Manual de Marketing
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MARKETING
ANTRAM – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias
ANTRAM
Centro de Estudos Técnicos
Rua do Conselheiro Lopo Vaz, lote AB -Esc. A
1800-142 Lisboa
PORTUGAL
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ÍNDICE
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Pode definir-se o marketing como o conjunto dos meios de que dispõe uma
empresa para vender os seus produtos aos seus clientes de um modo rendível.
Mas poder-nos-ão dizer, se é só isso, não é nada de novo. Todas as
empresas, desde que existem, têm tido a preocupação de vender os seus
produtos aos seus clientes e não terão sido levadas a fazer marketing sem o
saber? Num certo sentido, é verdade: desde que os homens tiveram
necessidade, para viver, de vender o que produziam, o marketing sempre
existiu. Mas o que se modificou desde alguns decénios, sob a influência de
diversos factores económicos, tecnológicos e científicos, é o modo como as
empresas o praticam e a própria concepção que fazem dele.
Na maior parte das empresas até ao final do século XIX, as actividades que se
designam agora sob o nome de marketing, e que se designavam então por
“venda”, eram consideradas acessórias pois a grande questão, para elas, era
vender.
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O marketing, tal como o definimos, não estava certamente ausente das suas
preocupações, pois também era necessário escoar a produção sempre
crescente da empresa. Mas era avaliado como uma actividade acessória,
menor e pouco prestigiante.
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CLIENTES
EMPRESA
CONCORRENTES
(FUNÇÃO CONCORRENTES
ESSENCIAL
PRODUZIR)
FORNECEDORES
DE CAPITAL FORNECEDORES FORNECEDORES
DE BENS DE TRABALHO
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CONCORRENTES
O
FORNECEDORES MERCADO FORNECEDORES
DE CAPITAIS DE TRABALHO
EMPRESA
(FUNÇÃO
ESSENCIAL
VENDER)
FORNECEDORES
DE BENS
A estas funções iniciais veio juntar-se por vezes a publicidade, cujo papel era
apoiar o trabalho dos vendedores. Mas as empresas tomaram consciência a
pouco e pouco de que, para conservar e desenvolver os seus mercados, não
bastava procurar escoar uma mercadoria já produzida, a um preço fixo. Era
necessário, antes mesmo de a produzir e de a conceber, assegurar que a
mercadoria disporia de uma clientela.
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MARKETING 11 CP
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Temos assistido nos últimos anos a uma evolução das relações entre a
empresa de transportes e os seus clientes. As empresas de transporte que
querem ser concorrenciais sabem que TÊM que modificar a natureza das
relações com a clientela e a ferramenta por excelência para o conseguirem é o
MARKETING.
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Mas sejamos claros, escutar o mercado, ter como objectivo principal a satisfação
das necessidades do cliente não significa ser filantropo. A finalidade do marketing
de transporte está associado à noção de rentabilidade. O transportador deve
colocar a questão nestes termos: “Como satisfazer o cliente aumentando a
minha rentabilidade?”
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III - O DIAGNÓSTICO
FONTES SECUNDÁRIAS
*- As informações ditas secundárias, que foram criadas para outros fins que
não os da investigação de Marketing. Estas informações podem ser externas
ou internas à empresa. O custo de aquisição destas informações é pouco
elevado porque elas já existem. Por outro lado, elas nem sempre são
adaptadas totalmente às necessidades, porque foram criadas para outras
utilizações.
FONTES PRIMÁRIAS
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- o elemento tarifário
- a qualidade do serviço
É entre todas estas variáveis que a relação qualidade / preço encontrará o seu
equilíbrio.
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SEGMENTOS DE MERCADO
- AS OITO ESPECIALIDADES TÉCNICO-COMERCIAIS DA LOGÍSTICA -
Diz respeito aos produtos não alimentares distribuídos por superfícies comerciais
especializadas (vestuário, móveis, bricolage, artigos desportivos, etc) e compreende
um número importante de referências e uma disponibilidade elevada de produtos. Esta
logística implica relações com um número importante de fornecedores e, desde logo,
uma procura de optimização dos fluxos para reduzir os custos.
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Para além destes critérios objectivos haverá que ter em conta os critérios
subjectivos do cliente consubstanciadas nas suas motivações de natureza
psicológica.
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1. Económica
2. Social
3. Técnica
4. Política
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3. Técnico
- Material rolante (carroçaria, consumo, Salões nacionais e internacionais
fiabilidade) Imprensa especializada
- Material de manutenção Seminários
- Assistência informática Conversas com os construtores
- Técnicas de distribuição Visitas a colegas
4. Política
- Orientação dos transportes Imprensa profissional
- Política de coordenação Jornal oficial
- Financiamento Imprensa de informação geral
- Fiscalidade Prognósticos pessoais
- Escolha dos veículos Imprensa profissional ou de informação
- Preço do combustível geral
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- exploração
- comercial
- financeiro
- recursos humanos
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QUESTIONÁRIO
Os clientes
6. Qual o número actual dos meus clientes?
7. Qual o volume médio de negócios por cliente?
8. Qual o número de clientes novos ganhos no último ano?
9. Qual a percentagem de clientes novos / total de clientes?
10. Qual o volume médio de negócios dos clientes novos?
11. Consigo fazer a repartição dos meus clientes por:
Tipo de actividade?
Implantação geográfica?
Importância em volume de negócios?
12. Qual a percentagem do volume de negócios total da empresa realizado pelos 20% de
clientes mais importantes?
13. Quais são os três clientes que não posso absolutamente perder? Porquê?
14. Se vier a perder um deles, qual poderá ser a razão mais plausível?
15. Qual o tipo de clientes que não me importaria de perder? Porquê?
16. Que clientes perdi ao longo do último ano? Porquê?
Os comerciais
17. Como se repartiu o tempo do Director Geral da empresa pelas actividades
comercial, financeira, administrativa, social, exploração?
18. Um cliente consegue facilmente contactar com o responsável comercial da minha
empresa?
19. Qual a origem da entrada de novos clientes (prospecção, acção publicitária,
recomendação, etc.)?
20. Quem está mais particularmente encarregado de procurar novos clientes?
21. Quem está mais particularmente encarregado de manter os clientes actuais?
22. O modo de remuneração dos comerciais estimula-os a procurar novos clientes? Em
caso negativo, porquê?
23. Tenho previsto um plano de formação adequado aos meus comerciais?
24. Como está organizada a prospecção e por quem?
25. A minha prospecção visa procurar clientes novos ou vender outros serviços aos
clientes actuais?
26. Os homens de “contacto” da empresa trazem-me informações suficientes sobre o
mercado?
27. Qual é a idade média dos comerciais?
28. Qual o seu tipo de formação anterior?
29. Qual o seu tempo médio de permanência na empresa?
30. Qual foi, até agora, o melhor modo de recrutamento dos comerciais? Foi um método
fortuito ou explicável?
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A informação comercial
31. Quais são as minhas fontes actuais de informação?
32. Quais são as minhas necessidades de informação?
33. Utilizo as informações internas disponíveis na empresa? (Ex.: relatórios de visita
dos comerciais)
34. Utilizo informações externas? (Ex.: estudos de mercado encomendados ou feitos
pela empresa)
35. Conheço as motivações dos clientes por cada tipo de actividade?
36. De que forma tomei conhecimento dessas motivações:
- pela experiência?
- por intuição?
- por um estudo?
37. Qual a imagem de marca da empresa?
A acção comercial
38. Utilizo o conhecimento das motivações da clientela para definir com os meus
comerciais:
39. os seus argumentos de venda?
40. os vectores da publicidade?
41. os novos serviços da empresa?
42. Qual foi o objectivo das minhas acções publicitárias dos últimos anos (desenvolver
a notoriedade a longo prazo da empresa, aumentar rapidamente as vendas num
sector específico, lutar contra uma certa concorrência, etc.) e quem definiu o
objectivo publicitário?
43. Qual foi o vector publicitário utilizado nos últimos anos (o vector é a ideia força da
publicidade: rapidez, novidade, economia, etc.) e quem o definiu?
44. Utilizamos um conhecimento “científico” das motivações dos clientes para definir o
vectos publicitário?
45. Como caracterizar o alvo das minhas acções publicitárias anuais?
Os objectivos comerciais
46. Existem objectivos comerciais? Quais são os objectivos para o ano em curso?
47. São expressos em toneladas, volume de facturação, número de expedições, número
de clientes, número de visitas? São expressos globalmente ou por categoria de
serviços?
48. Os objectivos são realistas e conhecidos de todos aqueles que deverão contribuir
para o seu atingimento?
49. Quem definiu os objectivos? Os comerciais estiveram implicados na fixação dos
objectivos? Existe ou foi procurada a coerência entre os objectivos fixados e os
meios colocados à disposição para os atingir?
Acompanhamento da actividade
50. Existe um acompanhamento regular da actividade comercial (quinzenal, mensal,
etc.)?
51. Os resultados são regularmente comparados com os objectivos?
52. São investigadas as razões (positivas ou negativas) dos desvios?
53. Que decisões são tomadas face a esses desvios?
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IV - OS OBJECTIVOS
Fase 1
A Direcção Geral determina os vectores principais da sua política a médio prazo (3/5
anos) que se decompõe em sub-objectivos coerentes entre si para cada grande função /
departamento da empresa.
Desta forma, os objectivos comerciais da empresa são anunciados pela Direcção Geral
da empresa de uma forma quantitativa (volumes e margem) e qualitativa (imagem de
marca...) tendo em conta os recursos (financeiros, técnicos e humanos) necessários à
realização dos objectivos
Fase 2
Cada unidade comercial, apoiada nos resultados do ano em curso e nas previsões sobre
a evolução do mercado a curto prazo, fixa os objectivos a que se propõe e o orçamento
necessário.
Em termos de volume os objectivos de cada unidade são divididos em:
- Objectivos para produtos existentes (clientes novos e antigos)
- Objectivos para produtos novos (todos os clientes)
Estes objectivos são comunicados à Direcção Comercial
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Fase 3
A Direcção Comercial após ter recebido as diferentes propostas das suas unidades,
agrega-as numa formulação global e complementa-as com os objectivos próprios da
Direcção Comercial (publicidade, imagem, etc.) reelaborando o orçamento.
A partir destes novos dados, confrontados com os fornecidos pela Direcção Geral, a
Direcção Comercial efectua uma investigação de coerência e realismo que necessitará
certamente de várias iterações entre a Direcção Comercial e as unidades até se atingir
uma conformidade de pontos de vista.
Fase 4
Os objectivos da Direcção Comercial e da Direcção Geral são então confrontados:
- se existe acordo entre as duas Direcções sobre a orientação dos objectivos em termos
quantitativos e qualitativos, a política comercial assim definida é posta em prática e são
orçamentados os meios que permitirão o seu atingimento.
- se existe desacordo enceta-se novo processo iterativo que pode ter diversas
configurações:
a Direcção Geral reexamina os seus objectivos a partir da argumentação da Direcção
Comercial,
a Direcção Comercial, após consulta às unidades, rearranja os seus objectivos em
função da orientação da Direcção Geral,
a Direcção Geral e a Direcção Comercial adaptam os seus objectivos por forma a que as
suas orientações sejam o reflexo duma mesma política.
Fase 5
Determinação dos objectivos comerciais definitivos
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Nesta óptica, a empresa vai pois tentar não somente definir um produto cujas
características e particularidades sejam ajustadas aos desideratos das
necessidade actuais e expressas do segmento de mercado que decidimos
penetrar, mas também situar-se a montante, isto é, ao nível das necessidades
latentes e não expressas, apreendendo-as e ajudando o cliente a exprimi-las.
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Exemplo:
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Seria no mínimo espantoso se uma tal reunião não conduzisse a uma reflexão
colectiva sobre a definição própria da empresa: não mais prestadora de um
serviço de tracção, isto é, movimentadora de mercadorias do ponto A para o
ponto B, mas prestadora de simplicidade, de segurança, de rapidez, etc.
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Por exemplo:
- O aluguer de viaturas para os clientes distribuírem os seus produtos pode
transformar-se num serviço de distribuição-grupagem regional ou nacional
ao qual se poderão integrar novos elementos, tais como, armazenagem,
embalagem, etc..
- O serviço de mudanças pode, como vimos atrás, diversificar-se para atingir
segmentos de mercado em crescimento.
A DIRECÇÃO DE VENDAS
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A ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO
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B. A Promoção de Vendas
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C. As Relações Públicas
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Bater-se unicamente pelo preço, desvaloriza o sector dos transportes face aos
clientes, principalmente quando as diferenças de preços não são proporcionais
à qualidade do serviço prestado.
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Ainda sobre a questão do preço valerá recordar o que já atrás ficou dito sobre a
segmentação. Com efeito, diferentes segmentos atribuem diferente importância
ao factor preço consoante a natureza do produto a transportar e às
características que lhe estão associadas. O transportador terá então interesse
em adoptar uma estratégia de preço adequada a cada segmento da clientela,
ou então a escolher os segmentos de mercado em função dos produtos que
propõe.
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QUESTÕES
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