessorar o Coordenador do PPR nas auditorias do
Programa;
• Apoiar na conscientização dos empregados potencialmente
expostos sobre o uso do protetor respiratório.
FUNÇÃO RESPONSABILIDADE
• Motivar a equipe a aplicar as diretrizes do PPR nas áreas
operacionais;
• Interagir com a Higiene Ocupacional, Saúde Ocupacional e
Segurança, no treinamento de trabalhadores potencialmente
COORDENADORES DE
expostos;
OPERAÇÃO E DE
• Auditar o uso correto de protetores respiratórios indicados para as
MANUTENÇÃO
atividades/áreas, em conjunto com a Higiene Ocupacional e
Segurança;
• Facilitar o processo de treinamento e realização dos ensaios de
vedação.
• Assegurar que as empresas contratadas que estão sob sua gestão
GESTORES DE
elaborem e revisem o seu PPR, conforme legislação e PPR da
CONTRATO
Ultracargo.
• Seguir as diretrizes do PPR da empresa contratante na elaboração
EMPRESAS do seu Programa;
CONTRATADAS • Fornecer protetores respiratórios aprovados pela empresa
contratante.
• Programar treinamentos conforme Matriz de Treinamentos de
SSMA;
• Controlar a validade dos treinamentos, conforme Matriz de
RECURSOS HUMANOS
Treinamentos de SSMA;
• Manter registros de treinamento de acordo com a periodicidade
estabelecida pela Ultracargo.
FUNÇÃO RESPONSABILIDADE
• Conhecer o programa de proteção respiratória da Ultracargo;
• Participar dos treinamentos sobre PPR, quando requisitado;
• Colaborar com a sua execução do PPR e seguir as orientações
recebidas nos treinamentos, visando minimizar os riscos de
exposição aos agentes químicos;
• Relatar todas as situações de risco à saúde, verificadas na sua área
de trabalho, durante a execução de sua atividade;
• Participar das revisões e propor sugestões para melhoria do
programa de proteção respiratória em sua área de atuação;
• Propor revisão nos procedimentos de execução dos serviços, com
vistas a aperfeiçoar as condições de segurança e saúde;
• Usar a proteção respiratória onde for requerida;
• Somente utilizar os EPR aprovados no seu Ensaio de Vedação, que
deve estar dentro do período de validade, conforme instruções e
treinamentos recebidos;
• Assegurar o uso, conservação, manutenção e higienização dos
EMPREGADOS E equipamentos de proteção respiratória, conforme a NR-06;
CONTRATADOS • Assinar a ficha de EPI quando receber o protetor respiratório;
(FORÇA DE TRABALHO) • Informar à liderança qualquer alteração no seu estado de saúde
que possa interferir na sua capacidade de usar o respirador de
modo seguro;
• Adotar todos os cuidados referentes à garantia da eficiência da
vedação e garantia da eficiência do EPR descritos nas premissas
dessa norma de procedimento;
• Sair da área de risco e comunicar ao superior imediato se houver
qualquer falha relacionada à proteção respiratória, tais como: ar
contaminado dentro do respirador; falha de funcionamento;
aumento da resistência à respiração; grande desconforto devido ao
uso; mal estar (náusea, tosse, espirro, dificuldade para respirar,
tontura, etc.); necessidade de lavar o rosto, trocar o filtro ou
descansar em área não contaminada;
• Cumprir determinação de não uso de barba/pêlos faciais nos locais
de vedação dos respiradores, para os trabalhadores inclusos neste
programa;
• Auxiliar na orientação dos colegas, inclusive das empresas
contratadas, no uso correto do protetor respiratório.
• Uma vez determinado o FPR, a seleção é feita escolhendo um respirador que possua fator de
Proteção Atribuído (FPA) maior do que este valor (Vide tabela 01), para conhecer o FPA de cada
respirador.
Cada classe de respirador possui um FPA, assegurando que, o mesmo, reduzirá a exposição do
funcionário a níveis abaixo do Limite de Exposição. O FPA representa o nível de proteção que se espera
alcançar no ambiente de trabalho, quando um trabalhador treinado usa um respirador em bom estado e
ajustado de modo correto. O FPA tipicamente é multiplicado pelo limite de tolerância para dar a
Concentração Máxima de Uso (CMU), isto é, FPA x TLV = CMU. Na prática, se a concentração do
contaminante exceder a CMU deve-se selecionar um respirador com um nível de proteção maior (FPA).
A American National Standard Practice for Respiratory Protection, Z 88.2-1991, estabelece os valores de
FPA.
Para Consultar o FPA deve-se consultar o quadro I, conforme descrito a seguir:
b) A máscara autônoma de demanda não deve ser usada para situações de emergência, como de incêndios.
c) Os Fatores de Proteção apresentados são de respiradores com filtros P3 ou sorbentes (cartuchos químicos
pequenos ou grandes). Com filtros classe P2, deve-se usar Fator de Proteção Atribuído 100, devido às limitações
do filtro.
d) Embora os respiradores de pressão positiva sejam considerados os que proporcionam maior nível de proteção,
alguns estudos que simulam as condições de trabalho concluíram que nem todos os usuários alcançaram o
Fator de Proteção 10.000. Com base nesses dados, embora limitados, não se pode adotar um Fator de Proteção
atribuído de 10.000 para esse tipo de respirador. Para planejamento de situações de emergência, onde as
concentrações dos contaminantes possam ser estimadas, deve-se usar um Fator de Proteção Atribuído não
maior que 10.000.
b) Baseado no quadro I, selecionar um tipo de respirador que possua Fator de Proteção Atribuído
maior que o Fator de Proteção Requerido, se o contaminante é um gás ou vapor. Contudo, a
concentração do contaminante no ambiente deve ser menor que a concentração máxima
permitida para o filtro químico usado;
d) Se o contaminante for à base de tinta, esmalte ou verniz, deve-se usar um respirador com filtro
combinado: filtro químico para vapores orgânicos e filtro mecânico classe P1;
e) Se o contaminante for um agrotóxico, deve-se usar um respirador com filtro combinado: filtro
químico para vapores orgânicos e filtro mecânico classe P2;
f) Se o contaminante for um aerossol mecanicamente gerado (poeiras e névoas), deve-se usar
um respirador com filtro mecânico classe P1;
Exemplos:
1. Visores de policarbonato podem tornar-se opaco após contato com óxido do etileno,
estireno;
6.4.4. COMUNICAÇÃO
6.4.5. VISÃO
Quando o usuário necessitar usar lentes corretivas, óculos de segurança, protetor facial, óculos
de soldador ou outros tipos de proteção ocular ou facial, eles não deverão prejudicar a vedação
do respirador. Quando a peça facial for inteira ou do tipo que exija selagem perfeita, deverão ser
usados óculos sem tiras ou hastes que passem na área de vedação do respirador, seja de
pressão positiva ou negativa. Somente é permitido o uso de lentes de contato quando o usuário
do respirador está perfeitamente acostumado ao uso deste tipo de lente e não executar
atividades em áreas operacionais. Com as lentes de contato colocadas, o trabalhador deve
ensaiar o uso do respirador.
Não devem ser usados gorros ou bonés com abas que interfiram com a vedação da peça facial
no rosto. Os tirantes dos respiradores não devem passar sobre partes duras dos capacetes.
6.4.9. AJUSTE
Só através do teste de vedação, poderá ser definido o tamanho do respirador que o usuário
deverá utilizar.
Os respiradores deverão ser limpos logo após o uso ou descartado, se for o caso.
A limitação do tempo de uso do respirador deve considerar condições ambientais, pois além da
temperatura influenciar no desempenho de um respirador, o calor provoca o "stress" térmico que
é agravado pelo uso desses EPI.
Após seleção do respirador, o próximo passo é a seleção dos filtros, que devem ser adequados aos
riscos no ambiente de trabalho. O Guia do PPR – Fundacentro 2016, apresenta o quadro com
indicação de filtros para alguns agentes de risco assim como a máxima concentração de uso. Vide
quadro 02 deste documento.
Foram determinados dois grupos de usuários de Respiradores para a Ultracargo de acordo com o
risco respiratório:
1) Colaborador com atividades na área técnica - operacional: São necessários respiradores tipo
Facial inteira, devido ao potencial de contaminação dos produtos armazenados/manipulados nos
terminais, com filtros para gases ácidos e vapores orgânicos ou com filtros combinados (químico
classe 2 e para partículas classe P2).
2) Colaboradores com atividades na área administrativa próximo a área operacional: Utilizam
apenas o respirador de fuga Bocal com presilha nasal.
*Respirador
MiniScape MSA
– FUGA. Respirador composto de bocal confeccionado FPA - não é
aplicável para
em borracha, clipes de nariz conectado ao corpo Integrantes
respiradores Validade
do respirador através de tira plástica flexível, de fuga. que
Validade do do
Apenas para desenvolvem
que tem por finalidade exercer pressão de 13182 09/11/2021 Fabricante – Fabricante
Fuga atividades
NOTA: Tempo até 4 anos. – Até 4
fechamento nas narinas, cartucho químico, e administrativas
aproximado anos.
invólucro plástico na cor verde para fixação do .
para fuga: 5
respirador ao cinto do usuário. min.
Fabricante:
MSA DO BRASIL
** O Terminal de ITAQUI não faz uso da máscara de fuga, devido ao tipo de produtos armazenados.
Tabela 01.1: Respiradores Utilizados pela Ultracargo: TERMINAIS DE SANTOS E RIO DE JANEIRO
Tabela 01.1: Respiradores Utilizados pela Ultracargo: TERMINAIS DE SANTOS E RIO DE JANEIRO
Tabela 01.1: Respiradores Utilizados pela Ultracargo: TERMINAIS DE SANTOS E RIO DE JANEIRO
Tabela 02: Identificação dos principais agentes de riscos (gases, vapores, fumos e aerodispersóides) da Ultracargo
Tipo de Filtro
Agente de Risco Estado Físico LT (MPT-Referência)
(Guia 3M)
Acetona Líquido 250ppm ACGIH/2019 VO
VO
OBS: Difícil percepção, OSHA
Acrilonitrila Líquido 0,2 ppm – ACGIH/2019
requer troca de cartucho após
cada uso.
Ácido Sulfúrico Líquido 0,2mg/m3 – ACGIH/2019 F(P1)
VO
OBS: Difícil percepção. Cartuchos
VTR=1ppm – NR-15
Benzeno Líquido devem ser
0,5 ppm – ACGIH/2019
substituídos no início de cada
turno.
VO
1,3 Butadieno Gasoso 2 ppm – ACGIH/2019 OBS: Substituir cartuchos após
cada uso
EDC - Dicloroetano Líquido 100 ppm – ACGIH/2019 VO
78 ppm – NR-15
Tolueno Líquido VO
20 ppm – ACGIH/2019
117 ppm – NR-15
Xileno Líquido VO
100 ppm – ACGIH/2019
Fontes: - PPRA e Caracterização dos agentes de risco presentes no ambiente de trabalho – Ultracargo/2019 e
Guia de seleção de respiradores 3M – Versão julho/17.
Legenda: GA – Gases Ácidos; F (P1) – Filtro para particulado tipo P1; VO – Vapores Orgânicos.
Obs.: Outros produtos químicos não citados na tabela 03, devem ser pesquisados no Guia da 3M – Versão
Julho/2017.
No caso do respirador bocal com presilhas nasais, a etiqueta está relacionada com a data de
fabricação e a validade dos filtros no próprio respirador.
Identificar validade dos filtros através de etiquetas e/ou marcações à caneta a data de vencimento
dos elementos filtrantes. Vide Figura 02 com modelo de Etiqueta.
NOME: __________________________
MATRÍCULA: ____________________
DATA DE TROCA: _____ / ____ / ____
PRÓXIMA TROCA: _____ / ____ / ____
O tempo de uso do respirador específico para fuga é de até 05 minutos, dependendo das condições
ambientais no momento da fuga (tipo e concentração do contaminante, umidade e temperatura do ar,
direção do vento, rota de fuga, e outros).
a) Máscara autônoma com peça facial inteira, de demanda com pressão positiva;
b) Respirador de linha de ar comprimido com peça facial inteira, de demanda com pressão
positiva, com cilindro auxiliar para fuga.
TIPOS DE
DEVEM OBRIGATORIAMENTE
RESPIRADORES
• Receber treinamento básico inicial sobre uso de máscara de fuga;
• Portar a máscara de fuga onde é requerido;
• Estar treinado e apto a usar a máscara de fuga quando necessário;
• Manter a guarda e conservação do equipamento de proteção respiratória;
• Máscara de Fuga • Os usuários de máscara de fuga, tipo bocal, podem usar pelos faciais (barba,
bigode, costeletas) devem que não interfiram na integridade de respirador;
• Atentar para a validade da máscara de fuga e realizar a sua troca dentro do
prazo;
• Após o uso em emergência, o respirador deverá ser descartado e substituído.
Cada usuário de equipamento de proteção respiratória – EPR deve realizar no mínimo o ensaio
de vedação para o tipo de respirador recomendado para a atividade com maior potencial de
exposição de sua função, podendo haver diferença entre usuários de uma mesma função com
atividades diferentes.
Obs.: O respirador tipo facial inteira quando submetido a avaliação qualitativa reduz o fator de proteção
atribuído de 100 para 10. (Fonte: PPR- Fundacentro/2016)
6.9.1.3.4. Não será conduzido ensaio de vedação se houver quaisquer interferências com a selagem da
peça facial ou funcionamento da válvula (por exemplo: presença de barba, franjas de cabelo,
costeletas e hastes de óculos).
6.9.1.3.5. O ensaio de vedação deve ser realizado com a pessoa equipada com todos os EPI’s que deve
usar para a realização do seu trabalho e que possam interferir na vedação: clip com lente de
grau, proteção facial, máscara de soldador, etc. O respirador deve ser ensaiado com o filtro
que será usado.
6.9.1.3.6. O método de ensaio quantitativo é uma medida da eficiência da vedação alcançada pelo uso
de um respirador, ao impedir a penetração da atmosfera ambiente pela zona de contato facial
com o rosto e somente é aplicável para os purificadores de ar não-motorizados. Ao utilizar o
ensaio de vedação quantitativo, o fator de vedação requerido deve ser estabelecido para cada
tipo de respirador. O valor do fator de vedação para os respiradores de pressão negativa, com
peça semifacial, quarto-facil ou semi-facial filtrante, que se pretende fornecer ao usuário deve
ser de no mínimo 100 e para os de peça facial inteira 1000.
6.9.1.3.7. O ensaio de vedação deve ser conduzido anualmente, seguindo o Procedimento de Ensaio de
Vedação, devendo ser repetido quando ocorrer alterações que possam afetar a sua
integridade, tais como:
a) Alteração no peso de 10% ou mais,
b) Cicatrizes significantes na área facial de vedação,
c) Mudanças significantes na arcada dentária, uso de dentaduras, prótese, cirurgia plástica ou
reconstrutiva ou qualquer outra condição que interfira na vedação.
Nome da pessoa;
Data do ensaio;
Nome da pessoa que conduziu o ensaio;
Resultado do ensaio;
Observações sobre uso de prótese dentária, presença de cicatrizes ou verrugas, etc.;
Respiradores selecionados (fabricante, modelo, tamanho, número do CA);
Substância usada no ensaio de vedação ou Tipo de equipamento utilizado para o Fit Teste
quantitativo.
b) Utilizar o formulário de Registro de Ensaio de Vedação e Treinamento (ULC ISO 0443).
c) Utilizar o selo do PPR conforme definido no item 6.9.1.3.11.
d) Deverão ser emitidas duas cópias do registro de ensaio de vedação, sendo uma via entregue ao
usuário e uma via para a área médica, para ser arquivada no prontuário do integrante no mínimo por
20 (vinte) anos e para os terminais que armazenam Benzeno (Aratu e Santos), os registros deverão
ser arquivados por 40 anos.
e) Para a área de treinamentos poderá ser enviada cópia assinada digitalizada das listas de presença.
a) Fornecer à pessoa um respirador do tipo que não exija vedação feita na face (capacete ou
capuz), mas que possua Fator de Proteção atribuído apropriado para o risco previsto;
b) Transferir a pessoa para outra atividade que não exija o uso de respirador.
Quadro 03 – Qualidade do ar respirável (de acordo com a norma ABNT NBR 12543)
ESPECIFICAÇÃO COM VALORES MÁXIMOS
NOTA :
Consultar o Anexo I deste documento referente à: Decisão lógica para uso do Ar Respirável.
EQUIPAMENTO CONTROLE
• Apenas compressores especificamente designados para fornecer ar respirável
devem ser adotados. Compressores lubrificados a óleo não são recomendados
devido ao potencial de gerar CO.
• Se um sistema lubrificado a óleo for adotado, haverá necessidade de detector de
CO (monóxido de carbono) ou alarme de temperatura. A instrumentação deverá
COMPRESSORES
incluir alarmes para avisar falhas no compressor.
LUBRIFICADOS A
ÓLEO • O projeto e localização do compressor devem evitar entrada de ar contaminado.
• As mangueiras utilizadas não devem possuir capas, impedindo a inspeção
visual.
• Os acoplamentos das linhas de ar respirável deverão ser incompatíveis com as
saídas de outros sistemas de gás, inclusive ar dos instrumentos.
• Todos os sistemas devem possuir alarme de baixa pressão.
• Todas as linhas de ar não podem ser de aço carbono.
• Deve ter capacidade de reserva adequada (pulmão) no receptor para permitir
COMPRESSORES que o usuário da máscara escape com segurança.
LUBRIFICADOS A • Frequência dos testes de qualidade: É efetuada a verificação mensalmente da
ÓLEO
qualidade do ar respirável, nos seguintes parâmetros: CO, CO2, Água, Óleo e
Odor, conforme Procedimento Teste de Qualidade de Ar respirável.
• Não se permite usar ar respiratório originado de ar sintético (ar reconstituído),
sem uso de MOC e aprovação do Gerente de Operações.
• A capacidade do cilindro de ar respirável para emergências deve ser suficiente
para o tempo requerido de escape.
• Todos os equipamentos de ar mandado devem estar com alarme de baixa
pressão.
• Freqüência do teste:
→ Teste Hidrostático:
✓ Cilindros de composite: a cada três ou cinco anos, conforme informação
CILINDRO DE AR
do fabricante.
✓ Cilindros de aço a cada cinco anos para, de acordo com a NR-13.
→ Teste de pressão: mensal
✓ Teste de garantia de qualidade do ar respirável: receber o certificado de
qualidade assegurada do fornecedor e efetuar a verificação inicial em 10
% do lote de todos os cilindros.
• Análises: CO, CO2, Água, Óleo e Odor.
c) Antes de adentrar numa área onde seja necessário o uso do respirador, o usuário deve fazer
o teste de selagem (verificação de pressão negativa e positiva).
d) Cartuchos purificadores de ar devem ser datados quando instalados no respirador e
substituídos conforme freqüência especificada.
g) Purificadores de ar:
→ Podem ser usados para contaminantes com propriedades de alerta pobres se somente
forem conhecidas as concentrações do contaminante no ambiente do ar e o meio filtrante
for eficaz na remoção do contaminante.
→ Respirador peça facial inteira deve ser usada se o contaminante irritar os olhos a uma
dada concentração.
h) Respiradores de adução de ar:
→ Quando usar sistemas de linhas de ar comprimido, o usuário deve ter o tubo da máscara
preso à cintura. Isto impede a retirada da máscara da face do usuário.
→ Respiradores aprovados ou aceitos por autoridades competentes devem ser usados
quando disponíveis com Certificado de Aprovação.
i) Respirador de uso individual: respirador usado por uma só pessoa deve ser limpo e
higienizado freqüentemente pelo próprio usuário. O empregado tem também, o dever de
inspecionar o seu EPR de modo a garantir o seu bom funcionamento.
j) Respirador de uso coletivo: A higienização do EPR é de responsabilidade da área de SMA.
Os mesmos devem ser limpos e higienizados após cada uso, onde todas as peças devem
ser separadas e higienizadas. Após a higienização, os EPC’s deverão ser armazenados em
embalagem plástica, lacrado e identificados.
Todos os Terminais devem manter uma lista de usuários de EPR (equipamento de proteção
respiratória) atualizada utilizando a ULC ISO 0441, que deve conter o nome dos usuários e a
avaliação final do ensaio de vedação, após o ensaio, a lista deve ser enviada ao Serviço de
Saúde, onde deve estar registrada a Restrição ou Aprovação do usuário para uso do EPR e a
mesma deve ser comunicada a Gerência de SSMA e Gerencia de Operações.
✓ Secar as partes retiradas do respirador. Se necessário remover com um pano que não solte
fiapos, qualquer material estranho depositado sobre as membranas e sede das válvulas;
✓ Recolocar os filtros;
6.12.1.1. INSPEÇÃO
Com a finalidade de verificar se o respirador está em boas condições, o usuário deve inspecioná-lo
imediatamente antes de cada uso. Após cada processo de limpeza e higienização, o respirador deve ser
inspecionado para verificar se está em condições apropriadas de uso, se necessita de substituição de
partes, reparos, ou se deve ser descartado.
Existem alguns pontos de inspeção relacionados a seguir e que devem ser verificados rotineiramente
antes de usar o respirador em área que pode, potencialmente, estar contaminada.
A.1.) Inspeção
Quando algum componente apresentar evidências de mau funcionamento ou defeito, o mesmo deverá
ser substituído imediatamente.
• Observar se o corpo da peça facial apresenta trincas, rasgos ou sujeira. Verificar se a aba de
vedação está deformada ou com sinais de deterioração. O material deve estar flexível e não rígido;
• Procurar na válvula de inalação e exalação sinais de deformação, trincas e rasgos. Verificar se a
sede da válvula está limpa e sem defeitos;
• Procurar em todas as partes flexíveis (plástico, borracha etc.) sinais de fadiga ou trincas;
• Retirar o diafragma de voz e para isso soltar a presilha que prende o conjunto na peça facial.
Examinar e limpar;
• Verificar o estado do visor, procurando trincas e rachaduras, bem como na junta de vedação. Se
necessário, solte a lente retirando a moldura de fixação na peça facial;
• Pode haver diferenças entre as peças faciais de diferentes fabricantes. Convém seguir sempre as
instruções do fabricante.
• Limpar a peça facial (sem filtros e cartuchos) imergindo-a em água contendo sabão neutro. Usar
escova macia ou esponja para remover a sujeira. Enxaguar em água limpa. Se a peça for de silicone
não usar agentes de limpeza contendo lanolina ou outros óleos;
• Montar cuidadosamente cada componente, menos o filtro;
A.3.) Observações
• Não usar balde metálico;
A.4.) Manutenção
Somente pessoa treinada na montagem e inspeção do respirador deve fazer a substituição das peças e
realizar os reparos. Usar somente peças originais.
B.1.) Inspeção
Existem alguns pontos de inspeção relacionados a seguir e que devem ser verificados rotineiramente
antes de usar o respirador em área que pode, potencialmente, estar contaminada. No quadro 08 estão
relacionados pontos a serem inspecionados periodicamente, visando a efetiva proteção dos
respiradores/filtros no caso de uma fuga necessária.
Sob nenhuma circunstância um respirador que apresente falhas durante a inspeção deverá ser levado
em área contaminada para proporcionar proteção respiratória. O mesmo, deve ser reparado ou
substituído.
Antes de
Antes Após o Cada 6 Cada Cada 2 Cada 6
Atividade ou operação a ser feita liberar o
de usar uso meses ano anos anos
uso
Limpeza X X(1)
Antes
Antes Cada
Atividade ou operação a de Após o Cada 6 Cada Cada 2
Componente de 6
ser feita liberar o uso meses ano anos
usar anos
uso
Limpeza X X
Higienização (somente no
caso da peça facial sem X(1)
válvula de inalação)
Válvula de
demanda
Verificação do diafragma X(4) X(2) X
Verificar rosca
X
(com padrão)
Conexões do
redutor de Substituir O-ring de alta
X
pressão pressão
Revisão geral X
Atividade ou Antes de
Antes Após o Cada Cada 6 Cada 2 Cada 6
Componente operação a ser liberar o
de usar uso semana meses anos anos
feita uso
Limpeza X X
Capuz
Higienização X X
Limpeza X
Teste de
funcionamento e X X X
EPR completo
vazamentos
Verificação pelo
usuário se está X
pronta para uso
Filtro de ar
Substituir o filtro Antes de saturar
comprimido
Quadro 08: Inspeção nos respiradores/filtros para Fuga: Semi facial e Bocal com Presilhas Nasais.
▪ Verificar se os tirantes estão intactos e com boa elasticidade; ▪ Observar a pinça nasal se está em bom
estado e se a mola oferece boa pressão.
▪ Procurar em todas as partes flexíveis (plástico, borracha etc.) ▪ Verificar a validade do filtro químico, de
sinais de fadiga ou trincas; acordo com o fabricante. O filtro químico
deve ser trocado após cada fuga.
6.13.2. Neste tipo de EPR, o ar ambiente contaminado é obrigado a passar pelo filtro que retém o
aerossol presente. É constituído por uma cobertura das vias respiratórias e um ou mais filtros
para aerossóis. A cobertura das vias respiratórias pode ser uma peça semifacial (figuras 04 e
05). Alguns modelos possuem válvula de inalação e/ou exalação, que direcionam o fluxo do ar
conforme a fase do ciclo respiratório. A válvula de exalação (Figura 4) deixa sair o ar expirado
pelo usuário para o meio ambiente. Durante a fase de inspiração, a válvula de exalação fica
fechada, obrigando o ar que será inspirado a passar pelo filtro. A válvula de inalação, fechada
durante a fase de expiração, impede que o ar saturado de umidade proveniente do ar expirado,
atinja o material filtrante.
6.13.3. Os EPR com filtros substituíveis são reutilizáveis. No entanto, antes de cada uso, a parte
externa do filtro deve ser inspecionada. Se o filtro estiver danificado ou sujo, deve ser trocado.
Os EPRs com peça semifacial e filtros substituíveis não motorizados (Figura 05) proporcionam o
mesmo nível de proteção do que as PFF, mas exigem cuidados de manutenção e higienização.
As PFF, além de apresentarem custo inicial muito baixo, dispensam esses cuidados.
6.13.4. Os modelos com válvula de exalação (Figura 04) são mais confortáveis do que aqueles sem
válvula, pois a maior parte do ar expirado, quente e úmido, sai pela válvula, não aquecendo e
umedecendo a camada filtrante. As PFF sem válvula de exalação retêm os contaminantes
presentes no ar ambiente e, também, no ar exalado pelo usuário.
Figura 4: Peça semifacial filtrante (PFF2) sem Válvula de exalação e com Válvula de exalação.
Figura 05: EPR purificador de ar com peça semifacial e filtros substituíveis de classes P2 ou P3 aos pares.
Figura 06: EPR purificador de ar com peça facial inteira e filtros substituíveis de classes P2 ou P3 aos pares.
6.13.6. Para proteção contra agentes biológicos na forma de aerossóis, geralmente são utilizadas as
PFF2 ou EPR com filtros P2 e, em casos especiais, as PFF3 ou EPR com filtros P3. As PFF1
não são recomendadas para uso contra agentes biológicos.
Existem PFF2 e PFF3 resistentes à projeção de fluidos corpóreos. A máscara conhecida como
N95 refere-se a uma classificação de filtro para aerossóis adotada nos EUA e equivale, no
Brasil, à PFF2 ou ao EPR do tipo peça semifacial com filtro P2.
I. Segurar o respirador com a pinça nasal próxima à ponta dos dedos deixando as alças
pendentes;
II. Encaixar o respirador sob o queixo;
III. Posicionar um tirante na nuca e o outro sobre a cabeça;
IV. Ajustar a pinça nasal no nariz;
V. Verificar a vedação pelo teste de pressão positiva.
6.13.8. Agentes biológicos não podem se mover através de filtros ou válvulas por eles mesmos, ou seja,
não têm mobilidade própria. Quando partículas são coletadas em um meio filtrante, estas ficam
fortemente presas ao filtro. O simples ato de respirar através da camada filtrante não parece ser
capaz de ocasionar o deslocamento das partículas capturadas neste filtro. Assim, os agentes
biológicos permanecerão presos no material do filtro onde foram capturados. O manuseio de
PFF2 contaminada ou usada pode transportar patógenos para seu lado interno. Daí, a
necessidade de lavar as mãos ao manusear a PFF2 e ao sair da área contaminada. Se houver o
risco de transmissão por contato, é mais apropriado o descarte da PFF2 imediatamente após o
uso.
Quadro 09: Alguns agentes biológicos dispersos na forma de aerossóis e os EPR recomendados para
Prevenção das patologias associadas.
• PFF2 ou PFF3
• EPR motorizados ou com linha de ar
Mycobanterium turberculosis Tuberculose
comprimido para procedimentos de alto
risco
• PFF3 ou EPR purificadores de ar com
peça semifacial e filtro classe P3
Hantavírus Hantavirose • EPR purificadores de ar motorizados com
filtros de classe P3 para procedimentos
de alto risco.
• PFF2 ou PFF3
• EPR motorizado com peça facial inteira e
Bacillus anthracis Antraz
filtro de classe P3 para procedimentos de
alto risco
• PFF2 para procedimentos de isolamento
de rotina
• EPR com fator de proteção mais elevado
Coronavírus SRAG/SARS
(EPR motorizado ou peça facial inteira
com filtro P2) para certos procedimentos
com grande geração de aerossóis)
• PFF2 ou PFF3
Vírus da influenza – cepa • EPR motorizados ou com linha de ar
Gripe Aviária
H5N1 comprimido para procedimentos de alto
risco
a) A PFF2 pode ser reutilizada pelo mesmo usuário enquanto permanecer em boas condições
de uso (com vedação aceitável e tirante elásticos íntegros) e não estiver suja ou
contaminada por fluidos corpóreos. O manuseio inadequado, entretanto, pode transportar
patógenos da superfície externa do filtro para a parte interna, reduzindo a vida útil da PFF.
b) Para patologias transmitidas também por contato, não é recomendado o reuso da PFF.
c) Para definir a frequência de troca da PFF2 deve-se considerar o tipo de patógeno, o tempo
de exposição e as características do ambiente (tamanho da área física, tipo de ventilação
etc.). A área médica deverá preparar procedimentos operacionais sobre guarda, reuso e
descarte.
d) As PFFs devem ser inspecionadas e guardadas pelo usuário, mas quando estiverem em
mau estado de conservação ou sujas ou contaminadas por fluidos corpóreos devem ser
descartadas. Os EPR reutilizáveis devem ser inspecionados visualmente e guardados pelo
próprio usuário. Estes EPR devem sofrer inspeção, limpeza, higienização e manutenção de
acordo com as instruções do fabricante. Os filtros substituíveis, quando reutilizados, devem
se recolocados na posição original, tomando-se o cuidado de não inverter as faces interna e
externa.
e) A PFF deve ser inspecionada antes de cada uso, devendo ser descartada se estiver
amassada, danificada ou visivelmente suja (como acontece ao se realizarem procedimentos
geradores de gotículas, nos quais pode haver projeção de fluidos corpóreos), mas não deve
ser limpa ou higienizada, pois é descartável. Os demais tipos de EPR devem ser
inspecionados, limpos, higienizados e esterilizados de acordo com as instruções de uso do
fabricante e conforme os procedimentos de desinfecção definidos pela área médica.
f) Atualmente, não existem métodos de esterilização aceitáveis para PFF ou filtros
substituíveis, pois este procedimento pode afetar o seu desempenho.
A Área de SSMA envia a lista com os usuários de proteção respiratória através do formulário
ULC/ISO 0441 para que a área médica faça os devidos controles, conforme descrito a seguir.
d) Os testes de função pulmonar devem ser realizados por técnicos treinados e equipamentos
que estejam em conformidade com as normas do II Congresso Brasileiro sobre Espirometria
(Ref Anexo 08 do PPR- Fundacentro,2016).
b) Espirometria;
c) Exame clínico com base no questionário médico (incluindo avaliações sobre deformidades
faciais, doenças pulmonares, cardiovasculares, neurológicas e psíquicas) e avaliação física.
Deve ser efetuada juntamente com exame periódico, conforme os requisitos legais (NR07-
PCMSO).
Cabe ao médico do respectivo site determinar se o empregado tem ou não condições médicas
de usar um respirador. Com a finalidade de auxiliar o médico na sua avaliação, o administrador
do programa deve informá-lo sobre os tipos de respiradores adotados na empresa, sobre os
riscos ambientais e sobre as atividades realizadas no trabalho, bem como a freqüência e a
duração das atividades que exigem o uso do respirador.
O médico deve determinar que fatores médicos são pertinentes, que testes serão efetuados e
avaliar se o empregado pode ou não usar um tipo particular de respirador. Como o uso de
qualquer tipo de respirador pode impor stress ao usuário, devem ser considerados os diversos
fatores que possam impedir o uso de respiradores. Estes fatores incluem ambas as limitações,
fisiológicas e psicológicas.
O médico fará a aprovação médica para cada funcionário seguindo a orientação da classificação
de uso do respirador e outras informações pertinentes fornecidas pela Gerência de SMA.
Estas informações incluem:
e) A documentação dos processos de aprovação médica deve ser mantida em arquivo pelos
Serviços de Saúde, conforme prazos regidos pela legislação brasileira.
6.15. TREINAMENTOS
O treinamento do Programa de Proteção Respiratória deve abranger todos os usuários de
proteção respiratória. Aplicado inicialmente na integração do novo empregado e reciclado
anualmente conforme requisito Legal.
Todos os treinamentos realizados deverão gerar registros: listas de presença, data, local, e
conteúdo abordado. O Coordenador do Programa é responsável pelo arquivo destes registros.
• PPR – Ultracargo;
Todos do • Utilização do respirador de fuga –
Programa de Inicial e
terminal, Como, quando, onde utilizar;
Proteção reciclagem
inclusive
Respiratória
usuários de
anual – • Análise crítica anual (Ações NÃO 20 min
(PPR Presencial ou realizadas e medidas de controle
máscara de
Ultracargo) on-line adotadas com programação para o
fuga.
próximo ano).
• Uso da proteção respiratória;
• Natureza e efeitos dos riscos
respiratórios;
• Tipos e limitações dos
respiradores;
• Critérios de seleção;
• Procedimento de uso;
• Ensaios de vedação;
Todos os
• Condições que afetam a selagem;
usuários de
respiradores; • Manutenção, inspeção,
supervisores; Inicial - higienização e guarda
FIT Test SIM
distribuidor do Presencial • Respostas às emergências –
Qualitativo (Aprovação
EPR (exceto Reciclagem a respirador de fuga; 60 min
ou no FIT
Quantitativo
para usuários cada ano - • Programa de Proteção TEST)
que utilizam Presencial Respiratória;
apenas
• Responsabilidades;
máscara de
fuga) • Limitações;
• Requisitos sobre pêlos faciais;
• Modo de pressão positiva x
negativa;
• Máscara e óculos;
• Requisito para ar respirável;
• Demonstração de habilidades;
• Procedimento de colocação e
retirada.
• O uso da máscara autônoma;
• Equipamentos de proteção
respiratória;
• Limitações;
Uso de • Requisitos sobre pêlos faciais; SIM
Usuários de
Conjunto
Conjunto
Inicial e • Modo de pressão positiva x (validação
com reciclagem negativa; do instrutor
autônomo ou 60 min
Máscara anual – durante
ar respirável • Máscara e óculos
Autônoma Presencial treinamento
do compressor • Requisito para ar respirável; de brigada)
(Air Pack)
• Procedimento de uso;
• Demonstração de habilidades;
• Procedimento de colocação e
retirada.
6.16. REGISTROS
Os Registros do Programa de Proteção Respiratória deverão ser mantidos conforme as diretrizes
de retenção da Ultracargo e dos requisitos da regulamentação local, o que for mais restritivo,
devendo estar sempre acessíveis e disponíveis aos integrantes ou seus representantes e aos
órgãos de fiscalização.
sendo:
• Documento-Base do PPR;
• Registros de treinamentos;
Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos e para os terminais
que armazenam benzeno, manter por 40 anos. A divulgação dos dados referentes ao PPR será
feita através de DDS, reuniões, quadros de avisos ou outros meios de divulgação.
Para monitorar e avaliar o PPR, são realizadas auditorias periódicas conforme tabela 04:
As auditorias visam validar a eficácia dos treinamentos realizados, além de checar os respiradores
utilizados pelos trabalhadores em cada site em relação ao uso correto, guarda validade dos filtros,
testes de pressão positiva e negativa, dentre outras. Os resultados são repassados para os funcionários
através de DDS, reuniões, etc.
6.19. ANÁLISE CRÍTICA/ AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA DO PPR
O objetivo final de um Programa de Proteção Respiratória é determinar à proteção adequada as
vias respiratórias do trabalhador (principal acesso do contaminante químico ao organismo),
quando outras medidas não são viáveis ou estão sem controle. Conhecer os níveis de exposição
e os agentes nos ambientes de trabalho é fundamental para fornecer a medida correta de
proteção. Portanto, é um trabalho dinâmico e constante. Sendo assim, o programa necessita de
uma avaliação sistemática e periódica envolvendo o Coordenador do PPR e a Alta Administração,
para examinar os progressos e verificar se todos os envolvidos estão cumprindo as suas
obrigações e se os controles estão efetivos.
A análise crítica do PPR deve considerar os resultados das auditorias, as medidas de controle e
estudos de melhoria e deverão ser realizadas anualmente quando da revisão anual do PPRA de
cada Terminal.
O Documento Base do PPR com avaliação e revisão em função das mudanças operacionais, dos
níveis de exposição, das melhorias introduzidas, será realizada a cada três anos, ou antes desse
prazo, por mudança na legislação ou necessidade técnica, isto é, alteração significativa no
processo, introdução de medidas de controle (engenharia ou na trajetória) que altere os agentes
químicos do processo.
No PPRA de cada terminal da Ultracargo, encontra-se o Cronograma de ações para sistematizar
e acompanhar o PPR de cada site, visando a salvaguardar e proteger a saúde respiratória dos
trabalhadores. Como já dito acima, as ações deste cronograma serão avaliadas criticamente,
assim como todo o PPR, durante a análise crítica dos respectivos PPRAs, onde novas medidas
de controle serão adotadas.
7. ANEXOS
7.1. ANEXO I – DECISÃO LÓGICA PARA USO DO AR RESPIRÁVEL
Ambiente Perigoso
Pó Perigoso Gás Perigoso Combinação Pó Perigoso Gás Perigoso Deficiência Pó Perigoso Gás Perigoso Deficiência
Pó+Gás de Oxigênio de Oxigênio
Perigoso